IDOLO edicao 64

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ECONOMIA

Onde Mora a Chama da Esperança

100,00 MT

Salim Valá

As PMEs estão deprimidas

Periodicidade Bimestral Ano 13 Fundada em 2007 Edição nº 64 Maio/Junho 2021

Ivete Maibaze

lança KBAs

Sérgio Costa CEO da TVSD

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PRIMAMOS PELA INOVAÇÃO A CAÇA FURTIVA ROUBA

DE TODOS NÓS Lizha James (Embaixadora da campanha)

denuncie as autoridades grÁtis

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ADMISTRAÇÃO NACIONAL DAS ÁREAS DE CONSERVAÇÃO


ECONOMIA ECONOMIA

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Um apelo | Edição nº64 | Maio/Junho 2021 | www.idolo.co.mz

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| Edição nº63 | Março/Abril 2021 | www.idolo.co.mz

Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique

Autoridade Reguladora das Comunicações


EDITORIAL

Bom senso precisa-se! Júlio Saul

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e acordo com alguns dicionários de língua portuguesa, o bom senso significa, julgamento exacto; habilidade de distinguir o certo do errado; o bem do mal ou o falso do verdadeiro. A expressão bom senso refere-se igualmente a uma pessoa que age e se expressa com sabedoria e razoabilidade. Representa uma postura de alguém que respeita as regras e outras pessoas, agindo com sensatez. É algo bastante importante para a boa convivência em sociedade em todos os âmbitos, e que, certamente, pode contribuir para um mundo melhor. Partindo deste princípio, gostaríamos aqui de pedir o bom senso na resolução dos problemas que afectam o país, principalmente o terrorismo, que assola Província de Cabo Delgado e que já tirou vidas a milhares de inocentes e muitas outras pessoas deslocadas para outros pontos deixando tudo que construíram para trás. Os que protagonizam estes ataques devem ter o bom senso de separar as coisas. Terem o bom senso de dizer basta ao assassinato de crianças, mulheres e chefes de família. Terem o bom senso de dizer o que querem e o que reivindicam. As autoridades governamentais têm tido o bom senso em proteger as populações víti-

mas, mas isso não basta. Precisa-se ter bom senso para descobrir o porquê daqueles malfeitores tirarem a vida de pessoas inocentes e que não têm culpa de terem nascido numa Província rica em gás e outros recursos. Ter o bom senso de criar condições para as pessoas deslocadas viverem condignamente nos centros de acomodação. Que nada lhes falte neste momento que perderam tudo resultante de ataques terroristas naquele ponto do país. O bom senso é questão que vem não só da criação que recebemos, mas também da noção que uns têm e outros não. Define o que somos e quem seremos no futuro. O bom senso é uma escolha, não uma obrigação. Escolhemos quem somos independentemente do lar onde nascemos ou da personalidade que temos. A questão que fica é: o comportamento que temos vindo a assistir nos últimos dias em alguns distritos de Cabo Delgado é por falta de bom senso? É preciso que haja bom senso em cada moçambicano para poder sentar e reflectir sobre os problemas que afectam o país independentemente da sua posição social e encontrar-se um pensamento comum para a resolução dos problemas prevalencentes. Que haja bom senso!

FICHA TÉCNICA IDOLO EI: Directora Executiva Ondina Pereira ondinadejesuspereira@gmail.com Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus e Júlio Saúl Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Fotografia Ídolo Arte & Desenho Gráfico Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Ídolo Web master Paulino Maineque Marketing Erika de Jesus Distribuição e Expansão Ídolo Registo Nº 010/GABINFO-DEC-2011 Tiragem 4000 Exemplares Impressão Minerva Print Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 744 4; +258 84 574 504 1; +258 84 552 743 7 Email: idolorevista@gmail.com/revistaidolo@idolo.co.mz _ www.idolo.co.mz MAPUTO - MOÇAMBIQUE Edição nº64 | Maio/Junho 2021 | www.idolo.co.mz |

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Salim Valá Diz que as PMEs estão deprimidas

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presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, disse haver actualmente mais consciência e conhecimento sobre as vantagens de como usar o mercado de capitais, particularmente os ser-

viços da Bolsa. Porém, considera que muitas empresas, particularmente as PMEs, estão deprimidas devido as dificuldades financeiras que enfrentam e pelo facto de não reunirem os requisitos para serem admitidas e poderem usar os produtos, quer do merca-

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do accionista, quer do mercado obrigacionista, incluindo obrigações do tesouro e papel comercial, diferentemente das consideradas 100 maiores que possuem a capacidade de se auto-financiarem. Leia a seguir a entrevista na íntegra.


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Q1. Que acções concretas a Bolsa de Valores de Moçambique tomou para contornar os eventos adversos? Salim Valá (SV) - Um dos aspectos que não foi, efectivamente, uma acção concreta da nossa parte para minimizar, particularmente, a questão da Covid-19, mas veio muito bem a calhar, foi o facto de termos lançado o terceiro mercado em Novembro de 2009, e em 2020 aparece a Covid-19. Portanto, nós temos um movimento de várias bolsas em várias empresas para os emitentes que estão a ver as oportunidades do mercado de preparação, de incubação como o terceiro mercado. Este é um aspecto. O segundo aspecto, que nos permitiu repensar muito rapidamente naquilo que eram as nossas estratégias habituais, é o facto de termos realizado muitas visitas as províncias, aos municípios e distritos para fazer conhecer a Bolsa. Nestas visitas, interagimos com às empresas onde realizamos visitas corporativas, promoção de eventos, seminários, reuniões palestras, feiras e tivemos que reorientar todas essas acções, a par da actividade tradicional da bolsa que é a dinamização do mercado secundário. Por exemplo, em termos de volume de negócios tivemos um crescimento relativamente baixo. Em termos de registo de empresas na central de valores mobiliário e de titulares na central tivemos uma avaliação positiva. Tivemos em termos de emissão da dívida pública e obrigações do tesouro um crescimento muito grande, apesar da problemática da pandemia do novo coronavírus e pelo facto do país estar a sofrer também dos efeitos extremos das mudanças climáticas. Q2 – A admissão à cotação de mais empresas moçambicanas parece ser maior que os desafios da Bolsa. Nota-se um esforço por parte da instituição em trazer mais, empresas, mas por outro lado parece haver uma resistência das empresas. Na vossa análise o que estará a acontecer? SV–Esta é uma questão pertinente

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efectivamente. Eu não chamaria resistência. Há mais relutância em decorrência do contexto do ambiente económico adverso. Porquê digo isso? Sinto que há mudanças da parte de alguns dos empresários, e aí temos que reconhecer o factor determinante que CTA tem estado a conjugar. Existe hoje muito mais consciência, muito mais conhecimento sobre as vantagens, de como usar o mercado de capitais, particularmente os serviços disponíveis na Bolsa. Agora, não podemos deixar de tomar em consideração que muitas das empresas, particularmente as PMEs, estão muito deprimidas. O contexto que existia do trabalho feito nos últimos anos, da promoção da literacia financeira, a Bolsa não faz sozinha, faz com a Confederação das Associações Económicas (CTA), TA, IPEME, UCAME, com às instituições de ensino superior, IGEPE e várias instituições económicas, APIEX, etc. Hoje em dia temos uma situação em que as grandes empresas que fazem parte das

100 maiores, normalmente elas têm meios financeiros para poderem funcionar ou têm outros mecanismos que usam, incluindo os mecanismos tradicionais. Aquelas empresas que têm dificuldades de financiamento há um paradoxo. Não reúnem cumulativamente os requisitos para serem admitidas e poderem usar os produtos quer do mercado accionista, quer do mercado obrigacionista, incluindo obrigações do tesouro e papel comercial. Q3 – E está satisfeito com o que se passa no terceiro mercado? SV – Neste momento, não podemos dizer que estamos satisfeitos porque foi criado em Novembro de 2019, e uma empresa foi cotada em 2020, mas com a situação da crise e da pandemia estamos a trabalhar com os intervenientes, particularmente às empresas emitentes e com a CTA, com IPEME. Há pouco tempo tivemos a conferência sobre micro, pequenas e médias empresas. Estivemos lá, participamos

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e apresentamos a nossa visão e as perspectivas que temos, mas sentimos que os empresários moçambicanos não só da Cidade de Maputo, das Províncias, dos Distritos e dos Municípios, hoje conhecem melhor a sua Bolsa de Valores, que produtos tem, vantagens, serviços e quais são os mecanismos de aceder a esses produtos e serviços. Q4 –Com vista ao maior dinamismo da Bolsa, é reclamada alguma revisão do quadro jurídico legal associado a actuação da nossa Bolsa de Valores. Qual é o ponto de situação da revisão e da regulamentação do mercado de valores mobiliários? SV –Bem, o que nós encaramos, duma forma geral, é que a principal peça jurídica é o código do mercado de valores mobiliário e ele, no decreto lei 4/2009 que está em vigor desde 2009 e que está na área do sistema financeiro do mercado de capitais, observa um desenvolvimento assinalável. Portanto, é uma inovação, mas também temos, por exemplo, na cooperação operacional


ECONOMIA o regulamento das ofertas públicas. O regulamento das centrais de valores tem havido ajustes para fazer com que a Bolsa seja uma das mais emblemáticas das instituições, senão a única. Veja o que está a acontecer noutras praças financeiras. Mesmo no período anterior ao advento da Covid-19 era um uso mais intensivo das tecnologias como instrumento de interacção e de negociação nas Bolsas. Portanto, isso foi ainda mais exacerbado agora com a Covid. Portanto, a Bolsa de Valores, não pode ser um assunto paroquial, um assunto, de Maputo, um assunto de Moçambique, a nossa Bolsa tem que estar interligada às Bolsas da SADC, Associação das Bolsas de África e outras entidades que tratam de assuntos de mercados de capitais a nível global. Temos que fazer ajustes, adequação tecnológica do quadro normativo neste caso de revisitar o código de valor do mercado mobiliário para formatar, não só ao contexto actual, mas também permitir que esta capitalização bolsista tenha a tendência de subir e também suba o volume de negócio que de ano para ano está a aumentar.

Q5 – Sobre a questão da taxa de juros, há espaço para se rever o quadro fiscal, a tributação aplicável das transacções na bolsa? SV –É verdade que neste momento o Estado concede alguns incentivos. Vou dar um exemplo, na oferta pública de venda de acções na HCB, em meados de 2019, o Estado isentou todos os pequenos investidores ao pagamento de taxas, taxas de bolsa, taxas para central e o Estado já concede incentivos. Muitos investidores e também empresas não têm conhecimento disso, mas temos estado a divulgar. Os empresários dizem que gostariam de ter mais incentivos, ter

vantagens métricas mais concretas entre uma empresa que está na Bolsa e uma empresa que não está na Bolsa. Esta é uma preocupação deles. Nós trabalhamos com a legislação vigente e sabemos que o nosso país, nos últimos anos, não tem estado a contar com apoio externo. Houve um congelamento do apoio dos parceiros e as receitas que provêm da administração tributária são muito importantes para a sobrevivência do país

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Casal valioso para Mocambique ... É dos mais influentes da África lusófona

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prestigiado website “African Shapers” não tem dúvidas de que o empresário moçambicano Salimo Abdula é uma das personalidades mais influentes da África lusófona. Uma eleição nesse sentido foi realizada pela “African Shapers” e Salimo Abdula está entre as 100 destacáveis personalidades com forte influência na África lusófona, facto que

engrandece, de forma positiva, o país. “Para mim, é uma honra saber que faço parte desta lista de 100 personalidades mais influentes da África lusófona”, assim reagiu Salimo Abdula. O website que se dedica à divulgação de notícias de figuras africanas motivadas por uma África em rápida mudança, refere que Salimo Abdula tem tido uma contribuição valiosa para o acelerado crescimento

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de Moçambique, de África e do mundo em geral. O empresário moçambicano é reconhecido também pela sua notável acção ao nível da CTA, onde chegou a exercer o cargo de Presidente do Conselho Directivo, e ainda a de cônsul honorário da Malásia em Maputo. Com mais de 30 anos de experiência no ramo empresarial, Salimo Abdula é, neste momento, presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) e do Conselho de Administração da Intelec Holding, um dos maiores grupos económicos do país. Na mesma lista, aparece a sua esposa, a senhora Maria da Assunção Abdula, actual presidente da Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e Vice-Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA). Maria de Assunção tem-se destacado pelas suas acções criadoras e de incentivo ao desenvolvimento do associativismo e empreendedorismo feminino. A sua boa liderança nos processos empresariais faz com que muitas mulheres abracem iniciativas que impulsionam o crescimento económico e social da sociedade moçambicana e da comunidade lusófona. Refira-se, entretanto, que as 100 personalidades mais influentes de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) eleitas pela “African Shapers” são residentes no continente e na diáspora, as quais representam diferentes sectores e contribuem significativamente para o desenvolvimento das suas nações


ECONOMIA

Televisão Digital chega à Inhambane

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o quinto estúdio a ser inaugurado, colocando Moçambique num rumo irreversível cada vez mais próximo à televisão digital. Trata-se de concretização de mais uma etapa no quadro da implementação do projecto de migração tecnológica televisiva, do analógico para o digital. Testemunharam a inauguração do Centro de Produção Digital da TVM, na cidade de Inhambane, uma cerimónia orientada pelo Chefe do Estado, Filipe Jacinto Nyusi, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, a Secretária de Estado da Província de

Inhambane, o Governador da Província de Inhambane, Daniel Chapo, o Director-geral do INCM, Tuah Mote, os PCA da TVM, Faruco Sadique, e da TMT, Victor Mbebe, entre outras individualidades. É a quinta delegação digitalizada da Televisão de Moçambique (depois das da Beira, Nampula, Xai-Xai e Quelimane) a entrar em funcionamento. Brevemente, serão inauguradas as do Niassa, Cabo Delgado, Tete, Manica, Maputo Província e o Centro de Produção Central de Maputo, concluindo, deste modo, o ciclo de modernização de toda a cadeia de produção

da Televisão de Moçambique. “A modernização da Televisão de Moçambique constitui um investimento consciente do Governo da República de Moçambique, em reconhecimento do papel estruturante da Comunicação na sociedade”, defende o Presidente da República. A TVM contribui para a promoção do progresso social, económico e cultural de Moçambique, para a consciencialização cívica, política e social dos cidadãos, para a consolidação e aprofundamento da democracia, bem como para o reforço da unidade e identidade nacionais

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ECONOMIA RADIOCOMUNICAÇÕES

Operadores discutem homologação

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ais de 150 operadores, fornecedores, despachantes, comerciantes e detentores de equipamentos de radiocomunicações e telecomunicações, incluindo alguns técnicos das delegações provinciais do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) e da sede, em Maputo, participaram, no dia 12 de Maio, numa videoconferência, destinada à prestação de esclarecimentos sobre a homologação daqueles equipamentos e, especialmente os interditos, no território nacional. Edmundo Alberto, Chefe do Departamento de Comprovação Técnica e Homologação, da Di-

recção de Radiocomunicações e Tecnologias, moderou a reunião, e o especialista Leão Torre do Vale, afecto àquele departamento, fez a apresentação do tema. Edmundo Alberto respondeu a diversas perguntas levantadas durante a concorrida sessão, especificamente sobre as características de equipamentos interditos a operar no território nacional, tendo em conta o Regulamento de Homologação de Equipamentos de Telecomunicações e de Radiocomunicações, aprovado pelo Decreto nº 66/2018, de 9 de Novembro. Considerando o actual período de pandemia da Covid-19, que afecta o

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funcionamento normal das instituições em Moçambique, e no mundo em geral, alguns intervenientes centraram as suas atenções na instrução de processos, a entrega de pedidos de homologação e de prestação de esclarecimentos, bem como o estágio de sua tramitação a nível do INCM. Na ocasião, Edmundo Alberto apontou a importância do uso

do Balcão Virtual (BV), uma ferramenta que o Regulador implementou, bem antes da pandemia, e que há sensivelmente um ano e meio passou a privilegiá-lo na tramitação documental e na interacção com diferentes representantes da indústria, comércio e outros agentes que, directa ou indirectamente, actuam no mercado dos equipamentos das co-

municações. O moderador acrescentou que o INCM encontra-se num processo de linkagem à Janela Única Electrónica (JUE), da Autoridade Tributária, tendo, no entanto, sublinhado que o mesmo “não é fácil, mas tudo fazemos, para que nele estejamos integrados”. Sabe-se que a JUE concorre, entre várias vantagens, para a redução do tempo de desembaraço aduaneiro de mercadoria e do custo de operação, permite que as operações sejam realizadas de forma mais rápida e segura com a utilização de computadores, evitando deslocações aos locais onde estão armazenadas as mercadorias. O uso de ambas as plataformas de atendimento remoto (BV e JUE) facilitará, em grande medida, os processos de importação dos equipamentos de radiocomunicações e telecomunicações, assim como terá impacto positivo na celeridade da homologação dos mesmos

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Divulga medidas de sinalização A Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique – INCM realizou, no dia 19 de Maio passado, uma sessão virtual de divulgação de modelos de placas de identificação das estações de radiocomunicações, a serem implementadas no território nacional. O encontro foi dirigido a operadores e detentores de equipamentos de radiocomunicações.

O Regulamento de Homologação de Equipamentos de Telecomunicações e de Radiocomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 40/2019, de 2 de Agosto, art.º 8º (Medidas de Sinalização) define as características das placas de sinalização das estações de radiocomunicações, o local onde devem ser colocadas Edição nº64 | Maio/Junho 2021 | www.idolo.co.mz |


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Migração digital

“Apagão” vai ocorrer em duas fases

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Conselho de Ministros aprovou, na sua 16.ª sessão, realizada Maio passado, a Resolução que determina as fases de desligamento dos emissores de transmissão analógica de radiodifusão televisiva. Este acto visa concluir o processo de migração do sinal de televisão analógico para digital em curso em Moçambique e será realizado nos locais onde haja disponibilidade do sinal digital e dos descodificadores. O desligamento vai decorrer em duas fases, sendo a primeira até 30 de Setembro e, a segunda, até 31 de Dezembro de 2021. Os emissores analógicos, que serão desligados na primeira fase, são os dos seguintes 16 locais: cidade de Maputo, Namaacha, Xai-Xai, Chókwè, Maxixe, Vilankulo, Beira, Chimoio, Quelimane, Tete, Nampula, Ilha de Moçambique, Nacala, Pemba, Lichinga e Cuamba; Na segunda fase, serão abrangidos os emissores analógicos instalados em 14 locais: em Massinga, Marromeu, Zobué, Songo, Monapo, Ribaué, Namialo, Ilha

de Ibo, Chiúre, Mueda, Mandimba, Majune, Ngauma e Lago. É de referir que 30 emissores estão operacionais em zonas que não têm sinal de televisão analógica (zonas consideradas desligadas/migradas): Ressano Garcia, Magude, Ponta de Ouro, Bilene, Chicualacula, Quissico, Govuro (Mambone), Caia, Chibabava (Muxungue), Manica, Mocuba, Milange, Morrumbala, Maganja da Costa, Alto Molocué, Gurué, Mopeia, Chinde, Mutarara, Zumbo, Ulongue, Moma, Malema, Angoche, Montepuez, Mocímboa da Praia, Macomia, Matchedje, Mar-

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rupa e Nipepe. Recorde-se que o sinal de televisão digital foi lançado pelo Presidente da República (PR), Filipe Nyusi, em 8 de Outubro do ano passado, na cidade da Beira. Na ocasião, o Presidente da República estabeleceu o prazo de um ano para se efectuar a migração do sinal de televisão analógico para digital, assegurando sempre que neste processo ninguém ficasse excluído. O prazo para a migração a nível mundial era de até ao ano de 2015 e, no que se refere à região da SADC, de até 2020. Moçam-


ECONOMIA bique está atrasado neste processo e, caso o país não faça a migração, corre o risco de estar impedido de transmitir o sinal de televisão por força dos acordos internacionais sobre esta matéria e, associado a isso, está a descontinuidade de fabrico de equipamentos analógicos. O cenário actual de televisão em Moçambique caracteriza-se da seguinte forma: 1.336.889 agregados familiares têm acesso à televisão em Moçambique;

existem 16 canais de televisão com rede analógica e já se encontram na rede digital da empresa de Transmissão, Multiplexação e Transporte (TMT); em termos de cobertura populacional (INE 2017), para além da rede da TMT, a da televisão digital corresponde a cerca de 70 por cento da população. Moçambique procura assegurar uma migração digital abrangente e eficaz, de modo que todas as famílias que hoje têm

acesso à televisão, continuem a tê-lo mesmo o após o desligamento dos emissores analógicos, através da garantia de cobertura do sinal digital nos locais onde anteriormente tinham o analógico. Outrossim, deve-se garantir que os canais actualmente disponíveis através do sinal analógico estejam também disponíveis na plataforma digital

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CM aprova Estatutos revistos do INCM Os Estatutos revistos do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), aprovados pelo Conselho de Ministros, através do Decreto n.º 39/2021, publicado hoje, atribuem poderes executivos ao Conselho de Administração (CA). Para o efeito, o Sistema Orgânico passa a ser constituído, para além deste órgão, pelo Conselho Consultivo e Conselho Fiscal. O Conselho de Administração passa a ser composto de quatro Administradores Executivos (dos quais, um é o Presidente) e dois Administradores não executivos, perfazendo seis membros. Os membros do Conselho de Administração res-

pondem por Divisões e correspondentes a uma ou mais unidades orgânicas da instituição. O Conselho Fiscal é composto de três membros, sendo um Presidente e dois vogais. Por sua vez, o Conselho Consultivo é composto de membros do Conselho de Administração, Directores de Divisões, chefes de Departamentos Centrais Autónomos e Delegados Provinciais. O Decreto n.º 39/2021, de 17 de Junho, redefine e adequa a forma de organização e funcionamento do INCM, ajustando-a às competências previstas na Lei das Telecomunicações e na Lei dos Serviços Postais Edição nº64 | Maio/Junho 2021 | www.idolo.co.mz |


ECONOMIA

FSAU financia projecto de telemedicina Onze cidades abrangidas pela iniciativa

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s hospitais centrais de Maputo, Beira, Nampula e Quelimane, bem como os provinciais de Matola, Xai-Xai, Inhambane, Chimoio, Tete, Lichinga e Pemba vão beneficiar do Projecto de Telemedicina financiado pelo Fundo do Serviço de Acesso Universal (FSAU). Tal decorre do memorando d entendimento celebrado, recentemente, em Maputo, entre o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e o Ministério de Saúde (MISAU) para a implementação daquele projecto. A Secretária Permanente (SP) do Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC), Dina Tavá Ribeiro, declarou, na ocasião, que, com este projecto, “pretende-se implementar a telerradiologia que vai possibilitar aos profissionais de saúde moçambicanos a avaliação remota de testes de diagnóstico por imagem”. A telerradiologia, explicou-se Ribeiro, para além de possibilitar

que o diagnóstico médico seja feito à distância, “vai contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento dos hospitais, diminuindo as filas de espera dos pacientes, conferindo maior celeridade na conclusão dos diagnósticos e na geração de laudos médicos, bem como reduzir custos na aquisição de chapas de impressão”, entre outros benefícios. A Secretária Permanente destacou que o projecto contribuirá para a modernização do sector de saúde, através de dinamização do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, com impacto na melhoria das condições de trabalho e de atendimento dos cidadãos. Sublinhe-se que é no âmbito da Estratégia Nacional de Banda Larga, precisamente no que tange ao objectivo estratégico de universalização desta banda, e também no de resposta aos desafios colocados pela pandemia da Covid-19, que se presta o apoio à implementação do

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Projecto de Telemedicina, com o financiamento do (FSAU), entidade autónoma do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM). Para o MISAU, o projecto vai “alavancar a capacidade do sector em prover mais e melhores serviços aos cidadãos, bem como na resposta a diferentes situações que mereçam atenção médica, através de uma plataforma de comunicação digital cada vez mais eficaz e eficiente”. O memorando é “instrumento de parceria” e tem a vigência de cinco anos. O mesmo reforçará a capacidade técnico-científica, bem como desafiará o sector da saúde a melhorar a capacidade de gestão de informação sanitária”. É de realçar que o acto de celebração do Memorando de Entendimento contou com a presença do Director-Geral do INCM, Tuaha Chabane Mote, e de outros quadros seniores do MTC e do MISAU


ECONOMIA

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FSAU capacita quadros do INCM

Fundo de Serviço de Acesso Universal (FSAU), promoveu, de 19 a 23 do mês passado, uma acção de capacitação de quadros do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) em monitoria e avaliação de projectos de acesso universal em diferentes distritos, localidades e postos administrativos a nível do país. O Secretário Executivo do FSAU, Constâncio Trigo, afirmou que, desde 2008, o fundo co-

meçou a financiar projectos de extensão de telefonia móvel celular e de inclusão digital, especificamente, de multimédia comunitários e das praças digitais. “Não basta financiar, é preciso também fazer o devido acompanhamento e avaliação do impacto dos projectos na vida das comunidades”, frisou. Por sua vez, António Boulan-

te, chefe do Departamento dos Transportes e Comunicações no governo provincial, recomendou que “os objectivos da capacitação sejam alcançados”. A propósito, Inhambane é uma das províncias que se debate com sérios problemas de qualidade de serviço das telecomunicações

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ENTREVISTA

Aposta na inovação - afirma Sérgio Costa, CEO da empresa Estamos há 20 anos no mercado. Já enfrentamos várias vicissitudes, atravessamos crises e agora estamos também a passar por momentos difíceis devido a pandemia da Covid-19

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asceu em 1982 na belíssima cidade de Lisboa, em Portugal, onde estudou e fez a licenciatura em Contabilidade e Finanças, e actualmente estuda MBA em Liderança, Inovação e Gestão 4.0. Em 2017, recebeu um convite de seu pai, o senhor António Costa, para trabalhar em Moçambique numa das empresas mais renomadas e líder no ramo das telecomunicações no país, a TVSD. O seu maior desafio, ao aceitar o convite formulado pelo fundador da TVSD, foi o de modernizar a empresa no que diz respeito a qualidade dos recursos humanos e toda a sua estrutura orgânica.

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ENTREVISTA Aceitou o desafio e implantou na empresa um ambiente de trabalho em equipa e modernizou o modelo de fornecimento e prestação de serviços ao cliente, aspecto hoje notável para qualquer um que visita às suas instalações e é também visível a qualidade dos produtos e serviços por eles fornecidos. Como autodidacta e visionário que é conseguiu transformar todos os colaboradores numa grande família, pois para ele a qualidade destes dita o crescimento da empresa. Munir os trabalhadores com conhecimentos técnicos constitui um dos desafios do jovem dirigente, uma vez que acredita que a união faz a força e ninguém cresce sozinho independentemente da sua condição social. Por isso, continuamente, promove acções de

capacitação para os colaboradores no sentido destes estarem preparados para os novos desafios. O seu desafio não fica por ai, pois pretende apetrechar a empresa com produtos inovadores, atractivos, competitivos e, cada vez mais, rentáveis. Ambiciona adaptá-la consoante a mudança do tempo para daqui a 100 anos vê-la ainda firme e robusta, operando no mercado moçambicano. Estamos a falar de Sérgio Costa, CEO da TVSD, líder no mercado das telecomunicações em Moçambique, senão um dos precursores. Costa acredita que, apesar das adversidades que o país enfrenta e já enfrentou relativamente à crise eco-

Tínhamos já empresas interessadas em adquirir os nossos produtos, principalmente a componente de telefones satélites

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ENTREVISTA nómica, confrontos militares no centro e norte de Moçambique, agora com a pandemia do novo coronavírus, não vai deixar cair por terra o sonho de um povo, nem tão-pouco da empresa. “Estamos há mais de 20 anos no mercado. Já enfrentamos várias vicissitudes, atravessamos crises e agora estamos também a passar por momentos difíceis devido a pandemia da Covid-19. Contudo, continuamos firmes no mercado”, referiu. Segundo o CEO, o desafio é de fazer o melhor e adaptar-se à nova realidade, trazendo

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ao mercado produtos e serviços inovadores, pois só assim conseguirão dar uma certa robustez à empresa que, aliás, é o que têm feito desde que existe em Moçambique. Neste momento, devido aos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, Sérgio Costa referiu terem perdido alguns clientes que já haviam manifestado interesse em assinar contratos para o fornecimento de produtos e serviços, com particular destaque para os equipamentos de radiocomunicação. “Tínhamos já empresas interessadas em adquirir os nossos produtos, principalmente a componente de radiocomunicação, mas com a guerra, repeliram-se e outras perderam os seus negócios, principalmente as que es-

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tavam no sector de prospecção de gás natural nas bacias do Rovuma”, disse. Por outro lado, de acordo com Costa, com o recrudescer da insegurança em Cabo Delgado empresas ali estabelecidas começaram adquirir telefones satélite e outros equipamentos de forma a manter as comunicações naquela zona do País. Fora o problema da guerra em Cabo Delgado ou “teatro operacional norte”, que mexeu um pouco com a estrutura da empresa, segundo o CEO, a Covid-19 também trouxe perdas no ramo empresarial, pois algumas empresas que estavam interessadas em investir tiveram que desistir pois muitas deixaram de ter colaboradores no local de operação de forma a evitar à propagação da doença. “Internamente, tivemos que nos reestruturar para adaptarmo-nos ao momento, seguindo todos os critérios emanados pelas autoridades competentes”, concluiu


ENTREVISTA

Perfil

Nome: Sérgio Costa Idade: 38 anos Altura: 1,71 Prato preferido: Sushi, caranguejo,

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matapa de caranguejo País de sonhos: Austrália Frase do dia: Pensamento positivo Mensagem: nunca baixar à cabeça em meio de dificuldades/a união faz a força, ninguém caminha sozinho Sonho: ver a TVSD a crescer cada vez mais Livro: o DNA da Crocriação

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ENTREVISTA

é uma grande família -diz Jaime Jasso, director comercial da empresa

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aime Jasso é director comercial da empresa líder na área de telecomunicações e electrónica em Moçambique, e é, por sinal, um dos trabalhadores mais antigos da instituição que de perto acompanhou a sua evolução. Como homem pragmático sempre acreditou no seu potencial mesmo diante de dificuldades do dia-a-dia. Nunca baixou a cabeça, pois continuou firme e juntamente com os colegas conseguiram colocar a TVSD no lugar onde está hoje. Para o director, erguer uma empresa não é tarefa que se faz de dia para noite. Na sua óptica, é necessário sacrifício, empenho e comprometimento, e a TVSD passou por vários estágios de crescimento e desenvolvimento até completar os 20 anos de sua existência no mercado moçambicano.

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“A TVSD que vemos hoje não é a mesma de há 20 anos atrás. Começamos pequenos e chegamos até aqui devido à entrega de todo o pessoal que arduamente deu o melhor de si para que o sonho se tornasse uma realidade”, referiu. O foco para que uma empresa continue a crescer, segundo Jaime Jasso, é a inovação, pois sem esse condimento seria impossível atingir os padrões em que a empresa se encontra actualmente. “Queremos continuar a inovar, trazer soluções modernizadas para os nossos clientes e satisfaze-los. É isso o que dá vida a empresa”, realçou. Um outro aspecto apontado pelo nosso interlocutor, como sendo o motor do crescimento da empresa, é a relação de cordialidade que nutrem uns pelos outros dentro da instituição e, principalmente, do patronato que trata os colaboradores como uma grande família. “Posso dizer que na TVSD não temos patrões e nem chefes, mas sim líderes; líderes que sempre encontram soluções para o bem comum e não há problemas”, disse. Jasso acrescentou que o rigor, a disciplina e o respeito mútuo são “instrumentos” que fazem com que os colabora-


ENTREVISTA dores se sintam motivados em todos os sentidos, razões suficientes para que os pontos fracos se transformem em oportunidades de auto-superação. “Eu, em particular, nunca me senti fragilizado diante das dificuldades. Tento fazer o máximo para ajudar as pessoas ao meu redor”, frisou. De acordo com Jaime Jasso, o seu maior sonho como moçambicano é ver o país a gozar de uma paz total e completa, sem nenhum conflito, pois a guerra inviabiliza os projectos de desenvolvimento. “Com o país em conflito, nenhum investidor quer perder os seus recursos financeiros. Por isso, muitos investidores recuaram para evitar prejuízos maiores”, concluiu

A TVSD que vemos hoje não é a mesma de há 20 anos atrás. Começamos pequenos e chegamos até aqui devido à entrega de todo o pessoal que arduamente deu o melhor de si

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ECONOMIA

António Costa

70 Há 70 anos vieste ao mundo, construíste um sonho, mesmo com dificuldades não desististe, continuaste até as últimas consequências. Hoje o mundo é testemunha do seu sucesso fruto da sua persistência, dedicação e empenho.

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A equipa da ÍDOLO também reconhece o seu mérito e contributo que tem dado em prol do desenvolvimento do país e queremos através desta, juntarmo-nos a seus amigos e familiares para desejar-lhe feliz passagem do 70º aniversário natalicio, num ano marcado por grandes e honrosas conquistas do Sporting Clube de Portugal, seu clube de coração. Muita saúde e sucessos na sua carreira profissional.

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ECONOMIA

Cresce crédito à economia BNI concede 2.8 mil milhões de meticais

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s instituições bancárias e financeiras nacionais financiaram a actividade produtiva do país, em 2020, no valor de 265 mil milhões de Meticais, contra 230 mil milhões de Meticais, em 2019. Os dados foram mencionados pelo Presidente do Conselho Executivo (PCE) do Banco Nacional de Investimento (BNI), Tomás Matola, num evento em que apresentava o Relatório e Contas da instituição que dirige,

referente a 2020. No geral, o banqueiro explicou que o aumento do crédito à economia deveu-se, de entre vários aspectos, à pandemia da Covid-19, que, por um lado, obrigou à reestruturação de dívidas e, por outro, exigiu, principalmente do Estado, à disponibilização de linhas de financiamento para apoiar empresas severamente afectadas pela crise pandémica. Do universo do crédito concedido à economia, em 2020 Matola afirmou que a participação

do BNI foi de 2.8 mil milhões de Meticais, verba que cresceu em 4% em relação ao ano anterior. Do referido financiamento, 1.4 mil milhões de Meticais destinaram-se ao sector da indústria transformadora, pouco mais de mil milhões foi para o comércio e serviços, 518.8 milhões de Meticais à agricultura, 404.8 milhões de Meticais ao sector financeiro, 364 milhões ao Oil & Gás, 251 milhões de Meticais a outros sectores, e 188 milhões de Meticais ao transporte e comunicações

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ECONOMIA

Ivete Maibaze

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lança KBAs

Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, dirigiu, no passado dia 21 de Maio de 2021, na cidade de Maputo, a cerimónia do lançamento oficial das Áreas-Chave para a Biodiversidade (KBAs) em Moçambique. As KBAs são locais que contribuem significativamente para a persistência da biodiversidade a

nível global, tanto em sistemas terrestres, como de água doce, marinhos e subterrâneos e são identificadas com base num conjunto de critérios científicos internacionais. A actividade da identificação e mapeamento das vinte e nove (29) KBAs foi realizada no âmbito de uma parceria entre o Ministério da Terra e Ambiente (MTA) e a Wildlife Conservation Society

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(WCS) e contou com o financiamento da USAID, através do Projecto SPEED+. O lançamento das Áreas-chave para a Biodiversidade marcou, assim, as cerimónias centrais, no país, do Dia Mundial das Espécies Ameaçadas, 21 de Maio, e do Dia Internacional da Biodiversidade que se assinalou a 22 de Maio sob o lema "Nós somos parte da solução para a natureza"


ECONOMIA

ANAC celebra 10º aniversário

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ANAC celebração do 10˚ aniversário da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) já um “bebe” com dez anos. No passado dia 25 de Maio de 2021, assinalou o aniversário da sua constituição, numa altura em que se celebrou também a semana comemorativa da Diversidade Biológica, (22 de Maio), o dia Internacional da Diversidade Biológica, data proclamada pelas Nações Unidas, bem como, os 50˚aniversário do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto. Este ano, as celebrações decorrem sob lema “Conservando a Biodiversidade em Moçambique” que é uma mensagem e apelo para que todos olhem mais pela biodiversidade, conservem e a protejam.

A biodiversidade, seja uma espécie ou todo um ecossistema, é vital para a saúde e o bem-estar dos seres humanos. A qualidade da água que bebemos, os alimentos que consumimos e o ar que respiramos dependem da boa saúde da natureza. Devido às restrições impostas pela COVID-19, as celebrações do 10º aniversário da ANAC são marcadas pela exposição de vídeos, realização de eventos na plataforma de comunicação, entrevistas aos órgãos de comunicação social, palestras da instituição e parceiros em diferentes plataformas de comunicação, incluindo as redes sociais da instituição. A ANAC tem como desafios a melhoria da capacidade de gestão, o reforço do combate à caça furtiva, a auto sustentabilidade

na gestão das áreas de conservação, partilha de benefícios económicos com as comunidades locais, bem como a formação dos recursos humanos e reabilitação das áreas de conservação com a construção e manutenção de infraestruturas de gestão e turismo, a continuação da reintrodução de espécies emblemáticas para atracção turística e recuperação dos ecossistemas. Nesta ocasião, a ANAC tem vindo a expressar uma palavra de apreço aos seus parceiros de cooperação, comunidades locais e ao sector privado que ao longo dos últimos 10 anos têm apoiado na conservação dos ecossistemas, protegendo a Diversidade Biológica e promovendo o bem-estar das comunidades locais que vivem dentro e ao redor das áreas de conservação

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ECONOMIA

Linda Fernando Nomeada Embaixadora Africana de Turismo

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co-fundadora da Criattus Mozambique e produtora, Linda Fernando, acaba de ser nomeada Embaixadora da African Tourism Board em Moçambique. Esta distinção resulta

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do impacto gerado pelo programa Moçambique as 4 Rodas não só no território nacional como também além-fronteiras. Este programa somado a outras acções de promoção do potencial turístico de Moçambique contribuiu decisivamente para a nomeação da jovem produtora moçambicana. Com este reconhecimento, a Criattus Mozambique assume a responsabilidade de continuar a promover o turismo nacional e as atracções do continente africano com vista a tornar Moçambique, em particular, e África, em geral, um destino turístico de eleição.

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A African Tourism Board é uma organização que busca reescrever a história e imagem do continente africano a nível internacional. Seus objectivos e visão são alinhados aos planos da Organização Mundial do Turismo e das Nações Unidas para o ano 2030, que posicionam o turismo como principal vector para o crescimento sustentável da economia africana. Saiba mais sobre a organização visitando seu website https:// africantourismboard.com/ e continue acompanhando os trabalhos desenvolvidos pela Criattus Mozambique


ECONOMIA

Marracuene com estância de turismo integrado

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Governo moçambicano acaba de aprovar o decreto que cria a zona de estância de turismo integrado de Macaneta, no distrito de Marracuene, província de Maputo, em regime de zona económica especial. Com uma área de 542.93

hectares, a zona de turismo de Macaneta vai potencializar a actividade económica naquela região, aumentando a demanda de investimentos e a procura para a prática do turismo. Com esta decisão, o Governo espera potencializar o turismo no geral, com especial enfoque na praia de Macaneta, contribuin-

do para tornar Moçambique num destino turístico de excelência. Em representação da Província de Maputo estiveram presentes na sessão do conselho de Ministros à Secretaria de Estado na Província de Maputo, Vitória Dias Diogo, e o Administrador de Marracuene, Shafee Sidat

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TECNOLOGIA

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Ambicionamos ser lideres nas TICs

Mechanical Tecnologia é uma empresa nova no mercado com apenas três anos de existência que opera na área de formação referente a

sistemas de informação, desenvolvimento de sistemas e análise de dados. A sua missão é a de levar o ensino tecnológico para os demais e ajudar as instituições a fazerem o uso correcto

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das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) de modo a garantir que haja automatização de processos e a resolução de problemas que tem haver com a sociedade.


TECNOLOGIA

A minha visão era de ser somente um empregado ou melhor estar associado a uma empresa, trabalhar, ganhar dinheiro e sair deste assunto, mas recebi esta informação. De facto, era algo real, pois quando fui informado sobre o assunto, no lugar de registar progresso comecei a ser rejeitado nas empresas A história da sua criação, segundo o seu fundador e director geral, Gilberto Manhiça, é controversa na medida em que nunca havia passado pela sua cabeça em criar uma empresa. O seu sonho, como a de qualquer jovem que termina uma formação, era ser empregado, ou melhor, procurar emprego, trabalhar e ganhar dinheiro. Entretanto, Manhiça acredita que o surgimento da instituição foi uma visão profética que aconteceu durante uma vigília numa igreja em 2015, onde um homem de Deus ter-lhe-á informado para um dia constituir uma empresa e tornar-se empresário. O nosso interlocutor explicou que, entre 2016 e 2017, tentou colaborar em algumas empresas, porém, nunca teve sucessos devido a rejeição que sempre foi vítima mesmo mostrando competências. Afinal, de acordo com ele, os planos eram outros, o de fundar sua própria instituição e foi o que sucedeu. Em 2018 teve bases suficientes para lançar a sua empresa. “A minha visão era de ser somente um empregado ou melhor

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estar associado a uma empresa, trabalhar, ganhar dinheiro e sair deste assunto, mas recebi esta informação. De facto, era algo real, pois quando fui informado sobre o assunto, no lugar de registar progresso comecei a ser rejeitado nas empresas. Então, ouvi a voz e em 2018 lançamos a empresa”, realçou. Contudo, hoje com oito colaboradores efectivos, Manhiça, aspira no futuro abranger todas as regiões de Moçambique e garantir que muitas pessoas

possam fazer parte desta grande família e trazer aquilo que é o conhecimento científico directo na área de tecnologias. “Nós gostaríamos que a Mechanical Tecnologia fosse uma referência nacional e internacional, criando condições de intercâmbio a partir de conhecimento nesta área tecnológica de forma que possa alavancar o uso correcto das tecnologias em Moçambique e com isso contribuir para o desenvolvimento técnico científico”, concluiu

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DESPORTO

HCB reitera apoio à FMF

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Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) reiterou o seu apoio financeiro à Federação Moçambicana de Futebol (FMF), para continuar a pôr em marcha os projectos de desenvolvimento do futebol no país. “ A HCB valoriza bastante o futebol e reitera o seu compromisso de apoiar financeiramente às iniciativas da FMF em prol do crescimento e desenvolvimento do futebol nas suas diferentes dimensões”, disse o Presidente do Conselho de Administração da HCB, Boavida Muhambe, durante a cerimónia de assinatura da adenda de revisão do acordo de patrocínio à FMF. Muhambe acrescentou que o futebol é o desporto que mais emoção gera no seio dos moçambicanos e enalteceu o trabalho que a actual direcção da FMF tem vindo a realizar para o en-

grandecimento da modalidade. Por seu turno, o Presidente da FMF, Feizal Sidat, agradeceu o apoio que a HCB tem concedido para a viabilização de muitas actividades da instituição. “A HCB é o maior patrocinador da FMF e nós estamos satisfeitos pelo carinho e tratamento especial que

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a vossa instituição nos tem dispensado”, afirmou, aproveitando a ocasião para informar sobre os projectos em curso na FMF que contam também com a contribuição da HCB e sublinhou sobre a necessidade de se apostar seriamente na formação das academias de futebol


ECONOMIA

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