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Entrevista

Há mais simpatizantes do que modelos! - diz Lina Cossa, jovem encantada em trabalhar com a agência KLD

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Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 94 Sexta-Feira, 01 de Maio de 2020 Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

CTA PROPÕE MEDIDAS PARA SALVAR EMPRESAS

Sociedade

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Covid-19

Vale oferece atomizadores

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Economia

EM MAPUTO

Cinco empresas recebem selo "Made In Mozambique"


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Já a venda nas bancas

FICHA TÉCNICA

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Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Director Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone

Web master Paulino Maineque Marketing Hélia Panguiwa e Nestor Arcanjo Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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Poesia

Benigna e Linda Mãe! Ao Norte, Centro ou Sul De Lúrio, Molócuè, Púnguè Em Pinda, Beira, Choupal D’onde brote esse sorriso Bela, briosa, benigna és Mãe de Moçambique! Bondade e benevolência Teus olhos irradiando Brandura, bravura, brilho Teus lábios contagiando Boa, batalhada e linda és Mãe de Moçambique!

(Rose Moreira, Maputo, 17/04/2020)

Mulher Sem Limites Em vários domínios Como educação e saúde Bela, firme e forte Sapiente, dedicada e leal Na Ordem dos Ordenados Mulher sem limites está! Homens e mulheres, de ti Regas de saber recebem

Homens e mulheres, de ti Sopros de saúde têm Sábia, serena, carinhosa Linda mulher sem limites!

(Rose Moreira, Maputo, 18/04/2020)


Poesia

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Beleza de Moçambicana Mulher moçambicana luz Linda e sorridente cintila Traje a rigor vigor destila Amor e paz ela reproduz Contra o mal nos conduz Beleza de moçambicana! Rumos segregantes cela Firme, reafirmada vai ela

Hegemonias desocupa Espaços cimeiros ocupa Manda a integridade dela Beleza de moçambicana!

(Rose Moreira, Maputo, 19/04/2020)

Mulher, Lenço e Beleza Peça de lenço à cabeça Toque mágico de beleza Retoca requinte que mereça Mulher de completa realeza Sua formosura floresça E se revele com destreza! Lenço nelas representa Laços à cultura secular Rituais de não ser isenta Ao rigor de mãe do lar Firme, íntegra, fiel, atenta Para vozes do mal calar!

(Rose Moreira, Maputo, 22/04/2020)

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ENTREVISTA

Há mais simpatizantes do que modelos! - diz Lina Cossa, jovem encantada em trabalhar com a agência KLD Gosta de ser vista, mas não gosta de aparecer. Nunca desejou trabalhar com agências mas agora decidiu aceitar uma proposta que até está a ser agradável. Uma experiência que lhe deixa radiante, não obstante essa actividade seja feita como hobbies.

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stamos a falar da jovem modelo moçambicana, Lina Cossa ou simplesmente Illy Cossa, natural da Beira, que adora trabalhar com tudo o que tem a ver com imagem. Mas tem preferência pela fotografia, ainda que não deixe de desfilar em passarelas. Formada em Marketing, Relações Públicas e Publicidade, pelo IPCI- Instituto Profissional de Comunicação e Imagem, a nossa entrevistada está há sensivelmente dois anos ligada a projectos da KLD, uma agência de modelo, baseada na cidade de Maputo. Com 30 anos de idade, a modelo regista com satisfação a sua participação em diversos concursos de passarelas, sendo de destacar o de “Miss Coconut”, em que

ficou na segunda posição; também arrebatou um segundo lugar no “Face” e “Miss Darling” respectivamente e, ainda, obteve a segunda posição no “Gata Verão”.

Gosto do que faço e o facto de ter vivido na Beira, África do Sul e Maputo permitiu-me conhecer melhor diferentes realidades Já teve a oportunidade de desfilar igualmente em algumas lojas, para além de ter trabalhado no Coconut”, na área de relações públicas, o que lhe permitiu conhecer e manter uma relação directa de trabalho com algumas modelos e estilistas da praça, como Mode Maleiane, Ruth Varela e Lúcia Pinto. Os belos traços femininos que tem de sobra, aliado à beleza natural, impressionaram os especialistas de marketing de algumas empresas de gabarito em Moçambique. CARA DA VODACOM Fruto das suas inatas qualidades, em 2010 foi convidada e aceitou assinar um contrato exclusivo, por um ano, para ser a cara da VODACOM Moçambique, empresa de


ENTREVISTA telefonia móvel, quando esta decidiu mudar a sua entidade corporativa de azul para o tapete vermelho. A escolha foi marcante para a jovem Illy Cossa, que se sentiu honrada pelo convite de puder participar e fazer parte daquele momento histórico da empresa. Questionada se pode viver-se de moda em Moçambique, Illy respondeu afirmativamente: vive-se, embora seja necessário ter muita sorte. Cheguei a viver algum tempo na África do Sul, dedicando-me a esta profissão, mas depois vi que era preciso construir família e decidi regressar a Maputo. “Gosto do que faço e o facto de ter vivido na Beira, África do Sul e Maputo permitiu-me conhecer melhor diferentes realidades. Hoje, sei o que quero, por isso encaro esta profissão apenas como um hobbie”, disse para revelar que tem outros sonhos encaixados na área empresarial. POUSAR DE LANGERINE? Illy tem um corpo esbelto e atraente. Os fotógrafos não resistem a tentação de fotografa-la em vários ângulos e contou-nos um episódio de ter sido convidada para pousar de langerine e bikini. “Uma provocação que está longe dos meus princípios. Eu gosto de ser vista de formas diferentes, nomeadamente de cabelo pintado, cortado e que as pessoas falem de Lina loira”.

Falta-nos muito trabalho para atingirmos padrões internacionais Fazendo uma análise sobre a profissão de moda em Moçambique, Illy disse que o país precisa de trabalhar bastante nesta área, uma vez

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que o que tem em demasia são simpatizantes da moda. “Infelizmente, falta-nos muito trabalho para atingirmos padrões internacionais. Temos bons candidatos a modelos, mas penso que o cenário podia ser melhor. É necessário muito mais investimentos das entidades ligadas a cultura no país”.

Os pais de hoje não conversam com os filhos, pois limitam-se a ficar inertes, passivos, assistindo cenas de mediocridade nos camarotes. VIDA PROMISCUA E JOVENS DECADENTES Illy considerou, num outro desenvolvimento da conversa, que a juventude actual está perdida, pois vai de mal a pior na sua afirmação na sociedade. “Preocupam-se bastante com comportamentos que atentam a sua vida. Mesmo a nível das escolas, o que se verifica hoje é mais bullyng do que primar por bons métodos de convivência. Os pais de hoje não conversam com os filhos, pois limitam-se a ficar inertes, passivos, assistindo cenas de mediocridade nos camarotes. As moças deixam-se engravidar bastante cedo, não conversam e muito menos buscam conselhos de pessoas mais velhas. Não vão, por exemplo, ao projecto Geração Biz para se informar sobre a saúde reprodutiva. Aliás, nem sequer se dirigem ao ginecologista, enfim… são jovens sem norte e que precisam de muita ajuda”, afirmou Numa abordagem a situação do país, a jovem modelo lamentou a crise económica e corrupção que estão afectar o crescimento e desenvol-


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vimento da sociedade moçambicana. Além disso, a liberdade de expressão é limitada, uma vez que os cidadãos não podem emitir livremente o seu pensamento sobre o estado das coisas. “Temem represálias. É uma situação complicada. Temos jovens com ideias fantásticas, mas sem apoio não podem progredir. A nível cultural hoje as coisas melhoraram bastante, pois tem havido feiras de gastronomia, de livros e concertos musicais. Todavia, há aspectos a melhorar mas só com ajuda das estruturas vocacionadas para o efeito”, concluiu

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BIOGRAFIA

Biografia Pedro Couto

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edro Conceição Couto nasceu em Marere, província de Nampula, a 29 de Junho de 1955. É Licenciado em Economia, pela Universidade Eduardo Mondlane (1992); e Mestre em Economia, pela Universidade de Glasgow (Reino Unido), desde 1995. Concluiu, em 1966, o ensino primário, no Colégio Nossa Senhora das Victórias, na sua terra natal; e em 1973, os estudos secundários, no Colégio Vasco da Gama e Liceu Almirante Gago Coutinho, na mesma província. Em 1982, obteve o nível de Bacharelato em Economia, pela Universidade Eduardo Mondlane e, mais tarde, fez a licenciatura. Como profissional, Pedro Couto assumiu entre 2005 e 2015 o cargo de Vice-ministro das Finanças. Entre várias funções, foi Director Nacional do Gabinete de Estudos no Ministério do Plano e Finanças; Assessor Económico do Primeiro-Ministro; e Director Geral do Gabinete de Promoção de Emprego, no Ministério do Trabalho.

Na sua trajectória profissional, fez parte do grupo que elaborou o Plano Quinquenal do Governo de 2005 a 2009. Foi Co-autor principal da elaboração do Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta (PARPA) 2001-2005; e coordenou a equipa que elaborou a proposta de Moçambique ao Millenium Challenge Corporation. É membro do Conselho Universitário da UEM e do Conselho Nacional do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia; faz parte do grupo de trabalho para harmonização e alinhamento da ajuda externa desde 2002. Em Janeiro de 2015, foi indicado, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, para dirigir o Ministério dos Recursos Minerais e Energia. A 29 de Setembro de 2016, foi exonerado do cargo e no mesmo dia a Assembleia Geral da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), órgão do maior empreendimento hidroeléctrico do país, nomeou Couto para as funções de Presidente do Conselho de Administração.


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OPINIÃO

Segundo Ciclo de Governação:

Cem dias de firmeza sem tréguas de adversidades no percurso Por: Roseiro Mário Moreira Comunicador de ciência, formado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais e Diplomacia, é também docente e escritor. Mesmo sem tréguas de adversidades de vária ordem, os primeiros cem dias do segundo ciclo de governação de Filipe Jacinto Nyusi, como timoneiro do Grande Cruzeiro chamado República de Moçambique, mostram a sua firmeza e determinação para continuar a dar um rumo credível e certo à agenda nacional de desenvolvimento do país pelo qual entrega os seus sonhos patrióticos e a sua laboriosidade desde a tenra idade dos 14 anos, quando se junta à causa da luta pela independência nacional, há 47 anos. O marco dos 100 dias deste segundo ciclo de governação de Filipe Nyusi é pois a extensão do sonho que há 47 anos, quase meio século, este homem aglutinador de mentes e acções busca para um Moçambique desenvolvido e cada vez mais adocicado para todos. Na avaliação, os primeiros 100 dias de governação não constituem e sequer devem ser entendidos como o período do juízo final da implementação dos planos e das estratégias de Filipe Nyusi, que entretanto se socorre de uma selecta equipa de Ministros, Secretários de Estado sectoriais, Secretários de Estado de Província, Governadores Provinciais, para além dos seus Conselheiros e Assessores na Presidência da República. Lato senso, são os primeiros 100 dias de um exercício de que todos de alguma maneira fizemos parte e nos deveríamos sentir espelhados, até acrescentando aos pontos tornados público aquilo que consideramos ter sido um sinal positivo de Filipe Nyusi como Presidente da República e do Governo que constituiu e ao serviço dos moçambicanos colocou. Se o Presidente da República enumerou as principais realizações dos primeiros 3 meses e 10 dias da sua governação colegial, inclusiva e participativa, pese embora a prevalência de adversidades antigas e ou latentes (como o caso dos insurgentes em Cabo delgado e de ataques armados em rodovias no centro do país) e a emergência de novas adversidades no campo da saúde, com destaque hodierno para a Covid-19, sem deixar de fora conhecidas doenças como malária, cólera, Sida, tuberculose e outras, cada moçambicano que se preze procuraria olhar para tais realizações e dizer: eu também fiz isto ou aquilo para a concretização desse resultado. Todos, pois, fizemos alguma coisa ou pelo menos não atrapalhamos aos que como o Presidente e o Governo de Moçambique mostraram-se bem firmes nos cem dias de árduo trabalho, sem esperar pelas tréguas das adversidades! Da nossa parte, elencaríamos nos aspectos fortes dos 100 dias de governação a pronta reposição da ponte sobre o Rio Montepuéz, em Cabo Delgado, religando o país naquele flanco territorial para feliz agrado da movimentação de pes-

soas e bens. Recordemo-nos que foi uma acção que na hora levou Filipe Jacinto Nyusi ao terreno dando orientações pontuais e em tempo útil para o restabelecimento da normalidade rodoviária com uma ponte metálica alternativa enquanto continuassem as diligências para a construção de uma nova ponte conforme viesse a ser recomendado pelos estudos que como sempre demorariam a ser concluídos e implementados. Elencaríamos também a indicação dos Secretários de Estado Provinciais para a digna representação do Chefe do Estado nas cerimónias de Estado e nas inaugurações de novos empreendimentos de proa nas províncias, como foi o caso de um sistema de abastecimento de água na província de Nampula. Estas acções merecem a nossa vénia porquanto, embora se avente que tenham sido motivadas pelas restrições da Covid-19, os créditos vão para Filipe Jacinto Nyusi que começa com isso a deixar claro que opta por se fazer representar pelos Representantes do Estado nas províncias, reduzindo em muito os custos em tempo e dinheiro com Visitas de Estado cujos objectivos o Estado pode alcançar através dos Secretários de Estado Provinciais ou outros mandatários a níveis territoriais de distrito, por exemplo. Trata-se de uma atitude de Estado que enobrece as posturas de Filipe Jacinto Nyusi como dirigente aglutinador aberto, inclusivo e participativo. Mais ainda elencaríamos as consultas ao Conselho de Estado e ao Conselho de Defesa e Segurança que se tornaram mais periódicas e visíveis aos moçambicanos. Na senda de consultas evidenciaríamos ainda, o que nos pareceu uma tacada de mestre do Presidente nos primeiros 100 dias da sua governação, ao se sentar em diálogo político com o Líder do Partido para a Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, uma figura de relevo na trajectória pacificadora do país enquanto negociador do Acordo Geral de Paz a par e passo com Armando Guebuza, que entretanto parecia esquecida. Exorta-se que cada um olhe para esses cem dias e sem se deixar guiar por paixões criticistas de negar tudo o que do Governo do dia venha, e tenha por este sido proferido pela voz do Presidente da República e ou de um dos seus mandatários, aponte os feitos objectivos que fazem sentido revelar como realizações dos moçambicanos orientados por Filipe Nyusi nesse período. Concatenando dados que lhe foram avançados na mais estrita, queremos crer, construção discursiva das suas Declarações à Nação, o Presidente anunciou as principais linhas de força mostrando que o país está no bom caminho da implementação do Programa Quinquenal do Governo (PQG) e do Plano Económico e Social (PES) que o operacionaliza.

Não é nosso propósito reeditar todas essas linhas de força porquanto sabemo-las já terem sido bem repetidas pelos nossos colegas escribas em diversos órgãos de comunicação social. Mas não resistimos a trazer à superfície aquelas que nos tocaram, e que podem parecer minúsculas na sua cifração para o cômputo nacional, todavia se nos afiguram a expressão do que aconteceu. Aplaudimos assim quando ouvimos o Chefe do Estado, orgulhosamente, dizer que “concluímos a construção de habitação para 19 combatentes com deficiência” e “regularizamos 99.400 parcelas de terra em sete províncias do país”. Aplaudimo-lo ainda pelo apetrechamento de 7 unidades sanitárias incluindo Maternidades, pelo início da construção do Infantário do Centro de Acolhimento de Crianças Desamparadas na Zambézia, pela operacionalização das matrículas gratuitas da primeira à nona classe nas escolas públicas, pela disponibilização de 2.233 carteiras escolares e conclusão da construção de 58 escolas dos ensinos primário e secundário, pelo apoio a pescadores artesanais com 24 motores de barcos, pela transferência de 5 fábricas de processamento de arroz para a gestão privada e financiamento em 500 milhões para o fortalecimento da cadeia de valor deste importante cereal, pela conclusão da construção de 14 sistemas de abastecimento de água potável em 6 províncias, e como o fez em uníssono a Assembleia da República, aplaudimo-lo, Senhor Presidente Nyusi pela declaração atempada do Estado de Emergência, ora prorrogado até 30 de Maio, no quadro das medidas de contenção da propagação da Covid-19. A fechar, como bem o disse o Presidente de todos os moçambicanos, “não obstante às adversidades, a vida em Moçambique não parou” sendo que, segundo ainda o mais Alto Magistrado da Nação Moçambicana em cujo coração cabemos todos no país e na diáspora, todos os moçambicanos são chamados a ser e estar “resilientes, pragmáticos (…) tomando o trabalho como a chave para a solução de tudo o que pretendemos alcançar”. Nesta empreitada estão e merecem estar sim todos os moçambicanos, cada um fazendo a sua parte na materialização da visão presidencial de “Nteko, nteko, nteko! Mabassa, mabassa, mabassa!” lançada na sua primeira Declaração à Nação e ao Mundo entanto que quarto Estadista moçambicano, na primeira hora do seu segundo ciclo de governação inclusiva, rejuvenescente e equilibrante, que com firmeza cumpriu os seus primeiros 100 dias


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SAÚDE

Covid-19

Vale oferece atomizadores A Vale ofereceu às autoridades da cidade de Tete e distrito de Moatize atomizadores que estão já a ser utilizados na desinfecção das vias públicas, mercados e transportes colectivos.

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rata-se de um gesto que tem como finalidade ajudar na prevenção da pandemia do novo coronavírus junto das comunidades, impedindo a propagação da doença. “O objectivo é prevenir

o contacto com eventuais agentes infecciosos, impedindo o contágio e dando, ao mesmo tempo, confiança às pessoas”, assegura a

Vale, por meio de um comunicado. Para além dos atomizadores, aquela empresa deu materiais de higiene que

estão a servir as populações. A entrega dos equipamentos às autoridades de Tete e Moatize insere-se no âmbito do memorando de entendimento que a empresa assinou com o Governo moçambicano e que prevê ajuda no valor de dois milhões de dólares americanos para combater a Covid-19. O memorando prevê a doação de diverso equipamento hospitalar e material de prevenção e protecção individual para os profissionais de saúde. Neste pacote de ajuda humanitária que irá ser distribuído em várias províncias do país, serão também disponibilizados 80 mil testes rápidos

Reforçada capacidade de prevenção do COVID-19 em Sofala A Cornelder de Moçambique SA (CdM), no quadro dos esforços em curso visando prevenir a propagação da COVID-19 no País, procedeu a entrega de quatro ventiladores e equipamento hospitalar diverso ao Governo da Província de Sofala.

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a ocasião, a CdM assinou um memorando de entendimento com a Direcção Provincial de Saúde, visando a reabilitação do Centro de Epidemias da Beira e instalação de um sistema de ali-

mentação de oxigénio e ar comprimido no Centro de Saúde 24 de Julho, de modo a que ambas unidades sanitárias possam ser, eventualmente num cenário de eclosão da pandemia a nível da província de Sofala, utilizadas para isolar pacientes testados

positivos para o novo Coronavírus. Estas acções enquadram-se na campanha "Juntos Contra a Covid-19" promovida pela CdM que, para além da concessão de apoios ao Hospital Central da Beira, contempla a produção e distribuição de 30 mil máscaras

artesanais para distribuição a vendedores de mercados, motoristas e cobradores de transporte colectivo de passageiros e comunidades carenciadas. Importa realçar que as referidas máscaras são produzidas por um total de sete associações que se beneficiaram do apoio concedido pela CdM em máquinas de costura e tecidos. A CdM está igualmente a apoiar iniciativas da sociedade civil na Beira, financiando a desinfecção dos principais mercados e aglomerados populacionais, bem como instalação de tanques de abastecimento de água em mercados e postos de controlo de camiões na Cidade da Beira. Todas estas acções enquadram-se no programa de Responsabilidade Social Empresarial da CdM.


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ECONOMIA

CTA propõe medidas para salvar empresas A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) defende a necessidade de adopção de medidas excepcionais para apoiar a tesouraria das empresas e relançar o nível de actividade económica no país.

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plano sugerido passa pelo relaxamento de alguns custos operacionais, nomeadamente, a redução em 50% das facturas de água e energia, e o adiamento de pagamento de impostos, bem como contribuições para a segurança social. Estas propostas de medidas foram difundidas numa conferência de imprensa, aonde a CTA fazia um balanço dos primeiros 30 dias do Estado de Emergência (EE) que decorreu de 1 a 30 de Abril visando a contenção da propagação da pandemia COVID – 19. A avaliação do CTA foi negativa. Cerca de 1,175 empresas, a nível nacional, suspenderam as suas actividades, afectando mais de 12,160 postos de trabalho, durante a vigência do primeiro EE. Do total de empresas encerradas, cerca de 756 são do sector de hotelaria e turismo e empregam um acumulativo de cinco mil trabalhadores. Adicionalmente, apurou-se que, as empresas

que ainda se mantêm em funcionamento reduziram o seu nível de actividade para menos de 25%. Este impacto deve-se, por um lado, aos desafios que as empresas enfrentaram para a implementação efectiva da legislação que regula as medidas do EE, e, por outro, a ausência e/ou insuficiência de medidas de resposta adequadas para a minimização dos impactos económicos desta pandemia no sector empresarial. Segundo, a CTA o nível de implementação das medidas

do EE por parte das empresas foi estimado em 50%, essencialmente, devido às implicações financeiras que acarretam, nomeadamente, a aquisição de materiais de prevenção, os reajustamentos operacionais para acomodar o regime de rotatividade do pessoal e redução do efectivo laboral para um terço, entre outros. Apurou-se, igualmente, que a principal consequência financeira/operacional da implementação destas medidas para as empresas, é a redução do nível de activida-

de produtiva, que em média terá ascendido a aproximadamente 75%, significando que, actualmente, as empresas operam em apenas 25% do seu potencial. Por conta desta redução do nível de actividade das empresas, dados preliminares indicam que, ao longo dos 30 dias do EE, o sector empresarial moçambicano registou perdas de facturação estimadas em 6,1 mil milhões de Meticais, o correspondente a 87,1 milhões de Dólares, sendo os serviços relacionados com o turismo, nomeadamente hotelaria, agências de viagens, restauração, entre outros, os mais afectados. No caso dos hotéis, a taxa de ocupação baixou para menos de 4%, fazendo com que o sector registe perdas diárias de facturação estimadas em 98%. Pelo que, grande parte das empresas optaram pela suspensão das actividades, dada a insustentabilidade financeira de manter o seu funcionamento.


ECONOMIA

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Estado de Emergência

Sector privado pede revisão das medidas O sector privado moçambicano solicitou ao Governo para alargar a abrangência do pacote de medidas fiscais e aduaneiras, aprovado pelo Governo através do Decreto nº 23/2020 de 27 de Abril, com vista a tornar elegível, também, todas empresas sujeitas aos Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC).

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“Para que esta facilidade possa, de facto, apoiar o sector empresarial e contribuir para o relançamento da economia, devia-se alargar o seu âmbito de aplicação tornando elegíveis todas empresas sujeitas ao IRPC”, defendeu Oliveira. Com a prorrogação do Estado de Emergência por mais 30 dias, a CTA considera que é necessário que seja revista a legislação que regula as medidas do Estado de Emergência e regulamentar algumas matérias específicas constantes desta legislação que têm suscitado várias inquietações, nomeadamente,

matérias relativas a relações laborais, transportes e matérias financeiras. Assim, segundo a CTA, será sustentável a implementação efectiva das medidas decretadas. Aquela organização defende, igualmente, a possibilidade de relaxamento das restrições ao registo de novas empresas, uma vez que, neste período de crise, há muito interesse em constituir empresas para o fornecimento de bens e serviços essenciais e de suporte, nomeadamente, produtos alimentícios, produtos de saúde, serviços de telecomunicações, entre outros


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Único decide competir na transferência para M-Pesa

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lsa Graça, CEO interina do Único, reiterou que a nova funcionalidade é mais uma materialização da forte aposta na inovação, que o banco tem vindo a fazer, e a instituição está empenhada em criar soluções ajustadas às necessidades de cada cliente, bem como, melhorar de forma consistente a sua experiência na relação com os usuários dos seus serviços através dos canais digitais.

O Banco Único passou a disponibilizar através do seu Único Online e Único Mobile a possibilidade de se transferir dinheiro para M-Pesa de forma rápida e segura com um desconto de 50% no custo das comissões.

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ECONOMIA

EM MAPUTO

Cinco empresas recebem selo "Made In Mozambique" O Ministério da Indústria e Comércio concedeu o direito de uso do selo "Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique" a um total de cinco empresas da província de Maputo, por elas utilizarem recursos nacionais nos processos de produção, e adoptarem uma cultura de qualidade, através da implantação de sistemas de gestão de qualidade.

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rata-se das empresas Afritubo-Tubos e Acessórios, Strides Pharma Mozambique, Prochem, Divina e C&C Neves, que se vão juntar às outras 59 certificadas com o selo "Made In Mozambique" ao nível daquela província. Para o ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, a atribuição do selo "Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique" constitui um reconhecimento do Governo a estas empresas, por contribuírem para a valorização dos produtos e serviços nacionais e, igualmente, por estarem comprometidas com

a melhoria contínua das práticas de negócio, uma vez que a elegibilidade deverá ser mantida por todo o período de validade da concessão da marca, que é de cinco anos. "É louvável o passo dado pelas empresas, às quais apelamos a serem criativas e a esforçarem-se para que continuem a merecer a confiança e o carinho de todos os moçambicanos", disse Carlos Mesquita. O governante instou às empresas distinguidas a tirarem proveito do crescimento do mercado nacional e das oportunidades de exportação resultantes das facilidades de circulação de pessoas e bens, bem como da liberalização do comércio. Num outro desenvolvi-

mento, o ministro da Indústria e Comércio desafiou as empresas nacionais, em particular as de pequena e média dimensão (PME), a apostarem na produção massiva de alimentos e produtos de higiene, optimizando o uso de recursos nacionais. Por seu turno, a secretária de Estado da província de Maputo, Vitória Diogo, considerou, na ocasião, que a concessão do direito de uso do selo faz jus ao crescimento do tecido empresarial da província, não só em número mas também em qualidade. "Este é um sinal objectivo de que, como província, estamos a contribuir para a criação, inovação e produção no País, assim como para a geração de renda e

criação de mais postos de trabalho", enalteceu Vitória Diogo. Intervindo em representação das empresas distinguidas, António das Neves sublinhou que o selo "Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique" reconhece o contributo do tecido empresarial nacional para o desenvolvimento do País, devendo, por isso, significar uma mais-valia efectiva para os seus detentores. "O selo deve constituir um instrumento de promoção de negócios sustentáveis, que satisfaça às expectativas do consumidor e que contribua para o crescimento da produção nacional e desenvolvimento económico e social do País", concluiu


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á poucas horas do fim do primeiro Estado de Emergência, o Chefe do Estado avançou que ainda há muito que se fazer de modo a melhorar o cumprimento, pois tem se verificado casos de circulação interna de pessoas sem que haja absoluta necessidade. Durante o período de prorrogação, será intensificada a testagem da Covid-19 no sentido de eliminar possíveis focos de contaminação. A testagem será dirigida a empresas onde haja aglomerados de pessoas. Nyusi apelou aos cidadãos a ficarem em casa e sublinhou que esta é a melhor forma de combater a pandemia do Coronavírus que já infectou mais de 3 milhões de pessoas no mundo. O Chefe do Estado indicou dez pontos a serem tomados em conta durante o período, entre eles: o reforço das medidas de quarentena domiciliar; limitação da circulação interna de pessoas; o cumprimento do uso de máscaras; cumprimento do distanciamento social; a fiscalização pela polícia do do combate ao Covid-19; a exploração do Teletrabalho para os que trabalham sob encerramento dos locais de diversão; melhoramento das campanhas publicitárias rotatividade; evitar quais quer aglomerado e a limitação de eventos fúnebres e sociais inadiáveis para o máximo de 20 pessoas. Após 15 dias, as medidas supracitadas poderão abrandar ou intensificar-se mediante a situação que se verificar. Porém, Nyusi apelou ao cumprimento de todas medidas por parte de todos para que o Estado de Emer-

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gência não se agrave para o nível quatro. Moçambique conta actualmente com 76 casos confirmados do novo Coronavírus, com nove recuperados. Entretanto, na diáspora conta-se com 10 casos confirmados de moçambicanos dos quais sete recuperados e um morto


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POLÍTICA

PR prorroga Estado de Emergência O Presidente da República, Filipe Nyusi, declarou esta quarta-feira a prorrogação do Estado de Emergência por mais um mês, a contar a partir do dia 1 de Maio.

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om o fim do primeiro Estado de Emergência, o Chefe do Estado avançou que ainda há muito que se fazer de modo a melhorar o cumprimento, pois tem se verificado casos de circulação interna de pessoas sem que haja absoluta necessidade. Durante o período de prorrogação, será intensificada a testagem da Covid-19 no sentido de eliminar possíveis focos de contaminação. A testagem será dirigida a empresas onde haja aglomerados de pessoas. Nyusi apelou aos cidadãos a ficarem em casa e sublinhou que esta é a melhor forma de combater a pandemia do Coronavírus que já infectou mais de 3 milhões de pessoas no mundo.

O Chefe do Estado indicou dez pontos a serem tomados em conta durante o período, entre eles: o reforço das medidas de quarentena domiciliar; limitação da circulação interna de pessoas; o cumprimento do uso de máscaras; cumprimento do distanciamento social; a fiscalização pela polícia do do combate ao Covid-19; a exploração do Teletrabalho para os que

trabalham sob encerramento dos locais de diversão; melhoramento das campanhas publicitárias rotatividade; evitar quais quer aglomerado e a limitação de eventos fúnebres e sociais inadiáveis para o máximo de 20 pessoas. Após 15 dias, as medidas supracitadas poderão abrandar ou intensificar-se mediante a situação que se verificar. Porém, Nyusi apelou ao cumpri-

mento de todas medidas por parte de todos para que o Estado de Emergência não se agrave para o nível quatro. Moçambique conta actualmente com 79 casos confirmados do novo Coronavírus, com 18 recuperados. Entretanto, na diáspora conta-se com 10 casos confirmados de moçambicanos dos quais sete recuperados e um morto


CULINÁRIA

Sexta-Feira, 01 de Maio de 2020

Lourdes Meque Rajani

Bolo de iogurte muito fofo Ingredientes: 4 ovos grandes ½ xícara (chá) de óleo 1 pote de iogurte desnatado (firme) 2 xícaras (chá) de açúcar 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo 1 ½ xícara (chá) de amido de milho 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 colher (sopa) de raspas de limão ou laranja

Preparação: Bata no liquidificador os ovos, o óleo e o iogurte. Peneire os ingredientes secos: o açúcar, a farinha de trigo, o amido e o fermento. Junte os ingredientes que bateu no liquidificador e as raspas. A massa deverá ficar cremosa. Despeje na forma untada e leve ao forno pré aquecido 180°C por 40 minutos. Para servir, polvilhe açúcar de confeiteiro e barre com compota a gosto

Caril de camarão com coco e feijão verde Ingredientes: 1 kg de camarão limpo Feijão verde q.b. 1 cebola cortada a gosto 2 tomates maduros cortados a gosto 1 colher cheia de massa tomate 2 dentes de alho esmagado 1 lata de leite de coco 1 malagueta Açafrão e colorau q.b. Óleo q.b. para refogar Preparação: Comece por fazer um refogado

com a cebola, o alho, o tomate e por fim a massa tomate. Acrescente o açafrão e a malagueta. Junte o feijão verde e deixe refogar o sufuciente. Estando quase cozido, junte o camarão, refogue mais um pouco e termine por adicionar o leite de coco. Deixe apurar o molho e rectifique o sal. Sirva acompanhado de arroz ou xima Bom apetite

Pão doce da Milou Ingredientes: 1 lata de leite condensado 1 medida da lata, de leite fresco 1 medida de manteiga derretida 2 colheres de sopa rasas de liverina 4 ovos Preparação: Comece por juntar todos os ingredientes e bata tudo energicamente durante 2 min. Junte 1 kg de farinha aos poucos ate a massa desgrudar.

Estando tudo bem amassado, molda logo no formato que desejar e coloque em assadeiras. Deixe levedar durante 1 hr. Pincele e leve ao forno pré-aquecido à 185 graus durante cerca de 15/20 minutos no máximo. Obviamente que o tempo cozedura dependerá do forno que tiver em casa. O resto é de acordo com a sua criatividade. Se desejar, faça uma calda e deixe ferver um pouco. Retire e deixe arrefecer para depois pincelar os paezinhos e polvilhar com coco ralado. Ou simples

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Sexta-Feira, 01 de Maio de 2020

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