IMPERDIVEL - 88

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Sociedade

Cultura

Desporto

Walter Mabas promete uma noite memorável

Feizal Sidat oficializa candidatura à presidência da FMF

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Coreanos investem na segurança rodoviária em Maputo e Matola

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IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 88 Sexta - feira, 15 de Novembro 2019 Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

PUMA ENERGY CELEBRA DEZ ANOS DE OPERAÇÃO EM MOÇAMBIQUE CEO da empresa, Ivanilson Machado, destaca as grandes realizações

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BIOGRAFIA


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a d n e v a Já s a c n a b nas

Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

” FICHA TÉCNICA REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz MAPUTO - MOÇAMBIQUE

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Onde Mora a Chama da Esperança

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Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores e João Chicote Fotografia Salvador Sigaúque Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

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BIOGRAFIA

Biofrafia de Rui de Noronha

escritor moçambicano, António Rui de Noronha, nasceu em Lourenço Marques [actual cidade de Maputo], a 28 de Outubro de 1909, e perdeu a vida a 25 de Dezembro de 1943, na mesma cidade.

Desde cedo deixou transparecer e mostrou, na sua vida e na sua escrita, um temperamento recolhido, uma personalidade introvertida e amargurada. Ele foi um homem infeliz. Nunca chegou a concretizar, em vida, o grande sonho de publicar o seu livro de poemas Lua Nova. Seria, a título póstumo, um grupo de amigos que viria a cumprir o seu desejo, ao publicar, em 1943, Sonetos, em parte composto de sonetos publicados na imprensa local. Muitos dos seus poemas ainda se encontram inéditos ou então esquecidos na Imprensa, como é o caso de "O Brado Africano", na década de 30. Como poeta de transição, viveu numa época em que os escritores moçambicanos ainda não tinham tido a oportunidade de acordar a sua consciência para as mensagens poéticas de conteúdo social, caracteristicamente moçambicanas. Por outro lado, havia uma repressão cultural, em que utilizar a África real como fundamento/tema-chave era imediatamente alvo do exercício diário da censura. Assim, a obra de Rui de Noronha ficou marcada como o primeiro sinal expressivo de uma nova fase da poesia moçambicana, que viria mais tarde a alcançar o verdadeiro ponto de ruptura com o passado. O poeta veio a anteceder, em cerca de mais de 10 anos, o arranque definitivo e altivo, para a construção de uma poesia tipicamente moçambicana. No início, Noronha esteve completamente desamparado e retraído por um sistema que impedia a existência de uma tradição literária moçambicana. Daí que o poe-

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ta se viu forçado a agarrar-se aos modelos portugueses, com vínculos do século XIX ou dos princípios do século passado. Por essa razão, "apenas" conseguiu murmurar as reivindicações do povo, em vez de as gritar e levar bem longe; foi, também, por isso que "apenas" insinuou os valores africanos, o sofrimento do homem moçambicano, a injustiça criada pelo colonialismo, em vez de os denunciar clara e explicitamente. Apesar de tudo, Rui de Noronha manifestou a sua intenção e consciencialização da necessidade de moçambicanizar os modelos estéticos tradicionais portugueses: incorporou, em muitos poemas, discursividades (palavras e expressões) próprias de Moçambique. Em muitos dos seus textos encontra-se uma espécie de simbiose entre a oratura (forma oral de transmissão de conhecimentos) e a escrita, numa tentativa de exigir a reabilitação nacional. Pode dizer-se que a acção dos seus poemas foi sempre orientada para os caminhos do futuro: os caminhos que levarão à moçambicanidade. Sintetizando o principal papel de Noronha, poder-se-á dizer que, na década de 30, a poesia moçambicana, pela voz de um dos seus maiores poetas - Rui de Noronha - exprimiu, com elevado grau de firmeza, as oposições racial, económica e cultural que definiam as relações colonizador/colonizado. Rui de Noronha teve consciência nacional e, em termos de criação literária, iniciou a expressão dessa situação. Certo é que essa expressão começou por ser algo tímida, embora sempre extremamente enriquecedor, o que será facilmente compreensível se se tiver em conta a época de repressão vivida em Moçambique, dominada por um rígido sistema colonial. Mesmo assim, Rui de Noronha é universalmente apontado como o iniciador da mais poderosa aposta na desalienação cultural e política, persistindo na construção de uma literatura autónoma, verdadeiramente nacional


OPINIÃO

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Por: Carlos Sousa

Sério Demais para se deixar Esquecido e Distraído

O Risco Rodoviário que incide nas Crianças e Adolescentes, de Casa-Escola-Casa !

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o ambiente rodoviário, há distrações demais, por isso a soma nos sofrimentos pelos sinistros e muito mais coisas tais! Aproxima-se o final do ano escolar numa vasta aplicação do ensino em Moçambique, pois exactamente por isso,... tempo para nos actualizarmos e melhor assumirmos cuidados no período de ferias em preparo prevenido para melhor acção de comportamentos disciplinados, durante o ano educativo que se segue,.. Entendemos que o assunto deve merecer o nosso melhor,....pois na verdade os nossos Continuadores,.. Por variadíssimas razões, embora nenhuma se justifica, os adultos, continuam guiando maquinas, cada vez mais pressionados pela distracção enquanto ao volante nas rodovias do RISCO, e de tal modo distraídos vamos que pouco nos respeitamos, quanto mais cuidarmos o indispensável e essencial no transporte de pessoas, pelo menos que estejamos mais atentos cuidando

e educando pelos nossos petizes! Fazemos filhos, para os dei-

xar ao acaso, porque a dado momento, requerem atento ??? Infelizmente desculpa-mo-

nos com os hábitos culturais... mesmo assim, devemos ter presente de que para evoluirmos a acompanharmos o desenvolvimento, temos o dever de aprender que a Cultura também se educa alinhando -a com a modernidade, e por respeito com a civilização da maioria social. Tristes e péssimos exemplos temos que chega, pois conta, claro que conta, uma carta para condução comprada e licenciada com muita pressa, pressa talvez de sofrer uma colisão e depois então lembrar-se de que seu filho estava la atrás mal sentado em liberdade, pois estava ! ... para continuar a afirmar de que guia muitíssimo bem! As crianças e adolescentes em movimento, devem ser educados e conduzidos por adultos,..óbvio,...mas nao parece! Agarremos um exemplo dos países agrupados pela convenção dos PALOP,...sim,...pela facilidade na linguística de comunicação e educação,... lógico

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Jorge Ferrão

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Reitor da UP-MAPUTO, Jorge Ferrão, discursou recentemente, na Conferência Internacional sobre Políticas Educativas que decorreu na UniSave, Extensão da Maxixe. Ferrão falou sobre as Políticas do Ensino Superior e referiu que o Ban-

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co Mundial, durante algum tempo, achava que os africanos não precisam deste tipo de ensino. A sua prioridade de financiamento era o Ensino Básico, sendo que, o que sobra para o Ensino Superior, ou seja para a ciência e tecnologia, é muito pouco. Referia ao estudo Higher Education: The Neoliberal Agenda. Mas Ki-Zerbo, na sua reação, diria " Educate or perish."


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ECONOMIA

Lançado Standard Corretores de Seguros Foi lançada, recentemente, na cidade de Maputo, a Standard Corretores de Seguros, uma corretora que nasce para dinamizar o sector de seguros no País, através de uma oferta de produtos e serviços únicos, simplificados e ajustados às necessidades dos clientes.

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etida maioritariamente pelo Standard Bank, a corretora destaca-se na oferta de soluções específicas para todos os actores da cadeia de valor da indústria de petróleo e gás, através da sua rede local e internacional de parceiros especializados em seguros diversos, com realce para alguns que só agora passarão a existir no mercado, que possuía uma capacidade limitada de servir às multinacionais e empresas locais que actuam no sector. Conforme explicou o presidente do Conselho de Administração da Standard Corretores de Seguros, Chuma Nwokocha, a corretora dispõe de recursos humanos altamente qualificados, com mais de 10 anos de experiência no mercado de seguros. Mais do que quadros experientes, referiu Chuma Nwokocha, “a Standard Corretores de Seguros distingue-se pela sua componente didáctica, quer através da mediação e consultoria especializadas para particulares e empresas, bem como através dos Master Classes que tem estado a realizar desde o mês de Março, dedicados, particularmente, às pequenas e médias empresas (PME)”. Intervindo na cerimónia de lançamento, a directora executiva da corretora, Ana Gunde, sublinhou que a Standard Cor-

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Chuma Nwokocha, presidente do Conselho de Administração da Standard Corretores de Seguros

retores de Seguros surge numa altura em que se assiste, no País, o despontar da indústria do pe-

mente exigente, cujas necessidades a Standard Corretores de Seguros está preparada e pronta para responder. “Pretendemos que este sector e os demais clientes possam ter a certeza de que os serviços de que necessitam para as suas necessidades diárias serão providenciados de forma transparente e profissional. Já estamos preparados para oferecer soluções de seguros especializados para o sector da aviação, marítimo, agrícola, mineiro, bem como contra riscos políticos, cibernéticos, terrorismo, entre outros”, disse a directora executiva. A Standard Corretores de Seguros, acrescentou Ana Gunde,

oferece, igualmente, soluções simples de seguros de património, engenharia, responsabilidade civil, frota automóvel, assim como cobertura de benefícios específicos para funcionários, sendo que estes últimos “constituem um factor crucial para que as organizações possam reter os seus talentos e todos outros colaboradores, de forma geral. Entre estes benefícios destacam-se os produtos de seguros de vida e fundos de pensões”. Na ocasião, o director executivo do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), Xavier Chongo, considerou que a entrada da Standard Corretores de Seguros no mercado constitui uma mais-valia para o sector de seguros, principalmente para os clientes, que passarão a ter melhores serviços ao seu dispor. “O corretor de seguros é uma espécie de advogado do cliente, ou seja, é um elemento muito importante para os interesses dos segurados pois é ele que deve aconselhar melhor o cliente sobre as melhores instituições e produtos. Por isso, acreditamos que a Standard Corretores de Seguros vai trazer o que os seus parceiros locais e globais têm de melhor para a satisfação dos clientes e para o bem do nosso mercado de seguros”, enfatizou Xavier Chongo

Ana Gunde, directora executiva da Standard Corretores de Seguros

tróleo e gás, com a descoberta deste importante recurso energético na bacia do Rovuma, cujo início da exploração está previsto para 2023. Para Ana Gunde, este facto impõe enormes desafios ao sector de seguros, uma vez que se trata de uma indústria extrema-

Xavier Chongo, director executivo do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambiqueda Standard Corretores de Seguros


ECONOMIA

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Arena 3D recebe

ob o lema “África 2030 – M o ça m b i q u e como catalisador da transformação”, decorre nos dias 20 e 21 de Novembro do ano em curso a terceira edição do Fórum Económico e Social de Moçambique (MOZEFO), na Arena 3D, Distrito Municipal da KaTembe, em Maputo. O evento contará com a presença de vários oradores nacionais e internacionais, com destaque para JOSEPH STIGLITZ, Nobel em Ciências Económicas, ABEBE SELASSIE, Director do Departamento Africano do FMI, ROSALÍA ARTEAGA, Antiga Presidente do Equador, PAULO PORTAS, Antigo

Moçambique e África podem seguir rumo à concretização dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Vice-Primeiro-Ministro de Portugal, LUÍSA DIOGO, Antiga Primeira-Ministra da República de Moçambique, entre outros (ver anexo). Os debates da presente edição terão como foco temático a Agenda 2030, onde se espera que o evento possa contribuir com experiências e visões sobre os caminhos que

Pretende-se igualmente contribuir para a consciencialização das lideranças africanas e a população no geral sobre a importância dos ODS, promovendo um maior conhecimento, apropriação e melhor alinhamento nos programas de desenvolvimento locais. Lançado em 2014, o MOZEFO é uma plataforma de debate multissectorial na busca de soluções para um crescimento socioeconómico acelerado, inclusivo e sustentável de Moçambique

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Tmcel aumenta benefícios A Tmcel-Moçambique Telecom, SA, informa que procedeu à actualização dos pacotes do serviço Tmcel BandaLarga, aumentando os benefícios, desde o mês de Outubro, período em que os clientes começaram a usufruir dos mesmos, mantendo a taxa mensal até 30 de Novembro. Comunica ainda que, a partir de 1 de Dezembro do ano em curso, entrará em vigor o novo tarifário pelo que, durante os próximo dias, são convidados os clientes utilizadores deste serviço a contactar a Tmcel, para escolha do melhor pacote em alinhamento aos incrementos anunciados.

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019

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ECONOMIA

Puma Energy celebra dez anos de operação em Moçambique CEO da empresa, Ivanilson Machado, destaca as grandes realizações A multinacional Puma Energy Moçambique acaba de celebrar dez anos da sua actividade operativa no território nacional e não quis deixar o facto passar em branco. Decidiu reunir os seus clientes, potenciais parceiros e fornecedores, e colaboradores para um convívio modesto, mas vibrante e inesquecível. Associouse a dois outros grandes acontecimentos, nomeadamente à festa dos 132 anos da bela cidade das Acácias e a do Dia Internacional do Saxofone. As personalidades convidadas, a vários níveis, compartilharam com muita animação a festa desta empresa, que se impõe com responsabilidade no mercado nacional, expandindo as suas actividades para às zonas interiores do país.

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irigindo-se aos presentes, o CEO da Puma Energy Moçambique, Ivanilson Machado, disse que dez anos é crescimento, é conquista de sonhos, é foco na construção de um futuro sólido. Podem até traduzir uma história de sucesso, mas somente vivenciando é que se consegue mensurar o trabalho envolvido, porque iniciar um negócio pro-

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vavelmente seja mais fácil do que fazer o mesmo crescer e prosperar”. Reconheceu, todavia, que nada se constrói sozinho: é preciso parceria com o próximo, sinergia e espírito colectivo. “Hoje vemos aqui distintas personalidades, nomeadamente governantes, clientes, parceiros, fornecedores, amigos para celebrar os dez anos da Puma Energy Moçambique, uma empresa de energia global integrada. Agradecemos

com maior primazia, a vossa presença neste acto!”

COMPROMISSO COMPOLÍTICAS PÚBLICAS Ivanilson Machado disse, na ocasião, que a Puma Energy Moçambique está comprometida com o desenvolvimento económico, social e cultural dos moçambicanos, assegurando que a instituição acompanha e associa-se às políticas públicas do Governo, com acções

práticas desde a mitigação de desastres naturais até à promoção de projectos sociais e de desenvolvimento. “Avançamos na energização das nossas comunidades e investimos em programas de formação, florescendo cada vez mais iniciativas sociais e ambientais. Na verdade, a Puma Energy Moçambique é amiga do ambiente e do bem-estar das pessoas, por isso em todas nossas acções estimulamos a cultura de higiene e segurança no trabalho, e observamos com rigor aspectos ligados à preservação da saúde pública e segurança rodoviária”. A Puma Energy é, de facto, uma empresa de sucesso, e chegou aos dez anos graças ao trabalho colectivo abnegado, de espírito de equipa. É essa filosofia, esse espírito que tem feito da Puma Energy o que ela é hoje; uma empresa voltada para a construção de relações maduras e duradoras com os seus clientes e parceiros, relações baseadas na confiança, no respeito e na excelência profissional. “O futuro aí está. E nossa tarefa é estar permanentemente preparados para as promessas e os desafios que ele nos coloca. Agradecemos profundamente a todos, pelo vosso carinho e confiança”, destacou o CEO da instituição em Moçambique


ECONOMIA

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Para falar do gás do Rovuma

Associação Kulani junta homens de negócios Empresários nacionais e estrangeiros reuniram-se recentemente, na cidade de Maputo, em busca de oportunidades de negócios nas áreas de petróleo e gás. A iniciativa, levada a cabo pela recém-criada Associação Kulani (Crescer), visa também encontrar soluções para os desafios constatados na indústria que, para além de atractiva, requer um investimento intensivo.

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o longo do evento foram arrolados, os aspectos necessários para a actuação neste ramo de negócio pelo Instituto Nacional de Petróleos, entidade reguladora da indústria petrolífera. Visto que as áreas de petróleo e gás estão cada vez mais a tornar-se atractivas para o empresariado, o Secretário Perma-

nente do Ministério do Recursos Minerais e Energia, disse que o Governo recomenda às concessionárias para privilegiarem a contratação de empresas nacionais e ̸ ou estrangeiras associadas às moçambicanas de modo a possibilitar uma transferência gradual da capacidade operacional e potenciar o sector privado da economia. Na ocasião, o Presidente do

Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique, Salim Valá, disse que a BVM será uma via de financiamento alternativo para os empresários que queiram investir nas áreas de Petróleo e Gás. “A BVM será também um mecanismo de financiamento alternativo de poupança e investimento para o sector petrolífero, dando as empresas energia que

precisam para viabilizar e ampliar os seus negócios. Contudo, também iremos redireccionar as sinergias para outros empreendimentos de turismo, de infraestruturas e agro-negócios”, avançou Valá. Por sua vez, o representante da CTA no evento, Álvaro Massinga, disse que existem várias linhas de financiamento que a CTA assinou com alguns parceiros de forma a disponibilizar este capital para os empresários interessados em investir na área petrolífera. “A CTA através do seu Gabinete de Apoio ao Empresário vai ajudar as empresas a organizarem os seus processos de certificação e documentação necessária para que tenham acesso a grandes projectos como de petróleo e gás”, acrescentou Massinga. A iniciativa da Kulani surge num contexto em que o empresariado moçambicano e estrangeiro está com os olhos postos na exploração da indústria petrolífera em Cabo Delgado

Lançado cartão pré-pago Txova “Hoje, com o lançamento do Cartão Pré-Pago Txova, Maputo, a nossa capital coloca-se ao nível de grandes cidades do mundo, no que à inovação do serviço de bilhética diz respeito. Hoje, com a introdução desta nova solução de bilhética estamos a fazer história nos transportes públicos da área metropolitana de Maputo”, começou por referir, na sua intervenção, o administrador do BCI, Mukhtar Abdulcarimo, por ocasião do lançamento desta nova solução de pagamento, uma parceria entre o BCI, a

Paytech e a Metrobus. Acrescentou que “esta é uma solução que incorpora duas funcionalidades: a componente de bilhética no sistema de transporte e a bancária e financeira, sendo um meio de pagamento tradicional em toda a rede de ATM e POS a operar na SIMOrede”, referindo que “esta solução é o resultado da combinação de esforços quer do BCI, mas acima de tudo da Paytech e da Metrobus. Foi o resultado da combinação de esforços de empresas locais

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ECONOMIA

A poucos dias do fim de ano

Cobrados mais de 95 por cento do previsto na lei orçamental A Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique(AT), Amélia Nakhare, disse no passado dia 5 de Novembro corrente, em Lichinga, capital da Província de Niassa, que, apesar dos constrangimentos verificados ao longo do ano prestes a findar, a instituição que dirige logrou êxitos, ao canalizar para os cofres do Estado, pouco mais de 233 mil milhões de meticais, correspondentes a mais de 95%* da Receita estabelecida pela Lei Orçamental, fixada em cerca de 244 Mil Milhões de Meticais.

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e acordo com Nakhare, este desempenho positivo está sendo possível graça a entrega abnegada de cada um dos funcionários da instituição, a diversos níveis. Referindo-se ao desempenho dos últimos cinco (5) anos, a Presidente disse ainda que, os mesmos foram marcados por eventos extremos, citando, à titulo de exemplo, a

retirada do financiamento externo ao Orçamento do Estado, o que, segundo a dirigente,

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implicou o redobrar de esforço por parte de todos, como um País. Continuando, referiu que mesmo nessas condições desfavoráveis à economia nacional, foi possível assegurar o funcionamento do Aparelho do Estado, com recurso a receitas internas. "É neste contexto que, nas nossas deslocações a vários pontos do País, privilegiamos o diálogo com os funcionários, visto que estes,

são os nossos grandes heróis na arrecadação de receitas”, reiterou Nakhare.

Num outro desenvolvimento, a Presidente da AT, disse que, na senda de valorização do capital humano estão em curso desde 2018, acções de progressões e promoções, tendo privilegiado numa primeira fase, funcionários com categorias mais baixas. "Contudo, continuamos a encetar esforços junto ao Ministério de Economia e Finanças, no sentido de os actos administrativos abranger a todos funcionários. Durante a nossa permanência nas províncias, iremos assegurar uma intera-

ção com os funcionários, de modo a clarificar alguns aspectos relacionados com estas matérias, que ao longo dos últimos tempos, foram mal entendidos e criaram algum alarido", explicou. Refira-se que, no seu primeiro dia de trabalho, a Presidente da AT, após o encontro de cortesia com a Governadora da Província, Francisca Domingas, deslocou-se a Fronteira de Mandimba, onde acompanhada por alguns membros do Conselho Directivo, reuniuse com funcionários afectos aquele Posto


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SOCIEDADE

Com incidência para pessoas portadoras de deficiência Alocados um milhão de euros para formação profissional em Maputo, Beira e Pemba com o IFPELAC, por ser vocacionado à formação de pessoas. A AIFO assinou o presente acordo para trabalhar dois anos em estreita colaboração com seu parceiro. O valor não poderia abranger todo o país e esperamos que no futuro seja mais abrangente”, afirmou Doménico Liuzzi. Importa referir que durante o evento, foi lançado o boletim informativo do mercado de trabalho referente ao segundo trimestre de 2019, que resul-

O Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC) e a Associação Italiana Amigos de Raoul Follerau (AIFO) assinaram, na quintafeira, 14 de Novembro, em Maputo, um memorando de entendimento, orçado em um milhão de euros, financiado pela Cooperação Italiana, e que tem a duração de 24 meses, abrangendo os centros de formação de Maputo, Beira e Pemba, abarcando três componentes: formação em língua de sinais, formação psico-pedagógica e adaptação das infra-estruturas e conteúdos de formação para a pessoa portadora de deficiência.

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memorando, assinado durante a divulgação do relatório final da pesquisa sobre Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, realizado nas empresas de construção civil e indústrias de mineração, tem por objectivo a inclusão de pessoas portadoras de deficiências, na formação e no auto-emprego. Na ocasião, Vitória Dias Dio-

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go orientou aos signatários do instrumento, nomeadamente Anastácio Chembeze, em representação do IFPELAC e da AIFO, Doménico Liuzzi, para que cumpram o contracto na íntegra. “É fundamental que preparem um plano de actividades objectivo e mensurável, pois é, pertinente que se desenvolvam mais acções de formação profissional com vista à inclusão laboral da pessoa com deficiência. É crucial equipar os nossos centros adequadamente para que o cidadão com deficiência

possa ter acesso ao processo de ensino e aprendizagem e poder formar-se adequadamente”, explicou a governante. Por sua vez, Doménico Liuzzi disse que a assinatura do memorando tem um significado imensurável para a sua organização, na medida em que ele preconiza uma maior atenção às pessoas com deficiência e o principal desafio será procurar as melhores formas na actividade de empreendedorismo. “A ideia surgiu da ONG italiana AIFO, de realizar o programa

ta de registos administrativos, incluindo as plataformas electrónicas de gestão de fenómeno migratório (SIMIGRA), da Segurança Social (SISSMO) e da APIEX que compara o igual período de 2018, verificandose um aumento de empregos registrados de 94,6 por cento e 34,9 por cento e no auto-emprego. As admissões directas contribuíram mais com 50,7 por cento e do total dos empregos, 16,2 por cento foram auto-emprego


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Segurança Cibernética precisa de ser acelerada em Moçambique Moçambique precisa de acelerar o processo de implementação de medidas de promoção da segurança cibernética, por forma a salvaguardar a protecção dos cidadãos e a sustentabilidade do desenvolvimento das telecomunicações em Moçambique, defende Carlos Mesquita, Ministro dos Transporte e Comunicações.

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esquita que falava, esta quarta-feira, 13 de Novembro, em Maputo, na abertura da II Conferência Nacional de Segurança Cibernética (MOZCYBER) acrescentou que o mundo de hoje e todo o processo de desenvolvimento estão ligados às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), razão pela qual a segurança cibernética constitui um assunto transversal que deve merecer atenção especial de todos. “É por isso que tivemos na conferência a participação do Ministério Público e de outras instituições, que prestam serviços e que estão acometidos com as indústrias e áreas de serviços, porque, mesmo no uso profissional e pessoal, todos nós utilizamos este tipo de equipamentos”, frisou o governante. Instituições moçambicanas usuárias das TIC, representantes do Governo, do sector privado e da sociedade civil identificaram

e definiram as diversas formas e características da segurança cibernética, bem como apresentaram soluções de prevenção e combate ao crime cibernético, no decurso da II Conferência Na-

volvimento de soluções integradas e tecnológicas, infelizmente existem outros com um pensamento diferente, uma vez que concentram o seu trabalho para prejudicar o desenvolvimento,

cional de Segurança Cibernética (MOZCYBER), evento que ocorre pelo segundo ano consecutivo. O encontro, que serviu igualmente para avaliar os desafios da segurança cibernética em Moçambique e traçar acções concretas e concertadas com vista a um maior controlo e acção contra os crimes cibernéticos, foi promovido pela Autoridade Reguladora das Comunicações de Moçambique (ARECOM). Num outro desenvolvimento, Carlos Mesquita explicou que, enquanto uns pensam no desen-

afectando negativamente, todo o sistema implantado em várias instituições, o que concorre para que não se consiga prestar os serviços pretendidos. O ministro deu exemplo do sistema bancário, onde o sistema informático quando afectado ocorre, automaticamente, uma disfunção que leva à paralisação do serviço prestado: “Isso aplica-se também na indústria, cujas máquinas são regidas por sistemas informáticos programados e que, em caso de um ataque cibernético, o processo de produção fica comprometi-

do”, indicou. A conferência, conforme enfatizou Carlos Mesquita, traz exactamente esta necessidade de termos uma coordenação com vista a aproveitar todos os mecanismos legais e regulamentares, que o Governo tem estado a criar para promover um desenvolvimento adequado na protecção dos sistemas de informação e comunicação. Por sua vez, Castigo Nhamane, vice-presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), indicou que matérias ligadas à segurança cibernética constituem uma preocupação para o sector privado por afectarem directamente o ambiente de negócios. “Um exemplo que ainda vive nas nossas memórias foi o apagão ocorrido, recentemente, no sistema bancário nacional, onde entre outros factores pode-se apontar os ataques cibernéticos que o País tem sofrido, nos últimos anos, como uma das causas”, afirmou, Nhamane, acrescentando que o sector privado está consciente de que a segurança cibernética joga um papel importante para assegurar o normal usufruto das oportunidades que se apresentam no país

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Coreanos investem para reforçar segurança rodoviária nas cidades de Maputo e Matola Com vista a reduzir mortes por acidentes de viação nas cidades de Maputo e Matola, o Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) e a Agência Coreana de Cooperação Internacional (KOICA) vão implementar, entre 2020 e 2024, o Projecto de Melhoria de Segurança Rodoviária e Capacitação Institucional, avaliado em sete milhões de dólares norte-americanos. Trata-se de um projecto cuja metodologia de intervenção basear-se-á no desenvolvimento físico dos pontos com maior frequência de registo de acidentes, sobretudo os pontos negros e zonas escolares, nas quais as escolas encontram-se próximas das principais vias.

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revê, igualmente, o apetrechamento do centro de monitoria de contravenções e controlo do tráfego, o estabelecimento do Plano Director Nacional de Segurança Rodoviária, capacitação institucional e formação de gestores e técnicos do Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) e parceiros, incluindo a realização de campanhas de segurança rodoviária. Na ocasião, o ministro dos

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Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, referiu-se à colaboração dos especialistas coreanos, que permitiu a realização de consultas e concertações junto de entidades relevantes, para ter um melhor entendimento sobre a realidade local e das ne-

dos termos de referência do projecto”, disse o governante. O projecto, conforme enfatizou Carlos Mesquita, conta com o envolvimento dos diferentes sectores, o que constitui um claro reconhecimento de que a problemática de segurança ro-

Governo de Moçambique continuará a envidar esforços para criar as condições para combinar a educação do utente com um ambiente rodoviário mais seguro, bem como favorecer a aplicação de regras de trânsito apropriadas, de modo a reduzir a probabilidade de que, num dado momento e local, ocorram acidentes. Por sua vez, Sung Jun Yeo, embaixador da República da Coreia do Sul, indicou que o projecto vai concentrar as suas acções na modernização da segurança rodoviária, através do estabelecimento de instalações nas áreas onde ocorrem frequentemente acidentes de trânsito. “Tenho a certeza de que se resolvermos os problemas estruturais com muita atenção e esforço para evitar acidentes de trânsito, reduziremos bastante os acidentes e, consequentemente, o número das vítimas”, realçou o

cessidades para uma melhor resposta aos desafios de segurança rodoviária. “Esta articulação permitiu que, desde os meados de 2018, uma equipa multissectorial moçambicana juntamente com a KOICA iniciassem o trabalho conjunto que culminou com a elaboração

doviária é de carácter estrutural e multi-sectorial e, por isso, só poderá ser suplantado por acções coordenadas e com a devida conjugação de sinergias para adoptar medidas com vista a resolver problemas de curto, médio e longo prazos. O ministro garantiu que o

diplomata. Importa salientar que fruto das boas relações de amizade e confiança entre Moçambique e a República da Coreia do Sul, em Setembro de 2018, os dois governos celebraram o Acordo de Reconhecimento Mútuo e Troca de Cartas de Condução


PUBLICIDADE No âmbito dos acordos de cooperação institucional entre a GAPI-SI e o FARE, a contratação dos financiamentos do FEREN para apoiar a recuperação do tecido empresarial afectado por aquelas calamidades é efectuada pelo FARE – Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia. No início desta semana, o director geral do FARE, Augusto Isabel, deslocou-se à região centro do País onde procedeu à entrega dos cheques correspondentes às primeiras quatro candidaturas aprovadas de um total de 24 que já foram consideradas elegíveis. Em Sofala, os dois primeiros financiamentos foram para as empresas Unipesca, sediada na cidade da Beira, que se dedica à pesca, processamento e comercialização de produtos marinhos e a Agro-Ana, que desenvolve as suas actividades nos distritos de Nhamatanda e Búzì, produzindo e comercializando cana-de -açucar à açucareira de Mafambisse. “Este acto é o reflexo do esforço de instituições nacionais, em conjunto com parceiros estratégicos multinacionais, com vista a cumprirem a sua missão de apoiarem o surgimento, fortalecimento e desenvolvimento do empresariado nacional,

de forma sustentável e responsável”, o director geral do FARE, no acto de entrega dos dois primeiros cheques na província de Sofala e que simbolizam a operacionalização do FEREN. “Queremos apelar ao uso racional destes recursos, de forma a garantir o retorno desses valores para abranger mais empresas”, asseverou, enfatizando “que o FEREN prioriza actividades que garantam inclusão, empregos, criação de renda e sustentabilidade.

Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019

“Este financiamento vai permitir reabilitar uma das quatro embarcações paralizadas, de modo a nos submetermos às inspecções exigidas para exportarmos para a União Europeia. Uma vez aprovada, vamos voltar a operar e garantir a manutenção dos 80 postos de trabalho que se encontram em risco”, regozijouse Mamade Sulemane, da Unipesca. “Embora este valor seja uma boa contribuição para a reabilitação das nossas instalações e de, pelo menos,

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mais dois barcos, continuamos afectados pela obrigação de pagar a licença que custa 1.400.000 meticais.” António Passane, director geral da Agro Ana diz, por seu turno, que “vamos investir o valor no reforço da adubação, para recuperarmos a fertilidade dos solos que estiveram totalmente inundados, de modo a não comprometermos a produtividade das culturas que estamos a lançar. Paralelamente, vamos adquirir ou recuperar alguns equipamentos destruídos, como são as motobombas e atomizadores". Na província de Manica, a primeira servida pelo FEREN foi a empresa avícola Soaves, sedeada no distrito de Gondola. Com o ciclone, grande parte dos seus pavilhões, incluindo os que operavam nos arredores da Beira, foram destruídos. Estão em processo de contratação e desembolso mais dez financiamentos, incluindo algumas empresas de Cabo Delgado afectadas pelo Kenneth. A Linha de Recuperação cobre um montante máximo por operação de 1.500.000 meticais, tem uma taxa de juro anual que varia entre 8% e 10%, um período de diferimento máximo de capital até 180 dias e um período

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SOCIEDADE

Desta vez foi na Escola Secundária de Matlemele

Standard Bank a caminho de plantar 3.000 árvores O Standard Bank plantou, recentemente, mais 160 mudas de fruteiras e sombra, desta feita na Escola Secundária de Matlemele, no município da Matola, província de Maputo, no âmbito do projecto de plantio de árvores, tendo já atingido um total 2.241 árvores. A iniciativa, lançada em Julho, está a ser implementada nas cidades de Maputo e Matola, e irá abranger, igualmente, a cidade da Beira. A mesma prevê o plantio de mais de três mil (3.000) árvores de diferentes espécies, com destaque para acácias, palmeiras, casuarinas e fruteiras nalgumas rodovias, universidades e escolas primárias e secundárias das três urbes. Durante o acto, Leslie Mubanguiane, do Standard Bank, referiu que a acção representa mais uma aliança com as escolas abrangidas, no âmbito do projecto de plantio de árvores. “O projecto continua. Vamos esperar que o período de escola continue, para avançarmos com o próximo ciclo de plantio, porque o banco quer contribuir para a melhoria do ambiente”, referiu Leslie Mubanguiane. Por sua vez, Deolinda Cossa, directora da Escola Secundária de Matlemele, congratulou o Standard Bank, pela escolha da sua instituição para o plantio de árvores, o que demonstra ser

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da escola, Florentina Mabote, professora da disciplina de Agro -Pecuária, disse que a iniciativa do banco, vai mudar o actual cenário de falta de árvores de sombra e de fruteiras na escola, tendo garantido a conservação adequada das mesmas. “Agradeço a iniciativa do banco. Vai ajudar-nos na reconciliação da teoria e da prática em relação às fruteiras. Nós sensibilizamos os nossos alunos para regar as plantas, todos os dias”, garantiu a professora. Em representação da comunidade estudantil, Nilza Thembwe

uma promotora da saúde escolar e de educação baseada em competências. “Queremos agradecer este projecto do Standard Bank que, para além de melhorar a qualidade do espaço público na escola e a arborização, vai ainda melhorar a qualidade de vida, o conforto térmico e aproximar cerca de 4.200 alunos à natureza”, explicou a directora Deolinda Cossa. Sobre a essência do processo de povoamento arbusto dentro

apelou aos colegas, para uma maior adesão no processo de conservação das mudas recentemente plantadas e oferecidas pelo Standard Bank e agradeceu a iniciativa que vai ajudar a mudar a ornamentação da escola. “Receber estas árvores, é como receber a nossa própria vida, pois, libertam gás, que permite a respiração dos seres vivos, através do oxigénio”, comentou Nilza Thembwe. Importa realçar que no âmbito do projecto de plantio de árvores, até à data, já foram plantadas no total 2.241 árvores


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Recolha de dados de empregos

MITESS e parceiros acertam agulhas O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) reuniu, a 7 de Novembro último em Maputo, com diversas fontes chave de informação do mercado de trabalho, com o objectivo dze promover uma maior coesão e visão dos actores relevantes na análise e acompanhamento das dinâmicas do mercado de trabalho, em matérias de competências e oportunidades de emprego e trabalho.

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reunião serviu para a divulgação da Plataforma de Gestão do Sistema de Informação do Mercado de Trabalho (SIMT) e harmonização das metodologias de recolha e processamento de dados, bem como partilha de experiências sobre as boas práticas na produção de estatísticas de trabalho. Assa Guambe, directora nacional de Observação do Mercado de Trabalho, que orientou o encontro, referiu que “estamos a colher subsídios para enriquecer os modelos de recolha de dados de empregos. Os utilizadores

no geral têm acesso à plataforma por ser pública para obter informação sobre o mercado do trabalho". Referiu ainda que esta plataforma tem a particularidade de permitir a realização de análises de informação quantitativa e qualitativa de diferentes fontes e constitui uma componente importante no desenvolvimento das actividades da Direcção Nacional de Observação do Mercado de Trabalho, que se resumem em informar a comunicar melhor sobre o mercado de trabalho. Por sua vez, Lino Mondlane, vice-presidente do Pelouro de Política Laboral e Acção Social na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), disse que o evento foi importante para a sua instituição, na medida em que o mesmo serviu de catalisador na troca de experiências com os parceiros do MITESS. “É importante que se actualize a informação, no sentido de que o empregador e a fonte possam ter uma interacção em tempo útil, de quantas pessoas foram admitidas em vários sectores, quer público ou privado e isso permite uma informação fiável”, referiu Lino Mondlane. Carlos da Maia, economista do Banco Mundial em Moçambique, para a Área da Pobreza e Desigualdade, parceiro do Instituto Nacional de Estatística (INE), disse ter sido um encontro frutífero e bastante importante, porque o sistema integrado do mercado de trabalho está bem feito, faltando a actualização de dados do sector informal na plataforma. “Foi um workshop bastante informativo. Esta plataforma é sem dúvida uma fonte bastante importante para informar o empregador ou investidor. Estamos satisfeitos. Há uma recomendação a deixar que é o enfoque no sector informal”, recomendou Carlos da Maia

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SOCIEDADE

Rebelo quer deixar "cair as paredes que dificultam a comunicação interna" no MTC O Ministério dos Transportes e Comunicações capacitou, entre os dias 4 e 6 de Novembro, na cidade de Maputo, um total de 60 funcionários em matérias relativas ao Sistema de Gestão por Processos (SGP), com vista à optimização das actividades e processos desenvolvidos na instituição.

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rata-se de um sistema constituído por processos, procedimentos e práticas, implementados de forma sistemática e abrangente, que garantem o cumprimento da missão do ministério, definindo e alcançando os objectivos e metas, controlados e revistos periodicamente. A capacitação dos funcionários insere-se no âmbito da assistência técnica de Portugal e China, através das empresas públicas Grupo Infraestruturas de Portugal e China Tiesiju Civil Engineering Group, respectivamente, e visa posicionar o Ministério dos Transportes e Comunicações como uma organização inova-

dora no seio da Administração Pública. O sistema permite o alinhamento, a monitorização e o controlo dos resultados, garantindo respostas e adaptações contínuas aos desafios do sector, para além da agregação das actividades e comportamentos executados por pessoas e meios tecnológicos para alcançar um ou mais objectivos. Conforme explicou a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, o projecto, que vai culminar com a implementação do Sistema de Gestão por Processos, iniciou em Novembro de 2018 e visa a melhoria do planeamento estratégico e de transportes e comu-

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nicações. “Estamos diante de um projecto inovador, que vai abranger todas as direcções e departamentos do ministério, baseado no ciclo PDCA (Planear, Executar, Monitorar e Actuar). Vamos melhorar o funcionamento nas actividades que todos nós executamos no dia-a-dia, bem como nas grandes opções estratégicas sob responsabilidade do Ministério dos Transportes e Comunicações”, frisou Manuela Rebelo, durante a cerimónia de encerra-

mento. Na ocasião, a vice-ministra sublinhou que, através deste projecto, o ministério pretende estar na vanguarda do que de melhor se faz na gestão das organizações: “Vamos deixar cair as paredes que dificultam a comunicação interna. Com o envolvimento e comprometimento de todos, vamos transformar o Ministério dos Transportes e Comunicações numa referência de boa gestão e governação”


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Luiz Carlos Mondlane eleito presidente da União Internacional dos Juizes da Língua Portuguesa O juiz moçambicano Carlos Mondlane foi eleito presidente da União Internacional dos Juizes da Língua Portuguesa (UIJLP), no decurso da IX Assembleia Geral, recentemente ocorrida em Bissau, capital da República da Guiné Bissau.

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ondlane, que substitui a brasileira Flávia Viana na presidência do organismo, disse que se sente muito honrado pela oportunidade de dirigir um organismo com o prestígio internacional da UIJLP: “Mais do que honra pessoal é honra para Moçambique e para o continente africano. É a primeira vez que um africano tem o privilégio de estar à frente de um organismo internacional na área da justiça”. Para a presidente cessante, a escolha de Carlos Mondlane tem a ver com as suas qualidades sobejamente conhecidas no espaço lusófono: "O seu engajamento pessoal tem servido para maior abertura e credibilização do judiciário pelo mundo afora", disse, acrescentando: “Destaco o papel que teve como relator para o ingresso de Angola na União Internacional de Magistrados e o apoio prestado para a crise do judiciário de São Tomé e Príncipe. Estamos seguros que o dinamismo que Carlos Mondlane vai emprestar à UIJLP vai servir para a maior credibilização da justiça no espaço lusófono. Está ele de parabéns e estão de parabéns os moçambicanos e africanos pela

escolha”. Para o Manuel Soares, representante de Portugal, a escolha de Carlos Mondlane rompe com uma tradição que estava a fazer escola na UIJLP. Com efeito, desde que o organismo foi instituído, foi sempre dirigido ou por um português ou por um brasileiro, o que se entendia no contexto de que as organizações africanas serem nessa altura bastante incipientes. "Encontramos em Carlos Mondlane alguém que reflecte numa dimensão universal os problemas da justiça. Acompanhamos com grande apreço a entrega em prol dos juízes moçambicanos, mas, igualmente, a preocupação com os colegas do espaço lusófono, com intervenções nesses países com vista a assegurar a independência do poder judicial como um marco universal"; disse Manuel Soares. Para Adalberto Gonçalves, representante de Angola, a eleição de Carlos Mondlane significa o reconhecimento do "esforço de um africano para a afirmação de uma magistra-

tura digna e respeitada. Como africano, sinto-me honrado e respeitado”. A UIJLP foi instituída no dia 12 de Novembro de 2010, na Cidade da Praia, Cabo Verde, e tem por objectivo promover um judiciário independente em todo o mundo lusófono, como condição essencial para o exercício da função de juiz e a garantia dos direitos humanos e das liberdades individuais. A UIJLP garante o estatuto constitucional e ferramentas pedagógicas para a correcta e salutar interpretação e aplicação das leis pelos juízes em cada um dos países, ao mesmo tempo que aumenta e aperfeiçoa o conhecimento e compreensão dos juízes por meio de estabelecimento de relações com juízes de outros países, familiarizando-os com a natureza e funcionamento de organizações estrangeiras, com leis estrangeiras e particularmente com a forma de aplicação prática dessas leis. A UIJLP tem, igualmente, o objectivo de criar uma plata-

forma comum de estudo de problemas, sejam eles de interesse nacional, regional ou universal e encontrar as melhores respostas para soluciona-los. Fazem parte da UIJLP Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor Leste. O presidente eleito define como prioridade do mandato a consolidação institucional, a promoção de valores de ética e integridade entre os juízes, a criação de grupos de trabalho para as diversas áreas técnicas relevantes para o exercício profissional e o reforço das garantias de exercício qualificado da actividade judicial nos países da língua oficial portuguesa. O Conselho Executivo, presidido por Carlos Mondlane, é ainda constituído por Geraldo Dutra (Brasil), Pedro Miguel Vieira (Portugal) e Noémia Nhone Cabral (Guiné Bissau). A UIJLP é um dos observadores consultivos da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP)

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SOCIEDADE

Lançamento da campanha agrária 2019/2020

Jovens e mulheres contribuem para a “Fome Zero” “Saúdo o contributo da Gapi, na promoção de mulheres e jovens empresários na área agrícola. Estão a fazer crescer novos empresários para reduzir a fome. Nos produtos que aqui vejo, percebo que temos muito potencial” – afirmou o Presidente da República, durante a cerimónia central do lançamento da campanha agrária, realizada no distrito de Nhamatanda, Sofala, no dia 28 de Outubro.

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ilipe Nyusi dirigiu-se, em particular, a uma dezena de jovens e mulheres que estavam reunidos em volta do stand da Gapi. Este grupo faz parte das cerca de duas centenas de pequenas empresas, beneficiárias de projectos de promoção empresarial concebidos e implementados no âmbito do programa da Gapi, para a melhoria da segurança alimentar e nutricional sob o lema “Moçambique no

aumento da produção e produtividade agrária, rumo à fome zero”. A gerente da Gapi na província de Sofala, Wilma Nhavoto, recordou na ocasião que o programa Agro-Jovem, lançado pelo Chefe de Estado, já beneficiou mais de 100 novas empresas, com um montante na ordem dos 60 milhões de Meticais. Acrescentou que, no corredor da Beira e com o apoio do Banco Africano de Desen-

volvimento, a Gapi tem vindo a implemente um programa de empoderamento da mulher e suas capacidades empresariais, abrangendo oito distritos. Além destes projectos dirigidos a grupos específicos, a informação disponível no stand da Gapi referia a intervenção desta instituição financeira de

desenvolvimento no financiamento a pequenas empresas, operando nas cadeias de valor agrícola. Os dados relativos ao fim do exercício de 2018 revelavam a existência de financiamentos a cerca de 400 empresas agrícolas, com um montante na ordem dos sete milhões de US dólares

BCI entrega bolsas a estudantes da UEM

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eve lugar na segunda-feira, 4 de Novembro, na Reitoria da Universidade da Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, a cerimónia de entrega de bolsas de estudo, a estudantes desta instituição do ensino superior, num total de 25. A bolsa estende-se por um período dez meses e vem sendo disponibilizado desde 2018. O acto enquadra-se no âmbito de um protocolo de cooperação interinstitucional, que preconiza, igualmente, a disponibilização de uma linha especial de produtos e serviços bancários que visam a facilitação do processo de ensino e aprendizagem, com benefícios para os corpos docente,

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discente, técnico e administrativo da UEM. Na ocasião, o Reitor da UEM, Orlando Quilambo, agradeceu o

apoio do BCI, e considerou estratégicos os laços de parceria existentes entre as duas instituições, cujas sementes estão a dar

muitos e bons frutos. Já o Administrador do BCI, Luís Aguiar, reafirmou “o compromisso do BCI com o desenvolvimento de Moçambique”, salientando que “o apoio multifacetado que prestamos a instituições e organismos, públicos e privados, nos mais diversos sectores da vida do país, através de Protocolos com Universidades moçambicanas, com Associações e Confederações Profissionais e com organismos da Cultura e do Desporto, são disso alguns exemplos”. O encontro contou com a presença dos estudantes bolseiros, de membros dos corpos docente e discente da UEM e de quadros do BCI


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Nos últimos cinco anos

INSS duplica carteira de investimentos O valor total da carteira de investimentos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) duplicou, entre 2015 e 2019, passando de 15 mil milhões de meticais, para 30.7 mil milhões de meticais, em Junho do presente ano.

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valor total da carteira de investimentos do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) duplicou, entre 2015 e 2019, passando de 15 mil milhões de meticais, para 30.7 mil milhões de meticais, em Junho do presente ano. Ainda durante o presente quinquénio, o instituto registou uma evolução dos rendimentos anuais da carteira de investimentos dos anteriores 1.8 mil milhões de meticais, em 2015, para cerca de 4 mil milhões, em 2018. A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, sustentou, ao proceder à abertura da Reunião Nacional do INSS 2019, na quinta-feira, 31 de Outubro, no distrito de Namaacha, província de Maputo, que este crescimento enquadra-se no âmbito da implementação da Política e a Estratégia de Investimentos da instituição. Por outro lado, segundo enfatizou a governante, a informatização global do Sistema de Segurança Social permitiu a melhoria do apuramento tempestivo da dívida de contribuições: “Fruto da intensificação das acções inspectivas de rotina às empresas devedoras e do estreitamento das relações com os órgãos de administração da justiça foi possível recuperar cerca de 2.789 milhões de meticais ao longo do presente quinquénio”, frisou. No encontro, cujo lema é “Modernizar para Melhor Servir”, Vi-

tória Diogo enalteceu algumas das grandes reformas realizadas no INSS, como a revisão do Regulamento da Segurança Social Obrigatória, com destaque para a inscrição, pagamento de contribuições e de prestações atra-

vés da plataforma electrónica, a possibilidade de pagamento de diferenças de contribuições para os casos de trabalhadores com idade de reforma que acusem desgaste total para o trabalho e a instituição da pensão reduzida.

Usando, igualmente, da palavra, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, destacou o papel do INSS na reforma e modernização dos serviços de Segurança Social, no País, consubstanciados na entrada em funcionamento do Sistema de Informação de Segurança Social de Moçambique (SISSMO). Já o representante da Organização dos Trabalhadores de Moçambique (OTM-Central Sindical), André Mandlate, considerou que as reformas em curso no INSS vão ao encontro dos anseios dos beneficiários do Sistema. “Queremos saudar este esforço e encorajar a direcção do instituto no sentido de continuar nesse caminho”, disse André Mandlate. Importa realçar que, na oca-

sião, foi lançada a colectânea de Legislação da Segurança Social Obrigatória, uma brochura compilada com o pressuposto de melhorar e facilitar o acesso à informação aos cidadãos, em geral, e aos utentes dos serviços de Segurança Social, em particular, para além da entrega simbólica de uma cadeira de rodas a um pensionista com deficiência física no âmbito da responsabilidade social do INSS

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SOCIEDADE

MoRENet instada a estabelecer repositório de publicações científicas

O Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Jorge Nhambiu, insta a Rede de Instituições de Ensino Superior e de Investigação de Moçambique (MoRENet), a contribuir para o estabelecimento do Repositório Nacional de Publicações Científicas e Dissertações, bem como a disponibilização de plataformas electrónicas de combate ao plágio académico.

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apelo foi lançado no passado dia 11 de Novembro de 2019, durante cerimónia de abertura da 2ª Edição da Conferência Anual da MoRENet, a Conferência MoRENet 2019, evento que visa promoverem a troca de informação e de boas práticas em torno das oportunidades de moderniza-

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ção nas Instituições de Ensino Superior (IES), de Ensino Técnico Profissional (IETP) e de Investigação (IIs) no contexto da Era Digital. Na ocasião, o ministro destacou a necessidade da MoRENet garantir a segurança das transações electrónicas e dos serviços dados de pesquisa armazenados na MoRENet ou em trânsito na MoRENet e, também, para a finalização do processo de institucionalização da MoRENet, passando de um projecto à uma instituição tutelada pelo Ministro que superintende a área de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Sob o Lema “MoRENet, Interligando as Comunidades Académica e Científica Moçambicanas a Redes Globais de Ciência e Tecnologia”, a Conferência MoRENet 2019 constitui espaço para a partilha de experiências sobre as diversas formas de abordagem dos desafios e riscos de segurança cibernética no Ensino Superior; Ensino Técnico Profissional; oportunidades e desafios da “Ciência Aberta”, para além dos tradicionais tópicos ligados às infraestruturas de Tecnologias de Informação e Co-

municação (TIC) e a serviços de comunicação de dados. Num outro desenvolvimento, o ministro anotou com satisfação, a inclusão de espaço para a partilha da experiência de uso de Computação de Alto Desempenho na solução de problemas científicos, económicos e sociais, tendo apelado os dirigentes das Instituições de Ensino Superior (IES) e de Investigação (IIs), para incentivarem os cientistas a usarem os computadores de alto desempenho disponíveis no país, sob gestão da MoRENet, na solução dos diversos problemas científicos e tecnológicos que requerem grandes capacidades de computação e armazenamento de dados. No âmbito do seu desenvolvimento, nos últimos anos, a MoRENet, através da Academia MoRENet, tem estado a promover acções de formação de seus quadros e os das instituições beneficiárias nos aspectos tecnológicos e, no uso destas tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem, bem como o estabelecimento de parcerias que concorram para a participação dos jovens em concursos e

competições tecnológicas internacionais. “Temos estado a acompanhar a implementação de projectos promovidos pela MoRENet, não só para melhorar a rede de comunicação de dados, como também para redução dos custos de acesso, bem como para a diversificação de serviços electrónicos disponibilizados à comunidade académica e científica nacional”, salientou Nhambiu. Importa frisar que a MoRENet foi estabelecida para servir como plataforma nacional de partilha de recursos de TIC, na qual instituições nacionais de Ensino Superior, de Investigação e, agora Ensino Técnico Profissional, têm acesso a ligações nacionais e internacionais de comunicação de dados de alta velocidade, permitindo, igualmente o acesso e partilha de informação entre elas e as suas congéneres internacionais. Em termos de número de instituições interligadas aos serviços da MoRENet, registou-se um crescimento de 26 instituições em 2015 para 160 Instituições de Ensino Superior (IES), de Ensino Técnico Profissional (IETP) e de Investigação (IIs) em 2019


SOCIEDADE

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INAGE promove uso de TIC para portadores de deficiência Pouco mais de 60 pessoas portadoras de deficiência beneficiaram-se recentemente de formação em uso de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC). Trata-se de uma acção promovida pelo Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE), em parceria com a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), e insere-se na promoção do direito de acesso às TIC para pessoas portadoras de deficiência em Moçambique.

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alando à margem da Conferência Inaugural sobre Programação Universal e Tecnologias Assistivas em Moçambique, a Directora Geral do Instituto Nacional de Governo Electrónico (INAGE), Ludmila Maguni, afirma que a iniciativa visa reduzir ou colmatar as dificuldades que as pessoas enfrentam decorrentes das suas deficiências. Segundo Ludmila Maguni, as pessoas com deficiência têm impedimentos de natureza física, intelectual, ou sensorial, os quais, em interacção com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efectiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Ademais, as TIC podem contribuir sensivelmente na superação das limitações funcionais existentes na vida cotidiana das pessoas com deficiência, permitindo o acesso à informação, emprego e lazer e aos serviços públicos num pé de igualdade com os outros cidadãos. Neste contexto, somos chamados a pensar e implementar

a Programação Universal na provisão de produtos e serviços. E, urge a necessidade de garantir a acessibilidade e disponibilidade de tecnologias assistivas com qualidade garantida. Entretanto, à falta de acesso a

dispositivos de assistência devese, entre vários outros factores, a altos custos, disponibilidade limitada, falta de conhecimento, falta de pessoal treinado adequadamente, fragilidade legislativa e financiamento inadequado

à área das tecnologias assistivas. “Acreditamos que a mudança do actual status quo parte da consciencialização, responsabilidade e coordenação de sinergias entre os usuários, seus familiares, provedores das tecnologias assistivas, reguladores do sector, provedores dos serviços públicos, Organizações Não Governamentais, Sociedade Civil, Organismos Internacionais e demais actores”, afirmou a Directora do INAGE. Dados indicam que mais de um bilião de pessoas precisam de um ou mais dispositivos auxiliares, com um número estimado de dois biliões até 2050; no entanto, ao nível global apenas 5 a 15% das necessidades de tecnologias assistivas são atendidas actualmente. Em Moçambique, segundo os resultados definitivos do Censo, cerca 2,6% da população tem algum tipo de deficiência, em muitos casos com severos limites à possibilidade de ter acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação

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CULTURA

Standard Bank Acácia Jazz Festival

Walter Mabas promete uma noite memorável A grande estreia nacional, na segunda edição do Standard Bank Acácia Jazz Festival, Walter Mabas, promete uma actuação memorável, recheada de temas que vão fazer parte do seu primeiro CD, cujas músicas consistem numa mistura de jazz e ritmos típicos de Moçambique. Abordado em pleno ensaio com a sua banda, Walter Mabas, disse sentir-se bastante honrado pela oportunidade que tem de mostrar o seu trabalho num festival de jazz de grande envergadura: “O convite para actuar no Standard Bank Acácia Festival representa um sinal de que existe uma aposta nos músicos jovens que fazem jazz em Moçambique”, destacou. Reina, conforme enfatizou,

“uma grande expectativa da minha parte para expôr ao público o resultado do meu trabalho, consubstanciado nas músicas que vão dar corpo ao meu primeiro CD, que consistem numa fusão entre um fundo de jazz e os ritmos baseados na música moçambicana”. O jovem músico garantiu ao público, que ainda não o conhece, que o festival, a ter lugar no dia 28 de Novembro, em Maputo, será uma grande ocasião para vivenciar momentos únicos ouvindo músicas alternativas no género jazz, baseadas na música de raiz moçambicana: “Será uma noite agradável”, sublinhou. Para além do guitarrista moçambicano Jimmy Dludlu, Walter Mabas vai, neste festival, partilhar

o mesmo palco com o carismático músico norte-americano de jazz,Joshua Redman. “Nem nos meus sonhos mais optimistas, alguma vez pensei que pudesse partilhar o palco com este músico norte-americano. A minha biografia tem como um dos meus ídolos, uma das minhas referências, este músico. É um saxofonista que escutei desde a minha infância e aprecio bastante o talento dele”, confessou WalterMabas, acrescentando que “quanto ao Jimmy não há palavras a dizer. Ele é uma das principais referências do jazz moçambicano”.

Sobre o Standard Bank Acácia Jazz Festival considerou ser uma grande iniciativa que vem dar um importante contributo na divulgação do jazz em Moçambique. Importa realçar que o Standard Bank Acácia Jazz Festival 2019 é uma parceria, entre este banco e o Conselho Municipal de Maputo. Realiza-se por ocasião das celebrações dos 125 anos de implantação do Standard Bank em Moçambique e tem por objectivo a promoção da música moçambicana, com enfoque no afro-jazz, posicionando a capital do País como um destino turístico apetecível

Jovens de Moreira Chonguiça animaram à festa de aniversários O salão nobre do Conselho Municipal de Maputo vestiu-se de gala para acolher um momento único de celebração de aniversários da Puma Energy Moçambique, do Saxofone e da Cidade de Maputo. Foi uma noite de festa bem impactante, com os miúdos, do consagrado saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça, a darem corpo ao evento, que arrastou ao local diferentes personalidades da vida política, diplomática, cultural e académica.

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s presentes deliciaram-se com bons momentos de jazz, proporcionados pelos jovens da academia de Moreira Chonguiça, que não se cansou de elogia-los pela qualidade comportamental e

técnica. De facto, os jovens, alguns dos quais com bolsas de estudo para o exterior já asseguradas, mostraram ao longo do espectáculo o seu potencial ao interpretarem com eloquência e profundidade diferentes temas de no-

táveis saxofonistas nacionais e estrangeiros. Apreciadores de estilo de música jazz, como o Embaixador norte-americano, acreditado em Maputo, Dennis W. Hearne, da Argentina, Frederico Villegas, e a Embaixadora de Portugal, Maria Amélia Paiva, não resistiram e foram acompanhando as notas com muito entusiasmo. Os jovens partilharam o palco com duas velhas guardas do jazz moçambicano, que demonstraram a sua performance. Antes do momento cultural, os representantes das entidades aniversariantes fizeram o discurso de ocasião, destacando o acto testemunhado por centenas de pessoas


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CULTURA

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Vencedor do concurso literário "Maria Odete de Jesus”

Pedro Pereira Lopes lança livro infantil “O comboio que andava de chinelos” O escritor moçambicano, Pedro Pereira Lopes, lançou, a 31 de Outubro, em Maputo, o livro infantil “O comboio que andava de chinelos”, vencedor do concurso literário "Maria Odete de Jesus” (CLMOJ), edição 2016, promovido pela Direcção das Bibliotecas da Universidade Politécnica.

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lançamento desta obra surge no âmbito do memorando de entendimento, celebrado recentemente entre a maior universidade privada do País e a Escola Portuguesa de Moçambique (EPM), que visa a edição e publicação dos livros literários infanto-juvenis, resultantes do CLMOJ. Segundo Rosânia da Silva, pró-Reitora para a Área de Pós-Graduação, Investigação Científica, Extensão Universitária e Cooperação da Universidade Politécnica, o apoio ao lançamento da obra enquadra-se nas actividades preconizadas na relação de parceria com a EPM e tem por objectivo incutir o gosto pela leitura nas crianças, adolescentes e jovens. “Espero que as obras lançadas e premiadas venham a ser lidas por todos. A leitura abre visões e horizontes do mundo. O apelo que deixo a todos é que esta sessão de lançamento do livro seja um convite para a sua procura”, referiu Rosânia da Silva. Por sua vez, Pedro Pereira Lopes, autor da obra, intitulada “O comboio que andava de chinelos”, agradeceu a oportunidade que a Universidade Politécnica lhe concedeu, para expôr os seus pensamentos, através do CLMOJ e por ter parado no tempo para escrever o livro, tirando a criança que

estava dentro dele para a sociedade. “Como autor, a minha contribuição para este universo tem sido ao nível do lúdico e de incentivo à leitura e à escrita. Este prémio vai, com certeza, contribuir para incentivar a produção de muito mais livros”, garantiu Pedro Pereira Lopes.

Verónica Nhamona Sitoe, directora das Bibliotecas da Universidade Politécnica, felicitou o autor pelo lançamento do livro e aos premiados do CLMOJ, edição 2018. “O concurso é aberto ao público em geral. Desafiei aos nossos estudantes para que concorram nas próximas edições e que ficassem atentos

às actividades de promoção da leitura que a biblioteca irá lançar, quem sabe, teremos um vencedor da ESDA e/ou do Instituto Médio Politécnico (IMEP) nas próxima edições,

concluiu Verónica Nhamona Sitoe. Importa referir que o CLMOJ foi lançado em 2002 e o primeiro autor vencedor foi Gilberto Namuraha, com a obra “A Revolta dos Esquilos Poéticos”, editada pelo então ISPU. Em 2006, a obra vencedora foi “O Ritual de Águeda” de Sónia Jona. Em 2007, foi vencedor Carlos Mabutana com a obra “ Amorismo, ou as Vidas Aéreas de Bernado Souto” e, em 2008, José Bione Carquete com a obra “O Monte Binga”, editada pela Apolitécnica. A obra “Feteni, o Aldeão de Lipangu” de Mulahleki Sambu foi a vencedora da edição 2011 e, em 2016, Pedro Pereira Lopes venceu com a obra “O comboio que andava de chinelos”. Já em 2018, a obra “A menina e a baleia” do autor Noordyne Mussá foi a vencedora

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DESPORTO

Feizal Sidat oficializa candidatura à presidência da FMF

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empresário Feizal Sidat acaba de oficializar a sua candidatura à presidência da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) para o quadriénio 2019/2023. Com efeito, a documentação de candidatura foram entregues nesta sexta-feira à Secretaria da FMF. As eleições para os novos órgãos sociais da FMF vão ter lugar no próximo dia 14 de Dezembro corrente. E nesta sexta-feira, Feizal Sidat lançou também a sua campanha eleitoral, na província de Nampula.

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Coloco uma agenda específica, assente em princípios de transparência e proximidade. É com esse mesmo espírito que apresento as linhas gerais do manifesto eleitoral com os pontos centrais. Propomos: Dialogar com todos os agentes desportivos e interessados no fenómeno futebolístico; Encarar com espírito constructivo os problemas existentes e encontrar soluções com determinação e profissionalismo; Liderar a FMF implementando um projecto real, credível, transparente, sustentável e ambicioso; Apostar com rigor na formação de todos os agentes e parceiros do futebol nacional; Estabelecer um modelo que permita criar equilíbrio e interligação entre o profissionalis-

mo e formação desportiva. O nosso manifesto eleitoral irá centrar- se em 4 pilares fundamentais: REFORMAS PROFISSIONALIZAÇÃO DESENVOLVIMENTO DO FUTEBOL INCLUSÃO Sei que o caminho é árduo, mas não estarei sozinho, desta forma juntamos a este desafio gente conhecedora do fenómeno proveniente do movimento associativo, de entidades de classe e de muitas personalidades ligadas ao futebol. É, acima de tudo, um desafio aliciante do ponto de vista pessoal e colectivo, capaz de mostrar capacidades e competências na defesa e projecção do futebol nacional. Por um Futebol moderno e inclusivo!


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DESPORTO

Standard Bank Open 2019

Bruno Nhavene favorito ao Top Moz e ao segundo Future A nona edição do Standard Bank Open, a maior prova nacional de ténis e única competição da modalidade organizada no País, entrou na quarta-feira, 13 de Novembro, na sua segunda e derradeira fase, com a disputa do segundo Future, pontuável no ranking internacional da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), e do Top Moz, que envolve somente atletas nacionais.

recai sobre os atletas Bruno Nhavene (finalista vencido do primeiro Future, em pares masculinos), Jossefa Simão (campeão nacional, em masculinos) e Ilga João (vice-campeã nacional, em femininos).

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quadro principal do segundo Future é constituído por 32 atletas, sendo 29 internacionais, com destaque para David Perez (vencedor do primeiro Future, singulares masculinos), Takanyi Garanganga (finalista vencido do primeiro Future, singulares masculinos), irmãos Benjamin e Courtney Lock (vencedores do primeiro Future, pares masculinos), Denis Uspensky (Estados Unidos), Eric Vanshelboim (Ukrânia) e Jake Delaney (Austrália), e três moçambicanos, nomeadamente Bruno Nhavene, Jossefa Simão e Jaime Sigaúque. À semelhança do primeiro, o segundo Future vai ser disputado em dois torneios, nomeadamente singulares e pares, ambos em masculinos, chancelados pela Federação Internacional de Ténis

(ITF, sigla em inglês) e inseridos no Circuito Internacional de Ténis (ITF Men’s Circuit). A segunda prova que merece destaque é o campeonato nacional (Top Moz), a ser disputado em singulares homens e senho-

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ras, pares homens e ainda nas categorias de júniores sub-14 rapazes e raparigas, sub-18 rapazes e raparigas, veteranos com mais de 35 anos, veteranos com mais de 45 e pares veteranos. Para esta prova, o favoritismo

Importa realçar que Bruno Nhavene, atleta revelação do Standard Bank Open 2019, vai disputar as duas provas (Future e Top Moz) nas categorias singulares e pares masculinos

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Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019

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DESPORTO

Standard Bank Open

32 atletas disputam o pódio Terminou, no domingo, 10 de Novembro, nos Courts do Jardim Tunduro, na cidade de Maputo, o primeiro Future da nona edição do Standard Bank Open, a maior prova de ténis e a única competição internacional organizada no País, que teve como principal marco a presença de um atleta moçambicano numa final. Trata-se de Bruno Nhavene que disputou a categoria de pares, em masculinos, ao lado do australiano Jake Delaney.

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pesar do esforço e da cumplicidade demonstrados em campo, a dupla ocupou a segunda posição, depois de perder, no sábado, 9 de Novembro, o jogo para os irmãos Benjamin e Courtney Lock, do Zimbábuè, por 6-4 6-3, numa partida bastante disputada. A presença de Bruno Nhavene, de 17 anos de idade e que se encontra a evoluir num centro de alto rendimento no Marrocos, para o Standard Bank é o resultado do investimento que tem sido feito no ténis, que consiste na descoberta de talentos e na organização desta competição, que proporciona, aos tenistas moçambicanos, a oportunidade de jogarem e trocarem experiência com atletas de gabarito internacional. “Para nós, é mais uma prova de que vale a pena investir no ténis em Moçambique. Lançámos uma semente que germinou. Vimos um jogo bem disputado e uma qualidade enorme de um atleta moçambicano. Vamos continuar a investir para que, ao invés de um, tenhamos vários moçambicanos a competir a nível internacional”, disse Alfredo Mucavela, director de Marketing e Comunicação do Standard Bank, que manifestou a vontade

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de ver, no futuro, um atleta nacional a vencer a prova. Ainda a propósito deste feito, o presidente da Federação Moçambicana de Ténis (FMT), Valige Tauabo, mostrou-se orgulhoso, principalmente pelo facto de Bruno Nhavene provir das camadas de formação, bem como por ter competido nas categorias de massificação do Standard Bank Open. “Nas anteriores edições da prova, ele participou na massificação e hoje teve este resultado, que resume o nosso objectivo:

descobrir talentos e trazê-los à ribalta. É motivo para estarmos orgulhosos como País e como duas instituições que organizam esta competição, nomeadamente a FMT e o Standard Bank”, frisou Valige Tauabo, que fez um balanço positivo do primeiro Future, tendo realçado a grande adesão à prova e a competitividade que caracterizou os jogos. Interpelado após o jogo, Bruno Nhavene atribuiu o mérito à dupla adversária, que tem participado na prova e ocupado, regularmente, o pódio do Standard

Bank Open. Por isso, prometeu esforçar-se ainda mais no segundo Future, que inicia na terça-feira, dia 12. “Foi uma boa final, mas podíamos ter feito melhor. Eles são excelentes tenistas e faz anos que jogam juntos. Falhámos nos pontos mais importantes. Estou feliz e espero melhorar o desempenho em singulares e pares”, sublinhou o jogador revelação da nona edição do Standard Bank Open. Entretanto, em singulares masculinos, o espanhol David Perez (número 561 no ranking da ATP) sagrou-se vencedor do primeiro Future, ao derrotar, na final, o zimbabueano Takanyi Garanganga (número 525 no ranking da ATP) por 7-5 6-3. Na ocasião, David Perez, que participa na prova pela primeira vez, mostrou-se feliz pela proeza, principalmente por ter disputado o troféu com um jogador com enorme potencial. “Conheço o Takanyi Garanganga, com quem já joguei por duas vezes. O jogo foi intenso e posso dizer que fui feliz nos pormenores”, afirmou o atleta, que louvou o facto de o País organizar, com qualidade, uma competição desta dimensão. Importa realçar que, para além do segundo Future, inicia, na terça-feira, 12 de Novembro, o campeonato nacional, que abarca provas em singulares homens e senhoras, pares homens e ainda as categorias de júniores sub-14 rapazes e raparigas, sub18 rapazes e raparigas, veteranos com mais de 35 anos, veteranos com mais de 45 e pares veteranos


CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Perna de Perú no Forno a Maneira da Milou Ingredientes:

1. Exemplo

1 Perna de perú 1 Pimento verde, pequeno 1 pimento vermelho ou amarelo, pequeno 1 Cebola bem grande ou 2 médias 1 Colher de massa de alho feita na hora 1 ½ Colher de massa de pimentão 1 Colherinha de café de picante, intensidade a gosto 1 ½ Cálice de vinho tinto 2 folhas partidas de louro 1 Colherinha de café de ervas aromáticas 3 nozes de manteiga Azeite q.b. 4 Batatas descascada e cortadas em gomos

Preparação:

Começa-se por fazer o tempero. Numa tigela junte a massa de alho, a massa de pimentão, as folhas de louro partidas, a ervas aromáticas, o picante (facultativo) e o vinho tinho. Feito o preparado, tempere a perna de perú e deixe a marinar da noite para o dia. No dia seguinte, num refractário (se puder, use um recipiente de barro), espalhe a cebola cortada em gomos e as tiras de pimento. Coloque a perna por cima dessa camada (veja imagem exemplo). Reserve a mistura do marinado que será aonde colocará as batatas cortadas em gomos. Deite por cima da perna de perú, azeite suficiente e as nozes de manteiga, e tape com papel de alumínio. Leve ao forno durante o tempo necessário para cozer a carne. No entanto, não deixe cozer totalmente. Tem de estar meio crú. Retire do forno, arrume as batatas e regue com o tempero que serviu para marinar, e leve, novamente, ao forno tapado com o mesmo papel de alumínio. Quando a batata estiver cozida, retire o papel de alumínio para deixar alourar a carne e a batata. Durante este processo todo, não se esqueças de ir pincelando a carne e até a batata com o azeite que já está no recipiente a ajudar na cozedura deste prato

2. Prato final

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