IMPERDIVEL - 87

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Sociedade

Cultura

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Lançado projecto para a inclusão digital da mulher rural

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UP Homenageia Noel Langa

Desporto Pag. 29

Projecto de Massificação de Ténis

Escola Primária Completa de Minkadjuine arrebatou o pódio

IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 87 Quarta - feira, 30 de Outubro 2019 Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

BANCO ÚNICO

RECEBE PRÉMIO INTERNACIONAL Pag. 24

erra c n e a n a r u o M Pedro ura t n i p e s e t r a e com oficina d


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FACTOS HISTÓRICOS

Antecedentes da morte de Samora

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FACTOS HISTÓRICOS

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BIOGRAFIA


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a d n e v a Já s a c n a b nas

Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

” FICHA TÉCNICA REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

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Onde Mora a Chama da Esperança

Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores e João Chicote Fotografia Salvador Sigaúque Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

Web master Paulino Maineque Marketing Idolo Endereço

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BIOGRAFIA

Biografia de Stewart Sukuma

uís Pereira nasceu em 1963, em Cuamba, na província do Niassa. Muito cedo os seus pais separam-se, e a sua mãe viveu sozinha. Aos sete ou oito anos de idade, teve o primeiro contacto com a música, através de um presente que recebera no Natal. Ele beneficiou-se da prenda que davam a pessoas mais pobres: uma viola de plástico. Isso foi combinado com o gosto de ouvir rádio. Três anos depois passou a fazer parte de um grupo de dança popular, onde fazia danças tradicionais. Foi, também, no grupo, onde aprendeu a tocar guitarra. Quando tinha 14 anos, foi para Maputo e passou a fazer parte de uma banda escolar. Quatro anos mais tarde tornou-se profissional: ganhava dinheiro cantando numa casa de entretenimento nocturna, onde fazia parte de uma banda residente. Naquela altura, ainda não compunha, apenas fazia imitações de músicas de Lionel Richie, Commodores, Roberto Carlos, Paulo de Carvalho, e outros cantores populares. Começou a compor quando participara de num concurso onde os participantes tinham de ter duas músicas próprias: originais e outras duas conhecidas. E Stewart escreveuMúsica Quente, sob influência de Jáfumega [banda de música portuguesa] e pelo músico Dany Silva. O número foi um sucesso, mas tinha características muito diferentes do que era cantado em Moçambique, o que levou as pessoas ao acusar de plágio. Apesar disso, a única editora que existia na altura, em Moçambique, a Til Discos, quis assinar contrato com ele, mas Stewart só tinha uma música. O artista não assinou, mas aquilo motivou-lhe a escrever mais. Depois, entrou para a Orquestra Marrabenta, que viajou muito, durante três anos. O grupo chegou, inclusive, a abrir o espectáculo para Mark Knopfler, em Inglaterra. Na Orquestra tocava percussão. Stewart Sukuma gravou o seu primeiro disco, Afrikiti, em 1995, na África do Sul. A obra contou com a participação de Hugh Masekela, em dois temas. Masekela também estava a gravar nas terras sul-africanas. Na altura, Stewart namorava uma jovem canadiana, e decidiram estudar nos EUA. Ela ia para Harvard, estudar resolução de conflitos, e ele iria estudar música na Berklee College. Contudo, a relação acabou antes da partida, mas decidiu ir na mesma. Ele esteve na Berklee por dois anos, apesar de estranharem a sua presença, uma vez que já tinha um disco gravado. Não terminou o curso, mas um ano depois de sair, foi nomeado para o “board” [uma espécie de membro do conselho] da escola que selecciona os artistas

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africanos para lá estudarem. Em 2005, tornou-se apresentador de televisão, em Moçambique, ocupação que ainda mantém. Três anos depois, lançou o CD Nkhuvu, onde participaram Lokua Kanza, Bonga, Jimmy Dludlu e Elizah. Em 2012, Sukuma, registou a sua marca “Stewart Sukuma”, tornandose no primeiro músico moçambicano a fazê-lo. "Nkhuvu" antecedeu o disco-livro com dois CD´s e duas capas diferentes, lançado em 2014. De um lado, Os Sete Pecados Capitais, e do outro [contrário do livro], Boleia Africana, este último foi baseado na colonização da Península Ibérica pelos mouros. O outro foi gravado em Maputo, com uma vertente mais tradicional, 90% das músicas gravadas nas línguas nacionais, enquanto Boleia Africana foi gravado em português. O livro que acompanha os discos conta uma história. Stewart é também activista social e cívico. Interliga a sua música a aspectos de cariz social. Por exemplo, já esteve envolvido na área da saúde e em coordenação com o Ministério da Saúde, em campanhas nacionais de sensibilização na luta contra o HIV/SIDA e Cancro da Mama. Tem-se associado a projectos de cidadania. Já foi parceiro do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) para consciencializar o povo moçambicano a exercer o seu direito de voto. O artista aliou-se à UNICEF para propagar a importância dos Direitos Humanos e da Criança, tendo assinado com a instituição um protocolo de parceria. Foi o produtor musical do Projecto Música é Vida e, em 2012, foi nomeado Embaixador Nacional da Boa Vontade da UNICEF. Com mais de 30 anos de carreira, é considerado um dos músicos mais dinâmicos da actualidade moçambicana, um símbolo da cultura moçambicana e da preservação do estilo musical Marrabenta. Stewart Sukuma é Sócio-Administrador da Stewart Sukuma, Lda., empresa que gere os seus e principais projectos nas diferentes áreas em que actua Prémios Prémio Award - Ngoma Moçambique 1992 – Josefina Melhor Canção do Ano – Ngoma Moçambique 1994 – Julieta Melhor Canção do Ano – Ngoma Moçambique 1996 – Afrikiti Melhor músico - Mozart Award /UNESCO 1997 Melhor Canção do Ano – Ngoma Moçambique 2008 Personalidade Cultural do Ano 2008 - Jornal Notícas Melhor Canção do Ano - Ngoma Moçambique 2010 Melhor Canção Alternativa do Ano - MOAMAS 2010


OPINIÃO

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Por: Carlos Sousa

Apartir dos 5 anos e até aos 40 anos

Em Portugal, acidentes de viação são primeira causa de morte

I

nformativo proveniente de: Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) Os acidentes de viação que vitimam crianças e jovens até aos 19 anos têm diminuído mas ainda são a primeira causa de morte a partir dos 5 anos de idade. O uso de cadeirinha para o transporte de crianças ronda já os 90% e o número de crianças vítimas mortais em acidentes de viação tem vindo continuamente a baixar, contudo os acidentes de viação continuam a ser a primeira causa de morte a partir dos cinco anos, segundo explicou a secretária geral da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), a senhora Helena Sacadura Botte. Em entrevista a um jornal refere que, em 2018, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, até Novembro, tinham morrido em colisões 18 crianças e jovens (contabilidade de mortos a 24 horas) – três com menos de 14 anos e as restantes 15 vítimas mortais com idades entre os 15 e os 19. Ano Nº de crianças e jovens mortos em acidentes de viação (até aos 19 anos) 1991 » 554 1995 » 406 2000 » 155 2005 » 153 2010 » 59 2015 » 45 2017 » 34

Fonte: INE; dados relativos a Portugal ( Eis um bom exemplo evidente, e demonstrativo que, nos dedicarmos, resulta fácil, reduzirmos a sinistralidade ) ...... ..“as mortes por acidente rodoviário têm diminuído ao longo dos anos, mas neste momento ainda continuam a ser a primeira causa de morte a partir dos 5 anos até aos 40 anos. Era até há uns anos a partir do primeiro ano de vida, agora é só a partir dos cinco anos, porque entre o nascimento e os quatro anos morrem mais por doenças do que por acidentes”. A secretária-geral da APSI esclarece que entre os mais novos vítimas da estrada existe uma maior incidência de mortes sobre os passageiros. No artigo foi dito: “uma utilização mais cuidadosa dos CINTOS de SEGURANÇA e dos sistemas de retenção ( cadeirinhas adoptadas para a idade e dimensão corporal, pode fazer a diferença”, na medida em que num acidente a 45 km/hora “tudo o que está dentro do automóvel solto é projectado num choque frontal com uma força de 20 vezes o seu peso. Uma criança de 30 kg vai ficar a pesar 600 kg”. A responsável da APSI aconselha que as crianças nunca ponham o braço por cima do cinto, pois “isso pode provocar lesões em órgãos internos

como ruptura do fígado ou do baço em caso de acidente”. Fonte: Associação Portuguesa para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) Imagine-se as TONELADAS de sofrimento com crianças em África, na Ásia e no Brasil ? Se adoptarmos as Boas Praticas já comprovadas por outros povos, a vida segue uma harmonia mais prudente, tranquila e desenvolve-se, em lugar de nos lastimarmos dos danos, prejuízos e nada fazermos para o objecto preventivo. No ensino geral, preocupamo-nos com a falta de carteiras nas escolas, muito bem, mas desprezamos, repito,.. DESPREZA-SE e muito,..o modo de alto risco, em como sao transportadas, sim a forte maioria das crianças e adolescentes crescendo e educados no abrangente ambiente dos PALOP,...( aqui considerando no interesse da comparação das actividades sociais neste breve apontamento guiado ao critico movimento dos menores quando de casa para a escola e vice versa ) Um pormenor que NUNCA ouvi, em lado algum, um politico mencionar preocupado, apresentando soluções concretas, durante uma campanha, seja politica ou de interesse comercial, onde se despejam TONELADAS de propaganda, camisolas, bonés, musica, mastambém acidentes, graves prejuízos ao meio ambiente,

altos festins pro - eleitorais, mas,...esquecidas as crianças hoje, nossos futuros dirigentes amanha ! Nunca percebemos também, porque motivo os CMM nunca introduziram nem adoptam os meios rolantes ( decaracterísticas apropriadas ) exclusivamente destinados a crianças e adolescentes, fazendo uso dos passes escolares ??? Assim como também pouco se entende porque motivo os GRANDES projectos do Gás e das áreas minerais, em nada tem directamente contribuído, para soluções distritais e nacionais no apoio aos transportes rodoviários de pessoas ( uma área critica) mas prioritário sobretudo guiando as facilidades de mobilidades e sustento aos nossos Petizes. Que sirva para auxiliar a tomada de medidas preventivas, para os cidadãos que vivem no ambiente e comunidades dos PALOP, mas principalmente dedica-mo-nos procurando esclarecer e gerar facilidades para os que residem fora da zona EU, pois esses correm um risco muito mais agravado ! Um dos Riscos Rodoviários de facto, mas na verdade, fácil de ser controlado, dominado, e reduzido, justamente por isso, basta que elevemos a cultura profissional, estejamos simplesmente atentos e evitemo-lo, Obrigado

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ECONOMIA

Standard Bank prevê redução da taxa de juro no final deste mês Na sequência das Decisões Finais de Investimento (DFI), para a exploração de gás natural na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, a taxa de juro, em vigor, poderá ser reduzida pelo Comité de Política Monetária, em finais deste mês, devendo ser, adicionalmente, reajustada em Dezembro próximo.

E

sta tendência, segundo o economista chefe do Standard Bank, Fáusio Mussá, poderá ocorrer, igualmente, ao longo do próximo ano, com algum impacto positivo para a economia nacional. O economista fez este pronunciamento à margem do Standard Bank Master Class, uma iniciativa da Incubadora de Negócios desta instituição financeira, ocorrida, recentemente, em Maputo, visando a capacitação e desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas (PME), por forma a beneficiarem das oportunidades que os projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) oferecem. “Com o encaixe financeiro resultante das DFI, existem vários tipos de impactos que podemos esperar no País. O primeiro seria de alguma estabilidade cambial. Moçambique depende muito de importações. Tem um défice na balança de transacções correntes, pelo que é de se esperar que à medida que iniciar a exportação do GNL, o País vai gerar excedentes de moeda externa, que vão ajudar a manter a moeda relativamente estável”, explicou. Neste contexto, conforme sustentou, é também de se esperar que o Banco Central esteja mais

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confiante para continuar a cortar as taxas de juro: “A partir daí, nós pensamos que haverá uma série de efeitos positivos para a economia nacional”, frisou. "Mas se torna imperioso perceber que o GNL, por si só, não vai resolver os problemas do

Moçambique adoptar políticas económicas que ajudem a canalizar os recursos do sector do gás para o sector da agricultura, visando a sua capacitação e transformação, ter-se-á, a prazo, uma melhoria do rendimento da população.

País. Para que haja estabilidade económica é preciso perceber o papel que a agricultura pode desempenhar em Moçambique e como capacitá-la, para que o País deixe de depender de uma agricultura de subsistência e experimente uma melhoria da produtividade agrícola, assim como o desenvolvimento da cadeia de valor do sector". Na opinião do economista chefe do Standard Bank, se

“Se todo este investimento não for capaz de gerar excedentes a serem investidos para outros sectores da economia, então teremos duas economias isoladas: uma economia tradicional que não conversa com a nova economia que vai ser gerada pelo gás em Moçambique, colocando-se grandes dúvidas sobre a sustentabilidade e ainda sobre um crescimento económico não inclusivo”, disse.

Sobre a grande animosidade geral que decorre das DFI, o economista referiu ser necessária uma acção coordenada e uma gestão macroeconómica saudável, sendo, sobretudo, premente que haja uma boa governação, uma vez que esses recursos podem, também, ser desperdiçados. Entretanto, o economista chefe do Standard Bank mostrouse optimista que Moçambique saberá tirar o máximo benefício dos recursos do gás, para que o País possa crescer, sempre olhando para as questões de sustentabilidade, uma vez que esses recursos são esgotáveis. Num outro desenvolvimento, Fáusio Mussá indicou que Moçambique enfrenta vários desafios na consolidação da democracia e da paz. Contudo, as DFI do ponto de vista económico trazem grandes oportunidades para o País. Os projectos de GNL são de uma escala de investimento mui-

to superior ao Produto Interno Bruto (PIB): “Se considerarmos os três projectos, em conjunto, estamos a falar de três vezes o valor do PIB de Moçambique”, concluiu. Importa realçar que, no Standard Bank Master Class, o banco partilhou com as PME as projecções de crescimento da economia, a visão geral sobre o sector do Petróleo e Gás, mercados cambiais, risco e seguros e acesso ao crédito


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ECONOMIA

Para se concentrarem nos seus negócios

"PME devem terceirizar TIC a profissionais especializados" A Incubadora de Negócios do Standard Bank acolheu, recentemente, um debate sobre a manutenção de infraestruturas de tecnologias de informação e comunicação (TIC), durante o qual profissionais da área defenderam a necessidade de as pequenas e médias empresas (PME), assim como as startups terceirizarem a gestão e manutenção dos serviços inerentes à tecnologia para poderem concentrar-se no seu negócio.

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urante o debate, organizado pela Tic Tech Talk em parceria com a Associação Moçambicana de Profissionais e Empresas de Tecnologias de Informação (AMPETIC), os oradores consideraram que, ao chamar para si a responsabilidade de gerir e manter infraestruturas de tecnologias de informação e comunicação, as PME podem perder o foco do seu negócio e, consequentemente, não obter retornos do seu investimento. “As PME devem deixar os profissionais tratarem disso. As empresas de tecnologia investem elevadas somas de dinheiro na criação de data centers e infraestruturas críticas necessárias para que as PME trabalhem. Ou seja, elas absorvem o maior stress em termos de investimento (habilidades necessárias para a gestão e manutenção, técnicos, segurança, entre outros aspectos)”, disse Eugénio Novele, director técnico da Internet Solutions Moçambique. A vantagem da terceirização destes serviços, acrescentou Eugénio Novele, é que as PME passam a dedicar-se única e exclusivamente ao seu negócio. “Elas passam a ter mais tempo para se preocupar com o mercado e a concorrência, bem como com

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o que acontece na sua área de negócio”. “Já temos, no País, empresas que fazem isso, com clouds e sistemas locais. Conferem maior flexibilidade em termos de conectividade e permitem que as PME se foquem naquilo que é o seu dia-a-dia”, sublinhou. Na ocasião, Célia Hofmeister, directora executiva da Tsolnet Moçambique, apelou às PME e startups nacionais que actuam na área das TIC a firmarem parcerias com empresas experientes e de créditos reconhecidos para prestarem serviços às multinacionais. Em paralelo, devem investir na formação para, a médio ou longo prazo, serem autónomas. “As parcerias devem trazer conhecimento, experiência e, acima de tudo, segurança. Acredito que temos bastante potencial

no País, mas precisamos de estar expostos às tecnologias e investir na formação”. Estes debates, de acordo com Cíntia Banze, representante da AMPETIC, têm como objectivo contribuir para o desenvolvimento das TIC no País, através da promoção da interacção entre os profissionais e empresas da área. “A ideia é falar sobre questões correntes de tecnologia. Desta vez falamos da problemática das PME que têm de gerir e manter infraestruturas tecnológicas sem que esse seja o seu negócio”, referiu Cíntia Banze. Por seu turno, David Dimande, técnico de infraestruturas tecnológicas, realçou a importância do evento, que, na sua opinião, contribui para a troca de experiências entre os profissionais.

Entretanto, reforçou a importância da participação de estudantes, que devem preocupar-se em projectar as suas carreiras. “Eles serão contratados pelas empresas, por isso devem participar nestes fóruns para aprenderem com os mais experientes”. Para além de Eugénio Novele e Célia Hofmeister, o debate teve como oradores Pedro Fernandes (director executivo da Área de Desenvolvimento e Integração de Aplicações na Vodacom), Victor Mourana (director executivo regional de Serviços Profissionais na Microsoft) e Sides Chissaque (fundador e director-geral da Brainstorm Academy). Importa realçar que a Incubadora de Negócios do Standard Bank é um empreendimento concebido no âmbito da visão e estratégia do banco, cuja materialização passa pela implementação de iniciativas que fomentam a inovação e o empreendedorismo, que são os mentores do crescimento económico do País. Para além do espaço físico, a incubadora oferece desde a formação até à interação com outras empresas e órgãos ou entidades governamentais, tendo em vista a criação de condições para o surgimento e estabelecimento de empreendimentos sustentáveis, que terão um impacto positivo na economia e na sua cadeia de valores, gerando riqueza e inclusão financeira para os cidadãos


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ECONOMIA

Transição Energética

Galp lança novo ciclo de crescimento ... e faz mais investimentos no Gás Natural e Renováveis Investimento em Moçambique no Projecto Rovuma LNG terá grande relevo na estratégia de crescimento da Galp e será determinante para o aumento do peso do gás no portefólio da empresa.

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Galp apresentou uma actualização da sua estratégia de investimento para os próximos anos, reforçando os valores de investimento a aplicar em projectos que promovam a transição para um modelo energético de menor intensidade carbónica. Em termos concretos, o investimento anual médio líquido previsto até 2022 situa-se entre €1,0 mil milhões e €1,2 mil milhões, dos quais mais de 40% serão dedicados à captura de oportunidades relacionadas com a transição energética. Estas incluem o aumento do peso do gás natural no mix de produção, bem como o desenvolvimento de um negócio competitivo de geração de electricidade através de fontes renováveis. “Estamos a preparar a Galp para o seu próximo ciclo de crescimento, em que seremos parte activa da transição energética,” afirma Carlos Gomes da Silva, CEO da Galp. “Vamos promover soluções económica e ambientalmente sustentáveis, mantendo, como sempre, o compromisso de uma actuação socialmente

responsável que não deixe de assegurar o crescimento de longo -prazo, a disciplina financeira e o retorno accionista,” acrescenta. O investimento médio em energias renováveis e em novos negócios deverá representar entre 10% e 15% de toda a alocação de capital. A Galp está presente em Moçambique no segmento de Exploração & Produção desde 2007. A petrolífera é um dos principais investidores no país e integra um consórcio para a exploração de gás natural em Cabo Delgado na região norte de Moçambique, que recentemente submeteu ao Governo o seu Plano de Desenvolvimento para a primeira fase

do projecto. Este investimento da Galp em Moçambique é realizado em parceria com a Mozambique Rovuma Venture S.p.A. – uma joint venture entre a ExxonMobil, Eni e CNPC –, a KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH). A ExxonMobil irá liderar a construção e operação dos trens onshore e das instalações relacionadas, enquanto a Eni será o operador do upstream. O projecto Rovuma LNG terá grande relevo na estratégia de crescimento da Galp e será determinante para o aumento do peso do gás no portefólio da empresa. De igual modo, será um dos principais investimentos

directos estrangeiros no país, criando milhares de empregos directos e indirectos, sendo por isso um motor de crescimento, mas mais ainda, um factor de desenvolvimento do país. O gás natural é uma das grandes apostas estratégicas da Galp para as próximas duas décadas e representará um contributo significativo na transição energética e na descarbonização da economia global. As actividades económicas da Galp em Moçambique têm sido sempre acompanhadas pelo desenvolvimento de políticas de coesão social e com impacto expressivo na comunidade moçambicana.

tural, a partir de reservatórios situados quilómetros abaixo da superfície marítima, até ao desenvolvimento de soluções energéticas eficientes e ambientalmente sustentáveis para os nossos clientes. Ajudamos grandes indústrias a aumen-

tarem a sua competitividade, ou consumidores individuais que buscam as soluções mais flexíveis para as suas casas e necessidades de mobilidade. Integramos todos os tipos de energia, da electricidade, ao gás e aos combustíveis líquidos.

Contribuímos ainda para o desenvolvimento económico dos 11 países em que operamos e para o progresso social das comunidades que nos acolhem. A Galp emprega 6.360 pessoas. Mais informações em www. galp.com.

Sobre a Galp A Galp é uma empresa de energia de base portuguesa, de capital aberto com presença internacional. As nossas actividades abrangem todas as fases da cadeia de valor do sector energético, da prospecção e extracção de petróleo e gás na-

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ECONOMIA

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Estratégia PME+ do Banco Único recebe prémio internacional O Banco Único acredita que as Pequenas e Médias Empresas e a Banca devem ter uma relação de parceria, crescendo lado a lado, e que é neste segmento que está o verdadeiro poder de desenvolvimento económico de Moçambique. Com base nesta convicção o Único tem desenvolvido e apostado, cada vez mais, numa estratégia de 360º, com produtos e serviços que respondam especificamente aos grandes desafios das PME, através do seu projecto de responsabilidade social – PME+, que recebe, agora, a sua primeira distinção internacional dada pelo portal financeiro Global Business Outlook, o prémio Best Social Responsibility Initiative – PME + – Mozambique, 2019.

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Banco Único acredita que as Pequenas e Médias Empresas são a solução para um crescimento económico inclusivo e sustentável e que serão elas que terão a capacidade de criar emprego numa proporção capaz de absorver o crescente número de jovens que chegam à idade adulta, todos os anos. São também as PME, por via da criação deste emprego, que serão uma peça chave na geração de uma procura capaz de dinamizar o mercado e gerar um crescimento inclusivo e sustentado em todo o país, e assim promover uma crescente inclusão financeira de toda a população moçambicana. É por isso que a estratégia PME+, que o Banco Único definiu para este segmento tem como objectivo acrescentar valor real e contribuir de forma tangível e eficaz para as ajudar a vencer com sucesso estes desafios, e assim, criar uma maior inclusão financeira e construção de uma economia mais sólida e robusta. Com este projecto, o Único quer ter um papel chave no fortalecimento e robustez do segmento de PME, com a criação de um

mercado e ambiente de negócios alicerçado nas melhores práticas de gestão e de negócios, criando oportunidades de crescimento sustentável para todo o mercado e para o país. O projecto PME+, agora premiado pelo portal internacional britânico Global Business Outlook encontra-se alicerçado em 5 grandes pilares: Programa de TV – PME+; Balcão PME, na Rua José Mateus, em Maputo; Produtos e Serviços criados especificamente para este segmento, como por exemplo, a linha PME+ e a linha PME+ Comerciante, entre outros; a

Assessoria PME+ e a Academia PME+, uma iniciativa de formação para gestores executivos de PME, desenvolvida em parceria e com o apoio do FSD Moçambique e ministrada pela Nova School of Business & Economics de Lisboa. António Correia, CEO do Banco a propósito deste prémio disse “porque temos esta convicção e somos um Banco que nasceu com a ambição e compromisso de fazer a diferença no mercado e no país, contribuindo de forma relevante para acrescentar valor na vida de todos os seus stakeholders, temos investido

fortemente numa estratégia de apoio e parceria com as PME no sentido de as tornar mais robustas e preparadas para enfrentar os desafios do mercado e do país, assim como, fazer a diferença na economia e desenvolvimento de Moçambique, através do nosso projecto PME+. Receber agora este prémio internacional é a confirmação que estamos a fazer a aposta certa. E isso deixa-nos sempre satisfeitos!”. O Banco Único conta com um portfolio de mais de 40 prémios internacionais, tendo o Serviço de Internet Banking mais premiado do país e tendo sido eleito duas vezes o Melhor Banco de Moçambique pela Revista The Banker, do grupo Financial Times em 2016 e 2018. Sediado em Moçambique e liderado por António Correia, o Banco Único é um banco universal, com forte vocação de retalho, inaugurado a 22 de Agosto de 2011, estando já entre os maiores Bancos do Sistema Financeiro Nacional e contando com presença nas 8 cidades economicamente mais importantes do país

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ECONOMIA

Sola David-Borha, Administradora Executiva para a região africana do Grupo Standard Bank

"Moçambique deve procurar diversificar a economia após descoberta do gás natural" A produção de Gás Natural Liquefeito (GNL), na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, deve servir de catalisador do desenvolvimento de outros sectores produtivos, que podem ampliar e diversificar a economia moçambicana, tais como a agricultura e a manufactura.

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sta recomendação foi feita por Sola David-Borha, administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank, recentemente, em Maputo, numa reflexão sobre as reformas que o país deve introduzir no sector de energia para oferecer vantagens competitivas e tornarse num dos principais fornecedores de GNL no mundo. “Moçambique tem a sorte de poder aprender de outras nações com recursos energéticos, como o gás, e tomar, assim, melhores decisões que terão impacto na economia e na vida dos cidadãos”, frisou Sola David-Borha. A administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank indicou a Nigéria como exemplo de uma economia dependente apenas dos recursos petrolíferos. Infelizmente, conforme salientou Sola David-Borha, a Nigéria ignorou a sua base agrícola e muitos outros sectores produtivos, com a descoberta do petróleo: “Hoje existe uma certa dependência dum recurso cujo preço é ditado pelo mercado internacional e isso afectou a economia”, disse. Num outro desenvolvimento, a administradora executiva para a região africana do Grupo Standard Bank indicou que o GNL

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tem uma característica singular, pois tem valor a partir da altura da extracção. Entretanto, Sola David-Borha destacou a importância de diversificar os sectores da economia, pois, além de reduzir a dependência dum único sector ou recurso, concentra o interesse e a actividade dos investidores nos sectores com potencial de crescimento. Esta particularidade aumenta as oportunidades de criação de mais-valias e de investimento na economia nacional. “É fundamental que Moçambique aproveite a oportunidade que o GNL oferece para desenvolver os outros sectores produtivos. Por exemplo, foram feitos compromissos de conteúdo local no valor de 5 biliões de dólares norte-americanos. Para fazer face a essa necessidade de diversificação da eco-

nomia em Moçambique, Sola David-Borha elogiou o Governo moçambicano e o Banco Central pela gestão da política macroeconómica. O regresso à estabilidade ma-

croeconómica é essencial para Moçambique atingir o seu potencial de crescimento. Isto significa que o Banco Central e o Ministério da Economia e Finanças têm um papel crucial a desempenhar no apoio às reformas estruturais e melhorias na governação que conduzam a economia a um ambiente de taxas de juro reais mais baixas, previsibilidade da inflação, estabilidade da moeda e consolidação fiscal contínua através de políticas macroeconómicas sólidas. Sola David-Borha indicou ainda que a participação do sector privado nos projectos de gás doméstico onshore requer quadros reguladores claros e transparentes. Projectos direccionados, como fertilizantes, gás para líquidos (GTL) e energia, são todos industrialmente diferentes, com vários requisitos comerciais. Sola David-Borha também se referiu à economia altamente diversificada do Quénia: “É um país preparado para enfrentar quaisquer desafios, especialmente, os de natureza económica. Eles têm uma taxa de câmbio muito estável, e isso cria confiança nos investidores e encoraja-os a continuar a financiar a economia”, concluiu


PUBLICIDADE No âmbito dos acordos de cooperação institucional entre a GAPI-SI e o FARE, a contratação dos financiamentos do FEREN para apoiar a recuperação do tecido empresarial afectado por aquelas calamidades é efectuada pelo FARE – Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia. No início desta semana, o director geral do FARE, Augusto Isabel, deslocou-se à região centro do País onde procedeu à entrega dos cheques correspondentes às primeiras quatro candidaturas aprovadas de um total de 24 que já foram consideradas elegíveis. Em Sofala, os dois primeiros financiamentos foram para as empresas Unipesca, sediada na cidade da Beira, que se dedica à pesca, processamento e comercialização de produtos marinhos e a Agro-Ana, que desenvolve as suas actividades nos distritos de Nhamatanda e Búzì, produzindo e comercializando cana-de -açucar à açucareira de Mafambisse. “Este acto é o reflexo do esforço de instituições nacionais, em conjunto com parceiros estratégicos multinacionais, com vista a cumprirem a sua missão de apoiarem o surgimento, fortalecimento e desenvolvimento do empresariado nacional,

de forma sustentável e responsável”, o director geral do FARE, no acto de entrega dos dois primeiros cheques na província de Sofala e que simbolizam a operacionalização do FEREN. “Queremos apelar ao uso racional destes recursos, de forma a garantir o retorno desses valores para abranger mais empresas”, asseverou, enfatizando “que o FEREN prioriza actividades que garantam inclusão, empregos, criação de renda e sustentabilidade.

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“Este financiamento vai permitir reabilitar uma das quatro embarcações paralizadas, de modo a nos submetermos às inspecções exigidas para exportarmos para a União Europeia. Uma vez aprovada, vamos voltar a operar e garantir a manutenção dos 80 postos de trabalho que se encontram em risco”, regozijouse Mamade Sulemane, da Unipesca. “Embora este valor seja uma boa contribuição para a reabilitação das nossas instalações e de, pelo menos,

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mais dois barcos, continuamos afectados pela obrigação de pagar a licença que custa 1.400.000 meticais.” António Passane, director geral da Agro Ana diz, por seu turno, que “vamos investir o valor no reforço da adubação, para recuperarmos a fertilidade dos solos que estiveram totalmente inundados, de modo a não comprometermos a produtividade das culturas que estamos a lançar. Paralelamente, vamos adquirir ou recuperar alguns equipamentos destruídos, como são as motobombas e atomizadores". Na província de Manica, a primeira servida pelo FEREN foi a empresa avícola Soaves, sedeada no distrito de Gondola. Com o ciclone, grande parte dos seus pavilhões, incluindo os que operavam nos arredores da Beira, foram destruídos. Estão em processo de contratação e desembolso mais dez financiamentos, incluindo algumas empresas de Cabo Delgado afectadas pelo Kenneth. A Linha de Recuperação cobre um montante máximo por operação de 1.500.000 meticais, tem uma taxa de juro anual que varia entre 8% e 10%, um período de diferimento máximo de capital até 180 dias e um período

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SOCIEDADE

Especialistas de aplicativos aprendem a lidar com os "DevOps" Desenvolvedores de aplicativos, designers, estudantes da área de informática e entusiastas de tecnologias reuniram-se, recentemente, em Maputo, para debater a importância e o campo de actuação do DevOps, um conjunto de práticas de desenvolvimento de software combinadas com as operações de tecnologia de informação de modo a agregar valor ao produto final.

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romovido pela comunidade tecnológica, Lepsta Developers Maputo, em parceria com a Incubadora de Negócios do Standard Bank, o encontro tinha por objectivo debater o conceito de DevOps, seus campos de actuação e a importância do seu estudo, aplicabilidade, assim como o seu ciclo de desenvolvimento. Com esta iniciativa, os promotores pretendem igualmente, reunir a comunidade de desenvolvedores e interessados na área das tecnologias de informação e comunicação para obter a noção de como é que o ecossistema funciona e cresce, de modo a expandir as técnicas de programação futuristas, visando dinamizar o progresso da comunidade de desenvolvedores, no País. Abordado momentos após o encontro, o orador principal, Edgêncio da Calista, software developer da Jembi Health Systems NPC, explicou que DevOps

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tem sido adoptado a nível de equipas de desenvolvimento de software, assim como pelo pessoal que gere as infraestruturas de tecnologias de informação. “É uma cultura que está a ganhar terreno e visibilidade ao nível do mercado local e internacional”, disse, realçando que em Moçambique as pessoas já estão em sintonia com o que está a acontecer no âmbito das tecnologias de informação e comunicação. Para um dos desenvolvedores que participou no evento,

Leonardo Banze, o encontro serviu para ter a noção sobre os objectivos da aplicação do DevOps: “Percebi que se trata de tirar vantagens para o futuro, pois a sua implementação tem a ver com uma nova cultura e uma nova forma de trabalhar”, frisou. Leonardo Banze sustentou que o DevOps é aplicável nas empresas, cujo foco assenta no desenvolvimento de uma determinada cultura, sendo que o DevOps torna essa cultura mais eficaz.

Por sua vez, Obadias Pelembe, desenvolvedor da Robobo INC, referiu que o DevOps ajuda aos empreendores a seguirem o melhor caminho para atingir os seus objectivos de forma eficiente. “Fiquei a saber que nos projectos, primeiro, tem que se fazer a prospecção e depois automatizar os processos operacionais necessários em cada etapa”, concluiu. Importa realçar que a Incubadora de Negócios do Standard Bank é um empreendimento concebido no âmbito da visão e estratégia do banco, cuja materialização passa pela implementação de iniciativas que fomentam a inovação e o empreendedorismo, que são os mentores do crescimento económico do País. Para além do espaço físico, a incubadora oferece desde a formação até à interação com outras empresas e órgãos ou entidades governamentais, tendo em vista a criação de condições para o surgimento e estabelecimento de empreendimentos sustentáveis, que terão um impacto positivo na economia e na sua cadeia de valores, gerando riqueza e inclusão financeira para os cidadãos


SOCIEDADE

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Consciencialização sobre cancro da mama

Leva mais de 700 pessoas à Costa do Sol Mais de 700 pessoas (das quais cerca de 600 andando a pé e um pouco mais de 100 ciclistas) participaram, no domingo, 27 de Outubro, em Maputo, na terceira edição da caminhada de consciencialização da sociedade sobre o perigo que o cancro da mama representa para a vida, em homenagem à Nicolle Melanie, vítima desta doença aos 15 anos de idade.

P

romovida pela Fundação Nicolle Melanie, em parceria com o Standard Bank e o Ginásio Power, o evento, ocorrido na praia da Costa de Sol, contou, igualmente, com a realização duma palestra sobre a doença, demonstração sobre o diagnóstico, através da apalpação da mama, e uma aula de zumba. Abordada na ocasião, Hélia Campos, directora de Capital Humano do Standard Bank, referiu que a saúde constitui um dos pilares principais das acções de responsabilidade social desta instituição financeira: “Foi tendo em conta este princípio que o Standard Bank não podia ficar indife-

rente a esta iniciativa”, sustentou. Por outro lado, conforme indicou Hélia Campos, o banco pretende contribuir para despertar a sociedade sobre este tema que preocupa as autoridades do país, devido ao aumento do número de afectados nos últimos tempos. “Há alguns aspectos e ter em conta, nesta matéria, como a prevenção e a necessidade do rastreio precoce, alimentação saudável e gestão do stress”, disse, enfatizando que esta é uma doença silenciosa que tem afectado não somente mulheres e homens adultos, mas também as crianças. A porta-voz do evento, Isabel Laíce, explicou que a iniciativa

visa educar a sociedade sobre o cancro da mama, tendo surgido na sequência de ter sido diagnosticado cancro da mama a uma menina de 15 anos. “O cancro da mama não escolhe a idade nem sexo. Mas, quando detectado atempadamente é possível fazer-se um tratamento adequado”, sustentou Isabel Laíce, realçando o facto de o Standard Bank ter acreditado neste movimento, que contou, também, com a colaboração da Associação de Ciclistas. Após proferir a palestra sobre o cancro da mama, Eliane Monteiro, médica patologista, explicou que, no desempenho das suas funções, tem constatado o au-

mento do número de casos de cancro da mama em mulheres, chegando ao ponto de constituir um problema de saúde pública. “Quando se faz a contagem de casos de cancro, que causam a morte de mulheres, o cancro da mama ocupa o segundo lugar. Entretanto, temos factores modificáveis, que podemos controlar, como, por exemplo, a nossa dieta alimentar, a prática de exercícios físicos, mas também temos os outros factores hereditários, que temos que controlar, apesar de que não podemos modificar”, frisou. Natércia Sitoe é uma das pessoas que se juntou a esta causa. Para ela é necessário consciencializar as mulheres sobre a existência do cancro da mama, assim como sobre a importância do diagnóstico precoce. “Logo que sentirmos qualquer anomalia no organismo é importante procurar apoio médico. Fazer parte deste movimento significa muito para mim, porque se trata de lutar por uma causa que é de todos nós, pois temos, certamente, amigos ou familiares que sofrem desta doença pelo que juntos somos mais fortes contra este flagelo”, concluiu

Telecomunicações

Companhia de bandeira alicia antigos clientes com campanha "VOLTE" No contexto do reposicionamento e resposta às exigências e tendências do mercado de telecomunicações, a Moçambique Telecom SA (Tmcel) lançou, recentemente, uma oferta, denominada “VOLTE”, através da qual atribui entre vários benefícios cinco gigabytes, disponíveis no pacote inicial pré-pago.

C

om vista a proporcionar uma experiência positiva de navegação na rede Tmcel, numa altura em que a empresa se prepara para

o lançamento do LTE (com equipamento 5G Ready), nas cidades

de Maputo e Matola, a oferta foi concebida para a recepção de to-

dos clientes que queiram voltar e trazer consigo amigos e familiares. A oferta “VOLTE” iniciada no mês de Outubro e válida até Dezembro próximo, faz parte da campanha de boas-vindas onde a operadora de bandeira se propõe a oferecer um conjunto de benefícios diferenciados, no âmbito da melhoria contínua do serviço prestado pela Tmcel em todo o País. Com representações comerciais espalhadas pelo País, a Tmcel continua empenhada na criação de condições para facilitar o acesso aos seus serviços a todo cidadão moçambicano em especial e ao público em geral

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SOCIEDADE

Em Construção Civil, Contabilidade, Gestão, Informática e Hotelaria

Politécnica gradua novos técnicos para o mercado O Instituto Médio Politécnico (IMEP), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, graduou, na sexta-feira, 11 de Outubro, em Maputo, um total de 56 estudantes formados em vários cursos.

T

rata-se de 19 formandos dos cursos de Construção Civil, 19 de Contabilidade, 7 de Gestão, 10 de Informática e 1 de Hotelaria, que receberam os seus diplomas, na XV cerimónia de graduação do IMEP. A construção de conhecimento, habilidades e atitudes sólidas, são os elementos necessários para se saber ser, estar e fazer numa sociedade responsável e competente, segundo referiu Narciso Matos, reitor da Universidade Politécnica, que discursava após a entrega de certificados e premiação dos cinco melhores formandos em representação de cada curso. “Aos graduados faço votos de felicidades e sucesso. Sigam o exemplo da professora Natália Folgado, que volvidos 24 anos de carreira,

passa para a reforma com reconhecimento”, acrescentou Narciso Matos. Por sua vez, Isabel Zandamela, directora geral do IMEP, disse que a ocasião marca uma etapa nova na vida dos graduados, com a certeza de que as competências adquiridas contribuirão para o sucesso de cada formando na vida laboral ou aos que prosseguirem com os estudos. “Esperamos que sejam profissionais de sucesso e melhorem o desempenho das instituições em que vierem a se enquadrar, porque parte significativa da força de trabalho não está devidamente qualificada, e este é o momento certo, para assumirem o desafio de reverter este cenário, com determinação e responsabilidade”, exortou Isabel Zandamela.

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Na ocasião, Loide Kunhonha, graduada em Contabilidade, foi agraciada com um prémio de estágio profissional e material de trabalho, para além de incentivo financeiro, oferecido pela direcção do IMEP, como a melhor aluna com 17 valores. “Primeiro quero agradecer a Deus por nos ter guiado e pela sabedoria que nos deu para conseguirmos realizar os nossos sonhos. Aos professores, tutores e encarregados de educação, agradecemos

por terem acreditado e investido todo o vosso esforço em nós”, concluiu Loide Kunhonha, falando também em representação dos formandos. Importa referir que desde a sua criação, o IMEP já graduou um total de 583 alunos. Os cursos do IMEP têm a duração de três (3) anos, funcionando nos turnos laboral e pós-laboral, e visam dotar os alunos de capacidades básicas para o ingresso no mercado de trabalho


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Lançado projecto para a inclusão digital da mulher rural MIN - Mulheres Informadas (WIN – "Women In the Network" na sua sigla inglesa), um projecto que visa contribuir para a redução da desigualdade digital do género e inclusão digital de mulheres e raparigas nas zonas rurais, foi lançado oficialmente, no dia 2 de Outubro corrente, no distrito de Ribáuè, na província de Nampula, pela Secretária Permanente Distrital, Cândida Gani.

O

MIN é um projecto conjunto entre a GapiSI, entanto que agência de desenvolvimento focada na inclusão e inovação e a dinamarquesa BLUETOWN e foi um dos nove seleccionados, numa iniciativa mundial designada WomenConnect Challenge lançada pela USAID. A participação nesta iniciativa, que contou com cerca de 500 candidaturas de 89 países de todo mundo é um primeiro e importante passo na colaboração entre estas duas empresas para promover a inclusão digital e tecnológica da mulher rural em Moçambique. Tomaram parte da cerimónia, além do Governo provincial, os principais intervenientes deste projecto, nomeadamente o financiador USAID, o imple-

mentador Gapi e seu parceiro tecnológico, a empresa dinamarquesa BLUETOWN, a Ologa - uma empresa de área de Tecnologias de Comunicação e Informação, subsidiária da Gapi que é dirigida por um Global Shaper moçambicano e 10 micro-operadoras que já estão em formação para operacionalizarem a utilização desta ferramenta. Usando da palavra na qualidade de representante do Governo, Gani enalteceu a iniciativa que, “vem contribuir para responder a um dos desafios do Plano Quinquenal do Governo que é integrar a mulher em actividades de geração de renda. Este programa tem a vantagem de, além de incentivá-las e apoiá-las na iniciação ou desenvolvimento dos seus negócios, dotá-las de informação útil para a tomada de decisões que impactem nas suas vidas”. Já a representante da USAID, Tameeka Cameron, considerou que “esta é uma oportunidade

para a mulher rural de Ribáuè desenvolver as suas habilidades. A nossa expectativa é que este projecto alcance os objectivos pré-definidos e que sirva de exemplo para daqui se criarem outras réplicas nos outros distritos do país”. O MIN propõe a integração de soluções de conectividade da BLUETOWN – ligar plataformas desconectadas a uma Local-CLOUD – com a experiência comprovada da Gapi em promover a participação financeira das mulheres rurais e o desenvolvimento de habilidades de empreendedorismo em Moçambique. As referidas soluções visam mudar, significativamente, a forma como as mulheres e meninas acessam a tecnologia, para gerar resultados positivos para a saúde, educação e meios de subsistência para elas e suas famílias. A Gapi e seu parceiro BLUETOWN estão a ultimar negociações com parceiros importantes como a Autoridade Reguladora

das Comunicações de Moçambique (ARECOM) e o Fundo do Serviço de acesso universal, gerido por esta, para operacionalizarem o programa “Rural Connect”, cujo objectivo é criar inclusão digital, através do acesso à internet nas zonas rurais. Estas entidades já têm um entendimento para alargar esta iniciativa a mais uma dezena de localidades. “Este é mais um passo que visa o alcance de um dos nossos objectivos que é promover a mulher e a rapariga, para que estas sejam protagonistas do processo de desenvolvimento mais inclusivo através da criação de pequenas empresas. O acesso à informação é vital para a implementação e o sucesso dos sonhos e empreendimentos de milhões de jovens rurais, particularmente das mulheres, daí buscarmos parceiros competentes e credíveis para este desafio”, indicou Nância Macaringue, coordenadora do Programa ao nível da Gapi

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SOCIEDADE

Facilitada travessia de pessoas e bens entre Quissanga e Ilha do Ibo O Governo alocou uma embarcação para o transporte de pessoas e bens, na travessia Quissanga/Ilha do Ibo, na Província de Cabo Delgado. Com capacidade para 40 passageiros e um porão para o transporte de carga diversa, até 4 toneladas, a embarcação será entregue, dia 3 de Outubro, devendo iniciar as operações de imediato.

A

medida que surge, em resposta à preocupação colocada pelos residentes locais, durante a Presidência Aberta, vai dinamizar o comércio e o turismo na costa de Cabo Delgado, esperando-se igualmente o

transporte seguro de doentes, a redução dos custos de transporte de passageiros e de produtos de primeira necessidade, naquela parcela do País. Actualmente, a travessia Quissanga/ Ilha do Ibo é assegurada por pequenas embarcações,

sendo expectativa do Governo que o investimento realizado na aquisição desta embarcação contribua igualmente para a

melhoria do conforto e segurança no transporte marítimo dos locais onde a embarcação vai operar

Ano Lectivo 2020

Hotel Escola de Inhambane arranca com cursos de Hotelaria e Turismo Trata-se de cursos nas áreas de Artes Gastronómicas e Culinárias, Recepção e Andares e, Restaurante e Bar, que serão ministrados a partir da época lectiva 2020 no Hotel-Escola do Instituto Industrial e Comercial Eduardo Mondlane de Inhambane, sito na cidade de Inhambane.

O

empreendimento de ensino e aprendizagem em alusão, resulta de uma construção de raiz, contendo 22 quartos, 1 cozinha industrial, 2 salas de conferências com capacidade para 100 pessoas cada, 2 lavandarias, 1 recepção, 1 gabinete administrativo, sala para professores, balneários e, aces-

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sos para pessoas deficientes em todos os pisos do Hotel-Escola. O término das obras de construção do estabelecimento de ensino em referência está planificado para Setembro do ano em curso, estando a sua inauguração prevista para o último trimestre do presente ano. O Hotel-Escola do Instituto Industrial e Comercial Eduardo

Mondlane de Inhambane foi construído com recursos aos Fundos de Apoio ao Sector de Educação (FASE). Para além de Inhambane, o país conta com mais dois estabelecimentos do género no que tange ao Ensino Técnico Profissional, nomeadamente, Hotel-Escola do Instituto Industrial e Comercial de Pemba, na

província de Cabo-Delgado e, o Hotel-Escola do Instituto Comercial de Maputo, na cidade de Maputo. O modelo de Hotel-Escola traduz-se num centro educacional de referência, onde são desenvolvidas habilidades de saber-fazer, aliando-se, mais proficuamente, a teoria à prática, num ambiente real de trabalho, actuando-se por meio da integração de modelo pedagógico e hotéis na sua essência, com a sua dinâmica real. O Governo pretende com o início de actividades dos estabelecimentos de ensino em apreço, incrementar a qualidade dos graduados nas áreas ligadas à Hotelaria e Turismo, procurando responder às necessidades específicas do Sector Produtivo local, no âmbito da implementação do amplo processo de Reforma da Educação Profissional em curso no país


SOCIEDADE

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Jornadas Científicas na Universidade Politécnica

Especialistas e académicos debatem aspectos legais e práticos do Direito Bancário sobremaneira os presentes. Houve, conforme enfatizou Luís Aguiar, várias intervenções qualitativamente muito interessantes. No que diz respeito ao financiamento às empresas, explicou que mal seria dos bancos se fossem relutantes em conceder créditos, pois a actividade bancária é muito simples: atrair a confiança dos depósitos para poder emprestar dinheiro, com bom risco. “O que acontece hoje é que a actividade dos bancos é altamente regulamentada. Os bancos têm que gerir um conjunto amplo de riscos, a saber de crédito, incumprimento, financeiro, liquidez, cambial, taxa de juro e operacional”, indicou. Em relação ao segundo painel,

A Universidade Politécnica reuniu, na quarta-feira, 23 de Outubro, em Maputo, os estudantes e docentes, particularmente dos cursos de Gestão Financeira e Bancária, Administração e Gestão de Empresas e de Ciências Jurídicas, bem como parceiros e especialistas, na IX edição das jornadas de Direito Bancário, durante as quais foram debatidos os aspectos legais e práticos associados às actividades dos sectores económico e financeiro. Organizado em parceria com o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), o evento consistiu na apresentação e discussão de dois painéis, sendo o primeiro dedicado a um estudo que incidiu sobre um “Projecto de Financiamento de uma Empresa” e outro sobre a “Protecção de Dados Pessoais no Direito Bancário Moçambicano”. Pretende-se com estas jornadas científicas proporcionar uma oportunidade para a discussão aberta e partilha de conhecimentos sobre temas actuais e pertinentes, no campo do Direito Bancário e das actividades económicas e financeiras, criando uma espaço de interação entre estudantes, docentes e especialistas. A propósito, o director adjunto Científico e Pedagógico da Escola Superior de Gestão, Ciências e Tecnologias (ESGCT), uma unidade orgânica da Universidade Politécnica, Alberto Razul, referiu que as Jornadas Científicas realizam-se anualmente com o intuito de fazer o aproveitamen-

to das pesquisas dos estudantes, que estão a preparar os seus trabalhos de fim do curso, sendo, igualmente, uma forma de ensaio sobre como os referidos trabalhos serão apresentados. “Esta acção faz parte das actividades extracurriculares da universidade, que servem de complemento aos conhecimentos adquiridos pelos estudantes, para a sua formação geral, não somente na componente profissional, mas também na vertente humana, nomeadamente na actividade futura, no seu relacio-

namento com os colegas e com a sociedade em geral”, frisou Alberto Razul, acrescentando que, em breve, serão, também promovidas outras jornadas envolvendo conhecimentos das áreas de engenharias e ciências sociais. Ao proceder o encerramento da IX edição das jornadas de Direito Bancário, Luís Aguiar, administrador do BCI, referiu-se ao epicentro do evento que ficou evidenciado, através das apresentações, questionamentos e comentários que enriqueceram

Luís Aguiar disse que os participantes saíram do evento com o sentido claro de que o património de cada um não se esgota na dimensão material, uma vez que existe também um património informacional, permanentemente, manuseado por terceiras entidades. “Sendo a banca moçambicana também uma depositária desse património tem de assumir uma responsabilidade acrescida no tratamento dessa informação”, concluiu

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SOCIEDADE

Iniciativa do Standard Bank

Plantadas mais 150 árvores em escola primária No prosseguimento do projecto de “Plantio de Árvores”, promovido pelo Standard Bank, mais de 150 árvores, foram, na sexta-feira, 25 de Outubro, plantadas, na Escola Primária Completa (EPC) Guebo e na EPC Av. das FPLM, em Maputo, com o objectivo de consciencializar os alunos sobre a importância da preservação do meio ambiente.

A

s árvores podem providenciar necessidades de oxigénio para a existência humana ao reterem o dióxido de carbono. Contribuem, igualmente, para a redução da poluição do ar, promovem um ambiente atractivo, calmo e adequado, para a recreação, para além de desempenharem um papel importante no ecosistema, pois são responsáveis por manter mais de cinquenta por cento da biodiversidade. Esta iniciativa levada a cabo pelo Standard Bank em ambos os estabelecimentos de ensino enquadra-se no âmbito da responsabilidade social, que visa criar um ambiente saudável: “É por isso que um grupo de colaboradores do banco, em conjunto com os alunos e professores, procedeu ao plantio de árvores

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em duas escolas primárias em Maputo”, enfatizou Alfredo Mucavela, director de Marketing e Comunicação do Standard Bank. Ao todo, foram plantadas mais de 150 árvores, das quais aproximadamente 80 na EPC Guebo e 70 na EPC Av. das FPLM. Na ocasião, os colaboradores do banco e os professores daquelas unidades educacionais transmitiram aos alunos mensagens sobre a importância das árvores para o meio ambiente. “Muitas vezes, quando as crianças vêm frondosas árvores não entendem donde é que elas vieram. Hoje, os petizes tiveram a oportunidade de aprender que as árvores existem porque alguém as plantou e, acima de tudo, cuidou delas”, disse Alfredo Mucavela, acrescentando que

o banco, no âmbito deste projecto vai procurar abranger maior número possível de escolas. “Algumas das razões que nos motivam a continuar é que, além de sermos um banco socialmente responsável, vemos, por um

lado, a satisfação no semblante das crianças ao plantarem árvores e, por outro lado, constatamos que as árvores plantadas, igualmente, nas escolas, no início do projecto, estão a ser bem tratadas”, referiu. Para Tércia Machava, directora da EPC Guebo, o projecto do Standard Bank representa uma mais-valia para a escola: “Conforme podem ver, a nossa escola localiza-se numa zona propensa à erosão e não dispõe de espaços verdes. As árvores que hoje plantamos vão conferir beleza, dando vida à escola”, frisou. Num outro desenvolvimento, Tércia Machava agradeceu ao banco pela iniciativa que coincidiu com as celebrações do Dia dos Continuadores moçambicanos. “Este foi o melhor presente que as crianças receberam pelo que vamos criar um grupo em cada turma para envolvê-las no cuidado das árvores”. Por sua vez, Armindo Lissai, director da EPC Av. das FPLM comentou nos seguintes termos: “Esperamos que os nossos alunos consigam cuidar adequadamente das árvores que o Standard Bank plantou com eles, para que daqui a algum tempo, tenham mais sombra na escola e frutas para comerem”


SOCIEDADE

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Reunião Nacional do INSS analisa desempenho da instituição O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) realiza, entre os dias 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2019, na província de Maputo, a sua Reunião Nacional, evento que se destina a fazer o balanço do quinquénio, bem como reflectir sobre as políticas e os instrumentos de gestão para os próximos anos.

O

evento, que decorrerá sob o lema “Modernizar para Melhor Servir”, contará com a participação dos membros do Conselho de Administração, da DirecçãoGeral e chefes do departamento central, delegados provinciais, chefes de repartição central, directores distritais, chefes de departamento e de repartição provincial e técnicos do INSS. A cerimónia de abertura, a ser dirigida pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Dias Diogo, contará, dentre vários convidados, com a presença de representantes dos

governos distrital e municipal da Namaacha, dos parceiros sociais, designadamente Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM-CS) e Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique (CONSILMO). Constitui agenda do encontro a apreciação do balanço das acções realizadas no quinquénio, até Setembro de 2019, das propostas do plano de actividades e orçamento e do programa de acção sanitária e social, para o ano de 2020, a evolução dos investimentos e o impacto da imple-

mentação da política e estratégia dos fundos de reserva e o ponto de situação da cobrança/saneamento da dívida da Segurança Social, entre outros pontos. Importa realçar que serão ainda analisados os balanços da implementação da estratégia de investimentos, do plano de desenvolvimento de recursos humanos e do Sistema de Informação da Segurança Social de Moçambique (SISSMO). No evento, será lançada a colectânea de Legislação de Segurança Social Obrigatória e homenageados os antigos funcionários do INSS

"Porto Rosa" sensibiliza centenas de mulheres sobre cancro da mama e do colo do útero

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Concessionária dos Terminais de Contentores e de Carga Geral no Porto da Beira, Cornelder de Moçambique, em parceria com o Ministério da Saúde (MISAU), está a massificar a educação sobre a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama e do colo do útero, com o objectivo de reduzir a incidência da doença no seio da população. A iniciativa, denominada “Porto Rosa: Juntos somos mais fortes na luta contra o cancro da mama” e que está inserida no âmbito do programa anual “Porto Saudável”, vai beneficiar mais de 700 colaboradores e é coordenada por um médico especialista em cancro de mama e de colo de útero. De acordo com Elsa Muzambue, directora de Recursos Humanos da Cornelder de Moçambique, o que se pretende com esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, é de

para além de possibilitar que os colaboradores e clientes da empresa tenham acesso à informação sobre o cancro da mama e do colo do útero, os mesmos possam gratuitamente participar de sessões de rastreio destas doenças, tendo a oportunidade de diagnosticar precocemente qualquer anomalia. Na primeira fase do rastreio do cancro da mama e do colo do útero, realizada no dia 23

de Outubro, nas instalações da Cornelder de Moçambique, por uma equipe médica do MISAU, foram rastreadas 31 mulheres e prevê-se que na segunda fase, no dia 29 de Outubro, mais mulheres possam aderir à campanha. “Apesar de estar a ser difundida muita informação sobre esta doença, nem todas as pessoas têm o cuidado de se inteirar mais sobre os métodos de prevenção ou de diagnóstico, o

que contribui para as altas taxas de incidência. Por isso, esta iniciativa constitui uma oportunidade para os nossos colaboradores se informarem melhor, esclarecerem as suas dúvidas para poderem replicar nas suas comunidades”, explicou a directora de Recursos Humanos da Cornelder de Moçambique. Por seu turno, o médico especialista, Leonildo Soares, considerou que, para além de se apostar na massificação da educação, é também importante e urgente sensibilizar a população no sentido de aderir ao rastreio do cancro. “As pessoas pouco sabem sobre o cancro da mama e do colo do útero. A população deve saber o que é a doença para poder preveni-la ou diagnosticá-la precocemente. Isso só é possível através da sensibilização e da adesão ao rastreio”, disse o médico, que se mostrou preocupado com o número de casos desta doença na região Centro do País

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CULTURA

"Eterno recomeço"

Pedro Mourana encerra com oficina de artes e pintura A Moçambique Telecom-Tmcel promoveu no sábado, 26 de Outubro, no Centro Cultural da Tmcel, uma oficina de artes e pintura, ministrada e guiada pelo artista plástico Pedro Mourana.

E

sta oficina de artes e pintura marca o encerramento do programa de actividades promovidas no âmbito da exposição denominada "Eterno Recomeço", da autoria de PMourana, que teve a duração de aproximadamente 30 dias. Neste contexto, foram igualmente realizadas visitas guiadas à exposição pelos alunos da Escola Primária Completa da Coop, Colégio Nyamunda e dos estudantes do ISARC (Instituto Superior de Artes e Cultura), que tiveram a oportunidade de conversar com o artista plástico sobre as obras expostas, bem como sobre a sua carreira. A propósito, PMourana fez uma avaliação positiva sobre as actividades promovidas, pelo facto de ter interagido com os estudantes entusiasmados e disse ter adquirido algum aprendizado durante a troca de impressões com os alunos e amantes das artes de palmo e meio. “Hoje, aqui nesta oficina escolhemos um único tema para facilitar a leitura das pessoas que estão neste workshop. Estamos aqui para aprender. Eu vim trazer o que aprendi ao longo dos 40 anos”, explicou o artista. Por sua vez, em representação da área de Responsabilidade Social Corporativa da Tmcel, Felícia Nhama, afirmou que a exposição serviu também para

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trazer vários públicos para conhecer a exposição e estimular o gosto pelas artes plásticas. “Estamos a despertar futuros artistas plásticos. Pretendemos

com a oficina incentivar e valorizar o gosto pelas artes e pela cultura moçambicana”, referiu. Avelino Assumate, estudante finalista do curso de artes no ISARC, mostrou-se feliz por fazer parte da oficina e agradeceu a oportunidade oferecida

pincel. Foi muito interessante trabalhar ao lado do artista e estar na oficina aberta com as crianças, foi bom”, disse Avelino Assumate. Liana Jona, jovem interessada pelas artes, que falava após terminar a pintura no seu

pela Tmcel e pelas técnicas adquiridas. “O artista mostrou que comanda o pincel, apesar da dialéctica da manipulação do

quadro, mostrou-se feliz por ter aprendido a desenhar com técnicas objectivas e claras e reconheceu que esta foi uma experiência única. “Podemos ver que todos pintamos de maneiras diferentes, mas com uma única perspectiva. Eu estava a desenhar uma palhota ao pôr-do-sol, que representa o nosso País e as palhotas fazem parte da nossa nação”, fundamentou Liana Jona. Importa realçar que, nas suas diversas exposições, tanto individuais como colectivas, PMourana tem abordado vários temas que exaltam o amor, a mulher, a poesia, a música, a diversidade cultural e o diálogo entre as artes, nomeadamente a pintura e a música


CULTURA

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UP Homenageia Noel Langa A Universidade Pedagógica de Maputo laureou, nesta quarta feira, o artista plástico moçambicano Noel Langa. A homenagem ao mestre das artes é alusiva aos seus 81 anos de idade.

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oel Langa é um artista que usa as telas para contar histórias vivenciadas pelo seu povo. Ganhou amor pelas artes vendo a sua mãe moldar peças de cerâmica. Ao fazer sua primeira obra de arte, percebeu que tinha talento e decidiu tornar-se num grande artista. Mas não foi na cerâmica que se encontrou, começou fazendo desenhos na areia usando alguns frutos silvestres como tinta. Nasceu em Manjacaze, província de Gaza, em 1938. Migrou para ex-Lourenço Marques, actual Cidade de Maputo, onde começou a estudar Pintura Decorativa em 1960. Noel Langa, como artista, fez uma legião de amigos singulares e institucionais. E a sua maioria ganhou as suas obras sendo a UP uma das privilegiadas. “Sinto-me lisonjeado. Sabia que seria homenageado, mas não imaginava o quão grande seria o evento. Se pudesse viveria mais 80 anos para presenciar novamente tamanha homenagem”, disse Noel Langa. Suas obras são inspiradas em histórias contadas à volta da fogueira durante as noites no bairro onde nasceu (karingana wa karingana). Por mais que voe para

outros horizontes, não desapega das suas cores favoritas, azul, vermelho, verde e amarelo. O magnífico reitor da UP, Jorge Ferrão, disse que a homenagem é, acima de tudo,

pela sua entrega nas causas humanitárias. “Noel Langa não é apenas um artista brilhante. É, também, um homem de causas sociais e culturais que contribuíram para a consolida-

ção da pátria e unidade nacional”, afirmou. Já o escritor moçambicano Calane da Silva qualificou Noel Langa como um homem de narrativa de cores. O artista plástico também foi digno de vénias por parte do antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano. Chissano recordou que as telas de Noel Langa eram as suas preferidas para ofertar alguns dirigentes em diferentes cantos do mundo quando ocupava o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros. “As telas de Noel Langa não se confundem com outras obras, nelas está patente a nossa moçambicanidade e percebemos que temos uma identidade que deve ser mostrada ao mundo”, disse Chissano. Por sua vez, o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, também presente na cerimónia, apelou a sociedade moçambicana a abraçar as causas semelhantes e homenagear artistas enquanto vivos edição 87 / IMPERDÍVEL


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CULTURA

Mapfara apresenta

“Identidades da Terra” no BCI

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eve lugar na terçafeira, 28 de Outubro, no Auditório do BCI, em Maputo, a abertura da exposição de cerâmica intitulada “Identidades da Terra”, do artista plástico moçambicano Mapfara. A mostra é composta por 40 peças. Inspirado pelo escultor moçambicano Alberto Chissano, Mapfara, de nome completo António Horácio Sitoe, iniciou a sua carreira há 20 anos, numa agremiação denominada ACHUFRE (Associação Cultural Hulene em Frente). Começou, desde

então, a desenvolver a sua arte, baseando-se nas suas vivências, ideologias e crenças. Ao longo da sua carreira recebeu diversas distinções e prémios. Foi vencedor, na categoria de escultura do Commonwealth Arts and Crafts Awards (Austrália – 2007/2008); e Prémio ‘Revelação’, pela Fundação Alberto Chissano. Foi ainda premiado no concurso Footarte (2010); na Bienal das ex-TDM (2009); e no Concurso ‘Descoberta’ – Centro de Estudos Brasileiros (2005). Refira-se que a mostra pode ser vista, com entrada livre, até ao dia 9 de Novembro

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DESPORTO

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UP laureia timoneiro de voleibol moçambicano

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Universidade Pedagógica homenageou, esta terça-feira, o professor Camilo Antão por seus feitos no voleibol nacional e sua contribuição naquela instituição de ensino superior. Camilo Antão dirigiu a Federação Moçambicana de Voleibol por mais de vinte anos, bem como ministrou a arte de voleibol na Faculdade de Educação Física e Desporto da UP, pois desde pequeno sempre mostrou-se proactivo no que concerne a esta modalidade desportiva. Na ocasião, Camilo Antão mostrou que ainda há muito que se fazer para melhorar o voleibol

moçambicano. "É necessário que se criem centros de iniciação para os praticantes de desporto, assim poderá se evitar vícios e certamente haverá mais empenho na carreira desportiva", sugeriu o homenageado. O Reitor da UP, Jorge Ferrão, afirmou que Camilo Antão é merecedor da homenagem, pois grande parte da sua vida dedicou-se ao Voleibol. Por sua vez a vice-ministra da Juventude e Desporto, Ana Flávia, afirmou que Antão introduziu a modalidade de voleibol ao longo de todo o país e os resultados já começam a se fazer sentir, a nivel regional e continental

*Nossas estrelas brilhantes* Mensagem de Jorge Ferrão, Magnifico Reitor da UP-Maputo

O vosso brilho nos levou ao céu, vocês acreditaram que era possível e fizeram-nos Campeões Nacionais. Somos Campeões Nacionais de Voleibol Sénior Feminino e hoje neste palco desportivo, FEFD, queremos reconhecer publicamente o vosso mérito, resultado da combinação de talento, esforço, dedicação e disciplina. Vocês elevaram bem alto o ideal olímpico, Mais Forte, Mais Rápido, Mais Alto, e, com o vosso feito elevaram bem alto o nome da Universidade Pedagógica de Maputo. Estamos felizes, somos felizes e queremos continuar a ser felizes convosco e com as outras nossas equipas que ainda não foram campeões nacionais mas que sabemos que vão ser, porque estamos a começar um ciclo

de aposta forte no desporto de alta competição. Queremos ter equipas e atletas de excelência e acreditamos que estamos a dar passos nesse sentido, e, vai dar certo. A UP Maputo está fortemente comprometida com o desporto de alto rendimento, queremos ser uma Universidade de desporto e para o desporto. Estar no Desporto para nós, não é só competir, é competir para ganhar, queremos ter o vício de ganhar, por isso vamos apostar forte nas nossas equipas, aliando a prática do Desporto aos estudos universitários. Queremos abrir espaço para que os melhores atletas estudem na nossa universidade e pratiquem desporto na nossa universidade. Hoje é vosso dia nossas galácticas

do Voleibol, e o que aqui fizemos com os nossos parceiros é um exemplo do muito que ainda podemos fazer. Queremos que brilhem também em África, a começar pela zona 6, no campeonato em Lilongue, Malawi no próximo mês de Dezembro. Não vamos lá para ganhar experiência, depois do excelente resultado que conseguimos ano passado na África Sul no campeonato da zona 6, onde ficamos em segundo lugar. Desta vez, só podemos terminar a frente do segundo lugar. Vamos para lá a busca do título que nos fugiu. No desporto e na vida festejamos cada vitória, e hoje estamos a festejar o título de Campeão Nacional de Voleibol Sénior Feminino Obrigado Meninas. edição 87 / IMPERDÍVEL


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DESPORTO

"Légua da Beira”

Mais de um milhão de meticais vão premiar os vencedores A Cornelder de Moçambique SA (CdM), por ocasião das celebrações do seu 21º aniversário, promove, no próximo dia 9 de Novembro, na cidade da Beira, Província de Sofala, a terceira edição da "Légua da Beira”, uma competição popular, com um percurso de 7.5 quilómetros.

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spera-se que o evento cujo objectivo é fomentar a actividade desportiva, promovendo, desta feita, a saúde e o bem-estar envolva cerca de três mil atletas, entre locais e estrangeiros. A competição terá como ponto de partida e chegada o Largo dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e

irá movimentar atletas de várias categorias, tais como: Populares, Veteranos, Federados, Trabalhadores da CdM, Comunidade Portuária, Estudantes e Hinterland. Na corrida, que acontece sob o lema “Juntos Corremos pela Beira”, estão em jogo, como tem sido habitual, prémios mo-

netários aliciantes, avaliados em mais de 1 milhão de meticais. As inscrições terão lugar no edifício do Pavilhão dos Desportos da Beira, nas instalações da Associação Provincial de Atletismo de Sofala (APAS), com início previsto para o dia 18 de Outubro e o término no dia 5 de Novembro.

Esta prova, que conta com assessoria técnica da APAS, segue regulamentos em vigor na modalidade e o apuramento dos resultados será feito por cronometragem electrónica, processada por uma entidade especializada e com ampla experiência em eventos deste tipo. No mesmo local – Largo dos CFM -, serão realizadas, em simultâneo, actividades como uma Feira de Saúde, no quadro do tradicional programa denominado “Porto Saudável", que integra uma série de abordagens no campo da saúde e bem-estar físico e mental, nomeadamente testes de HIV/ SIDA, diabetes, tensão arterial e consultas de oftalmologia. Haverá ainda espaço para a realização de sessões de ginástica aeróbica, música e teatro, para além da disponibilização de serviços de identificação civil e de atribuição de NUIT, oferecidos pelo Departamento de Identificação Civil-DIC e pela Autoridade Tributária de Moçambique (AT), respectivamente

Dois Futures em masculinos: Vem aí a 9ª edição do Standard Bank Open Realiza-se, entre os dias 4 e 17 de Novembro, nos Courts do Jardim Tunduro, na capital do País, a 9ª edição do Standard Bank Open, que consistirá em dois Futures, em masculinos. A prova vai juntar tenistas de gabarito internacional de vários países, estando ainda inscritos mais de 50 tenistas internacionais, com particular destaque para o tenista Benjamim Lock (Zimbabwe), Courtney Lock (Zimbabwe), David Sanz (Espanha),

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Takanyi Garanganga (Zimbabwe), Denis Uspensky (Estados Unidos), Eric Vanshelboim (Ukrânia) e Jesse Delaney (Austrália). Benjamin Lock venceu o primeiro Future do torneio realizado em 2015 e foi derrotado na final da prova realizada no ano passado, contra o tenista argentino Matias Descotte. Os Futures têm a particularidade de pontuar para o ranking internacional (ATP Ranking) e inserem-se no Circuito Internacio-

nal de Ténis (ITF Men’s Circuit), para além de serem reconhecidos pela Federação Internacional de Ténis (ITF) e pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). O arranque do Standard Bank Open 2019 será marcado pela realização de competições de massificação, em diversas categorias, envolvendo 100 melhores atletas provenientes de 12 escolas da cidade e província de Maputo, seleccionados de um universo de 3.000, que participaram

na segunda edição do projecto, promovido pelo Standard Bank, em parceria com a Federação Moçambicana de Ténis (FMT). Importa realçar que o Standard Bank Open tem por objectivo massificar a prática da modalidade no país, contribuindo para a rodagem dos atletas nacionais de modo a que estejam minimamente preparados para as competições internacionais, através da troca de experiência com tenistas profissionais


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DESPORTO

Projecto de Massificação de Ténis

Escola Primária Completa de Minkadjuine arrebatou o pódio A Escola Primária Completa de Minkadjuine dominou o pódio da final do “Projecto de Massificação de Ténis”, promovido pelo Standard Bank, em parceria com a Federação Moçambicana de Ténis (FMT), que teve lugar no sábado, 26 de Outubro, nos

courts do Jardim Tunduro, na cidade de Maputo, e que contou com a participação de 160 crianças.

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o total, a escola arrecadou sete das 18 medalhas em todas as categorias, nomeadamente sub 10, sub 12 e sub 14, em rapazes e raparigas, atribuídas aos alunos Nasser Pedro (primeiro sub 12, rapazes), Shantel Muchanga (segundo sub 10, raparigas), Nelson Simango (segundo sub 12, rapazes), Miyúca Filipe (terceiro sub 12, raparigas), Suaibo Abdul (terceiro sub 14, rapazes), Cacilda Amade (segundo sub 14, raparigas) e Cacilda Armando (terceiro sub 14, raparigas). Os restantes ocupantes do pódio são: João Muchanga (segundo sub 10, rapazes), Carlos Nhantumbo (terceiro sub 10, rapazes), Cyara Luísa (primeiro sub 10, raparigas), Serafina Sumbane (terceiro sub 10, raparigas), Dulcido Zunguze (primeiro sub 12, rapazes), Maurício Tomás (terceiro sub 12, rapazes), Ryana Nhacuonga (primeiro sub 12, raparigas), Niuca Zunguza (segundo sub 12, raparigas), Morgado Lumbele (primeiro sub 14, rapazes), Francisco Buque (segundo sub 14, rapazes) e Aliya Manhiça (primeiro sub 14, raparigas). Leslie Mubanguiane, do Standard Bank, considerou, na ocasião, que a iniciativa superou todas as expectativas, e associou o sucesso desta edição à entrega dos principais intervenientes, nomeadamente a Federação Moçambicana de Ténis (FMT), os monitores, bem como as escolas envolvidas e os respectivos professores de educação física. “Os monitores e os professores, em particular, ensinaram os alunos a jogar ténis, a pegar uma raquete e a respeitar as regras. É gratificante quando alcançamos estes resultados, o que significa

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que há condições para o banco continuar a apoiar estas iniciativas”, disse Leslie Mubanguiane. Por seu turno, o director nacional dos Assuntos Transversais no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MEDH), Ivaldo Quincardete, referiu que o “Projecto de Massificação de Ténis” está a contribuir para a descoberta de talentos nas escolas, que poderão figurar entre os melhores atletas da modalidade, assim como representar o País em competições internacionais. Segundo Ivaldo Quincardete, esta iniciativa está a desmistificar a falsa ideia de que o ténis é um desporto de elite, principalmente por estar a ser implementada em

escolas públicas, permitindo, dessa forma, que os alunos se familiarizem com a modalidade. “As crianças envolvidas no projecto estão alegres e prometem continuar a treinar, com recurso ao material alocado às escolas pela organização. É uma iniciativa que deve continuar pois há muito potencial nas escolas, e isso é positivo”, disse Ivaldo Quincardete, que aventou a hipótese de o ténis ser incluído, a título demonstrativo, na 15ª edição dos Jogos Esco-

lares, a decorrerem na província de Nampula, em 2021. Já a Federação Moçambicana de Ténis fez um balanço positivo da segunda edição do projecto, tendo em conta o número de petizes envolvidos, provenientes de 12 escolas da cidade e província de Maputo. Conforme explicou o vice-presidente da FMT, Jonas Alberto, o projecto abrangeu cerca de cinco mil alunos, dos quais foram seleccionados 160 para a final, sendo que os 100 melhores vão participar na abertura do Standard Bank Open, no dia 4 de Novembro. Entretanto, os alunos tiveram a oportunidade de assistir aos jogos da final, em masculinos e femininos, do Torneio Internacional de Sub 18. “É um torneio que contou com a participação de atletas dos quatro cantos do mundo, o que permitiu que os nossos petizes tivessem a visão do que é o ténis a nível mundial, perceber o que precisam de fazer para atingir o estágio profissional, caso pretendam singrar na modalidade”. A vencedora da categoria Sub 10 em raparigas, Ciyara Luísa, aluna da EPC de Bagamoyo-Matola, mostrou-se satisfeita por ter conquistado a taça e atribuiu o mérito ao monitor e ao professor de educação física, que lhe ensinaram o ABC do ténis. “Estou muito feliz por receber a taça e agradeço aos professores que, durante os últimos meses estiveram a formar-nos, o que me permitiu vencer”, disse Ciyara Luísa


CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Perna de Perú no Forno a Maneira da Milou Ingredientes:

1. Exemplo

1 Perna de perú 1 Pimento verde, pequeno 1 pimento vermelho ou amarelo, pequeno 1 Cebola bem grande ou 2 médias 1 Colher de massa de alho feita na hora 1 ½ Colher de massa de pimentão 1 Colherinha de café de picante, intensidade a gosto 1 ½ Cálice de vinho tinto 2 folhas partidas de louro 1 Colherinha de café de ervas aromáticas 3 nozes de manteiga Azeite q.b. 4 Batatas descascada e cortadas em gomos

Preparação:

Começa-se por fazer o tempero. Numa tigela junte a massa de alho, a massa de pimentão, as folhas de louro partidas, a ervas aromáticas, o picante (facultativo) e o vinho tinho. Feito o preparado, tempere a perna de perú e deixe a marinar da noite para o dia. No dia seguinte, num refractário (se puder, use um recipiente de barro), espalhe a cebola cortada em gomos e as tiras de pimento. Coloque a perna por cima dessa camada (veja imagem exemplo). Reserve a mistura do marinado que será aonde colocará as batatas cortadas em gomos. Deite por cima da perna de perú, azeite suficiente e as nozes de manteiga, e tape com papel de alumínio. Leve ao forno durante o tempo necessário para cozer a carne. No entanto, não deixe cozer totalmente. Tem de estar meio crú. Retire do forno, arrume as batatas e regue com o tempero que serviu para marinar, e leve, novamente, ao forno tapado com o mesmo papel de alumínio. Quando a batata estiver cozida, retire o papel de alumínio para deixar alourar a carne e a batata. Durante este processo todo, não se esqueças de ir pincelando a carne e até a batata com o azeite que já está no recipiente a ajudar na cozedura deste prato

2. Prato final

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