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Economia

Sociedade

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Desporto

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Tmcel vai iniciar a tecnologia 4G LTE em Novembro

ISCAM promove jornadas científicas em Maputo

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Corrida Azul é já amanha com mais de 1.000 participantes

REVISTA

IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°84

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 84 Sexta - feira, 30 de Agosto 2019 Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

VILA DE ALTO MOLÓCUÈ

DRAMA DE ÁGUA POTÁVEL PASSA PARA A HISTÓRIA Pag. 10

am ç r o f e r i p a G e ICM la o c í r g a o ã ç a z i l comercia

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Meio ambiente vira marketing!

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m tempos criou-se uma consciência de que o Homem deve preservar o meio em que vive para garantir o seu futuro e de seus descendentes. Houve até alguns avanços nas acções de preservação e de sustentabilidade, em que se procurou cuidar dos espaços verdes e não

só. Muitas cidades chegaram a apresentar ambientes agradáveis e aprazíveis. Hoje, a realidade é bem diferente, porque deixaram-se dominar por imundície de quase toda a espécie, assistindo-se a uma degradação acentuada de infra-estruturas, com agravante de a população manifestar muita falta de civilização. O grande problema é que se faz necessário um novo ajuste na consciência ambiental e nos últimos tempos falar em preservação FICHA TÉCNICA é praticamente uma unanimidade de discurso. Porém, muito pouSexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo, Júlio Saul e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Fotografia Salvador Sigaúque Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

Web master Paulino Maineque Marketing Maria Dlamini e Samuel Sambo Endereço

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co do que se fala é levado para à prática, o que é lamentável. Em termos práticos, Meio ambiente virou marketing e/ou Peça de propaganda. E como ninguém quer assumir a sua responsabilidade, a nível político e social, os principais problemas ambientes do país vão se acumulando, incidindo cada vez mais sobre Poluição Atmosférica; Poluição marinha (águas do mar, águas interiores-lagos, rios, lagoas); Desflorestamento; Erosão dos solos e Costeira; Desordenamento territorial; Deficiente gestão de resíduos sólidos urbanos; Destruição da Fauna Bravia e Subida do nível das águas do mar. Coabitamos sem disfarce com esta realidade, pondo permanentemente em risco a nossa sobrevivência. Como sair desse embrulhado problema que afecta à nossa saúde?

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c n a b s a n a d n Já a ve


BIOGRAFIA

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Biografia de Jorge Ferrão

orge Ferrão nasceu a 23 de Dezembro de 1961, na localidade de Iapala, distrito de Ribaué, Província de Nampula. É filho de Gonçalo António Ferrão, enfermeiro, e de Rabeca Teodósio Ferrão, enfermeira-parteira, ambos falecidos e é pai de quatro (4) filhos. É poliglota, comunicando-se em Português, Inglês, Francês e Espanhol. Actualmente, é Reitor da Universidade Pedagógica, a maior universidade do País, com delegações em todas as províncias. De 2015 a 2016, assumiu o cargo de Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano. De 2007 a 2014, foi Reitor da Universidade Lúrio, a terceira Universidade pública moçambicana e a segunda criada no país pós-independência. Durante este período, assumiu ainda os cargos de Presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) e de membro do Comité Executivo da Associação das universidades da África Austral (SARUA). Ainda neste período, tornou-se membro da Academia de Ciências de Moçambique e foi designado membro da Academia de Ciências de Lisboa, na categoria de sócio correspondente da secção de humanidades e membro do Conselho de Administração da BioFund e da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC). Entre 2006 e 2007, foi Conselheiro do Ministro do Turismo para questões relacionadas com as áreas protegidas e sua privatização. No período 2005-2008, leccionou no curso de Mestrado a cadeira de Gestão de Ecossistemas, na Universidade Eduardo Mondlane e no Mweka African College of Wildlife Management, na Tanzânia. De 2003 a 2005, foi coordenador regional do Parque Transfronteiriço do Grande Limpopo. Em 2002, terminou o Doutoramento na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil: “A Convenção

da Diversidade Biológica (CBD) - A Implementação da CBD e a Gestão dos Recursos Naturais (CBNRM), na África Austral. Os casos do Zimbabwe, da Zâmbia e de Moçambique”. Efectuou o ano sabático em Sociologia Rural, na Universidade de Montpellier II, em França Em 1999, obteve uma qualificação em Pós-Graduação em Estudos sobre Organização Mundial do Comércio e as Cláusulas Ambientais, pela Universidade de São Paulo- Brasil. Em 1997, concluiu o Mestrado em Políticas Públicas Regionais na Universidade de Zimbabwe em parceria com a Southern África Regional Institute for Policy Studies, Instituto Associado a Universidade de Harare. Licenciou-se em Relações Internacionais e Diplomacia, em 1989, no Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), e fala Português, Inglês, Francês e Espanhol. De 1987 a 1991, foi Director do Gabinete de Estudos e Projectos do sector de informação e cultura da SADC, Maputo, assumindo mais tarde o cargo de Coordenador Regional da Southern Africa Communication for Development no Zimbabwe, uma coligação de produtores independentes de cinema e vídeo que integram sete (7) países da África Austral (SACOD). No período 1985-1987, ingressou no Instituto de Comunicação Social como jornalista, assumindo o cargo de produtor e realizador do Canal Zero. De 1980 a 1985 trabalhou como Professor nas Escolas Secundárias de Lifidze, Angónia, em Tete, e em Nampula. Em 1978, fazendo parte do segundo grupo do histórico 8 de Março, fez, em Maputo, o curso de formação de professores de História e Geografia. Os seus estudos tiveram início na Escola Primária de Malvernia, onde concluiu o ensino primário. O 1º ciclo do Ensino Secundário foi concluído em 1974, no Colégio Santa Maria em Malema, e o 2º ciclo, no Liceu Gago Coutinho em 1977, ambos em Nampula edição 84 / IMPERDÍVEL


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OPINIÃO

Por: Gilberto Correia

Tenebroso Moçambola

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um Pais normal já seria difícil jogar um ou dois dias depois de fazer, exemplificativamente, 1.199 quilómetros por estrada. No caso moçambicano, em que a maior parte das estradas ou é má ou é sobretudo péssima, uma viagem de 300 quilómetros em certos troços incapacita qualquer jogador de recuperar fisicamente num espaço tão curto de tempo

(v.g. Troço Gorongosa- Caia ou Vilanculos-Muxúnguè, todos na Estrada Nacional número 1) Fora o facto desses mesmos jogadores perderem quase toda a semana de treinos, em “modo de sacudidela”, no vaivém nas estradas esburacadas. Com essa “solução “, o campo de recrutamento de bons jogadores pelos clubes do Moçambola amplia-se aos motoristas de

chapas, autocarros e camiões que já se habituaram ao anómalo desgaste provocado por circular nas nossas estradas. Alguém fez um estudo sério dessa “ solução” a nível do rendimento desportivo dos jogadores ou só foram considerados factores políticos e económicos? Provavelmente, vamos assistir jogos do Moçambola com jogadores “ mor-

tos-vivos”, numa espécie de homenagem à série televisiva “ Walking Dead”. Os jogos de futebol poderão não ser espectaculares, mas o espectáculo está garantido para quem gosta de filmes de terror. Bora lá para a frente com essa “ideia brilhante”, o que interessa mesmo é distrair a populaça! (Título da responsabilidade da Idolo)

FICHA TÉCNICA Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

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da Já a venncas nas ba


POLÍTICA

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Rosário Fernandes: "sou coerente nos princípios" O Presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), Rosário Fernandes, não suportou as pressões, muito menos, as ameaças do Presidente da República, Filipe Nyusi e pediu demissão por que alegamente é coerente nos seus princípios que o Governo do turno o impele a violar. O INE sob o comando do Rosário Fernandes, ignorou os números do STAE e da CNE, corraborando com as constatações das Organizações da Sociedade Civil que alertaram em tempo útil que a população em idade eleitoral na província de Gaza não podia ser superior a 836.581 cidadãos, menos 329.430 pessoas do que os 1.166.011 recen-

seados em Gaza, denunciado a manipulação dos números por parte dos órgãos de administração eleitoral. Num tom de desabafo e recados a mistura, discursando durante a inauguração das novas instalações do Ministério da Economia e Finanças, Filipe Nyusi, disse que "nós não podemos estar aqui a tentar contrariar, de-

pois torna-se ridículo, as populações lá sabem bem as coisas que são", em clara alusão à polémica do empolamento dos números em Gaza, que posteriormente foram destemidos pelo INE. "Por que se você quer ser estrela não há-de ser uma estrela só, o meu pai dizia uma coisa, que lhe tenha o Deus lá, de que nunca machamba o capim

que cresce mais sozinho é fácil o dono quando chega esse tira com a mão, agora aqueles que estão juntos não consegue tirar tudo porque não viu, hão-de ser tirados como capim comprido, que está a crescer sozinho", disse Nyusi. Certamente que Rosário Fernandes não gostou das "balas" e colocou o lugar a disposição. Diz que deixa a direcção do INE de consciência tranquila porque o seu compromisso é com as regras e padrões profissionais e não com pressões. Antes de ocupar o cargo do presidente do INE Rosário Fernandes fez um trabalho notável na Autoridade Tributária, contudo, sem razões aparentes foi exonerado e transferido para o INE. Os próximos dias prometem fazer rolar muita tinta. (Jornal Confidencial)

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POLÍTICA

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Ecos

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POLÍTICA

No país

Governo aprova entrada de navios militares russos O Conselho de Ministros aprovou, a resolução que ratifica o acordo sobre entradas de navios militares da Rússia, nos portos nacionais.

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governo diz que a decisão visa aprimorar a cooperação na defesa e segurança. Em Abril de 2018, o ministro da Defesa Nacional, Atanásio M’tumuke, e o homólogo da Rússia, Sergei Shoigu, assinaram em Moscovo um acordo sobre o regime simplificado de entrada de navios militares da Marinha russa, em portos moçambicanos. Passado mais de um ano, o Conselho de Ministros anunciou, hoje, que apreciou e aprovou o instrumento. _“O conselho de Ministros aprovou a resolução que ratifica o acordo entre o governo da República de Moçambique, e a Federação Russa, sobre a simplificação de entrada de navios militares, nos portos da República de Moçambique_”, anunciou Ana Comoana, porta-voz do governo. Coincidência ou não, a verdade é que o acordo é aprovado num contexto em que grupo de homens armados, até aqui desconhecidos, aterroriza desde 2017, populações da província de Cabo

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Delgado, no norte do país. Entretanto, o governo avança que os navios militares russos “serão, particularmente, para ajudar no combate à pirataria”, deixando subentendido que o alvo não são os supostos insurgentes. Ainda no domínio da de-

fesa e segurança, o governo aprovou, igualmente, outro acordo que ratifica a cooperação com a Itália. “O Conselho de ministros aprovou a resolução que ratifica o acordo entre a República de Moçambique, e o governo da República italia-

na, sobre a cooperação no domínio da defesa, assinado em Maputo, a 19 de Maio de 2014_”, informou Comoana, explicando que o acordo visa a cooperação, como a formação, por exemplo. Além destes instrumentos, outros documentos aprovados hoje, pelo Conselho de ministros, foram o decreto sobre o licenciamento da Actividade do Ensino de Condução, que visa aprimorar os procedimentos de licenciamento do ensino de condução, no qual o processo de autorização seja precedido pela realização de vistoria das instalações e suas condições, assim como a resolução que ratifica a Constituição da Conferencia Ministerial Africana sobre Meteorologia, e a resolução sobre prestação de serviços aéreos com o Seychelles e o Zimbabwe


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ECONOMIA

ICM e Gapi reforçam comercialização agrícola O Fundo Rotativo de Comercialização Agrícola (FRCA), aprovado pelo Conselho de Ministros em 26 de Fevereiro e cuja gestão foi confiada ao Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), duplicou esta semana a sua capitalização para um montante na ordem dos 90 milhões de meticais.

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ara implementar este instrumento, o ICM e a Gapi têm um acordo de operacionalização de uma linha de crédito especial para o comércio agrícola de pequena escala (LCCA), a qual, em apenas seis meses, já financiou perto de 50 milhões de meticais, que permitiu a compra de cerca de 13.500 toneladas de produção diversa de mais de 23.000 famílias, sendo o milho responsável por 62% desse total. Para que mais agricultores possam tirar maior proveito das diversas culturas agrícolas que produzem para o mercado, o ICM e a Gapi assinaram, recentemente, uma adenda ao acordo reforçando os seus contributos financeiros com mais 40 milhões de meticais. Além da comercialização, a parceria ICM-Gapi pretende também investir no agro-processamento e em

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programas de assistência técnica com vista à capacitação de operadores nas zonas rurais e melhorar o seu acesso a tecnologias mais adequadas, bem como aos serviços financeiros prestados pela banca comercial. Mohamed Valá, director Geral do ICM e presidente do Comité Directivo da LCCA, disse, no acto da assinatura da adenda, que “em nome do Ministério da Indústria e Comércio (MIC) voltamos a reiterar este compromisso, com todas as suas determinantes, nomeadamente (i) a de cooperação, parceria e entendimento mútuo, em prol do desenvolvimento das nossas populações, sobretudo aquela que vive no mundo rural; (ii) a da ver-

tente creditícia para que os nossos produtores e outros actores, assumam que este compromisso é irreversível; e (iii) que os governos locais, possam assumir esta iniciativa, embora não seja algo que movimente muito dinheiro, é um exemplo que estamos a trazer, e apelamos a todas as outras instituições, para que se sintam confortadas a aderirem“. Valá assumiu o compromisso de, entanto que ICM e MIC continuarem a trabalhar e a mobilizar recursos, porque – acredita - “este caminho, pode-nos levar a patamares mais altos de desenvolvimento rural, porque induz a inclusão financeira, empodera as mulheres, os jovens e todo o ambiente lo-

cal“. “Acreditamos que no próximo ciclo de governação, vamos reduzir abruptamente a pobreza, porque vamos trazer encaixe financeiro aos produtores, que têm na falta de mercado para a sua produção, o principal desafio. Temos que fazer com que o produtor seja capaz de produzir excedentes e passe a ganhar dinheiro com a sua actividade“, acrescentou. Este reforço da cooperação entre uma instituição pública e uma público-privada resulta do sucesso que vem sendo alcançado por esta linha que já está a criar impacto, em algumas regiões do país. De facto, seis meses após o seu lançamento, comerciantes rurais das províncias de


ECONOMIA Niassa, Cabo Delgado, Nampula, Tete, Zambézia, Manica e Inhambane já beneficiaram de financiamentos para a comercialização de produtos diversos, dentre os quais se destacam milho, feijões, soja, gergelim e amendoim. Em nome dos accionistas da Gapi, António Souto, da Unidade de Gestão Estratégica, disse que este acto responde a um dos mandatos da instituição, designadamente buscar e conceber soluções através de uma rede de cooperação institucional. “Hoje demonstramos que a solução dos problemas de desenvolvimento que Moçambique enfrenta deve ser promovida através de medidas concretas e por via da cooperação entre instituições que já existem", disse, reforçando que “o acto concreto do reforço da

LCCA, demonstra a validade do princípio da cooperação institucional e em nome dos accionistas da Gapi agradeço a iniciativa e o empenho da Direcção do ICM, representando o governo de Moçambique, ao acreditar em instituições nacionais para implementar este serviço, que não é meramente financeiro, mas também de assis-

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tência e promoção de empresários, alguns dos quais estão em regiões remotas deste país”. Finalizando, Adolfo Muholove, presidente da Comissão Executiva da Gapi-SI, revelou que estão em curso outras parcerias e frisou: “Esta casa está aberta a outras instituições, para que passemos a mensagem aos decisores

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nacionais e parceiros da cooperação sobre a necessidade e valor da parceria entre instituições nacionais para podermos fazer face aos desafios que Moçambique enfrenta”. Presenciaram a cerimónia, além de técnicos das duas instituições, o director Geral do FARE (Fundo de Apoio à Reabilitação Económica), Augusto Isabel, com quem a Gapi tem cooperação que visa levar soluções de financiamento a segmentos de baixa renda e apoio a instituições micro-financeiras, num esforço de tornar a bancarização rural e a consequente inclusão financeira uma realidade. Após o discurso de Filipe Nyusi que ameaçava: "hãode ser tirados como capim comprido, que está a crescer sozinho"

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ECONOMIA

Siemens promove a digitalização do sistema eléctrico de Moçambique • Empresa participa na 55ª Edição da FACIM • O foco da sua presença na feira está nas tecnologias para Centros de Despacho A Siemens está, uma vez mais, presente na Feira Internacional de Maputo - FACIM, a maior feira de negócios de Moçambique, onde está a dar destaque às suas tecnologias para Centros de Despacho, infraestruturas que permitem planear, desenvolver, gerir e operar as redes elétricas nacionais.

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espaço da multinacional alemã na feira conta com uma aplicação de realidade aumentada, através da qual é possível ver um Centro Nacional de Despacho e as suas principais funcionalidades, tal como a possibilidade de monitorizar à distância e de gerir de forma centralizada, integrada, eficiente e sustentável as mais de 120 infraestruturas de produção, transporte e distribuição de energia existentes no país, bem como todas as que possam vir a integrar e reforçar a rede nacional. “A criação de um Centro Nacional de Despacho contribuiria para que Moçambique pudesse gerir de forma eficaz os recursos energéticos disponíveis e para que conseguisse alcançar um dos objetivos do seu Execu-

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tivo – o acesso de todos os moçambicanos a energia até 2030[1], uma realidade que seria sinónimo de desenvolvimento e de maior prosperidade económica” disse Rui Marques, responsável pela Siemens em Moçambique. Com esta aplicação de realidade aumentada, os visitantes do stand da Siemens na FACIM podem ter uma perspetiva tridimensional e perceber como funciona um Centro Nacional de Despa-

cho, as tecnologias utilizadas e os benefícios de uma gestão moderna, acessível, responsável e sustentável da energia. A concretização de um Centro Nacional de Despacho contribuiria ainda para capacitar e formar os recursos humanos locais, uma vez que proporcionaria a criação de competências numa área estratégica, e a participação dos moçambicanos na transformação e digitalização do sistema elétrico nacional.

A FACIM 2019 decorre de 26 de Agosto a 01 de Setembro. Esta é a 55ª edição da feira, que este ano é dedicada ao tema “Moçambique e o mundo: alargando o mercado, promovendo investimento e potenciando parcerias”. Presente em Moçambique desde 1950, a Siemens tem sido um importante parceiro tecnológico do país, capaz de criar valor sustentado e duradouro em áreas determinantes para a prosperidade económica e para a qualidade de vida dos cidadãos moçambicanos, tais como a energia, transportes e infraestruturas. Ao longo dos anos, a empresa tem vindo a fazer uma aposta contínua na valorização dos recursos humanos locais, através do desenvolvimento de importantes iniciativas nas áreas da educação, formação e de transferência de conhecimentos


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ECONOMIA

Banco Único celebra oitavo aniversário O Banco Único celebrou há dias o seu 8º Aniversário e a crescente confiança que os Clientes têm depositado no Banco ao longo deste período. Com o mote “Há oito anos que aprendemos a ser únicos consigo”, o Único agradece aos seus Clientes pelo crescimento que tem alcançado e pela história de sucesso que hoje é.

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ão oito anos de conquistas únicas que estão a ser comemorados com entusiasmo e alegria com os Clientes nos seus balcões. O Banco Único conta hoje com níveis muito confortáveis de liquidez, de solidez, de rentabilidade e com um forte crescimento dos seus resultados ano após ano. Membro do Grupo Nedbank é cada vez mais, uma referência do mercado, sendo já um dos maiores Bancos de Moçambique. Com presença nas 8 cidades economicamente mais importantes do país, o Banco Único vem consolidando de forma inequívoca o seu crescimento e posicionamento no mercado, mantendo-se fiel desde a

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primeira hora ao compromisso assumido de ser um banco desafiador, totalmente focado na relação com o cliente, com um serviço de excelência, personalizado e inovador, capaz de dar resposta às necessidades específicas de cada Cliente.

António Correia, CEO do Banco a propósito do 8º Aniversário referiu “orgulhamonos da cultura institucional de rigor e qualidade do Banco Único, do empenho que a nossa equipa dá diariamente pela diferenciação e excelência do nosso serviço. Só as-

sim foi possível construirmos uma banca verdadeiramente relacional e muito diferente daquela que até ao início da nossa actividade caracterizava o mercado nacional. Aliás esse tem sido o pilar essencial da nossa actuação.” Em relação ao que espera e deseja para o futuro da instituição bancária que lidera, afirma que “temos muito trabalho pela nossa frente e existem novas metas e novos objectivos para serem alcançados, sempre no sentido de continuarmos a crescer de forma sustentável. Mas com a mesma ousadia e profissionalismo que nos tem caracterizado, abraçaremos as novas lutas e desafios que o nosso banco tem para o futuro, com a ambição de sermos ainda melhores. Porque este sim é o verdadeiro poder de ser único.” O Banco Único é hoje um dos maiores Bancos do Mercado, uma história de sucesso que conta com um portfólio de mais de 40 prémios internacionais. Sediado em Moçambique e liderado por António Correia, o Banco Único é um banco universal, com forte vocação de retalho, inaugurado a 22 de Agosto de 2011, estando em quinto lugar em termos de quota de mercado e contando com presença nas 8 cidades economicamente mais importantes do país


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Para já em Maputo, Matola e Marracuene

Tmcel vai iniciar tecnologia 4G LTE em Novembro O ministro dos Transportes e Comunicações considera que o processo de reestruturação, em curso na Moçambique Telecom (Tmcel) está a registar progressos, estando criadas as condições para o relançamento da operadora no mercado.

mencionados vai ser lançada a segunda fase do projecto com vista à sua expansão para todo o território nacional, estando já assegurado o seu financiamento por parte do governo chinês. “Para além da melhoria da

com maior fiabilidade e competitividade”, considerou o governante. Relativamente ao processo de reestruturação da empresa, Carlos Mesquita afirmou que o mesmo está a decorrer den-

rede e da cobertura, o projecto de modernização e harmonização vai consistir na introdução de novos serviços, com maior e melhor qualidade, e na criação de redundâncias em termos de transmissão de dados e voz. Isso vai permitir, também, que os países do hinterland, que usam a nossa estrutura, possam desenvolver a sua actividade

tro da normalidade, e realçou a necessidade de se garantir a formação dos quadros para que a empresa possa assegurar o funcionamento e a manutenção dos equipamentos que estão a ser instalados. “Estou satisfeito com o progresso que se está a registar, principalmente no que diz respeito ao redimensionamento da

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e acordo com Carlos Mesquita, a Tmcel vai introduzir, até finais do mês de Novembro próximo, a tecnologia 4G LTE (Long Term Evolution) no mercado, no âmbito do projecto de modernização e actualização de toda a sua rede de transmissão, que inclui os equipamentos, o que irá contribuir para a melhoria da qualidade e cobertura, bem como para o aumento da velocidade de banda. Numa primeira fase, a tecnologia vai estar disponível somente nas cidades de Maputo e Matola, assim como no distrito de Marracuene, onde foi substituído o antigo equipamento nas estações de base por um mais moderno e de maior capacidade. Esta informação foi partilhada no encontro que o ministro dos Transportes e Comunicações manteve com o Conselho de Administração da Tmcel na sexta-feira, 23 de Agosto, durante uma visita que efectuou à empresa, no âmbito da monitoria ao processo de reestruturação em curso. Conforme explicou Carlos Mesquita, após a introdução do 4G LTE nos pontos acima

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força de trabalho. É um assunto delicado mas que está a ser feito dentro de todos os parâmetros. Acreditamos que, com todo este esforço, poderemos ter uma Tmcel mais atractiva e que ocupe um lugar de destaque no mercado”, sublinhou. Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob Mahomed, referiu que a introdução da tecnologia 4G LTE e de outros serviços associados representa o renascimento das telecomunicações modernas e de qualidade para melhor servir os interesses da nação. A expectativa, acrescentou Rafique Jusob, é que até finais de 2020 a tecnologia esteja acessível em todo o País. “Hoje em dia já não se fala de megas, mas sim de gigas. Isso significa que a nossa tecnologia tem que estar apta para responder a este desafio. Com a convergência tecnológica entre as redes fixa e móvel, esperamos dar pelo menos cinco vezes mais do que estamos a dar actualmente. Aliás, podemos dar 10 vezes mais”. Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel avançou que as equipas de trabalho já estão a efectuar testes, que vão culminar com a introdução desta tecnologia. “Conseguimos, durante esta fase, dar 70 megabits de upload, mas o objectivo é atingir os 100 megabits”. Ainda na sexta-feira passada, o ministro dos Transportes e Comunicações visitou a empresa de telefonia móvel Movitel, com quem abordou a implementação dos projectos da empresa na expansão da rede de telefonia móvel para as zonas rurais, incluindo o projecto da expansão da rede de telefonia móvel


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para 30 novas localidades, financiado pelo Fundo do Serviço de Acesso Universal (FSAU) e implementado pela Movitel. No balanço da visita, Mesquita sublinhou ter trabalhado com as duas empresas para prosseguirem com o trabalho em curso, na perspectiva da melhoria de qualidade dos serviços prestados, resiliências e partilha das suas infra-estruturas de telecomunicações, conectividade e interoperabilidade dos serviços financeiros, entre outros desafios deste sector

Banco russo quer apoiar ENH a financiar sua comparticipação nos projectos de gás

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banco russo Gazprombank diz estar disponível a financiar os mais de 2 mil milhões de dólares que a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos precisa para comparticipar no projecto de gás natural Mozambique LNG. Por outro lado, a petrolífera russa Rosneft quer construir centrais eléctricas em Moçambique para produzir mais de 90 megawatt de energia. À margem da visita oficial à Rússia, o Presidente da República, Filipe Nyusi, manteve encontro com a direcção do banco Gazprombank especializado em financiamento a projectos de exploração de hidrocarbonetos. O banco quer financiar os 25 mil milhões do projecto Mozambique LNG, mas também os 2 mil milhões que a ENH precisa para financiar a sua parte no projecto. Para além disso o banco

diz estar a negociar com a ENH para financiar o aumento das suas acções naquele projecto, actualmente detém 15% do Mozambique LNG liderado pela Anadarko. Outro gigante russo que está a investir em Moçambique é a petrolífera Rosneft que é a empresa com maiores reservas e maior produtor de hidrocarbonetos do mundo. O seu presidente reuniu-se com o Chefe de Estado e reiterou o seu compromisso em procurar hidrocarbonetos em Moçambique. A Rosneft quer igualmente produzir mais de 900 megawatts de energia eléctrica em Moçambique. Refira-se que a Rosneft faz parte de um consórcio liderado pela petrolífera norte-americana Exxon Mobile que deverá iniciar em breve a pesquisa de petróleo e gás na Bacia de Angoche e no Delta do Zambeze edição 84 / IMPERDÍVEL


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Dívidas de contribuições ao INSS já atingem cerca de 2.397 milhões de meticais A dívida de contribuições ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) atinge, neste momento, cerca de 2.397 milhões de meticais, dos quais cerca de 32.631 mil meticais correspondem a 223 processos que aguardam julgamento nos Tribunais Judiciais, cerca de 331 milhões de meticais correspondem a 874 pendentes nas Procuradorias da República, e 2.328 processos correspondentes a cerca de 1.036 milhões de meticais, por cobrar nos Juízos Privativos de Execuções Fiscais.

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eferindo-se a este nível da dívida de contribuições, a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, disse que traz consigo consequências negativas principalmente para milhares de trabalhadores e suas famílias que se vêm privados de beneficiar dos seus direitos à Segurança Social constitucionalmente consagrados. A governante, que falava, na sexta-feira, 23 de Agosto, em Maputo, no decurso do seminário de articulação no âmbito da cobrança da dívida de contribui-

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ções ao Sistema de Segurança Social, apontou a existência de empresas que ainda se furtam a este dever, embora descontem mensalmente nas remunerações dos seus trabalhadores três por cento, um comportamento antiético e condenável. Num outro desenvolvimento, a ministra disse existirem também casos de empresas que acumulam dívidas, sem o seu conhecimento: “Os empresários, quando interpelados pelas brigadas inspectivas, têm-se mostrado surpreendidos com a informação sobre as dívidas de contribuições ao INSS e nos informam que têm

esta tarefa terciarizada, contactando contabilistas e guarda-livros para, entre outras tarefas, pagarem as contribuições à segurança social, pagamento esse que não chega a ser efectuado ao INSS”, frisou. Com efeito, Vitória Diogo exortou aos empregadores a visitarem as plataformas electrónicas para acompanhar e controlar o encaminhamento das contribuições mensais. A exortação foi extensiva aos trabalhadores, para que continuem a fazer uso da plataforma electrónica, “Minha contribuição, Meu Benefício”, para aferir em tempo real

se a empresa efectuou ou não a canalização do seu desconto ao INSS. Entretanto, ao longo deste quinquénio, o INSS conseguiu reaver aproximadamente 2.641 milhões de meticais da dívida, sendo cerca de 2.526 milhões, por via extrajudicial, e cerca de 115 milhões, por via judicial, contra 838 milhões do quinquénio anterior. Em relação ao seminário, Vitória Diogo considerou que a expectativa é que se fortaleça a parceria a favor da legalidade e haja maior celeridade na instrução dos processos de cobrança das dívidas, julgamento dos contribuintes infractores e cobrança coerciva dos valores das contribuições. Dada à importância da devida instrução de processos, com toda a documentação necessária, para que tenham desfecho positivo e justo, o encontro teve o condão de reunir no mesmo espaço os actores principais na gestão e cobrança da dívida, nomeadamente, o INSS, a IGT (Inspecção Geral do Trabalho) e a PGR (Procuradoria Geral da República), que instruí processoscrime para o julgamento pelos tribunais, bem como Tribunais de Trabalho, o Juízo de Privativo de Execuções Fiscais e a Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique (OCAM)


ECONOMIA

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BCI reconhecido pela inovação tecnológica

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BCI conquistou o prémio ‘Banco de Investimento mais Inovador em Moçambique’, galardão instituído pela revista ‘Internacional Finance’, publicação de origem britânica versada em assuntos económicos e financeiros e particularmente focada em mercados emergentes. Para atribuição do galardão concorreram as mais recentes inovações tecnológicas adoptadas pelo banco, com destaque para a disponibilização de diversas plataformas, salientando-se a aplicação BCI Trading e *224#, soluções inovadoras na região e no continente que permitem a qualquer moçambicano em qualquer parte do território nacional subscrever títulos mobiliários

a partir de um telemóvel ou tablet, como ficou bem patente na recente Oferta Pública de Venda (OPV) de acções da empresa Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), a maior operação até hoje realizada pela Bolsa de Valores Moçambique. Nesta operação inédita, 36% do total de subscritores deram ordens exclusivamente através do telemóvel. Este canal teve tal aceitação que no curto período destinado à subscrição foram obtidos mais de 26 mil cadastros, o que o potencia como um meio privilegiado de transacção em bolsa para pequenos investidores, quer seja em transacções de mercado secundário desta OPV, quer como de outros títulos que venham a ser aí disponibilizados no futuro

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ECONOMIA

Lançada primeira recarga de dados móveis Por ocasião da realização da 55ª edição da FACIM, a empresa Moçambique Telecom SA (Tmcel) lançou a primeira recarga de dados móveis, denominada “GIGA”, para satisfazer as necessidades e anseios da sociedade e dos seus clientes em particular. A primeira e única recarga de dados em Moçambique foi criada a pensar na comodidade e conforto dos clientes, estando

para já disponíveis as recargas de um e três gigabytes, apenas no formato eletrónicos e nas lojas Tmcel em todo País. Para os subscritores que se

encontrem distantes das lojas, poderão adquirir por via de terceiros, pois o menu *123# possibilita que um subscritor recarregue o outro subscritor,

através de um serviço denominado “Girala”. Esta inovação tecnológica, para além de permitir uma melhor gestão das escolhas, oferece a vantagem de os clientes poderem adquirir elevados volumes a preços baixos, que lhes permite navegar sem limites e sem se preocuparem com surpresas desagradáveis. Com o lançamento da “GIGA”, a Tmcel pretende estimular a demanda de serviços de dados, diversificar e simplificar o acesso aos seus serviços, bem como fidelizar os clientes. Em breve, a nova recarga estará disponível nos bancos, podendo ser adquirida tanto pelas ATM`s como pelo plataformas digitais de internet banking

ISM introduz mestrado em Direito Empresarial Um novo Mestrado em Direito Empresarial vai ser introduzido, a partir do segundo semestre deste ano, pelo Instituto Superior Monitor (ISM), uma instituição de ensino superior que, desde 2009, tem usado plataformas como o Moodle e Skype, como instrumentos do ensino à distância. IMPERDÍVEL / edição 84

Trata-se de um mestrado que terá como áreas centrais o Direito em geral e o Direito Empresarial – Corporate Governance, em particular, fundamentado pela necessidade de se articular os conhecimentos sócio-económicos com os jus-empresariais. Neste novo curso, para além da Teoria Geral do Direito, o mestrando será posto em interacção com conhecimentos e práticas específicas do Direito das Empresas, nomeadamente do Direito Económico, Direito dos Contratos, Direito das Sociedades Comerciais, Direito do Contrato do Trabalho e Direito Bancário e dos Seguros. Com a duração de três semestres, os primeiros dos

quais dedicados à parte lectiva, conferindo o reconhecimento em pós-graduação, o terceiro e último semestre será dedicado a um projecto aplicado, conferindo o grau de mestrado em Direito Empresarial. Criado pelo Decreto n.º 43/2008, de 16 de Setembro do Conselho de Ministros, o ISM é uma instituição de ensino superior moçambicana. No primeiro semestre de 2009, iniciou diversas licenciaturas nas áreas de Gestão, Economia e Contabilidade, sendo que no semestre seguinte foi fundada a faculdade de Direito e, em 2010, a faculdade de Educação e Psicologia. Em Dezembro de 2010, promoveu uma reforma curricular

adaptando as licenciaturas ao SNATCA – Sistema Nacional de Atribuição e Transferência de Créditos Académicos e, em 2012, fundou o CIES – Centro de Investigação em Economia e Sociedade. Em 2014, o Instituto Superior Monitor avançou para a criação do Departamento de Mestrados. Valendo-se da sua responsabilidade como principal centro nacional de competências nesta área de ensino, especificamente de nível médio técnico profissional, o ISM desenvolveu, desde então, um inestimável know-how, que lhe permitiu construir a maior bolsa de cursos à distância no País, sendo por isso, uma instituição de referência em Moçambique


ECONOMIA

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Por parte das multinacionais concessionárias dos projectos de exploração de gás natural

MITESS prepara-se para responder à demanda de mão-de-obra qualificada O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), através do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), está a preparar-se para responder à demanda de mão-de-obra qualificada por parte das multinacionais concessionárias dos projectos de exploração de gás natural na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.

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ara o efeito, o sector está a melhorar e, nalguns casos, a construir e a apetrechar centros de formação onde vão ser ministrados cursos com, certificação internacional, requisitos exigidos pelas concessionárias, principalmente para a fase de operação. De acordo com o director-geral do IFPELAC, Anastácio Chembeze, os cursos estão a ser reformulados ou introduzidos em função das necessidades dos projectos, que já têm o perfil dos quadros que gostariam que o mercado nacional ofeceresse. Para Anastácio Chembeze, a demanda é grande e as oportunidades são enormes no sector do gás, havendo, por isso, necessidade de todos os intervenientes trabalharem em estreita colaboração, principalmente para ultrapassar alguns obstáculos. “Estamos a prepararmo-nos, mas há áreas nas quais ainda não estamos a formar e os investidores já estão a dizer o que querem em termos de habilidades.

Realmente, não vamos conseguir fazer tudo, por isso trabalhamos com o sector privado, através dos centros de formação privados”, disse o director-geral do IFPELAC. Anastácio Chembeze falava na quarta-feira, 28 de Agosto, num seminário sobre emprego e formação profissional no âmbito dos projectos da bacia do Rovuma, que decorreu no quadro da 55ª edição da Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Maputo (FACIM), em Ricatla, distrito de Marracuene, província de Maputo. Na ocasião, o director-geral do

IFPELAC referiu que, como resultado dos esforços que a instituição está a envidar com vista a formar quadros que respondam aos requisitos exigidos pelas multinacionais, foram construídos na província de Cabo Delgado três centros de formação profissional, na cidade de Pemba e nos distritos de Balama e brevemente entrará em funcionamento o de Montepuez (localidade de Namanhumbir). Os centros de Balama e Pemba já estão a funcionar. “O de Pemba, por exemplo, tem certificação internacional, o que significa que os quadros ali formados podem

trabalhar ou serem submetidos à avaliação em qualquer parte do mundo. Em Namanhumbir já estamos na fase de apetrechamento”. Importa realçar que o seminário tinha como objectivo promover a interacção entre o público e as concessionárias dos projectos de exploração de gás natural relativamente às qualificações exigidas para investimentos daquela natureza, tendo sido convidado o consórcio Mozambique Rovuma Venture (MRV) para falar do processo de recrutamento de mão-de-obra. O Instituto Nacional de Emprego (INEP), por seu turno, falou do funcionamento dos mecanismos de recrutamento e admissão disponíveis na sua plataforma para as empresas e candidatos ao mercado de emprego, respectivamente. “A responsabilidade do Estado é de facilitar os processos e ser intermediário através do Instituto Nacional de Emprego. Quem gera os empregos são as empresas, nós (o Governo) somente promovemos a formação profissional, a legalidade laboral, a segurança social, entre outros aspectos”, sublinhou Anastácio Chembeze

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SOCIEDADE

Via Ponta do Ouro

Transportadora de passageiros liga Maputo a Durban Uma nova ligação rodoviária entre a cidade de Maputo e a cidade de Durban, na África do Sul, via Ponta do Ouro, vai ser estabelecida pela transportadora Intercape, a partir de 6 de Setembro próximo.

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om partida, em Maputo, às segundas, quartas e sextas-feiras, às 8.00H, a chegada está prevista para as 17.00H do mesmo

dia em Durban. O percurso contrário será feito às terças e quintas-feiras, bem como aos domingos. "Já havíamos feito, ante-

riormente, esta ligação, mas tivemos de interromper devido às más condições de acesso que havia, mas agora com a construção da ponte

Maputo-Katembe e a construção da nova via, estamos em condições de transportar os passageiros moçambicanos para Durban, e viceversa, via Ponta do Ouro", declarou Sérgio Van Winsen, responsável de marketing da Intercape. A empresa, a operar em Moçambique desde 1996, já vinha operarando entre Maputo, Johanesburgo e Pretória, para além de outros destinos como Cidade do Cabo, Port Elizabeth, Bloemfontein, fazendo ainda ligações regionais para Malawi, Zimbábue, Botswana e Namíbia

Desta vez no município da Matola

AdeM surpreende mais 30 ligações irregulares No âmbito da implementação da campanha denominada “Recuperação de Suspensos”, a empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) removeu, na sexta-feira, 9 de Agosto, no Bairro Língamo, no município da Matola, na província de Maputo, 30 ligações irregulares, que ocasionavam perdas estimadas em mais de 450 metros cúbicos de água, correspondente a uma facturação mensal de cerca de 200 mil meticais.

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rata-se de uma iniciativa que visa, essencialmente, a recuperação de 2.500 clientes da empresa que se encontram suspensos, devido a várias irregularidades, como ligações clandestinas, bypass, falta de pagamento de facturas, entre outras, detectadas na zona da Matola A. Para além do Bairro Língamo, a acção vai abranger, igualmente, outros bairros da Área Operacional da Matola. Segundo Recildo Mahache, gestor da Zona-1, Matola e Trevo da AdeM, em termos de perdas, a empresa contabilizou 2.500 clientes que consomem, de forma fraudulenta na Matola A, uma média de 15 metros cúbicos de água por mês. “Esse universo de clientes causa à AdeM uma perda de

cerca de 1.7 milhões de meticais por mês”, explicou o gestor. Questionado sobre o destino dos clientes infractores, Recildo Mahache disse que para "desencorajar este tipo de acções, terão que prestar declarações junto das autoridades policiais a fim de serem responsabilizados pelos actos praticados. Para já, os técnicos da empresa têm feito as devidas remoções das ligações irregulares detectadas, sendo que alguns clientes, nesta situação, deverão efectuar o pagamento das dívidas, quer seja de forma cabal ou faseada, à empresa”, referiu o gestor. Marta José, um dos clientes, cuja ligação clandestina foi removida pela equipa técnica da AdeM, alegou que a sua acção resulta da falta de condições para o pagamento das dívidas que mantém com a empresa. “É a primeira vez que eu faço

isto. Tenho esta ligação, a partir da qual forneço aos meus inquilinos, há um mês. Sei que o que fiz é um delito. Peço desculpas e apelo aos outros para que não optem por ligações clandestinas”, confessou Marta José. Por sua vez, Julião Sequela, cliente com contrato suspenso, desde 2017, devido ao não pagamento das facturas, indicou que o corte no fornecimento de água à sua residência está na origem da ligação clandestina que efectuou. “Fui apanhado. Peço desculpas. Peço uma oportunidade para pagar a dívida que tenho com a AdeM de forma faseada”, disse Julião Sequela. Importa referir que a operação desencadeada pela AdeM vai decorrer por tempo indeterminado, devendo abranger os 44 bairros que compreendem a Área Operacional da Matola


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SOCIEDADE

Carlos Mondlane, da AMJ

Tribunais moçambicanos não são um instrumento de frete político O desconhecimento das leis e dos pressupostos formais para o acesso à justiça eleitoral, por parte dos actores políticos, é apontado pela Associação Moçambicana dos Juízes (AMJ) como a principal razão da incompreensão dos processos eleitorais no País.

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esse sentido, a AMJ organizou, na sextafeira, 16 de Agosto, uma mesa redonda subordinada ao tema "O Contencioso Eleitoral", que teve como objectivo fazer entender à sociedade que os tribunais agem de acordo com o princípio da legalidade e da objectividade e não estão ao serviço de interesses político-partidários. De acordo com Carlos Mondlane, é importante que se perceba que os tribunais estão vinculados à lei, daí que todos os constrangimentos decorrentes dos processos do contencioso legal devem ser percebidos e impugnados, nos termos estritamente legais. "É curioso notar que as leis são elaboradas e aprovadas pela Assembleia da República, mas quando se vai aplicar o seu conteúdo há um défice de conhecimento. É fácil fazer-se uma queixa aos tribunais judiciais ou ao Conselho Constitucional, mas é necessário que se saiba que estas entidades julgam de acordo com a lei. É errónea a percepção de que os

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tribunais moçambicanos são um instrumento de frete político", defendeu o presidente da AMJ. Para Carlos Mondlane, a abertura da AMJ, junto com os seus parceiros tradicionais, de administrar palestras sobre matérias estruturantes para

a vida do país, tem em vista reforçar os princípios da pedagogia e transparência da actividade judicante, destacando, no caso, que os tribunais são actores com que se pode contar para garantir que o pleito eleitoral de Outubro próximo vai decorrer sob o crivo da le-

galidade. Importa realçar que a mesa redonda teve como convidado o professor catedrático português Jorge Bacelar Gouveia, para quem o País deu um passo significativo ao generalizar o acesso à justiça eleitoral, retirando a obrigatoriedade de haver uma reclamação ou protesto na mesa eleitoral, para que o partido que se sentir prejudicado possa impugnar as decisões dos órgãos eleitorais. Outro aspecto importante apontado por Jorge Bacelar Gouveia é a possibilidade de haver duas instâncias judiciais para apreciar conflitos e litígios de natureza eleitoral, nomeadamente o Conselho Constitucional e os tribunais distritais. "Estas alterações permitem maior judicialização da aplicação da lei eleitoral, até porque a Comissão Nacional de Eleições e as comissões provinciais e distritais não são órgãos judiciais. Podemos dizer que são órgãos independentes, mas não têm o estatuto de tribunal. A pureza da defesa da legalidade eleitoral reside, sempre, nos tribunais e não nos órgãos eleitorais", defendeu o professor catedrático, para quem os actores políticos devem tomar a dianteira no cumprimento das leis eleitorais. "Ao contrário do que se pensa, o direito eleitoral não é difícil, e hoje os processos eleitorais são mais objectivos porque todos os actos são definidos ao pormenor", acrescentou. No evento participaram juízes, procuradores, membros do Governo, advogados, académicos, estudantes e representantes das formações partidárias e da sociedade civil


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SOCIEDADE

Vila de Alto Molócuè:

Drama de Água Potável passa para a história

I Por: Roseiro Mário Moreira O drama de água potável passa brevemente para os anais da história de problemas da vida quotidiana dos munícipes da Vila de Alto Molócuè, atravessada pelo Rio que a dá nome na região planáltico-montanhosa da Alta Zambézia. IMPERDÍVEL / edição 84

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om o prenúncio da conclusão, do pujante Sistema de Abastecimento de Água e Saneamento, na Vila de Alto Molócuè, soluciona-se um bicudo problema, que há muitos anos constituía um dilema de difícil solução, mas que de Outubro de 2019 em diante passa a ser uma história de sucesso. Com efeito, o empreendimento hídrico permitirá, de imediato, 5.000 ligações domiciliárias de água canalizada e 35 fontanários públicos, beneficiando uma média de 500 pessoas cada um em 10 Bairros da Vila. “Já poderemos dizer que era uma vez o problema de

água potável canalizada na nossa linda Vila de Alto Molócuè”, disse um munícipe, visivelmente, entusiasmado pelo facto de a correria pela água estar prestes a passar para a história, pelo menos dentro do perímetro daquela Autarquia, situada na zona franca das principais culturas alimentares e de rendimento (como mandioca, milho, feijões, hortícolas, amendoim, algodão), zona também potencialmente produtora de frutos silvestres de ocorrência peculiar local (como mayépe, napifo, nanvétho, makunapa, khoropali) e ainda espécies florestais de importância madeireira. Enquadradas nas empreitadas para a reabilitação e

expansão dos Sistema de Abastecimento de Água da Vila de Alto Molócuè, no âmbito do Programa de Água para a Vida, as obras de grande envergadura e alcance sócio-económico para os habitantes locais iniciaram a 1 de Outubro de 2018, sob o financiamento do Governo de Moçambique, com a Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS) na execução. Volvidos quase 11 meses, os munícipes de Alto Molócuè têm motivos para se encher de júbilo, porquanto já se descortina que, seguramente, o seu sistema de abastecimento de água esteja concluído e comece a fornecer o tão almejado líquido


SOCIEDADE precioso na sua maior potabilidade dentro de sensivelmente um mês, isto é um ano após o seu início, cumprindose as promessas de água para o consumo dos munícipes nos prazos estabelecidos. Para a satisfação desta imperiosa necessidade dos munícipes daquela autarquia e dos visitantes que por ali aportam, os Governos a nível Central, Provincial e Distrital não pouparam esforços no apoio ao Executivo da Vila Autárquica de Alto Molócuè, dirigido por Miguel Muananvuca, eleito em 2018. O custo da obra até ao seu termo está calculado em 207.703.408,91 (duzentos e sete milhões, setecentos e três mil, quatrocentos e oito Meticais e noventa e um centavos), valor que se afigura ter sido bem aplicado a avaliar pelo tempo recorde em que já se vislumbra para muito breve a entrega e inauguração do esperado bem comum, que chegará como uma bênção e a todos trará contentamento e conforto. Impressionado pelo avançado estágio de execução das obras de construção do moderno sistema de abastecimento de água à Vila que dirige, Muananvuca não escondeu a sua satisfação, afirmando que “para o agrado de todos os munícipes, os planos de governação central, provincial, distrital e autárquica, no que diz respeito ao fornecimento de água canalizada na nossa Vila de Alto Molócuè, ficarão assim cumpridos, exactamente 1 ano após o início das obras lançadas a 1 de Outubro de 2018”. Com este feito, mais de 50 mil pessoas poderão ter benefício directo do abastecimento de água providenciado pelo Governo na Autarquia de Alto Molócuè, um avanço gigantesco na provisão inclusiva de melho-

res condições de vida às populações locais. Consta dos arquivos mais recuados, a que tivemos acesso relativos à questão de fornecimento formal de água à Vila de Alto Molócuè, que o primeiro Pequeno Sistema de Abastecimento de Água naquele ponto de Moçambique teria sido construído em 1960 para um universo de vinte famílias pequenas no período colonial. Dada a sua avaria, pouco depois da independência nacional e à degradação e inadequação do equipamento

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ao longo dos anos, às autoridades da Vila e do Distrito de Alto Molócuè foram implementando alternativas, entre as quais dois outros pequenos sistemas de água e dez furos mecânicos nos bairros que, entretanto, não supriam a demanda. A Vila viria a ser colhida por uma gritante crise de água que terá forçado às famílias a abrirem poços não convencionais sob conta e risco próprios. Entretanto, “todo esse martírio das nossas famílias municipais já tem dias contados nesta autar-

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quia e passará para a história”, rematou emotivamente Miguel Muananvuca, Presidente do Conselho Autárquico da Vila de Alto Molócuè. ________________ (*) Roseiro Mário Moreira, Comunicador de ciência, formado em Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Relações Internacionais e Diplomacia, é também docente e escritor. Interessa-se pelo desenvolvimento local e advocacia para a adopção de conquistas da Ciência, Tecnologia e Inovação edição 84 / IMPERDÍVEL


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ISCAM promove jornadas científicas em Maputo Decorreram de 20 a 22 de Agosto de 2019, em Maputo, as XI Jornadas Científicas do Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique (ISCAM), sob o lema “Formar com excelência, profissionais que respondam aos desafios da actualidade nacional e internacional”. Ao longo dos três dias, foram proferidas palestras, e apresentados projectos e resultados de investigação efectuada em áreas como contabilidade, auditoria, gestão, marketing, empreendedorismo, entre outras.

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onvidado a tomar parte nestas Jornadas, o BCI interveio no segundo dia, apresentando o tema “Poupança & Investimento”, focalizando os estudantes do ISCAM. Foi uma oportunidade para o banco debater com a comunidade académica do ISCAM os conceitos e prática de poupança, investimento, o papel do sistema financeiro e principalmente as formas de

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poupança no dia-a-dia. O BCI, na pessoa de Ivan Nhantumbo, gestor de produtos e quadro da instituição, reconheceu o

“Xitique” e as Associações de Acumulação de Poupança e Crédito (ASCA), como sendo práticas enraizadas na sociedade

moçambicana e que, pelo facto de não constituírem um mecanismo antagónico à banca, merecem não somente uma integração, mas também algum reforço de mecanismos de segurança nas suas operações, para que respondam eficazmente ao desafio de massificar a poupança nas famílias. Do debate, foi consensual a importância do planeamento das finanças pessoais e da disciplina para a estabilidade financeira, pois só pensando na forma de utilização do dinheiro, que se pode conseguir o alcance, tanto os objectivos pequenos como os mais ambiciosos, incluindo o investimento


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Para tratamento igual entre os sexos

Universidade Politécnica cria Núcleo de Género Para desenvolver acções com vista ao tratamento igual para ambos os sexos, em relação a qualquer tipo de actividade, particularmente na esfera universitária, a Universidade Politécnica criou, recentemente, o Núcleo de Género, cujas políticas serão aprovadas nos Conselhos Universitários, a realizarem-se em Outubro próximo.

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rata-se de um núcleo que vai incidir as suas actividades sobre três pontos principais, nomeadamente as questões de género, o assédio e a protecção às minorias. Para a directora das Bibliotecas da Universidade Politécnica, Sara Laísse, mais do que elaborar uma política sobre o género, a maior instituição privada de ensino superior, no País, pretende dar visibilidade à questão da equidade do género a vários níveis da universidade e fazê-la constar dos processos do acesso dos alunos à universidade, da selecção dos colaboradores e da atribuição de cargos de responsabilidade. “Enquanto a política não é aprovada, nós pretendemos sair do papel e começar a desenvolver actividades que

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possam dar uma perspectiva sobre onde nós queremos chegar, que é garantir que se tenha em consideração a questão da equidade do género, o assédio e a protecção das minorias, nos processos universitários”, referiu Sara Laísse. Com efeito, o núcleo já está a auscultar a sociedade, para se inteirar das acções desenvolvidas por outras organizações com o intuíto de acres-

centar valor àquilo que tem sido realizado em relação à equidade de género, evitando repetições. Neste sentido, o Núcleo de Género da Universidade Politécnica promoveu, na quarta-feira, 21 de Agosto, em Maputo, uma palestra subordinada ao tema “Mulher e Desenvolvimento: És Capaz de Transformar o Mundo­­­?”. A palestra foi proferida por Sónia Catingue, da Academia

'Girl Move', uma organização que trabalha com jovens raparigas moçambicanas, cujo objectivo é contribuir para a criação de uma nova geração de mulheres, com potencial de liderança para transformar o mundo usando o seu talento. “Isto funciona através de um modelo de mentoria racional, em que temos jovens licenciadas, denominadas girl movers, que dão apoio a um grupo de três universitárias, constituindo uma equipa que faz mentoria a um grupo de trinta adolescentes em fase de transição do ensino primário para o secundário, passando-lhes a mensagem da importância de continuar na escola”, explicou Sónia Catingue. Trata-se, conforme realçou, de incutir nos menores, a importância da educação para o seu futuro, com vista a quebrar o ciclo de pobreza de algumas famílias de uma forma programada, para que tenham uma perspectiva de um mundo diferente, uma vez que são capazes de fazer mais do que elas acreditam.


DESPORTO

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XIX Conselho Coordenador

MJD avalia desempenho quinquenal do sector Sob o lema "Jovens e Desportistas Unidos em Prol do Progresso de Moçambique, o Ministério da Juventude e Desportos está em avaliação, desde ontem 22 de Agosto, das actividades do quinquénio prestes a findar (2015-2019), bem como a planificação das actividades para o próximo quinquénio.

o MJD, Plano Económico e Social 2020 e a audição do ponto de situação de infra-estruturas desportivas sob alçada do MJD, e situação legal das Federações Nacionais. Importa frisar que, ainda neste segundo dia, será apresentado e socializado o Pacote de Descentralização ao Conselho Coordenador do ministério

Do relatório do quinquénio que finda, apesar das adversidades, o balanço é positivo, com níveis de execussão animadores em actividades ora planeadas. Para hoje, estão reservadas actividades como análise das linhas gerais da Proposta do Plano Quinquenal 2020-2024 para

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DESPORTO

A ter lugar a 31 de Agosto

Mais de 1.000 participantes já aderiram à Corrida Azul

A Corrida Azul é a primeira e única, em Moçambique, cujo registo de participantes é efectuado através de um aplicativo para telemóveis, já disponível no Play Store e Apple Store.

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rata-se de uma inovação tecnológica que visa facilitar e flexibilizar o processo de inscrição de participantes nacionais e estran-

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geiros na meia-maratona, promovida pelo Standard Bank, com os patamares organizacionais das corridas realizadas noutros cantos do mundo. Através desta tecnologia, mais de 1.000 pessoas já se inscreveram, para participar na terceira edição da Corrida Azul que se realiza, no dia 31 de Agosto, em Maputo, para celebrar os 125 anos do Standard Bank, que se assinalam a 20 de Agosto. Mais do que celebrar os 125 anos do Standard Bank, a Corrida Azul tem como objectivo ajudar a promover o atletismo nacional, despoletando talentos que possam representar Moçambique em

competições internacionais. Trata-se, igualmente, de uma acção de responsabilidade social corporativa, que visa incentivar as pessoas a abandonarem o sedentarismo e adoptarem hábitos de vida saudáveis, razão pela qual a corrida contempla, também, a componente de caminhada e ginástica aeróbica. Pela primeira vez, esta edição da Corrida Azul terá um percurso de meia-maratona, 21 quilómetros para atletas profissionais/federados. Os populares terão, também, um desafio maior, pois farão um percurso de 15 quilómetros, contra os 13 do ano passado. Importa salientar que a prova compreenderá as ca-

tegorias de federados, populares, veteranos e portadores de deficiência. A Corrida Azul do Standard Bank teve início em 2014, quando o banco celebrou 120 anos de sua implantação em Moçambique. Constituiu uma experiência única e bastante surpreendente pois, contra todas as expectativas, teve participação de atletas estrangeiros, tanto na categoria de masculinos como de femininos. No ano passado, ultrapassou, uma vez mais, a expectativa ao registar uma participação recorde de perto de mil pessoas numa prova realizada em condições climatéricas adversas


CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Bolo de Maracujá a moda da Milou Ingredientes:

6 gemas 6 claras batidas em castelo 2 chávenas de açúcar 1 Chávena de sumo ou polpa de maracujá 1 Chávena de óleo vegetal 2 ½ Chávenas de farinha de trigo 2 Colherinhas de chá bem cheias de fermento para bolos

Calda:

1 ½ Chávena de sumo ou polpa de maracujá com sementes 1 chávena de açúcar

Preparação Numa batedeira, bate-se o açúcar e as gemas até ficar cremoso. Acrescenta-se o óleo e bate-se mais um pouco. Depois junta-se a polpa, mistura-se bem com a batedeira e, por fim, a farinha misturada com o fermento. Com uma espátula, envolva as claras batidas em castelo. Unte uma forma a gosto como pretender (manteiga e polvilhada com farinha, apenas manteiga ou óleo, ou mesmo água e deixe escorrer um pouco.) Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus, durante cerca de 40 minutos. Entretanto, prepare a calda levando os ingredientes ao lume até que forme uma calda. Desenforme o bolo e barre com esta, imediatamente, com o bolo ainda quente

Bolo de iogurte Ingredientes: 4 bifes de frango cortados em tiras com largura de 1,5cm 1 colher de sopa de massa de alho com sal Sumo de 1 limão Pimenta branca em pó q.b. Farinha de trigo q.b. Pão ralado q.b. Óleo para fritar q.b. 2 ovos batidos

pó, e o sumo de limão. Deixase marinar por pelo menos uma hora. Aquece-se o o óleo. Enquanto isso, junte a farinha ao pao ralado, passe os bifes por ovo e depois pela mistura de farinha com pão ralado e frite em óleo quente até alourar. Sirva de imediato acompanhado de batatas fritas, arroz a gosto e salada verde a gosto

Preparação

Temperam-se os bifes com a massa de alho, a pimenta em edição 84 / IMPERDÍVEL


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Sexta-feira, 30 de Agosto de 2019

IMPERDÍVEL / edição 84

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