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Economia

Economia

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Tomás Matola destaca Importância da Banca

Operadores de transporte público devem saber atrair particulares

Desporto Pag. 22

Fundação Sidat apoia os Mambas

REVISTA

IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°82

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 82 Sexta - feira, 02 de Agosto 2019 Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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INÍCIO DE UMA NOVA PÁGINA Pag. 20

ro v li a ç n la l u a P Leandro ireito D o d ia g lo io c o sobre S


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Meio ambiente vira marketing!

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m tempos criou-se uma consciência de que o Homem deve preservar o meio em que vive para garantir o seu futuro e de seus descendentes. Houve até alguns avanços nas acções de preservação e de sustentabilidade, em que se procurou cuidar dos espaços verdes e não

só. Muitas cidades chegaram a apresentar ambientes agradáveis e aprazíveis. Hoje, a realidade é bem diferente, porque deixaram-se dominar por imundície de quase toda a espécie, assistindo-se a uma degradação acentuada de infra-estruturas, com agravante de a população manifestar muita falta de civilização. O grande problema é que se faz necessário um novo ajuste na consciência ambiental e nos últimos tempos falar em preservação FICHA TÉCNICA é praticamente uma unanimidade de discurso. Porém, muito pouSexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo, Júlio Saul e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Fotografia Salvador Sigaúque Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

Web master Paulino Maineque Marketing Maria Dlamini e Samuel Sambo Endereço

Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C

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co do que se fala é levado para à prática, o que é lamentável. Em termos práticos, Meio ambiente virou marketing e/ou Peça de propaganda. E como ninguém quer assumir a sua responsabilidade, a nível político e social, os principais problemas ambientes do país vão se acumulando, incidindo cada vez mais sobre Poluição Atmosférica; Poluição marinha (águas do mar, águas interiores-lagos, rios, lagoas); Desflorestamento; Erosão dos solos e Costeira; Desordenamento territorial; Deficiente gestão de resíduos sólidos urbanos; Destruição da Fauna Bravia e Subida do nível das águas do mar. Coabitamos sem disfarce com esta realidade, pondo permanentemente em risco a nossa sobrevivência. Como sair desse embrulhado problema que afecta à nossa saúde?

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c n a b s a n a d n Já a ve


BIOGRAFIA

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Biografia de Carlos Cardoso

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arlos Cardoso nasceu na Beira no ano de 1951. Estudou primeiro em Moçambique e depois a nível secundário e universitário na África do Sul, na universidade de Witwatersrand, onde foi expulso e deportado para Portugal pelas suas posições anti-apartheid. Após a independência de Moçambique, em 1975, ao contrário da família e da grande maioria dos elementos da comunidade branca, Cardoso resolve ficar e engaja-se profundamente nos ideais da Frelimo, revendo-se sobretudo nas posições do primeiro presidente Samora Machel. Em 1980, é nomeado editor da AIM (Agência de Informação de Moçambique). Anos depois, torna-se conselheiro de imprensa de Samora Machel e prevê que algo de muito grave está para se passar com o presidente, sendo um dos que desaconselha a viagem do presidente para a viagem fatídica, em Outubro de 1986. A morte de Samora marca-o profundamente e inicia nesta altura

o seu afastamento em relação à Frelimo. Em 1989, desencantado, abandona o jornalismo e dedica-se à pintura. Porém, em 1993, está de volta à escrita, estando na origem da criação da Mediacoop, uma cooperativa independente de jornalistas que lança os jornais Mediafax e, pouco tempo depois, o Savana. Por divergências com outros jornalistas, abandona a Mediacoop e funda, em 1997, o ‘Metical’, diário electrónico versado sobre temas económicos. Aqui, os seus editoriais começam a incomodar as altas esferas do poder com constantes denúncias de casos de corrupção. À data do seu assassinato, (22 de Novembro de 2000) investigava o maior escândalo financeiro do país desde a independência: o desvio de uma soma aproximada a 14 milhões de USD do Banco Comercial de Moçambique (BCM), entretanto extinto. Nos seus artigos, tinha citado Momade Abdul Satar, conhecido por Nini Satar, e do falecido Vicente Ramaya, dois homens de negócios muito influentes em Moçambique

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POLÍTICA

Início de uma nova página

Presidente da República diz que acordo definitivo é início de uma nova página. Filipe Nyusi, que falava após a assinatura do acordo definitivo da cessação de hostilidades, em Gorongosa, disse que o país está a viver uma nova fase, de esperança.

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yusi diz que a vontade de viver em paz é que permitiu que se chegasse a esta fase de assinatura do acordo definitivo de cessação de hostilidades.

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O Chefe de Estado diz que o dia 01 de Agosto ficará marcado na história como a data em que os moçambicanos disseram basta aos conflitos militares. O Presidente da República diz que o acordo mostra que a marcha rumo à paz efectiva é irreversível. “O acto que acabamos de assinalar mostra o nosso compromisso com a paz definitiva e duradoura”, disse Filipe Nyusi. No entender do Presidente da República, o dia de hoje representa o início da verdadeira reconstrução do país. Nyusi diz que o Conselho Nacional de Defesa e Segurança reuniu antes do acordo definitivo de cessação de hostilidades. “ Hoje, dia 01 de Agosto, nasceu uma nova criança”, disse Nyusi


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POLÍTICA

Governo ainda está negociar parte do financiamento para às eleições “Estamos a trabalhar. Se chegarmos a conclusão de que conseguimos ter um financiador, seria justificável submeter um orçamento rectificativo, caso contrário, vamos ter que encolher de algum lado na despesa” explicou o ministro, apontando o caminho para corte de algumas despesas. “Infelizmente, na despesa não há muito para apertar, tínhamos que sacrificar nalgum investimento que já é pouco, mas como as eleições são, também, um inves-

O governo continua à procura de financiamento para suprir o défice do orçamento para as eleições gerais deste ano, que, segundo dados iniciais, está avaliado em cerca de 50% das necessidades para o processo.

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uando faltam pouco menos de três meses para as eleições gerais, o governo ainda não garantiu o financiamento total do processo. Dados iniciais estimavam o custo total do processo eleitoral em 14.6 mil milhões de meticais necessários. Deste valor, o executivo tinha garantido 6.5 mil milhões de meticais, equivalente a 44 por cento, até o primeiro trimestre deste ano, e desde então, procurava apoio para os cerca de oito milhões de défice. O Ministro da Economia e Finanças, *Adriano Maleiane*, disse este domingo, que ainda não está garantido o financiamento do défice. “A Comissão Nacional de Eleições foi revisitar o orçamento. Diminuiu um pouco, mas ainda esta-

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mos a negociar parte do financiamento” explicou *Adriano Maleiane*, à saída de uma audição parlamentar na Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade. Enquanto vai batendo as portas de possíveis fi-

nanciadores, o governo mantém-se cauteloso e já trabalha com dois cenários distintos. Caso surja um financiamento externo, poderá pedir um orçamento rectificativo, caso contrário, o caminho é sacrificar alguns projectos.

timento na democratização, teremos que fazer” justificou. Recorde-se que as eleições gerais, que este ano terão como novo elemento, a eleição de governadores provinciais, estão agendadas para o dia 15 de Outubro


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ECONOMIA

No desenvolvimento do país

Tomás Matola destaca Importância da Banca O Presidente do Banco Nacional de Investimentos (BNI), Tomás Matola, defendeu que a banca é um meio relevante para financiar o desenvolvimento de uma nação. Falando recentemente em Maputo num seminário de reflexão sobre os desafios do sector industrial, Tomás Matola explicou que perante os desafios da industrialização o Conselho de Ministros aprovou, em Maio de 2016, a Política e Estratégia Industrial (2016-2025), que tem como missão promover o desenvolvimento industrial pela via da formulação e implementação de estratégias subsectoriais, regulamentação da actividade industrial, criação de quadro institucional e outras acções que contribuam para o crescimento e transformação qualitativa da economia.

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crescentou que no quadro dos esforços de busca de soluções para o financiamento à execução dessa política e estratégia, em Dezembro de 2018, o Ministério da Indústria e Comércio(MIC), a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e o BNI estabeleceram uma parceria visando a criação de um fundo de financiamento ao sector industrial nacional, que será gerido de forma sustentável através de um regulamento e um corpo de gestão multidisciplinar e

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transparente. Até à concretização do fundo e concessão dos recursos financeiros pelos investidores, segundo o PCA do BNI, decorrem trabalhos técnicos de estruturação e negociações especializadas entre o BNI e os potenciais investidores. Reiterou a disponibilidade, interesse e compromisso de o BNI agregar valor na materialização do objectivo e promete replicar a experiência deste fundo para outros sectores estratégicos da economia, com destaque para Oil and Gas, infraestruturas, habitação, entre outros


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ECONOMIA

Lioness Lean in Breakfast

700 mulheres já se emponderaram A iniciativa “Lioness Lean in Breakfast”, promovida pela Lionesses of Africa, em parceria com a Incubadora de Negócios do Standard Bank, a Embaixada do Reino dos Países Baixos e a Eni, com vista à partilha de experiências e criação de redes de contacto entre as participantes, já atingiu cerca de 700 mulheres empreendedoras e empresárias moçambicanas desde a sua primeira edição, realizada em Novembro de 2016.

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rata-se de um evento que visa, essencialmente, dar mais e maior visibilidade às empreendedoras moçambicanas, e, por via disso, alargar o seu acesso ao mercado e dar-lhes a oportunidade de criar redes de negócios no País, na região e, quiçá, no mundo. O “Lioness Lean in Breakfast” constitui uma das iniciativas concebidas pelo Standard Bank, através da sua Incubadora de Negócios, destinadas às mulheres empreendedoras e jovens aspirantes (e não só). Através delas, o banco espera contribuir para o fomento de um crescimento inclusivo, com a criação de bases para um ecossistema empresarial robusto, que valoriza a inovação, o conteúdo local e a ge-

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ração de postos de trabalho. Para o Standard Bank, a importância do “Lioness Lean in Breakfast” reside no facto de permitir que mulheres que tiveram a coragem e ousadia de empreender, e que hoje são referências, transmitam a sua experiência e as melhores práticas por si adoptadas para, desta maneira, inspirarem mais mulheres a realizar os seus sonhos através do empreendedorismo. “Através do Lioness Lean

in Breakfast, damos a oportunidade às mulheres para apresentarem os seus produtos e serviços, num ambiente de interacção, inspirador e que torna realidade os sonhos daquelas que acreditam em si mesmas e empreendem para explorar as enormes oportunidades de crescimento que existem no País”, explicou Ivone Matule, representante do Standard Bank, durante a abertura da nona edição do evento, que decorreu no dia 26 de Julho.

Por detrás da concepção desta iniciativa estiveram as estatísticas, que indicam que, apesar de as mulheres constituírem a maioria da população moçambicana, elas lideram somente 1% das 49.734 pequenas e médias empresas (PME) existentes no País. “A situação também não é diferente para as 100 maiores empresas. Portanto, ainda há muito por se fazer”, sentenciou a representante do Standard Bank. Por seu turno, a embaixadora da Lionesses of Africa para a África Austral, Hlubi Mboya, realçou a importância desta iniciativa, que aglutina mulheres de diversos extractos em prol de um objectivo nobre: o seu empoderamento. “Queremos que as mulheres tenham acesso aos mercados e a redes de negócio. Elas não podem fazer isso de forma isolada, daí a importância de trabalharmos em conjunto. Temos que caminhar juntas, por isso sentimo-nos privilegiadas por fazer parte desta iniciativa”. A nona edição desta ini-


ECONOMIA ciativa teve como oradoras Marta Mulungo (fundadora da ATOS, Lda, empresa moçambicana de consultoria na área de Recursos Humanos, e da MMCoaching, virada ao desenvolvimento pessoal), Annette Cassy (fundadora da Kidz Kare, centro médico infanto-juvenil) e Zina Tavares (directora-geral da Ilulu, empresa de gestão imobiliária). Mirza Jamal, gestora de uma plataforma digital de apoio às PME em matérias de marketing, é uma das participantes assíduas do “Lioness Lean in Breakfast” e considerou que o evento permitiu-lhe perceber que a jornada de todas as empreendedoras foi e sempre será feita de dificuldades, havendo, por isso, necessidade de se ser persistente. “Sempre saio com novas perspectivas e com as ener-

gias renovadas. Enfrentamos muitas dificuldades e, através deste evento, ganhamos ânimo porque conseguimos entender que não somos as únicas. Ficamos a saber o que as outras fizeram para ultrapassar os obstáculos até atingirem o patamar em que se encontram”, sublinhou. E porque o Standard Bank

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se preocupa com a próxima geração de empreendedoras moçambicanas, a Incubadora de Negócios acolheu, também, o “Young Lionesses”, cujo objectivo é inspirar e encorajar jovens estudantes universitárias a abraçarem o empreendedorismo. A sessão teve como oradoras Yara Ribeiro (directora exe-

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cutiva do Volare Restaurante), Mara Cancune (representante da CharbanúRH, consultoria e capacitação em recursos humanos) e Cheila Abasse (fundadora e directora-geral da RH Resolve, gestão e solução em recursos humanos). Na sua interacção com as participantes, Mara Cancune, uma jovem de 22 anos de idade, apontou o medo como um dos principais obstáculos dos (aspirantes a) empreendedores, no geral, tendo apelado às presentes a confiarem mais em si mesmas. “Não é a falta de dinheiro ou de outro tipo de recursos. É o medo de não dar certo, de não conseguir clientes ou de não ganhar concursos. É uma barreira frequente na jornada dos empreendedores, e há que vencê-la”

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ECONOMIA

Internet Banking

Empresas já podem ter acesso ao novo NetPlus O Standard Bank lançou, recentemente, em Maputo, um novo serviço de Internet Banking, NetPlus, para empresas, numa iniciativa que visa proporcionar uma experiência cada vez melhor e cimentar a sua posição de banco digital de referência em Moçambique.

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concepção da nova plataforma atende às tendênciais actuais do avanço tecnológico, na perspectiva da satisfação crescente das necessidades dos clientes, facilitando a realização dos seus negócios. O director de Canais de Distribuição do Standard Bank, Arsénio Jorge, referiu, a propósito, que a grande novidade que caracteriza a nova plataforma de Internet Banking é a uniformização da experiência do cliente, independentemente do canal que estiver a utilizar. “O que define esta plataforma é a sua simplicidade na utilização, bem como o seu menu simples, que per-

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mitem uma navegação sem problemas, no que respeita à usuabilidade”, frisou Arsénio Jorge. A capacidade de os clientes corporativos poderem gerir os seus utilizadores, sem terem que se deslocar ao banco, constitui, igualmente, uma das grandes novidades que o novo NetPlus oferece. Em relação a este aspecto, o director de Canais de Distribuição explicou tratarse de acomodar uma das preocupações dos clientes, uma vez que, sob o ponto de vista de pagamentos, nas empresas existe um

grupo de utilizadores que tem a responsabilidade de criar transacções e operações que são depois aprovadas pelos gestores. “Daí que introduzimos esta inovação para permitir que os nossos clientes possam fazer a gestão dos utilizadores de forma independente, sem terem que ir ao banco, preencher formulários, entre outros aspectos”, enfatizou. Num outro desenvolvimento, Arsénio Jorge referiu-se aos pagamentos em massa, cuja base foi estendida de mil linhas, na anterior plataforma, para cinco

mil, no actual serviço. Acresce-se a estas vantagens, a funcionalidade que permite aos clientes interagirem com os seus gestores bancários para colocar questões ou dar instruções a partir da própria plataforma. “Recomendamos aos nossos clientes para procederem à actualização da plataforma, para poderem perceber melhor sobre as novidades que trazemos no novo NetPlus, concebido com o objectivo de acrescentar cada vez mais valor na nossa interação com os clientes”, concluiu


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BCI e ISCAM fortalecem laços Foi formalizado, quarta-feira, 31 de Julho, o protocolo de cooperação entre o BCI e o Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique (ISCAM), que visa reforçar a parceria entre as duas instituições, e que formaliza o lançamento oficial do Cartão Estudante Universitário (EU).

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alando na ocasião, o administrador do BCI, Mukhtar Abdulcarimo disse “não ter dúvidas do acerto que esta parceria pode e, certamente, vai produzir”. E rematou: “contem com o BCI como parceiro na viabi-

lização dos vossos projectos de actividade corrente. Terão também o nosso apoio para a concretização de planos de investimento, assegurando a nossa inteira disponibilidade para análise dos melhores cenários que possam conduzir ao crescimento e reforço do Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique”. Já para o director-geral do IS-

CAM, Alfeu Vilanculos, esta parceria permitiu à instituição que dirige dar um salto qualitativo no domínio da inovação, ajudando a colmatar uma dificuldade que era até então enfrentada, na emissão de cartões para os corpos docente, discente e técnico administrativo Refira-se que o ISCAM é uma instituição de ensino superior privada criada em 2005, e cuja

missão é formar científica, técnica e culturalmente ao nível superior nos domínios da contabilidade, auditoria e administração; desenvolver o ensino e a investigação, procurando fazer a conjugação perfeita dos recursos existentes, de modo a promover, a competência funcional do indivíduo, quer como profissional, quer como cidadão

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ECONOMIA

Operadores de transporte público devem saber atrair particulares O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, exortou aos operadores de transporte público de passageiros da área metropolitana de Maputo a exercerem a actividade, com maior rigor e responsabilidade, com vista a atrair mais passageiros, com destaque para os que ainda preferem usar as viaturas particulares para deslocações regulares.

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ste apelo resulta do facto de existirem autocarros recém-adquiridos pelo Governo, no âmbito do “Plano 1000”, a circularem com vidros partidos ou com falta de alguns componentes, tais como grelhas, guarda-lama, para-choque, entre outros. Para o ministro, que falava esta quarta-feira, 31 de Julho, na cerimónia de abertura da primeira reunião geral com os operadores de transporte público de passageiros da área metropolitana de Maputo, é inadmissível que esta situação prevaleça, pois transmite a ideia de que “o anormal passou a ser normal”: “O normal é ter uma viatura limpa, devidamente assistida, com todos os órgãos e componentes no seu lugar e em condições”. Para ultrapassar esta situação, Carlos Mesquita sugere que os operadores se dediquem, efectivamente, à actividade, participando cada vez mais no dia-a-dia das cooperativas: “Os gestores

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das cooperativas devem, uma vez à outra, entrar nos autocarros como passageiros para entender as preocupações e anseios dos mesmos, que querem ser bem transportados e corrigir o que for necessário”. Num outro desenvolvimento, o governante explicou que, ao manter os autocarros em condições e prestar um bom serviço, os operadores vão poder atrair mais passageiros, mas para tal é necessário criar uma estrutura funcional. “Não devem confundir receita com lucro. É necessário dimensionar os recursos humanos, fazer uma gestão eficiente e pensar em investimentos. Não devemos ter medo de crescer. Muitas vezes não imaginamos, mas é possível crescer”, disse o ministro. Na ocasião, Carlos Mesquita reiterou que o Governo pretende ver o sector privado a tomar conta do sector do transporte de passageiros, pois “vai ser uma vergonha, se este projecto falhar,

e acredito que isso não vai acontecer”. Em resposta a estes apelos, o presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), Castigo Nhamane, disse ser necessário tornar a actividade rentável para os operadores. Segundo o presidente da FEMATRO, é urgente acomodar alguns aspectos, tais como aliviar a sobrecarga que os operadores estão a suportar, criar condições para que as lojas pratiquem preços bonificados (para a aquisição, por exemplo, de pneus, baterias e peças sobressalentes), assim como assegurar que as oficinas sejam idóneas, responsáveis e comprometidas com o projecto de melhoria do transporte de passageiros. “A FEMATRO e as cooperativas desejam criar uma robustez financeira para que amanhã tenhamos capacidade de renovar as nossas frotas, através dos nossos próprios rendimentos, e não voltemos a pedir que o Governo

adquira mais meios”, sublinhou Castigo Nhamane. Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência Metropolitana de Transporte de Maputo (AMT), António Matos, anunciou para Agosto o lançamento do aplicativo “Txapita”, que vai permitir ao passageiro saber a localização do seu autocarro, assim como a previsão da sua chegada à paragem, entre outras vantagens. “Neste momento, estamos a montar dispositivos de rastreio nos autocarros. O aplicativo tem duas versões, uma para os passageiros e outra para os operadores. Os passageiros estão preocupados com o horário e os operadores com os autocarros”, sublinhou António Matos. Importa realçar que a área metropolitana de Maputo conta, actualmente, com 74 rotas e mais de 400 autocarros operacionais, que garantem o transporte de mais de 400 mil passageiros por dia


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Associação de Juízes e Câmara do Comércio estabelecem parceria organizações. “Para a CCM ficou sempre claro que sem usar as ferramentas que tem na arena internacional, para poder exercer o seu papel, não estaria em melhores condições para responder aos seus associados, sem estabelecer esta parceria que não só vai dar assistência jurídica para as nossas empresas, mas também vai-nos trazer uma grande visibilidade na nossa actuação na esfera interna-

A Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) e a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) estabeleceram, na terça-feira, 30 de Julho, em Maputo, uma aliança estratégica que vai permitir solucionar os problemas de formação dos magistrados judiciais, com especial enfoque na área da indústria extractiva. A parceria, materializada através de um memorando de entendimento assinado pelos presidentes da AMJ e da CCM, respectivamente Carlos Mondlane e Julião Dimande, prevê ainda a busca de soluções inovadoras conjuntas para a garantia da sustentabilidade das duas organizações. Na ocasião, Carlos Mondlane referiu que a AMJ está preocupada com a sedimentação do Estado de Direito e o reforço da cidadania, no País, e para tal é preciso que os juízes sejam cada vez melhor formados e capacitados tecnicamente: “Muitas vezes, o grande óbice que se encontra para que a formação dos juízes seja plena, tem a ver com limitações financeiras, porque a formação é cara”, frisou. É altura, conforme destacou Carlos Mondlane, de a

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associação dos juízes começar a pensar em identificar mecanismos próprios para a sua sustentabilidade. Na sua opinião, nenhum parceiro melhor do que a Câmara do Comércio para indicar a AMJ esses mecanismos, que uma vez usados vão permitir que a AMJ funcione na sua plenitude como acontece com as suas congéneres de outros países, como Portugal e Brasil. “Nós acreditamos que, através desta parceria, nos vamos capacitar institucio-

nalmente e sobretudo vamos ter bases sólidas para materializarmos todas as nossas acções. Este entendimento é de um significado muito expressivo para nós, porque nos vai permitir responder à demanda política, económica e social a que muitas vezes o juiz se encontra e que não pode dar uma pronta resposta, devido às limitações financeiras”, afirmou. Para Julião Dimande, a parceria representa um passo importante na concretização das projecções de ambas as

cional”, indicou Julião Dimande. A CCM está integrada na Câmara Internacional e, neste âmbito, as empresas associadas estão igualmente internacionalizadas, sendo nesta plataforma onde buscam as grandes oportunidades para o seu crescimento, formação e capacitação. “Pensamos que a AMJ também vai encontrar um espaço fértil para que possamos trabalhar em conjunto”, concluiu


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CULTURA

Universidade Politécnica exalta a Dança Tradicional A Universidade Politécnica promoveu, na sexta-feira 26 de Julho, em Maputo, a “Festa da Dança Tradicional”, uma exaltação da cultura moçambicana, organizada pela Unidade de Extensão Universitária (UEU).

O

evento, que envolveu mais de 50 jovens artistas, em representação de vários grupos da dança tradicional, tinha como objectivo a colecta de material escolar a ser doado aos alunos da Escola Primária Completa (EPC) 25 de Junho- Rua 7. Esta actividade insere-se no âmbito da parceria Público Privada, assinada pelo Instituto Superior Politécnico Lda. e o Conselho Municipal da Cidade de Maputo para a gestão de cinco Escolas Primárias do Município de Maputo, e contribuiu igualmente para o resgate da identidade cultural. Segundo Mateus Simbine, director adjunto da UEU, a iniciativa enquadra-se no contexto da preservação da cultura moçambicana contemplando para além da dança, outras modalidades artísticas tais como: artes plásticas, pintura, desenho, leitura, entre outras, que

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constam do plano de actividades a serem desenvolvidas no presente ano lectivo. “Nós pretendemos expandir a dança tradicional para todas unidades orgânicas da Universidade Politécnica e resgatar a cultura nacional, através da manifestação diversificada da dança tradicional. Hoje, o Chigubo, Zore, Kway, entre outras manifestações, foram as danças com maior destaque”, referiu o Director Adjunto da

UEU. Por sua vez, Gerquina Segredo, coordenadora do evento, disse que a iniciativa, tem por objectivo promover intercâmbio cultural entre os vários grupos da cidade e província de Maputo, e constitui uma oportunidade para exibirem o melhor de si em termos de manifestações culturais. “ Aqui pudemos ver danças como Chigubo, Nganda, Kway, entre outras. É gratifi-

cante assistir a esta exaltação da cultura moçambicana. Queremos um verdadeiro intercâmbio e um resgate permanente da nossa cultura”, disse Gerquina Segredo. Eufórica, esteve Rosa Mafumo, dançarina do grupo Lwandle, disse após ter exibido dois números, nomeadamente a dança Zore, da província de Inhambane e Kway, de Maputo, que foi graças ao trabalho em grupo que conseguiram esta proeza, arrancando os aplausos da plateia. “O nosso grupo trabalhou bastante e espero que a Universidade Politécnica abra mais portas para outros grupos de dança e que a iniciativa se alastre para outros pontos do país”, frisou Rosa Mafumo. Importa referir que o evento denominado “Festa da Dança tradicional” tem uma periodicidade anual e é aberto a todos os grupos culturais interessados


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CULTURA

Leandro Paul lança livro sobre Sociologia do Direito

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m novo livro sobre Sociologia do Direito e Pluralismo Jurídico Moçambicano foi lançado na quinta-feira, 1 de Agosto, pelo jornalista e jurista Leandro Paul. Trata-se de uma obra que, nas palavras do sociólogo João Feijó que prefacia o livro, é "direcionada para o ensino de jovens estudantes do ensino superior, revelando preocupação pedagógica, de adaptação às realidades de ensino locais, com uma linguagem clara, promovendo espaços para anotações e estimulando a auto-reflexão do estudante". Resultando de uma considerável pesquisa bibliográfica, o livro, impresso com o apoio da Gráfica Académica, constitui um "bom ensaio de um assistente universitário, preocupado em sistematizar as ferramentas de apoio ao ensino dos seus estudantes. Identificando áreas do saber não exploradas ao nível das publicações, pesquisando e construindo recursos técnico-pedagógicos adaptados, Leandro Paul revela uma interessante visão estratégica,

No Auditório do BCI Inst

assim como um carácter inovador e empreendedor, constituindo por isso um exemplo para muitos docentes universitários em Moçambique", prefacia aquele sociólogo moçambicano. Leandro Paul, natural da cidade da Beira, 58 anos, jornalista, tem-se dedicado à docência, desde que se licenciou, com distinção em Ciências Jurídicas, na Universidade Politécnica, em Maputo. É, actualmente, mestrando em Direito Empresarial, no Instituto Superior Monitor (ISM), em Maputo. Tem dado aulas sobre História do Direito e Sociologia do Direito na Universidade Politécnica, para além de Relações Públicas (sua área profissional), no Instituto Superior de Comunicação e Imagem de Moçambique (ISCIM). Publicou, anteriormente, os livros “A Comunicação Empresarial em Moçambique” (2016); o “Direito da Publicidade em Moçambique-Anotado e Comentado” (2017) e “Noções sobre História do Direito Clássico e Moçambicano” (2018)

King Nuvunga expõe “Mamanas e o pão na mesa”

Tem lugar esta sexta-feira, dia 2 de Agosto, no Auditório do BCI, em Maputo, a abertura da exposição de pintura ‘Mamanas e o pão na mesa’, da autoria do artista plástico moçambicano King Nuvunga. A mostra é composta por 20 obras, predominando o acrílico sobre tela e as técnicas mistas. Nascido na década de setenta, em Maputo, João Paulo Carlos Nuvunga formou-se artisticamente na Escola de Artes Visuais, e em Planificação, Administração e Gestão da Escola, na Universidade Pedagógica. Desde o início da década de 90, Nuvunga participou em várias exposições colectivas, dentro e fora do país, destacando-se as realizadas no Núcleo de Arte, no Museu de Arte, no Centro Franco Moçambicano e em Portugal. Esta é a segunda vez que expõe no BCI. Refira-se que a exposição, com entrada livre, poderá ser vista até ao dia 12 de Agosto

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DESPORTO

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Primeiro Ministro nos treinos dos Mambas

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DESPORTO

Fundação Sidat apoia os Mambas

Com o propósito de incentivar a selecção nacional de futebol, na busca de resultados positivos e que orgulhem o País, a Fundação Sidat oferece um prémio colectivo no valor de 200 mil meticais aos “Mambas”, em caso de passagem para a eliminatória seguinte.

E

sta declaração de intenção foi conjuntamente feita em conferência de imprensa havida na manhã desta quinta-feira, 01 de Agosto, na sede da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), por Faizal Sidat, representante da fundação e Namoto Chipande, vice-presidente do organismo reitor do futebol nacional. Conforme referiu Faizal Sidat, muito acima do valor monetário, a Fundação Sidat, como entidade de moçambicanos amantes do desporto, pretende que este incentivo galvanize os atletas da selecção para que, no próximo domingo, contra Madagáscar, orgulhem o País vencendo e passando para a outra fase. Adiante, Sidat referenciou que trabalha, por outro lado, na busca de outros

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outros parceiros para que o sigam o exemplo dado pela sua fundação, sempre com o propósito de incentivar os “Mambas” para a vitória, mormente aumentando

o valor da premiação a que têm direito. Namoto Chipande, vice -presidente da FMF, agradeceu o gesto da Fundação Sidat, assumindo que tal é um

excelente contributo para o sucesso dos “Mambas”. De referir que este apoio da Fundação Sidat enquadra-se no seu pilar de apoio ao desporto moçambicano


CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Bacalhau a Zé do Pipo a Milou Ingredientes: 4 postas de lombo de bacalhau 2 cebolas grandes Farinha de trigo qb 3 dentes grandes de alho Azeite qb para fritar 1 frasco de 200 grs de maionese Pimenta branca qb 750 grs de puré de batata

Preparação

Depois do bacalhau demolhado e escorrido, passe os lombos em farinha e frite em azeite até alourar um pouco. Disponha num refractário e reserve. No azeite, aloure ligeiramente as cebolas cortadas as rodelas, os alhos laminados e junte o louro. Misture pimenta para melhorar o sabor e rectifique o sal. Deite por cima dos lombos. Passe bastante maionese por cima do preparado, espalhando bem. A volta, decore com puré de batata e leve ao forno até alourar. Sirva com salada a gosto

Bolo de iogurte Ingredientes 5 ovos (separar as claras) 1 copo de iogurte, de óleo 1 copo de iogurte, com sabor a gosto 4 copos do iogurte de açúcar 4 copos do iogurte, de farinha de trigo 1 copo do iogurte, de leite fresco 50grs de coco ralado 2 colherinhas de chá de fermento em pó

Modo de preparar Bata as gemas com o açúcar até ficar cremoso. Junte o leite, a farinha e o óleo. Vá batendo e depois junte o coco e o iogurte. E por fim, envolva as claras que reservou, já feitas em castelo. Despeje a mesma numa forma untada e leve ao forno pré aquecido 175°C por tempo suficiente para cozer e alourar Bom proveito!

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