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Economia

Sociedade

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Daniel Chapo junta crianças para celebrar seu aniversário

Aumenta fluxo turístico na Reserva de Maputo

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A força do Desportivo está nos adeptos

REVISTA

IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°74

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 74 Terça - feira, 08 de Janeiro 2019 Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

PRODUZIR SEMENTES PARA FAZER FACE AO DÉFICE

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BIOGRAFIA

Biografia de Cláudio Ismael

láudio Aidil Mauro Ismael, natural de Nampula, nascido a 21 de Abril de 1992, é um cantor e compositor moçambicano de Kizomba, Zouk e R&B. A paixão pela música surge das imitações que o cantor sempre gostou de fazer, mas mesmo assim, admite ter começado a cantar por acidente. Começou a cantar em 2005, na altura menor de idade, sempre com o apoio de seus pais. Seu reconhecimento nasce de um reality-show de talentos no qual participou em 2010 na cidade de Maputo, onde persistiu até a última gala mas acabou por ficar na quinta posição. Retornando a sua cidade natal deu continuidade aos estudos e a música, tocando quase diariamente em casas de pastos. Motivado pelo músico Zico da Silva, decidiu investir seriamente na sua carreira musical retornando mais uma vez a cidade de Maputo para dar prosseguimento aos seus projectos artísticos com o auxílio do amigo e também pro-

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dutor Mito. Em 2012 lançou o tema Promessas de Amor”feito inicialmente no estilo bossa-nova, um dos preferenciais do artista. Em 2013 lançou as músicas “Quero ser teu papi” e “A Tua Escolha, ambas muito aclamadas pelo público, catapultando a sua carreira a níveis internacionais. O videoclip de “A Tua Escolha” foi filmado em terras lusas, local

onde também se baseia a editora do cantor. Cláudio Ismael foi o vencedor nas categorias Melhor Música Afro-Tropical, “Melhor Música R&B e Soul” e “Artista Mais Popular” no BCI MMA 2014 (“In-mma.co.mz)


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EDITORIAL

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Músicos & Televisões! Gervásio de Jesus

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(Jornalista e Psicólogo Educacional)

m Índico transbordando imoralidades e levando Moçambique a bater fundo. Fiquei arrepiado com aquilo que me foi dado a ver na TV, na noite do dia de passagem de ano. Cheguei, infelizmente, a triste conclusão: muitos dos músicos moçambicanos da nova geração não cantam nada patavina (mensagens pobres) e muito menos sabem explorar o palco e o tempo de antena, que lhes é (gratuitamente) oferecido. Talvez estejam talhados para promover promiscuidade e indecência. Um verdadeiro cocktail de atentado ao pudor. Estão a estragar a pouca sociedade civilizada, educada, disciplinada e obediente,

influenciando-lhe à prática de comportamentos desregrados. Foi um conteúdo medíocre! Cabe aos gestores das televisões avaliarem com rigor o tipo de conteúdos que devem ser oferecidos aos telespectadores que pagam as respectivas taxas de radiodifusão. É preciso ter sempre presente que os órgãos de informação desempenham no exercício da sua função o papel de informar e formar o cidadão. Conteúdos nocivos e deprimentes nunca deveriam passar nas nossas televisões, principalmente numa altura em que a palavra de ordem é recuperar os valores morais

FICHA TÉCNICA Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo, Júlio Saul e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Fotografia Salvador Sigaúque Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

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Web master Paulino Maineque Marketing Maria Dlamini e Samuel Sambo Endereço

Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

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OPINIÃO

Favor acompanhe esta SUPER notícia ao limite e saiba o motivo! Por: Carlos Sousa *

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s baterias são hoje uma das maiores dores de cabeça com que os construtores automóveis têm de lidar, porque sem elas não há automóveis eléctricos e, sem estes, as multas por excesso de emissões de CO2 estão praticamente garantidas, devido às cada vez mais apertadas normas anti-poluição. Daí que grande parte dos esforços dos fabricantes (e fornecedores) se concentre, actualmente, em encontrar um “remédio” para acabar com esta dor de cabeça. O que significa, basicamente, encontrar uma fórmula que permita fazer baterias mais baratas, mais leves, mais duradouras, mais eficientes e ambientalmente menos prejudiciais, quando tiver terminado o seu ciclo de vida. Se essa é a meta, o caminho para lá chegar está longe de ser apenas um. Pelo menos, é isso que somos levados a crer quando as investigações neste campo se multiplicam. Às actuais baterias de iões de lítio juntam-se as promessas do grafeno, dos electrólitos vítreos das baterias sólidas. Enfim, parece que há baterias para todos os gostos, mas as melhores e mais eficientes não estão ainda disponíveis. Quem liberalizou e obrigou os construtores auto e avançarem com os eléctricos ? os senhores armados em espertos da UE e de Bruxelas! Agora é a vez de a Honda abrir o jogo quanto àquilo que está a preparar. A marca nipónica está a trabalhar numa futura geração de baterias que troca os iões de lítio por iões de flúor, o que não é propriamente uma novidade, mas já lá vamos. A investigação em causa está a ser levada a cabo em conjunto com cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) e do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA e já conduziu a resultados promissores, conforme um artigo publicado na revista Science. A pesquisa permitiu apurar que a alteração química protagonizada pelos fluoretos resultará numa bateria que pode armazenar 10 vezes mais energia do que as de iões de lítio. E o melhor é que as vantagens não ficam por aqui. Contudo, antes do mais, há que sublinhar que as baterias de iões de fluoreto não são uma tec-

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nologia nova. Sucede que nunca foram consideradas uma solução viável porque, até agora, os iões de flúor só conseguiam fluir através do electrólito sólido se o sistema operasse a uma temperatura a rondar os 150°. O que agora muda é, precisamente, esse requisito, pois os investigadores dizem ter criado um novo electrólito que permite que o sistema funcione adequadamente sem implicar uma temperatura específica. Como? À temperatura ambiente, o novo electrólito de flúor líquido e um cátodo que combina novas nanoestruturas feitas de cobre, lantânio e flúor (trifluoreto de lantânio-cobre) trabalham juntos para fazer a função da célula.

Detalhe do novo electrólito líquido As vantagens, como acima referimos, são mais que muitas. Em primeiro lugar, a eficiência. As actuais células de iões de lítio oferecem uma densidade de 0,25 kWh/kg, embora as mais modernas tenham uma densidade de 1,2 kWh/ kg, trabalhando com electrólitos sólidos. Ora, segundo os investigadores, a nova química permite multiplicar até 10 vezes a densidade – qualquer coisa como 12 kWh/kg, o que os cientistas descrevem como “um valor próximo da densidade de energia do querosene e não muito pior do que a gasolina”. Para se ter uma ideia mais concreta da revolução que ‘isto’ pode trazer, a Honda antecipa que bastam entre sete e 10 kg de células de iões fluoretos para garantir uma autonomia de 500 km, por oposição aos cerca de 600 kg de acumuladores necessários com as actuais baterias de ióes de lítio. Ou seja, baterias com esta tecnologia serão estupidamente mais leves. Dito de outro modo: um carro eléctrico equipado com esta nova tecnologia pode ir muito mais longe com um pack de baterias do mesmo tamanho das que agora se usam ou percorrer a mesma distância com um pack de baterias muito mais pequeno (e leve). Para cúmulo, a aplicação desta nova fórmula permitiria reduzir drasticamente a dependência

do cobalto e do lítio, dois materiais que, além de terem reservas limitadas, são caros. Resta agora aguardar pela segunda fase deste projecto, tão importante quanto a primeira, pois os japoneses querem agora ter garantias no que toca à longevidade e segurança, garantindo que esta nova tecnologia aceita até mil ciclos de carga e descarga – manifestamente pouco, quando comparado com o que as actuais baterias de lítio já garantem – e que, por outro lado, a energia armazenada no acumulador não vai ser libertada de imediato em caso de colisão.

Ou seja, minimizando o risco de explosão e de incêndio. A produção será a derradeira etapa se, até lá, o desenvolvimento continuar a ser tão promissor quanto os resultados a que conduziu até agora. Assim muito desejamos todos e também para terminar o PESADELO na RDC com o sacrifício e exploração de meninos menores a morrerem todas as semanas nas minas da RDC a sustentarem osgulosos do negocio dos carrinhos eléctricos na zona Euro, escondendo a verdade ao mundo e continuando a enganar-nos de que o carrinho eléctrico menos polui -- sendo na verdade,... FALSO ! Todos os senhores do clube de fantoches de Bruxelas e negócios sujos na UE sabem disso , mas ninguém mexeu um milímetro a travar essa exploração de menores constatada na RDC para o sustento das baterias de lítio ao negocio ENGANADOR mas promissor dos Europeus, .....ate que os Japoneses encontram agora uma alternativa muitíssimo superior! Ave Japoneses ! subscrevo,... carlos sousa. (medite e informe-se tecnicamente muito bem antes de comentar a tentar defender outras teorias que foram editadas e muito propagandiadas a favor do carro eléctrico, mas pouco a pouco, se comprovam terem sido desajustadas no tempo e portanto devemos admiti-las como, falsas, obg. )


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OPINIÃO

É momento de parar!

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inceramente falando, temos de parar! O consumo de álcool no nosso país é um problema de saúde pública e temos de pôr a mão na consciência. Todos os dias acidentes de viação causados por pessoas conduzindo em estado de embriaguez. Todos os dias violência doméstica, tendo um(a) “bêbado (a)” envolvido. E tudo piora quando já não há “serviço” porque o álcool danificou veias! As nossas praias viraram cemitérios de garrafas e latas vazias de bebida de todo o tipo. Uma situação que é exacerbada pelo nosso baixo nível de civismo- ofende, desculpa, mas

Por: Fátima Mimbire * é verdade (não adianta andar de um carro de luxo com motor 3.0, todo terreno ou sport, vestir roupa de grife e da colecção mais cara, frequentar os salões mais badalados, se não sabe depositar o lixo no devido lugar, oh!. Temos de parar! Estamos a ficar embriagados demais. Distraídos demais com o álcool que esquecemos coisas importantes. Se não conseguimos dizer basta, nós próprios, que aplique aquele decreto que proíbe a venda e consumo de álcool na via pública. Não Concordo e nunca concordei com

a venda e consumo de álcool na via pública. Aplique-se a lei. Não há voto que pague vidas perdidas e que poderiam ser salvas. Vão dizer: mas há quem vive disso. Tudo bem, há solução. Os vendedores de álcool podem organizar-se em associação e fazer bares (que sugiro que o Município idealize um modelo) de baixo custo e que responde a todos níveis sociais. Quem sabe nos livramos de vez das barracas! Quem for apanhado a consumir álcool na via pública e/ou apanhado embriagado na rua,

que seja punido exemplarmente desobediência. Eu não hesitaria em tomar tal medida. Odiar-me-iam por momentos, mas ser-me-iam eternamente gratos. Porque com este tipo de medidas se salva uma geração que está a apodrecer por dentro e protege-se uma que está a entrar neste caminho. Hoje, meninos de 12 anos já estão nas barracas e na rua a consumir bebidas alcoólicas. Uma grosseira violação à lei- de tão embriagados, nem vê isso É momento de parar!

Vale a pena ser honesto!

Preocupa-nos que os nossos estudantes entrem para universidade com fraco desempenho académico. Pois eu acho mais preocupante ainda que os nossos jovens cresçam sem referências morais. Estamos empenhados em assuntos como o empreendedorismo como se todos os nossos filhos estivessem destinados a serem empresários. Ocupamos em cursos de liderança como se a próxima geração fosse toda destinada a criar

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Por: Mia Couto* * políticos e líderes. Não vejo muito interesse em preparar os nossos filhos em serem simplesmente boas pessoas, bons cidadãos do seu país, bons cidadãos do mundo. Escrevi uma vez que a maior desgraça de um país pobre é que, em vez de produzir riqueza, vai produzindo ricos. Poderia hoje acrescentar que outro problema das nações pobres é que, em vez de produzirem conhecimento, produzem douto-

res (até eu agora já fui promovido…). Em vez de promover pesquisa, emitem diplomas. Outra desgraça de uma nação pobre é o modelo único de sucesso que vende às novas gerações. E esse modelo está bem patente nos vídeo-clips que passam na nossa televisão: um jovem rico e de maus modos, rodeado de carros de luxo e de meninas fáceis, um jovem que pensa que é americano, um jovem que odeia os

pobres porque eles lhes fazem lembrar a sua própria origem. É preciso remar contra toda essa corrente. É preciso mostrar que vale a pena ser honesto. É preciso criar histórias em que o vencedor não é o mais poderoso. História em que quem foi escolhido não foi o mais arrogante, mas o mais tolerante, aquele que mais escuta os outros.”


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Ecos da Semana

Esta foto foi tirada no rio Zambeze, província de Tete, em Moçambique. Ela é considerada uma das melhores do mudo

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POLÍTICA

MANUEL CHANG “O SEU APOCALIPSE” Novas informações, novas ilações! Depois de detido na República da África do Sul por crimes que ofendem a justiça norte-americana, conforme a acusação que já se tornou pública, Manuel Chang, ex-Ministro das Finanças de Moçambique, está à porta de ser extraditado para os Estados Unidos da América, para que o mesmo responda aos mesmos crimes, perante o juiz William Kuntz II.

I Por: Elísio de Sousa O QUE SE ESPERA NO DIA DE AMANHÃ? Ficou marcado para amanhã a nova audição de Manuel Chang, perante o Tribunal de Pretória, a audição para a verificação dos pressupostos legais de extradição para os EUA, atendendo ao que se mostra disposto em toda legislação atinente à matéria, incluindo os tratados e acordos internacionais. Nesta audiência, caberá ao Tribunal de Pretória averiguar, essencialmente o seguinte: A) POR PARTE DO TRIBUNAL Identificação (nacionalidade e capacidade judiciária) do arguido; Análise minuciosa do despacho de acusação emitido pelo juiz americano; Análise da Legislação sobre a extradição; Análise dos acordos regionais de Extradição; Confirmação do Estado Americano (CIA, FBI, INTERPOL) sobre a premência e actualidade da necessidade de Extradição do visado; Possibilidade ou não da Concessão da Extradição; Análise da argumentação (defesa) feita pelos advogados de Manuel Chang; B)POR PARTE

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DE MANUEL CHANG Exposição escrita dos fundamentos (meramente técnicos) contra a Extradição; Exposição de pedido de liberdade provisória por caução à favor do Tribunal de Pretória (RSA). C) DECISÃO PROVÁVEL Atendendo aos dados que já se tornaram públicos, infere-se o seguinte: Manuel Chang não tem cidadania sul-africana, pelo que não se encontra protegido pelo princípio universal da proibição de extradição de nacionais; Os crimes de que Manuel Chang é acusado não se encontram previstos nos crimes proibidos de extradição (crimes militares, políticos e religiosos) A captura de Manuel Chang ocorreu fora do seu solo pátrio; Os crimes de que o mesmo vem acusado, são de cariz transaccional, pelo que compete aos Estados afectados perseguir, independentemente da inércia investigativa dos países da nacionalidade do visado; Os processos de Moçambique e dos Estados Unidos são incomunicáveis, podendo, em alguns casos, por via da ope-

ração internacional judiciária, se verificar a troca de informações processuais e investigativas; Os EUA, apesar de ter uma legislação mais punitiva para os mesmos factos, no caso em concreto, aos mesmos crimes não são aplicáveis penas de morte, prisão perpétua e não está previsto o uso da tortura para o caso em concreto; Processualmente, nos EUA, é aplicável a delação premiada, o que representa uma vantagem significativa se tiver que se comparar com a legislação moçambicana e a sul-africana. Os pressupostos acima expostos me fazem concluir que MANUEL CHANG deverá ser Extraditado para os Estados Unidos da América. D) FUTURO DE MANUEL CHANG NA JUSTIÇA AMERICANA É facto assente na experiência comum que pelos valores monetários avançados pela acusação, não seria possível que apenas um cérebro concebesse tamanha engenharia delituosa. Prova disso é que há mais pessoas acusadas no mesmo processo de

diferentes origens e que algumas delas foram detidas em diferentes locais (facto este de domínio público). Por via da famosa delação premiada, poderá Manuel Chang, ser muito útil na investigação dos co-participantes da mega fraude e conspiração de que o mesmo vem acusado, podendo revelar à justiça americana, factos de tal modo intrínsecos de que nem os mecanismos mais sofisticados da tecnologia investigativa da CIA, pôde lá chegar. Isto é, nem todas informações ou comandos são escritos ou verbalizados. Nenhuma tecnologia conseguirá decifrar os planos guardados nas zonas mais remotas do cérebro humano, o que faz com que a pessoa física de Manuel Chang ainda seja importante para desvendar alguns mistérios que nem a KROLL com toda teimosia investigativa, conseguiu. É mesmo nesse ponto que Manuel Chang poderá se socorrer para ganhar o bónus da delação e somar alguns pontos na justiça americana. Não nos esqueçamos que a justiça americana é flexivelmente permeável à acordos judiciários. Mas uma coisa é certa: Para que Chang consiga beneficiar de


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POLÍTICA qualquer acordo, precisará ele de dar informações válidas, credíveis e importantes das quais os americanos ainda não saibam. Manuel Chang dever-se-á mostrar importante para os investigadores, se quiser escapar ou, pelo menos, diminuir a pena de 45 anos que lhe espera, se condenado pelos americanos, o que ao que parece, pela idade que o mesmo ostenta hoje, equivaleria, certamente, à uma pena perpétua. E) FUTURO DE MANUEL CHANG NA JUSTIÇA MOÇAMBICANA É de domínio público que Manuel Chang é uma das figuras citadas no famoso processo n.º 1/2015/PGR, relativo as “dívidasjá-não-ocultas”. Depois da demonstração de forças dos americanos, a nossa PGR não mais conseguirá segurar a onda de contenção do mesmo processo no seu ping-pong com o Tribunal Administrativo e terá mesmo que seguir em frente, nem que para isso tenha de pedir emprestado o USB-Drive contendo à acusação americana e fazer um copy/past daquela acusação, e acrescentando alguns nomezinhos mais. A PGR não sairá honrosa desta história se deixar que os americanos façam o trabalho que por si deveria ser feito e pelo qual justificam os exorbitantes salários. Assim sendo, espera-se que nas próximas semanas a PGR venha a público anunciar a boa nova sobre as investigações que tem estado à fazer após a recepção do relatório da KROLL. F) MANUEL CHANG ENTRE A ESPADA E A PAREDE Se há uma situação mais complicada de todas neste momento, é a de Manuel Chang. Isto não se verifica apenas pelo facto de estar à beira de aterrar algemado no Aeroporto JFK, mas pelo facto de, no caso do mesmo, por qualquer milagre escapar à Extradição, o mesmo terá de acertar as contas em Moçambique. Não necessariamente pelo moribundo processo 1/2015/PGR, porque sobre o mesmo já nos pronunciamos acima. Nos parece que, toda

dignidade que o mesmo ostentava até ontem, desabou. Mesmo com todo dinheiro que terá acumulado pelo tempo em que o acumulou, não será tão cedo que o mesmo terá oportunidade de reerguer a sua dignidade. A sua figura representa a vergonha de Moçambique para os olhos do cidadão comum, algo que nem uma fastosa reforma poderá comprar. Neste caso chamamos ESPADA a sua situação criminal nos Estados Unidos, que como sabemos por jurisprudência dos interesses, nunca se cansam de perseguir quem atropela os seus interesses, nem que seja para proceder buscas em sepulturas. Escapando, Chang viverá como um exilado, com a cabeça sob prémio e correndo o risco de ser alvo de uma das famosas operações da CIA, designada por “Extraordinary Rendition to Black Site for Prosecution” que é uma das mais bizarras formas de Extradição. Por outro lado, a PAREDE seria exactamente a possibilidade do mesmo ser perseguido pelos próprios criadores, neste caso, pelos comparticipantes ou co-arguidos do caso em que o mesmo se encontra envolvido, como forma de silenciá-lo de futuras revelações e implicações.

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Governo enaltece papel de Rogério Manuel O governo exaltou na passada quarta-feira, o papel do empresário e antigo Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Rogério Manuel, no desenvolvimento do sector privado nacional.

G) PEDIDO DE PROTECÇÃO DE TESTEMUNHAS Em Moçambique existe uma lei que trata da proteção de testemunhas, declarantes e outras pessoas. No entanto, trata-se de uma lei nova e de pouca ou mesmo nenhuma aplicabilidade entre nós. Contrariamente, nos Estados Unidos esta lei é de uma eficácia extrema, em que até se chega à ponto de se poder submeter uma pessoa à cirurgias plásticas para que se protejam pessoas que contribuem grandemente para a justiça, arriscando as suas vidas. Contudo, esses casos só se aplicam aos “peixes” que descobrem (de retirar cobro) os “tubarões”. No caso concreto, resta à mim e provavelmente aos 28 milhões de moçambicanos, saber se o cidadão Manuel Chang é apenas um peixe ou o próprio tubarão

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egundo o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, Rogério Manuel foi um homem que dirigiu a Confederação das Associações Económicas de Moçambique, com empenho, mérito e dedicação. O Primeiro-Ministro falava, na cidade de Maputo, no velório de Rogério Manuel, que morreu no dia 29 de Dezembro de 2018, vítima de acidente de aviação.No velório, esteve também o Presidente da República, Filipe Nyusi. Os restos mortais de Rogério Manuel foram a enterrar no dia 3 de Janeiro, em Mothasse, distrito de Magude, na província Maputo edição 74 / IMPERDÍVEL


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COMUNICADO (Extravio de Carimbo) A Federação Moçambicana de Turismo e Hotelaria (FEMOTUR), com sede na Avenida 24 de Julho, nº7321, na cidade de Maputo, vem informar ao mercado em geral, para os devidos fins, que sofreu um assalto, no dia 25 de Dezembro corrente, aos seus escritórios, resultando no extravio, entre vários bens, do CARIMBO em uso na instituição. Assim sendo, a FEMOTUR alerta ao público e demais interessados para que não aceitem expedientes tramitados, posteriormente (a data do assalto), em seu nome. Maputo, 26 de Dezembro 2018 Direcção Executiva

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ECONOMIA

MELHORIA DO ACESSO

Aumenta fluxo turístico na Reserva de Maputo Embora ainda seja prematuro falar de números, os indicadores não param de mostrar sinais satisfatórios no que tange a aderência de turistas nacionais e estrangeiros a Reserva Especial de Maputo. O repovoamento da reserva e a abertura da estrada KaTembe - Ponta D’ouro são alguns factores que contribuem para o aumento de fluxo.

I Por: Mustafá Leonardo

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Reserva Especial de Maputo está localizada no extremo sul da província de Maputo e é uma das referências na zonal sul do país que, para além de ser porta de entrada, através da fronteira da Ponta D’ouro tem resposta para o que mais é procurado pelos turistas na transição do ano, com destaque para diversidade faunística para à prática do turismo de safari, sem esquecer a praia da ponta d’ouro cuja natureza fez questão de esculpir junto a uma paisagem montanhosa. Estes encantos serviram para aumentar a cada ano o número de turistas que visitam o local, sobretudo os provenientes da vizinha África do Sul e da cidade de Maputo. Aliás, o administrador da Reserva, Miguel Gonçalves, avançou que este ano os números são a dobrar, graças a abertura da estrada que tornou a reserva e a praia mais acessíveis. O repovoamento da reserva é, sem dúvidas, outro factor a considerar na matriz do turismo, porque bem se sabe que parte dos turistas são atraídos pelo apetite de ver animais selvagens, num contexto em que a área tem como animais de bandeira, os elefantes, girafas, bois cavalos, falcoeiros, zebras, hipopótamos, curdos. Segundo Gonçalves, à luz do programa de repovoamento,

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este ano foram introduzidos 40 búfalos, impalas e inhalas, totalizando cerca de 4200 animais de espécies diferentes desde 2010. Condutores ameaçam vida selvagem O administrador da Reserva esclareceu que na falta de estrada, a reserva era, essencialmente, visitada por turistas estrangeiros vindos da África do Sul, mas, com entrada em funcionamento da ponte Maputo-KaTembe e a respectiva estrada Katembe-Ponta D’ouro, tem-se observado um aumento de turistas nacionais. O desafio eclode pelo facto de parte da estrada, atravessar a reserva, o que impõe a tomada de medidas de segurança para

não ameaçar a vida da fauna bravia. Nesta senda, no troço que atravessa a reserva, foi estabelecido um limite de velocidade de 50 km/h, mas há, segundo o responsável, condutores que não respeitam este limite, em resultado muitos atropelamentos a animais foram registados nos últimos dias. “Inicialmente sofreu uma gi-

rafa que, felizmente, sobreviveu com a pronta intervenção do nosso veterinário, depois morreu uma zebra, duas impalas, uma jiboia, cágados e vários outros animais por atropelamento”, explicou. Por seu turno, a reserva marinha de Ponta D’ouro está fora dessas ameaças, considerando que a fauna marinha está concentrada em zonas pouco acessíveis, expcetuando as tartarugas que nesta época desaguam na costa. Entretanto, Miguel Gonçalves alerta sobre um dos perigos que ameaça a fauna marinha, a poluição. Segundo o administrador, este desafio “emana do aumento do número de visitantes, uma vez que continuamos a observar que as pessoas vão à praia e deixam latas, garrafas e plásticos, o que constitui um risco muito grande, porque quando vem a maré, este mesmo lixo é transportado para o alto mar e provoca danos”, explicou a finalizar


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ECONOMIA

Produzir sementes para fazer face ao défice -Manuel Amane, Coordenador do Programa de Investigação de Leguminosas de Grão no IIAM Garantir a nutrição, combater a fome e a desnutrição crónica no país constitui preocupação de muitas instituições do Estado e privadas que de há algum tempo a está parte têm procurado mecanismo para reduzir os índices da desnutrição que, neste momento, se situa nos 43% nas crianças de 0-5 anos de idade em Moçambique.

I Texto: Júlio Saul

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ste fenómeno vem causando problemas sérios no desenvolvimento físico e psíquico, principalmente desta camada social, por isso, várias pesquisas têm sido feitas no sentido de encontrar meios para estancar este problema. Aqui pretendemos destacar o papel do Grupo de Pesquisa de Leguminosas de Grão do Instituto de InvestigaçãoAgrária de Moçambique (IIAM), que tem procurado melhorar diversas variedades, neste caso em particular de leguminosas como, a soja, o amendoim, feijão vulgar (comumente chamado de manteiga), feijão nhemba e feijão bóer por se tratar de culturas com elevado teor nutricional. Este grupo, de acordo com Manuel Amane, o Investigador Principal e Coordenador do Programa de Investigação de Leguminosas de Grão no IIAM, tem igualmente o desafio e a missão de desenvolver variedades adaptadas as diferentes regiões agro -ecológicas de produção, preferidas pelos produtores e com aceitação no mercado e disponibilizar semente pré-básica, para a sua produção no país, visando fazer face ao défice que se verifica um pouco por todo o país e municiar os produtores com técnicas agrícolas para aumentar a produção e a produtividade destas variedades para garantir a se-

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gurança alimentar e nutricional. Para além disso, o outro objectivo é que estas culturas sejam de rendimento para abastecer o mercado interno e externo. Por exemplo, Amane, citando dados de inquérito realizado em 2015, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que no caso de amendoim a produção é de cerca de 175mil toneladas por ano, feijão bóer, 110mil, vulgar, 114mil e a soja, 35/40 toneladas por ano. “Estes produtos têm um mercado vasto, mas o feijão bóer, em particular, que é principalmen-

te consumido na região centro e norte de Moçambique, tem como principal mercado, a Índia, disse.

Rendimentos Ainda de acordo com os dados

estatísticos nacionais, para o feijão vulgar foi explorada uma área de 241,250.00 hectares (ha), com um rendimento de cerca de 472.49kg, nhemba, 807,310.00 e rendimento de 162.12kg, boer com 292,360.00ha e um rendimento de 377.02ha. O amendoim foi explorado numa área de 940,810.00ha e teve o rendimento de 185.70kg/ ha e por fim a soja, numa área de 44,550.00ha, uma produção de cerca de 24,576.70kg e obtiveram um rendimento de 551.67kg/ha.

Limitações da produção Dentre vários constrangimentos que limitam a produção de diferentes leguminosas de grão, de acordo com dados fornecidos pelo nosso interlocutor, os principais vão para o uso de variedades com baixo potencial genético, fraca disponibilidade de sementes de boa qualidade, baixa fertilidade dos solos, irregularidade das chuvas, fraco maneio das culturas (maneio de


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pragas, doenças, maneio dos solos e da sua fertilidade), falta de mercado estruturado, falta de crédito agrário e mau estado das vias de acesso para as zonas de produção.

Regiões de produção das Leguminosas de Grão As leguminosas de grão são grandemente produzidas nas zonas centro e norte com destaque para as províncias de Cabo delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Manica. Na região sul do país destacam as províncias de Inhambane e Gaza. A cultura de amendoim, por exemplo, é mais produzida em Nampula e Cabo Delgado, no norte, Tete e Zambézia, no centro, e Gaza e Inhambane, no sul de Moçambique. O feijão boer é predominante nas províncias do centro, nomeadamente Tete, Zambézia, Manica e Sofala. Nhemba é produzido em Cabo Delgado e Nampula, no norte, Zambézia, no centro, e Gaza e Inhambane, no sul. O feijão vulgar é altamente produzido em Niassa-Planalto de Lichinga, Tete-Planalto de Angónia, Zambézia e Manica e, por fim, a soja, tipicamente produzido nas regiões de Zambézia, Tete, Niassa, Sofala e Nampula

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Terça-feira, 08 de Janeiro de 2019

ECONOMIA

Hoje é um dia particularmente especial para mim, MEU aniversário!

Todos os dias sinto que a gratidão faz parte da minha vida, mas especialmente hoje, 6 de Janeiro de 2019, dia do meu aniversário, quero agradecer a Deus pela maravilhosa oportunidade que é viver, e por todas as outras bênçãos que recebo diariamente. Agradeço, sobretudo, porque ao longo do último ano Deus me presenteou com um ano incrível, com oportunidades maravilhosas de servir Moçambique, liderando o sector empresarial nacional. Agradeço pelas pessoas especiais ao meu lado, desde a família, os amigos, o trabalho e a confederação a que tenho o grato prazer de servir. Com a ajuda de todos vós, neste último ano, alcancei muitos objectivos e aprendi lições que irei guardar por toda a vida. Só posso agradecer a Deus por tudo! Nesta oportunidade, quero renovar o meu compromisso de tudo fazer para trazer alegrias e realizações com impacto nas vidas das pessoas com quem tenho a grata honra de compartilhar os mesmos sonhos, aspirações e objectivos, no serviço ao sector privado nacional e em prol da melhoria do ambiente de negócios em Moçambique. 2019 vai ser um ano difícil, EU sei!

Um ano em que as projecções para os primeiros

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três (3) meses apontam para desafios decorrentes do abrandamento do fluxo de entrada de reservas internacionais, uma tendência motivada pelo receio ainda existente nos investidores externos em injectar recursos por conta da situação económica

do país e pela pressão sobre a nossa moeda nacional, o que vai afectar o desempenho das nossas empresas. Entretanto, as recentes medidas anunciadas pela Presidente da Autoridade Tributária, sobre o perdão de multas, juros e taxas sobre as dívidas fiscais, a par do início do pagamento das dívidas do Estado para com as empresas, são sinais positivos que, ao longo do nosso desempenho, iremos incentivar as empresas a capitalizar para a sua recuperação económica. Com o apoio de todos os nossos parceiros, confrades e colaboradores, iremos prosseguir com acções que encorajem o governo a adoptar medidas mais cautelosas para a estabilidade cambial e das taxas de juros da política monetária, para evitar pressões sobre a moeda nacional e permitir o acesso a financiamento a taxas competitivas e que beneficiem as empresas. Renovando a minha gratidão a Deus, deixo uma palavra amiga de reconhecimento a todos que têm influenciado a minha vida, de diversas formas, permitindo-me um crescimento e maturidade espiritual e social, bem como um desempenho que positivamente toca a vida de muitos a quem tenho o prazer de servir A todos sou eternamente grato pelo apoio e amizade. Deus acima de tudo! Khanimambo! A todos sou eternamente grato pelo apoio e amizade. Deus acima de tudo! Khanimambo! Agostinho Vuma Presidente da CTA


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SOCIEDADE

Daniel Chapo junta crianças para celebrar seu aniversário O Governador da província de Inhambane, Daniel Chapo, juntou este Domingo às crianças do infantário Provincial de Inhambane para juntos celebrar o seu aniversário natalício que se assinalou a 6 de Janeiro corrente.

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egundo Daniel Chapo, escolheu o infantário Provincial para passar o dia do seu aniversário porque tem maior afecto pelas crianças, daí que não poderia deixar que neste dia muito importante da sua vida passasse com aqueles petizes, proporcionando-lhes momentos de alegria. O governante, acompanhado por esposa, filhos e colegas de trabalho, para além de oferecer um almoço às crianças do infantário, ofereceu igualmente brindes constituídos por material escolar, brinquedos, material de higiene e

alimentos não perecíveis. As crianças, representadas por Zulmira Manuel, agradeceram o gesto do Governador da província e disseram que têm acompanhado pelos órgãos de informação a entrega do "titio Chapo" ao trabalho que tem levado a cabo rumo ao desenvolvimento da província. Segundo Zulmira Manuel, a título de exemplo é a ampliação e construção do muro de vedação do infantário Provincial que melhorou significativamente as condições de segurança das crianças que vivem neste estabelecimento

Juntos por Pemba Limpo e Saudável

S

ob lema Lixo Na Praia Não, gestores do maravilhoso município de Pemba, província de Cabo Delgado, lançaram mãos à obra. Foram no passado domingo à emblemática praia do Wimbe fazer limpeza, removendo o lixo que lá existência. Com meios de recolha locais, juntaram sinergias e avançaram para uma acção útil e ambientável. Juntos por Pemba Limpo e Saudável. É notável esta acção da equipa presidente por Tagir Carimo sobretudo depois das festas do Natal e de fim-de-ano

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ECONOMIA

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SOCIEDADE

Filhos de pensionistas recebem material escolar em Sofala 200 crianças, filhos de pensionistas da Segurança Social, residentes no distrito de Dondo, província de Sofala, receberam material escolar, no quadro do Programa da Acção Sanitária e Social do INSS.

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oferta proporcionada, recentemente, pela Delegação Provincial do INSS de Sofala, aos filhos de pensionistas de velhice, de invalidez e de sobrevivência, é constituída por pastas, cadernos, esferográficas, lápis, entre outros materiais escolares. O acto de entrega contou com a presença de membros do governo distrital e municipal de Dondo, com destaque para o secretário permanente do distrito, Carlos da Barca, do vereador municipal, Domingos História, em representação do presiden-

te do conselho municipal local, assim como do substituto do delegado provincial do INSS, Simão Joaquinho e de outros quadros da instituição. Foram ainda contemplados pela oferta, os filhos de pensionistas residentes em Mafambisse, um dos postos administrativos do distrito de Dondo. Na ocasião, o governo de distrito mostrou-se satisfeito pelo gesto do INSS, tendo apelado as crianças a conservarem da melhor forma o material recebido. O substituto do delegado provincial do INSS e chefe do Departamento de Seguro Social, Simão

Joaquinho, destacou as acções que a instituição têm vindo a realizar em apoio aos pensionis-

tas e seus familiares, no quadro do programa anual de Acção Sanitária e Social

Sector da saúde preparado para atender doenças de origem hídrica

A

Direcção da Saúde da Cidade de Maputo diz estar preparada para responder a qualquer situação de doenças diarreicas resultantes da presente época chuvosa. Para efeito foi activada a equipa multissectorial, composta pelos sectores da Saúde, INGC, Águas de Maputo, entre outras que trabalha a nível dos bairros disseminando mensagens de prevenção. Segundo a médica chefe da cidade de Maputo, Sheila Lobo de Castro, a cidade dispõe de oito serviços de urgência onde foram criados locais de trânsito no caso de eclosão da cólera para permitir um tratamento isolado da doença.

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Sheila Lobo de Castro disse estar disponível o estoque de medicamentos para fazer face a

época chuvosa até os próximos três meses. A fonte apela a população no

geral a tomar medidas de precaução face aos riscos que a época chuvosa traz a saúde


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SOCIEDADE

Prova de Vida dos Pensionistas decorre de 10 de Janeiro a 10 de Abril Terá lugar de 10 de Janeiro a 10 de Abril de 2019, em todo o País, a Prova Anual de Vida (PAV) dos pensionistas, ao abrigo do nº 1 do artigo 83 do Regulamento da Segurança Social Obrigatória, aprovado pelo Decreto nº 51/2017, de 9 de Outubro.

P

ara o efeito, brigadas técnicas do INSS estarão instaladas durante aquele período nos locais a serem previamente indicados nas cidades e nos distritos para o atendimento dos pensionistas. Para a realização da PAV, os titulares das pensões, designadamente os pensionistas de velhice, de invalidez e de sobrevivência, devem ser portadores do bilhete de identidade e do cartão de pensionista. Com este processo, estarão abrangidos, a nível nacional, mais de 70 mil

pensionistas. Os pensionistas que, em razão de seu estado de saúde estiverem incapacitados em se deslocar aos locais indicados, o INSS irá prestar atendimento domiciliário, devendo para o efeito informar o serviço do INSS mais próximo. A não realização da PAV, dentro do período indicado, implicará a suspensão do pagamento das pensões, pelo que o INSS exorta aos pensionistas para aderirem ao processo. Para este ano, o acto central do lançamento da PAV terá lugar

no dia 10 de Janeiro, na cidade da Matola, na província de Maputo e decorrerá em simultâneo com as outras províncias. De referir que, desde o ano

de 2018, a PAV dos pensionistas decorre de forma biométrica, no quadro da modernização e informatização dos serviços do INSS

Autoridade Tributária perdoa dívidas fiscais

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Autoridade Tributária de Moçambique decidiu perdoar multas, juros e taxas de execuções fiscais de empresas, que, no total, devem cerca de nove mil milhões de meticais. A Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Amélia Nakhare, disse que o perdão não será alargado à dívida líquida das empresas, que, se não for paga, dará lugar à execução fiscal.

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Amélia Nakhare referiu ainda que, a medida visa permitir às entidades devedoras um alívio nos seus encargos com o fisco e dar à Autoridade Tributária o alargamento da margem de arrecadação de receitas. A Presidente da Autoridade Tributária não especificou o montante do perdão da dívida, assegurando apenas que, no total, a instituição tem créditos acumulados de cerca de nove mil milhões de meticais


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DESPORTO

A força do Desportivo está nos adeptos - considera Feizal Sidat, empresário e sócio do clube Desportivo de Maputo foi desde sempre seu clube de eleição. É membro número 239 e faz parte da família alvinegra, desde a década 80 até os dias que correm.

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alámos de Feizal Sidat, figura incontornável no panorama desportivo nacional, mas que cabe bem num clube com dimensão como o Desportivo. No desporto há derrotas e vitórias não só em campo, mas também na liderança dos clubes, por isso Feizal entende que os momentos maus da gestão do clube serviram de lições para moldar dias melhores. Nesta linha de pensamento, encontra muitos motivos para elogiar a actual direcção mercê da transparência com que tem trabalhado. Segundo Feizal, o indicador plausível para classificar a força

do clube, reside na massa adepta. O que se confirma, atendendo ao argumento de que “mesmo com tantas dificuldades os adeptos do Desportivo não arredaram o pé”. Aliás, sobre adeptos o Desportivo é dos melhores posicionados no panorama nacional e, segundo Sidat, o amor pelo grupo é transmitido de geração em geração em geração. “O número de adeptos não para de crescer, porque é transmitido de geração em geração. Para aumentar estes números, pensamos em introduzir o cartão de sócio juvenil, sem custos, para angariar simpatizantes e adeptos mais jovens”, explicou. Estar preparados para Moçambola Para Feizal Sidat, o regresso do clube ao Moçambola é uma grande responsabilidade. Assim, insta para uma maior criatividade e qualidade para sua perma-

nência, para o efeito, manifestou a sua disponibilidade em incrementar sua participação para o investimento na formação dos atletas. “Temos que estar preparados, porque ascender ao Moçambola depois descer não é saudável. Ao estarmos no Moçambola os patrocinadores também vão-se aproximar. Espero que isto conti-

nue e prevaleça. Vamos investir no nosso clube e na formação para não voltarmos à divisão de honra”, explicou. Feizal Sidat é, para além de sócio, um dos conselheiros do actual presidente do clube e sente-se honrado por esta posição. “Isto me engrandece e faz-me cada vez mais parte da família alvi-negra”, concluiu

Ferroviário de Maputo abre “oficinas” com fortes ambições O Ferroviário de Maputo já está em actividade, preparando a nova temporada futebolística sob comando técnico de Daúde Razaque. A apresentação do técnico foi feita perante o olhar atento e curioso de 22 jogadores que nos próximos dias vão ser objectos de observação da nova equipa técnica. Daúde Razaque manifestou-se desejoso em conquistar todos os troféus das provas em que a sua equipa será chamada a intervir na presente temporada futebolística. Diz estar satisfeito com o plantel disponível, mas ainda aguarda pela chegada de mais jogadores. Contou que a direcção do clube pediu a conquista de títulos do Moçambola, Taça de Moçambique e uma participação

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condigna na Liga dos Campeões Africanos. O Presidente do Clube Ferroviário de Maputo, Sancho Quipiço, que presidiu a apresentação oficial da nova equipa técnica aos jogadores, mostrou-se confiante na materialização dos objectivos da nova época futebolística. Prometeu a contratação de alguns jogadores estrangeiros para o reforço do plantel


CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Salada de Bacalhau à Milou Ingredientes: 2 postas de lombo de bacalhau (dessalgado) 600 grs de batata (cozidas) 3 cenouras médias (cozidas) 1 cebola grande 3 ovos cozidos Azeitonas qb Azeite de oliva qb Pimenta branca qb Orégãos qb Salsa picada Gotas de limão qb

Preparação Coza o bacalhau. Depois de arrefecido, desfie e reserve. Na mesma água de cozedura do bacalhau, coza as batatas e as cenouras tendo em atenção que a cenoura cozerá antes da batata pelo que deve ser retirada, reservada enquanto a batata termina de cozer. Num tacho, deitei o azeite e refogue a cebola cortada a gosto. Junte o bacalhau, misture e junte a batata e a cenoura cortada a gosto. Tempere com os orégãos, junte a salsa, a pimenta branca, envolva tudo e desligue o lume. Deite umas gotas de limão e rectifique os temperos. Junte os ovos cortados a goste e decore. Sirva quente ou frio acompanhado de pão de alho

Sobremesa à Milou Ingredientes:

200 ml de natas 1 pacote de bolacha maria triturada 8 bolachas para decorar Mousse de chocolate caseira qb. ou poderá substituir pela instantânea

Preparação

Bata muito bem a nata até ficar firme. Se pretender, adoce. Considerando que a mousse já se encontra pronta, numa tigela, pinte ligeiramente o fundo com a nata numa camada finíssima. Polvilhe com a bolacha triturada e por cima coloque uma camada da mousse. Polvilhe com bolacha e faça outra camada com nata e o processo será assim até ao fim, sendo que a última camada deverá ser da mousse que por sua vez será polvilhada de bolacha. Decore a gosto e leve ao frio durante pelo menos duas horas. Sirva como sobremesa num belo dia de calor

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