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Política

Presidente da República na inauguração das novas instalações da TVM

REVISTA Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 126 Segunda - feira, 28 de Junho de 2021 Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz Maputo - Moçambique

Moçambique

PRECISA DE DEZ MIL Salim Valá NOVAS PMEs lança sétimo livro Pag. 20

Economia

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Mitsui já pode transferir sua participação para Vale

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Desporto

Academia MSC atrai crianças e jovens


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Segunda - feira, 28 de Junho de 2021

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Um apelo

Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique

Autoridade Reguladora das Comunicações


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Brevemente nas bancas

FICHA TÉCNICA REVISTA Onde Mora a Chama da Esperança

Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Júlio Saúl Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone claudio.nhacutone@gmail.com

Fotografia Salvador Sigaúque

Web master Paulino Maineque Marketing Erika de Jesus Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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OPINIÃO

Por: Carlos Sousa

Quando o Volante precisa de Atender o Telemóvel…

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onsideramos importante este ponto crítico, pois vai envolvendo dezenas de milhar de casos por dia, situações no género, em convívio nas ruas, avenidas, estradas, e outros acessos a lugares públicos e privados... Está a conduzir e o telemóvel recebe uma chamada, porém, trata-se exactamente daquela informação de serviço e urgente que já esperava, por isso, inevitavelmente tem de atender ou voltar a ligar, o quanto antes melhor. Suponha que essa cena instantânea ocorre num meio viário, em tudo semelhante à representação aqui simulada, conforme representa a figura a seguir,... Para esclarecer dúvidas, eis a questão que se deve colocar a Quem esteja capacitado para conduzir, envolvendo interesse a outros profissionais, seja qual for a actividade, cargo ou desempenho, pois um dia destes, estaremos certamente envolvidos numa situação comparável. Como e onde parar o carro, para tranquilamente fazer uso adequado da telefonia móvel, quando ao volante e sem comprometer a segurança em mobilidade, nem infringir as regras, procedimentos e a conduta legal. O condutor pode parar o veículo, junto daquela linha tracejada

amarela para atender a chamada? Sim, isso é permitido e seguro!? Não, essa manobra não é permitida, por comprometer outras disciplinas!

EXPLICAÇÃO Parar para fazer ou atender uma ligação telefónica, mesmo que leve apenas 30 segundos, é considerado estacionamento. Ao parar a viatura e se mantivermos o motor em funcionamento, essa condição e momento é considerada pelas regras, como se a viatura estivesse em trânsito! Do conhecimento geral que um Condutor não deve agir distraído, e portanto, não deve comunicar ao telefone enquanto está em trânsito. Por outro lado, não é permitido estacionar na faixa de rodagem junto a uma linha amarela interrompida. É no entanto permitido parar nesse local, por justo motivo de emergência ou por exemplo, para deixar alguém entrar ou sair. Também não é válido o recurso aos sinalizadores de 4 piscas, pois não se trata de uma ocorrência

admissível ou justificável como emergência. O recurso ao uso da telefonia móvel não é considerado uma situação de emergência, salvo quando a circunstância e a condição o exijam, o que não é o caso neste exemplo simulado, para facilitar o esclarecimento. O uso do smartphone em simultâneo com o acto da condução, não é apenas um risco para Quem guia, envolve imediatamente vários impactos, perturba o trânsito, e causa consequências de custos associados aos gastos por distracção, no combustível, dezenas de componentes do carro que passam a sofrer por submetidos a condições inadequadas e agravamento de emissões.

Espero que este apontamento sirva para minimizarmos os muitos e vários incidentes, mas sobretudo, evitarmos perdas, facilitando sensibilidades a cumprirmos com boas práticas de uso, partilha e convivência no trânsito rodoviário que a todos nos envolve... Pela mobilidade rodoviária mais disciplinada, as organizações, famílias e comunidades agradecem

Formação, Monitoria e Constatação. Adequado Uso, Manutenção de veículos, facilidades na gestão, logística e mobilidade mais segura para todos.


EDITORIAL

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Devolver confiança ao povo! Gervásio de Jesus Director Editorial

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oçambique é um paraíso coberto por encanto natural, terra fértil e de futuro inquestionável. As suas raízes são genuínas e muitas delas ainda virgens que levam qualquer cidadão seja ele nacional e/ou estrangeiro a sonhar com dias melhores. Moçambique esforça-se pela recuperação económica. Os actuais indicadores macroeconómicos são encorajadores, mas tudo se encalha na onda de chacina desenfreada, movida por rostos desconhecidos, na província de Cabo de Delgado, que concorrem para uma instabilidade com reflexos irreparáveis no tecido social e económico. A falta de segurança na zona centro do país é outro nó que estrangula a economia e o bem-estar social das pessoas. No continente africano e no mundo inteiro, Moçambique foi em tempos visto e reconhecido como um modelo democrático. Há dias o país celebrou mais um aniversário da sua Independência Nacional. Quarenta e Seis (46) anos depois, constata-se que o País avançou em algumas dimensões. Houve conquistas sociais, políticas e económicas. A democratização da educação é um facto indubitável, constituindo um verdadeiro marco dos moçambicanos. A título de exemplo, logo após a Independência o país tinha apenas uma instituição de ensino superior, mas actualmente conta com muitas universidades públicas e privadas, com mais de 100 mil matriculados. Dispõe de várias escolas de diferentes subsistemas de ensino (primário, secundário, técnico), mas que precisam, entretanto, de melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem contribuindo, consequentemente, para a redução da taxa de analfabetismo. Apesar disso, a pobreza e o desemprego continuam de mãos dadas, propiciando o êxodo populacional do campo para a cidade. O negócio

ambulatório constitui a fonte de sobrevivência da maioria dessa população, um negócio considerado nos dias de hoje como um dos pilares da economia nacional, uma vez que emprega entre 70 a 85 por cento dos 28 milhões de habitantes. A qualidade de vida ainda está longe de ser alcançada até por que mais de 50 por cento da população vive abaixo da linha de pobreza e, segundo o Banco Mundial, 90 por cento com menos de dois dólares por dia, situação que está a deteriorar-se devido a pandemia da Covid-19. Minha senhora, meus senhores, meus governantes e académicos, é chegada a hora de se inverter o quadro actual, havendo necessidade de se redescobrir fórmulas estratégicas para se aumentar a produção e esfera para a ocupação da força de trabalho. Se Moçambique já foi visto como um caso de sucesso em face do seu anterior desempenho macroeconómico, então impõe-se reduzir dificuldades para traduzir ganhos de riqueza em melhoria de bem-estar, sobretudo no atinente a qualidade dos serviços públicos. Precisamos de ser mais independentes, reinando em nós mais justiça social para a consolidação da cidadania. Não podemos continuar a ter crianças a morrerem de fome e de falta de atendimento nas unidades sanitárias. A falta de carteiras nas escolas, saneamento, habitação, segurança pública, transporte, salários dignos que nos permita no mínimo ter três refeições ao dia. Uma Nação totalmente independente deve saber valorizar os seus quadros, professores, médicos, jornalistas, economistas e, sobretudo, a pessoa humana. Somos uma Nação independente sim, como Estado soberano, mas somos um povo ainda sofrido, com essa pobreza assolando, corrupção, roubo, injustiça social e subserviência às grandes potências. Lutemos juntos para melhorar a vida. Independência ou Morte Venceremos!

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ECONOMIA

Passos para Admissão à cotação na Bolsa de Valores de Moçambique

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DECIDIR TER A EMPRESA COTADA NA BVM A empresa deve tomar esta decisão que deve ser formalmente registada em actas, deliberações ou resoluções dos órgãos sociais da empresa (entidade emitente), ou, quando for o caso, dos diplomas ou actos administrativos que, nos termos das disposições legais e estatuárias aplicáveis, aprovaram esta decisão.

REUNIR OS REQUISITOS DE ADMISSÃO Reúna os requisitos regulamentados, dentre os quais: ser uma sociedade anónima, ter o capital disperso, ter contas auditadas e publicadas. Veja todos os requisitos no Regulamento Nº1/ GPCABVM/2010, de 27 de Maio, no site da BVM.

PROCURAR UM INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO O processo de admissão à cotação é submetido à Bolsa através de um intermediário financeiro (Banco). A empresa deve procurar um intermediário financeiro que possa auxiliar a montar o processo de acordo com os objectivos da empresa e as regras estabelecidas.

REUNIR O PROCESSO DOCUMENTAL • • •

Acta de deliberação; Estatutos da empresa; Certidão do Registo Comercial;

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Relatórios e Contas; Lista dos accionistas; Prospecto de Admissão à Cotação.

REGISTAR A EMPRESA NA CVM A Central de Valores Mobiliários é uma entidade especializada no registo e gestão de valores mobiliários com vista a facilitar as transacções por parte dos investidores no mercado.

SUBMETER O PROCESSO À BVM Reunidos todos os requisitos, e todos os elementos do processo documental, solicite à BVM a admissão à cotação.

Janeiro/Fevereiro 2020

www.bvm.co.mz


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Perfil de

Maria da Assunção Coelho Leboeuf Abdula ou simplesmente São Abdulá é empresária moçambicana, com mais de 30 anos de experiência empresarial em diversas áreas e sectores de actividade. Ocupa actualmente a presidência da Federação de Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP (eleita no dia 29 de Junho de 2016), e tem vindo a ter um papel relevante na fortificação da organização. Além disso, é administradora executiva da Intelec Holdings (grupo empresarial que actua nos ramos de energia, publicidade, turismo, finanças, recursos minerais, telecomunicações, imobiliário e consultoria) e desempenha funções de vice-Presidente da Câmara de Comércio Moçambique – Portugal, presidente do Conselho de Administração da Visaqua S.A., directora geral da Electro Sul, Lda. Foi administradora Executiva da Intelec Lites entre 2002 e 2012. São Abdula é mãe de dois filhos e casada com o empresário Salimo Abdula, chairman da Intelec Holdings, participa activamente na defesa dos interesses da classe empresarial moçambicana, na promoção da melhoria de ambiente de negócios no país e além-fronteiras. Neste momento, São Abdula desempenha também as funções de Vice-Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), onde com a sua notável experiência procura dinamizar o empoderamento do sector empresarial feminino. A sua maior aposta é a criação de mais mulheres líderes que se interessam pelo empreendedorismo. Recentemente foi eleita pela revista Shappers African como uma das personalidades mais influentes de África Lusófona

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POLÍTICA

Saibam preservar este edifício - apelo do Presidente da República na inauguração das novas instalações da TVM O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, apelou aos gestores e colaboradores da Televisão de Moçambique (TVM) e da TMT para saberem conservar e rentabilizar o novo edifício ora inaugurado.

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m dia de festa pelos 46 anos da nossa Independência, demos mais um passo no contexto da migração da televisão analógica para digital. Inaugurámos novo edifício da Televisão de Moçambique (TVM) e o seu centro de televisão central digital, o qual acolhe ainda os serviços da TMT. São infraestruturas que

reflectem o nosso crescimento quantitativo e qualitativo na promoção de um dos maiores ganhos do povo moçambicano, o direito à informação. Exortamos a TVM a maximizar as vantagens comparativas e estabelecer parcerias com outros operadores do ramo para garantir a contínua oferta de serviços e produtos de qualidade e

de forma sustentável. Por sua vez, desafiamos a TMT a oferecer um sinal limpo de televisão, seguro e financeiramente acessível aos operadores e utentes. Também deve assegurar que nenhum moçambicano fique sem acesso ao sinal de televisão na altura do desligamento completo dos emissores analógicos, previsto para Dezembro”


POLÍTICA

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Cumprimos mais uma etapa - afirma Janfar Abdulai, Ministro dos Transportes e Comunicações O Ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulai, manifestou-se satisfeito com a inauguração do Centro de Televisão Central Digital de Maputo, afirmando que se cumpriu com mais uma etapa do processo que deverá encerrar em Dezembro próximo.

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nosso 25 de Junho, este ano, é uma ocasião de celebração dupla. Primeiro, pelo 46° aniversário do mais importante marco na história de Moçambique: a nossa in-

dependência. E igualmente porque como prometemos, hoje, Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique procedeu à inauguração do Centro de Televisão

Central Digital de Maputo, assinalando a conclusão, com sucesso, da digitalização da Televisão de Moçambique, no quadro da implementação do processo de migração da televisão analógica para a digital. Com a efectivação desta etapa, caminhamos irreversivelmente para a fase derradeira e crucial do cumprimento da orientação do Governo para a

conclusão, em Dezembro deste ano, do processo de migração da televisão analógica para a digital. À todas as entidades envolvidas neste importante processo de transformação do país, os nossos mais profundos agradecimentos”, disse o ministro Janfar Abdulai na sua intervenção durante a cerimónia de inauguração do Centro de Televisão Central Digital de Maputo


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ECONOMIA

Moçambique precisa de dez mil novas PMEs O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, desafiou o sector privado sobre a necessidade do aumento de Pequenas e Médias Empresas (PME) para o sector que dirige.

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oçambique irá precisar de 10 mil novas Pequenas e Médias Empresas (PME´s) para fazer a diferença (no sector agrícola) nos próximos 10 anos”, disse o governante, intervindo no 1º Fórum de Negócios da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), onde criticou os bancos comerciais da região no sentido de que “o sistema financeiro que deveria sustentar a nossa economia está alheio ao sector da agricultura”. Orador principal do painel sobre o agronegócio e cadeias de valor regionais, o ministro Correia afirmou que em Moçambique “não temos ainda sector privado na Agricultura”, não concordando, assim, “que tenhamos de esperar pelas forças do mercado até surgirem as PME´S, temos de conseguir identificar talentos, transferir conhecimento e dar acompanhamento pelo menos durante 5 anos”. De acordo com o titular da Agricultura, “está com-

provado que são estas as Pequenas e Médias Empresas agrícolas que, de certa forma, funcionam como gatilho da cadeia de valor, muito dificilmente iremos tirar alguém do conforto desta sala para ir até ao campo, mais fácil é encontrar uma rede de produção já instalada, que possa abastecer e fornecer alguns produtos nesta cadeia de valor”, e por isso lançou o repto “Moçambique irá precisar de 10 mil novas Pequenas e Médias Empresas para fazer a diferença (no sector agrícola) nos próximos 10 anos”. Celso Correia explicou a audiência de empresários nacionais e da região sobre que tipo de PME´s devem surgir para acabar com as importações de comida na SAD: “Nós, em Moçambique, chamamos a eles de PACE´s, um Pe-

queno Agricultor Comercial Emergente porque ainda não tem registo, não tem acesso a financiamento, não tem acesso a mercado, a estrada que liga a unidade dele ao mercado é deficitária, mas em torno dele tem mais de 200 pequenos produtores e ele tem a sua área de produção. Muito facilmente ele pode criar uma pequena unidade de negócio, e é o que nós estamos a tentar fazer”. A fonte explicou ainda que o número de 10 mil PME’s é porque “em média, cada uma empresa destas factura entre 100 mil a 1 milhões de USD (dólares) por ano, com 50 a 100 hectares, se nós conseguirmos 10 mil estamos a falar de um crescimento de cerca de 10 biliões de dólares e o numero de empregos que gera por unidade, cer-

ca de 2 a 3 por hectare, em termos de integração da agricultura familiar que é a matriz da nossa base produtiva, cada um deles pode de forma directa assistir 200 famílias, estamos a falar de 2 milhões no caso de Moçambique que passariam a beneficiar destas cadeias de valor”. Entretanto, Correia criticou os bancos comerciais da Região Austral de África, apontando que “ganhamos consciência que o sistema financeiro que deveria sustentar a nossa economia está alheio ao sector da agricultura, eu como ministro da Agricultura e ex-membro deste sistema financeiro não posso criticar muito, mas costumo dizer que o nosso sistema financeiro na região vive no futuro, mas no presente ainda está ausente daquilo que são


ECONOMIA

as grandes preocupações da maioria da população da região. Mas não é justo pôr esta responsabilidade só nos responsáveis pelo sector financeiro, ao olhamos para os indicadores, no caso de Moçambique só 0,6 por cento é que tem acesso ao crédito, na região não temos estatística apurada, mas os números não devem andar muito longe disso. Portanto, temos um sector financeiro orientado para o consumo, serviços e até para a industrialização com razões óbvias, mas a lógica de desenvolvimento, em par-

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ticular do sector agrário, deve ser profundamente reflectida”, demandou o ministro. Celso Correia reconheceu que não há soluções mágicas para aumentar o crédito a Agricultura, “enquanto o sector financeiro não sentir benefícios mas ao mesmo tempo obrigado para se começar a movimentar para o país real ou para a economia real que é agrícola nós continuaremos a ter um sector financeiros que maioritariamente pega na poupança do povo e vai comprar Bilhetes do Tesouro na

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sua essência e empresta a meia dúzia de pessoas, este modelo não é sustentável, e este problema não é da agricultura é do mo-

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delo de desenvolvimento que cada nação escolhe”. (Aunício da Silva) Maputo (IKWELI)


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ECONOMIA

Único oficializa-se como Nedbank Moçambique

A partir desta segunda-feira, dia 28 de Junho de 2021, o Banco Único passa a designar-se Nedbank Moçambique. O acto está a ser aguardado com enorme expectativa sobretudo no tange a introdução de novas ferramentas tecnológicas, produtos e serviços, para além do posicionamento da própria marca.

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m 2014 o Nedbank entrou no capital do Banco Único tendo assumido uma posição de accionista de referência e dois anos depois, aumentou a sua aposta, passando a ter uma posição maioritária com a aquisição de 50%+1 acção, tendo a mesma sido reforçada em 2020 para os actuais 87,5%. “Esta contínua aposta do Grupo Nedbank no Banco Único, num período de ciclos económicos desafiantes, demonstra a total confiança não só em Moçambique, como também na capacidade de criação de valor da equipa de gestão e dos mais de 600 colaboradores do Banco Único”, refere o Nedbank em

comunicado de imprensa. A fonte acrescenta que “a mudança de nome e alinhamento da marca irá acrescentar novos valores e atributos aos valores que fazem de nós únicos, permitindo servi-lo ainda melhor”. “Assumimos desde já o compromisso de reforçar a nossa proximidade, agilidade, rapidez e simplicidade na relação consigo, e simultaneamente, continuar a apostar na introdução de

produtos e serviços inovadores, os quais sempre nos caracterizaram”, frisa. O comunicado diz ainda que “iremos apresentar novas soluções que facilitem a sua interação e relacionamento com o Banco e, trabalharemos diariamente para nos afirmarmos, ainda mais, como uma instituição financeira de referência e relevância na promoção social e/ou no desenvolvimento sustentável do país”

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ECONOMIA

Era esperada baixa do preço de cimento

Com a entrada em funcionamento da nova fábrica de cimentos, na região de Matituíne, província de Maputo, o que permite o aumento dos níveis de produção da matéria-prima, o Governo já antevia a descida do preço de cimento de construção, que se verifica actualmente no mercado nacional.

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ssim reagiu o Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, quando respondia a jornalistas sobre uma carta subscrita por seis empresas de produção

de cimento e enviada ao seu gabinete de trabalho, acusando a Dugongo Cement, localizada no distrito de Matutuíne, de estar a violar a Lei de Concorrência. Segundo Carlos Mesquita, com a actual quantidade de cimento no mercado é de esperar a descida do preço, uma vez que os custos de produção têm de ter um impacto nas necessidades do consumidor final. “Nós, como Governo,

sabemos o que estamos a fazer. Temos os nossos regulamentos e, acima de tudo, uma responsabilidade perante o sector empresarial e o povo moçambicano”, afirmou. Carlos Mesquita diz estar atento a toda esta situação e confirmou ter recebido a carta dos produtores do cimento na região sul, ao que prometeu analisar as queixas e apelou à calma por parte destes. “Temos estado a dizer,

nos últimos tempos, não só em relação à indústria de cimento, como também a outras, que é preciso avaliar aquilo que são os custos de produção para se chegar depois às margens de lucro adequadas e a um preço fiável do produto”, disse. De acordo com o governante, embora haja reclamação das outras indústrias produtoras de cimento, a verdade é que a economia está a reagir com a descida dos preços do produto. “A Dugongo usa matéria-prima nacional, diferentemente dos outros, e também vende aos concorrentes. Por isso, é preciso analisarmos com calma e vamos ter as conclusões brevemente. Mas certamente, se o povo está satisfeito, iremos analisar com cautela”, declarou


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Mitsui já pode transferir sua participação para Vale A empresa japonesa Mitsui foi autorizada pelo governo moçambicano, a efectuar a venda da sua participação na mina de carvão de Moatize à empresa brasileira Vale, um processo que culminará com o “desinvestimento” do brasileiro na exploração de carvão em Tete, de acordo com um comunicado oficial.

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transacção segue-se a um pedido feito pela Mitsui para vender a sua participação [15%] na estrutura accionista da mina de Moatize, passando a Vale a deter 100% do projecto de mineração”, lê-se numa nota do Ministério dos Recursos Minerais e Energia. A transacção visa facilitar o “desinvestimento” da empresa brasileira na exploração de carvão em Tete, anunciado pela empresa em Janeiro, um processo que está a ser acompanhado pelo governo moçambicano. “O processo de reestruturação da Vale deverá salvaguardar os empregos e direitos das comunidades onde a empresa opera, para além de as-

segurar o cumprimento contínuo das obrigações legais e contratos de bens e serviços”, sublinha a declaração, acrescentando que o governo irá supervisionar a selecção do próximo investidor. O carvão é um dos principais produtos de exportação de Moçam-

bique, e a Vale emprega cerca de 8.000 pessoas, das quais cerca de 3.000 são empregados directos e as restantes subcontratadas. A Vale justifica a sua partida com o objectivo de ser neutra em carbono até 2050 e reduzir algumas das suas princi-

pais fontes de poluição de carbono até 2030. A transacção com a Mitsui do Japão foi feita pelo preço simbólico de um dólar americano, mas todas as despesas e custos associados passam para a Vale – incluindo um saldo pendente de 2,5 mil milhões de dólares. Actualmente, a empresa mineira brasileira tem uma capacidade instalada de 12 milhões de toneladas de carvão por ano em Moçambique, mas em 2018 produziu apenas 11,5 milhões de toneladas, e em 2019, apenas oito milhões. O valor de 2020 deveria ter sido ainda mais baixo, devido à queda na procura de carvão causada pelo abrandamento da economia global face à pandemia de Covid-19


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ECONOMIA

Moçambique sob ameaça de aumento de inflação este ano A inflação em Moçambique irá aumentar de 3,1% no ano passado para 5,3% este ano devido à pandemia de Covid-19 e ao aumento do preço do petróleo, disse o consultor NKC African Economics.

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ssim reagiu o Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, quando respondia a jornalistas sobre uma carta subscrita por seis empresas de produção de cimento e enviada ao seu gabinete de trabalho, acusando a Dugongo Cement, localizada no distrito de Matutuíne, de estar a violar

a Lei de Concorrência. Segundo Carlos Mesquita, com a actual quantidade de cimento no mercado é de esperar a descida do preço, uma vez que os custos de produção têm de ter um impacto nas necessidades do consumidor final. “Nós, como Governo, sabemos o que estamos a fa-

zer. Temos os nossos regulamentos e, acima de tudo, uma responsabilidade perante o sector empresarial e o povo moçambicano”, afirmou. Carlos Mesquita diz estar atento a toda esta situação e confirmou ter recebido a carta dos produtores do cimento na região sul, ao que prometeu analisar as

queixas e apelou à calma por parte destes. “Temos estado a dizer, nos últimos tempos, não só em relação à indústria de cimento, como também a outras, que é preciso avaliar aquilo que são os custos de produção para se chegar depois às margens de lucro adequadas e a um preço fiável do produto”, disse. De acordo com o governante, embora haja reclamação das outras indústrias produtoras de cimento, a verdade é que a economia está a reagir com a descida dos preços do produto. “A Dugongo usa matéria-prima nacional, diferentemente dos outros, e também vende aos concorrentes. Por isso, é preciso analisarmos com calma e vamos ter as conclusões brevemente. Mas certamente, se o povo está satisfeito, iremos analisar com cautela”, declarou


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LINHA VERDE

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SOCIEDADE

GirlMOVE Academy lança campanha Rise&Shine A GirlMOVE Academy (GMA) lançou no dia 21 de Junho de 2021, a campanha Rise&Shine, uma iniciativa digital pioneira que visa capacitar e transformar vidas de mulheres jovens universitárias em Moçambique.

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plataforma digital online Rise&Shine é o novo programa da GMA e quer chegar ao maior número possível de mulheres e jovens moçambicanas graduadas ou finalistas universitárias que tenham entre 20 e 28 anos e queiram ser changemakers (agentes de mudança) nas suas comunidades. O objectivo da GirlMOVE Academy, com esta primeira edição da Rise&Shine é o de gerar impacto sobre 3000 ou mais mulheres jovens moçambicanas. Para isso, a GMA conta com o apoio de mulheres notáveis moçambicanas que são paradigma de liderança no feminino, como Neyma Nacimo e Sheila Ibrahimo. Ambas farão parte desta experiência digital motivando todas as suas seguidoras a serem as futuras agentes de mudança das suas comunidades. A iniciativa, que pretende potenciar o talento de jovens mulheres moçambicanas, compreende três fases, designadamente

Rise (Levanta), Shine (Brilha) e Move (Segue). A GirlMOVE Academy acredita numa mudança sistémica através de círculos de sisterhood (irmandade) que promovem novos modelos de referência no feminino e todo o seu efeito multiplicador, expandindo e causando impacto sobre as comunidades. Alexandra Machado, fundadora e CEO da GirlMOVE Academy, disse que “recebemos mais de 1700 candidaturas anuais ao nosso projecto Change (Muda). Destas 1700 mulheres e jovens só recrutamos 30 para entrarem numa experiência imersiva na nossa academia em Nampula”. Machado frisa ainda que “chegou a hora de criarmos ainda mais oportunidades para todas as jovens e mulheres elegíveis poderem desenvolver-se e também sentirem o poder dos círculos de irmandade.”

A Covid-19 provou ser possível criar experiências online em Moçambique, inovações das quais também dependem a adaptação e crescimento das organizações. As inscrições para as mulheres moçambicanas, que desejam tornar-se agentes de mudança social nas suas comunidades, já estão abertas através do link: https://forms.gle/md4vbyEq7xrAeKZb6.

SOBRE A GIRLMOVE ACADEMY É uma Academia de Liderança de Base que cria

modelos inovadores de educação para ampliar o talento, aumentar a igualdade de género e promover a transformação sustentável. Capacita Meninas e Mulheres para serem as Agentes de Mudança da próxima geração através de um modelo de orientação que vê cada mulher como uma irmã para mudanças impactantes. Ao participar das suas histórias, cada qual eleva a voz da irmandade e capacita o seu futuro. E, ao fortalecer o futuro delas, planta a semente para uma mudança mundial


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CULTURA

Salim Criton Valá lança sétimo livro Vem aí o sétimo livro do moçambicano Salim Cripton Valá, docente, investigador e actual Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM). A cerimónia oficial de lançamento da obra está marcada para esta segunda-feira, 28 de Junho de 2021, pelas 16:00 horas, no Edifício BCI Private.

À

semelhança da anterior, esta obra sai sob chancela da Escolar Editora, tem como título “Economia Globalizada & Paradoxos de Desenvolvimento: Reflexões Inconclusivas”, e possui 373 páginas. A cerimónia de lançamento, que está a gerar uma enorme expectativa, quer por abordar questões candentes da economia global, quer por analisar as suas implicações ao nível nacional.

A obra será apresentada pelo Dr. Bruno Morgado, que incidirá sobre o empreendedorismo e a prática do desenvolvimento económico, e pelo Professor Catedrático, António Francisco, que vai ater-se a perspectiva académica e de economia de desenvolvimento. Importa referir que a obra foi prefaciada pelo Dr. Pietro Toigo, Representante Residente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique


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DESPORTO

Reinildo condecorado Reinildo Mandava, jogador do Lille da França e da Selecção Nacional (os Mambas), regozijou-se pelo facto de ter sido condecorado pelo presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, na categoria de mérito Desportivo. O acto ocorreu na Praça dos Heróis durante às celebrações do 46º aniversário da Independência Nacional, realizadas na passada sexta-feira.

Academia MSC atrai crianças e jovens A Academia Madrid Soccer Camps (MSC), que funciona no Campo Municipal do Zimpeto, arredores da cidade de Maputo, está em vias de relançar mais jovens talentos moçambicanos para o mercado europeu.

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m declarações à Imprensa, o internacional moçambicano referiu que o gesto é motivador e encoraja-lhe a trabalhar mais. “Estou profundamente feliz. É um momento ímpar e marcante para a minha carreira, poder ser reconhecido

desta forma e neste lugar. Isto significa que os moçambicanos estão atentos ao desempenho dos talentos na diáspora e isso fortalece-me”, afirmou. Este ano, Reinildo Mandava conquistou o título francês de futebol pelo Lille e foi eleito melhor lateral esquerdo da Ligue-1

O

s treinos reataram este mês com sessões a decorrerem aos sábados e domingos respectivamente. Muitas crianças, adolescentes e jovens inscritos têm-se entregue aos trabalhos com alegria e crença. Nesta reaberta, o número de atletas aproxima-se a 100, sendo 80 enquadrados nos juvenis e junio-

res, e os restantes 20 nos infantis e iniciados. E no âmbito da sua expansão, a Madrid Soccer Camps decidiu abrir uma sucursal na cidade de Nampula e as sessões de treinos têm sido marcadas por um desusado movimento de crianças, adolescentes e jovens esperançosos numa oportunidade de aprimoramento das suas habilidades técnicas


DESPORTO

Bruno próximo do Boavista

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ntretanto, o jovem Bruno Pena Joia, de 18 anos de idade, médio-ofensivo, natural de Nampula, pode estar a caminho da equipa júnior do Boavista de Portugal. Bruno tem-se evidenciado nos treinos que decorrem em Maputo e mostra-se entusiasmado com a pos-

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sibilidade de ingressar no futebol profissional, onde terá mais espaço para aprendizagem e evolução. Há outros miúdos já identificados pela equipa técnica da MSC e que, futuramente, deverão seguir para outros clubes europeus, nomeadamente em Portugal e Espanha

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CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Bolo de iogurte muito fofo Ingredientes: 4 ovos grandes ½ xícara (chá) de óleo 1 pote de iogurte desnatado (firme) 2 xícaras (chá) de açúcar 1 ½ xícara (chá) de farinha de trigo 1 ½ xícara (chá) de amido de milho 1 colher (sopa) de fermento em pó 1 colher (sopa) de raspas de limão ou laranja

Preparação: Bata no liquidificador os ovos, o óleo e o iogurte. Peneire os ingredientes secos: o açúcar, a farinha de trigo, o amido e o fermento. Junte os ingredientes que bateu no liquidificador e as raspas. A massa deverá ficar cremosa. Despeje na forma untada e leve ao forno pré aquecido 180°C por 40 minutos. Para servir, polvilhe açúcar de confeiteiro e barre com compota a gosto

Caril de camarão com coco e feijão verde Ingredientes: 1 kg de camarão limpo Feijão verde q.b. 1 cebola cortada a gosto 2 tomates maduros cortados a gosto 1 colher cheia de massa tomate 2 dentes de alho esmagado 1 lata de leite de coco 1 malagueta Açafrão e colorau q.b. Óleo q.b. para refogar Preparação: Comece por fazer um refogado

com a cebola, o alho, o tomate e por fim a massa tomate. Acrescente o açafrão e a malagueta. Junte o feijão verde e deixe refogar o sufuciente. Estando quase cozido, junte o camarão, refogue mais um pouco e termine por adicionar o leite de coco. Deixe apurar o molho e rectifique o sal. Sirva acompanhado de arroz ou xima Bom apetite

Pão doce da Milou Ingredientes: 1 lata de leite condensado 1 medida da lata, de leite fresco 1 medida de manteiga derretida 2 colheres de sopa rasas de liverina 4 ovos Preparação: Comece por juntar todos os ingredientes e bata tudo energicamente durante 2 min. Junte 1 kg de farinha aos poucos ate a massa desgrudar.

Estando tudo bem amassado, molda logo no formato que desejar e coloque em assadeiras. Deixe levedar durante 1 hr. Pincele e leve ao forno pré-aquecido à 185 graus durante cerca de 15/20 minutos no máximo. Obviamente que o tempo cozedura dependerá do forno que tiver em casa. O resto é de acordo com a sua criatividade. Se desejar, faça uma calda e deixe ferver um pouco. Retire e deixe arrefecer para depois pincelar os paezinhos e polvilhar com coco ralado. Ou simples

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