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Sociedade

CBS apresenta proposta de contribuição no MIC

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Onde Mora a Chama da Esperança

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Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 102 Sexta - feira,03 de Julho de 2020

Tchakaze, cantora moçambicana

“É NEGLIGÊNCIA GASTAR DINHEIRO COMPRANDO FAMA” Sociedade

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Stela Zeca enaltece proactividade da Cornelder

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Economia

Standard Bank reposiciona-se


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Já a venda nas bancas

FICHA TÉCNICA

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Onde Mora a Chama da Esperança

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MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Director Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus, Dalton Sitoe, Rosa Manhique e Júlio Saúl Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone Fotografia Salvador Sigaúque

Web master Paulino Maineque Marketing Hélia Panguiwa e Dário Pessa Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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POESIA

Na Beleza e Bênção Rongamacuada! Frontal olhar d’aprovação recebe Sorriso nato exulta beleza do acto Tão lindo quanta bênção concebe Na mulher moçambicana de facto! Em família bem inserida se apercebe De coração rituais segue com tacto Beleza ronga não se lhe despercebe Sala da Rainha dá-lhe seu fino olfacto! Do nobre coração só amor se recebe À família fortalece o cordial contacto Rongamacuada tanta beleza concebe Belaçambicana prostrada num acto Qu’outra nenhuma nenhures percebe!

(Rose Moreira, Maputo, 2/07/2020)

Asseio e Beleza por Mestria! Seu papel são todos os papéis sociais Sua ocupação são todas as ocupações Ela perfaz todos os afazeres cruciais Dissipa todas as preocupações! No despertar madrugador Na busca das primeiras soluções No acompanhamento educador Nas atribuladas deslocações! A mulher lá se esmigalha com esmero Qual costela e corpo de toda a pátria Para um Bomçambique é o mágico tempero Com asseio e beleza preservados por mestria!

(Rose Moreira, Maputo, 1/07/2020)


POESIA

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Mãe e Esposa o Homem Fazem! Fontes e portos da tua abençoada vida Origem e razão da tua jocosa existência Guardiãs da tua espiritualidade acrescida Presentes na tua trajectória e experiência Olheiras na superação da mazela vencida Conselheiras no desafio de cada vivência! Contigo a sua comunhão desponta Qual estrela-bússola ao certo porto Nelas tens a mãe e esposa de ponta Firmes provedoras do teu conforto Na direcção direita seu olhar aponta Nos caminhos de êxito sobre o torto!

(Rose Moreira, Maputo, 26/06/2020)

Na Música se Firmam e Creditam De vozes fenomenais palcos levantam Mundos distintos com seu talento arrastam Do palco quanto do estúdio tristezas afastam Seus hinos pódios cimeiros conquistam D’alma e coração, paz e amor cantam Molócuè e Moçambique todo encantam Pejadas de dom comunidades educam e libertam A solenidades nacionais arte prima emprestam Movidas por servir voam pelo que prestam Criativas quanto lindas chegam e arrebatam No campo como na cidade a todos deleitam E na música também se firmam e creditam!

(Rose Moreira, Maputo, 3/07/2020)


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BIOGRAFIA

Biografia de Nuno Matos

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em uma voz familiar na nossa Pátria Amada. Um pouco por todo o país tem se acompanhado os jogos de futebol por meio dos seus relatos. Se quisermos viajar um pouco, podemos voltar para 2016, para com alegria lembrarmo-nos do relato feito na final do Euro-2016, que terminou com a vitória de Portugal sobre a França (1-0). Tem cerca de 30 anos de carreira como jornalista desportivo. Descreve o jornalismo como a sua história, a sua vida, e o seu grande amor. Estamos a falar de Nuno Matos, varão de 52 anos de idade e natural de Santarém, província do Ribatejo, em Portugal. Ele é filho de Elmano Matos e de Maria Matos. O pai é de Auroca, norte de Portugal, e a mãe nasceu na Vila Pery, actual cidade de Chimoio, situada na província de Manica, em Moçambique. Começou a sua carreira na então era das rádios locais. Esteve na RDP Santarém e gradualmente foi crescendo ao nível das rádios locais, até chegar à Antena 1, onde está há mais de 20 anos. Também trabalha para televisão. Começou na TVI, onde narrava jogos da Liga Espanhola, e depois foi para SportTv. Em termos de curriculum, só lhe falta relatar jogos do Moçambola, porque pelo mundo fora já fez tudo que havia por fazer. Já cobriu seis Campeonatos do Mundo; seis Campeonatos da Europa; final da Liga dos Campeões; final da Taça UEFA; final da Taça das Taças; duas finais da Liga Europa; Jogos Olímpicos; e inúmeras finais de campeonatos do mundo de hóquei em patins e outras modalidades. Nuno Matos é um jornalista reconhecido dentro e fora de Portugal. Tem quatro Troféus Gandula; dois prémios do Clube Nacional da Imprensa Desportiva; várias homenagens feitas pela diáspora portuguesa através das respectivas Embaixadas; recentemente recebeu um prémio da Câmara Municipal de Paris; tem várias narrações no Museu do Desporto, em São Paulo; e vários dos seus trabalhos já tiveram destaque em canais internacionais como Al Jazira, CNN, SkyNews, BBC, Le Equipe e muitos outros.


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Turismo Reserva Especial de Maputo


Turismo Reserva Especial de Maputo

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OPINIÃO

Em “Relaxamento” do Estado de Emergência:

Covid-19 espicaça unicidade e indivisibilidade do Estado Moçambicano! Por: Roseiro Mário Moreira Comunicador de ciência, formado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais e Diplomacia, é também docente e escritor. Amarrado a um Estado de Emergência desde 1 de Abril de 2020, o qual cumpre já a sua terceira e última prorrogação legal, o nosso quase cinquentenário Estado de apurada resiliência a intempéries naturais ou de erro humano decorrentes, vive desafiado pelo novo coronavírus, causador da Covid-19, doença ultra contagiosa entretanto ainda sem antídoto. Os desafios se nos afiguram tão ofensivos à integridade geral da nossa pátria amada roçando os níveis de espicaçar a unicidade e indivisibilidade do Estado. Constitucionalmente, uno e indivisível continua sendo o Estado Moçambicano! Todavia, a julgar pelos contornos que a Covid-19 o obriga a trilhar para travar a sua propagação, essa unicidade e indivisibilidade começa a ser involuntariamente sacrificada pelas opções de relaxamento faseado recentemente tornadas públicas, com enfoque para a reabertura das instituições de ensino. Não nos iremos deter nas razões da tão acertada quanto constitucional prorrogação do Estado de Emergência. Claro está que volvidos 90 dias a propagação da Covid-19 evoluiu de focos de contaminação localizados para uma contaminação comunitária com determinados casos aparentemente sem pontos de partida nem teias decifráveis e indivíduos assintomáticos como denominadores comuns e frequentes. Pese embora o quadro ascendente da propagação da Covid-19, a prudência dos bem assessorados decisores políticos revelou-se moderada orientando o país inteiro para a reabertura faseada das instituições de ensino entre outras medidas que se traduzem num relaxamento soslaio do Estado de Emergência. Bem-vindas até são essas medidas indiciadoras de estarmos a rumar ao já classificado como “novo normal” que se espera venha a ser o período que durar a pandemia, e mesmo um bom par de anos subsequentes. Porém várias são as sensibilidades que continuam apelando à não reabertura das instituições de ensino enquanto as infecções massivas pelo “novo coronavírus” continuarem crescendo e a ameaça não for erradicada. O próprio Governo refere que só procederá a reabertura de qualquer que seja o estabelecimento de ensino após reunidas as condições de higiene, saneamento e espaçamento. Ademais tudo será levado a efeito contra uma confirmação expressa e monitoria constante das autoridades de saúde. Nesses entrementes o povo que bem fez as suas escolhas nas urnas presidenciais e legislativas de 2014 e 2019, sorteando a retumbante e esmagadora vitória de Filipe Jacinto Nyusi e do

partido que sapientemente preside, tem estado apreensivo chegando a reflectir se ante à realidade nua e crua a que a Covid-19 os expõe todos os moçambicanos ainda são partes do mesmo Estado uno e indivisível! Se ao menos as suas lideranças sectoriais conhecem mesmo a maioria das instituições de ensino primário, secundário e superior do país real rural por excelência, as quais são tipicamente inadequadas e sobrelotadas salvo raríssimas excepções nas regiões metropolitanas! É que a operacionalização das medidas de relaxamento soslaio para a reabertura faseada dessas instituições de ensino parece estar a lançar um contra senso à bem-intencionada decisão do mais alto magistrado da nação se o país onde as mesmas devem ser rigorosa e escrupulosamente observadas for a mesma República de Moçambique una e indivisível onde todos os cidadãos são ou deveriam ser iguais perante a lei. O sector de educação e desenvolvimento humano desdobra-se em implementar a decisão. Entretanto se esbarra com um rol de inconvenientes factuais no teatro educacional de cada escola, instituo ou centro de formação, tornando-se menos exequível a cada vez que as luzes se apagam e o Moçambique rural real domina o cenário. “Não há condições para a reabertura das escolas para aulas presenciais, principalmente para o nível primário e até o secundário” diz um internauta residente nas proximidades da Escola Secundária Kissi Mavota, arredores da cidade de Maputo secundado por quadro sénior da Direcção Provincial de Educação. Um jurista, teclando-nos a partir da cidade de Pemba é corroborante com o Governo avançando que “primeiro devem ser criadas condições sanitárias”, mas duvida que tal “venha a acontecer a breve trecho em todo o país dado o inadequado e negligenciado investimento no sector de educação”. Professores das Escolas Primárias de Mutomote 1 e 2 nos arrabaldes da cidade de Nampula revelaram que ali como em muitas escolas do país adentro a escassez de meios básicos de higienização é gritante e que havendo rigor “só num outro Moçambique poderiam reabrir, não neste em que na minha escola só tem um balde-torneira e sabão. Não existem condições para se voltara à escola agora. Temos casos de superlotação atingindo 75 a 150 alunos por turma. Tememos muito pelas crianças das classes iniciais pois mesmo sem a ameaça da Covid-19 já estudavam sob riscos sérios de insegurança sanitária. Reparem também que temos alunos que estudam debaixo de mangueiras do pátio escolar

e das casas vizinhas.” Ainda na cidade de Nampula, primeiro ponto geográfico a ser declarado com transmissão comunitária da Covid-19, o triste cenário é-nos também trazido por um experimentado professor da Escola Primária e Secundária de Nampaco ao revelar que nela ainda não tinham sido criadas as condições de higienização e que a observância do distanciamento seria muito difícil dado o tamanho diminuto das salas de aula para 110 alunos por turma normalmente partilhando as carteiras dois a dois. Outro professor da mesma escola lamenta-se nos seguintes termos: “na verdade não há condições para a reabertura das aulas porque ainda há pouco entramos para a fase da contaminação comunitária e não sabemos quando será o pico nem que condições terão as autoridades do nosso Estado para lidar com a situação”. Porém, mesmo com o receio de se estar a correr o risco de aceleração das contaminações e consequente colapsar do sistema nacional de saúde, aquele professor remata que “a vida tem que continuar e temos que ir tentando, pois tudo ainda está pouco claro e é mesmo apenas questão de tentativas” num discurso cauteloso que faz lembrar o do Presidente da República que “entre manter, relaxar e agravar” optou por se mostrar constitucionalista prorrogando o Estado de Emergência pela terceira e última vez com alguns retoques nas medidas relaxando-as, mantendo-as ou podendo agravá-las quando assim for imperioso. Secundamos aos que com a declaração presidencial que prorroga o Estado de Emergência para o quarto mês com alguns relaxamentos como a reabertura faseada das instituições de ensino procuram materializar a sua complicada operacionalização no Moçambique real, que lembramos não se circunscrever às regiões metropolitanas. É sim necessário experimentarmos já o “novo normal” para que não seja a economia a colapsar. Todavia a Covid-19 e a implementação das novas medidas no sector de educação e desenvolvimento humano não devem abrir espaço à nulificação da unicidade e indivisibilidade do Estado Moçambicano patente na Constituição da República. A reabrirem, sem nenhum perigo a espreita, deveriam todas do mesmo faseamento ser abertas em uníssono. Não faz postura de nenhum Estado que se prese a reabertura de umas e não de outras instituições sob o alegado inobservância de pré-condições de cumprimento duvidoso por incapacidade conjuntural nacional e não de uma instituição em qualquer reduto do nosso resiliente Moçambique!


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Análise do Agronegócio no período da Covid-19 Por: Barnabé Zandamela

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Agricultura vai se caracterizar por mudanças aceleradas na sua forma de ser e estar durante este período da Covid-19. Após declaração da Organização Mundial da Saúde, onde esta declarou a Covid-19 como pandemia, fez com que este sector devesse implementar outras medidas muito provavelmente olhando até para um segmento no futuro mais virado a questões de melhores práticas alimentares se formos a considerar a indústria agro-alimentar. Agricultura é actividade básica e de subsistência da maioria da população moçambicana cerca de 72%, com uma contribuição significativa para o PIB em cerca de 25%. Moçambique não estando alheio ao fenómeno da globalização, já se faz ressentir na insegurança que está a acontecer nos mercados internacionais mesmo porque o pais importa grande parte de produtos básicos para a dieta alimentar como o arroz, hortícolas, óleo, frango congelado, produtos enlatados dentre outros. Com estes fenómenos descritos acima vai e já esta a criar um ambiente negativo para o sector agrícola em Moçambique. O GdM (Governo de Moçambique) está a envidar esforços de reanimar o sector agrícola para procurar mitigar alguns aspectos que poderão ser nefastos devido a propagação e evolução da Covid-19. Porém é possível, verificar a queda do poder de compra das famílias em

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bens alimentares, isto vai afectar negativamente no equilíbrio entre a oferta e procura de produtos agrícolas no mercado. Iremos verificar uma queda de exportações naquelas culturas de exportação como o algodão, caju, gergelim, girassol e alguns feijões só para citar alguns. Isto devido ao encerramento das fronteiras, portos nos países a nível internacional. Os factores de produção (implementos agrícolas, insumos) como são no seu todo importados poderemos verificar possivelmente um agravamento de preços porque certamente poderão sofrer reajustes nos seus preços face a situação actual da Covid-19. Outro impacto que será negativo vai ter que ver com o escoamento dos produtos de suas zonas de produção sabendo que o manuseamento destes produtos é feito na sua maioria pelas comunidades nas zonas rurais – com a Covid-19, poderá ter um impacto negativo. Assim tendo que exercer um esforço adicional em custos nas devidas medidas de protecção. Estas medidas adicionais que devem ser tomadas vão certamente exigir melhores métodos de planeamento de produção para as próximas campanhas agrícolas. Isto em si, vai representar um grande impacto e esforços nas estratégias que já haviam sido desenhadas para a nossa agricultura. A nossa forma de fazer agricultura talvez terá de sofrer mudanças estruturais procurando por exemplo optar por sementes (insumos) resistentes a mudanças climáticas assim como com maior capacidade de estimular o sistema imunológico


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CBS apresenta proposta de contribuição no MIC O Ministério da Indústria e Comércio (MIC) convidou a Corporate Business School (CBS) para explicar como aquela instituição de ensino superior de gestão corporativa pode contribuir para o aperfeiçoamento do órgão governamental.

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ob um júri que tinha como membros o conselho consultivo do MIC, o director-geral da CBS, Lourenço Silva, afirmou que a instituição de ensino pode contribuir para reconverter acções de formação em módulo e por meio da formação assegurar ambientes de contínua competência para fazer face as sucessões que ocorrem ao nível da instituição. “Não chega a retenção de talentos. Não chega o saber fazer. Não chega a gestão de pessoas. Não chega a humildade. Não chega a empatia. Salte o muro, e conquiste missionários promovendo ambientes que ocasionem a inovação”, advertiu Silva. O dirigente da CBS concluiu sua apresentação explicando, ainda, que as formações irão girar em torno de liderança, estratégia, atitude, e o agir com vista a construir ecossistemas.


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Stela Zeca enaltece proactividade da Cornelder A Secretária de Estado da Província de Sofala, Stela Pinto Zeca, enalteceu a Cornelder de Moçambique (CdM), pela forma proactiva como reagiu à eclosão do novo coronavírus no País, através da implementação de medidas de prevenção no âmbito da iniciativa "Juntos Contra a COVID-19".

de Moçambique, Jan de Vries, explicou que, paralelamente à aplicação de medidas de prevenção, a empresa apostou na informatização dos serviços, como forma de evitar contactos físicos e troca de documentos. Actualmente, naquela empresa, apenas os contratos é que têm de ser assinados, dada a sua natureza, sendo que a assinatura e circulação dos restantes documentos são feitas de forma digitalizada.

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ara além destas medidas, a CdM juntou-se aos esforços do governo local na provisão de recursos necessários para a prevenção e mitigação dos impactos desta pandemia ao nível de Sofala. A CdM ofereceu, por exemplo, os primeiros quatro ventiladores mecânicos para reforçar a capacidade de internamento, para além de ter reabilitado o Centro de Tratamento de Epidemias para internamento de pacientes com Covid-19, localizado no bairro de Maquinino, instalado um sistema de água e de alimentação de oxigénio e ar comprimido no Centro de Saúde 24 de Julho. Para além daqueles gestos, destacou-se por ter introduzido um conjunto de medidas de sensibilização e prevenção no Porto da Beira, que inclui: o uso obrigatório de máscaras de protecção; controle de temperatura nos acessos;

Stela Zeca, SE do Governo de Sofala

e observância do distanciamento social. "Começámos a receber apoio da Cornelder em Fevereiro, muito antes do registo do primeiro caso no País. A empresa adquiriu dezenas de máquinas de costura e material para que pudéssemos produzir milhares de máscaras localmente, que foram distribuídas gratuitamente à nossa população, concretamente nos mercados e terminais de transporte", disse a governante, durante uma visita à empresa. Na ocasião, o Administrador Delegado da Cornelder

Jan de Vries, Director executivo da Cornelder de Moçambique


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Comandante Mohomed Hanif realiza voo de despedida Ciclo encerrado! Foi um toque na pista com a sensação de missão cumprida, quando o comandante Mohomed Hanif fez aterrar a aeronave Boeing 737-700, no Aeroporto Internacional de Maputo, na quarta-feira, dia 24 de Junho de 2020, naquele que foi o seu último voo. Para dizer adeus às altitudes, em voos comerciais, o já retirado comandante, pôs os motores da

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aeronave a funcionarem logo pela manhã, em Maputo, de onde partiu às 6:05 horas, com destino à

Nampula, tendo ido, de seguida, à Quelimane. Já desta cidade, levantou aquele que foi o derradei-

ro voo – TM 1140 – com destino à Maputo, onde chegou às 12:00 horas. Assim que desembarcou, teve a surpresa da Gestão da LAM, colegas e familiares que se deslocaram ao aeroporto, para testemunhar o momento único deste profissional cuja carreira na aviação iniciou-se em 1977. Ao longo do percurso pilotou vários modelos de Boeing, DC10, Fokker 100 e Embraer 190. Obteve a reforma em 2012, tendo sido recontratado, imediatamente. Neste período dedicado à aviação, contabilizou mais de 24.500 horas de voo. Antes de sair do aeroporto teve um singelo reconhecimento, orientado pelo Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, João Abreu. O acto contemplou outros Comandantes que também encerraram o ciclo de voos, nomeadamente: Bernardo Polana; Samuel Ngomane; Alvaro Lobo; José Fernandes; Pedro Simões; Francisco Miranda; Abel Chambal; e Carlos Soares Júnior.


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UniLúrio entre as vencedoras do Knowledge Exchange Awards 2020 A Universidade Lúrio (UniLúrio) foi galardoada com o prémio de melhor equipa do ano nos Knowledge Exchange (KE) Awards 2020, pela iniciativa de promoção do impacto do conhecimento gerado pelas Universidades na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), através de parcerias Academia-Indústria.

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o mesmo evento, foram, ainda, premiadas a Universidade de Cambridge, o Instituto de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Botswana, a Cambridge Enterprises, e a Universidade da Namíbia. Abordando a necessidade de desenvolver pesquisa e capacidade tecnológica na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a equipa desenvolveu uma acção e definiu estruturas e práticas de troca de conhecimento entre a Academia e a Indústria, propícias à prosperidade local. Segundo observação do Newton Fund e do GCRF, o avanço daqueles ecossistemas de inovação da academia e da indústria é importante para as instituições de ensino superior que buscam

gerar impacto nas regiões da sua actuação e o fracasso em lidar com a difusão da inovação nos países alvo é um grande obstáculo para alcançar as metas definidas nos financiamentos atribuídos para o seu desenvolvimento. A equipa internacional de troca de conhecimento do Reino Unido, Botsuana, Moçambique e Namíbia co-criou e deu a iniciativa, convocando mais de cinquenta colaboradores de dez instituições de pesquisa e dezassete casos reais de troca de conhecimento da SADC so-

bre aquicultura, agricultura, tratamento de água, conservação, clima mudança e abordagens tecnológicas e indígenas baseadas em conhecimento à saúde. O programa começou como um workshop no Botsuana que definiu prioridades de infra-estrutura e políticas para a identificação, protecção e aplicação eficientes de inovações promissoras na SADC e para a criação de capital humano, social e cultural local. Aquela experiência fez a equipa fortalecer seus es-

critórios de troca de conhecimento, apoiar os inventores na comercialização e estabelecer o treinamento empresarial. Isto, por sua vez, conduziu à um segundo workshop em Cambridge, focado nas práticas de comercialização e troca de conhecimento, que estabeleceu uma base para a implementação das inúmeras oportunidades identificadas de colaboração SADC-Cambridge, nomeadamente: em torno de sistemas de produção microbiana de energia electroquímica; e na remediação de água. O design inovador da iniciativa também motivou a consulta da Innovate UK e já foi implantado em outros lugares. A equipa de intercâmbio de conhecimentos continua a actuar como uma rede para a implementação de projectos de pesquisa colaborativos que respondam às necessidades de desenvolvimento da África Austral e, na promoção de modelos de intercâmbio de conhecimentos que podem responder adequadamente às prioridades de desenvolvimento da região.


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Vale doa a Tete 40 mil testes e camas para cuidados intensivos A Vale Moçambique ofereceu à Direcção Provincial de Saúde de Tete 40 mil testes rápidos para ajudar no combate à Covid-19. Foram também doadas 20 camas para os serviços de cuidados intensivos, bem como diverso material de protecção para os profissionais de saúde daquela província.

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quela oferta insere-se no pacote global de ajuda humanitária que a empresa está a dar ao país no valor de 2 milhões de

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dólares americanos e que, desde Abril, tem estado a chegar a várias províncias com o objectivo de travar a propagação do novo coronavírus. Em Tete, para além dos 40 mil testes sero-epidemiológicos e de 20 camas para as unidades de cuidados intensivos, foram ainda oferecidos 800 aventais plásticos, 306 caixas de luvas descartáveis, 200 óculos de protecção

individual, 2 756 unidades de álcool glicerinado, 11 800 máscaras cirúrgicas, 100 pares de botas PVC, 10 tubos endotraqueal, 48 baldes de lixo e 1 504 macacões impermeáveis. Segundo Delmira Petersburgo, representante da Vale, “com esta entrega a nossa empresa está a honrar o memorando de entendimento assinado com as entidades do Governo para aju-

dar na prevenção e combate da pandemia no país”. A mesma responsável explicou que, para Tete, província onde se localiza a mina de Moatize, “a empresa doou 40 mil testes para apoiar na realização do inquérito sero-epidemiológico que será conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde, com suporte das entidades de saúde das províncias”. Durante a cerimónia, Lourenço Boene, representante da secretária de Estado na província de Tete, enalteceu a iniciativa da Vale e apelou para que outras empresas sigam o mesmo exemplo, juntando-se ao combate à pandemia naquela província. “Estes equipamentos vão garantir maior capacidade de resposta na prevenção e combate à Covid-19 a nível da província. Apelo a outras empresas que possam apoiar também as autoridades de saúde”, concluiu


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BCI apoia Banco de Leite Humano O Banco de Leite Humano (BLH), do Hospital Central de Maputo (HCM), recebeu do BCI, um conjunto de unidades de equipamento médico de protecção, no âmbito do combate à pandemia do novo Coronavírus. O material inclui fatos e toucas, bem como máscaras reutilizáveis, a serem usados pelos profissionais de saúde, afectos àquela unidade.

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egundo a directora comercial e de relações públicas do BCI, Ana Zara, que procedeu à entrega, identificando-se com o slogan do Ministério da Saúde “O nosso maior valor é a vida”, o BCI enaltece o trabalho que está a ser feito no sector da saúde, em defesa da vida. A directora manifestou a solidariedade do banco para com os profissionais de saúde envolvidos na luta contra a pandemia do novo Coronavírus. A representante do Banco de Leite, Sónia Bandeira, agradeceu o gesto e referiu que “a protecção é sempre importante para nós. Sentimo-nos mais seguros para trabalhar. A

componente preventiva é fundamental para a segurança”. O material oferecido faz parte de um conjunto mais alargado de kits que estão a ser doados pelo Banco, em todo o país, num investimento avaliado em 4 milhões de meticais, numa acção que abrange todas as províncias do país, che-

gando até aos postos administrativos. As duas instituições têm vindo a trabalhar em parceria. Em 2019, no quadro da sensibilização da sociedade para a importância da prática de doação de leite materno, no âmbito do Dia Mundial de Doação de Leite Humano, o BCI concedeu apoio.

Implantado em 2018, o BLH efectua a colecta, o processamento e a distribuição de leite humano, precioso e vital alimento para os bebés. Actualmente, a unidade conta com cerca de 800 doadoras de leite materno, que têm contribuído para a redução da morte de bebés prematuros na maior unidade sanitária do País, entre outras. Conforme refere uma nota da instituição, devido à Covid-19, tem-se assistido a uma retracção das doadoras, com impacto directo no volume e aprovisionamento de leite materno. Com vista a fazer face a este cenário, o BLH traçou um plano que preconiza a intensificação da mobilização junto das doadoras, nos centros de saúde e maternidades a nível da cidade de Maputo, havendo necessidade de prevenção contra a pandemia.


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ECONOMIA

Standard Bank reposiciona-se O Standard Bank adoptou a partir de 1 de Julho, um novo posicionamento no mercado, assumindo-se como uma marca mais criativa, inovadora, curiosa e com um espírito empreendedor, com vista a ajudar a tornar possíveis os sonhos dos seus clientes e do público em geral.

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t ra n s fo r m a ç ã o estratégica do banco, cristalizada pela mudança do slogan "Seguindo em Frente" para "É Possível", está alinhada ao pressuposto de se constituir parceiro financeiro para os clientes, na identificação de novas formas e soluções, visando a materialização dos sonhos. Segundo o banco, a iniciativa demonstra o seu comprometimento com o desenvolvimento socioeconómico do País, que eleva a inspiração dos moçambicanos, mesmo nos momentos de grandes desafios como a pandemia do novo coronavírus. Pretende-se com a mudança de posicionamento, responder às expectativas do público, particularmente os clientes e colaboradores, sobre a marca, no âmbito da permanente preocu-

Chuma Nwokocha, administrador Delegado do Standard Bank

pação em servi-los, cada vez melhor, de forma abrangente e integrada. Consubstancia, igualmente, a crença sobre o importante papel que o Standard Bank tem vindo a desempenhar no processo de realização dos sonhos dos seus clientes, trabalhando, em conjunto, para ultrapassar qualquer obstáculo e encontrar soluções para

problemas complexos. Para o administrador delegado do banco, Chuma Nwokocha, esta mudança resulta de um "processo bastante intenso que se iniciou há cerca de dois anos e incluiu sessões de conversa com os clientes e colaboradores, para entender como eles percebem a marca Standard Bank".

Durante muito tempo a marca Standard Bank prometia "tornar o progresso real" e fazia isso através de várias acções socioeconómicas, que permitiram os clientes e o país seguirem em frente. No entanto, segundo explicou, estas acções estavam muito centradas no banco, isto é, naquilo que entendia ser relevante: "Depois de ouvir os nossos clientes e colaboradores, percebemos que eles dão primazia aos seus sonhos e gostariam de ter um banco que os compreenda e esteja disponível. Querem um banco parceiro, que os ajude", frisou. Por isso, acrescentou Nwokocha, a "promessa da marca passou a centrar-se, totalmente, no cliente e agora tem como foco encontrar novas formas de tornar os sonhos possíveis".


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ECONOMIA

Mesquita quer INAE mais dinâmica O ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, decidiu fazer mexidas na Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) colocando novos delegados provinciais e, durante a tomada de posse, pediu-lhes para imprimirem maior dinâmica naquela instituição.

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rata-se de Arina Cuaneque, que passa a exercer as funções de delegada provincial da INAE de Niassa; Egas Mazivila, empossado como delegado da INAE da cidade Maputo; Góxeny Chouane, delegado da província de Maputo; e Raúl Ajuda que passa a exercer as funções de delegado da INAE de Manica. Na ocasião, Carlos Mesquita justificou que as mexidas se enquadram no processo de rejuvenescimento institucional e visam imprimir maior dinâmica ao sector em face aos enormes desafios que o País enfrenta, particularmente neste momento caracterizado pela pandemia do novo Coronavírus. "Temos vindo a tomar conhecimento, ao nível do território nacional, sobre a existência de vários aspectos contraproducentes, desde a falsificação de prazos de produtos, por grupos organizados, falta de obediência às regras básicas instituídas para questões que têm a ver com os riscos da saúde pública e pretendemos implementar as medidas emanadas, através do decreto presidencial, bem como os diplomas ministeriais em im-

Carlos Mesquita, ministro da Indústria e Comércio

Egas Mazivila, delegado da INAE da Cidade de Maputo

Raúl Ajuda, delegado provincial da INAE de Manica

plementação face a Covid-19", disse o governante. Por isso, indicou o ministro, "decidimos trazer sangue novo para os pontos do País, onde estamos a notar algum relaxamento e falta de energia suficiente para levar a cabo os desafios que temos pela frente, nomeadamente o combate ao contrabando de produtos, a concorrência desleal, comercialização de produtos fora do prazo, o relançamento da economia no contexto da Covid-19, entre outros". Abordado momentos após tomar posse, Egas Mazivila, novo

delegado da INAE da cidade de Maputo, disse que vai nortear a

Foto de família

sua actuação com base na rigorosa aplicação da lei e, sobretudo, ser mais proactivo, com vista a alcançar os resultados desejados. "Temos que prestar muita atenção sobre a forma como os agentes económicos devem encarar a situação da Covid-19. Temos, também, o desafio de interacção com os próprios agentes económicos no que concerne aos produtos fora do prazo, higiene, entre outros aspectos", indicou Egas Mazivila, destacando a necessidade do aprimoramento e profissionalização dos recursos humanos para que possam actuar no terreno de forma efectiva. Por sua vez, Raúl Ajuda disse que vai apostar pela coesão na sua equipa de trabalho, promovendo o estudo aprofundado da legislação. "Quero que os inspectores tenham o domínio da legislação, para que possam fazer a sua cabal interpretação no terreno, salvaguardando os direitos dos agentes económicos na sua actuação", frisou. Refira-se que o Presidente da República prorrogou pela terceira vez consecutiva o Estado de Emergência, adequando de forma faseada algumas medidas com impacto na economia do País, permitindo que alguns sectores de actividade possam funcionar.


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ENTREVISTA

No mundo da música

“É negligência gastar dinheiro comprando fama” – adverte a cantora Tchakaze

Iniciou a caminhada como cantora em 2014, mas subiu ao palco pela primeira vez aos 17 anos de idade, como corista do músico Penny Penny, na companhia das irmãs Belita e Domingas juntamente com a banda Omba Mô. Tchakaze é conhecida pela música Nkata, que conquistou corações e prémios no país. A cantora manteve uma conversa amena com o Imperdível, que passamos nas linhas que se seguem as partes relevantes. Por: Dalton Sitoe Imperdível (I) – Considerando os seis anos de caminhada na música, o que tem a partilhar como momentos alegres e adversos neste mundo da cultura? Tchakaze (T) – Momentos positivos estão intimamente ligados aos três prémios que

conquistei, dois deles com a música Nkata. Também guardo na minha memória um espectáculo que fiz em Inhambane que estava muito cheio e todos cantavam a música Nkata numa harmonia impressionante. Posso, ainda, fazer menção do lançamento do meu álbum. Tenho dificuldade de

Tudo requer sacrifício não dá para comparar nosso país com os outros países

apontar momentos negativos em forma de acontecimento, porque não guardo mágoas e acabo me esquecendo dos episódios. Mas já me negaram oportunidades e já cantei sem me pagarem. Tomo isso como aprendizado e uso para fortalecer-me. Contudo, a gravação do meu CD foi, sem dúvida, o momento mais difícil da minha carreira. Fiz tudo a custo próprio, as gravações eram com banda passei muito sufoco, mas já no fim surgiu um apoio vindo da Bz records, que foi de bastante ajuda. É a empresa responsável pelas multiplicações do meu CD e sou muito grata por isso. I – Os artistas moçambica-


ENTREVISTA

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trabalho como activista social para saúde e bem-estar emocional. I – Como artista, qual é o horizonte de vida de Tchakaze? T – Desejo crescer profissionalmente, ser dona de uma marca ou empresa, poder ter dinheiro suficiente e saber gerir. No fim, ser feliz para sempre. I – Que avaliação faz do estágio da música em Moçambique, tendo em conta o período do Moçambique Independente? T – Melhorou! Há espaço para todos e acho que cada nos dividem opiniões sobre se é possível viver da música no nosso País. Qual é a sua opinião? T – Possível é, depende dos objectivos, visão e estratégias de cada um. Tudo requer sacrifício não dá para comparar nosso país com os outros países, quando você olha para o território onde vive e numa real situação do meu país é preciso aprender a agir com inteligência e não ficar gastando dinheiro comprando a fama (vestir, comer, e andar em viaturas desnecessárias) é importante investir tendo em conta que isso pode acabar facil-

Há espaço para todos e acho que cada um tem o seu. Estilos

mente. Mas, podemos ser pequenos investidores ou empresários. I – Além de cantar, o que faz da vida? T – Sou formada em psiquiatria e saúde mental e

um tem o seu. Estilos novos surgiram como o pandza e géneros foram aceites como o rap. Há mercado para outros estilos como afro jazz e muito mais…


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CULTURA

Show live #FiqueEmCasa exalta diversidade cultural do país A quarta edição do projecto #FiqueEmCasa, promovido pelo Standard Bank em parceria com a Televisão de Moçambique (TVM) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM), associou o entretenimento e disseminação, através da música, de mensagens sobre a prevenção contra o novo Coronavírus às celebrações do 45° aniversário da Independência Nacional, assinalado no dia 25 de Junho, tendo como figura de cartaz o Grupo RM.

P

ara além deste agrupamento, o show live, que decorreu no dia 26, nas instalações da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da UEM, contou com a participação de outros artistas, tais como Isaú Meneses, Kaliza, Pureza Wafino, irmãs Domingas e Belita, para além da poetisa Arira Pontes, que declamou dois poemas, sendo um sobre a necessidade da observância das medidas de prevenção contra o novo Coronavírus e outro sobre a Independência Nacional. Segundo os organizadores do evento, a ideia do concerto era exaltar a diversidade cultural e linguística, bem como à unidade nacional, tendo em conta a representatividade dos artistas, que são provenientes das três regiões do País, nomeadamente norte, centro e sul. Apesar desta diversidade, as mensagens dos artistas tinham algo em comum: a necessidade de se apostar cada vez mais na prevenção, principalmente

numa altura em que se assiste à subida do número de casos da Covid-19 no País, com enfoque para a província de Nampula e Cabo Delgado, cujas cidades capitais, Nampula e Pemba, respectivamente, já são consideradas áreas de transmissão comunitária. Por isso, o director de Marketing e Comunicação do Standard Bank, Alfredo Mucavela, realçou a necessidade da consciencialização dos cidadãos sobre a prevenção, que assenta em três importantes medidas: a lavagem ou desinfecção das mãos; o uso correcto da máscara; e o respeito ao distanciamento social. "O Standard Bank está a contribuir na luta contra esta pandemia, educando os cidadãos de modo a perceberem que estas medidas de protecção são muito importantes, sobretudo agora. Nunca foi tão importante obser-

var estas medidas, como agora", considerou. E porque o concerto esteve, também, inserido nas celebrações do 45° aniversário da Independência Nacional, Alfredo Mucavela aproveitou a ocasião para enaltecer os feitos dos "jovens, homens e mulheres que se sacrificaram para que pudéssemos usufruir desta liberdade. Hoje somos livres porque houve quem abdicou de muita coisa para lutar pela Independência. A estes heróis, vai o nosso muito obrigado". Já o principal vocalista do Grupo RM, Wazimbo, louvou a iniciativa do Standard Bank, promotor do projecto #FiqueEmCasa, pois, na sua opinião, trouxe uma outra forma de fazer arte. "Este projecto trouxe-nos, acima de tudo, um aprendizado. Com a eclosão desta doença, aprendemos uma outra forma

de estar e de trabalhar, levando a música aos nossos admiradores, através das plataformas tecnológicas. Até porque ficar em casa não faria muito sentido, sem a componente cultural e recreativa", considerou Wazimbo. Por seu turno, o director da ECA, João Miguel, referiu-se ao recurso à arte e ao entretenimento como um aspecto importante do projecto #FiqueEmCasa, pois, conforme explicou, "estes dois elementos têm uma forma muito específica de transmitir mensagens, neste caso sobre a prevenção contra a Covid-19, que é o objectivo desta iniciativa". "Através da música, em particular, as pessoas facilmente recebem melhor e assimilam as mensagens, e passam a agir de forma responsável, do que quando recorremos aos discursos. A sociedade vai moldar o seu comportamento e adequá-lo ao actual contexto, pois a música está presente em todas as dimensões da vida e tem um efeito mobilizador", sublinhou João Miguel. Importa realçar que a quarta edição do projecto #FiqueEmCasa, que contou com a performance do Grupo RM, é uma iniciativa de cariz sociocultural que foi transmitida nas redes sociais do Standard Bank e ainda pela TVM e Rádio Universitária da UEM


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CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Bife de fígado com à Milou Ingredientes:

1 kg de fígado vaca 1 cebola média cortada em rodelas finas 1 colher de massa de alho 1 tomate grande, bem maduro sem sementes e pele, cortado em cubos 1/2 pimento verde cortado em tiras 2 folhas de louro Salsa q.b. Azeite q.b. Sal q.b. Pimenta preta em pó q.b. 4 copos de leite líquido

Preparação:

Começe por limpar o fígado, faça-o em bifes, lave-os e deixe repousar durante 10 minutos numa tigela com leite para retirar totalmente o cheiro e amaciá-lo. Findo esse período, retire

os bifes do leite e lave novamente em água colocando num escorredor para retirar o excesso, durante 10 minutos. Depois, tempere os bifes e deixe marinar durante uma hora. Findo esse tempo, aqueça o azeite numa frigideira e passe os bifes um a um, reservando o tempero que marinou. Terminado esse processo coloque a cebola, o tomate, o pimento (e todos os restantes ingredientes) e o marinado para fazer o molho. Quando o molho estiver quase grosso, coloque o fígado e deixe ferver durante mais algum tempo para apurar Sirva com batatas cozidas ou a murro. Bom proveito!

Caldeirada de lulas à Milou Ingredientes:

1kg de lulas limpas cortadas 500g de batata cortada em rodelas 1 cebolas cortadas 1 pimento verde cortado em tiras ½ pimento vermelho cortado em tiras 2 tomates bem maduros sem pele 3 folhas de louro 3 dentes de alhos picados 1 ramo de salsa 1 dl de azeite 1 cubo de caldo de marisco 2 dl de vinho branco 3 piri-piri verde Sal q.b. Água q.b.

Preparação:

Numa panela, leve ao lume o azeite, a cebola, os alhos e as folhas de louro

e deixe refogar durante alguns minutos. Depois junte o tomate, o pimento verde e vermelho e a salsa. Deixe refogar mais alguns minutos. Junte as lulas, o caldo, o piri-piri e en-

volva bem. Regue com o vinho, rectifique o sal e junte as batatas e um pouco de água. Deixe-as cozer e apurar o molho Bom apetite!


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