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Economia

Reinvenção é saída para adversidades do mercado - defende Manuel Rony Domingos, informático e gestor

IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 101 Sexta - feira,26 de Junho de 2020 Av. Karl Marx nº 1975 – RC

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

NOVO PCA DA EDM DESAFIADO A ELECTRIFICAR ZONAS RURAIS Sociedade

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EM SOFALA

Obras da ponte sobre Rio Búzi na fase decisiva

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Economia

Jovens devem apostar no mundo de negócio


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Já a venda nas bancas

FICHA TÉCNICA

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Onde Mora a Chama da Esperança

Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Director Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone Fotografia Salvador Sigaúque

Web master Paulino Maineque Marketing Hélia Panguiwa e Nestor Arcanjo Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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POESIA

Na Bênção e Salvação! Sorriso divinal no lindo rosto Brilho n’olhar tão condizente Alegria facial quão a gosto Luz irradiante, sol nascente Beleza, modo “bem-disposto” De e a todos um presente Bênção e salvação aposto Maldade nela toda ausente Bondade ímpar acha santo posto Boa intenção projecta-se complacente Retoque do penteado todo composto Com Feliz Aniversário em mente!

(Rose Moreira, Maputo, 22/05/2020)

Brilho de Mulher de Chapala! Em Chapala tanto hoje brilha Sol ardente, luminoso e cintilante Nuvens desde a aurora sumidas em pilha Lua acalentando estrelas, quão brilhante Dia iluminado, maldades fora da trilha Por todos os cantos “elulu” sonante Em razão insólita de uma filha No alto Chapala nascida já radiante Mulher que cultura do seu povo perfilha Conquanto noutros mundos se levante Enquanto no “pankwe” hinos de paz dedilha Temperando a saúde com “natxuva” aleitante!

(Rose Moreira, Maputo, 03/06/2020)


POESIA

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Fundo D’Amores Profundos! Do fundo luzes despontam e encantam E amores profundos também Iluminam pessoas que vos decantam Muita e longa vida de bem Momentos que vos cantam “Fundo d’alguém é céu d’alegria”! Onde ímpares estrelas cintilam Amor profundo, grande vitória Sopros d’amor e carinho ventilam Vida vos encha de longa história Na linda presença que vos destila Feliz aniversário e toda a glória

(Rose Moreira, Maputo, 11-12/06/2020)

No Auge da Nação Independente! Contigo cresce o meu Moçambique Oh, mulher cheia, minha estrela cintilante Tua docilidade desafia o estado trambique Oh, emancipada mãe, guardiã acutilante Tens a esperança do Bomçambique Oh, múltipla profissional actuante Até que outra sabedoria pontifique Tua lustrosa sapiência será contagiante Tal que nova mulher pelo país edifique Noutros 45 anos de independência desafiante Tua liderança patriótica se solidifique e multiplique No auge da nossa nação una e independente!

(Rose Moreira, Maputo, 25/06/2020)


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BIOGRAFIA

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Biografia de Eduardo Nihia

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duardo Nihia é natural da província de Nampula. Integrou-se na Frente de Libertação de Moçambique a 15 de Junho de 1963 e fez parte do grupo que teve treinos militares na Ar-

gélia. Em Junho de 1964, foi chamado, juntamente com os seus colegas, para Dar-es-Salaam, na Tanzânia. Depois de alojado, teve um jantar com o comandante Filipe Samuel Magaia. Na altura, foi informado que tinha sido destacado para ir sozinho para Moçambique, em Nampula, onde deveria preparar a população para o início da Luta Armada. Quando entrou em Moçambique, foi directo para Malema, em Nampula, sua terra natal. Nihia revelou, num Simpósio, que com o dinheiro que tinha comprou uma bicicleta para facilitar a sua deslocação nos distritos de Ribáuè, Lalaua, na província de Nampula, e depois foi para Zambézia. A sua tarefa era entrar em contacto com os líderes das zonas por onde passava e informá-los que a Frente de Libertação iria iniciar a Luta de Libertação Nacional, e depois reconhecer os lugares possíveis para a movimentação da guerrilha. Em Agosto de 1964, recebeu orientações para ir a Blantyre, no Malawi, onde recebeu um telegrama mandando-o ficar por lá até receber novas ordens. Uma semana depois, chegou Alberto Nkutumula, no Malawi, que

lhe trouxe as novas ordens. Nihia devia deslocar-se para as regiões de Lugela, no Posto Administrativo de Tacuane, Zambézia. Novamente, a sua missão foi de reconhecer as matas e contactar os velhos da região. Foi Nihia quem recebeu o grupo de combatentes com armamento integrado por Bonifácio Gruveta e António Silva, em Milange. Depois de fazerem o reconhecimento de Lugela, a 22 de Agosto de 1964, deu-se o primeiro tiro que sinalizou o início da Luta Armada naquela frente. Nihia combateu em Lugela de Setembro a Dezembro de 1964. Ele foi também comandante de operações militares nas províncias de Niassa e Manica-Sofala, durante a Luta de Libertação Nacional.


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BIOGRAFIA

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História da Bolsa de Valores

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m 1997, o Governo de Moçambique, através do Ministério do Plano e Finanças, criou a “Comissão Instaladora da Bolsa de Valores de Moçambique”, a qual teria por missão promover a organização do mercado de capitais em Moçambique, nomeadamente ao nível da criação das estruturas institucionais e de ordem jurídica necessárias e, bem assim, concretizar a instalação de uma Bolsa de Valores, figura logo inicialmente apontada como a mais adequada para dar corpo ao funcionamento de um mercado secundário organizado de valores mobiliários. Decorrido o período indispensável à organização das actividades da própria Comissão Instaladora, de forma a possibilitar o seu adequado funcionamento, e tendo esta sido, entretanto, dotada dos necessários recursos financeiros, providenciados quer pelo Estado, quer pelo Banco Mundial. Como corolário da actividade desenvolvida pela Comissão Instaladora, foram aprovados, pelo Conselho de Ministros, os instrumentos legais para o funcionamento da Bolsa de Valores de Moçambique, destacando-se os Decretos nº 48/98 e 49/98, ambos de 22 de Setembro, nomeadamente Regulamento do Mercado de Valores Mobiliários e sobre a Criação da Bolsa de Valores de Moçambique e constituição do seu Regulamento Interno. A Bolsa de Valores é uma pessoa colectiva de direito público, com a natureza de instituto público, dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Cabe a Bolsa de Valores a criação e manutenção de local e sistemas dotados de meios necessários ao funcionamento de um mercado livre e aberto para a realização de compra e venda de valores mobiliários. A Bolsa assegura também os serviços de registo, compensação, liquidação e divulgação de informação suficiente e oportuna sobre as operações realizadas. Constituem órgãos da Bolsa o Conselho de Administração (constituído no mínimo por 3 membros e no máximo por 5 membros nomeados pelo Ministro das Finanças, sendo que um deles proposto, embora com carácter não vinculativo, pelos Operadores de bolsa) e o Conselho Fiscal (composto por 3 membros, nomeados por despacho do Ministro das Finanças, dos quais um o preside). A nível do mercado da Bolsa, para além das “sociedades corre-

toras” e das “sociedades financeiras de corretagem” a actividade de intermediação financeira, ao abrigo da Lei 15/99 de 01 de Novembro (que regula o estabelecimentos e exercício da actividade das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras), pode ser desenvolvida pelas instituições de crédito. Contudo, somente os intermediários financeiros que se constituam como operadores de bolsa podem negociar directamente na Bolsa de Valores. A entidade supervisora do mercado de valores mobiliários é o Banco de Moçambique a quem cabem, diversas atribuições, previstas no artigo 4 do Decreto nº 48/98 de 22 de Setembro, para além das matérias que lhe sejam atribuídas por Lei. A forma como o mercado está organizado e estruturado, nomeadamente, os deveres dos intermediários na execução de quaisquer operações e na prestação dos demais serviços, o dever do segredo profissional a que estão vinculados os intermediários financeiros, os deveres de informação impostos às entidades emitentes e à própria Bolsa de Valores, o regime aplicável a crimes e contravenções no âmbito do mercado e, finalmente, a natureza das atribuições do Banco de Moçambique, criam as condições necessárias ao efectivo funcionamento do mercado, de acordo com elevados padrões de integridade, regularidade, normalidade e transparência. É importante salientar que no decurso das suas actividades, a Bolsa de Valores de Moçambique cumpre e faz cumprir a legislação e regulamentação em vigor, a qual consagra todo um leque de mecanismos que têm por objectivo o estabelecimento de meios efectivos de protecção ao investidor. É o caso, designadamente, de todo o dispositivo legal respeitante à informação a prestar pelas entidades com valores cotados, e bem assim do que tem a ver com as condições de realização das operações e, em especial, com as condições do exercício da actividade de intermediação financeira. Por outro lado, a BVM tem desenvolvido de uma forma activa, um conjunto de tarefas no quadro do apoio ao investidor, em especial os investidores particulares, designadamente no plano de prestação de esclarecimentos ligados à intervenção no mercado e ao exercício de direitos.


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Turismo

Reserva Nacional de Chimanimani

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ocalizado no distrito de Sussundenga, na Província de Manica, a Reserva Nacional de Chimanimani abrange o Monte Binga, o ponto mais alto do país, junto à fronteira

com o Zimbabwe. Criada em 2000, a reserva possui um ecossistema rico com zonas montanhosas, de paisagens rochosas e espécies únicas de plantas, aves, répteis e borboletas

Via terrestre

Pode chegar à Reserva pela fronteira de Machipanda, Cidade da Beira (corredor da Beira) a partir da Cidade do Chimoio. A Reserva tem várias ligações rodoviárias com o Norte, Centro e Sul de Moçambique, assim como para quem vem do Zimbabwe. É recomendável viajar num veículo 4×4.

Via aérea

Existem vôos directos a partir da cidade de Maputo para o Chimoio. Chegado a Chimoio, deve continuar a viagem para a Reserva num veículo 4×4.


Turismo

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Anos

Independência de Moçambique


OPINIÃO

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Junho 1980 – Junho 2020:

40 Anos meticalizando Moçambique ante um mercado monetário desfavorável! Por: Roseiro Mário Moreira Comunicador de ciência, formado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Relações Internacionais e Diplomacia, é também docente e escritor.

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unho é verdadeiramente um mês histórico para a nossa Pérola do Índico e tão bela Pátria Amada. A 25 de Junho de 1975, no então território de Mussa Al Bique, mais tarde uma das Províncias Ultramarinas de Portugal, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), na altura movimento revolucionário libertador de todos os moçambicanos ainda não constituído como partido político proclama e regista indelevelmente nos anais mundiais a sua independência total e completa através do saudoso Presidente Samora Moisés Machel. Livrando-se da humilhante designação de Província Ultramarina de Moçambique (como um forçado prolongamento além-mar da República Portuguesa), a terra de Mussa Quanto, Mawewe, Mutota, Maguiguana, Sochangane e Ngungunhana, passou para a nomenclatura de República Popular de Moçambique (RPM), mas adoptou temporariamente o “Escudo ($)” como moeda para as suas trocas comerciais. Cinco anos depois, a 16 de Junho de 1980, após um intenso trabalho pilotado por Sérgio Vieira, com o bicudo secretismo característico da época, o “Metical (MT)” iniciava a sua circulação no país como moeda genuinamente nacional em substituição lógica do escudo português desengajando-o da economia do país nascente tal e qual a bandeira e o hino daquele país colonizador. O mesmo colonizador que se pretendia perpétuo na nossa terra gloriosa porquanto nos negara a liberdade com o Massacre de Moeda infligido contra mais de 600 moçambicanos no Planalto dos Macondes a 16 de Junho de 1960. A Bíblia para Moçambique fora porém reescrita com melhores horizontes para o seu povo, quando a 20 de Junho de 1920, na área hoje conhecida por Al-

deia de Nwahanjane, nascia Eduardo Chivambo Mondlane, o pastor infantil pobre como tantas crianças africanas, em quem a Missão Suiça encontrou a estrela que tiraria o país da secular noite de opressão. Sem desqualificar nenhuma, destas três importantes efemérides juninas para Moçambique escolhemos que nos debruçássemos hoje sobre os 40 anos da vigência do Metical, como moeda nacional que tem enfrentado um mercado monetário regional e internacional tão desfavorável quanto desafiante. Com a maior parte das suas importações de produtos básicos provindo da República da África do Sul (RAS), Moçambique lança o seu Metical já com o espaço regional de diplomacia monetária sob o domínio do Rand (R), a moeda do então país do regime segregacionista do Apartheid. Sendo um país rodeado por diferentes soberanias monetárias o seu Metical teria ainda que competir com as moedas já estabelecidas de cada um dos seus vizinhos, mais notoriamente nos distritos fronteiriços onde as moedas desses países têm tido sempre ascendência sobre a moeda moçambicana. A nível internacional, como tantas moedas emergentes e até as já firmadas, a vida do Metical foi sendo desafiada no decurso dos 40 anos da sua existência pelo gigante Dólar americano e pela Libra Esterlina, num claro exercício de coragem com vitórias obscurecidas pela pujança dos sistemas financeiros domésticos dos Estados Unidos da América e da Inglaterra. Hoje, o que se pode contar das bem-intencionadas e políticas monetárias visando a meticalização efectiva de Moçambique redunda na sucessivamente crescente desvalorização da orgulhosamente nossa moeda nacional

face às principais moedas de circulação mercantil mundial. Nem mesmo aquela que é tida como uma das suas principais “metamorfizações cosméticas”, havida em 2006 com a segunda maior operação oficial de troca de moeda no Moçambique independente, salvou o Metical da sua fraca competitividade no mercado monetário internacional que a desafia quase sem muitas saídas de sucesso na empreitada de meticalização da economia nacional. A propósito, essa mega operação de resgate da importância doméstica da nossa moeda de orgulho nacional para uma eventual subida de competitividade no concerto monetário das nações não foi aquém de uma segunda edição Metical (MT) com o romantizado nome de “Metical da Nova Família (MTn)”! Com efeito, a redução gráfica de três “zeros” (passando de 1.000,00 MT para 1,00 MTn), o que baixou o valor facial da famosa nota “Malangatana” de 5.000,00 MT o de uma moedinha de 5,00 MTn, não engrandeceria esta nova versão na paridade relativamente às moedas da praça internacional. Transcorridos 24 anos após a cosmética mudança do Metical, a corrosão do seu poder de compra é ascendente e a depreciação relativamente ao Rand, Dólar, e à Libra não se mostra vencida. Continua o Metical na sua jornada monetária nacional como moeda oficial de trocas comerciais amiúde trocada quase que oficialmente pelo reconhecido poderio do vizinho Rand e do transatlântico Dólar! É, todavia a nossa moeda de orgulho nacional, a qual devemos valorizar, usando-a desde a apresentação dos orçamentos em praças internacionais até à operacionalização dos programas quinquenais e dos planos sectoriais de actividades e orçamento


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OPINIÃO

Olhemos para o futuro

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elebrar a Independência deve constituir, sempre, um motivo de orgulho. Contudo, à medida que o orgulho se impõe é necessário olhar para os nossos desafios: presentes e futuros. Ou seja, o que somos e o que podemos ser nos próximos anos. Para mim, fundamentalmente, temos de apostar na educação, na saúde, no desporto, na agricultura e no turismo. Temos também de ser suficientemente empreendedores para tornar mais robusta a nossa economia. Se educação, saúde e desporto garantem-nos um país predisposto à encarar os seus desafios; o empreendedorismo dar-nos-á condições para tornar o essencial possível. Onde há uma criança a correr desgarrada deve existir uma bola, uma escola e um posto de saúde. A agricultura é das principais actividades do povo moçambicano, e para ser sustentável, não só para as famílias, mas também para atingirmos a independência económica, ela deve ser mecanizada para superarmos as necessidades internas e exportarmos.

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O turismo por sua vez é das actividades que mais cresce no mundo, contemplando uma cadeia de valores que cresce dia a dia, sendo possível comercializar quase tudo para o turista. Para o turista, podemos vender nossa arte, nossa cultura, nossa tradi-

ção, nosso entretenimento, e muito mais. Temos também de esquecer o espírito da guerra e embainhar a espada. Com 45 anos já não somos crianças para embirrar por tudo e por nada. Já não somos adolescentes para andar aos socos e nem jovens para pensarmos somente no nosso umbigo. Somos adultos o suficiente e temos a responsabilidade de criar um País em harmonia com o bem-estar e a justiça social. Os nossos objectivos devem para isso se virar. Para o desenvolvimento, para o enriquecimento e para a diminuição de assimetrias. Nenhum homem, nenhuma formação política e nenhum grupo de homens têm o direito de não lutar por isso. Nós, os mais jovens, temos de fazer aquela pergunta básica: Não o que o País fez por nós, mas o que nós vamos fazer por ele? É nisso que devemos reflectir para celebrar a nossa existência enquanto país. A nossa luta comum, independente de religião, raça ou cor partidária, é o desenvolvimento A luta continua!

Yassin Amuji


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SOCIEDADE

EM SOFALA

Obras da ponte sobre Rio Búzi na fase decisiva As obras de construção da ponte sobre Rio Búzi, na província de Sofala, entraram esta semana para a fase decisiva, com o início da implementação de pilares. Concluída aquela etapa, em Julho próximo, seguem-se os trabalhos de montagem do tabuleiro com mais de seiscentos metros de cumprimento.

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O empreendimento faz parte do projecto de asfaltagem da estrada que liga Búzi, iniciado em 2018, com a du-

ração de três anos num investimento de cerca de nove mil milhões de meticais. Segundo Ashan Bujei, um

dos responsáveis pela empreitada, todo o material para a edificação da ponte já se encontra no país, sendo que os trabalhos decorrem normalmente. “Já 30% da ponte está avançada, depois de uns dez dias iremos fazer a betonagem, uma coisa de cinquenta camiões de betão", disse. A ponte sobre o rio Búzi é uma das três infra-estruturas que serão construídas ao longo dos cerca de 149 quilómetros da estrada, que parte de Tica, no distrito de Nhamatanda, até a localidade de Guara-guara, no Búzi.


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BCI e Congregação das Irmãs Franciscanas de mãos dadas A Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, no distrito de Marracuene, em Maputo, recebeu do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), um lote de meios de protecção e de higienização composto por máscaras reutilizáveis e caixas de sabão, no quadro da prevenção contra o novo Coronavírus.

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epresentado por Victória Poço, Directora Central Adjunta para Área de Retalho e Empresas Sul, o BCI destacou “as acções que têm vindo a ser realizadas por esta Instituição de caridade, em prol sobretudo

das crianças órfãs, muitas das quais vivendo em situação difícil”. Victória Poço enalteceu, em particular, “o trabalho exemplar que as irmãs Franciscanas têm vindo a desenvolver, para que as camadas mais vulneráveis encontrem aqui Onde Mora a Chama da Esperança

amparo. Queremos, por isso, manifestar uma vez mais a nossa solidariedade para com todos vós por esta missão que nos encoraja a continuarmos a fazer ainda mais e melhor”. A Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição acolhe 300 crianças, metade do sexo feminino e outra metade do sexo masculino. Conforme afirmou a Irmã Ana Artur, Superiora Provincial, neste momento a instituição procura en-

contrar famílias onde as crianças possam ficar. “Aqui temos redobrado esforços para que possamos manter todo o cuidado e toda a higienização. E esta visita e apoio que nos dão, realmente, é uma mão muito grande. Agradecemos de todo o coração, aliás, desde o princípio, o BCI ajudou esta nossa instituição de outras maneiras, e hoje através destes produtos. Continuamos realmente a contar convosco, como sempre contámos”, concluiu Ana Artur.

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Cidadãos vêm 45 anos coroados de êxitos Os 45 anos da Independência Nacional comemoram-se numa altura em que o país enfrenta a guerra em Cabo Delgado, protagonizado por indivíduos sem rosto, ataque no centro do país atribuídos à Junta Militar da Renamo e a pandemia da COVID-19. Fora isso, os cidadãos entrevistados dão nota positiva ao Governo desde a proclamação da Independência a esta parte.

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ntretanto, os cidadãos que falaram ao Imperdível divergiram em diversos aspectos na análise do período da Independência. O idoso Saul Cambula, por exemplo, explicou que os 45 anos traduzem uma vitória para o povo, pois antes vivia espezinhado e agora está livre da opressão e humilhação a qual era exposto na sua própria terra. Segundo Cambula, quando desenhou-se a Luta Armada a ideia era libertar a terra e o povo. “Este objectivo foi alcançado com muito sacrifício, vidas tombaram para o bem da maioria. Hoje o que devemos fazer é agradecer o esforço daquelas que deixaram tudo para dar a vida pelos outros”,

avaliou. O idoso critica as vozes que afirmam que nestes 45 anos nada foi feito. No ponto de vista de Cambula muita coisa mudou e a mudança é grande. “É só olharmos para o sector dos transportes, ninguém imaginava que teríamos tantos carros. As próprias estradas, escolas e hospitais estão melhorados e mais perto dos cidadãos, o que no passado era impossível. Na era colonial para encontrar uma escola era preciso percorrer muitos quilómetros”, recordou. Cambula lembrou, ainda, que naquela época os moçambicanos não tinham direito de um lugar de destaque na sociedade portuguesa, limitavam-se apenas a ser serventes e escravos de campo, num trabalho obrigatório e forçado. “Infelizmente a juventude desconhece o valor real da Independência, mas não é por culpa dos mais velhos ou falta de informação e sim

pura ignorância. Os jovens não consultam as pessoas mais velhas, desprezam o ensinamento e acham-se mais conhecedores da nossa história porque estudaram muito. São senhores doutores…”, advertiu. Outro cidadão abordado é Vicente Chirindza. Na sua opinião, durante os 45 anos muita coisa mudou independentemente dos obstáculos que o país. “Moçambique mudou nestes 45 anos de independência. Há coisas que não tínhamos aqui. Também existem lugares que não poderíamos pisar, mas agora é diferente. O moçambicano não era permitido pisar em lugares onde o português estivesse”, contou. Apesar dos ganhos, segundo Chirindza, a independência de Moçambique

não é total, pois, depende de terceiros para financiar o orçamento do Estado por exemplo, sem contar que a

agricultura nacional ainda não está evoluída. “Para além disso, muitos irmãos moçambicanos passam necessidades, há mortes todos os dias. A liberdade não é totalmente completa. O Governo tem de fazer o máximo para trazer a independência total em todas as vertentes”, apelou.

Por outro lado, Alexandre Matavel, vendedor ambulante, louvou o esforço daqueles que trouxeram a Independência Nacional pois, para ele, a liberdade não tem preço, mas há muita coisa a falhar nestes 45 anos da independência. Matavel aponta várias conquistas alcançadas neste período, principalmente a liberdade de expressão, autodeterminação do povo, acesso livre em lugares que antes eram só para o colonizador, a igualdade de género e o multipartidarismo.


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ECONOMIA

Reinvenção é saída para adversidades do mercado - defende Manuel Rony Domingos, informático e gestor Chama-se Manuel Rony Domingos, tem 40 anos de idade, nasceu na província de Tete, distrito de Songo. Fez a licenciatura em informática de gestão, pós-graduação em engenharia de software pela Universidade Politécnica e trabalha na área de gestão informática há sensivelmente 22 anos.

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sua paixão pelo mundo empresarial começou no decurso da sua licenciatura, quando foi convidado pela instituição universitária como estagiário na sua área de formação no grupo IPS, proprietária da universidade. Pelo seu empenho e dedicação, foi confiado vários cargos, primeiro no departamento de informática, o qual gere toda área tecnológica do grupo IPS, incluindo a própria universidade. Dentre várias iniciativas do grupo IPS foi igualmente convidado a fazer gestão do Hotel Chuabo, na província da Zambézia e posteriormente dirigiu uma clínica em Cabo Delgado, norte de Moçambique. Com o decorrer do tempo, segundo conta Manuel Rony,

Temos tido cada vez mais clientes exigentes a nível nacional.

surgiu uma ideia de propor aos donos do grupo IPS a necessidade de deixarem de ser apenas um departamento e tornar-se uma empresa de carácter comercial em que não só faria a gestão da parte informática do grupo IPS, mas também explorariam a componente comercial fora do grupo, o que hoje chamam da empresa IST ou simplesmente, serviços de tecnologia.

“Dentro do IST, compilamos tudo aquilo que eram serviços que faziam parte do foco da Universidade ou do grupo IPS, nomeadamente: serviços de informática; construção; carpintaria; electricidade e outros desafios até chegarmos aos serviços de limpeza. Portanto, o nosso alvará acoplou os serviços de limpeza, mas depois percebemos que o exército que carregávamos de trabalhadores, principalmente tendo herdado os da limpeza, era muito grande para aquilo que era o nosso tempo no mercado, provavelmente estávamos a dar um passo maior”, disse. Volvido algum tempo, de acordo com o nosso interlocutor, perceberam que haviam acumulado bastante conhecimento e viram a necessidade de desassociar a construção da componente


ECONOMIA

No decorrer da construção dessas duas empresas, desempenhava o papel de director técnico da empresa de informática e por cima de mim tinha uma administradora e um director-geral de informática, dai, surgiu mais uma proposta de criação da empresa de construção que se chama Instituto Politécnico e Construção (IPC). “No decorrer da construção dessas duas empresas, desempenhava o papel de director técnico da empresa de informática e por cima de mim tinha uma administradora e um director-geral”, referiu, acrescentando que em 2015, foi convidado a deixar de desempenhar o papel de director técnico da empresa IST e passou para a direcção geral das duas empresas e posteriormente, foi-lhe dado um cargo de forma acumulativa como administrador

executivo dessas duas empresas. Como qualquer empresa, têm enfrentado vários desafios no mercado. No âmbito da empresa de informática em particular, é preciso uma reinvenção diária se não constante, pois têm de estar suficientemente actualizados para fazer face aquilo que são as novas iniciativas ou desafios que o mercado oferece. “Temos tido cada vez mais clientes exigentes a nível nacional. Para sobreviver temos de nos reinventar às várias iniciativas e formas de ser e estar como empresa de construção. Portanto, uma forma rígida de nos apresentar não nos trás nenhum ganho, pois há várias formas de fazer construção assim como de fazer o próprio negócio. Todo mundo quer construir, pagar a baixo preço e nós temos de saber como nos posicionar em relação a este desafio”, realçou. De acordo como o nosso entrevistado, vive-se agora um momento desafiante, devido a pandemia da COVID-19, onde as pessoas estão confinadas, retenção dos mercados, pouca procura,

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ausência de lucros e provavelmente até a ausência de oportunidades de negócio, mas segundo ele, para as empresas que estão sob a sua

mos os desafios das escolas que estão a fazer módulos de ensino a distância e temos sempre algo para dizer como soluções”, referiu. Neste momento de distanciamento social por exemplo, segundo contou Manuel Rony, as empresas que estão sob a sua gestão, têm criado soluções tecnológicas para que os seus clientes consigam dar continuidade das suas actividades. “O sector de construção continua a dar bons resultados. Com o rendimento que temos, da para sobreviver, pagar as nossas contas fixas, honrar os compromissos com os nossos fornecedores e credores”, enfatizou. Contudo, Rony diz que os

gestão, têm tido momentos completamente contrários daquilo que seria o cenário que se pode desenhar neste momento de confinamento. “Temos uma procura razoável, que nos estabiliza durante este período de isolamento social. Olhando para a informática, hoje te-

desafios que enfrentou na vida e o aprendizado que adquiriu durante a sua carreira profissional, o motivaram a criar o seu próprio empreendimento. Hoje tem duas empresas, uma de informática e outra de limpeza onde emprega um número considerável de moçambicanos.


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ECONOMIA

No dia do Metical

BCI promove educação financeira em Morrumbene ço que o Banco efectuou da sua capacidade para permitir uma utilização mais intensiva dos canais alternativos, potenciando a vasta rede de ATM, de POS e plataformas alternativas, como os canais daki via internet (eBanking) e APP BCI, o Whatsapp daki e o Celular daki, que para além do pagamento com cartão ou através de meios digitais, possibilitam a realização de operações bancárias de forma cómoda e segura, em alternativa à deslocação a uma

Por ocasião do dia do Metical que se assinalou no dia 16 de Junho, o BCI promoveu uma acção de educação financeira no distrito de Morrumbene, província de Inhambane, através de uma palestra proferida por Francisco Miguel Bernardo, colaborador afecto à Agência do BCI, naquele ponto do País.

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uma iniciativa do governo ao nível daquele distrito, através do serviço distrital de educação, juventude e tecnologia, a palestra foi difundida, em directo, na Rádio Millenium, cujo raio de radiodifusão alcança, para além de Morrumbene, os distritos de Massinga, Maxixe, parte da cidade de Inhambane e localidades circunvizinhas. Centrando a sua intervenção no valor do Metical, na importância do dinheiro e nos desafios da prevenção da COVID-19, Francisco Bernardo incidiu ainda sobre o papel do sistema financeiro, as formas alternativas de poupança, o desafio de poupar em tempos de crise, e sobre as formas de disciplinar as finanças pessoais e familiares. Após uma breve resenha histórica sobre a moeda na-

cional e contextualizando o momento actual que o país e o mundo atravessam, o palestrante particularizou, ao longo da sua intervenção, as medidas que o BCI tem vindo a levar a cabo perante este cenário de pandemia. Bernardo afirmou que, como em todo o país, em Morrumbene o Banco introduziu medidas preventivas, visando proteger clientes, colaboradores e demais uten-

tes, no âmbito da luta contra a propagação da COVID-19, entre as quais a demarcação do pavimento, com vista a assegurar o distanciamento necessário; a limitação do número de pessoas no interior da agência; o uso obrigatório de máscaras; a disponibilização de meios de higienização e o respeito das etiquetas recomendadas pelas autoridades de saúde. Salientou ainda o refor-

unidade de negócio. Refira-se que em Morrumbene, distrito situado na parte central da província de Inhambane, o BCI dispõe de 1 unidade de negócio, 2 ATM e 23 POS. Na província de Inhambane, o BCI tem 13 unidades de negócio, 31 ATM e 806 POS, e a nível nacional, o Banco conta com um total de 210 unidades de negócio, 586 ATM e 15785 POS.


ECONOMIA

Sexta-Feira, 19 de Junho de 2020

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"Jovens devem apostar no mundo de negócio" - aconselha o empreendedor Paulo Tembe Paulo Tembe é um jovem estudante do terceiro ano do curso de engenharia e gestão industrial. Nasceu na cidade de Maputo e tem 25 anos de idade. É empreendedor no ramo de venda de automóveis, há sensivelmente três anos. Texto: Rosa Manhique

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sua veia empreendedora surgiu quando um amigo da faculdade apresentou-lhe o trabalho de venda de carros nas províncias e decidiu aliar-se a ele no negócio. “Compramos a primeira viatura e tratamos da legalidade de todos os documentos para o efeito de venda. O nosso público-alvo está na zona centro e norte do país, pois geralmente eles têm condições de comprar, mas não cultivaram o hábito de viajar para adquirir carros”, revelou, acrescentando que a sua primeira venda foi de uma viatura de marca Toyota, modelo Vitz e tiveram um lucro acima do esperado. A entrega das viaturas, segundo o nosso entrevistado, é feita ao domicílio, mediante contacto com os interessados. Maior parte das viaturas vendidas é adquirida no Japão e duram em média 40 a 60 dias para embarcar. Outras são provenientes de Durban, na vizinha África de Sul, o que facilita o processo de deslocação para Moçambique. “Para o caso de Durban, normalmente viajamos com os nossos clientes para ver a qualidade das viaturas que pre-

nomear naquele ramo de negócio. “Vendemos mais viaturas comerciais e de baixo consumo, normalmente de marca Toyota. Em períodos normais, vendemos cerca de 50 a 60 viaturas por mês, mas desde que a Covid-19 tornou-se uma realidade no nosso país, as nossas vendas reduziram para duas a três viaturas dentro de um mês”, lamentou. Como motivação para continuar a trilhar no mundo de

tendem comprar e os custos das viagens são partilhados” acrescentou. Segundo o vendedor, satisfazer os seus clientes oferecendo-lhes segurança e a qualidade de serviços, eliminou de certa forma as possíveis dificuldades que se podem

empreendedorismo, o jovem Tembe, orienta-se pela seguinte frase: “parar é morrer, pois aquele que para, fica bloqueado e com a mentalidade limitada”. No fim, o nosso interlocutor aconselhou os jovens a não pautarem pela vida de ostentação e correrem atrás de seus sonhos. “Todo jovem tem habilidade em uma certa área. É necessário que cada um faça uma auto-avaliação e busque se aplicar no que de melhor sabe fazer”, concluiu.


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Sexta-Feira, 26 de Junho de 2020

POLÍTICA

Vitória Diogo quer inovação nos funcionários do Estado A Secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo, desafiou os funcionários e agentes do Estado a criar e inovar nos locais de trabalho, elevando, desse modo, o nível de qualidade dos serviços prestados aos utentes.

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itória Diogo falava por ocasião da celebração do dia 23 de Junho, Dia Internacional da Função Pública, este ano subordinada ao lema: "Acção hoje, Impacto Amanhã: Inovando e Transformando as Instituições Públicas para o alcance dos Objectivos do

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Desenvolvimento Sustentável". Na ocasião, destacou que o lema orienta os profissionais da função pública a garantir a qualidade e a inovação da prestação de serviços, conforme as necessidades do cidadão, bem como a modernização da administração pública e reforço da capacidade para a melhoria da prestação do serviço ao público. A governante advertiu sobre a importância de modernizar os

serviços, introduzindo procedimentos de sistemas modernos e inovadores, apostando em tecnologias modernas que simplifiquem os procedimentos e facilitem ao cidadão o acesso aos serviços com a qualidade desejada. Entretanto, dias antes, Vitória Diogo, havia exortado, aos gestores públicos abrangidos pela lei de probidade pública a declararem os seus bens e patrimó-

nio, à luz da lei. A admoestação foi feita no âmbito da abertura da capacitação aos directores de serviços provinciais, chefes de departamento e outros quadros de direcção dos serviços provinciais de representação do Estado. Recentemente, iniciaram as actividades da comissão de recepção e verificação da procuradoria provincial, das declarações de rendimentos dos titulares de cargos de direcção dos órgãos públicos. A capacitação visava divulgar o regulamento de procedimentos, para a suspensão de remuneração mensal e pagamento da multa a aplicar ao titular de cargo ou função pública sujeito à declaração de bens e património que não entrega a declaração ou a entrega fora do prazo. O decreto sobre a matéria foi aprovado em Março passado, pelo Conselho de Ministros e entrou em vigor neste mês de Junho.


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Sexta-Feira, 26 de Junho de 2020

POLÍTICA

Novo PCA da EDM desafiado a electrificar zonas rurais O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, desafiou Marcelino Alberto, o novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Electricidade de Moçambique (EDM), a cumprir com o programa governamental de electrificar todas zonas rurais até 2024.

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par daquela prioridade, Rosário disse que tem de estar na agenda do novo timoneiro da EDM o desenvolvimento de infra-estruturas de interligação eléctrica com os países vizinhos, incluindo as trocas comerciais daquele recurso energético no âmbito da “Southern

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African Power Pool”, o que confere à Moçambique um papel de destaque no sector de energia a nível da SADC. O governante reconheceu o empenho do anterior PCA da EDM, Aly Impija, e afirmou que espera pela sua contribuição para o desenvolvimento do sector eléctrico no País


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Sexta-Feira, 26 de Junho de 2020

CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Bife de fígado com à Milou Ingredientes:

1 kg de fígado vaca 1 cebola média cortada em rodelas finas 1 colher de massa de alho 1 tomate grande, bem maduro sem sementes e pele, cortado em cubos 1/2 pimento verde cortado em tiras 2 folhas de louro Salsa q.b. Azeite q.b. Sal q.b. Pimenta preta em pó q.b. 4 copos de leite líquido

Preparação:

Começe por limpar o fígado, faça-o em bifes, lave-os e deixe repousar durante 10 minutos numa tigela com leite para retirar totalmente o cheiro e amaciá-lo. Findo esse período, retire

os bifes do leite e lave novamente em água colocando num escorredor para retirar o excesso, durante 10 minutos. Depois, tempere os bifes e deixe marinar durante uma hora. Findo esse tempo, aqueça o azeite numa frigideira e passe os bifes um a um, reservando o tempero que marinou. Terminado esse processo coloque a cebola, o tomate, o pimento (e todos os restantes ingredientes) e o marinado para fazer o molho. Quando o molho estiver quase grosso, coloque o fígado e deixe ferver durante mais algum tempo para apurar Sirva com batatas cozidas ou a murro. Bom proveito!

Caldeirada de lulas à Milou Ingredientes:

1kg de lulas limpas cortadas 500g de batata cortada em rodelas 1 cebolas cortadas 1 pimento verde cortado em tiras ½ pimento vermelho cortado em tiras 2 tomates bem maduros sem pele 3 folhas de louro 3 dentes de alhos picados 1 ramo de salsa 1 dl de azeite 1 cubo de caldo de marisco 2 dl de vinho branco 3 piri-piri verde Sal q.b. Água q.b.

Preparação:

Numa panela, leve ao lume o azeite, a cebola, os alhos e as folhas de louro

e deixe refogar durante alguns minutos. Depois junte o tomate, o pimento verde e vermelho e a salsa. Deixe refogar mais alguns minutos. Junte as lulas, o caldo, o piri-piri e en-

volva bem. Regue com o vinho, rectifique o sal e junte as batatas e um pouco de água. Deixe-as cozer e apurar o molho Bom apetite!


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