IMPERDIVEL - 100

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Sociedade

Cidadãos reinventam-se em tempos da COVID-19

IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo. co.mz www.idolo.co.mz

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano IlI Edição nº 100 Sexta - feira,19 de Junho de 2020 Av. Karl Marx nº 1975 – RC

Estado de emergência

PM ESTÁ EM NAMPULA PARA AVALIAÇÃO DECISIVA Sociedade

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CE-CPLP oferece um milhão de cursos gratuitos para a população

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Economia

Nova era para Vale do Limpopo


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Sexta-Feira, 19 de Junho de 2020

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Já a venda nas bancas

FICHA TÉCNICA

IMPERDÍVEL REVISTA

Onde Mora a Chama da Esperança

Av. Karl Marx nº 1975 – RC Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

Director Editor Gervásio de Jesus gervasiodejesus@yahoo.com.br Redacção Gervásio de Jesus, Filomena de Jesus e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote Paginação Cláudio Nhacutone Fotografia Salvador Sigaúque

Web master Paulino Maineque Marketing Hélia Panguiwa e Nestor Arcanjo Endereço Av. Karl Marx nº 1975 – R/C Contactos +258 87 552 7444; +258 84 574 504 1; +258 84 55 27 437 Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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EDITORIAL

0 0 1 o Ediçã

O ardente desejo Dalton Sitoe

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Editor executivo

lgo inflama nos corações da equipa ÍDOLO. É o desejo de estar perto dos nossos leitores. É o desejo de informar! Não de qualquer maneira, mas sim à luz da esperança. Iniciamos com essa ideia de transmitir factos com esperança há 10 anos e desde o princípio fomos claros que assim faríamos colocando como slogan da ÍDOLO a frase: “Onde Mora a Chama da Esperança!”. Em cada parágrafo temos procurado ser coerentes com a nossa promessa. Este é um projecto que começou a jornada de informar o público como um mensário. Nos finais de 2018 por questões mercadológicas, a Revista ÍDOLO passou a ser bimestral. E desse modo nasceu o Imperdível. O Imperdível nasceu para materializar o desejo que inflama nos corações da equipa ÍDOLO, o de estar perto dos nossos leitores e parceiros. Começou como um newsletter da Revista ÍDOLO,

por meio do qual actualizamos os nossos leitores sobre o que está acontecer no país, enquanto produzimos com mais vagar o produto-mãe desta redacção, a ÍDOLO. Com muita alegria, apreciamos como o Imperdível conduziu a ÍDOLO a acompanhar o desenvolvimento tecnológico. É uma alegria poder chegar aos leitores na forma gráfica pelo correio electrónico, WhatsApp, Facebook sem ninguém da nossa equipa ficar para trás. Isto mostra que equipas jornalísticas não precisam ter medo da tecnologia, pois nelas há espaço para todos sendo simplesmente necessário adaptar-se. Traz júbilo aos nossos corações (e os nossos olhos denunciam isso) chegar à edição 100. Onde há coração jubiloso, as palavras escasseiam. O que dizer ao leitor que em cada edição valoriza o trabalho de pequenos jovens como nós, recebendo e lendo? O que nos vem a mente em meio a tanto júbilo é: obrigado pela receptividade!


BIOGRAFIA

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Biografia de José Moiane Herói da República de Moçambique

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história de José Phahlane Moiane, Herói da República de Moçambique, começou a ser desenhada lá nas terras de Languene, distrito de Xai-Xai, na província de Gaza. Gaza é aquela província moçambicana que tem produzido muitos heróis. De lá veio Eduardo Mondlane (fundador da Frente de Libertação de Moçambique); Samora Machel (fundador do Estado Moçambicano); Joaquim Chissano (segundo Presidente de Moçambique); e companhia… Continuando… José nasceu a 28 de Novembro de 1935. Na altura, Moçambique era Portugal, era uma província portuguesa e estava sob o jugo colonial. Ainda na transição da sua infância José tornou-se pastor de gado; e a seguir foi empregado doméstico; e depois foi exportado para as minas da África do Sul. O Estado português havia feito um acordo com Transval (antiga província sul-africana), que permitia o recrutamento de trabalhadores para indústrias mineiras do Transval. A mão-de-obra exportada, para alimentar o capital mineiro da África do Sul, era tirada do sul de Moçambique. E dava muito dinheiro ao Estado colonial. Foi neste contexto em que muitos moçambicanos da província de Gaza foram exportados para trabalhar nas minas. Moiane quando tomou conhecimento da existência da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), movimento criado para pôr fim ao colonialismo, decidiu abandonar as minas, atravessou fronteiras até chegar a Dar-es-Salam, Tanzânia, a 19 de Novembro de 1963. Já junto com outros nacionalistas, que sonhavam com um Moçambique livre, Moiane participou de formações militares. Quando chegou já tinham avançado alguns grupos para treinos militares na Argélia. Então, Moiane foi imediatamente para Bagamoyo, onde foi atribuído uma bolsa para ir fazer treinos militares na China. O grupo de Moiane era liderado por Filipe Samuel Magaia. Depois da China, o grupo teve aprimoramento na Coreia do Norte, a guerra de guerrilha. Eles regressaram em 1964 e foram destacados para província de Niassa. Lá foram reforçar o grupo de Daniel Polela, Tazama, Malipa, Salésio e outros que já tinham iniciado a Luta Armada. Os treinos contribuíram para que Moiane fosse indicado ao cargo de Chefe das Operações no Niassa. Quando entrou em Niassa, o seu grupo acampou na povoação de Mandambuzi, onde estabeleceram uma base num monte conhecido por Mbembe. Daí começaram a desenvolver operações militares contra o colonialismo português. O primeiro combate dirigido por Moiane deu-se a 31 de Março de 1965, e foi contra o acampamento de soldados portugueses numa igreja Anglicana, em Mbueka. Contudo, foi em Tete onde Moiane atingiu o estrelato na Luta de Libertação Nacional. Pelo trabalho desenvolvido em Tete, Samora, então Líder do movimento, considerou Moiane de “dorso do camelo”. Moiane foi destacado para Frente de Tete, em 1965, para ser Chefe das Operações Militares. Quando chegou, a Luta Armada estava a avançar para a direcção de Furancungo e Cazula. José Moiane tentou avançar para a zona do Rio Canha. E a sua primeira decisão foi mudar o rumo do combate. Fê-lo reestruturando a zona em quatro sectores e pediu a cada chefe de operação para que lhe trouxesse pelo menos dois combates por mês. Foi aquela estratégia de Moiane que levou a Frente de Tete a desenvolver o seu combate ao ponto de até 1970 atravessar o Rio Zambeze.

A Frente de Tete alcançou Manica, Sofala, e Zambézia. Refira-se que, por causa do posicionamento geoestratégico, Samora Machel dava importância à Frente de Tete, e tinha dado orientações específicas de como devia actuar. Depois de atravessar o Rio Zambeze a Frente liderada pelo General Moiane sofreu ataques da Rodésia de Ian Smith, que estava a ajudar os portugueses. A Direcção da FRELIMO pediu apoio da ZANU, movimento de libertação da antiga Rodésia, actual Zimbabwe. Assim, a ZANU iniciou a luta de libertação do Zimbabwe, o que permitiu a luta da Frente de Tete avançar sem interferência de Ian Smith. Enquanto combatiam na Frente de Tete, ouviram na rádio que o General Kaúlza de Arriaga, nomeado Comandante das Forças Armadas de Portugal, acreditava que iria liquidar a Frente de Libertação de Moçambique em seis meses, concentrando suas forças em Cabo Delgado, Niassa, e Tete, uma reacção que ficou conhecida como operação “Nó Górdio”. A Frente comandada por Moiane sofreu muitos desaires com a operação “Nó Górdio”. Para responder, a Frente de Tete optou por dividir-se em pequenos grupos, tendo contado com ajuda do Comando Central que enviou armamento moderno e mais homens. Na resposta, a Frente de Tete também contou com apoio de milicianos e da população. Assim, o trabalho da Frente de Tete contribuiu em grande medida, para a FRELIMO alcançar a vitória, que foi conquistada com a Independência, a 25 de Junho de 1975. Nessa altura, o Tenente-general José Moiane foi nomeado primeiro Governador da província de Manica e, depois, desempenhou a mesma função na província de Maputo, durante 11 anos. O General Moiane, como homem de família, foi uma escola de vida para os seus filhos, pois teve de assumir o papel de pai e mãe. Aos filhos procurou ensinar valores éticos, morais como honestidade, humildade e amor ao próximo. Uma das frases que enfatizava para os filhos é que “a vida é uma luta, há que ter coragem suficiente para enfrentar as suas dificuldades e os desafios”. José Moiane morreu a 19 de Fevereiro de 2015, vítima de doença, numa altura em que a família se preparava para comemorar os seus 80 anos.


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TURISMO

Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro


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OPINIÃO

Trinta anos de Excelência na Educação Empresarial! 13/06/1990-13/06/2020! Quem diria? Estamos festejando 30 anos de actividade ininterrupta da nossa Editora. Com 200 dólares de capital e muitas ideias na cabeça decidi sair da zona do conforto e dar corpo ao meu sonho. Este foi modelado, com muito suor, sacrifício, lutas, derrotas e muitas conquistas também. Enfrentamos os mais diversos problemas. A escassez de recursos financeiros, falta de crédito, a desconfiança dos parceiros (gráficas e fornecedores de papel), uma marca totalmente desconhecida tentando entrar num mercado de cartas marcadas. Lembro bem que um certo comprador de uma das maiores redes de livrarias, comentou para o colega de mesa. “Mais uma andorinha querendo levantar voo, mal sabe que pode ser abatida a qualquer momento!” Nunca me esqueci dessa frase e isso virou ponto de honra. Infelizmente este senhor já foi desta para melhor e a rede simplesmente faliu! Mas nós estamos aqui. Atravessamos nos últimos 5 anos a pior crise do mercado editorial. Fomos obrigados a reduzir o tamanho das nossas actividades, ajustamos a Editora para tempos difíceis, fo-

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camos mais nos nichos rentáveis e eis nós comemorando esses 30 anos. A nossa resiliência, capacidade de mudanças, agilidade na busca de soluções inovadoras, sejam na área administrativa ou editorial, serve de estímulo para enfrentarmos os próximos anos. Após mais de 1350 livros publicados, mais de 1600 autores brasileiros (certamente hoje somos uma das editoras com o maior número da inteligência nacional pu-

blicados), milhões de livros vendidos e um catálogo recheado de best-sellers líderes absolutos no seu nicho, dão-nos o alento de sermos optimistas (eternos optimistas diria) de dias melhores. Semanalmente pretendo contar facetas desta maravilhosa trajectória. Só que farei isso na página da Qualitymark. Quem me conhece sabe que tenho muitas histórias e situações do mercado para contar. Creio que daria para escrever uma enciclopédia!!! Gratidão aos autores que nos confiaram e continuam confiando seus escritos, aos parceiros do negócio que com o tempo perceberam que essa relação era “ganha ganha” e a quem nunca decepcionamos e principalmente aos nossos leitores que com suas compras continuam nos prestigiando Qualitymark Editora - EXCELENCIA EM EDUCAÇÃO EMPRESARIAL


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ENTREVISTA

“Precisamos apostar na smartphonezação” – avalia Lourenço Dias Silva, Director-Geral da CBS

O Director-Geral da Corporate Business School (CBS), Lourenço Dias Silva, concedeu uma entrevista ao Imperdível, aonde teceu considerações à volta dos efeitos da COVID-19. Segundo Silva, Moçambique, com ou sem coronavirus, avança, pois é um país com capacidade de regenerar-se. Texto: Rosa Manhique e Júlio Saul

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abordagem do académico começou por atentar para China, o país onde iniciou a pandemia. Explicou que a China definiu pilares de política interna e externa que se subscrevem em três modelos, nomeadamente: social; público; e privado. “Independentemente da pandemia, China actua para

fazer face a sua linha de desenvolvimento sustentável. Muitos que habitualmente não estão preparados, nos próximos 30, 60, 90 ou 120 anos, vão criar alguma possibilidade de fazer face aos eventos de forma pontual, sem que antes tenham uma preparação para enfrentar ou até mesmo para se adaptarem às novas exigências do mercado e não só do mercado interno, como do mercado externo”, afirmou

Nós já havíamos alertado há sensivelmente 10 anos que caminhamos para um mundo de migração

Apostar na smartphonezação No entender de Lourenço Silva, o investimento de 1.4 triliões de dólares para a empresa chinesa de telefonia móvel, a Huawei, financiado pelo Estado, possibilita à partida desenhar políticas de digitalização, smartphonezação interna e externa para desenhar políticas de desenvolvimento digital numa escala maior. “No caso de Moçambique, em particular, nós já havíamos alertado há sensivelmente 10 anos que caminhamos para um mundo de migração ou de associação de competências que temos


ENTREVISTA à digitalização, e devemos investir neste modelo que hoje, nós Corporate Business School, colocamos como smartphonezação ou smartphoneglobalização”, referiu. Com a problemática da COVID-19, a questão colocada nos extremos pelos académicos e os media, de acordo com o nosso interlocutor, é de como é que às empresas estão a enfrentar a pandemia. “O que nós temos a dizer é que antes, devemos olhar que respostas temos para dar na situação em que nos encontramos. Que pessoas qualificadas temos que nos possam transmitir confiança e nos possam induzir a obter contínuas competências”, questionou. As empresas como a Banca, Telecomunicações e as Associações, segundo o director da CBS, quase que não se aproximam das universidades para expandir as suas linhas de desenvolvimento, quando as universidades podem garantir uma

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senvolvimento”, realçou.

O que sentimos é uma separação entre a fonte reveladora de aplicação do conhecimento, que são as escolas e as empresas. Se esta situação continuar a perpetuar-se, com Pandemia ou sem Pandemia, arrastamo-nos para o ano 1893

associação continua. “O que sentimos é uma separação entre a fonte reveladora de aplicação do conhecimento, que são as escolas e as empresas. Se esta situação continuar a perpetuar-se, mesmo sem a pandemia, arrastamo-nos para o ano 1893, onde António Mendes dizia que precisamos de pessoas empreendedoras e capazes de desenhar estratégias de de-

Moçambique está preparado Lourenço Dias Silva acredita que o país irá ultrapassar esta fase, pois, para ele, Moçambique tem uma capacidade interna de regenerar e enfrentar qualquer situação. “Não é uma questão de estar ou não preparado, mas de desenvolver. O que devemos fazer é conjugar os esforços da saúde pública com a saúde económica, a saúde social e a saúde ambiental”, frisou. Hoje, de acordo com Silva, é normal o receio que as empresas têm, pois, as pessoas que lidam com elas têm pouca informação sobre como se pode ultrapassar esta situação e é por isso que há sempre algum receio de como enfrentar. Os municípios, às organizações religiosas e os media, por exemplo, desempenham um papel de se tornarem fontes de co-

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nhecimento com efeito útil e criar capacidade no sentido de pôr este mesmo conhecimento a funcionar. O elo seria por via da smartphonezação. A smartphonezação na colocação de Lourenço Silva permite a proximidade entre o cidadão com o município. Pode facilitar o processo de ensino e aprendizagem desde o ensino pré-escolar, secundário, técnico profissional, superior e o ensino social neste momento em que o país regista mais casos de contaminação pela COVID-19. “O contacto com os smartphones é que nos vai permitir criar teorias de desenvolvimento", disse, acrescentando que neste momento em que as aulas estão suspensas, os descontos das propinas escolares devem servir para os estudantes investirem num smartphone com o fim de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem


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SAÚDE

Lançado inquérito sero-epidemiológico O Instituto Nacional de Saúde (INS) lançou, na quarta-feira, em Nampula, o primeiro inquérito sero-epidemiológico rápido do país, com vista a apurar o grau de exposição da população de Nampula, que nos últimos dias tem conhecido contaminação em cadeia, o que faz com que a província preencha o padrão de transmissão comunitária.

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efira-se que a província de Nampula foi uma das últimas a reportar casos de contaminação com o

novo coronavirus, mas, em poucos dias, conheceu um nível de infecção sem paralelo, de tal sorte que, em poucos dias, estão contabi-

lizados mais de 170 casos de pessoas infectadas com o novo coronavirus e quatro óbitos. O inquérito vai cobrir mais de 8 mil pessoas, a ser feito em dez (10) dias. Paralelamente, o governo está a montar um laboratório para testagem de Covid-19, com capacidade de testar 200 amostras por dia, a entrar em funcionamento na primeira semana de Agosto, para processar amostras através da PCR, tecnologia aprovada pela OMS para testagem do novo coronavirus.


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SOCIEDADE

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Cidadãos reinventam-se em tempos da COVID-19 “Fica em casa” é a frase do momento, mas “reinvente-se” tem sido a palavra de ordem para quem não quer adiar seus planos ou evitar agudizar seus problemas financeiro em tempos da COVID-19. Na Cidade de Maputo, a capital moçambicana, há reinvenção de um pouco de todas actividades para adequa-las aos limites impostos pelo Estado de emergência. As festas de casamento ganharam um novo modelo, os alfaiates apostam em novos mercados, e os vendedores de refeição na praça pública reajustaram as quantidades. Texto: Rosa Manhique Fotos: Júlio Saul

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oão e Ansha Monteiro são exemplo de uma das várias famílias que são iniciadas ou oficializadas em tempos de COVID-19. Para tal, tiveram de abster-se do modelo tradicional das festas de casamentos a moda moçambicana, em que são convidados todos membros das famílias dos nubentes. A cerimónia já havia sido programada há anos, por isso, segundo o casal, não deu para adiar, tendo em algum momento passado por um frio na barriga, pois pensaram que iriam cancelar os casamentos. “Agendamos o casamento

Manhiça é vendedor de refeições na via pública e os trabalhadores das empresas, localizadas próximo da avenida onde costuma a estacionar o seu veículo, têm sido os seus clientes. “Algumas empresas reduziram a frequência dos seus trabalhadores por aqui e outras estão encerradas, isso reduziu drasticamente o número dos meus clientes. O que tenho feito agora é reajustar a quantidade de comida preparada. Não podemos parar, este é o negócio que uso para sobrevivência”, assegurou Ivo Manhiça. Por seu turno, Bernardo Januário, o alfaiate, antes concertava roupas e facturava em média 700 meticais por dia, mas actualmente a adesão aos seus serviços baixou reduzindo o seu valor de receita. Para fazer face ao cenário, decidiu passar a fabricar máscaras de protecção contra COVID-19 e garantir o mínimo sustento da sua família. muito antes da pandemia ser uma realidade no mundo inteiro e o receio era que cancelassem o casamento, mas graças a Deus tudo correu como o planejado. Da nossa parte houve uma correria para organizar a cerimónia, pois não esperávamos casar nesta pandemia. Embora as circunstâncias não sejam favoráveis, toda cerimónia correu bem”, disse Ansha Monteiro, a noiva. O padrinho, João Langa, explicou que a situação actualmente do mundo não os impediu de preparar o casamento, apesar de ser atípico. “É um cenário atípico preparar uma cerimónia de casamento nesta pandemia, mas tivemos a capacidade de adaptarmo-nos ao momento e graças a Deus correu tudo bem. A parte chata foi ter de excluir algumas pessoas que queríamos que compartilhassem connosco este momento de felicidade do casal.

Mas o importante é que a celebração do matrimónio está consumada”, comentou Langa. Do lado dos comerciantes, Ivo Manhiça e Bernardo Januário são os rostos que procuram adaptar-se ao novo tempo que já dura seis meses no mundo.

Segundo Januário, a sua responsabilidade e necessidade de sacrifício são acrescidas porque tem crianças que estudam em escolas privadas e são obrigados a pagar mensalidades durante o período da pandemia


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SOCIEDADE

Vitória Diogo quer combate conjunto ao trabalho infantil A Secretária de Estado na província de Maputo, Vitória Diogo, exortou aos líderes comunitários do distrito de Magude e a toda a população da província, a engajarem-se no combate às piores formas do trabalho infantil. A dirigente falava por ocasião do dia 12 de Junho - Dia de Luta Contra o Trabalho Infantil.

Huawei oferece equipamento para ICT Academy Numa cerimónia online, em videoconferência, a UP-Maputo recebeu um donativo tecnológico da Huawei, como parte integrante do equipamento para a instalação da Huawei ICT Academy da UP-Maputo.

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ela ocasião, foi distribuído o Cartão Vermelho, como manifestação de luta contra o fenómeno. A Secretária de Estado destacou a necessidade do envolvimento das lideranças comunitárias e outros segmentos da sociedade no combate aos casamentos prematuros e outras formas de exploração infantil. Vitória Diogo apelou aos pais e encarregados de educação a disseminarem os direitos de criança e a promoverem a sua protecção, combatendo todas formas de violações.

rata-se de dispositivos de rede e conectividade que nesta fase vão servir para facilitar o processo de treinamento de estudantes e técnicos no uso de tecnologias Huawei, numa altura em que decorre a formação e certificação de professores da futura academia ICT. Falando na videoconferência, Jorge Ferrão, Reitor da UP-Maputo, disse que o donativo é resultado de um acordo específico assinado entre a Huawei Technologies Mozambique e a UP-Maputo, em 2018, e de uma colaboração duradoura que, ao longo dos anos vem alargando cada vez mais as suas áreas, com o fim último de apoiar o capital humano da universidade e de Moçambique. Ferrão referiu que a UP-Maputo, nos últimos tempos, tem estado empenhada no desenvolvimento de um Plano Tecnológico visando uma transição digital. “Queremos ser o maior centro de excelência para a área de educação e tor-

narmo-nos num centro de referência regional em pesquisa sobre educação e formação de pós-graduação. Para este propósito, acreditamos estar com o óptimo e oportuno parceiro, a Huawei Technologies”, rematou o Reitor da UP-Maputo. Do lado da Huawei, o CEO em Moçambique, Wuku, disse que este é o início de um caminho que abre portas para o futuro, numa clara alusão ao uso da tecnologia Huawei. O Director de Cultivo de ICT da Huawei na Região Austral de África, Lubaoqiang, referiu que a Huawei tem perto de 168 Academias ICT espalhadas pelo mundo, e estar também em Moçambique é um marco importante. “Os jovens moçambicanos terão que competir com jovens de diferentes partes do mundo no domínio tecnológico e a Huawei está a abrir este caminho”, disse Lubaoqiang. A Huawei ICT Academy da UP-Maputo deverá entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2021.


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CE-CPLP oferece um milhão de cursos gratuitos para a população da COVID-19. “Nosso objectivo é qualificar as pessoas e valorizá-las na sua profissão”, disse o presidente da IFCPLP, Laurentino Ferreira. Bertrand Dupont, delegado da CE-CPLP e presidente da Otimiza Brasil, disse que “é importante que os cursos sejam divulgados ao máximo de pessoas possível, em todos os países do grupo”. Os cursos abrangem as áreas de alimentação escolar, farmácia, segurança, obras, logística, planejamento, controle de qualidade, entre outros.

O ensino a distância esteve na pauta dos dirigentes da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP), durante a Reunião de Direcção, comandada pelo Presidente da entidade, o empresário moçambicano Salimo Abdula, na última quarta-feira.

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ideia é dar às pessoas a possibilidade de evoluir profissionalmente, mesmo durante a pandemia

Vale doa 80 mil testes ao MISAU A Vale entregou ao Ministério da Saúde (MISAU) 80 mil testes rápidos de diagnóstico à COVID-19. A cerimónia de entrega realizou-se nas instalações do Serviço Provincial dos Assuntos Sociais, na cidade da Matola, e contou com a presença de Welington Soares, representante da Vale, e da Secretária de Estado para a Província de Maputo, Victória Diogo.

novo Coronavírus. Em causa está a doação de diversos equipamentos hospitalares e materiais de prevenção e protecção individual para os profissionais de saúde. No pacote de ajuda humanitária que está já a ser distribuído em várias províncias do país desde o mês de Abril, incluem-se os 80 mil testes rápidos agora doados ao MISAU

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entrega daquele material às autoridades moçambicanas insere-se no âmbito do memorando de entendimento que a mineradora assinou com o Governo, em Abril, e que prevê ajuda no valor de 2 milhões de dólares americanos para combater a pandemia do


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ECONOMIA

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Navio de Contêineres Panamax chega no Porto da Beira No dia 13 de maio, o Porto da Beira recebeu pela primeira vez um navio porta-containers Panamax. O "MSC Gina", um navio construído em 1999 é operado pela Mediterranean Shipping Company (MSC), tem um comprimento de 259,50 metros e 32,2 metros de boca. Podendo carregar até 4056 TEUs.

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embarcação foi guiada através do canal de acesso usando modernos sistemas de controlo e gerenciamento

de tráfego de embarcações (VTMS) do CFM da Autoridade Portuária e sua atracação foi auxiliada por dois novos rebocadores de alta potência que chegaram há alguns meses e agora foram testados

com sucesso. Segundo uma nota enviada ao Imperdível, a chegada do navio mostra a confiança da MSC no crescimento do corredor da Beira e é o primeiro de muitos navios desse

tamanho que serão introduzidos nos serviços da MSC que chamam o Porto da Beira. Com melhores economias de escala, o Corredor da Beira se tornará ainda mais competitivo

Nova era para Vale do Limpopo O Vale do Limpopo, localizado na província de Gaza, poderá a breve trecho transformar-se na primeira Zona Económica Especial Agrícola. Para efeito, o Governo projecta investir numa área de 100 mil hectares do Vale, cerca de 600 milhões de meticais, visando o arranque do plano de reestruturação.

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egundo Celso Correia, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), é necessário acordar o “monstro ador-

atracção de investimento privado que deve respeitar em primeiro lugar a integração das famílias nas cadeias de valor produtivas”, afirmou Correia. Refira-se que o regadio do Limpopo tem um potencial de 70 mil hectares, dos quais 17 mil infraestruturado, mas apenas 7600 hectares está em exploração, equivalente a 44 por cento

mecido”, que já foi uma referência de produção de hortícolas e arroz. O governante falava há dias, em Chonguene, no encontro de lançamento do Plano Estratégico de Desenvolvimento dos regadios do Baixo Limpopo. “Estas duas medidas, que irão marcar o início de uma nova era para o Vale do Limpopo, tem como princípio de fundo a


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ECONOMIA

BCI reitera apoio a micro e PME em tempos de crise O Banco Comercial e de Investimentos (BCI) reiterou no programa televisivo Super Mentores Especial COVID-19, o apoio que concede às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), com realce para soluções financeiras em tempo de crise, particularmente no actual contexto da pandemia do novo Coronavírus.

Segundo o coordenador, a renovação automática de limites de crédito, abrange todos os clientes empresa com limites de crédito prestes a vencer, associados a produtos para apoio a tesouraria, isto é conta corrente caucionada, descobertos autorizados, plafonds para descontos de livranças, com um prazo também até Setembro. Mais adiante, David encorajou as PME para que, não obstante os desafios

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representante do Banco, Heisler David, coordenador da unidade de gestão de segmentos, referiu que o BCI já disponibilizou ao mercado duas soluções de financiamento para aliviar as dificuldades das MPME clientes do Banco com crédito e que estão a ser afectadas pela COVID-19, nomeadamente a moratória de capital e ou juros, e a renovação automática de limites de crédito de curto prazo. David explicou que a moratória incide sobre os clientes PME com financiamento de médio e longo prazo, que têm agora a possibilidade de adiar o pagamento das suas prestações mensais de capital e ou Juros até Setembro do corrente ano, com a possibilidade de renovação por mais três meses.

que o país atravessa, “sejam mais criativas e reinventem o seu negócio, perante o presente cenário. Neste momento difícil as PME devem ter um espírito inovador, criando condições para explorarem novas formas de actuação, priorizando por exemplo o uso de comércio electrónico e, sempre que possível, com serviços de entrega ao domicilio”


ECONOMIA

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Standard Bank reestrutura QuiQ Com vista a simplificar e a facilitar a utilização, por parte dos clientes, o Standard Bank reestruturou o menu principal do QuiQ (*555#), que passa a contar, também, com novas operações.

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reestruturação, inserida na estratégia de digitalização dos produtos e serviços do Standard Bank, visa, igualmente, melhorar a experiência dos clientes no uso do QuiQ. Assim, o menu passa a apresentar a seguinte sequência: 1-Saldos; 2-Movimentos; 3-Detalhes da Conta; 4-Transferências; 5-Pagamentos; 6-Recargas; 7-Ou-

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tros; 8-Cartões de Crédito e 9-Sair. Foram, igualmente, agrupadas as funcionalidades do canal, de acordo com as categorias, o que permite ao cliente gravar as suas operações favoritas, tais como a compra de

Credelec e recargas, pagamento de serviços de televisão, facturas de água, propinas, entre outras. A outra inovação tem a ver com a introdução de atalhos (short codes), que são códigos utilizados para avançar direc-

tamente para uma operação específica, substituindo, dessa forma, a navegação pelo menu. Com a inovação, o cliente poderá iniciar as suas transacções, sem ter de entrar no QuiQ, reduzindo, dessa forma o tempo de permanência na aplicação. Por exemplo, o cliente só precisa de inserir *555*34# para transferências móveis, *555*51# para compra de recargas Credelec, *555*52# para recargas Vodacom, e *555*53* para recargas Tmcel. No que diz respeito às transferências móveis, depois de introduzir o PIN, o utilizador será direccionado ao ecrã/menu de transferência para seleccionar o serviço. Depois de inserir os dados da transferência, o cliente vai poder verificar os detalhes e confirmar a operação. Ainda no que concerne às transferências móveis, foi removido o campo reservado à introdução do nome do beneficiário.


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POLÍTICA

Nyusi lança campanha de comercialização agrícola 2020 O Presidente da República, Filipe Nyusi, procedeu esta sexta-feira, no Distrito da Manhiça, Província de Maputo, o lançamento da Campanha de Comercialização Agrícola 2020.

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campanha vai decorrer sob o lema “Comercialização Agrícola Dinamizadora do Agro-Negócio e Industrialização”. O evento teve como objectivo exortar os produtores e intervenientes no processo de comercialização agrícola para o início da campanha, e divulgar acções de intervenção dos agentes económicos na cadeia de valor da comercialização agrícola

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POLÍTICA

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Primeiro-Ministro está em Nampula para uma avaliação decisiva

Na próxima semana, o Governo vai analisar de forma minuciosa a evolução da pandemia da COVID-19 no país para depois decidir sobre o relaxamento ou não das medidas de prevenção até aqui adoptadas.

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sta quinta-feira, o Primeiro-Ministro escalou Nampula para avaliar a situação no terreno. Conta-

-se aos dedos os aviões que escalam o aeroporto internacional de Nampula por estes dias, e esta quinta-feira, o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, foi dos poucos passageiros a desembarcarem na chamada “capital do norte”. Estará por três dias em Nampula. A sua agenda tem a ver com a rápida evolução da pandemia da COVID-19. Uma avaliação da situação no terreno que será determinante para a próxima sessão do Conselho de Ministros, numa altura em que se discute o relaxamento ou não das medidas de pre-

venção até aqui adoptadas. “Queremos viver a situação e depois teremos que avaliá-la em sede do Conselho de Ministros e na próxima semana, o Governo vai sentar e fará uma avaliação muito mais aprofundada desta realidade", disse Carlos Agostinho do Rosário. O governante vai manter encontros com o poder local. Está prevista uma visita a algumas unidades de processamento de castanha de caju e manterá contacto com a população de Cabo Delgado que está no posto administrativo de Na-

mialo, no distrito de Meconta, por causa da instabilidade nas zonas de procedência. “Os desafios da província ou do país no geral são grandes. Temos a situação de terrorismo em Cabo Delgado e isso se reflecte nas províncias vizinhas, Niassa e nesta caso concreto, Nampula, e como decorrência disso temos a movimentação da população que chamamos de deslocados, então teremos que acompanhar a situação e, sobretudo, apoiarmos a província para que possa enfrentar este mal”, concluiu.


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Sexta-Feira, 19 de Junho de 2020

CULTURA

Pretos Fofos lutam para se afirmar no mundo da música Pretos Fofos é um grupo musical moçambicano, radicado na cidade de Maputo, composto por três elementos, nomeadamente Luís Domingos Malunga (Lewis), Jaime Pego (Jay P) e Laurence Domingos Malunga (Lauwizzy). O seu estilo musical é HIPOP/R&B e surgiu nos finais de 2015 para abrilhantar os moçambicanos com temas que retratam o amor, inspirando-se nos acontecimentos do dia-a-dia. Texto: Rosa Manhique

O

s estudantes apaixonados pela música escolheram o nome “Pretos Fofos”, devido a sua origem africana e o conteúdo da mensagem transmitida nas suas músicas. Antes de se juntarem como grupo, segundo contam, fizeram um desafio para testarem as suas capacidades no mundo musical. “Nascemos com o dom de cantar e decidimos explorar isso da melhor forma possível. Como qualquer grupo de cantores, enfrentamos várias

dificuldades na integração do mundo da música”, explicou Lauwizzy, em representação do grupo. Neste momento, o grupo luta para se afirmar no mundo musical, pese embora as suas músicas serem ouvidas além fronteiras. Segundo explica um dos integrantes do grupo, o apoio para a gravação das suas músicas, provém de um amigo, chamado Príncipe João, que não

tem medido esforços para os ajudar e neste momento, contam com 10 músicas. “Com a música intitulada (Culpa Dele), fomos lançados com sucesso e consequentemente ficamos conhecidos a nível nacional e internacional (Brasil e Portugal)”, explicaram, acrescentando que o calor e o amor do público, acrescenta neles a sede de lutar para fazer

músicas com qualidade e para todas faixas etárias. “Temos feito pequenas e grandes apresentações (noivados, casamentos, aniversários, shows). Apesar de sermos conhecidos a nível nacional e internacional, precisamos de todo tipo de apoio, desde patrocínios em roupas, videoclips e promoção do nosso trabalho”, concluiu João Pego, empresário do grupo


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CULINÁRIA

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Lourdes Meque Rajani

Carangado de camarão e arroz de cenoura Ingredientes: Para o camarão: 1 kg de camarão médio sumo de 1 limão pimenta em pó e/ou piri-piri a gosto 2 folhas de louro 2 tomates grandes maduros lavados e cortados a gosto 2 colheres de polpa de tomate 1 cebola média cortada em meia lua 1 pimento verde cortado em tiras Alho pilado com sal qb Óleo qb

Para o arroz:

2 chávenas de arroz 1 cenoura grande descascada e cortada em cubos 1 tomate grande bem maduro 1 folha de louro 1 cubo de caldo de galinha ou de carne Água qb Azeite qb

Preparação:

Começa-se por limpar o camarão retirando a tripa no dorso, faz-se uma abertura para que o camarão fique

com o dorso bem aberto, lava-se e tempera-se com alho pilado já com sal, pimenta ou piri-piri em pó, sumo de limão e reserva-se num período mínimo de 1 hora. Num tacho que vai ao lume, colocase o camarão marinado, por cima a cebola e o tomate cortado, a polpa de tomate, as folhas de louro, o pimento cortado e rega-se com óleo. Tape a panela e deixe ferver. Depois envolve-se tudo e deixa-se o camarão cozer e diminuir o molho até engrossar, mexendo de vez em quando e sempre em lume brando. Não use água pois o camarão liberta o suficiente para fazer tudo. Entretanto, rectifique o sal. Quando o camarão estiver cozido, o molho grosso e que sobre apenas um pouquinho, está pronto. Tem de ficar com o aspecto de quase frito mas com um ligeiro molho que pode ser comido até mesmo com pão. É delicioso.

O arroz:

Num tacho aloura-se ligeiramente a cebola cortada como quiser, junta-se

o tomate cortado a gosto, os cubos de cenoura e o caldo. Depois de tudo envolvido, mistura-se a quantidade suficiente para se fazer 2 chávenas de arroz (cerca de meio litro de água) e deixa-se ferver. Nessa altura acrescenta-se o arroz, mexe-se para envolver e deixa-se cozer em lume brando para não queimar. Você verá quando o arroz estiver pronto. Mas, mesmo já sem líquido, envolva o arroz para que não fiquem as cenouras e o arroz separados. Faça um salada verde para rematar. Bom apetite

Camarões Fritos a moda da Milou Ingredientes:

1 kg de camarão casaca 1 Limão grande 2 Colheres de massa de alho feita na hora 1 Colherinha de picante Pimenta branca q.b Azeite qb 1 Colher bem cheia de manteiga

Molho de manteiga: 1 Limão grande 3 Colheres de manteiga Um punhado de salsa picada

Preparação:

Começa-se por se abrir o dorso do camarão retirando-lhe as tripas. Depois de limpo, reserva-se. Entretanto, prepara-se o tempero. Numa tigela, junta-se a massa de alho, o picante, o sumo de um

limão e a pimenta. Depois de bem misturado, vira-se para o recipiente aonde vai marinar os camarões e deixei apurar o tempero dura te algumas horas. Para fritar, coloca-se quantidade suficiente de azeite numa frigideira, junta-se a manteiga e quando estiver derretida, fritam-se os camarões. Estando estes prontos, na mesma tigela em que marinou, espreme-se o sumo de um limão e mistura-se com o marinado que sobrou. Limpa-se a mesma frigideira com um guardanapo de papel, e, ao lume, junta-se a manteiga, deixa-se derreter e junta-se-lhe a mistura do sumo de limão do marinado e deixa-se ferver um pouco para apurar. Quando estiver no ponto, junta-se-lhe um punhado de

salsa bem picada, mexe-se um pouco e retira-se o lume. Deita-se o preparado para cima dos camarões já fritos e sirva de imediato. Acompanhe com batata frita e uma salada de alface, tomate e orégãos Bom apetite


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