IMPERDIVEL 73

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Economia

Sociedade

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CBS marca posição na academia

Inhambane intensifica campanha de boas-vindas

Desporto Pag. 35

Ferroviário chora a morte do seu ícone

José Magalhães

REVISTA

IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 73 Sexta - feira, 28 de Dezembro 2018 Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

N°73

HIGINO MARRULE EXORTA PARA AUMENTO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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MAPUTO

or l a c e d a g a V sas r e v i d s a r u t destrói cul

PROVÍNCIA DE


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ÍCONES DA TERRA

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Biografia de Mateus Mutemba

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ateus Mutemba nasceu em 1972 em Maputo e é casado e tem duas filhas. Graduou-se em 1997 pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em Maputo com licenciatura em História. Os seus estudos de pós-graduação foram efectuados na Universidade Nacional Australiana em Camberra, onde completou um Diploma de Pós-Graduação em Administração de Desenvolvimento em 2004. Concluiu um Mestrado em Políticas Públicas em 2005 na mesma universidade. Além disso, ele estudou Gestão de Áreas Protegidas na Universidade de Montana em 2009. Desde 1994, Mateus trabalha no desenvolvimento social com ONGs e empresas do sector privado, incluindo Helvetas, Educo Austrália, Austral Consultoria Moçambique e a Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Moçambique. De 1994 a 1997, Mutemba foi monitor dos cursos de "Antropologia Cultural" e "Antropologia Política" na Universidade Eduardo Mondlane. Durante esse período, ele também foi assistente de pesquisa de campo para vários projectos, incluindo "Mulheres e Lei" na África Austral e a primeira pesquisa sobre "Percepções de Pobreza" em Moçambique, realizada pelo Centro de Estudos da População da UEM, no âmbito de uma pesquisa global liderada pelo Banco Mundial. Anteriormente, actuou como investigador na VoxPopuli, uma empresa brasileira especializada em levantamento de opiniões políticas em 1993-

4 como parte das primeiras eleições gerais multipartidárias em Moçambique. Entre 1994 e início de 1998, Mateus Mutemba foi locutor em língua portuguesa no Canal Nacional da Rádio Moçambique. Entre 2006 e 2008, leccionou "Gestão do Ciclo do Projecto", no Instituto de Ciência e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM). Desde

o final dos anos 90, ele tem viajado extensivamente pela África Austral, formando-se e recolhendo experiências sobre a gestão comunitária de recursos naturais, com ênfase no turismo. Actualmente desempenha as funções de Director Geral da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC)


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EDITORIAL

As facturas de água! Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

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into que estamos ainda longe de ser cidadãos na sua verdadeira acepção do termo. Continuamos um povo martirizado e sacrificado. Infelizmente, sinto que em Moçambique os direitos de consumidor têm sido sistematicamente violados por vários comerciantes e instituições de prestação de serviços e o cidadão continua a ser a principal vítima e a sentir-se cada vez mais desprotegido. Apesar da aprovação da lei e do respectivo regulamento que o defenda, as instituições cuja tarefa é garantir a sua aplicação efectiva são pouco eficientes e há falta de pessoal formado para lidar com questões de protecção do consumidor. É terrível o que está a acontecer em termos de justiça social. E como o Governo não age com firmeza, apesar de ter aprovado a Lei e o Regulamento de Defesa do Consumidor (Lei número 22/2009), até às empresas de prestação de serviços dão-se ao luxo de humilhar o chamado povão, decretando preços abusivos e especulativos. Chegam até mesmo de optar por

posições coercivas, o que constitui um atentado aos direitos humanos. Por exemplo, é arrepiante e repudiante os valores cobrados nas facturas mensais de água. As pessoas reclamam, mas ninguém ousa em corrigir está triste realidade. Por onde a Associação de Defesa do Consumidor de Moçambique (DECOM). O valor é altíssimo e numa altura em que há restrições no fornecimento do preciso líquido. Muitas vezes, essas empresas de prestação de serviços tomam medidas sem um pré-aviso, como foi no caso de cobrança de pagamento de duas facturas com valores diferentes num só mês. Por onde anda o Governo para fiscalizar essas arbitrariedades? Essas e tantas outras irregularidades verificam-se todos os dias desde a venda de produtos, sobretudo alimentares em locais inapropriados, viciação de balanças até a publicidade enganosa e ninguém nada faz. Está na hora de o Governo agir com mais rispidez para desencorajar a proliferação de atitudes desonestas que põem em causa a justiça social

E FICHA TÉCNICA

Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo, Júlio Saul e Dalton Sitoe Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote

Fotografia Salvador Sigaúque

Layout e Paginação Cláudio Nhacutone Revisão Linguística Gervásio de Jesus

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Web master Paulino Maineque Marketing Maria Dlamini

e Samuel Sambo Endereço

Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437

Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

a d n e v a Já ancas nas b


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OPINIÃO

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ACTO de ALTO RISCO rodoviário nesta época Festiva e Quem Controla? Por: Carlos Sousa *

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COMPROVADO que - Conduzir em estado de RESSACA.. é mesmo tão perigoso quanto a ingestão de álcool !! Prezados Profissionais:

Diz-me a experiência que andamos excessivamente,.. distraídos,..e disso resultam ? ?

desafios ao RISCO,..no alinhamento de graves INCIDENTES !!! Devido aos sérios impactos causando Sinistralidade,.. Este informativo deve constituir alerta pois resulta de um “estudo dos estudos”, em que Investigadores na especialidade, concluem que conduzir com ressaca é uma atitude de serio RISCO a evitarmos , por ser efectivamente tão perigoso quanto a ingestão de álcool!!

É público e globalmente divulgado que conduzir com taxas de alcoolemia é um dos piores flagelos nas estradas por contribuir para a severa causa de sinistralidade FATAL rodoviária. Porem, apenas recentemente ficou comprovado que abusar de bebidas alcoólicas não é apenas um perigo nesse momento, já que conduzir sob efeito de ressaca continua líder de um elevado RISCO que devemos conhecer, controlar e como tal agirmos no modo, evitar ! Essa foi a conclusão de um profundo estudo realizado pela Universidade de Bath, no Reino Unido - UK, que analisou mais de 700 investigações e acabou por compilar e divulgar os dados que considerou serem suficientemente comprovados. Além dos conhecidos efeitos após ter abusado do álcool, ( conhecido por ressaca ) nomeadamente, dor de cabeça, sentir o

corpo todo partido e o estômago a dar voltas, é agora indicado que as consequências durante o efeito da ressaca se estendem a outras áreas de afecto ao comportamento no Homem. Entre as quais, serias consequências que prejudicam a capacidade de operar maquinas, equipamentos, computador e ou conduzir um veiculo automóvel. Ao guiar um veiculo e se sob o efeito de ressaca a capacidade de reacção do condutor é mais lenta, ao ponto que prejudica na execução de travagens, na realização de manobras evasivas, no reconhecimento de sinais, peões ou animais a atravessarem a estrada e muitas outras situações de perigo. Ao já conhecido conselho de que “Se conduzir, não beba”, podemos e devemos completar a frase: “ Enquanto se sentir de ressaca, continue longe do volante ” ou de manobras de operação e manutenção de equipamentos sejam quais forem ! Que medidas PREVENTIVAS a Sua estimada Organização já implementou para minimizar este serio Risco?


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OPINIÃO

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Criminosos de delito comum!

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á dia ouvi com alguma preocupação o Ministro do Interior, Sr.Monteiro, dizer, na TVM, que os atacantes em Cabo Delgado são criminosos de delito comum. Hum... Estes criminosos de delito comum, como diz o Ministro estão a causar terror em vários distritos de Cabo Delgado há sensivelmente 14 meses. A Polícia, preparada para tratar de delito comum não está a dar conta. Os militares estão, também, no terreno e cometendo algumas arbitrariedades, mas controlar a situação: nem por isso! Aí me pergunto: como podem criminosos de delito comum levar pessoas a deslocarem-se das suas zonas deixando tudo para trás de modo a salvar o mais importante: suas vidas? Estes criminosos só me lembram os filmes de terror causados por quadrilhas bem financiadas para desestabilizar um país e um povo. Algumas vezes financiada por

Por: Fátima Mimbire *

bandidos de dentro do regime (alguém viu o Bastile day), orquestrada por gente insatisfeita por alguma razão e disposta a tudo (alguém assistiu assalto à Londres?). As quadrilhas das favelas brasileiras foram/são tratadas à medida. Podia citar mais. Mas a pergunta mais profunda é: com que base o Sr Ministro faz tal afirmação? Já fizeram um estudo? Quando? Já têm estratégia de resposta- é que a que estão a implantar agora não funciona (se é que a acção é estratégica-pode ser uma simples acção de resposta e diga-se, na penumbra). A nossa inteligência continua preocupada em fofocas da vida das pessoas que preocupam a elite do regime ou está, também, no terreno a trabalhar para não deixar que a acção dos tais bandidos de delito comum continuem a ser surpresa? Recentemente houve mais um ataque-ouviram falar???? ps: Quando é que o Governo vai criar

condições para recorrermos ao Tribunal Africano em caso de violações dos direitos humanos e negligência do Governo? Este caso demonstra muita leviandade no seu tratamento e alguém tem de ser responsabilizado. Há vidas se perdendo e nós a catalogarmos gente que mata e esquarteja concidadãos nossos de "criminoso de delito comum" e pior, nem um estudo para compreender o fenómeno e depois traçar a estratégia de ataque, bem como para comunicar eficazmente aos cidadãos sobre a situação estamos interessados em fazer, pelos vistos. Há 14 meses estamos sob ataque de "estranhos" e achamos que eles são tipo malta Nequinhas!

Sempre em contramão!

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empre em contramão. Hoje entrei por uma rua pavimentada, que nunca me tinha apercebido que existia, Maxaquene adentro. Depois me lembrei dos buracos que caracterizavam as ruas da Sommerschield, da Malhangalene, do Jardim e de outros bairros e que hoje estão melhor. Pensei no lixo que chegou a deixar a cidade nauseabunda. Sei que ainda há muito

Por: Gabriel Muthisse * a fazer em todos os aspectos do urbanismo. Mas, fora do desgaste dos 10 anos de governação, David Simango fez um grande trabalho. Dizer isto agora que quase todos o queremos ver pelas costas é arriscado. Mas é de justiça afirmar que o seu magistério como autarca não foi o descalabro que se apregoa. Para mim, David Simango fez um belíssimo trabalho. Os que vêm irão continuar um trabalho de brio, pavimentando mais ruas e

bairros, melhorando a limpeza, incluindo os chamados bairros periféricos, enraizando cada vez mais o sentido de urbanismo nos munícipes da cidade. Achei que era de justiça dizer isto. Sempre em contramão


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Ecos da Semana


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POLÍTICA

Ano de grandes realizações - considera Filipe Jacinto Nyusi, Chefe de Estado moçambicano

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Presidente da República, Filipe Nyusi, reafirmou nesta quinta-feira, em Maputo que o ano 2018 foi marcado por enumeras realizações, tendo destacado os consensos alcançados com a Renamo para a manutenção da Paz no país. Referiu que através do diálogo e com base nos entendimentos conseguidos com o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foram consolidados os esforços para a restauração de um clima de paz, bem como para a manutenção da unidade nacional. Filipe Nyusi, falava na recepção oficial que ofereceu aos titulares dos órgãos de soberania, corpo diplomático acreditado em Moçambique, membros da sociedade civil, entre outras personalidades, por ocasião do fim de ano. Na sua intervenção, o Chefe de Estado, disse que no ano prestes a findar, o poder do Estado aproximou cada vez mais ao povo moçambicano, através da aprovação pela Assembleia da República do pacote da descentralização. Antes da recepção oficial, o Presidente da República manteve um encontro com representantes da comunidade moçambicana na diáspora. Numa mensagem apresentada, aquele grupo de cidadãos moçambicanos congratulou o empenho do governo na manutenção da paz e manifestou o interesse em investir no país. Em reposta a estas e outras preocupações, o Chefe de Estado, assegurou que o seu Executivo está aberto a qualquer investimento (RM)


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ECONOMIA

Ano (2018) foi positivo para sector ferro-portuário - afirma Fernando Couto

Apesar do cenário de crise económica, sobretudo a nível da importação, com destaque para redução do número de contentores, o sector ferro-portuário fecha o ano 2018 com um balanço positivo. O posicionamento é de Fernando Couto, dirigente da Manica e Portos do Norte, que actuam na gestão de terminais e movimento portuário.

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ernando Couto, falando à nossa Reportagem, apontou os portos de Maputo e Beira, como os que mais contribuíram para esta realidade, através do aumento do volume de cargas “não mercê da situação interna, mas porque Moçambique, devido a sua posição estratégica, serve de corredor para países do hinterland como

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África do Sul e Zimbabwe”. A questão da estabilização da moeda foi um alvo fundamental, porém, o empresário olha com cepticismo para a questão da inflação. “Como cidadão quando vou às compras sinto que os preços sobem astronomicamente”, avançou para de seguida acrescentar que “com a inflação baixa e a estabilização do metical isto devia conduzir a preços mais baixos. O consumo

é uma preocupação muito grande, porque nós como empregadores vemos que os vencimentos não chegam para compensar o nível de vida”. Recorde-se que o empresário foi distinguido com o prémio Personalidade Industrial Africana 2016, da Africa Leadership Magazine, em Dubai, mercê do sucesso da empresa Portos de Norte na gestão de terminais


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ECONOMIA

CENTROCAR E LIMPOPO INDÚSTRIAS ALIMENTARES

Formalizada parceria para tecnologias agrárias A Província Gaza quer valorizar mais os seus recursos endógenos através da transformação da cadeia de valor agrária para se tornar mais competitiva, atractiva, livre da pobreza e da fome. Um dos potenciais recursos é o rio Limpopo, que constitui o centro vital de uma parte significativa da agricultura praticada na província.

o fornecimento de máquinas para a limpeza de valas e drenagens e outros equipamento que vão contribuir para a mecanização agrária. Segundo o director-geral da Centrocar, Hélder Almeida, o memorando assinado à luz da conferência de investimentos da província de Gaza, resulta do trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos para o desenvolvimento do país no domínio de fornecimento de máquinas para o alcance dos melho-

res resultados no plantio e colheita. Assistência técnica e capacitação dos operadores são as outras componentes do acordo, segundo explicou Almeida. “Este memorando foi também um trabalho concepcional feito por ambas as partes para o dimensionamento das máquinas e suas capacidades para atingir bons resultados. Prevemos nos primeiros seis meses de 2019 começar a fornecer as máquinas”, concluiu

I Por: Mustafá Leonardo

P

orém, a fonte hidrica não é o bastante para catapultar a produção, os produtores ressentem-se da falta de meios tecnologicos para dinamizar sua actividade. É nesta senda que a Centrocar Moçambique e a Limpopo Indústrias Alimentares, celebraram um memorando que visa

COMUNICADO (Extravio de Carimbo) A Federação Moçambicana de Turismo e Hotelaria (FEMOTUR), com sede na Avenida 24 de Julho, nº7321, na cidade de Maputo, vem informar ao mercado em geral, para os devidos fins, que sofreu um assalto, no dia 25 de Dezembro corrente, aos seus escritórios, resultando no extravio, entre vários bens, do CARIMBO em uso na instituição. Assim sendo, a FEMOTUR alerta ao público e demais interessados para que não aceitem expedientes tramitados, posteriormente (a data do assalto), em seu nome. Maputo, 26 de Dezembro 2018 Direcção Executiva


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ECONOMIA

PARA 2019

National Geographic recomenda Moçambique

O turismo moçambicano está em crescendo e recomenda-se no contexto internacional. Com efeito, numa lista de 28 destinos recomendados pela National Geographic, para o ano 2019, Moçambique ocupa a posição 20, ou seja, o país está na lista dos 20 melhores.

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Parque Nacional da Gorongosa é apontado como a razão para turistas visitarem Moçambique. A National Geographic destaca os esforços desenvolvidos por Moçambique para a revitalização do Parque na última década e sugere que os turistas, ao visitarem Gorongosa, poderão apreciar grandes áreas de vida selvagem. O país tem merecido destaque nas principais revistas, sites e programas televisivos nacionais e internacionais, destacando o seu o turismo e todo o esforço que vem sendo empreendido pelo Executivo para melhorar o sector. Recentemente o país adoptou o Visto de fronteira, abriu o seu espaço aéreo, os operadores têm melhorado os seus serviços, entre outros aspectos que muito contribuem para o boom do sector nos últimos anos.

Gorongosa: paraíso moçambicano! O Parque Nacional da Gorongosa é um dos lugares mais bonitos e especiais de África. Graças ao seu terreno variado, à riqueza do seu solo, e à bênção de chuvas abundantes, a Gorongosa apresenta uma notável variedade de ecossistemas diferentes, cada um com o seu próprio "elenco de personagens": O Parque Nacional da Gorongosa (PNG), em Moçambique, é talvez a maior história de restauração da vida selvagem em África: em 2008 foi estabelecida uma Parceria Público-Privada de 20 anos para a gestão conjunta do PNG, entre o Governo de Moçambique e a Fundação Carr (Projecto de Restauração da Gorongosa), uma organização dos EUA sem fins lucrativos.

No dia 25 de Julho de 2016 foi publicado no Boletim da República de Moçambique o despacho de aprovação do Plano de Maneio do PNG para o período 2016-20 e em 6 de Setembro de 2016 o Governo de Moçambique aprovou a extensão por mais 25 anos do contrato de gestão conjunta do Parque Nacional da Gorongosa. A extensão do contrato de gestão foi formalmente assinada em 7 de Junho de 2018.

Abordagens Ao adoptar um modelo de conservação do Séc. XXI, equilibrando as necessidades dos animais selvagens e as pessoas, estamos a proteger e a preservar esta bonita natureza selvagem, devolvendo-a ao seu lugar de direito como um dos maiores parques da África


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Inhambane intensifica campanha de boas-vindas A província de Inhambane está a destacar-se na promoção do turismo através de campanhas de boas-vindas aos turistas nacionais e estrangeiros. As campanhas decorrem no Aeródromo de Inhambane e no Posto de Fiscalização de Zandamela, distrito de Zavala.

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o aeródromo de Inhambane, aterram duas aeronaves, um da Mex transportando 65 passageiros nacionais e estrangeiros e outro da FastJat privado com sete turistas a bordo. A campanha no aeródromo contou com a presença do Director Provincial da Cultura e Turismo, Fredson Bacar, e da Administradora do Distrito de Inhambane, Elsa Tomo. No posto de Zandamela, foram recebidas 101 viaturas, transportando cerca de 808 turistas nacionais e estrangeiros, numa campanha que contou com os directores e técnicos dos SDAE e SDEJT do distrito de Zavala, bem como a PRM. Durante as campanhas os turistas e visitantes foram recebidos com animação cultural e as iguarias típicas, como a água de coco, bolos de sura torradas e ainda municiados por diversos folhetos informativos sobre a vida artístico-cultural e turística da Província. Importa referir que nas campanhas, dos turistas interpelados, destacam-se figuras públicas como Tomaz Salomão e estes afirmaram estar orgulhosos por escalar este destino, mostrando-se felizes com a recepção calorosa e tendo memorizado o momento captando vídeos e fotografias do grupo cultural de Xigubo local.

VISITAS AOS HOTÉIS No entanto, no seguimento das campanhas da Época Alta do Turismo, tiveram lugar trabalhos de Monitoria Multissectorial; Boas-Vindas, Bem Servir e Restaurante Amigo do Cliente, nas praias de Barra, Tofo e Tofinho. A actividade envolveu os sectores da Cultura e Turismo, Indústria e Comércio, Saúde, Migração e a Associação de Hotelaria e Turismo da Província de Inhambane - AHTPI, com a presença do director provincial da Cultura e Turismo, Fredson Bacar, e o presidente da AHTPI, José da Cunha. Nesta campanha foram visitados sete restau-

rantes das três praias, nos quais foram transmitidas mensagens de exortação ao Bem Servir e hospitalidade no atendimento aos clientes. Os representantes dos estabelecimentos vi-

sitados mostraram-se satisfeitos com a iniciativa e aproveitaram a ocasião para colocar as inquietações que precisam de intervenção para o bem do sector


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ECONOMIA

APESAR DO GRANDE POTENCIAL

Turismo contribui pouco na matriz económica de Gaza

Nos últimos tempos, a província de Gaza experimenta novos ritmos de desenvolvimento no sector do turismo com o crescimento do número de operadores, estando actualmente com 573 estabelecimentos de alojamento e 5.053 de restauração. Entretanto, apesar dos números serem encorajadores, a contribuição do sector na matriz económica ainda continua a quem do desejado.

novos investimentos naquele distrito, com ênfase na área de agricultura e turismo. O dirigente revelou que há interesses de investidores “que já manifestaram interesse em abrir novas unidades económicas, o que vai influenciar uma nova forma estar economicamente”. Parruque confirmou que no quadro da produção global o turismo tem uma expressão muito pequena. “É nosso interesse continuar a mobilizar investimento e melhorar a organização para que a contribuição seja mais expressiva e que as unidades contribuíam, efectivamente, para o desenvolvimento das nossas comunidades”, avançou. Do outro lado, o município de Manjacaze, localizado no distrito do mesmo nome, de uma estrutura económica diversificada com passagem por sectores como, avicultura, pecuária e

indústria extractiva, quer juntar esforços para desenvolver um turismo de interior robusto, com alicerce do manancial histórico do distrito. Tendo em conta o manancial histórico do antigo Império de Gaza, que inclui a parte central do distrito e a localidade de Mwadjahane, onde nasceu Eduardo Mondlane (arquitecto da unidade nacional), o município tem uma super aptidão para desenvolver um turismo de interior, segundo avançou a Presidente da Autarquia de Manjacaze, Maria Helena Langa. “A eclosão de negócios tem estado a catapultar o ritmo de desenvolvimento, mas ainda há muito por fazer, Manjacaze é uma vila ainda em crescimento e precisa de atrair muito investimento de vária ordem, para ver se reduzimos o desemprego e melhoria da situação económica” concluiu

I Por: Mustafá Leonardo

C

lima favorável, praias e fauna são os itens que preenchem o cartão-de-visita da província de Gaza quando o assunto é turismo, isto sem contar com o factor histórico por ser o berço de grandes personalidades da epopeia da libertação do país, o que também pode constituir um potencial para o turismo. Bilene é um dos distritos com forte potencial turístico a nível da província de Gaza, cuja bandeira é a praia do Bilene em acoplamento com as instâncias que o circundam. Neste ponto, o número de instâncias turísticas é considerável, entretanto o nível de contribuição na estrutura económica ainda é um calcanhar de Aquiles. Segundo o administrador de Bilene, Matias Albino Parruque, à luz da execução do plano estratégico da província serão implementados

EM SOFALA

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Agência do Vale do Zambeze financia projectos de agro-negócios

Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze tem disponíveis quatrocentos milhões de meticais para financiar projectos de agro-negócios em Sofala. O delegado provincial da Agência, em Sofala, Xadreque Muanza, explicou que são elegíveis ao financiamento Pequenas e Médias Empresas e jovens recém-formados e empreendedores que desenvolvem as suas actividades ao

longo do vale do Zambeze. “Temos já na província de Sofala projectos aprovados, concretamente na área de produção e comercialização de hortícolas. Vamos ter agora projectos financiados no sector de comercialização de produtos agrícolas“, disse Xadreque Muanza, delegado provincial da Agência de Desenvolvimento do Vale de Zambeze, em Sofala


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ECONOMIA

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Higino Marrule exorta para aumento da produção agrícola “Lançamos oficialmente em Outubro passado, a Campanha Agrária 2018/2019, que marca o início das nossas actividades. Este é o período em que devemos intensificar o processo de preparação da terra para a sementeira, usando todos os equipamentos a nosso dispor nos Centros de Prestação de Serviços.

de escassez. Que cumpram com as vacinações obrigatórias e os banhos carracicidas dos animais. Cumpram com as normas para a circulação dos animais que visam reduzir a disseminação de doenças. Acatem as mensagens técnicas dos extensionistas, com vista ao aumento da produção e produtividade agrária. Caros produtores, estimados criadores o governo de Moçambique, vai continuar promovendo actividades agrárias com especial atenção ao sector familiar, que representa a maioria dos produtores em Moçambique e que

desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do nosso país. A todos os moçambicanos e moçambicanas que trabalham no sector agrário em prol das suas famílias e de toda a sociedade, desejamos votos de boa saúde, festas felizes e um Ano novo cheio de prosperidade. Que sejamos capazes de responder ao desafio de garantir o acesso a alimentação adequada, em quantidade e qualidade suficiente, respondendo assim ao lema Moçambique no aumento da produção e produtividade rumo a fome zero

A

s mudanças climáticas são uma realidade no nosso País, caracterizando-se por queda irregular das chuvas e em alguns casos seca e estiagem e face a isso recomendamos onde há escassez de chuvas, como período em que se espera que haja chuvas de acordo com a previsão agrometeorológica. Para aqueles que fazem aproveitamento das zonas baixas recomendamos que tenham algumas áreas de produção nas zonas altas evitando perdas de cultura por inundações no caso de ocorrência. Recomendamos ainda que identifiquem zonas para abeberramento do gado e que façam o aprovisionamento de feno para os períodos

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Cooperativas querem captar oportunidades de negócios em 2019

ooperativas defendem uma actuação conjunta das PME's moçambicanas na captação das oportunidades de negócios, a serem fornecidas pela indústria extractiva do sector de gás e petróleo já no próximo ano. O cooperativismo em Moçambique ainda é um desafio, o pacote legislativo que cria as cooperativas existe já anos. Porém, a falta de regulamento limita a acção deste ramo actividade, segundo deu a conhecer, a Imprensa, o Director-Executivo da Associação Moçambicana para Promoção do Cooperativismo Moderno. Cecílio Valentim fez saber ainda, que o cooperativismo poderá ser a "melhor arma" para a captação das oportunidades de negócios, a serem fornecidas pelas petrolíferas a partir de 2019. Sobre o volume de negócio das cooperativas moçambicanas, o Director-Executivo da Associação Moçambicana para Promoção do Cooperativismo Moderno lamentou a falta de dados estatísticos. Refira-se que a AMPCM foi fundada em 2010, e actualmente conta com cerca de 600 cooperativas filiadas


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SOCIEDADE

CBS marca posição na academia …tornando-se na primeira escola a leccionar cursos no modelo de mestrados profissionalizantes

Foi um ano de intensa actividade lectiva e com resultados frutuosos. A Escola Superior de Gestão Corporativa e Social (ESGCS), uma instituição de ensino de carácter privado, (CBS), auto fotografou-se ao mundo académico, promovendo acções práticas na esfera da cientificidade. Tornou-se na primeira escola a leccionar cursos no modelo de mestrados profissionalizantes.

É

um passo gigantesco na sua recente história de academia com curos de mestrados profissionalizantes numa perspectiva empresarial. Gestão; contabilidade; fiscalidade e finanças empresariais; segurança e higiene no trabalho; empreendedorismo; tecnologia e sistema de informação; e direito e economia são cursos levados a cabo na instituição. A CBS privilegia planos modulares, integrando a sustentabilidade, responsabilidade social, assuntos corporativos e marketing digital. No ciclo de actividades, o ano foi marcado

pela realização do II Congresso Internacional de Cidadania e Educação Fiscal na Lusofonia promovido pela Corporate Business School (CBS) – Escola Superior de Gestão Corporativa e Social (ESGCS); Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa-ISCAL; e o Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa - IDEFF. Participaram do evento, o Presidente do Conselho Constitucional da República de Moçambique, a Presidente da Autoridade Tributária de Moçambique, Presidente da Bolsa de Valores de Moçambique, Bastonário da Ordem dos Contabilistas Auditores de Moçambique, Director da Agência de Promoção de Investimento e Exportações de Moçambique, representante da Autoridade Tributária de Portugal, entre outras entidades e convidados. O congresso foi bastante proveitoso por ter contado com oradores de luxo e académicos em matérias de cidadania fiscal, emprestados pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa – ISCAL e do Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa – IDEFF, para além da Autoridade Tributaria de Portugal, Autoridade Tributaria de Moçambique, Ordem dos Contabilistas e Auditores e a Mukhero. Por outro lado, a CBS tem vindo a introduzir

Leonardo Simão, um dos Últimos dirigentes a visitar a CBS em 2018

no seu plano de ensino a Parceria Estratégica de Capacitação Estruturalmente Sustentável (PECES), funcionando em regime de (...) Networking, que se resume em Inclusão ao Acesso de quem está convencido que está Blindado por Natureza - abrir novos caminhos, a partir da Causa/Propósito, estabelecendo Elementos de Conexão na busca da descoberta e ou prova para a Inovação Disruptiva orientada para a Consequência Civilizacional. Refira-se, entretanto, que as instalações receberam, durante o ano de 2018, vários eventos e visitas de distintas personalidades nacionais e internacionais. Foram eventos com repercussões positivas na vida dos académicos, gestores e colaboradores de empresas que participaram activamente em workshps, palestras, seminários e colóquios sobre diferentes temáticas de âmbito social e económico. A CBS teve também a honra de ser visitada por ilustres figuras nacionais e internacionais ligadas as áreas de política, economia, academia, sociedade civil, desporto, diplomacia, cultura, com destaque para o Representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Moçambique. A escola é superiormente dirigida pelo Dr. Lourenço Silva que tem dado um forte impulso visando a concretização dos objectivos da instituição

Abdul Carimo, Presidente da CNE, esteve também na CBS em finais de 2018


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SOCIEDADE

Ericino de Salema nomeado Director-Residente do EISA venções críticas num programa de comentário dominical na estação STV. Teve de passar uma boa temporada no estrangeiro, em tratamento. Nos últimos anos, depois de deixar o jornalismo activo, Salema trabalhou em organizações da sociedade civil estrangeira com programas em Moçambique, tais como a IBIS, a OXFAM e a Plan International, onde ele era gestor sénior. Agora assume o comando do EISA em Moçambique, num momento fértil em trabalho em virtude das eleições gerais de 2019. O primeiro Director-Residente do EISA em Moçambique foi o prestigiado académico Luís de Brito. Depois seguiu-se o também docente universitário Miguel de Brito.Salema é terceiro moçambicano a abraçar o cargo (Carta)

jornalista Ericino de Salema acaba de ser nomeado para assumir as funções de Director-Residente do EISA (Electoral Institute for Sustainable Democracy in Africa), um organismo independente vocacionado para a monitoria de processos eleitorais no continente. Salema foi seleccionado e nomeado após um renhido concurso público. Ele começa suas novas funções a partir de 1 de Janeiro. Ericino de Salema é um prolífico jornalista e respeitado comentador político. Também tem formação superior em Direito e lecciona numa das universidades da capital. Este ano, o jornalista foi vítima de um rapto durante o qual foi violentamente agredido. O crime estava relacionado com suas inter-

Governo quer registar 900 mil crianças até 2022 O Governo pretende duplicar os registos de nascimento anuais dos actuais cerca de 450 mil para 900 mil até 2022, anunciou nesta quarta-feira, em comunicado, o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique.

A

s autoridades vão colocar em acção uma estratégia de sensibilização visando persuadir as famílias a registarem as suas crianças, principalmente nas áreas rurais. "Com esta estratégia de comunicação para adesão do registo civil, estamos em melhores condições de massificar as acções de sensibilização e assegurar que as pessoas adiram conscientemente ao registo de nascimento", lê-se na nota de imprensa. O Governo, prossegue o comunicado, espera reforçar o conhecimento das comunidades sobre os requisitos e importância do registo

civil. "Sentíamos a necessidade de um instrumento orientador para nos ajudar a atingir resultados desejados", lê-se na nota. Embora o país tenha registado progressos, "parte significativa da população, sobretudo crianças, não está registada", o que "constitui um problema" no processo de planificação e

provisão de recursos do Estado, assim como exercício de direitos fundamentais, acrescenta o documento. Segundo dados oficiais, apenas 48% das crianças estão registadas. A baixa adesão ao registo de nascimento é justificada por questões culturais, complexidade do processo de registo e custos


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HOMENAGEM

Exige-se soberania na sua exploração – defende Prof. Doutor Firmino Mucavel, investigador e docente da faculdade de Agronomia da UEM (Julho de 2013) Firmino Mucavele, investigadore docente na faculdade de Agronomia da Universidade Eduardo Mondlane, defende que se deve ter o conhecimento preciso sobre as quantidades e qualidades dos recursos naturais e minerais disponíves, por um lado, e por outro, entende que há muito trabalho por fazer para a sua exploração. Para Mucavele, da exploração de petróleo, gás e outros recursos não se pode esquecer que o desenvolvimento é uma equação polimonial, ou seja, uma equação sectorial e que os recursos naturais são finitos. Noutra perspectiva, Mucavele sustenta, em entrevista à Ídolo, que deve existir soberania na sua pesquisa e exploração. Firmino Mucavele é Doutorado em Economia Agrária e de Recursos Naturais e ocupa o cargo de presidente de Conselho de Cátedras de Investigação para o Desenvolvimento. Nesta entrevista, Mucavele fala dos 38 anos da Independência Nacional: “Desafios para Moçambique tendo em conta a indústria de exploração de carvão e a recente descoberta de jazigos de petróleo e gás no Rovuma”. No levantamento dos desafios e as linhas mestres que o país deve seguir para alcançar o desenvolvimento, Mucavele caracterizou a economia moçambicana no período imediatamente posterior à Independência Nacional. Para Mucavele, logo depois da Independência havia uma governação centralizada, políticas centradas através dos órgãos de Estado. A partir de 1986 e 1987 entrou o

plano de reajustamento estrutural, onde a economia começou a ter uma preponderância maior, facto que fez com que a economia centralizada fosse preterida em relação à economia do mercado. No começo da década noventa, houve acordo de paz que veio contribuir para a

abertura da produção agrária. Começou uma nova fase de desenvolvimento do país e criaram-se muitas expectativas e esperanças não só para o desenvolvimento económico, assim como social. Pois, foi assim que começaram a surgir os primeiros sinais na componente de recur-


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sos e aparece os recursos naturais. Ora, estes recursos foram descobertos na década 60, talvez não conhecíamos a magnitude real da sua quantidade, porque não havia interesse muito grande nessa altura. Por outro lado, as capacidades não permitiam que se explorasse. Havia muito cuidado sobre a exploração dos recursos naturais naquela altura. A partir de 2005, houve uma abertura completa para a exploração de recursos minerais e começaram a surgir as notícias sobre a quatidade dos jazigos. Não se tem tanta certeza se temos por exemplo, a quantidade de petróleo para explorar. Portanto, ainda há muito trabalho por fazer. Da exploração de petróleo, gás e outros recursos há um medo de esquecer que o desenvolvimento é uma equação polimonial, é uma equação sectorial e que os recursos naturais são finitos, daí então, os desafios na sua exploração. Primeiro desafio: gestão racional dos recursos naturais integrados dentro de um programa nacional de desenvolvimento.

Actualmente, os recursos naturais estão a ser explorados por capitais estrangeiros e assim os retornos vão também para esses capitais estrangeiros. A maioria do povo moçambicano, pelo menos nos próximos 10 anos, não vai ter retorno desses investimentos. Significa que durante esses anos, o povo moçambicano deve ter outros investimentos, outras formas de adquirir rendimentos, ter consumo adequado e poder desenvolver o país. Ora, o problema é? Os recursos naturais são finitos e como tal, as perspectivas para o futuro é ter políticas para o desenvolvimento sectorial e integrado, onde a agricultura deverá continuar a desempenhar um papel importante, assim como o turismo, o sector das pescas, do comércio e mais do que nunca a formação de recursos humanos. Segundo: conhecimento preciso das quantidades e qualidades dos recursos naturais existentes.

Exige-se uma boa planificação e temos que saber como explorar e saber quais são as quantidades do carvão e qual é a sua qualidade. Por outro lado, temos que ter a soberania na exploração desses mesmos recursos. Quer dizer, temos que ter quadros nacionais capazes de fazer parte das

pequisas destes recursos. Assim, deve-se preparar um campo de moçabicanos que possa trabalhar nesta vertente, de modo a ter uma informação real sobre as quantidades e qualidades dos recursos disponíveis. Terceiro: a ligação entre a exploração mineira e as pequenas e médias empresas moçambicanas

O Estado deve criar condições para o empresariado nacional, sobretudo na componente de ligação entre a indústria mineira e a sua integração com a indústria agro-pecuária, turística, bem como a formação de quadros nacionais. Outrossim, deve dar lugar ao de senvolvimento humano. Assim, será importante uma ligação entre a indústria mineira e as pequenas e médias empresas. Quarto: equação da formação dos recursos humanos.

Não devemos só restringir a formação do pessoal humano relacionado com as engenharias mineira, devemos também abranger outras áreas, como a formação de agrónomos, veterináios, juristas, de tal forma que se possa produzirem quantidade e qualidade suficientes para alimentar as indústrias nacionais, assim como as que estão por vir. Uma vez mais, o ensino profissional sobretudo relacionado com as engenharias, assim como o ensino superior deverá seguir para a promoção do desenvolvimento. Quinto : a gestão económica

A gestão económica implica a planificação da economia, a planificação macro-económica ou então, meso económica, a implementação de políticas macro-fiscais e de integração económica acompanhadas de monitoria e avaliação e o controle destas políticas. Deve ser uma gestão, de tal maneira que os princípios formulados num


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sector tenham um acompanhamento na indústria e no comércio ao que estejam também sincronizadas com outras políticas, só assim, é que ter-se-á um desenvolvimento harminioso e sustentável. Sexto : o influxo de moeda externa

Haverá nos próximos anos um grande influxo de moeda externa, ou seja, a entrada da moeda externa no país fará com que o nosso câmbio, o metical se aprecie. Ora, se não haver uma boa gestão financeira, a apreciação do metical pode ser prejudicial para o desenvolvimento da agricultura, do comércio, turismo e outras áreas, incluindo a indústria não mineira. Por outro lado, a apreciação do metical pode significar a perda da competitividade, porque os nossos recursos passarão a ser muito caro na sua comercialização e pode-se perder terreno no mercado internacional e nesta altura, precisaremos mais das divisas, precisaremos de exportar mais e precisaremos de controlar o diferencial cambial que nos permitirá ter uma expressão maior. Sétimo : o desenvolvimento das instituições

o sector da indústria mineira precisa de ser regulado e como tal, tem de existir instituições e que as leis e perocedimentos devem estar sincronizados. Os recursos terão que ser equitativamente distribuidos e em nenhum momento devem alocar-se apenas para a àrea dos recursos minerais, devem servir para todos os sectores. As políticas a ser instituidas devem produzir leis e procedimentos no sentido de fazer com que a economia nacional seja sincronizada e integrada. Oita vo: aumento do investimento interno

Os moçambicanos devem ter acesso ao crédito que é para ter rendimento. Há que aumentar o rendimento interno, tanto através do sector público ou então, pelo sector privado. Se não haver o investimento interno vai aumentar o investimento externo, facto que fará com que os retornos sejam para fora. A batalha deve ser a nível interno, para que o investimento seja aumentado para tirar receitas

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Cidadãs satisfeitas O céu tem sido azul sem nuvens nos últimos cartuchos de Dezembro. E o sol não tem poupado a ninguém. Os cães procuram sombras, as hortas caseiras murcham, as pessoas transpiram mesmo sentadas em sombra. O calor tem se feito sentir como se o sol estivesse dando o seu último “show” do ano, e na verdade está, pois 2018 está no fim.

I Por: Dalton Sitoe Estando 2018 no fim, o Imperdível interpelou, na cidade de Maputo, cidadãs para partilharem como foi o seu ano. Umas não quiserem nem falar, pois viveram 2018 como muitos outros anos. Mas outras não quiseram nem falar, pois consideraram 2018 como um ano para esquecer. As que aceitaram partilhar falaram de coisas alegres e memoráveis.

E

diléria Zandamela faz parte do Sistema Nacional de Saúde, e em 2018 conseguiu alavancar a sua carreira. Ela foi reconhecida como fisioterapeuta no Hospital Geral da Machava. Contudo, o acontecimento mais especial do ano foi o seu marido ter conseguido o emprego que tanto sonhava. “O sucesso do meu esposo é meu também. A abertura da porta que ele mais queria veio como um presente de natal para nós”, declarou Ediléria Zandamela. Defender a sua monografia, casar, e ter casa própria são os desejos de Ediléria Zandamela para o ano de 2019

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or seu turno, para a funcionária do Jardim Tunduro, Amélia Cossa, foi um ano memorável, porque viu as suas filhas concluírem a licenciatura.

“Este foi um ano especial. Minhas duas filhas concluíram a licenciatura. Uma estava na UEM e outra no ISCTEM. Como mãe é motivo de muita felicidade”, manifestou a jardineira. Amélia Cossa considera que o ano 2018 foi também marcado por adversidades e uma delas foi devido a crise económica que o país atravessa. O estágio económico do país reflectiu-se sobretudo no rancho da sua casa, pois tiveram de parar de comprar parte dos produtos alimentares que consumiam antes. Em 2019, Amélia Cossa vai fazer 20 anos trabalhando no Jardim Tunduro. Por conta disso, ela prevê que seja um ano especial e deseja para si mesma: progresso de carreira; e aumento salarial

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ma nova página foi aberta na vida de Laura Tembe. Na ponta final de 2017, ela foi para o lar e no ano prestes a findar viveu a experiência de estar no lar. “Viver com meu marido é bem diferente de viver em casa dos meus pais. Tudo bem que recebo mimos de esposa, mas é uma vida de intensa negociação. Porque o meu marido tem a sua maneira de ser e eu tenho a minha, e dia após dia temos de ceder um para o outro sempre, respeitando-lhe como chefe da família”, explicou Laura Tembe


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hama-se Ema Kirit e vive em Moçambique há 30 anos. Ela mora apenas com o esposo, porque os filhos estão na Índia, sua terra natal, onde estão a estudar. Para Ema, 2018, foi um ano em que não deu para fazer muito negócio, pelo facto de as pessoas terem perdido seu poder de compra. E uma vez que a vida dela está intimamente ligada ao negócio não considera 2018 como um bom ano na sua vida. Por avaliar 2018 prefere colocar 2019 nas mãos de Deus

A

s coisas da fé também marcaram o ano. Laura Marilele conta que era uma mulher que ficava uma semana saudável e depois um mês acamada. Segundo ela, era um sofrimento, mas em 2018 decidiu se entregar a Deus, ingressando numa igreja, e o tormento parou e passou a ser uma mulher saudável. O desejo de Laura Marilele para 2019 é que o seu quinto filho consiga ingressar na Escola Náutica.

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INSS entrega cadeiras de rodas a pensionistas em Nampula Dez pensionistas do Sistema de Segurança Social, da província de Nampula, receberam igual número de cadeiras de rodas, oferta da delegação provincial do INSS, no âmbito do Programa de Acção Sanitária e Social do presente ano.

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os contemplados, três são da cidade de Nampula e os restantes dos distritos de Monapo (três), Angoche (dois), Ilha de Moçambique (um) e Nacala-a-Velha (um). O acto de entrega daqueles meios de locomoção a três pensionistas da cidade de Nampula teve lugar, recentemente, na cidade de Nampula, num acto dirigido pelo director provincial do Trabalho, Emprego e Segurança Social de Nampula, Domingos Sambo e que contou com a presença da delegada provincial do INSS, Alfredina Garcia e de outros quadros da instituição. De referir que a Delegação Provincial do INSS de Nampula contava, até ao mês de Novembro do ano em curso, com 5.035 pensionistas, dos quais 1.651 de velhice, 3.297 de sobrevivência e 87 de invalidez


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Província de Maputo

Vaga de calor destrói culturas diversas

Inhambane pode não alcançar a meta das matrículas da 1ª classe

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calor intenso que se faz sentir, nos últimos dias, na região sul do país já destruiu mais de 35 mil hectares com culturas diversas nesta região do país. Na Província de Maputo, o milho e o feijão foram as culturas mais castigadas, sendo o distrito de Boane, o mais afectado pelo fenómeno. Os dados foram divulgados num balanço feito pela directora provincial de Agricultura e Segurança Alimentar. Leonor Neves sublinhou que estão em marcha medidas visando minimizar as consequências que a vaga de calor provocou na actividade agrícola. Para já, estão disponíveis 20 toneladas de sementes diversas para apoiar os agricultores que viram as suas culturas dizimadas pelo calor intenso. A directora provincial de Maputo avançou outras medidas para recuperar as culturas perdidas. “Estamos também a colocar estacas de mandioqueiras e outras culturas tolerantes para as populações em sítios com sequeiro. Temos estado a fomentar o uso de estufas. Temos 63 estufas e estamos a produzir em campo, temos culturas que estão a sair para o mercado, tem ambiente controlado que nos permite produzir ao longo de todo o tempo independentemente da precipitação, para termos produtos”

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província de Inhambane pode não alcançar a meta planificada nas matrículas dos novos ingressos da primeira classe. O processo termina já na próxima semana e, até aqui, apenas cinquenta por cento da meta planificada foi cumprida. Inhambane tem a meta de matricular sessenta e sete mil e quarenta e seis novos ingressos e até nesta quarta-feira a província há inscrito apenas trinta e quatro mil e trinta crianças. Os distritos de Govuro e Massinga são os que registam fraca afluência com 22.6 e 37.4%, respectivamente. Esta fraca afluência de pais e/ou encarregados de Educação preocupa o governador da província, Daniel Chapo. “Queremos mais um vez aproveitar esta ocasião para apelar aos pais e/ou encarregados de Educação por forma a levar as crianças porque sem Educação, não há desenvolvimento possível”, frisou. A matrícula dos novos ingressos da primeira classe termina oficialmente na próxima segunda- feira, dia 31 de Dezembro


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Mineiros na África no Sul querem contribuições transferidas para o INSS moçambicano Sul, “passar a exigir que todo o mineiro que estiver a renovar o contrato tenha que entregar o seu número de conta nacional para garantir que o seu salário seja transferido para o País”. Relativamente à transferência das contribuições para o Sistema de Segurança Social da África do Sul para Moçambique, Vitória Diogo garantiu aos mineiros que até ao próximo ano o Governo vai-se pronunciar. “Vamos responder em 2019. É uma contribuição válida, que pode trazer inúmeros benefícios”. Num outro desenvolvimento, a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social fez saber que, graças ao empenho do Governo em aproximar os serviços aos trabalhadores moçambica-

A ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, manteve, na sexta-feira, 28 de Dezembro, um encontro com a Comissão para a Reinserção dos Trabalhadores das Minas da África do Sul (CRTMAS), durante a qual a agremiação manifestou a vontade de ver as contribuições dos seus membros para o Sistema de Segurança Social daquele País transferidas para o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).

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ara a CRTMAS, representada pelo seu delegado, Victor Cossa, “a transferência das contribuições para o País, neste caso para o INSS, visa evitar que os trabalhadores viajem constantemente à África do Sul para efectuarem o levantamento das suas pensões, o que acarreta riscos dado que são, não raras vezes, obrigados a transportar avultadas somas de dinheiro”. Outra preocupação apresentada por esta agremiação é relativa à existência de trabalhadores mineiros que ainda não aderiram ao sistema de pagamento diferido, que permite que os salários, em randes, sejam transferidos para contas individuais sedeadas em Moçambique. Na ocasião, Vitória Diogo considerou de legítimas as preocupações apresentadas pela CRTMAS, tendo, no caso da não adesão ao pagamento diferido, instado à agremiação a fazer um trabalho de sensibilização junto dos seus membros, principalmente nas suas áreas de trabalho ou de residência. “A abertura de contas e a transferência dos salários para Moçambique são, também, nossa prepocupação. O Governo e o Banco Central fizeram a sua parte com vista à bancarização dos mineiros. Muitos já recebem o salário em Moçambique mas há outros que ainda não o fazem. Então, temos que unir esforços. Vocês, como comissão, têm que fazer reuniões para que os nossos irmãos passem a receber em Moçambique porque tem muitas vantagens, tais como o crédito bancário, a poupança, entre outras”, enfatizou a ministra.

Vitória Diogo prometeu, igualmente, envidar esforços no sentido de a TEBA, a agência recrutadora de mão-de-obra mineira para a África do

nos afectos nas minas, foi possível convencer a Mineworkers Provident Fund, entidade sul-africana gestora das pensões, a instalar-se, pela primeira vez, em Moçambique, evitando que os exmineiros, viúvas e dependentes se desloquem àquele País para tratar dos seus assuntos. “Como resultado, desde o início deste mandato, já foi possível pagar perto de 1.000.200.000 (um bilião e duzentos mil meticais) em pensões a cerca de três mil antigos mineiros nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane”. A implantação da entidade sul-africana gestora das pensões no País permitiu, igualmente, o pagamento de indemnizações por parte da extinta mina ERPM, falida em 1999. “Pressionámos e fizemos com que a seguradora viesse a Moçambique pagar mais de 300 mil randes que eram devidos aos nossos concidadãos”


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DESPORTO

Ferroviário chora a morte do seu ícone José Magalhães partiu para sempre Faleceu na tarde de terçafeira, do dia 25 de Dezembro de 2018, aos 80 anos, vítima de doença, José Filipe Magalhães, ícone inquestionável do atletismo do Clube Ferroviário de Maputo. Aliás, o seu “modus operandi” fizerem dele a maior referência do atletismo, pelo que, José Magalhães é sobejamente o expoente máximo do atletismo nacional.

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atural da cidade de Nampula, terra natal que viu hoje partir hoje um dos seus filhos queridos, Magalhães ter-se-á sentido mal, tendo recebido assistência médica na sua residência, entretanto, não resistiu e, infelizmente, veio a falecer. Nascido em 1938 e com uma rica história de sucesso e inspiração aos mais jovens, não apenas no desporto mas, e sobretudo, no que concerne aos valores mais altos de ser humano, José Magalhães foi recordista nacional dos 100, 200 e 400 metros, representando o Ferroviário de Maputo, seu clube de coração, e a selecção nacional, ainda que o grande período tivesse sido no período do jugo colonial, mas as suas marcas e realizações não foram esquecidas pelos governantes da República de Moçambique. Aliás, Magalhães será sempre recordado por ter sido ele a acender a pira olímpica no Estádio da Machava, eterna casa que testemunhou várias das suas vitórias, no ano histórico do país, ou seja, a 25 de Junho de 1975, com a celebração da Independência Nacional. Magalhães fica nos anais do Desporto Nacional e em vida recebeu vários galardões, como o de atleta do século XX. Pela sua forma simples de ser, Magalhães lutou sempre pela igualdade social subjacente de política da administração colonial portuguesa. Velocista de eleição, o seu percurso ilustra a grandeza e grandeza de uma história que fez de si, o percursor de uma forma de fazer, de estar, no desporto. A sua história se confunde com a história do desporto Nacional, reconheceu-lhe o mérito a Universidade Eduardo Mondlane, numa das várias homenagens que teve. Num momento de grande pesar para a família do Clube Ferroviário de Maputo, por esta

perda irreparável, a Direcção do Clube chora a morte do seu ícone e lamenta profundamente o sucedido. O seu legado e história serão transmitidos aos atletas do Clube, em particular ao Departamento de Atletismo, onde está crivado o seu nome. (“In-Ferroviário”)

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DESPORTO

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Costa do Sol prepara época-2019

Costa do Sol está a arrumar a casa, a pensar na sua participação nas provas do próximo ano em que será chamado a intervir, nomeadamente Supertaça, Moçambola, Taça de Moçambique e Taça Nelson Mandela. Nota de destaque vai para a contratação de cinco unidades que poderão ajudar a equipa a alcançar os seus objectivos. Trata-se de Victor, do Guarani do Brasil, Maninho, ex-Ferroviário da Beira, Roldão e Eládio, ex-Sporting de Nampula, e Prince, de nacionalidade Liberiana. Estes juntam-se a outros 19 jogadores que transitam da época terminada. O técnico português Horácio Gonçalves tem pela frente uma boa matéria-prima humana para atacar com firmeza as competições em perspectiva na temporada 2019.

Plantel do Costa do Sol para a época 2019:

Guarda-redes: Victor, Wilson e Kampango. Defesas: Manucho, Cláudio, Chico, Vitor (ex-Guarani - Brasil), Djalo, Roldão (ex-Sporting de Nampula), Jorge

e Eládio (ex-Sporting de Nampula). Médios: Nené, Hilário, Nélson, Raúl, Nilton, Stephen, Zequito e Prince (ex-LISCR - Libéria). Avancados: Mbulu, Kino, Dibale, Isac e Maninho (ex-Ferroviário da Beira).

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CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Salada de Bacalhau à Milou Ingredientes: 2 postas de lombo de bacalhau (dessalgado) 600 grs de batata (cozidas) 3 cenouras médias (cozidas) 1 cebola grande 3 ovos cozidos Azeitonas qb Azeite de oliva qb Pimenta branca qb Orégãos qb Salsa picada Gotas de limão qb

Preparação Coza o bacalhau. Depois de arrefecido, desfie e reserve. Na mesma água de cozedura do bacalhau, coza as batatas e as cenouras tendo em atenção que a cenoura cozerá antes da batata pelo que deve ser retirada, reservada enquanto a batata termina de cozer. Num tacho, deitei o azeite e refogue a cebola cortada a gosto. Junte o bacalhau, misture e junte a batata e a cenoura cortada a gosto. Tempere com os orégãos, junte a salsa, a pimenta branca, envolva tudo e desligue o lume. Deite umas gotas de limão e rectifique os temperos. Junte os ovos cortados a goste e decore. Sirva quente ou frio acompanhado de pão de alho

Sobremesa à Milou Ingredientes:

200 ml de natas 1 pacote de bolacha maria triturada 8 bolachas para decorar Mousse de chocolate caseira qb. ou poderá substituir pela instantânea

Preparação

Bata muito bem a nata até ficar firme. Se pretender, adoce. Considerando que a mousse já se encontra pronta, numa tigela, pinte ligeiramente o fundo com a nata numa camada finíssima. Polvilhe com a bolacha triturada e por cima coloque uma camada da mousse. Polvilhe com bolacha e faça outra camada com nata e o processo será assim até ao fim, sendo que a última camada deverá ser da mousse que por sua vez será polvilhada de bolacha. Decore a gosto e leve ao frio durante pelo menos duas horas. Sirva como sobremesa num belo dia de calor

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