IMPERDIVEL- 63

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REVISTA

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IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°63

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 63 Sexta - feira, 19 de Outubro 2018 Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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Política

Governo americano reteira apoio a paz

USAID, GAPI E BLUETOWN NA INCLUSÃO DIGITAL DA MULHER Stewart Sukumra quer celebra Ricardo Rangel Pag. 32

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Economia

Malaios interessados no mercado moçambicano

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Desporto

MJD recebe material desportivo da Mitsui & CO

a d o m à o m Há turis a capital! Maputo n


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FACTOS HISTÓRICOS

Antecedentes da morte de Samora


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FACTOS HISTÓRICOS

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ÍCONES DA TERRA

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Biografia de Graça Machel

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raça Simbine Machel, nascida em Incadine, distrito de Manjacaze, na província de Gaza, a 17 de Outubro de 1945), é uma política e activista dos direitos humanos moçambicana. Foi a primeira-dama de Moçambique, desde 1976, quando se casou com Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, que perdeu a vida em 1986, num acidente de aviação. Em 1998, casou-se com Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul. Pelos casamentos, Graça Machel tornou-se na única pessoa no mundo a ser primeira-dama de mais de uma nação. Com Samora Machel teve dois filhos: Josina Z. Machel e Malengani Machel. Graça Machel formou-se como bacharel em Filologia da língua alemã pela Universidade de Lisboa. Voltou a Moçambique como professora e lutou clandestinamente com a FRELIMO durante a Luta Armada de Libertação Nacional. Foi ministra da Educação e da Cultura no primeiro governo moçambicano, durante cerca de 14 anos. Após a morte de Samora Machel, em 1986, continuou a sua actividade política no partido Frelimo e criou uma organização sem fins lucrativos a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade. Em 1990 foi nomeada pelo Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância. Como reconhecimento do seu trabalho, recebeu a "Medalha Nansen" das Nações Unidas em 1995. Em 1998, ela foi um dos dois vencedores do Prémio NorteSul . É presidente do Conselho de Administração da Universidade da Cidade do Cabo. Condecorações KORA Lifetime Achievement Award, 2001 Doutora em Letras pela University of Glasgow, junho de 2001 Associada Honorária em Artes pela Seattle Central Community College, dezembro de 1999 Doutora Honoris Causa pela University of Essex, Inglaterra, 1997

Doutora Honoris Causa pela University of Cape Town, África do Sul, 1993 Medalha Nansen, UNHCR (Nações Unidas), 1995 Doutora Honoris Causa pela Universidade de Évora, Portugal, 14 de Novembro de 2008


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EDITORIAL

Nação duplamente revoltada! Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

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Nação moçambicana sente-se, neste momento, duplamente humilhada e cabisbaixa. O golpe foi duro: o processo eleitoral autárquico provocou fissuras devido a alegadas irregularidades e o desastroso percurso dos Mambas, nas qualificativas para o CAN-2019 dos Camarões, corroeu sonhos do país futebolístico. Perante este realismo, é preciso lutar e impedir que a Nação naufrague definitivamente na pobreza absoluta e perca a sua identidade. Talvez a cultura ajude, mas, infelizmente, em quase todos os cantos da capital do país a conversa de momento não poderia ser outra senão a política e o futebol…e pelos piores motivos. Chega-me aos ouvidos informações de que, afinal, essa onda de manifestação de insatisfação está a acontecer em muitas regiões deste belo Moçambique. Até parece ser uma corrente concertada em busca de um país melhor. Afinal, é um momento histórico para a Nação moçambicana, porque estamos a ser vistos e ouvidos por todo o mundo pelos processos universais em curso. Não é possível fechar os olhos diante da dura realida-

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de: Moçambique está mergulhado em meia convulsão política e social, e que é tangível na efervescência das redes sociais, Estamos a viver momentos difíceis agora e ainda bem que nem chegamos ao fundo do poço. É necessário colocarmos o país nos trilhos. Precisamos de acabar com a reinante democracia elitizada que detém poder aquisitivo e que impede a pobre e parte da classe média de se desenvolverem. A sociedade moçambicana expressa-se desiludida, descrente, desmotivada e revoltada. É caso para dizer-se que Moçambique está a precisar de uma espécie de “Plano Marshall”, porquanto um país somente pode ser bem sucedido económica e financeiramente se tiver como base um bom sistema educacional, com conteúdos contextualizados e com a participação activa da sociedade

FICHA TÉCNICA

Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

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Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo e Júlio Saul Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote

Fotografia Salvador Sigaúque

Layout e Paginação Cláudio Nhacutone

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TTE

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Revisão Linguística Gervásio de Jesus Web master Paulino Maineque Marketing Idolo Endereço

Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437

Email: idolorevista@gmail.com revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

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OPINIÃO

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80% das Decisões na Condução

Dependem da Qualidade da Nossa Visão - Grave na Sinistralidade Rodoviária!

Vamos então por os olhos, observando o problema:

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visão constitui o sentido PRIMÁRIO, substancial e facilitador para a condução de veículos rodoviários e outras maquinas. Eis um Importante ponto CRITICO e particularmente grave em Moçambique ! Quase sempre Olhamos, mas por vezes, não vemos ! - essa a diferença ! O Olhar, tem de ser de observador, visto, lido, interpretado, pelo Condutor, e somente isso, lhe permite, as facilidades de adoptar e aplicar-se naquele instante, o único e correcto acto prevenido! Que credibilidade temos nos resultados provenientes das Clínicas, inclusive Atestados emitidos pelos centros analíticos do Estado ? Sentimos os impactos dos excessos envolvidos num fácil "comercio" de informalidades lamentavelmente permitido, abrangendo este importante factor, " da Qualidade da Visão " , o dominante sentido que nos permite conduzir veículos automóveis e outras maquinas em segurança !! Caros Chefes e Gestores, devemos dedicar MAIS atenção, aos Nossos Motoristas & bem assim, a todos os outros Profissionais que planeiam, inspeccionam, avaliam, reparam, seguram, testam, aprovam, fiscalizam e dirigem Volantes úteis e facilitadores da Vida para tantos todos em movimento constante nas rodovias do activo económico e social no pais.!! Vamos avivar OLHOS nos OLHOS , motivando-nos ao encontro de mais factos e factores que infelizmente pesam na causa de perda de vidas e toneladas de custos derramados em sinistralidade rodoviária.

A termos presente : Nossos Olhos e a qualidade na visão geram controlo e sustentam acima de 80% das decisões durante a condução de umveículo ! Olhos na observação e inspecção das condições de Pré-Uso para a operação de uma máquina, no caso, o veiculo que nos transporta e toneladas de Km. Olhos na estrada em frente e simultaneamente monitorizando 180 graus de varrimento em visao de controlo, faz a diferença ! Olhos em activo instantâneo em controlo dos instrumentos de informação & alerta, operação,

Por: Carlos Sousa *

manutenção e de emergência, disponíveis a bordo do veiculo. Olhos dominando as acções preventivas no alcance - Repare, por exemplo, somos guiados pelos Pneus, sob comando do Dirigente Condutor do veículo! Observou atento a condição das rodas/ Pneus, e rectificou para conformes, antes do desafio da jornada ?

terpretação, logo resultam tomadas de decisão desalinhadas ao acto e atento da condução !

Os Proprietários e Condutores & Mecânicos, controlo de logística & assistência técnica aos

O que se espera ?... SINISTRALIDADE agravada !! Olhos na Gestão sobre a manutenção e reparação da viatura - a maioria dos condutores profissionais neste domínio, nem sabem o que devem de olhar, observar, registar e agir ! A Companhia de Seguros, a credibilidade da Apólice - em maioria também pouco sabem ver o que estão a segurar! Enfim, deduzimos que guiamos enganados participando numa Vasta e Abrangente Equipa

veículos,..actualizam-se nos exames médicos de visão em conformidades com exigências de desempenhos , idade e frequência, ao modo de credibilidade sustentável ? O condutor geralmente negligencia e arrisca sobre o MAU e ABUSIVO uso do telemóvel enquanto ao volante e em movimento ! Tenha presente que : Sempre que activado este critico ponto , reduz a sua capacidade de interpretar pela visão, uma perda em cerca de 40% do seu domínio de visao, pela denominada CEGUEIRA não INTENCIONAL , provocada e gerada no sentido cognitivo da ocupação pela comunicação, sempre que activada via telefónica, normalmente em processo no cérebro ! Admitindo-se esta perda de 40% ( devido ao simultâneo erro no uso da telefonia móvel ao volante ) e se associarmos as deficiências medias da visao num Condutor com idade acima dos 40 anos, teremos um impacto negativo por defeito, na ordem de 75 a 80% de perdas na in-

de Contribuintes.. Nunca se deixe levar pela total dependência do ambiente da mobilidade e pelas arriscadas opções tomadas pelos outros condutores envolvidos, mecânicos, chefes, técnicos, inspectores, policias, fiscais, etc...também sendo constantemente enganados pela deficiente visao e todos circulamos na Estrada carregada de incidentes e muito RISCO !! Se questionássemos o que se passa com a seguinte imagem, observada por um condutor, temos como resultado, uma MONTANHA de respostas e conclusões diversas, desajustadas,..logo sinonimo de ALTO RISCO em fuga para o Sinistro !! Mais de 80% da informação que usamos para dirigir uma máquina provém da qualidade da visão e portanto dependemos seriamente das condições dos nossos olhos para que essa visão seja lida, interpretada pelo cérebro e dirigida para a correcta e instantânea decisão

Quem no impacto das deficiências da Visão ?


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OPINIÃO

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Fraca prestação dos Mambas Por: Paulo Tibério Saveca *

"A solução para a boa prestação dos Mambas não é com a demissão do Abel Xavier." Para mim, para aquilo que é a realidade do nosso futebol, existem vários aspectos a serem revistos, desde os clubes até a selecção. Se prestarmos atenção (nesta última década), iremos perceber que já tivemos vários treinadores e a nossa prestação foi sempre a mesma, baixa. Reginaldo, Domingues, Clésio e outros, se não conseguem marcar golos não é porque está no comando técnico o Abel. Quem ainda tem bons "dotes" para marcar sempre marca independentemente de quem estiver no comando técnico. Na minha opinião, e segundo o perfil dos jogos que os Mambas tem feito percebo que: 1. Os nossos futebolistas, desde a base até a selecção nacional, tem uma preparação mental muito fraca, ou quase que inexistente. 2. Já não temos boas opções, com maturidade, para competições internacionais (Já não temos os Tico-Tico, Dário, Rui Évora e até Rafael Kampango...e não sei se ainda teremos atletas com aquele perfil se não fazermos o trabalho de base.).

3. Os nossos clubes investem muito pouco ou quase nada nas camadas de formação. Se continuarmos assim, desaparecem Mambas... 4. Com a selecção que temos não devemos exigir muito. Acho um pouco prematuro. Organizar uma selecção nacional com vista a obter bons rendimentos não é um projecto imediato, mas sim tem o seu tempo...

5. A equipa técnica da FMF e dos Mambas em particular, acredito que está a trabalhar de modo a reverter o cenário. 6. Mister Abel Xavier merece chance para continuar! Aliás, ele já afirmou que continua... Atenciosamente! Paulo Tibério Saveca Docente de Desporto e Educação Física


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OPINIÃO

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Desenha-se boicote à Governação autárquica!

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epois do debate, sobre “A GUERRA OU A PAZ EM MOÇAMBIQUE” numa reflexão postada por mim, hoje, depois de vários desenvolvimentos sobre a “fraude” sobretudo no Município da Matola, proponho a falar sobre a ingovernabilidade das autarquias no actual modelo de eleição do Presidente do Município através do Cabeça-delista por maioria de votos, independentemente da diferença se mínima ou não, por exemplo, na avaliação dos resultados eleitorais na Matola, o Dr. Eduardo Mulembwe avançou números de membros da Assembleia da Frelimo e da Renamo, ou seja, 29 e 28 respectivamente, a diferença é de um membro! Numa situação destas, a convocação das sessões deve acautelar a disponibilidade de todos os membros do Partido que está a governar, porque de contrário, os chumbos e boicotes são o futuro nestas autarquias, mais, nos casos em que o Partido vencedor não possui no conjunto a maioria, a situação é ainda pior, independentemente da presença ou não dos membros, os instrumentos de Governação serão chumbados liminarmente e, segundo a legisla-

Por Adelino Buque *

ção aplicável, se chumbar duas vezes o Conselho de Ministros deve absorver a assembleia e convocar outras eleições, ou seja, aquilo que seria a saída para não onerar os processos autárquicos, podem nos sair mais caro ainda. Outro dado interessante, no quadro das reivindicação da Renamo e agora o MDM no caso da Matola, caso optarem por não comparência na sessão inaugural, a situação fica pior, a autarquia não terá o seu Presidente, esta reflexão, pretende chamar a atenção aos órgãos de justiça para onde os recursos foram encaminhados, para analisarem com isenção e responsabilidade, para evitar a paralisação dessas autarquias e a consequente ingovernabilidade ou pior, convocar-se novas eleições em razão do boicote da oposição ou melhor, dos que reivindicam. Um dado que não tinha, que encontrei no Semanário Canal de Moçambique de 17 de Outubro de 18, edição nº 483, sobre as posições do coordenador da Renamo Ossufo Momade que passo a citar “por não confiar

no Conselho Constitucional, propõe que, a comunidade internacional, que ia trabalhar no processo de paz, crie uma comissão de inquérito, para pegar edital por edital nesses Municípios” lê-se na primeira página, trata-se dos Municípios de Matola, Marromeu, Moatize, Alto Molocué e Mocuba, podemos chamá-los por Municípios “M” todos iniciam pela letra M. O Legislador quis “simplificar” o processo, no entanto, parece que sai pior que quando se elegia o Presidente de forma nominal, os custos deste processo poderá ser muito mais caro do que o simples facto de impressão de uma única folha, mas o pior não é esse, o pior é de facto não haver estabilidade nesses Municípios e, por consequência, no território nacional urge analisar este processo com frieza, aqueles que tem um papel a desempenhar, que sejam muito responsável nas decisões que tomarem, na verdade, desenhase o boicote a governação das autarquias!


Marรงo de 2018

ECONOMIA

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POLÍTICA

Frelimo vence em 44 municípios, Renamo 8 e MDM 1 O partido Frente de Libertação de Moçambique – Frelimo venceu as eleições autárquicas realizadas no último dia 10 de Outubro do ano em curso, em 44 autarquias, nomeadamente, na cidade de Maputo e nas quatro autarquias da província, Cidade da Matola, Vila de Boane, Vila da Manhiça e Vila de Namaacha.

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liás, na *zona sul* do país, o partido no poder não deu espaço à oposição, venceu em todas autarquias. Em *Gaza*, na Cidade de Xai -Xai, Vila de Macia, Vila da Praia do Bilene, Cidade de Chibuto, Cidade de Chókwè e Vila de Mandlakazi. Na terra de boa gente, Cidade de Inhambane, Vila de Massinga, Cidade da Maxixe, Vila de Quissico e Vila de Vilankulo. Na zona centro do país partilhou algumas autarquias, mas em Manica, tal como na zona sul nem uma, e declara-se vencedora na Cidade de Chimoio, Vila de Gondola, Cidade de Manica, Vila de Sussundenga e Vila de Catândica. Em Sofala, tal como no passado, não conseguiu arrancar a cidade da Beira, mas fechou na Cidade de Dondo, Vila de Gorongo-

sa, Vila de Nhamatanda e Vila de Marromeu. Na província mais quente do país Tete também não aceitou compartilhar as autarquias, tendo se mantido na Cidade de Tete, Vila de Ulónguè, Vila de Nhamayabwe e Vila de Moatize. Da Zambézia em diante, o partido no poder sofreu para conquistar o seu espaço, tendo conseguido ficar com a Vila de Alto Molócuè, Cidade de Gurúè, Vila de Milange, Vila de Maganja da Costa e Cidade de Mocuba. Em Nampula, diferente do habitual, só conseguiu duas autarquias, a Vila de Monapo e Vila de Ribáuè. No Niassa, a Cidade de Lichinga, Vila de Metângula, Vila de Mandimba e Vila de Marrupa.

Augusta Maita nomeada Directora-Geral do INGC

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ugusta Maita, cabeça-de-lista da Frelimo na cidade da Beira, nas eleições de 10 de Outubro, foi nomeada, pelo Conselho de Ministros, directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. Maita vai ocupar a vaga deixada, em Maio, por Osvaldo Machatine, depois de ter sido nomeado ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos. Augusta Maita foi PCA do Fundo Nacional do Desenvolvimento sustentável e directora nacional no Ministério de Economia e Finanças

Já em Cabo Delegado, Cidade de Pemba, Vila da Mocímboa da Praia, Cidade de Montepuez e Vila de Mueda. Face à disputa, a Resistência Nacional de Moçambique – Renamo - venceu em oito autarquias, do centro e norte do país, nomeadamente, Zambézia na Cidade de Quelimane e em Nampula, com cinco, autarquias, Cidade de Nampula, Cidade de Angoche, Cidade da Ilha de Moçambique, Nacala - Porto, Vila de Malema. No Niassa, venceu na Cidade de Cuamba e em Cabo Delegado, a Vila de Chiúre. No fim da batalha, o Movimento Democrático de Moçambique - MDM perde parte dos municípios o qual foi gestor de mantém-se apenas com uma autarquia na Cidade da Beira, em Sofala


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POLÍTICA

Governo americano enaltece eleições autárquicas moçambicanas

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O Governo dos Estados Unidos felicita o povo moçambicano pela sua participação nas eleições autárquicas de 10 de Outubro de 2018, indica um comunicado de imprensa emitido pela embaixada americana.

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documento refere que, “com base nas anotações dos nossos observadores eleitorais credenciados, o processo de votação pareceu ser na generalidade livre, justo e credível na maioria das 53 autarquias existentes. Contudo, estamos preocupados em relação às irregularidades reportadas em algumas autarquias”. É do nosso conhecimento que há mecanismos legais estabelecidos para atender e investigar reclamações eleitorais. Uma resolução transparente, expedita e pacífica destas questões através de canais legais existentes irão ajudar a fortalecer a confiança no processo eleitoral, considera a fonte As nossas observações sugerem que,

para além de alguns incidentes isolados, a campanha e o próprio dia da eleição foram na generalidade pacíficos e calmos, e que a cobertura da media foi, na sua maioria, inclusiva. Louvamos as organizações da sociedade civil pelos seus esforços coordenados para observar a campanha e as eleições. Reconhecemos ainda o trabalho da maioria do pessoal das assembleias de voto que trabalhou incansável e continuamente desde o período antes da abertura da votação e ao longo dos procedimentos de encerra-

mento e contagem. Encorajamos a Comissão Nacional de Eleições e outras partes interessadas, incluindo todos os partidos políticos que participam no trabalho destes órgãos eleitorais, a continuar a inspirar-se nas lições aprendidas destas eleições autárquicas e a aplicá-las para continuar a melhorar os procedimentos eleitorais. Tais medidas irão reforçar ainda mais a confiança dos Moçambicanos na sua democracia, e na paz sustentável que todas as partes trabalharam arduamente para alcança, lê-se na nota

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POLĂ?TICA

Ecos da Semana


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ECONOMIA

BCI e UEM apostam em novas sinergias O Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) assinaram na quinta-feira, dia 11 de Outubro, em Maputo, um protocolo de cooperação que reforça a relação de parceria existente entre as duas instituições. O mesmo disponibiliza uma linha especial de produtos e serviços bancários que visam a facilitação do processo de ensino e aprendizagem, com benefícios para os corpos docente, discente, técnico e administrativo da UEM.

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principal inovação deste protocolo é o facto de o cartão Estudante Universitário (EU) substituir oficialmente o cartão de Estudante da UEM. O novo cartão EU passa a incorporar três valências distintas: identificação do titular do cartão (foto e dados adicionais – curso, nível de frequência, número de estudante); controlo de acessos, através da tecnologia RFID, permitindo o registo de entradas e saídas do recinto bem como o acesso a algumas salas de aulas que mantêm sistemas de controlos restrito; função

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bancária (pagamento) para utilização em Moçambique e no estrangeiro. Como referiu o presidente da Comissão Executiva do BCI, Paulo Sousa, com este protocolo, o BCI disponibiliza ainda vantagens como o pagamento de Bolsas de Estudo para bolseiros da UEM, por créditos em contas do BCI; apoio na premiação dos melhores estudantes; alargamento do serviço de internet wi-fi nas instalações do UEM, dentro e fora do Campus principal; abertura de um Centro BCI Exclusivo para atendimento personalizado aos docentes e funcionários; patrocínio anual do apetrechamento do pavilhão gim-

nodesportivo, e apoio à UEM nas suas actividades culturais. O Reitor da UEM, Orlando Quilambo, reafirmou, na sua intervenção, a importância do apoio multifacetado dos parceiros da Universidade, no estabelecimento de parcerias estratégicas, sinergias e relações reciprocamente vantajosas. "A maior mais-valia deste protocolo será, através do trabalho das equipas conjuntas, celebrar resultados concretos de benefícios para a comunidade universitária e também na melhoria da identidade e posicionamento claro do BCI, no mercado em que actua", disse


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BCI e Escola Superior de Jornalismo juntos na melhoria da qualidade O Presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Paulo Sousa, e o director-geral da Escola Superior de Jornalismo (ESJ), Tomás Jane, rubricaram esta segunda-feira, 15 de Outubro, no Auditório do BCI, em Maputo, dois protocolos, um de parceria e cooperação, e outro financeiro. “Este é um acto singelo, simples, mas com significado especial” – salientou o PCE do BCI, na sua intervenção e justificou: “porque estamos a falar de uma parceria e de uma instituição que representam os interesses de uma classe ligada ao ensino do jornalismo. Acho que estaremos com o mesmo posicionamento e com a mesma opinião, pela sua relevância e o seu papel muito importante no desenvolvimento da cidadania em Moçambique. Este é, portanto, um protocolo especial, com uma instituição especial”. O primeiro compreende um conjunto de componentes em que se destaca a emissão dos cartões EU (Estudante Universitário). O cartão incorpora três valências distintas: identificação (foto e dados adicionais – curso, nível de frequência, número), dos alunos, professores e outros membros; controlo de acessos e outras funcionalidades que a escola determinar. Proporciona-se, ainda, à escola um conjunto de outras vantagens, tais como o pagamento de bolsas de estudo, apoio à premiação dos melhores estudantes entre outros, no âmbito das actividades desportivas e culturais da escola. O segundo protocolo é financeiro e confere diversas vantagens especiais a todos os colaboradores da ESJ, em termos de operações bancárias, com destaque para condições especiais de crédito, quer pessoal, quer crédito à habitação, e várias outras ao nível de

meios de pagamento. Para Tomás Jane, “a Escola Superior de Jornalismo sente-se honrada pela aproximação do BCI para dar o seu apoio à nossa instituição, no que diz respeito à instalação de um sistema de gestão e controlo financeiro e apoio aos estudantes, docentes e corpo administrativo, na busca de soluções para os seus problemas, que são também problemas da ESJ. Com a assinatura do presente memorando, pretendemos expressar a nossa vontade de fazer tudo de melhor em relação ao que vínhamos fazendo. Queremos, sim, formar profissionais de qualidade, que possam contribuir

melhor para o desenvolvimento de Moçambique”. Refira-se que a ESJ, que iniciou as suas actividades de leccionação em 2009, tem como missão formar técnicos superiores em ciências da comunicação e da informação, nos níveis de licenciatura e de Mestrado, estando este último nível em preparação para o início em 2019. Para atender à demanda de candidatos provenientes das zonas centro e norte do país, a escola abriu em 2003 uma unidade académica na cidade de Chimoio, província de Manica, contando, actualmente, com cerca de 900 estudantes, sendo 650 em Maputo e 250 em Manica


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ECONOMIA

Requalificação da Baixa de Maputo para zona turística Um projecto ambicioso que precisa de USD 230 milhões para sua viabilização Cerca de 230 milhões de dólares norte-americanos é o valor necessário para viabilização do projecto de requalificação da Baixa da Cidade de Maputo, tornando-o num lugar atractivo para turismo, salvaguardando, contudo, a história da zona. O Conselho Municipal da Cidade de Maputo diz que gastou um milhão de dólares na concepção do projecto e o resto do valor será investimento privado. Os investidores terão certos benefícios, desde isenções de impostos entre outros incentivos.

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projecto que vem dar uma nova roupagem à zona Baixa da capital moçambicana é de facto ambicioso e o sector privado é chamado a aproveitar esta oportunidade de negócio. Pretende-se que a Baixa seja um polo de atracção de turismo de massa em Moçambique onde sejam criadas todas as condições essenciais para desenvolvimento e promoção do turismo e onde se concentrem todos os esforços do sector de modo a

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criar-se um destino de excelência e que sirva de modelo para outros destinos turísticos no futuro em Moçambique. A despeito de o projecto ser do sector público, o sector privado é o principal actor e o objectivo imediato da CTA, segundo o Presidente do Pelouro do Turismo, João das Neves, é que se defina a prioridade absoluta para esta zona e que não sejam desperdiça-

dos os escassos recursos pulverizando-os por vários destinos ao longo do País. A solução, segundo das Neves, passará por uma abordagem estruturada em que se possa saber “onde estamos, onde queremos estar e como iremos chegar lá, determinando claramente que recursos precisam ser alocados, que métodos a usar, e quem será responsabilizado pelas realizações"


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CTA propõe centralização da política tributária A CTA realizou recentemente um estudo sobre a política tributária e seu impacto na competitividade do sector privado em Moçambique. Esta reflexão surge num contexto em que a carga tributária sobre as empresas moçambicanas tem sido progressivamente agravada com a introdução de novas taxas e agravamento das taxas existentes que tendem a aumentar o ónus tributário no sector privado e desincentivar a actividade empresarial em especial das PME’s.

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este estudo, constatou-se que a estrutura do sistema tributário moçambicano revela a existência de uma espécie de federalização da política tributária, ou seja, cada sector tem a prerrogativa de impor taxas ou encargos tributários sem a anuência do Ministério de tutela, o que sugere que para além do Orçamento Geral do Estado existem orçamentos sectoriais para atender a questões específicas de cada sector implicando uma maior carga tributária para o sector privado e dificuldade de controlo do panorama geral de tributação por parte do Governo. Diante disto, a CTA recomenda que haja uma maior integração e centralização da política tributária no ministério de tutela que é o Ministério da Economia e Finanças para garantir um maior controle da política tributária e análise dos seus efeitos sobre o desempenho da economia. Esta centralização irá permitir, para além de uma maior organização e melhor planificação tributária, a redução da carga tributária e

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aumento da receita pública, uma vez que o MEF teria todo o prospecto tributário em seu poder e poderá da melhor forma articular os instrumentais micro e macroeconómicos necessários para obter mais receitas impulsionado o crescimento da economia

Associação do Turismo em Vilankulo apresentada ao governo do distrito

oi em plena sessão do Governo do Distrito de Vilankulo, havida esta terça-feira, que Yassin Amuji, presidente da agremiação, apresentou os propósitos da criação da Associação. Amuji disse que a agremiação, que congrega operadores turísticos deste distrito, visa tornar-se numa plataforma legal que permita uma comunicação permanente com o governo e demais instituições ligadas ao desenvolvimento do turismo. Amuji acrescentou que a Associação pretende rejuvenescer o sector do turismo, tornando Vilankulo, um destino preferido pelo mundo e, acima de tudo, fazer com que o impacto desse crescimento se reflicta nas comunidades, apostando na valorização da história, cultura e tradições locais


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ECONOMIA

ENH expande rede de gás natural para 250 consumidores adicionais no Norte de Inhambane Pelo menos 250 novos consumidores residenciais estarão ligados à rede de gás natural canalizado no norte de Inhambane nos próximos meses, mercê de um projecto de massificação do uso deste recurso, financiado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), através da sua afiliada Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH).

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rata-se do projecto de Expansão da Rede de Distribuição de Gás no Norte de Inhambane, cuja 4ª fase foi lançada recentemente, durante uma cerimónia realizada em Vilankulo, e que contou com a participação do edil local, Abílio Machado, e do Delegado da ENH, Daúto Rogunate. Com um orçamento de 340 mil dólares americanos, este projecto prevê realizar 250 novas canalizações de gás na região, sendo 170 em Vilankulo, 50 em Inhassoro e 30 em Govuro, os três distritos da região que têm vindo a beneficiar deste recurso. Falando na ocasião, o Delegado da ENH em Vilankulo disse que este projecto contribuirá para o aumento do consumo de gás na região, uma vez que “permitirá fazer ligações para mais pessoas locais que tanto desejavam ter gás canalizado”. Com uma rede de mais 350 quilómetros de extensão, a Rede de Distribuição do Norte de Inhambane conta com 1533 consumidores,

Momentos de instalação da rede de gás numa residência d Ávila de Vilankulo

entre residenciais, comerciais e industriais. As obras de canalização de gás já iniciaram e terão uma duração estimada de três meses. Neste momento, os trabalhos decorrem em Vilankulo, depois as equipas seguirão para Inhassoro e Govuro. Dos 170 novos consumidores previstos para Vilankulo, 122 já assinaram os respectivos contratos e destes, 50 já estão ligados à rede. A Rede de Distribuição de Gás no Norte de Inhambane resulta do primeiro projecto de consumo de gás natural canalizado em Moçambique, que foi desenvolvido em 1992, quando a ENH começou a extrair gás no furo Pande 7 para alimentar as instalações da sua Delegação em Vilankulo. Após essa experiência pioneira, a ENH

Malaios interessados no mercado moçambicano

U

m grupo de empresários da Malásia estará em Moçambique nos finais deste mês de Outubro para participar num fórum de negócios com empresários moçambicanos que tem em vista criar parceria e partilhar oportunidades de negócios. São empresários dos sectores de petróleo e gás, educação, produtos

farmacêuticos, produtos alimentares e bebidas, mobiliário e serviços. Neste contexto, uma equipa do Alto Comissariado da Malásia reuniu-se semana passada com a Direcção da CTA. Os empresários da Malásia estão interessados em criar parcerias com empresários moçambicanos, não só nos sectores retromencionados

iniciou um projecto-piloto de canalização de gás para vários consumidores residenciais de Vilankulo, tendo posteriormente se expandido para Inhassoro, em 1996, e para Nova Mambone, em 2001. Reconhecendo que os elevados custos reais de canalização de gás, em Agosto de 2012, a ENH iniciou um projecto social que visa subsidiar os custos de ligação para os consumidores residenciais, medida que permitiu aumentar o número de beneficiários de 220 para as actuais 1533. Ao todo, já foram investidos neste projecto cerca de 4,1 mil milhões de dólares, dos quais 1,8 mil milhões desembolsados pela ENH, através da CMH, no âmbito deste projecto de expansão da rede.


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ECONOMIA

Rússia interessada em investir em Cabo Delgado O desejo foi manifestado esta semana, (12/10/18) pelo embaixador daquele país em Moçambique, de vista a esta província, numa audiência concedida pelo Governador de Cabo Delgado.

A

lexander Surikov disse que veio a esta província numa missão de elevar o nível de cooperação bilateral e em busca de oportunidades de investimentos em diferentes sectores de actividades. O Governador de Cabo Delgado, por sua vez, enumerou agricultura, pescas, energia eléctrica, transporte, extracção mineira, turismo, aquacultura, infraestruturas, como sendo áreas que necessitam de investimentos, para alavancar a economia da província. Júlio Parruque que, na audiência, fez-se acompanhar de Ramiro Nguiraze, Cassamo Júnior e Venâncio Taimo, respectivamente, Directores Provinciais dos Recursos Mine-

rais e Energia, do Mar, Águas Interiores e Pescas e das Obras Públicas e Habitação e Recursos Hídricos, disse que Cabo Delgado é muito virgem ainda, no que a recursos naturais diz respeito. A província procura parceiros na área portuária para fazer face aos megas-projectos que emergem. Porque a Rússia acolheu o último cam-

peonato mundial de futebol, este ano, nada melhor que oferecer uma bola da modalidade para recordação. Alexander Surikov, Embaixador da República Federativa da Rússia, ficou impressionado com as potencialidades da Província, tendo afirmado que elas serão objecto de análise minuciosa por parte do seu governo

Maputo como destino para cruzeiros Durante o workshop de auscultação das partes interessadas sobre a requalificação da Baixa tornando-o numa zona especial temática de turismo, a Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) apresentou o seu plano de expansão que visa melhorar os serviços de recepção de turistas/ excursionistas que chegam a Maputo por via de cruzeiro entre Outubro e Abril de cada ano. O Porto quer que haja uma participação activa do sector privado e algumas acções já estão em curso, tendo gasto até ao momento cerca de cinco milhões de dólares americanos. Neste âmbito, já foi construído um Terminal de Cruzeiros, um espaço que vai conter elementos de história e cultura de Moçambique, área para serviços de migração, expositores de artesanato local, ponto de informação turística,

zona de restauração anexa. Haverá uma maior organização de transportes para passeios turísticos. Segundo explicou Suraya Abdula, Gestora de Comunicação e Imagem, o MPDC vai iniciou em Setembro deste ano a construção de uma Galeria de Arte. É um centro cultural que estará localizado no Porto de Maputo, espaço que será um museu/galeria onde estará patente a história do Porto e da Cidade de Maputo através de fotografia, vídeos e objectos diversos. Aqui se vai promover aquilo que de melhor se faz

na Cidade de Maputo através de exposições, concertos, palestras e outros eventos sociais e corporativos. Está ainda prevista a construção de um Jazz Club, uma iniciativa do artista moçambicano Moreira Chonguiça que vai ser realizado em parceria com o MPDC. Este clube que vai estar localizado na zona da baixa da cidade completará o roteiro da cintura do Porto de Maputo. No Jazz Club, os turistas não só vão poder apreciar o melhor do Jazz moçambicano, como também degustar do melhor da gastronomia local


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SOCIEDADE

USAID, Gapi e BlueTown juntos na inclusão digital da mulher Um projecto conjunto entre a empresa moçambicana Gapi-SI e a dinamarquesa BlueTown é um dos nove seleccionados, numa iniciativa mundial designada WomenConnect Challenge lançada pela USAID. A participação nesta iniciativa, que contou com cerca de 500 candidaturas de 89 países de todo mundo, é um primeiro e importante passo na colaboração entre estas duas empresas para promover a inclusão digital e tecnológica da mulher rural em Moçambique.

O

Desafio WomenConnect é um concurso global da USAID para soluções que visam mudar, significativamente, a forma como as mulheres e meninas acessam à tecnologia, para gerar resultados positivos para a saúde, a educação e meios de subsistência para elas e suas famílias. A proposta da Bluetown-Gapi vai começar a ser implementada de forma experimental, no distrito de Ribaué, província de Nampula. "Investir em mulheres e meninas acelera os resultados de desenvolvimento nas áreas da saúde, segurança alimentar, prevenção de conflitos e não só", de acordo com Mark Green, o administrador geral da USAID, em Washington. A proposta vencedora, Women In the Network (WIN) na expressão inglesa que significa “Mulheres Conectadas” , descreve uma abordagem abrangente para responder à divisão digital entre o género. O projecto propõe a integração das soluções de conectividade da BlueTown - ligar plataformas desconectadas a uma LocalCLOUD - com a experiência comprovada da Gapi em promover a participação financeira das mulheres rurais e o desenvolvimento de habilidades de empreendedorismo em Moçambique. "Estamos ansiosos e orgulhosos em

ser um dos vencedores do desafio do Women Connect. Temos grandes expectativas neste projecto e nesta parceria com a Gapi. Acreditamos que a solução da exclusão digital, incluindo a divisão digital de género, requer novos modelos e parcerias inovadoras. Isto é exactamente o que encontramos com a Gapi e o WomenConnect é testemunho disso”- disse Mogens Birk, vice-presidente de Parcerias & Alianças da BlueTown.

Os parceiros prevêm que a integração dos serviços prestados pela Gapi com os serviços de conectividade da BlueTown e a plataforma Local-CLOUD, aumentará a adopção e o uso efectivo de ferramentas digitais para mulheres em comunidades rurais moçambicanas. Isso ajudará mais mulheres a entrarem no mercado agrícola digital e dará acesso a novas actividades geradoras de renda. “Este é um passo importante no reconhecimento e apoio da estratégia de desenvolvimento rural da Gapi. Nós nos concentramos na promoção de mulheres e jovens, para contribuir para um desenvolvimento mais inclusivo através da ascensão e advento de startups e pequenas empresas. Sabemos que o acesso à informação é vital para a implementação e o sucesso dos sonhos e empreendimentos de milhões de jovens rurais, particularmente as mulheres. Confiamos na parceria com profissionais credíveis de TICs. Esta é a razão pela qual nós e a BlueTown estamos juntos”, enalteceu António Souto, CEO da Gapi-SI. O projecto arranca no início de 2019 em Nampula, Moçambique e os parceiros veem o projecto como o pontapé inicial, de uma parceria maior para impulsionar uma adopção digital significativa, melhorando os meios de subsistência rurais em todo Moçambique


Sexta-Feira , 21 de Setembro de 2018

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SOCIEDADE

INATTER dotado de 12 viaturas para fiscalização rodoviária O Ministro dos Transportes e Comunicações (MTC) procedeu, na sexta-feira, 12 de Outubro, à entrega de um total de 12 viaturas ao Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER), no âmbito do reforço das acções de fiscalização rodoviária no País.

A

s viaturas, a serem alocadas a todas as províncias do País, foram adquiridas na sequência da decisão do Governo de dotar o INATTER de meios para a fiscalização rodoviária, contribuindo, deste modo, para a redução dos acidentes de viação, que têm estado a ceifar vidas humanas e a destruir bens públicos e privados. Conforme explicou o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, as acções do Governo com vista à reducão dos índices de sinistralidade rodoviária incluem não só a alocação de viaturas ao INATTER, mas também a aquisição de mais equipamentos, tais como radares de controlo de velocidade e alcoolímetros, para além de acções de educação aos peões, entre outras. Na sua intervenção, Carlos Mesquita chamou também à atenção para a necessidade de se intensificar o combate à corrupção, no seio das instituições responsáveis pela fiscalização rodoviária, incluindo o INATTER. “A firmeza do Estado na via pública só será efectiva se, para além dos meios que temos vindo a alocar às equipas de fiscalização, os agentes fiscalizadores actuarem de forma íntegra e profissional. A corrupção deve ser combatida, para evitar a conivência entre os condutores e fiscalizadores, que pode gerar o sentimento de impunidade”, apelou o governante. Por isso, acrescentou o ministro, “temos que tirar da estrada condutores embriagados,

dissuadir a tentação de cometer o excesso de velocidade, manobras perigosas, entre outras práticas que atentam à segurança rodoviária”. Entretanto, Carlos Mesquita instou ao INATTER a estender as suas acções ao transporte rodoviário, com particular realce para a sobrelotação das viaturas, o licenciamento e o estado técnico dos equipamentos usados para o transporte de pessoas e bens. "Não devemos achar normal que instituições do Estado, devidamente competentes, assistam operadores privados a fiscalizaremse uns aos outros. As acções de fiscalização da actividade de transporte devem ser feitas pelo Estado, devendo os operadores privados cooperar dentro dos mecanismos estabelecidos pelas autoridades competentes"', disse.

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Num outro desenvolvimento, o ministro dos Transportes e Comunicações defendeu o combate a fenómenos como o uso da via pública, para a prática de actividades económicas, principalmente o comércio e o lazer. “Todos precisamos de ter a consciência de que as estradas, passeios, pontes aéreas e outras infra-estruturas rodoviárias não devem ser usadas como mercados ou espaços de lazer, pois só assim é que vamos evitar a exposição dos cidadãos aos riscos de atropelamentos”, afirmou. Importa referir que dados actuais indicam que o País regista, em média, nove acidentes de viação por dia, que resultam em 19 vítimas, das quais cinco óbitos, sete feridos graves e oito ligeiros

port ervice s

AGENCIAMENTO, CONSULTORIA E ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS, LDA


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SOCIEDADE

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Júlio Parruque determina talhões para professores O Governo de Cabo Delgado vai desenhar um projecto de atribuição de talhões aos professores, no âmbito da melhoria das suas condições de vida.

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facto foi revelado pelo Governador da província, esta sexta-feira (12/10), no momento de confraternização com cerca de uma centena de docentes, no quadro das celebrações do Dia Nacional do Professor. Júlio Parruque explicou que o referido projecto visa criar melhores condições de habitação para esta classe profissional. Saudou o Papel do professor na educação da sociedade e na erradicação do analfabe-

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tismo. Por outro lado, o Governador de Cabo Delgado disse “estamos no final do presente ano lectivo, a escola é exigida a prestar contas à sociedade, pelo que, há que redobrar

esforços para alcançar as metas previamente traçadas”. Júlio Parruque referiu que o professor é representante legítimo do Estado nas zonas recônditas, por isso, é uma profissão nobre


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SOCIEDADE

Urge melhorar mecanismos para protecção dos recursos - defende PGR

A Procuradora-geral da República diz que é urgente melhorar os mecanismos de denúncia e o envolvimento das comunidades na protecção de recursos minerais, florestais e marinhos. Beatriz Buchili falava, em Maputo, num seminário onde foram assinados memorandos de entendimento entre os ministérios públicos de Moçambique, Botswana e Tanzânia.

A

abertura do seminário nacional sobre o fortalecimento do ministério Público na defesa dos interesses colectivos e difusos foi feita pela Procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, que reconheceu ser necessário, mais esforços para defender interesses tais como, saúde-pública, direito do consumidor, ordenamento territorial, preservação da flora, fauna e recursos minerais.

Por sua vez, o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, falou das acções do seu sector na prevenção de crimes contra a fauna e flora. Em representação dos parceiros, a União Europeia repisou a necessidade de responsabilização dos criminosos.

Mais água potável para Lichinga

V

olvidas semanas, após a promessa feita aos munícipes de Lichinga durante o processo eleitoral, eis que o sonho se torna realidade. O empresário Noor Momade não mediu esforços para ajudar na construção e abertura de furos de água neste município. Até aqui, já se pode ouvir o roncar das máquinas, na preparação do primeiro furo no Bairro da Estação e depois seguirá a construção doutro furo, para o Bairro de Nzije, na Cidade de Lichinga. Os Munícipes e líderes comunitários, não escondem a sua satisfação por este marco

Durante a sessão de abertura do seminário foram assinados memorandos de entendimento entre a PGR e os ministérios públicos do Botswana e Tanzânia, que prevêem partilha de informação, apoio e organização de conferências conjuntas e capacitações de magistrados dos três países


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SOCIEDADE

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Ruas da Massinga estão a ser em pavimentadas Foi lançada nesta Terça-feira, a primeira pedra para a pavimentação das principais ruas do município da Massinga na província de Inhambane.

O

facto foi revelado pelo Governador da província, esta sexta-feira (12/10), no momento de confraternização com cerca de uma centena de docentes, no quadro das celebrações do Dia Nacional do Professor. Júlio Parruque explicou que o referido projecto visa criar melhores condições de habitação para esta classe profissional. Saudou o Papel do professor na educação da sociedade e na erradicação do analfabetismo. Por outro lado, o Governador de Cabo Delgado disse “estamos no final do presente ano lectivo, a escola é exigida a prestar contas à sociedade, pelo que, há que redobrar esforços para alcançar as metas previamente traçadas”. Júlio Parruque referiu que o professor é representante legítimo do Estado nas zonas recônditas, por isso, é uma profissão nobre

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CULTURA

Há turismo à moda Maputo na capital! Numa altura em que a valorização dos monumentos arquitectónicos e imateriais insta-se urgente, na cidade de Maputo, há quem já encontre inspiração e aprendizagens múltiplos através de passeios turísticos pelas casas de cultura, mercados centrais, praias. A “Maputo a Pé”, criada há mais de 15 anos e oficializada em 2013, dedica-se ao ramo do turismo a pé, dinamizando passeatas com turistas estrangeiros a volta da cidade de Maputo.

P

ara além do guia em monumentos e lugares históricos da capital, cada vez mais emblemáticos, a os jovens dinamizadores das “tours”, facilitam intercâmbios culturais com os fazedores das artes e cultura da capital e não só para que, além de conhecerem as obras e os lugares de exposição, os turistas possam conhecer os criadores das obras. Há, também, espaço para visitas à Câmara Municipal, a Catedral – o grande monstro arquitetónico de Maputo, a Fortaleza, os Caminhos de Ferro, com a devida narrativa. Walter Tembe, um dos trabalhadores da “Maputo Pé”, não descarta a possibilidade de se fazer passeios com as escolas moçambicanas e não só para fazer-se conhecer a história da capital e seus monumentos, pois “muitos moçambicanos passam desses edifícios e não sabem a história”. Na empresa, o conhecimento das línguas internacionais é um dos principais requisitos para fazer parte do grupo. A “Maputo Pé” tem exibido a catedral da igreja católica como principal cartão postal da capital de Moçambique, Jardim Tunduro, o Urbanismo, as duas estátuas do presidente Samora Machel, a Praça dos Trabalhadores, a Rua do Bagamoyo, a Casa de Ferro, a Casa Amarela. Questionados sobre o crescimento do turismo doméstico, o representante da empresa afirmou que se faz, apenas, sentir de passagem. No país vende-se mais os frutos do Mar do que os locais históricos”, o que por

si só já é lamentável. Na sua missão, a “Maputo a Pé” não se foca apenas em lugares da cidade de Maputo, mas desenvolve a mesma atividade na Macaneta. O “tour” à aquele lugar é especializado, guiando as pessoas ao longo da natureza, os pássaros, a história. Até aqui, não tem faltado gente de outros países para observar pássaros e a natureza na zona da Macaneta. Outro pacote consta das demonstrações das obras arquitectónicas do arquitecto Pacho Guedes, um moçambicano nascido em Portugal. Nas suas viagens pelo mundo do cimento e varrão, Pacho construi vários edifícios que, para um bom apreciador, não passam despercebidos. Ao todo são mais de 100 edifícios no território nacional.

Terceiro pacote Arte Deco Um estilo arquitectónico peculiar dos anos 30 faz com que Moçambique esteja na lista dos países com elevada estima historial. A segunda Guerra Mundial que destruiu parte significante de monumentos histórico em alguns países, poupou-nos ao ponto de, hoje, estarmos prenhes de memórias tangíveis. A Catedral, o INEFE, a decoração da entrada da Piscina do Maxaquene são alguns dos exemplos. Outro estilo é encontrado em Maime, que, mesmo não conservado, espalha charme e arte. A cobertura da Arte Deco, que conta com a colaboração de jovens da IVERCA


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CULTURA

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Stewart Sukuma quer celebrar Ricardo Rangel Denominado “Celebrar Rangel – A Lente e o Jazz: Uma vida Dedicada à Fotografia e ao Jazz”, o Projecto é implementado em parceria com União Europeia, sob curadoria de exposições da Associação Kulungwana e assessoria da Associação Moçambicana de Fotografia e Centro de Formação Fotográfica.

O

alinhamento do “Celebrar Rangel – A Lente e o Jazz”, contempla uma exposição fotográfica de diversas obras da autoria de Ricardo Rangel (numa parceria com a Associação Kulungwana), a apresentação do documentário “RICATRIZ” do realizador norte-americano Ryan Daniels e um Concerto de Jazz que terá como convidado especial o agrupamento Malhangalene Jazz Quartet. A parceria com a Associação Kulungwana está relacionada com a iniciativa que a mesma realizou em 2012, denominada Projecto Ricardo Rangel, que conjugou a realização de exposições, um colóquio e a publicação dum livro. Já anteriormente, Ricardo Rangel tinha sido homenageado na III Edição do Festival Internacional de Música Clássica, realizada em 2007, também numa iniciativa daquela Associação. Segundo o músico Stewart Sukuma, pretende-se, com o “CELEBRAR”, que os mais jovens compreendam a coragem e obra de um fotógrafo que fez da sua lente um instrumento de combate a vários males. Um homem, que ultrapassou na sua abordagem o conceito básico do registo fotográfico e que para fixar etapas da nossa história, tocou e influenciou cons-

ciências. Por ter denunciado, na sua trajectória, os horrores do colonialismo, Rangel desperta a importância e a força da fotografia para um mundo novo, o mundo da justiça e igualdade. Contudo, por também ter sido um homem de outras paixões, os organizadores recordam Rangel na sua dimensão de coleccionador, apreciador e impulsionador do jazz. Foi uma das pessoas, que na sua época, partilharam com outros artistas compilações importantes do universo jazzístico. Aqueles actos tiveram repercussões até aos dias de hoje, uma vez que novas

gerações apareceram, consumindo e produzindo jazz. Moçambique tornou-se nos últimos anos um mercado promissor quando se fala da indústria do jazz na África Austral. E é indiscutível a contribuição de Ricardo Rangel para que isso fosse possível. Importa referir que o “Projecto CELEBRAR” surge para preencher o vazio que existe no que respeita à informação sobre os artistas moçambicanos em geral, e, em particular relembrar aqueles que realmente merecem um destaque pela sua postura, obra e pela valiosa contribuição na vida social e artística em Moçambique e no mundo


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DESPORTO

MJD recebe material desportivo da Mitsui & CO A Ministra da Juventude e Desportos, Nyeleti Brooke Mondlane, recebeu de sexta-feira (12), das mãos do Director-Geral da Mitsui & CO, Takashi Masuda, o material desportivo composto por bolas, bombas de ar e redes para balizas, acto que se enquadra nos esforços que o Governo tem vindo a desenvolver para o bem do desporto moçambicano.

N

a ocasião, Nyeleti Mondlane saudou ao Presidente da Republica, Filipe Jacinto Nyusi, pela sua dedicação e encorajamento que tem demonstrado para a materialização da prática do desporto nas várias modalidades desenvolvidas no país.

A entrega simbólica do material desportivo ao Ministério da Juventude e Desportos vem fortificar os laços de cooperação entre o MJD e a empresa Mitsui & CO que vem a longos anos. “Acreditamos que, com este acto simples, mas muito importante, de apoio em 2510 bolas, 126

bombas de ar e 510 redes para balizas, criam-se oportunidades para a massificação do desporto em diferentes pontos do país, concretamente na modalidade do futebol. Que este gesto se estenda às outras modalidades praticadas em Moçambique”, frisou a governante

Questões abertas para Simango Júnior

Q I

Por: Marcelo Mosse

D

epois do meu artigo exigindo a demissão de Simango Júnior da FMF (após a derrota caseira com a Namíbia), uma fonte do organismo (o senhor Vitorino Mazuze, vogal do Conselho de Disciplina, que se senta no banco técnico da selecção como delegado) ligou-me prometendo que o actual “boss” do futebol nacional estava disposto a receber-me (eventualmente amanhã, quinta-feira) para responder em entrevista. Agora com o desaire da qualificação ao CAN consumado com nova derrota na Namíbia, torna-se pertinente que Simango Júnior se disponha a responder, em conferência de imprensa, às questões de todos os jornalistas interessados e não somente às minhas. Sua legitimidade para continuar à frente da FMF depende agora de uma resposta cabal e assertiva às alegações de má gestão que pesam sobre ele. E de um plano de contigência para reorientar os trabalhos da FMF. Os destinos do futebol nacional são assunto pertinente para os adeptos moçambicanos. Furtar-se a uma entrevista colectiva só contribuirá para adensar as suspeitas de que Simango está usando a FMF como um feudo para seu enriquecimento próprio. Deixo aqui publicamente, para que ele se prepare devidamente, as questões que eu gostaria que ele respondesse pessoalmente (e não através de porta-vozes de circunstância): Para a deslocação a Namíbia, o senhor e elementos da sua direção viajaram em business class na SAA, ao invés de seguirem no mesmo voo chater da FastJet (que a FMF fretou com apoio de parceiros) onde viajou a equipa

de futebol nacional. Porquê tomou essa opção? Isso não mostra que o senhor está desconectado dos jogadores e da equipa técnica? Não mostra que o senhor é um intruso no espírito de equipa? Há mais de 5 meses, a PayTech, a mesma empresa que gere o acesso digital ao MetroBus, propôs à FMF o fornecimento de um sistema para acesso digital aos jogos no Zimpeto, através de um passe, para acabar com bilhetes e bilheteiras e burlas e borlas. Porque é que até hoje a FMF ainda não respondeu a essa proposta mas se queixa de acessos não controlados ao estádio? Quando o senhor saíu da Liga Moçambicana de Futebol (LMF) deixou lá uma dívida acumulada de cerca de 50 milhões de Mts. Como é que vai resolver o assunto? Qual é o ponto de situação de cada patrocínio recebido pela FMF? Quanto já recebeu da HCB este ano e quanto falta receber? E doutros parceiros? Quem são? O que faz com o dinheiro? Qual é a situação dos fundos da FIFA? Recentemente, o senhor tentou ir buscar dinheiro na banca para pagar salários e não teve sucesso. Confirma? Qual é a actual situação salarial de treinadores e funcionários da FMF? Há quantos meses os salários estão atrasados? Consta que o facto de a selecção não ter treinado na segunda-feira da semana passada foi uma forma de greve da equipa técnica que está, alegadamente, há dois meses sem salários (incluindo o seleccionador Abel Xavier). Como explica isso? Porque é que as passagens dos jogadores actuando no estrangeiro são enviadas no mesmo dia em que têm de embarcar e não com a devida antecedência de uma semana?

Há 3 anos foi lançada a primeira pedra para a construção do Estádio Municipal da Maxixe. A FIFA adiantou fundos para o efeito. Quanto foi adiantado? Pode mostrar uma única evidência de que a obra está a ser feita? Há indicações de que a FMF parou de desembolsar o orçamento acordado com o empreiteiro Reis Construções para a reabilitação do Campo “Megre Pires” de Mocuba. A obra não está concluída, o empreiteiro fez adiantamentos mas a FMF há meses que não desembolsa. Quanto é que a FIFA transferiu para a FMF para este fim? E quanto é que já foi gasto? A FMF vai ou não desembaraçar os 8 contentores (com relva sintética e outros materiais) retidos no Porto de Maputo para pagamento de direitos aduaneiros? Os contentores chegaram a Maputo a 23 de Dezembro de 2015, quatro meses depois do seu elenco tomar posse. Por que razão não resolve este assunto? O que é que os contentores retidos no Porto de Maputo têm a ver com o estado de abandono e degradação do Campo do 1 de Maio em Maputo e a Academia Mário Coluna, na Namaacha? No seu manifesto para a eleição para Presidente da FMF o senhor prometia elevar os “Mambas” à primeira linha do futebol africano. Isso não está a ser conseguido. Reconhece que fracassou? Porquê ainda não visitou todas as associações provinciais? Ainda não pensa em demitir-se? Estas são as questões que colocarei quando o senhor Simango receber-me. Convido os leitores a acrescentarem outras questões. Como disse, a FMF tem de dar uma entrevista colectiva a toda a comunicação social. Creio que é do interesse de muitos que estas e outras questões sejam respondidas


Sexta-Feira , 19 de Outubro de 2018

CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Bolo de banana Ingredientes: ▪▪ ▪▪ ▪▪ ▪▪ ▪▪ ▪▪

3 ovos 2 de açúcar ½ Chávena de óleo 1 chávena de leite 2 ½ chávenas de farinha de trigo 2 colherinhas de fermento para bolo ▪▪ Banana cortada ao meio na horizontal ▪▪ Canela em pó q.b. ▪▪ Calda de açúcar para barrar a forma

Preparação

1 – Polvilhe a banana em ambos os

lados com a canela em pó e açúcar. Prepara-se uma calda de açúcar da maneira convencional e verta para uma forma com formato a gosto. Disponha a banana e reserve. 2 – Batem-se todos os ingredientes líquidos no liquidificador e verte-se para

uma tigela com os restantes ingredientes, excepto, o fermento. Bate-se bem e, por fim, junta-se o fermento. 3 – Deita-se o preparado na forma que preparou e leve ao forno durante cerca de 40 min a 180 graus.

Tiras de bifes de frango panado Ingredientes: 4 bifes de frango cortados em tiras com largura de 1,5cm 1 colher de sopa de massa de alho com sal Sumo de 1 limão Pimenta branca em pó q.b. Farinha de trigo q.b. Pão ralado q.b. Óleo para fritar q.b. 2 ovos batidos

Preparação Temperam-se os bifes com a massa de alho, a pimenta em pó, e o sumo de limão. Deixase marinar por pelo menos uma hora. Aquece-se o o óleo. Enquanto isso, junte a farinha ao pao ralado, passe os bifes por ovo e depois pela mistura de farinha com pão ralado e frite em óleo quente até alourar. Sirva de imediato acompanhado de batatas fritas, arroz a gosto e salada verde a gosto. Bom apetite!

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