Imperdivel -58

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REVISTA

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IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°58

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 58 Sexta - feira, 07 de Setembro 2018 Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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Política

Confissões religiosas devem combater males sociais

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HUAWEI TORNA-SE PARCEIRA PREFERENCIAL DA Crianças m de Maimelane co das a esperanças renov

Moçambique no mapa mundial do gás

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o Ângela Semed

S I A N O I C A N TELEVISÕES EVOLUIR ESTÃO A

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Economia

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Desporto

M89 aberta ao público


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ÍCONES DA TERRA

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Biografia

de Ivone Soares

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aria Ivone Soares, nasceu na Cidade de Maputo, capital de Moçambique, a 23 de Outubro de 1979. Desde 2015 (VIII Legislatura da Assembleia da República) é Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo, Membro da Comissão Permanente da Assembleia da República, Chefe do Grupo Nacional junto ao Parlamento Pan-africano, Deputada eleita pelo Círculo Eleitoral da Zambézia. Na VII Legislatura (2010-1014), foi Vice-presidente da Comissão das Relações Internacionais, 2ª Vice-presidente do Gabinete da Juventude Parlamentar e Relatora da Comissão de Ética Parlamentar. É Mestrada em Administração Pública e Licenciada em Ciências da Comunicação. Em 2014, destacou-se na preparação do encontro de alto nível havido entre os Presidentes Armando Guebuza (na altura chefe de Estado) e o falecido Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo, o que culminou com a assinatura do Acordo de Cessação de Hostilidades Militares, a 5 de Setembro de 2014. No mesmo ano foi eleita uma das 50 personalidades jovens emergentes em África "50 Rising Stars of Africa". Foi a única personalidade lusófona eleita. Em 2015, fez parte do grupo que preparou os 2 encontros de alto ní-

vel havidos entre Filipe Nyusi actual Presidente do Governo da Frelimo e o Presidente Afonso Dhlakama Presidente da Renamo. Dado que após o anúncio dos resultados das eleições Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais a Renamo contestou e impugnou os resultados daquelas, tendo boico-

tado a tomada de posse dos seus deputados. Esses encontros culminaram com a tomada de posse dos 89 Deputados da Bancada Parlamentar da Renamo e o alcance de entendimento para a resolução da crise pós-eleitoral. Assim, a Bancada que dirige, submeteu o Projecto de Lei-quadro Institucional sobre as Autarquias Provinciais, em Março de 2015. No Partido Renamo, Ivone Soares é membro da Comissão Política Nacional desde 2008. É Activista dos Direitos Humanos e de várias outras causas sociais a favor da criança, rapariga, mulher, idoso, pessoa portadora de deficiência e assuntos ligados as masculinidades. Tem interesse particular pela qualidade da educação, transparência, boa governação, equidade de género, combate a corrupção, justiça e questões ambientais. É bloguista e autora de artigos de opinião de carácter sociopolítico e económicos publicados em jornais como SAVANA, Canal de Moçambique, Sol do Índico


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EDITORIAL

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Por um Moçambique de Todos! Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

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s desafios da conjuntura do nosso maravilhoso Moçambique continuam enormes. As instituições políticas e, em especial, os partidos políticos estão com baixa credibilidade junto da população. É preciso reinventar o sistema de representação, porque a solução para a crise em espiral é mais democracia e não menos. É necessário construir instrumentos que abriguem o protagonismo da cidadania na discussão e deliberação sobre os da sociedade. Nunca a democracia participativa esteve tão presente na agenda pública, como esse período. Mas devo dizer que Moçambique é um país jovem e o seu futuro está nas mãos da juventude. As iniciativas para a área da juventude constituem caminhos ainda a serem explorados, valorizados e publicitados com primazia. A juventude deve ser uma prioridade

extrema na agenda de qualquer Governo. Urge, na minha óptica, um discurso que não antagonize as massas, mas sim que valorize as bandeiras pró-cidadania, consubstanciado em mais saúde, mais educação, mais habitação, mais e melhores transportes colectivos e mobilidade urbana, e mais auto-emprego. Por um Moçambique de Todos deveria, na minha modesta opinião, assentar nessas premissas e o Estado, ao encetar o bem-estar social, refaz essa equação. É na juventude que se deve direccionar mais apoio, oferecendo-lhe facilidades que permitam ter habitações, saúde e escolaridade. O garante da salvaguarda da boa imagem do país está circunscrito a esta camada que precisa de ser formada e orientada para a concretização de uma vida melhor como tanto almeja

FICHA TÉCNICA

Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

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Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo e Júlio Saul Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote

Fotografia Salvador Sigaúque

Layout e Paginação Cláudio Nhacutone

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TTE

SLE NEW

Revisão Linguística Gervásio de Jesus Web master Paulino Maineque Marketing Idolo

Endereço Rua da Concórdia nº 41– 2º Andar

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437

Email: idolorevista@gmail.com/ revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

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OPINIÃO

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Fazer uso do "PONTO MORTO" em marcha, poupa combustível ? ...falso, É um mito !! Por: Carlos Sousa *

O Tenho avaliado de que, infelizmente ainda são muitos os Condutores que se afirmam positivos ao fazerem uso da marcha do veiculo, por vezes , em " ponto morto " ! Será que a posição de "ponto morto" permite-nos poupar mesmo combustível? Realidades e ilusões sobre o MAL guiar veículos,...desafiando o risco, em ponto morto !! Isso não se harmoniza com o adequado alinhamento e correcto modo de Conduzirmos uma maquina !! “Nas descidas se estiver em ponto morto economiza combustível”. Esta é uma das informações mais frequentemente ditas por alguns condutores, mal convencidos de “experts”. Nenhum Especialista em Condução ensina e muito menos recomenda. Porque será? Apesar da frequência com que é repetida, importa compreendermos de que na verdade se trata de um erro, ou seja um completo engano, melhor diria, um mito do passado. Na actualidade esse pressuposto, não traz benefícios, nem em relação à redução dos consumos, nem quanto à redução dos custos no geral, sendo aquele acto critico, poisdesafiamos o risco por perda de segurança activa em marcha. Pode até parecer lógico poupar combustível quando em ponto morto, mas não é isso que na verdade acontece. Todos os veículos na actual geração de uso, encontram-se equipados com injecção electrónica, justo isso, poupa mais combustível desde que o condutor se aplique em uso apropriado da correcta mudança engrenada. Quando os motores usavam carburadores simples, o rodar com o carro em ponto morto, poderia trazer alguma redução no consumo, mas, colocando o condutor e mal assim, também outros no campo de visão, todos em risco, por falta de segurança ! Durante a mobilidade o "ponto morto" só deve ser exclusivamente utilizado com o veículo parado, e nomeadamente constitui recomendação técnica para umacondução defensiva, aplicar o ponto morto em semáforos ou em paradas de congestionamentos.

Circular em ponto morto gera desgastes prematuros em alguns componentes, como por exemplo os travões. Acabamos utilizando os travões, muito mais que o normal, seja para abrandar, seja para parar e agindo desse modo, sempre que travamos, significa que para repormos a marcha, implica termos de acelerar, logo requer e obriga a acrescido e excesso de consumo de combustível. O motor deverá ser usado de preferência também como travão, e muito especialmente nas descidas. O motor permite harmonizar de forma mais adequada e segura, a marcha e o deslizar do veículo, sob controlo e domínio do condutor.

Verdades e mitos

É um mito o famoso circular em ponto morto gasta menos combustível !! Sempre que o veículo se encontrar em movimento, engatado e sem aceleração o sistema de alimentação do motor corta a injecção de combustível a zero. Pelo contrário se estiver em ponto morto, o motor continua a injectar combustível para manter o funcionamento. A verdade é que quando em marcha e em ponto morto, aumenta a probabilidade de se envolver em incidentes e ou sinistros.

Recordar que, ao não utilizar o motor para travar, leva mais tempo para diminuir a velocidade. Alem de sobrecarregar os travões, significa também o gasto desnecessário de vários outros componentes moveis, por exemplo, pneus e todos os elementos flexíveis da suspensão. Existe ainda outro mito que usando o carro em ponto morto ajuda no arrefeci-

mento do motor. FALSO !! A verdade é exactamente o oposto. Quando o veículo está engatado e o condutor retira o pé do acelerador, o sistema de injecção para de fornecer combustível. Sem queima de combustível reduzse o aquecimento no motor.

Não arrisque, nem invente

Porque a engenharia automóvel, os Técnicos e outros Especialistas das marcas, já fizeram todos os possíveis testes necessários ao melhor uso, consumos e segurança rodoviária ! Se já se sentiu seduzido em colocar o carro em ponto morto nas descidas para poupar combustível, favor não o faça, nunca mais ! O certo é não estar a economizar combustível, vai provocar mais desgastes que o necessário noutros componentes, alem de desafiar o risco por falta de segurança por perda do domínio da maquina. Existem dois metodos simples para poupar combustível: > Um, é circular em modo suave, a velocidade moderada e pronto recurso ao uso de uma mudança de caixa mais alta, proporciona-lhe o domínio seguro e o sustento económico. > O outro, é nas descidas tirar totalmente o pé do acelerador mantendo o veículo engatado, gasta menos, pelos motivos já atrás explicados. NUNCA e NUNCA proceda ao desligar da ignição, fazendo parar o motor e deixar o carro deslizar ! Nesse incrível acto de ALTO RISCO, deixam de funcionar a direcção assistida e o servo freio, essencial dos travões. Ou seja, será imensamente mais difícil virar a direcção e muito difícil, se não for mesmo impossível, conseguir travar adequadamente !! Muito Cuidado com as tentativas e “invenções”, não arrisque no que toca ao desafio e perda de segurançam Grato e Atentamente.


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OPINIÃO

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Vamos encher ENZ

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á estamos no mês de Setembro, o da Vitória moçambicana no contexto histórico desta Nação de 43 anos de Independência. Foi no mês de Setembro, que celebramos o primeiro momento da nossa exaltação, quando em Lusaka, capital zambiana, foi assinado o acordo de cessação das hostilidades entre a FRELIMO e o governo português, pondo término a um longo período do colonialismo. Aconteceu a 7 de Setembro, daí ser o nosso Dia da Vitória, e comecei por esse momento episódico da nossa História, porque este ano, vamos entrar para um capítulo da nossa História futebolística. Pela primeira vez, a nossa selecção nacional de futebol, os Mambas, vai defrontar a Guiné-Bissau que, por sinal também, teve como colónia Portugal, por isso, o encontro lusófono vai ficar registado para as duas nações dos PALOPS. A partida terá lugar no dia 8 de Setembro, no Estádio Nacional do Zimpeto, um dia depois de comemorarmos os 44 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka. Jogo pontuável para a segunda jornada do Grupo K de qualificação para o CAN Camarões 2019, e por ironia do sorteio, a nossa participação começou no país onde assinamos a nossa vitória, e que também no arranque desta campanha fizemos história, ao quebrar o “jejum” de 42 anos sem vencer a Zâmbia, em partidas oficiais de futebol. 10 de Junho de 2017, em Ndola, fica registado, porque marcou aquilo que há muito se procurou frente aos Chipolopolos, e trouxe a esperança de uma campanha de êxito, que passa por conquistar os pontos que nos levam aos Camarões, no próximo ano. Vem a Guiné – Bissau que, curiosamente, venceu na primeira jornada a Namíbia e partilha a liderança do Grupo K, com os Mambas, perspectivando-se uma partida difícil para os dois conjuntos. Para Moçambique, a dificuldade deste jogo, pode-se tornar uma fonte de inspiração para encararmos de forma patriótica e unida o embate do dia 8. Ganhando o jogo, estaremos a 50% de

Por: Agostinho Mavota *

qualificação ao CAN Camarões, uma vez que terá seis pontos e fica isolado no comando do Grupo K. E se queremos garantir o mais cedo possível a nossa participação no quinto CAN, toda uma nação tem que estar unida por esta causa, de forma que a vitória não fuja do combinado nacional, na noite do próximo sábado. Mas como a vitória se prepara e organiza-se, a Federação começou a trabalhar o jogo, com à venda de bilhetes em finais Julho e que teve todo o mês de Agosto a venda nas lojas Shoprite no território nacional, com a primeira fase a terminar a 3 de Setembro e segunda etapa de venda decorre até ao dia 7 de Setembro e com variação do preço. A Federação Moçambicana de Futebol, através do seu departamento de Marketing e Imagem, mexeu com a sociedade e fez-se a rua, procurando diversas sensibilidades da sociedade civil, para a gravação de um vídeo que já circula nas TV’S e nas mais diversas plataformas das redes sociais. Bravo FMF, pela iniciativa, esperando que venha para ficar e que isso galvanize o público para estar junto da selecção nesta operação, que pode significar meio caminho a quinta participação de Moçambique num CAN. Abel Xavier, seleccionador nacional, já divulgou a lista dos pré-convocados para esta operação, que eu apelido do “JOGO DA VITÓRIA”, porque temos que ganhar para próximo se ficar da realidade do sonho de estar nos Camarões em 2019. Pela primeira vez, a divulgação dos jogadores que estarão a trabalhar para o jogo contra a Guiné-Bissau, contou-se com a presença do público, por sinal as claques organizadas dos clubes e das associações juvenis da Cidade de Maputo, que foram a Federação Moçambicana de Futebol, mostrar o seu calor junto da equipa técnica dos Mambas e no final, Abel Xavier e seu staff reuniu-se com os adeptos da nossa selecção para agradecer o carinho e apelar para que na semana do jogo, sejamos todos moçambicanos sem clubes, partidos políticos e religião e que

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se faça a união aos Mambas, para que os jogadores sintam a responsabilidade deste jogo com o calor humano que virá dos seus compatriotas. Aqui começa a nossa participação no jogo, e cabe a nós agora fazer do difícil jogo que nos espera, na mais tranquila e harmoniosa satisfação de ver os três pontos a caírem para Moçambique. Abel Xavier prometeu durante a semana de preparação, um dia de porta aberta para os adeptos, para que haja uma sintonia entre as partes. Bem-vinda a ideia e vamos encher o Zimpeto no próximo Sábado, dia 8 de Setembro. Durante a semana de preparação do jogo, vamos mostrar a nossa moçambicanidade, todos vestidos com as cores que simbolizam a moçambicanidade. Vamos nos identificar com a nossa selecção e a pátria, e criar-se uma ONDA VERMELHA ao longo da semana e que vai inundar o Zimpeto no Sábado, dia 8 de Setembro. O pedido é feito a todo Moçambique, vamos fazer a festa de uma semana histórica e que cada um se identifique com a causa. Vamos encher o Zimpeto, mesmo fora da Cidade de Maputo, com aglomeração de moçambicanos em todos os pontos que marcam o país. As cores da bandeira nacional têm que estar patente em nós, com Espírito de Vitória visível na nossa auto estima de ser moçambicano. Vamos encher o Zimpeto, marcando presença ao vivo no maior palco desportivo do país, assistindo o jogo na TV e ouvindo as emoções pela Rádio, para que Moçambique no próximo dia 8 de Setembro, vença a Guiné-Bissau e tenhamos uma dupla semana da VITÓRIA Com todo Fair Play, escrevi e disse


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POLÍTICA

Confissões religiosas devem combater males sociais

- apela Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, na 129ª Conferência Anual da Igreja Metodista da África Austral O Primeiro-Ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, desafia as confissões religiosas a dar continuidade ao seu esforço no combate e prevenção dos males que enfermam a sociedade, sobretudo a juventude. Falando quarta-feira em Maputo, durante o culto de abertura da 129ª conferência anual da Igreja Metodista da África Austral, Do Rosário apontou o HIV e SIDA, consumo de drogas, álcool e criminalidade como males que entravam o progresso da sociedades. Deste modo, encorajou a todas confissões religiosas, particularmente a Igreja Metodista Wesleyana em Moçambique, a contribuírem com mensagens e actos que promovam a reconciliação entre os moçambicanos e a reintegração social dos militares desmobilizados. Salientou que este espírito de reconciliação deve manifestar-se de forma prática no seio da família, comunidade, escolas, locais de trabalho e de culto. Fez observar que uma sociedade moralizada fortalece-se através de valores que se fundam, principalmente, no amor ao próximo, perdão, tolerância, convivência pacífica e respeito mútuo. “A Igreja, através do evangelho, desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade moralizada. Assim, as confissões religiosas são encorajadas a continuarem a jogar um papel importante na formação e sensibilização, sobretudo da camada juvenil que é o garante do futuro. O amanhã depende daquilo que fizermos hoje. Se quisermos um mundo de paz e de concórdia, temos que semear hoje, investindo numa juventude com corpos são e mente sã”. Carlos Agostinho do Rosário encorajou ainda as confissões religiosas, particularmente a Igreja Metodista da África Austral, a continuarem com os esforços de prevenção e combate de todos os males que afectam, sobretudo, a juventude nos nossos países, tais como o HIV-SIDA, o consumo de drogas, consumo excessivo de álcool, criminalidade entre outros. “A Igreja é ainda desafiada a contribuir na prevenção e combate a casamentos prema-

turos, uma prática repudiável e que constitui um entrave nos esforços de promoção da equidade do género e do desenvolvimento são da rapariga. Esperamos ainda que a Igreja Metodista Wesleyana em Moçambi-

que continue a envolver-se cada vez mais em projectos sociais, tais como construção de escolas, alfabetização de adultos nas línguas locais e reafirmação da matriz identitária através de cânticos religiosos”


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ECONOMIA

15 estudantes serão beneficiados em Tete

Sir Motors investe 4,5 milhões MT no ensino técnico-profissional

A Sir Motors vai atribuir 15 bolsas de estudo, por um período de três anos, a estudantes carenciados da província de Tete, beneficiários do REPTO-IMEP, um programa de reforma do ensino técnico-profissional sem fins lucrativos, cuja vocação é formar e graduar técnicos profissionais de nível médio, e que é desenvolvido no Instituto Médio Politécnico - IMEP (delegação de Tete e Nampula), sob tutela da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação – FUNDE.

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ara o efeito, a directora geral da Sir Motors, Sheila Camal, assinou, na última quinta-feira, 30 de Agosto, na cidade de Maputo, um memorando de entendimento com o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, através do qual se compromete a desembolsar quatro milhões e quinhentos mil meticais durante o período de vigência do acordo. Ainda à luz deste memorando, cuja assinatura foi testemunhada pelo governador da província de Tete, Paulo Auade e a coordenadora das bolsas, Ana Rita Sithole, a Sir Motors vai oferecer aos beneficiários das bolsas a oportunidade de efectuarem visitas de estudo, estágios e, eventualmente, contratá-los, em função das necessidades da empresa. Na ocasião, Filipe Couto, que falava em representação do presidente do Conselho de Administração da Sir Motors, Amade Camal, afirmou que a empresa decidiu associar-se ao projecto REPTO-IMEP como forma de contribuir para o desenvolvimento do País, investindo na educação. “Não há desenvolvimento sem educação. Estamos a falar de hidrocarbonetos, mas temos que ter cuidado. A sua exploração ainda não iniciou, e nem se sabe exactamente quando vai iniciar. E quan-

do iniciar, (os hidrocarbonetos) podem acabar. Por isso estamos a fazer este investimento. Um povo educado encontra sempre uma maneira de sobressair”, disse Filipe Couto. Por seu turno, o reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, louvou a Sir Motors pelo apoio aos beneficiários do REPTO-IMEP, que, no seu entender, demonstra o valor que a educação representa para a empresa. Este memorando é sinal de que “para a Sir Motors, assim como para nós, a educação é a maior riqueza de Moçambique. Não é o gás, o petróleo, as praias ou a agricultura. É a educação que vai garantir que os moçambicanos usem ou transformem estas coisas para encher os nossos estômagos e os nossos corações, bem como criar felicidade para os moçambicanos”. O REPTO-IMEP é uma iniciativa social da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação - FUNDE, apoiada pela Universidade Politécnica e patrocinada pelo JOBA, um programa de habilidades para o emprego financiado pelo UK Aid (DFID-Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacio-

nal). A iniciativa teve o seu início em Março de 2018 nas províncias de Nampula e Tete, abrangendo as áreas de Indústria e Construção Civil. Em Nampula, são ministrados os cursos de Mestre-de-Obras, Medidores Orçamentistas e Electricidade Industrial e, em Tete, os de Estradas e Pontes, Manutenção de Equipamentos Hidráulicos e Construções Mecânicas. Os cursos, de nível médio, têm a duração de três anos, sendo que os candidatos devem ter, no mínimo, 15 anos de idade e concluído a 10ª classe. Os professores do programa passam por uma formação e certificação que os habilita a ministrar cursos por competência. Por forma a garantir o recrutamento e retenção de jovens de classe média-baixa, o REPTO-IMEP estabelece um sistema de apoio financeiro, através de bolsas de estudo (apoio em materiais escolares, alimentação, transporte e residência estudantil), apoio psicológico (saúde preventiva e materno-infantil) aos seus formandos, principalmente às mulheres desfavorecidas, de modo a propiciar as mais elevadas condições de aprendizagem


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ECONOMIA

Desenvolvimento da tecnologia 4G e 5G no nosso País

Huawei torna-se parceira preferencial da TDM-mcel A Huawei, a maior fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo, estabeleceu, no domingo, 2 de Setembro, um memorando de entendimento com a mcel-Moçambique Celular, para aquela multinacional chinesa passar a ser a parceira e fornecedora preferencial da primeira empresa de telefonia móvel moçambicana, o que vai permitir a modernização dos serviços com o uso de tecnologia de ponta, LTE 4G e 5G, no nosso País. O acordo foi assinado pelo PCA da TDM -mcel, Mahomed Rafique Jusob e pelo seu

congênere da Huawei, no âmbito do Seminário China/Moçambique, que se realizou em Beijing, um momento pararelo ao Forum de Cooperação entre a China e África, no qual participou o Chefe de Estado mocambicano, Filipe Nyusi. A assinatura foi testemunhada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita e por 36

empresários moçambicanos e chineses ali presentes. Para o PCA da TDM-mcel, este acordo representa "um passo importante no contexto de transformação e expansão tecnológica, dentro da estratégia de retorno e desenvolvimento do sector de telecomunicações em Moçambique"

Standard Bank premiado como “Melhor Banco de Custódia de Valores Mobiliários” em Moçambique Pela quinta vez consecutiva, o Standard Bank foi distinguido como o “Melhor Banco de Custódia de Valores Mobiliários” em Moçambique pela prestigiada revista Global Finance, uma publicação editada nos Estados Unidos da América.

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om este prémio, o Standard Bank continua a fazer parte da lista dos melhores bancos de custódia do mundo, seleccionados em sete regiões e em mais de 80 países, que, de forma fiável, oferecem os melhores serviços, preços competitivos, operações pós-liquidação, gestão fiável dos itens de excepção, plataformas tecnológicas, planos de continuidade de actividades e conhecimento de regulamentos e práticas locais, entre outros. Para a atribuição deste prémio, que resulta do desempenho referente ao período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2017, a Global Finance teve em conta pesquisas de mercado e informações dos bancos, para além de contribuições de peritos e de utilizadores dos serviços de custódia. O administrador delegado do Standard

Bank, Chuma Nwokocha, considera que este prémio resulta da experiência e foco do banco para este segmento de mercado, bem como da sua habilidade em tornar realidade os sonhos das empresas e cidadãos moçambicanos. “Esta distinção significa que estamos a cumprir com êxito a nossa missão de realizar sonhos. São vários os moçambicanos, que através de nós hoje são proprietários de empresas por via de acções que nós ajudamos a comprar e gerir,” disse Chuma Nwokocha tendo acrescentado que “por outro lado são várias empresas que se capitalizaram para realizar o sonho de expansão graças ao Papel Comercial, Obrigações e outros instrumentos bolsistas que nós ajudamos a estruturar.”

Por outro lado, Joseph D. Giarraputo, responsável editorial da Global Finance, considera que o prémio “Melhor Banco de Custódia” reconhece os bancos de custódia que fazem o melhor para satisfazer as necessidades dos seus clientes em mercados cada vez mais complexos. “Uma vez que os bancos lidam com um aumento de responsabilidade de novos requisitos regulamentares, os clientes procuram os melhores e mais seguros bancos de custódia a quem possam confiar os seus activos,” disse Joseph D. Giarraputo. Importa referir que os bancos premiados serão galardoados numa cerimónia a ter lugar no próximo dia 24 de Outubro, na cidade de Sidney, Austrália


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Congresso de Turismo

Quessanias Matsombe na Comissão de Honra

Quessanias Matsombe, Presidente da Federação Moçambicana de Hotelaria e Turismo (FEMOTUR), faz parte da Comissão de Honra para a preparação e realização do Congresso Internacional de Cultura e Turismo, a decorrer nos dias 26 e 27 de Novembro próximo, na cidade de Maputo. Esta comissão congrega ainda personalidades de reconhecido mérito como são os casos de Joaquim Chissano, Lourenço do Rosário, Luísa Diogo, Fernando Sumbana Júnior, entre outras. No quadro de prepara-

ção do congresso, o director executivo da FEMOTUR, Mateus Tembe, foi indicado para

integrar a comissão técnica. O evento vai ter lugar no auditório da Universidade A Politécnica e contará com a presença de destacados oradores nacionais e estrangeiros da área de turismo e cultura. Está prevista a apresentação de comunicações para o congresso que decorrerá sob lema: Cultura e Turismo: desenvolvimento nacional, promoção da paz e aproximação entre nações. A realização do congresso resulta de uma parceria entre o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade o Minho e a Universidade Politécnica de Moçambique, com a colaboração do Ministério da Cultura e do Turismo de Moçambique

Do Standard Bank:

Incubadora de Negócios distinguida pela SASA

A Incubadora de Negócios do Standard Bank foi, recentemente, distinguida como Melhor Programa de Aceleração e Incubadora do País pela Southern Africa Startup Awards (SASA), um iniciativa que tem como objectivo apoiar startups nacionais a atingirem o seu potencial. O Melhor Programa de Aceleração e Incubadora é atribuído a um programa de duração determinada, orientado por mentores, que ajuda e capacita os empreendedores a promover o crescimento das suas empresas inovadoras, fornecendo ferramentas, recursos, conexões, conhecimentos e experiência. Esta distinção, de acordo com Sasha Vieira, responsável pela Incubadora de Negócios do Standard Bank, é o culminar de um trabalho que tem sido levado a cabo pelo banco em prol das pequenas e médias empresas (PME), no geral, e dos empreendedores, em particular. Para Sasha Vieira, “o prémio é o reconhecimento do esforço que o Standard Bank, através da Incubadora de Negócios, faz para impulsionar o empreendedorismo nacional, potenciar as PME e as startups, bem como para ajudar a criar um ecossistema empresarial sustentável”. Este prémio foi atribuído durante a Gala SASA-Mozambique, na qual foram, igualmente, distinguidas outras 14 startups e iniciativas, que, à semelhança da Incubadora de Negócios do Standard Bank, vão representar o País na gala regional, a ter lugar em Novembro próximo, na África do Sul, onde serão seleccionados os representantes regionais na competição global, a decorrer na China. Na ocasião, Celso Domingos, gestor da SASA em Moçambique, afirmou que a iniciativa visa

estimular o surgimento de ideias inovadoras, bem como servir de plataforma de exposição da criatividade dos moçambicanos. Foi nesse sentido que Celso Domingos defendeu que, para a promoção do empreendedorismo, “é necessário buscar mecanismos ou alternativas de financiamento para ideias inovadoras, que contribuam para melhorar o ambiente de negócios, gerar empregos e encontrar públicos ou segmentos do mercado cujas

necessidades são pouco exploradas”. Por seu turno, Mckevin Ayaba, director regional da Southern Africa Startup Awards, realçou a importância do evento no estímulo ao empreendedorismo. “Temos de reconhecer e acarinhar aqueles que conseguem transformar os problemas que enfrentam em oportunidades, criam soluções e transformam-nas em negócio, gerando mais postos de trabalho”, disse


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ECONOMIA

BCI representa Moçambique na Associação Interbancária China-África Maputo, 06 de Setembro de 2018 – Foi lançada, ontem, 5 de Setembro, em Beijing, China, a Associação Interbancária China-África (CAIBA), no quadro da realização da VI Conferência dos Empresários Chineses e Africanos. Esta Conferência surge na sequência do Fórum de Cooperação China-Africa (FOCAC) que teve lugar em Joanesburgo, em 2015, onde o China Development Bank (CDB), maior instituição financeira da China, na qualidade de um dos membros chave do comité de acompanhamento do FOCAC, propôs a criação da Associação. O principal objectivo da CAIBA é mitigar os constrangimentos que têm vindo a impedir o desenvolvimento sustentável dos países africanos, através de interações mais abrangentes e colaborações financeiras entre instituições financeiras da China e de África.

São membros fundadores da CAIBA cerca de 20 instituições financeiras de África, com destaque para instituições financeiras de desenvolvimento e bancos comerciais influentes na região, sendo o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) o único representante de Moçambique. Estiveram presentes no encontro, para além dos representantes das instituições financeiras da CAIBA, altos membros dos Governos, reconhecidos empresários e líderes de Pequenas e Médias Empresas, representantes de agências de promoção de comércio e investimento, assim como representantes de organizações e institui-

ções de pesquisa, que partilharam experiências, por forma a aprofundar a cooperação entre China e África e facilitar o desenvolvimento de relações económicas bilaterais. Para o Presidente da Comissão Executiva do BCI, Paulo Sousa, “o BCI sente-se orgulhoso por ter sido a instituição financeira nacional escolhida para fazer parte, como membro fundador, da CAIBA.” Refira-se que, desde 2012, o BCI e o CDB estabeleceram uma relação de parceria, ao celebrarem um acordo com vista ao apoio ao desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas nacionais

Moçambique no mapa mundial do gás

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eve início nesta quinta-feira, na Ilha de Goeje, localizada na cidade sulcoreana de Busan, nos estaleiros da Samsung Heavy Industries, a construção do casco para a Fábrica Flutuante do Gás Natural do Coral Sul (FLNG na sigla em inglês) que será instalada na bacia do Rovuma. A partir de 2022, a ENI-Moçambique espera iniciar a exploração e exportação do gás natural. Já tem garantido a BP como seu cliente. Ao todo são mais de 200 biliões de pés cúbicos de gás natural descobertos na bacia de Rovuma e a ENI deverá usar uma tecnologia que será pioneira em África e uma das quatro existentes em todo o mundo para extrair o gás natural que se encontra no mar. A ENI-Moçambique, que espera investir mais de oito mil milhões de dólares neste projecto de gás natural, diz esperar que o mesmo venha a mudar radicalmente a economia de Moçambique e a vida dos moçambicanos. Stegfano Maione, representante da ENIMoçambique, afirmou que “A África e Moçambique em particular, entram hoje na história mundial pelo facto de estarmos a concretizar um mega-projecto moderno que irá, certamente, contribuir para melho-

rar a economia do país. Acreditamos que esta ambiciosa iniciativa, envolvendo tecnologias altamente modernizadas, terá um impacto directo e indirecto muito positivo na vida de milhões de moçambicanos e tornará o governo moçambicano e a nós como parceiros mais robustos financeiramente a nível mundial” referiu. A Samsung Heavy Industries, responsável pela construção da fábrica flutuante de gás natural de Coral-Sul, comprometeu-se a executar o projecto dentro dos prazos e outros acordos estabelecidos, segundo garan-

tia dada por Zhuen Chegan, representante da Samsung Haevy Industries. “Da nossa parte, garantimos que saberemos honrar com os acordos. Trata-se de um mega-projecto que conta com grandes investimentos e que deixará milhões de moçambicanos e outros povos do mundo na expectativa de ver o mesmo concretizado. Não gostaríamos de defraudar estas expectativas de modo que tudo que é e será da nossa responsabilidade, será concluído com êxito e dentro do tempo cronometrado pelo governo, a ENI e seus parceiros”


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ECONOMIA

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Disponíveis USD 21 milhões para combate à poluição do mar A Agência Sueca Para o Desenvolvimento Internacional (ASDI), em parceria com a União Internacional Para Conservação da Natureza (IUCN), acaba de disponibilizar 21 milhões de dólares americanos para o combate à poluição do mar por plásticos em Moçambique.

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rata-se de um projecto denominado MARPLASTIC que está a ser desenvolvido desde o ano passado e visa apoiar o Governo no combate à poluição do mar pelo plástico. Com duração de três anos, o Governo, através do Ministério do

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Mar, Águas Interiores e Pescas, representado pela Isabel Chaúca, definiu as áreas prioritárias, onde este projecto deverá ser implementado, na fase inicial, nomeadamente nas províncias de Sofala e Cabo Delgado. Para Carole Matinez, Coordenadora do

projecto da União Internacional para Conservação da Natureza, parceira da iniciativa, este projecto vai ajudar a fortalecer e a compreender as políticas de combate a este mal. O projecto vai abranger África do Sul e Quénia, também


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ENTREVISTA

TELEVISÕES NACIONAIS ESTÃO A EVOLUIR - considera Ângela Semedo, rosto da TV Miramar, que se inspira em José Rodrigues dos Santos I Por: Samuel Sambo

Fotos: Salvador Sigaúque

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filha de “tubarão” que nada em águas diferentes, Ângela Semedo. Seu pai é Artur Semedo, treinador do futebol, com passagem pela selecção nacional. Ângela é uma comunicadora por excelência e, neste momento, a número-1 da Redacção de um dos canais privados de televisão mais vistos no país. Em entrevista exclusiva à Ídolo afirma humildemente que "tudo o que conquistei é fruto do meu trabalho e dedicação".

Sempre acreditei nas minhas lutas, no meu trabalho e nas possíveis vitórias Está em Moçambique há sensivelmente sete anos, depois de ter saído para viver em Portugal quando tinha apenas meses de vida. É formada em comunicação social nas áreas de Jornalismo, Publicidade e Marketing. A nossa conversa começou entre um misto de incertezas, atenção, questionamentos... Não é que a nossa interlocutora seja antipática, pelo contrário.

Para Ângela mudar de posições de jornalista para entrevistada é um pouco estranho.Todavia, a vista espectacular e a boa brisa da Baía de Maputo ajudaramnos a desmistificar a vida de uma das melhores jornalistas e apresentadoras de televisão em Moçambique. Quais foram os momentos marcantes na RTP? Ângela Semedo: Foi bom por ter sido uma escola prática para mim, uma vez que conciliava o que aprendi na faculdade com o dia-a-dia de uma redacção


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ENTREVISTA

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dinâmica. Foi aluna de um dos grandes nomes da comunicação social, José Rodrigues dos Santos. Como era a vossa relação como “filhos” da mesma pátria num outro país? Ângela Semedo: Ele era apenas meu professor e não além disso. Porém, continuo a ter um contacto indirecto, porque compro e leio todos os seus livros. Até agora ele continua a ser minha fonte de inspiração. Está há mais sete anos a viver e a trabalhar em Moçambique, qual é avaliação que faz do que é transmitido nas televisões nacionais?

Quando se tem paixão, não há ocupação ou cansaço que desmoralize Ângela Semedo: Avalio positivamente. Acho que estamos a evoluir, em todos os sentidos. Mas devemos separar as realidades, porque entre Moçambique e Portugal há grandes diferenças. Tem experiência na área da tv e hoje faz parte da equipa do jornal da Televisão Miramar. O que isso significa para si? Ângela Semedo: Mais um degrau na vida profissional. Sempre acreditei nas minhas lutas, no meu trabalho e nas possíveis vitórias. Tudo é fruto de dedicação, pois a profissão não me escolheu, eu é que escolhi ser jornalista. Para além de apresentadora, desempenha a funçao de repórter como é que tem sido a divisão do tempo? Ângela Semedo: Na verdade, não se divide, está tudo interligado. Quando se tem paixão, não há ocupação ou cansaço que desmoralize. Tudo flui na maior naturalidade. E aí há mais prazer. Vive há mais de sete anos em Moçambique e até agora não fala nenhuma língua nacional. Como tem gerido essa situação? Ângela Semedo: Difícil! Entretanto, te-

nho tido ajuda dos meus colegas no serviço e busco sempre memorizar algumas palavras, para que futuramente não precise de um tradutor.

sem deixar do lado o crédito de que sempre haverá vitória

faço o meu papel como comunicadora,

Considera-se uma pessoa famosa? Ângela Semedo: Não (risos)! Apenas uma pessoa acarinhada pelos telespectadores que estão sempre ligados à TV de Primeira. Momentos marcantes da sua carreira, em Portugal e em Moçambique. Ângela Semedo: Foi o funeral de Nelson Mandela, por ter tido a oportunidade de partilhar experiências com jornalistas de mundo inteiro, durante dois dias. E os momentos tristes? Ângela Semedo: Os momentos tristes da minha carreira são todos aqueles nos quais me vejo a reportar casos de violação sexual. Diz-se: filho de peixe sabe nadar. Porque é que não optou em ser desportista? Ângela Semedo: A resposta para esta pergunta é paixão. O meu pai sempre


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me incentivou a praticar exercícios físicos, mas no caso real nasci para a comunicação. Aprecio muito o desporto, tanto que sou adepta do Sporting. Também assisto aos jogos do meu pai na televisão e sempre que posso vou ao campo. Ele é meu ídolo (risos). Aceitaria reportar ou noticiar sobre uma derrota da equipa do seu pai na te-

ENTREVISTA uma pessoa frontal. Como é que ele é em casa?

levisão? Ângela Semedo: (Risos) bom, não gosto de ver a equipa do meu pai a perder. Porém, faço o meu papel como comunicadora, sem deixar do lado o crédito de que sempre haverá vitória, nos jogos seguintes.

Ângela Semedo: As pessoas conhecem o Artur Semedo da televisão, eu tenho o privilégio de conhecer o Artur da tv e pai. Ele é a melhor pessoa que conheço, é brincalhão tem carácter e é frontal, eu também tento ser

Artur Semedo é conhecido por ser

Hobbies

?

Gosto de ler e tenho um “blog” de moda com mais de 15 mil seguidores. Acho que o jornalista deve saber falar de tudo.

Quem é

Ângela Semedo

“Sou um espelho do que é a minha mãe, porque ela é a minha inspiração perfeccionista em tudo. Detesto pessoas quando dizem que vão fazer algo e não fazem. Sou muito ligada a família e nos tempos livres leio muito e vejo muita tv internacional, como nacional. Não tomo nenhuma decisão sem consultar os meus pais, porque na vida todos podem trair-me menos os meus pais, por isso vou ter com eles quando tenho alegria e/ou problemas”


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SOCIEDADE

Estudantes da FCHS - Unilúrio Limpam Praias da Ilha de Moçambique As praias da Ilha de Moçambique já começaram a ganhar uma nova face, tudo graças a uma campanha de limpeza levada a cabo por estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Unilúrio, que teve início neste Sábado (01 de Setembro corrente), na praia dos pescadores.

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e acordo com Hélder Combo (estudante da FCSH), que falava em representação dos estudantes, trata-se de um projecto do Núcleo de Estudantes da FCSH, denominado epharaya yowara, que em português significa praias brilhantes. O projecto “está na sua primeira fase de implementação que vai de Setembro a Novembro de 2018 e tem por objectivo dar um novo visual a todas as praias da Ilha de Moçambique”. Para Ganito Bantaleão, presidente do Núcleo de Estudantes da FCSH, a implementação do projecto epharaya yowara é um contributo dos estudantes para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da Ilha de Moçambique, visto que um dos desafios do milênio consiste na conservação do meio ambiente e na protecção do ecossistema. Questionado sobre possíveis apoios ao projecto, Ganito respondeu nos seguintes termos: “reconhecemos que é um projecto bastante ambicioso, mas o que nos falta é apoio. Precisamos de apoio logístico, principalmente em materiais de limpeza”. Note-se que esta iniciativa surge num momento em que se preparam as festividades dos 200 anos da elevação da Ilha de Moçambique à categoria de cidade, que se comemora a 17 de Setembro de 2018, altura em que se esperam receber na Ilha Muitos visitantes provenientes dos mais distintos pontos do país e do mundo, incluindo a vinda de Sua Excelência o Presidente da República de Moçambique a quem os estudantes da FCSH querem mostrar uma Ilha com praias mais limpas a pensar no bem -estar de todos


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Corrupção mantém-se na função pública O Presidente do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), Lourenço do Rosário, afirmou que Moçambique continua a registar índices elevados de corrupção na função pública, não obstante ter registado progressos desde 2010 em sectores diferentes.

I Por: Redacção

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m relação a Democracia e Governação Política, Do Rosário diz haver avanços positivos, com excepção do que se tem assistido nos períodos pré e pós-eleitoral. Esta quinta-feira, jovens oriundos dos vários pontos da capital do país estiveram reunidos no primeiro seminário temático de auscultação, no seguimento da segun-

da avaliação do país no âmbito do MARP. O relatório final será apresentado na Etiópia, pelo Presidente da República, em Janeiro de 2019. Lembre-se que em 2009, Moçambique apresentou o seu relatório de revisão do país em Addis Abeba, capital da Etiópia. Na altu-

ra, constatações foram feitas em diferentes áreas temáticas, e a questão da corrupção foi apontada como um dos grandes entraves na função pública. Nove anos depois, a situação tende a aumentar, segundo o académico e presidente do MARP, Lourenço do Rosário

Ilha de Moçambique celebra 200 anos de elevação à categoria de cidade E já no próximo dia 17 que a Ilha de Moçambique, em Nampula, comemora os seus 200 anos de elevação à categoria de cidade. Na celebração do segundo centenário da cidade mais antiga do país são esperadas mais de duas mil pessoas. Entretanto, as autoridades locais falam do nível de organização e advertem que já não existe espaço para hospedagem quando falta pouco mais de uma semana.

A ilha está dividida em duas partes no norte a cidade de Pedra, construída em pedra e cal e a Sul a cidade de Macúti material de construção tradicional feito com folhas de coqueiro. Operadores de diferentes áreas dizem-se preparados para oferecer o que de melhor se pode encontrar na Ilha de Mo-

çambique. A maior parte da população vive da pesca e de alguma actividade agrícola e de artesanato. A cidade tornou-se ponto de escala obrigatória das viagens de ida e volta dos navios de carreira da Índia, entre Lisboa e

Goa e proveitoso entreposto comercial. O interesse revelado por outras potências europeias justificou a construção do seu vasto património arquitectónico. A ilha de Moçambique adquiriu o estatuto de cidade em 1818


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Caçadores furtivos atacam leões em Marromeu Um dos leões, translocados em Junho passado para as planícies de Marromeu, teve de ser abatido, devido aos graves ferimentos contraídos e provocados por uma armadilha de caçadores furtivos.

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I Por: Redacção

sse leão fazia parte de um grupo de 24 animais acolhidos pelas Coutada 11/ZDS-Zambeze Delta Safaris e Coutada 10/Marromeu Safaris para o repovoamento desta espécie naquela zona do País. A operação de translocação por via aérea ocorreu entre os dias 24 e 26 de Junho passado e, após um período de quarentena nas referidas coutadas, os animais foram libertados em princípios de Agosto para as planícies de Marromeu. Trata-se de 18 fêmeas e seis machos oferecidos por diferentes províncias da África do Sul, entre Parques e Reservas privadas e públicas. Destes 24, 15 animais têm colar-satélite para a sua monitoria. Todo o complexo de Marromeu ficou assim enriquecido com o recebimento destes leões e com as possibilidades de reprodução. Este imenso esforço de enriquecer a fauna bravia moçambicana sofreu de novo mais um duro golpe praticado por pessoas sem escrúpulos que utilizam os métodos mais traiçoeiros e mesquinhos para atingir os seus criminosos objectivos.

CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE Naquela região, desenvolve-se há 20 anos um notável trabalho de conservação do Meio Ambiente, já reconhecido internacionalmente, numa parceria público e privado com uma importante participação das comunidades. Para além de preservar o Habitat, o trabalho tem resultado na multiplicação dos efectivos da Fauna Bravia, com destaque para 18 espécies de mamíferos entre as quais o búfalo com um efec-

Numa das imagens, podem ser vistos os graves ferimentos provocados ao leão pela armadilha e na outra imagem o leão já morto, depois de ter sido abatido para evitar um maior sofrimento.

tivo de 20.000 animais, o elefante, a piva ou inhacoso, o chango, a pala pala, a gondonga, a zebra e o facocero. Uma contagem da ANAC, em Dezembro de 2016, apontava para um efectivo total de 70 mil animais daquelas 18 espécies no Complexo de Marromeu. Nos últimos anos, o natural equilíbrio da Fauna Bravia foi prejudicada pela acção de caçadores furtivos. Acontece que a correspondente população de carnívoros predadores como o leopardo, a hiena malhada e o leão sofreu um decréscimo que estava a pôr em causa o natural equilíbrio faunístico. De assinalar que só no ano passado, as patrulhas da empresa ZDS interceptaram 90 caçadores-furtivos na zona da Coutada 11, armados com 140 armadilhas e 3.200 laços


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Vitória Diogo exorta jovens a empreender e se auto-empregar O Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) vai estabelecer parcerias com o IREX, através da TV Surdo, H2N e Midia LAB, entidade que implementa o Programa para o Desenvolvimento da Mídia em Moçambique, visando a promoção e valorização do auto-emprego e empreendedorismo nos jovens, bem como as medidas preventivas contra acidentes de trabalho e doenças profissionais.

I Por: Redacção

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relacionamento entre ambas as instituições, segundo indicou a ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, no decurso da visita que efectuou, na quinta-feira, 6 de Setembro, àquelas instalações, em Maputo, vai abranger, igualmente, as áreas da formação profissional, combate às piores formas de trabalho infantil e Inspecção do Trabalho. Para aquela governante, a TV Surdo, H2N e Midia LAB, através dos seus programas educativos e inclusivos, contribuem no processo de formação das pessoas, sobretudo jovens, para se reinventarem, através de uma visão crítica, focada na busca do auto-emprego e promoção do empreendedorismo. “Temos que desenvolver juntos esta abordagem de formar os moçambicanos, particularmente os jovens, no sentido de buscarem trabalho e não apenas o emprego”, disse Vitória Diogo, sustentando que muitos países desenvolveram-se com base neste princípio de criatividade e empreendedorismo que é designado “pensar fora da caixa”. É intenção da ministra em trabalhar com a TV Surdo, H2N e Midia LAB na componente do mercado do trabalho, visa orientar os jovens a optarem por cursos que oferecem mais oportunidades de emprego ou que possam apostar no auto-emprego e empreendedorismo: “É preciso começar a orientar os jovens para se formarem em profissões com maior demanda de emprego

rentável, pois existem áreas de formação, cuja taxa de absorção da força de trabalha situa-se acima de 90 por cento”, frisou. Com as parcerias em vista, a ministra pretende, por outro lado, disseminar as oportunidades de auto-emprego que o seu ministério detém, por via das instituições de formação profissional subordinadas e tuteladas. “Vamos trabalhar na sensibilização das comunidades em relação às piores formas do trabalho infantil, sobre as medidas de higiene e segurança no trabalho, porque estamos a registar um crescimento do nível de doenças profissionais e de acidentes de trabalho, cuja maior parte dos casos não é reportada”, destacou.

Na ocasião, o representante adjunto do IREX, em Moçambique, Sérgio Chusane, indicou que esta instituição tem estado a investir nas habilidades do saber fazer: “Já formamos, desde 2014, mais de 200 jovens durante as várias edições do Mídia Lab e a taxa de empregabilidade dos graduados situa-se acima de 80 por cento”, disse. Anualmente, conforme referiu, o IREX recebe cerca de 800 candidaturas provenientes de todos os pontos do País, das quais são seleccionadas 40, que vão ao bootcamp, num período intensivo de um mês, e transitam para os restantes nove meses entre 30 a 35 candidatos, graduando-se, posteriormente, entre 25 e 26 candidatos são absorvidos


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No corredor da Beira

BAD e Gapi juntos na promoção da mulher empreendedora

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) enalteceu a qualidade dos serviços da Gapi pelos bons resultados do Projecto de Empoderamento da Mulher e Desenvolvimento de Habilidades (PEMDH), e que abrange oito distritos nas províncias de Manica e Sofala, ao longo do corredor da Beira.

“É gratificante perceber que as actividades levadas a cabo pela Gapi com o apoio do BAD, nomeadamente, a criação de Grupos de Poupança e Empréstimo (GPEs), a criação de micro-bancos, as acções de formação e a assistência técnica no registo e legalização das organizações destes beneficiários, permitiu o surgimento de empresas e negócios individuais de mulheres”, disse a coordenadora Nacional de Programas do BAD, Yolanda Arcelina, durante uma missão de supervisão que incluiu equipas do Ministério do Género, Criança e Acção Social (MGCAS), na qualidade de hospedeiro do programa e a Gapi, entanto que implementador. A intervenção da Gapi estimulou a constituição de 129 GPEs, o registo de 156 instituições, dentre pequenas empresas, cooperativas e associações, a realização de mais de três centenas de acções de formação em temas ligados à gestão de negócios, associativismo e outras matérias que têm permitido aos membros destas organizações, a criação de centenas de micro-negócios individuais. A coordenadora Nacional de Programas do BAD, fazendo alusão ao surgimento destes pequenos negócios como padarias, tanques piscícolas, pequenas fabriquetas de agro-processamento, dentre outros, convidou a Gapi a expandir o escopo da sua actuação, atribuindo-lhe a responsabilidade de coordenar a construção de 100 instalações para albergarem equipamento diverso, dentre os quais moageiras e piladeiras para a

produção de leite, sumos, geleias, iogurtes e outros produtos. Nesta acção de supervisão e interacção com algumas beneficiárias em Gondola, Mafambisse, Nhamatanda, em Sofala e Gondola, Macate, e Sussundenga, em Manica, Yolanda Arcelina constatou que a satisfação das empresárias pela intervenção da Gapi, nomeadamente, no financiamento, capacitação técnica e apoio legal, coloca novos desafios no âmbito do controle da qualidade de produtos alimentares, bem como embalagem, energia e ligação aos mercados. Adolfo Muholove, director da Gapi na área de Consultoria Empresarial, comentou que “conhecendo os grandes desafios da ligação aos mercados, como elemento que complementa a cadeia de valor, criámos empresas de comercialização, em conjunto com algumas organizações cooperativas em Gorongosa,

Gondola e Sussundenga. Isso não só permite o escoamento da produção, como a valoriza, conservando-a e comercializando quando os preços são favoráveis”. O Projecto de Empoderamento da Mulher e Desenvolvimento de Habilidades no corredor de Sofala é uma iniciativa do MGCAS com enfoque na promoção da segurança alimentar, abrangendo mais de 2500 mulheres. O projecto tem como foco a participação da mulher em três cadeias de valor, designadamente o milho, mandioca e mel. A assistência técnica e financeira prioriza actividades como insumos fornecimento de sementes, pesticidas e herbicidas; produção – apoio na elaboração de planos e controlo de qualidade; processamento – fornecimento de equipamento/piladeiras, moageiras e debulhadoras; e comercialização - contratos de fornecimento/compra e venda


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Daniel Tembe passa a liderar Instituto de Directores de Moçambique O economista Daniel Tembe é o novo presidente do Instituto de Directores de Moçambique (IODmz), após vencer, por unanimidade, as eleições realizadas, na Assembleia Geral extraordinária, ocorrida, na quinta-feira, 30 de Agosto, em Maputo.

I Por: FDS

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bordado momentos após a sua eleição, o novo timoneiro do IODmz prometeu levar a cabo um trabalho de fundo, com vista a restabelecer o papel da organização, centrado na divulgação das melhores práticas de governação corporativa em Moçambique. “Nós não temos dúvidas que esse é o caminho que todas as empresas devem seguir sejam públicas ou privadas. Elas têm que apostar e investir em melhores práticas de governação corporativa se quiserem criar valor e atrair investimentos”, frisou. Num outro desenvolvimento, Daniel Tembe reconheceu que o IODmz esteve na letargia nos últimos anos, o que vai exigir do seu elenco e de todos os membros, um esforço redobrado, para restabelecer a função da organização. “Temos que desenhar e implementar um plano de acção, começando por reconquistar os membros da organização, os parceiros de cooperação nacional e internacional e estabelecer contactos com outros organismos e instituições internacionais que possam apoiar o instituto no desenvolvi-

mento da governação das empresas em Moçambique”, referiu. Com um único ponto em agenda, a Assembleia Geral extraordinária do IODmz elegeu os órgãos sociais para o triénio 2018-2020. Esta Assembleia, foi convocada segundo explicou o presidente da mesa, Luís Magaço, nos termos estatutários, uma vez que o mandato dos anteriores órgãos sociais tinha chegado ao fim. “Queremos que o IODmz ocupe o

seu lugar e contribua de forma activa para um desiderato importante que é a elevação dos padrões da governação e da ética empresarial através das melhores práticas de fazer negócios em Moçambique”, concluiu Luís Magaço. Daniel Tembe foi, entre outros cargos, PCA do IGEPE (Instituto de Gestão das Participações do Estado); administrador no Banco Africano de Desenvolvimento e ministro do Comércio


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Crianças de Maimelane com esperanças renovadas Empresário Yassin Amuji promete oferecer material desportivo

O activista social Yassin Amuji mobiliza apoio em material desportivo para às crianças de Maimelane, distrito de Inhassoro, província de Inhambane.

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pedido deste material foi formulado ao Yassin Amuji, depois de ter oferecido lanche a mais de oitocentos petizes da Escola Primária do 1º e 2º grau local. O lanche, oferecido a estas crianças surge no âmbito da responsabilidade social do jovem empresário e visa servir de estímulo para a permanência desta camada social no ensino. A direcção da Escola Primária do 1º e 2º graus de Maimelane agradeceu o gesto de Yassin, encorajando que se estenda pelos demais. Yassin Amuji, falando na ocasião, instou as crianças a desenvolver dentro de si o espírito de entreajuda, para que se construa um mundo próspero e solidário. Yassin prometeu regressar à Maimelane para proceder à entrega do material desportivo, em resposta ao pedido dos petizes locais


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Centro de saúde de Phambara recebe apoio de Yassin Amuji Jovem empresário/activista social, Yassin Amuji, está a estender seu apoio ao Centro de Saúde de Phambara, no distrito de Vilankulo, província de Inhambane.

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filantropo Yassin Amuji, apercebendo-se da falta de cortinas nesta unidade sanitária decidiu prestar o seu apoio oferecendo incondicionalmente este material. Os pacientes passam a ser atendidos em espaço fechado, preservando-se a sua privacidade. Além de conferir estética ao edifício, as cortinas vão filtrar os raios solares que penetravam nos compartimentos hospitalar. O Chefe distrital de enfermagem em Vilankulo, Faustino Capane, agradeceu o gesto de Yassin, sublinhando que vai tornar o hospital um lugar atractivo, onde os pacientes sejam curados em boas condições. Yassin Amuji referiu que continuará a dar a sua mão solidária em diferentes áreas sociais, na perspectiva de reduzir a vulnerabilidade das comunidades. Yassin Amuji encoraja outras individualidades para que sigam o seu exemplo no apoio a quem sempre necessita

Nigerianos com passaportes moçambicanos detidos na China Pelo menos quarenta e três nigerianos que ostentam passaportes moçambicanos falsos estão detidos na China, acusados de prática de diversos crimes.

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e entre os crimes de que são acusados estes nigerianos, destaca-se o tráfico de pessoas e de drogas e, ainda a prática de actos de corrupção. Igualmente na China, quatro moçambicanas cumprem penas de prisão, também por prática de diversos crimes. A informação foi tornada pública esta quarta-feira, em Maputo, pela Procuradora-geral adjunta, Lúcia Maximiano, no decurso da visita de Estado que o Primeiro

Vice-procurador-geral da Suprema Procuradoria Popular da República da China efectua ao país. A Procuradora-geral adjunta não especificou o número de indivíduos de origem chinesa detidos em Moçambique, tendo

referido que a maior parte está relacionada com crimes ambientais. As duas Procuradorias analisaram, ainda, questões ligadas ao crime organizado e a extradição de prisioneiros de ambas partes


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SOCIEDADE

Com nova campanha de inscrição

INSS prevê abranger mais 100 empresas, 1.000 assalariados e 500 por conta própria

Foi lançada, esta segundafeira, 3 de Setembro, em Maputo, a campanha de inscrição de contribuintes e beneficiários do Sistema de Segurança Social Obrigatória, ao nível da Cidade de Maputo.

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om esta iniciativa, o INSS - Instituto Nacional de Segurança Social prevê inscrever, até 30 de Setembro do ano em curso, mais de mil Trabalhadores por Conta de Outrem, 500 Trabalhadores por Conta Própria e mais de 100 empresas. No seminário de lançamento da campanha, o director geral do INSS, Alfredo Mauaie, disse que o instituto está preocupado em garantir que mais trabalhadores estejam inscritos no Sistema de Segurança Social, para a garantia da sua subsistência e a dos seus familiares. Segundo consta, estão inscritos no Sistema de Segurança Social ao nível da Cidade de Maputo 322.697 trabalhadores (beneficiários) pertencentes a 34.224 empresas (contribuintes), 5.186 Trabalhadores por Conta Própria, para além de perto de 25 mil pensionistas. “Estamos conscientes que existem ainda muitos cidadãos assalariados que ainda não estão abrangidos pela Segurança Social estando, por conseguinte, vulneráveis a riscos sociais”, indicou, realçando que se pretende com o seminário colher dos parceiros sociais contribuições, no sentido de servir cada vez melhor aos trabalhadores e outros utentes do Sistema no geral. Intervindo em representação do director do Trabalho, Emprego e Segurança Social da Cidade de Maputo, Ernestina Chirindza, inspectora chefe do Trabalho na cidade de Maputo, enalteceu os propósitos do seminário, que visa acrescentar ainda mais o número de inscritos e beneficiários e de empresas no Sistema de Segurança Social. “Esperamos que esta campanha tenha sucesso, pois existem metas estabelecidas pelo que é nossa expectativa que elas sejam atingidas e, se possível, superadas”, sustentou Ernestina Chirindza. Armindo Chembane, secretário executivo da Associação de Economia Informal

de Moçambique (AEIMO) encorajou aos empregadores e a todos os trabalhadores, em especial os que ainda não aderiram ao Sistema de Segurança Social, para que se inscrevam como forma de garantir a sua protecção social, incluindo as suas famílias.

“Nós, beneficiários da Segurança Social Obrigatória, queremos manifestar a nossa satisfação e gratidão pela preocupação demonstrada pelo Governo em abranger cada vez mais cidadãos no Sistema”, sublinhou


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CULTURA

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Lançada obra literária ‘Outras Coisas’ Foi lançada no dia 03 de Setembro de 2018, no Auditório do BCI, em Maputo, a obra literária de Clemente Bata, ‘Outras Coisas’, a segunda deste autor, que faz parte da colecção Pelagem Negra, chancelada pela Cavalo do Mar.

I Por: Redacção

S

egundo o académico e escritor Lucílio Manjate, que efectuou a apresentação do livro: “de todos os aspectos destacados, o que me parece definitivamente interessante e para o qual quero chamar a atenção é a técnica que o Clemente emprega para escrever “Outras Coisas”: a ironia. A ironia é de facto a forma escolhida por Clemente para escrever as suas histórias. […]Por sua vez, a ironia é responsável, em alguns casos, por um humor muito subtil, que atravessa a obra” – disse, realçando mais adiante que o autor “mostra, ou deixa ver, que é herdeiro de outros autores, de um legado literário. Faz parte da história da literatura moçambicana. São os casos dos clássicos ‘Nós matámos o CãoTinhoso’ de Luís Bernardo Honwana, e ‘Os Molwenes’ de Isaac Zitha. Mas tem um legado de autores como Aldino Muianga, Mia Couto. E estes contactos com outras obras e outros autores mostram que se, por um lado, Clemente testemunha a herança de gerações anteriores, por outro, e por esse facto, participa na construção de uma forma de ser da literatura moçambicana, considerando uma das suas características. E uma das suas características é que a nossa literatura moçambicana está vinculada às questões do dia-a-dia”. Para o Director de Marketing do BCI, Rogério Lam, a publicação desta obra “interpela-nos e reforça a convicção de que, de facto, é possível fazer outras e mais coisas que nos engrandecem, sobretudo quando vêm daqui de dentro de cada um de nós” – disse, sublinhando que o BCI é um Banco de apoio à cultura: “as Artes e as Letras sempre

foram uma prioridade para nós, como Banco. O Prémio BCI de Literatura é uma dessas marcas indeléveis do nosso compromisso com a Literatura e com a Cultura moçambicanas”. E rematou: “este livro assemelha-se a uma odisseia. É uma espécie de viagem no tempo, no espaço e no imaginário. Percorre a urbe, o subúrbio, as zonas rurais, calcorreia Moçambique. Nós como Banco sempre trilhámos o país, procurando proporcionar cada vez melhor para Moçambique e para os moçambicanos”. Por seu turno, Clemente Bata salientou que ‘Outras Coisas’ é a forma que encontrou

para desconstruir os problemas do dia-adia: “desmontá-los e perceber melhor a sua mecânica, para depois montar cada peça do quebra-cabeças”. Quanto ao título, indicou que o mesmo surge de “situações estranhas, inusitadas, que no quotidiano surgem e escapam do nosso controlo. Na tentativa de transmitir esse sentimento, esse estado, esse quê emocional, é comum ouvir nalgumas línguas de Moçambique uma expressão que já é frequente ser traduzida em português: ‘outras coisas’, querendo significar dimensões que nem palavras, nem gestos facilmente alcançam


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CULTURA

O empreendedorismo da Alubina (conclusão)

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I Por Fijamo Sadeia

endidas as senhoras a uma evidência, ontem utopia, dona Alubina tornara-se fazendeira, diante daquelas que, sepultando o ódio, entraram na roda, ajudando-a na colheita do arroz, em quantidade nunca antes vista na comunidade, quiçá, em toda a aldeia. Machamba passara a ser assunto na Regedoria que, por intermédio dos colaboradores deste soubera do sucesso e mandara chamar à persistente mulher. Era apenas para elogiá-la e saber de onde ela era oriunda. Temperada nas vivencias da cidade para onde, de vez em quando, ia, a partir da sua terra natal, dera um relatório, melhor, conversara com o Regedor, sem nenhum constrangimento. Risadas misturavam-se como se fossem dois amigos que, havia muito tempo, andaram separados, coisa rara no Regulo Vobail. Terminada a época de colheita, a patroa organizara um autêntico festival a título de agradecimento a todos os que lhe deram a mão, manjando à grande e à francesa com aguardente em abundância, ali já não havia ama, marítimo ou estivador, era tudo gente amiga, mas sempre reservando-se àquela o devido respeito. Nesse dia de festival, que era um Domingo, ela fizera-se presente na missa para rezar pelos mortos e agradecer a Deus pela safra abundante; de saia a pavão e badju( blusa) apertado, o seu tabaco atras da orelha, lenço em volta da cabeça, bonita, ainda que de pés nus e peito dilatado de tanto ter sido servido, lá ia uma perfeição de mulher que trazia à memória rainhas antigas; trazia o Redentor ao pescoço, em terço que ela trouxera da sua terra e que só o acólito possuía igual, dado por um vigário que passara pela aldeia, evangelizando às comunidades; na missa, a dona Alubina estava em concentração máxima, adiando a tosse para não perturbar a oração. No fim da missa, a mulher volvia à casa, em paz de consciência total porque, na corte celestial, não havia santo algum a quem gratidão não tivesse sido

expressa. Apesar de que nessa altura, comer carne era exclusivo dos ricos, instruíra os filhos para que comprassem tripas e patas de vaca para misturar-se com feijão, o que, noutras mesas mais requintadas, se poderia designar feijoada. Nada de bueru-bueru, ou balachau pois isto era reles demais para o banquete. Cem litros de aguardente faziam parte do cardápio mas para os homens. Cabanga e sura para a súcia de mulheres havia a granel. O banquete iniciara-se a 1h00 da tarde, precedido de uma oração a cargo do acólito, um dos convidados de honra; assim comemorara-se o encerramento da campanha de arroz, com pompa e circunstância, onde só não se entretivera quem estivera ausente, com a dona Alubina no meio da roda em perfeita parelha com o cunhado Andraze, dançando de mãos dadas mas com braços esticados, era tudo quanto faltava a aldeia ver. A cantiga era uma rumba e a voz era de Impariavez. Mathanga (Conjunto musical da aldeia que reunia vários tipos de dança), que era uma junção de diversos segmentos musicais para este tipo de cerimónias, uma orquestra a moda local, alegrava o ambiente. O saber pensar foi e sê-lo-á sempre a causa de toda a diferença entre as pessoas


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DESPORTO

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Mambas prometem vitória

Guiné-Bissau disposta a contrariar esse optimismo A Selecção Nacional de Futebol (os “Mambas) está confiante na vitória, neste sábado, diante da sua congénere da Guiné-Bissau, em desafio referente a segunda jornada do Grupo K de qualificação para o Campeonato Africano das Nações de 2019, a ter lugar nos Camarões. O jogo, marcado para o Estádio Nacional do Zimpeto, está sendo encarado com um elevado óptimo e o público está a ser mobilizado para preencher todas as cadeiras disponíveis naquele recinto desportivo.

A

bel Xavier, seleccionador nacional, tem estado a submeter os jogadores a uma preparação adequada para que nada falhe no dia do jogo. Para esta operação, o técnico tem à sua disposição quase todas as “pedras”, resta saber como é que serão colocadas em campo. Os “Mambas” contam com lateral esquerdo do Belenenses Reinildo, que foi titular no

empate (0-0) com o Setúbal, a contar para a quarta jornada da Liga portuguesa.Os outros internacionais da selecção moçambicana a jogar na Europa, nomeadamente Zainadine Jr (Marítimo), Witi (Nacional), Gildo e Geraldo (Amor), Reginaldo (FK Kukesi, da Albânia) e Clésio (Instabulspor, da Turquia) já se juntaram aos restantes colegas. A Guiné-Bissau, por turno, vem na máxima força, mas consciente de que terá

pela frente um adversário difícil e apostado em vencer o jogo em casa. A Guiné-Bissau tem sido uma surpresa agradável, registando para já uma boa evolução pelo facto de o “esqueleto” da selecção ser formado por jogadores que actuam fora de portas. Recorde-se que os Mambas lideram o grupo a par da Guiné-Bissau, com três pontos, fruto de vitórias frente a Zâmbia e Namíbia, respectivamente, na primeira jornada

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DESPORTO

Matola Stadium em progressão O que era um sonho está a transformar-se em realidade. Quarta-feira passada, foi um dia marcante para os habitantes da Matola. Deu-se o primeiro passo de um projecto ambicioso e que se espera vir a ser frutuoso. Lançou-se a primeira pedra para construção do Matola Stadium, uma infra-estrutura desportiva com capacidade para albergar 12 mil espectadores. As obras de construção terão a duração de um ano e meio.

D

epois de ter investido na compra de um clube em Portugal para facilitar a transferência de jogadores moçambicanos para a Europa e assinar uma parceria com o FC Porto para a projecção de novos talentos, a Associa-

ção Black Bulls está a mostrar, deste modo, o seu comprometimento com o desenvolvimento do desporto moçambicano A obra será erguida no bairro Tchumene, na cidade da Matola, num prazo de um ano. Várias individualidades ligadas as áreas da política, cultura, desporto e turismo teste-

munharam o acto, destacando-se o Presidente do Município, Calisto Cossa, e o patrono da Academia Black Bulls, Junaid Lalgy. A Associação Black Bull existe desde 2008 e tem sido responsável nos últimos anos pela transferência de alguns jogadores moçambicanos para o estrangeiro

Meia Maratona de Maputo realiza-se no dia 16 deste mês

É já no próximo dia 16 de Setembro de 2018, que a maravilhosa marginal da capital do país vai viver momentos hilariantes do desporto, lazer e turismo, através da realização da primeira Meia Maratona Internacional de Atletismo. Trata-se de um evento ímpar que se realiza pela primeira no país, com a participação de três mil corredores de várias nacionalidades.

P

ara já, estão confirmadas as presenças de corredores do Quénia, Eritreia, África do Sul, Etiópia e Uganda na primeira meia-maratona internacional de Maputo, que com outros participantes nacionais deverão percorrer 21 quilómetros. Os organizadores desta primeira Meia Maratona Internacional de Maputo estão convictos no seu sucesso e enaltecem a colaboração das entidades patrocinadoras,

com o Barclays Bank, Toyota de Moçambique, entre outras, que se associaram ao movimento. Durante a conferência de Imprensa de lançamento do evento, realizada semana passada, em Maputo, não foram anunciados os valores de premiação para os vencedores quer em masculinos, quer em femininos. terão direito a prémios monetários que não foram revelados na conferência de imprensa de lançamento da mesma.

Paralelamente decorrerá a denominada "Corrida da Família", uma mini-maratona com cinco quilómetros de extensão, aberta a qualquer amante da modalidade. As inscrições decorrerão até a próxima terça-feira, 13 de Setembro, na sede da Federação Moçambicana de Atletismo. A partida das duas provas será realizada em simultâneo, às 8 horas do dia 16 de Setembro, na Praça da Independência, sendo que a chegada será no mesmo local


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DESPORTO

M89 aberta ao público Foi oficialmente inaugurada nesta quinta-feira, dia 06 de Setembro de 2018, em Maputo, a M89 SPORTS MANAGEMENT SOCIEDADE UNIPESSOAL LDA, empresa moçambicana dedicada ao comércio de material e artigos desportivos.

O

acto foi testemunhado por diferentes actores desportivos, da banca e comércio em representação do governo, clubes, organismos desportivos e movimento educacional. A M89 é propriedade de Muhammad Feizal Sidat, Mestre FIFA, e constitui uma inequívoca contribuição para o crescimento e desenvolvimento do desporto moçambicano, potenciando o sector da massificação e não só. Muhammad decidiu criar uma marca própria moçambicana e que está oficialmente registada representada. Os produtos, que estão à venda, são produzidos fora do país e todos eles certificados. A presença da M89 no mercado não visa promover a con-

corrência, mas tão-somente alargar a base de oferta de produtos para segmentos não cobertos por razões económicas. Muhammad está satisfeito com projecto que, de facto, é singular no mercado moçambicano, pelo seu conceito, designer e finalidade. É uma demonstração de como se deve empreender também na área do desporto. José Dimitri, Inspector Nacional do Desporto, e Rui Albasine, Director Nacional de

Desporto, presentes na cerimónia, realçaram nas suas intervenções, a importância de se ter mais uma loja destinada a comercialização de equipamento e material desportivos, sobretudo para um sector chave, nomeadamente a massificação e desporto recreativo. Ambos agradeceram a iniciativa do jovem Muhammad Feizal Sidat e garantiram a colaboração do Governo para o sucesso da empreitada

Nyeleti Mondlane saúda Organização de Jogos Tradicionais A Ministra da Juventude e Desporto, Nyeleti Brooke Mondlane, saudou, nesta quartafeira (05), a equipa organizadora do V Festival Nacional dos Jogos Tradicionais pelo brilho e significado do evento para a juventude moçambicana, que marcou as celebrações dos 200 anos da Ilha de Moçambique. “Terminado o evento dos jogos tradicionais, sem sombra de dúvidas, a equipa do MJD, através da nossa Vice-ministra, os colegas do Instituto Nacional do Desporto (INADE) e as Direcções Provinciais da Juventude e Desporto (DPJD), puseram a brilhar os jovens envolvidos nos jogos na nobre

Ilha de Moçambique. Não obstante pequenos constrangimentos, o evento fluiu com uma participação significativa e muito bem organizada. Os nossos Parabéns”, disse. Num breve comentário, Nyeleti Mondla-

ne endereçou um agradecimento especial à província de Nampula que recebeu Moçambique, no seu todo, com aquela dignidade e sobretudo, a amizade do povo moçambicano


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CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Caril de galinha com temperos indianos Ingredientes 1 galinha 1 colher de m assa de alho 3 dl de óleo 2 colheres de chá de pó de caril 4 colheres de sopa de calda tomate 1 cebola média a grande picada 6 grãos de pimenta preta 6 cardamomo 4 cravinhos Uma pitada cominhos em grão 2 folhas de louro Pó de caril indiano q.b. Cominhos em pó q.b. Coentros picados q.b. Sal q.b. Piripiri q.b

Preparação 1 – Deite um pouco de óleo numa panela, deixe aquecer um pouco e

junte os grão de pimenta, de cominhos, as folhas de louro, o cardamomo, cravinho. À estes, junte o alho e a cebola. Refogue até ficar translúcido. Junte o frango, envolva, e junte a polpa de tomate envolvendo bem. Junte os restantes temperos em pós e o piripiri, envolvendo bem e deite um pouco de água para cozer a galinha e fazer o molho. 2 – Rectifique o sal. 3 – Sirva com arroz basmati ou com apas. 4 – Faz-se um refogado cim cebola picada, salsa picada, alho picado e azeite. 5 – Quando a cebola está bem loura passa-se tudo pelo passador. Junta-se a este molho o pó de caril, a calda de tomate, a farinha desfeita num pouco de água, piripiri, sal e pimenta para temperar

Carne de porco a alentejana Ingredientes 500grs de carne de porco cortada aos cubos 300 grs de amêijoas 1 colher de sopa de massa de alho 2 folhas de louro Azeite q.b. Massa de pimentão q.b. Coentros picados q.b. Sal grosso q.b. Pimenta q.b. ½ copo vinho branco Óleo para fritar Batatas para fritar cortadas aos cubos

Preparação 1 – Coloque as ameijoas em água e sal, durante 1 hora, para perder a areia. 2 – Tempere a carne com o alho, a

massa de pimentão, sal, pimenta e folhas de louro. Misture tudo e regue com o vinho. Reserve durante pelo menos 1 hora para ganhar o gosto de dos temperos 3 – Frite as batatas e reserve numa travessa de servir. 4 – Numa panela leve a aquecer o azeite. Escorra a carne e frite-a. Junte as ameijoas, misture e deixe cozinhar durante 5 minutos para que estas se abram.Adicione os coentro picadinhos, misture e está pronto. 5 – Na travessa aonde depositou a batata frita, espalhe a carne e regue com o molho. Polvilhe com pickles e azeitonas e por fim, com coentros para decorar. Sirva quentinho.

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