Imperdivel-57

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REVISTA

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IMPERDÍVEL Onde Mora a Chama da Esperança

N°57

Periodicidade Semanal Director Editorial: Gervásio de Jesus Ano II Edição nº 57 Sexta - feira, 31 de Agosto 2018 Av. Vladimir Lenine nº 530 – R/C Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437 Email revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

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Política

Manuel de Araújo perde mandato

HCB GERA LUCROS Millennium BIM as s aproxima empre

o t i e r i D o d História o lançada n a c i b m a ç o m em livro

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Economia

Primeiro-Ministro no stands do BCI na FACIM

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Desporto

Abel Xavier chama Kamo-Kamo


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ÍCONES DA TERRA

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Biografia de

Chiquinho Conde

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sua vida desportiva foi movida pelo ambiente de convivência durante a sua infância. Francisco Queriol Conde Júnior cresceu num ambiente de desporto. Na sua casa, todos seus sete irmãos, incluindo uma menina, eram desportistas. Chiquinho começou a envolver-se com o desporto através do atletismo. Praticou basquetebol, também, mas desde pequeno jogou futebol com os seus amigos na rua próximo da sua casa, na Beira, capital provincial de Sofala, sua terra natal. O pequeno Chiquinho admirava o seu irmão mais velho, Orlando Conde, via-lhe como um jogador extraordinário, e na rua ouvia relatos de futebol, e isso fez com que abraçasse o futebol em detrimento de outras duas modalidades. Chiquinho é de 22 de Novembro de 1965 e durante a sua infância o Sporting de Portugal estava em alta, e acabou sendo o seu clube de coração. Aliás, Chiquinho sentia-se um Yazald quando jogava futebol entre amigos nas ruas do bairro. Yazald era a referências do Sporting, na altura. Francisco não só se sentia um Yazald, como também, ainda miúdo, começou a sonhar a jogar no Sporting de Portugal. E foi nos escalões de formação do Ferroviário da Beira, onde iniciou a carreira, depois vestiu a camisola do Palmeiras da Beira, e a seguir foi transferido para Maputo, onde jogou pelo Maxaquene. Aos 17 anos de idade, Chiquinho viu o seu talento reconhecido ao ser convocado para a Selecção Nacional de Juniores, onde foi capitão. Não demorou, aos 19 anos de idade foi chamado para integrar a Selecção Nacional, que foi participar do Campeonato Africano das Nações (CAN), que decorreu no Egipto. No CAN, Chiquinho jogou com os seus dois irmãos. O jovem foi exposto à montra no Cairo. Deu a sua primeira entrevista, a um jornal português, o que despertou curiosidade e atenção das pessoas. Foi um momento que representou um ponto de viragem na sua vida futebolística, pois a convocatória e a exposição acrescentou valor ao seu talento fazendo com que muita gente quisesse saber, quem era e como jogava Chiquinho, ao ponto de ser convocado para selecção principal com 19 anos e para uma prova de tamanha importância para o continente africano. Na década 1980, alguns clubes portugueses faziam jogos de pré-temporada em Moçambique. Em 1986, o Sport Lisboa e Benfica estagiou em Moçambique e apreciou de perto as qualidades de Chiquinho Conde e manifestou o interesse de contratar. Contudo, na altura quem decidia sobre a transferência de jogadores para o outro país era o Governo, e Presidente Samora Machel recusou. É! De-

fendia-se que não se podia vender “carne humana” e assim Chiquinho teve de continuar a jogar no Maxaquene. A 19 de Outubro de 1986, Samora Machel morreu e Joaquim Chissano foi nomeado Presidente de Moçambique, no Bareu Político da Frelimo. Em 1987, o Belenenses fez estágio em Moçambique e jogou contra o Maxaquene, um jogo que terminou 3-1, Chiquinho marcou o único golo do Maxaquene e fez uma exibição de “encher o olho”. O Belenenses não resistiu e negociou com o Maxaquene a contratação de Chiquinho, desta vez

o Governo aprovou a transferência e Conde tornou-se o primeiro moçambicano a jogar em Portugal, de forma legal, após a independência do país. Aos 21 anos de idade, Chiquinho chegou como um desconhecido em Portugal e com as suas exibições em campo saiu do anonimato e tornou-se uma das referências. Aliás, ainda no jogo de apresentação fez dois golos na primeira parte, e foi substituído. Em quatro anos fez mais de 100 jogos no Belenenses e marcou mais de 30 golos, tendo conquistado uma Taça de Portugal, após eliminar equipas como FC Porto, e Sporting, e vencer o Benfica, na final. O Belenenses desceu de Divisão, em 1991, e Chiquinho teve um desentendimento com a direcção e optou por rescindir contrato e mudar-se para o Sporting de Braga, uma mudança não muito feliz, porque não conseguiu se adaptar. Depois de uma época mudou-se para o Vitória de Setúbal, onde viveu mo-

mentos memoráveis. O sonho de Chiquinho aconteceu em 1994, quando o Sporting de Portugal contactou o V. Setúbal para negociar a sua contratação. Deu-se depois de uma grande época, que teve ao lado de Yekini que foi o melhor marcador com 20 golos, e Chiquinho teve 15 golos. Naquela época (1993/1994) Setúbal regressou às provas europeias 28 anos depois. Chiquinho integrou um plantel de luxo no Sporting, estavam lá Balacov, Figo, Peixe, Valckx, Naybet, Marco Aurélio e outros. O Sporting era treinado por Carlos Queiroz, que foi um grande mestre para Chiquinho. Chiquinho realizou o sonho de jogar no Sporting, mas não teve muitas oportunidades, fez 26 jogos e marcou 3 golos. Em Alvalade conquistou a Taça de Portugal, e ficou em segundo lugar na Liga Portuguesa. Apesar de ter três anos de contrato, foi moeda de troca na contratação de Mauro Soares, ao Belenenses, a revelia do treinador, um episódio triste do seu percurso futebolístico. Do Belenenses, acabou voltando para V. Setúbal, onde ficou uma época e rumou para os Estados Unidos de América, onde jogou pelo NE Revolution (1997), e Tampa Bay (1997), gostou da experiência de estar num país diferente, mas não se adaptou ao modelo de praticar futebol naquele país e voltou para o V. Setúbal ainda em 1997, onde ficou por mais três épocas. Depois jogou pelo Alverca, Portimonense (Divisão de Honra, Portugal), Créteil (II Divisão francesa), Imortal (II Divisão B, Portugal), e terminou a carreira no Montijo (III Divisão, Portugal), na época 2003/04. No seu brilhante percurso contam 98 jogos pela selecção nacional entre 1985 e 2002. Esteve em três das presenças de Moçambique em fases finais da Copa Africana (Egipto 1986, África do Sul, 1996, e Burkina Faso, em 1988). Já como técnico profissional de futebol de terceiro nível da UEFA, orientou três grandes clubes nacionais Maxaquene, Desportivo e Ferroviário de Maputo, treinou ainda o Vilankulos FC. Mas, foi no Ferroviário de Maputo, onde evidenciou-se como treinador ao conquistar o Campeonato Nacional e a Taça de Moçambique, em 2009

*Dalton Sitoe


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EDITORIAL

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Que soluções para sector da Saúde? Gervásio de Jesus (Jornalista e Psicólogo Educacional)

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É

urgente desencadear reformas estruturais para apoiar o sector da saúde de modo a que este possa prestar um serviço sanitário de qualidade em prol do bem-estar dos cidadãos. O Raio-X sobre a situação financeira e epidemiológica do sector é desagradável aos olhos de quase todos os actores da sociedade. Esta semana várias vozes, reunidas em Maputo, fizeram-se ouvir, clamando por uma saúde de qualidade, mais digna, respeitável e, acima de tudo, responsável em relação a vida humana. Especialistas da área, académicos, dirigentes públicos e privados, parceiros de cooperação, foram unânimes em afirmar que o problema que o sector enfrenta é bicudo e estrutural, por isso há necessidade de introdução de novas abordagens para a inversão do quadro actual. Temos, de facto, que concordar com esse posicionamento, porque verificámos de há alguns anos a esta parte que o sector da saúde está a necessitar de uma estratégia de financiamento para responder à explosão demográfica que vai ocorrendo paulatinamente. É preciso que se encontre outros mecanismos de busca de

financiamentos, através do envolvimento de outras unidades produtivas que o país gera, abrindo-se espaço para a entrada no sector de outros parceiros que poderão explorar determinadas actividades que o Sistema Nacional de Saúde não tem capacidade para absorver sozinho. Impõe-se redescobrir novas fórmulas de captação de receitas para à Saúde pela via da comparticipação de outros subsectores produtivos implantados no país. A conferência internacional da MASC ajudou a iluminar o caminho a seguir, neste capítulo, apontando a aplicação de impostos e/ou taxas em determinados produtos e/ou serviços. São saídas que podem ajudar a aumentar a “renda” necessária para o sector da Saúde melhorar os seus serviços. As lideranças e o movimento da sociedade civil são chamados a uma reflexão profunda, séria e contínua sobre como lidar com o problema da qualidade da educação e da prestação de serviços de saúde. É imperativo promover soluções sustentáveis para financiar o sector, através de uma agenda clara e objectiva, ajudando o país a libertar-se gradualmente da contínua dependência em quase tudo

FICHA TÉCNICA

Sexta-feira: 09 de Fevereiro de 2018

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Onde Mora a Chama da Esperança

IMPERDÍVEL Director Editorial Gervásio de Jesus

gervasiodejesus@yahoo.com.br

Redacção Gervásio de Jesus, Mustafá Leonardo e Júlio Saul Colaboradores Samuel Sambo e João Chicote

Fotografia Salvador Sigaúque

Layout e Paginação Cláudio Nhacutone

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TTE

SLE NEW

Revisão Linguística Gervásio de Jesus Web master Paulino Maineque Marketing Idolo

Endereço Rua da Concórdia nº 41– 2º Andar

Contactos +258 84 57 45 041; +258 84 55 27 437

Email: idolorevista@gmail.com/ revistaidolo@idolo.co.mz www.idolo.co.mz

MAPUTO - MOÇAMBIQUE

a d n e v a Já ancas nas b

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OPINIÃO

Tópicos para Situações de Emergência!

Tópicos para Ocorrências de emergência no trabalho ou em casa : Quando ocorre uma emergência, recomendações comuns podem ser a primeira coisa que vem à mente. No entanto, às vezes, o conselho que acreditamos ser verdadeiro pode levar a graves consequências. Vejamos 10 mitos comuns e por isso, mal usados quando em actos de primeiros socorros :

1. Colocar gelo directamente sobre um hematoma Errado: O gelo ajuda a reduzir as contusões, mas ele não deve ser aplicado directamente na pele, pois você pode provocar uma queimadura a frio. O que fazer: Coloque um pano entre sua pele e o saco ou forma de gelo. Aplique-o por 20 minutos, remova e aguarde mais 20 minutos antes de aplicá-lo novamente. 2. Esfregar álcool ou vinagre numa pessoa com febre Errado: O vinagre e o álcool são absorvidos pelo sangue. Esfregar álcool na pele pode causar intoxicação, enquanto o vinagre aumenta a acidez. É especialmente perigoso para as crianças. O que fazer: Alivie a febre bebendo muita água e repousando em um ambiente fresco. Se a febre não for muito alta, o paciente irá superá-la por conta própria. 3. Agir sobre uma pessoa inconsciente Errado: Se alguém desmaiar, não tente levantá-los ou colocar água fria sobre eles. Isso só agravará o espasmo. Depois de recuperar a consciência, não os deixe beber café ou bebidas energéticas, pois isso levará à desidratação. O que fazer: Levante as pernas da pessoa e

Por: Carlos Sousa *

desabotoe toda roupa apertada. Não deixe que levantem imediatamente após retomarem consciência.

bulância imediatamente. Nos casos em que você tenha certeza de que o vómito o fará bem, não use manganês, bicarbonato de sódio ou leite para induzi-lo. Em vez disso, beba muita água morna.

4. Usar manteiga ou algo semelhante para tratar queimaduras Errado: A sensação de algo frio sobre a queimadura pode até aliviar a dor momentaneamente, mas quando a manteiga secar, isso criará uma camada que interfere na mudança térmica, fazendo com que o calor atinja lugares mais profundos, causando ainda mais danos. O que fazer: Deixe água fria e corrente sobre a queimadura por 15 minutos. Nunca estoure as bolhas, pois removerá a camada protectora, deixando uma ferida aberta propensa a infecções. 5. Tentar desfazer uma fratura Errado: Não mova uma articulação deslocada por conta própria, pois pode causar lesões adicionais. O que fazer: Imobilize o membro lesionado e leve a vítima ao hospital. O membro não deve ser ajustado com força, em vez disso, deve ser vendado em uma posição confortável, imobilizando não apenas o local da possível fractura, mas também as duas juntas mais próximas. 6. Aplicar calor sobre uma distensão Errado: Se os músculos estão torcidos, um pano quente não ajudará. O calor fortalecerá o fluxo sanguíneo, levando a um inchaço mais severo. O que fazer: Durante os primeiros dias após uma lesão, aplique compressas frias, isso diminuirá a inflamação e a dor. Assegure uma carga mínima no membro lesionado por 48 horas. 7. Forçar vômito em casos de envenenamento Errado: Muitas pessoas dizem que vomitar fará com que o veneno saia do organismo. No entanto, isso é estritamente proibido se você foi envenenado com ácido, álcali ou outras substâncias cáusticas. O que fazer: Certifique-se de chamar uma am-

8. Lidar com um objecto estranho na vista Errado: Um movimento errado da mão pode resultar em uma lesão severa no olho. O que fazer: Cubra o olho com gaze e consulte o médico. Se for uma queimadura química, lave o olho com água imediatamente. 9. Tirar objetos de feridas Errado: Enquanto é bom puxar uma lasca de um dedo ou um pequeno fragmento de vidro da mão, nunca tente puxar objectos de feridas graves. Os médicos aconselham deixar no lugar até o paciente estar em cirurgia. A remoção do objecto resultará em sangramento, o que pode levar à morte. O que fazer: Uma faca em uma perna ou um enorme fragmento no peito pode ser assustador, entretanto a pessoa deve ser levada ao hospital imediatamente, sem que o objecto seja retirado. 10. Aplicar pomadas em feridas Errado: Uma ferida vai curar melhor se deixada ao ar fresco, uma vez que as pomadas criam humidade indesejada. O que fazer: Limpe a ferida com água gelada e sabão, e cubra-a com gaze seca e limpa. Anote e partilhe, pois um destes dias, pode ser útil Grato e Atentamente,


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POLÍTICA

Manuel de Araújo perde mandato em Quelimane Manuel de Araújo, presidente do município de Quelimane, eleito nas autárquicas de 2013 pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), perde o seu mandato em virtude de se ter filado ao outro partido, nomeadamente a Renamo.

À

medida, segundo Ana Comoana, a porta-voz de Conselho de Ministros, fundamenta-se nas disposições conjugadas da alínea d) do número 2 do artigo 10 da lei numero 7/97, de 31 de Maio, relativa à tutela administrativa do Estado sobre as autarquias locais, que determina a perda do mandato dos titulares dos órgãos que após as eleições se inscreveram em partido político diverso ou aderiram a uma lista diferente da que se apresentam ao sufrágio. O decreto aprovado a 28 de Agosto de 2018, fixa 20 dias para Manuel de Araújo, querendo, possa interpor recurso junto ao Tribunal Administrativo. A porta-voz detalhou que o decreto que terá que ser publicado no Boletim da República, anula a deliberação 1/AMCQ/2018, de 17 de Março, da Assembleia Municipal de Quelimane por padecer de incompetência absoluta para a declaração de perda de mandato do presidente. Ana Comoana vincou que o Conselho de Ministros tomou a iniciativa de analisar a situação de Quelimane, após a deliberação da Comissão Nacional de Eleições, relativa a verificação das listas definitivas. Nesse processo, constatou-se que Manuel de Araújo figura de uma lista da Renamo e não do MDM. Outro caso similar aconteceu na Assembleia Municipal de Maputo onde sete membros do MDM por terem se filiados a Renamo e ao grupo de cidadãos denominados Solidariedade Cívica de Moçambique, para às eleições autárquicas de 10 de Outubro. São cidadãos que faziam parte dos 27 membros do MDM, na Assembleia Municipal de Maputo. São eles, Domingos Chiguenane, Camilo Manhiça, Ismael Nhacucue, Sérgio Dique, Armando Paiva, Carlos Tembe e William Lhavaguane


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ECONOMIA

Aeroporto Internacional de Maputo pronto a receber mais tráfego aéreo internacional O Aeroporto Internacional de Maputo, o maior do País, recebeu, na segundafeira, 27 de Agosto, o certificado operacional, que confirma o cumprimento integral dos requisitos exigidos a nível internacional para um aeroporto de categoria quatro.

I Por: Redacção

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certificação do Aeroporto Internacional de Maputo é o culminar de um trabalho que durou três anos e que consistiu na implementação de reformas profundas, incluindo a melhoria das infra-estruturas, sistemas de ajuda à navegação, bem como dos procedimentos à luz da legislação nacional e internacional. Os trabalhos incluíram, igualmente, a reabilitação da pista do Aeroporto Internacional de Maputo, que resultou na colocação do novo e moderno sistema de iluminação da pista, da conduta subterrânea para o abastecimento de combustível às aeronaves, do novo pavimento na pista principal e na placa de estacionamento, assim como na construção da placa para aviões cargueiros, entre outros. A reabilitação da pista veio conferir maior segurança nas operações das aeronaves, com possibilidade de receber aparelhos de maior porte (A340 e Boeing 747), bem como permitir o aumento da área de estacionamento no terminal doméstico e no de carga. Para o ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, esta certificação resulta dos esforços que têm sido empreendidos pelo Governo, com vista à criação de condições favoráveis ao desenvolvimento da aviação civil no País, através da transparência e conformidade dos procedimentos da empresa Aeroportos de Moçambique e da preocupação em elevar os aeroportos a níveis internacionais. Uma das consequências directas desta certificação será a atracção de mais tráfego aéreo internacional, uma vez que os operadores passarão a beneficiar da redução dos seguros por escalarem um aeroporto de baixo risco, por preencher os requisitos exigidos para a respectiva categoria. “Ganhamos um poderoso instrumento para o desenvolvimento interno e externo.

Esta certificação é um factor de notoriedade, que vai permitir uma melhoria da nossa posição no mercado”, disse o ministro, que acrescentou que os esforços do Governo visam, igualmente, colocar o nome do País na rota dos principais destinos, regionais e continentais. Entretanto, Carlos Mesquita reconheceu que a certificação representa um desafio para as autoridades, dadas as crescentes exigências dos passageiros e de todos os utentes dos serviços aeroportuários, tendo, por isso, chamado à atenção para a necessidade de se privilegiar a qualidade dos serviços prestados. “Fenómenos como desaparecimento e violação de bagagens, atrasos e cancelamentos de voos por parte dos operadores, acesso à pista por pessoas não identificadas nem autorizadas, entre outros, devem ser fortemente combatidos”, apelou Carlos Mesquita, que aproveitou a ocasião para referir que, com a certificação do Aeroporto Internacional de Maputo, decorrem esforços para que, ainda este ano, seja concluído o processo de certificação do Aeroporto da Beira, ao que se seguirá o de Nampula, em 2019.

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração do Instituto da Aviação Civil de Moçambique (IACM), João de Abreu, explicou que, dada a categoria do Aeroporto Internacional de Maputo, o processo de certificação foi mais complexo, tendo, por isso, durado três anos. “Com a certificação, materializa-se a quarta fase do processo, de um total de cinco. Contámos com o apoio dos Aeroportos de Moçambique, que conceberam e nos apresentaram um plano de acções proactivas, que contribuíram para que o processo fosse bem-sucedido”, disse João de Abreu. Importa realçar que o Aeroporto Internacional de Maputo é o maior do País e o que regista mais tráfego de aeronaves e passageiros. Só no ano passado, de um total de 53,6 mil aeronaves, cerca de 18,9 mil escalaram o Aeroporto Internacional de Maputo, o equivalente a 35 por cento. Quanto ao tráfego de passageiros, no mesmo período o Aeroporto Internacional de Maputo registou 940.800 passageiros, do total de 1.784 mil representando 52,8 por cento


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ECONOMIA

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Reunião anual de performance

HCB com resultados positivos

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), reuniu-se na terçafeira, dia 28 de Agosto de 2018, para fazer um balanço anual sobre a sua performance. Foi destacado nesta reunião, o desempenho operacional, financeiro, visão estratégica 2018-2022 e a responsabilidade social corporativa referente ao ano de 2017.

I Por: Júlio Saul

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alando à imprensa, o presidente do Conselho da Administração da HCB, Pedro Couto, realçou que as condições hidrológicas registadas em 2017, foram um factor que condicionaram para a produção de energia o que obrigou a empresa traçar um plano de produção e operação, ajustando as condições dos recursos hídricos disponíveis visando equilibrar os compromissos contratuais e a recuperação do armazenamento de água na albufeira. “Foi assim que passamos da quota de 312 metros em finais de 2016 para cerca de 321 metros em meados de 2018”, disse. Estes resultados positivos em termos hídricos foram alcançados, segundo o PCA, devido ao reforço de troca de informação e discussões a nível regional de modo a assegurar uma melhor partilha das águas do rio Zambeze entre os países ribeirinhos e garantir maiores caudais a entrar em Moçambique. Aliado a isso, foi realizado neste ano a primeira reunião pioneira dos hidrologistas da Bacia do Zambeze onde foi concertado a melhor forma de actuação visando uma efectiva gestão integrada deste principal rio internacional da região da SADC. Entretanto, os factores hidro-metreológicos referidos na sessão continuam a condicionar a produção em 2018, a qual se estima que será de 13.471.686 MWh, depois de ter sido fixado em 13.778.414 MWh do ano de 2017. “Apesar destas vicissitudes, os resulta-

dos operacionais de 2017 foram positivos reforçando assim o balanço da empresa e o cumprimento das nossas obrigações para com os fornecedores, accionistas, o Estado e a sociedade moçambicana em geral”, referiu.

Desafios futuros Couto diz que os próximos anos vão representar grandes desafios para a empresa que dirige, pois o HCB terá que se preparar para altos padrões de governação corporativa, fazer a modernização do sistema electroprodutor num ambiente de concorrência no mercado regional e terá que tomar um papel activo no desenvolvimento dos projectos estruturantes do sector da energia. “A nossa visão expressa no nosso Plano Estratégico 2018-2022 representa, fielmente, o desafio que nos espera. Assim, o nosso compromisso é o de ser uma empresa de referência internacional, impulsionado decisivamente o desenvolvimento da matriz energética nacional e regional”, falou Ainda no Plano Estratégico 2018-2022, a missão da HCB preconiza um trabalho sustentável, por um lado, e na melhoria da eficiência do empreendimento existente, por outro, e diversificar as capacidades produ-

tivas. Em relação a melhoria da eficiência e da fiabilidade do sistema electroprodutor da HCB, Couto disse estarem já a incrementar e reforçar o controlo dos processos internos, assim como estão a acelerar o processo de modernização dos equipamentos de modo a operarem com a tecnologia de ponta do sector de energia no sentido competitivo no mercado nacional e regional.

Investimentos Os investimentos da reabilitação e modernização do sistema electroprodutor, denominado CAPEX VITAL, estão orçados em 500 milhões de euros para os próximos 10 anos. “No domínio da expansão e diversificação das nossas capacidades produtivas, temos o mandato para desenvolver o projecto da barragem de Mphanda Nkuwa e da linha de transporte de energia Tete-Maputo. Esta barragem enquadra-se na vertente da expansão dos nossos negócios ”, disse, concluindo que, na vertente da diversificação dos negócios com vista a mitigar diversos riscos, irão estudar oportunidades de explorar outras fontes energéticas entre elas a eólica, solar e geotérmica


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ECONOMIA

TDM e mcel vão vender activos imobiliários As empresas TDM-Telecomunicações de Moçambique e mcel-Moçambique Celular celebraram na última terça-feira, 28 de Agosto, em Maputo, um contrato de prestação de serviços de consultoria com a Broll Moçambique, visando a rentabilização dos seus activos imobiliários não essenciais para o negócio.

I Por: Redacção

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consultoria em apreço terá por função avaliar os referidos activos, bem como propor uma estratégia e um plano de implementação, junto de potenciais interessados, visando a maximização do retorno sobre a venda dos referidos activos. Para Mahomed Rafique Jusob Mahomed, presidente do Conselho de Administração (PCA) da TDM-mcel, trata-se de garantir a transformação do património não essencial em capacidade pecuniária, tendo em vista financiar algumas actividades essenciais programadas no âmbito da transformação da TDM-mcel, designadamente, a melhoria da qualidade da rede, bem como o processo de redimensionamento da força de trabalho, principalmente na TDM. Conforme realçou o PCA, a primeira fase do processo é rentabilizar o referido património actualmente em estado de ociosidade, estando em preparação a segunda fase, que consiste na inovação tecnológica: “Este é um acto importante, e responde aos desafios do redimensionamento de pessoal e também da optimização da actividade das empresas”, frisou. Por sua vez, Rui Monteiro, PCA da Broll Moçambique, considerou que a agência imobiliária que dirige tem pautado a sua actuação pela seriedade no trabalho: “Estamos agora a criar a associação de agências imobiliárias em Moçambique, por causa dos desmandos que existem no sector, para dar um cariz mais sério à profissão e à indústria imobiliária. Tenho a certeza de que a TDM e a mcel vão enriquecer muito o seu património e vamos tentar dar o nosso máximo para poder corresponder às expectativas”, concluiu


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ECONOMIA

FACIM é montra dinâmica e atractiva - afirma Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário

Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho de Rosário, procedeu esta semana a abertura oficial da 54 edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que decorre no bairro de Ricatla, distrito de Marracuene, província de Maputo.

N

o acto, o Primeiro-Ministro era acompanhado pelo titular da pasta do Ministério da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, das Obras Publicas e Habitação, Paulo Machatine, e o Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba. Estiveram também na inauguração várias figuras do Governo e do sector privado ligados às áreas de negócios e outros serviços. A comitiva visitou durante muito tempo o pavilhão de Moçambique, onde recebeu explicações nos diversas “stands” de exposições onde estão patentes diversas áreas de produção, formação profissional, técnicas agrárias, transportes e comunicações, turismo, construção, comércio e outros domínios. Ao discursar no acto, Carlos Agostinho do Rosário, afirmou que a FACIM consolida-se de ano para ano como uma verdadeira montra privilegiada, onde agentes económicos, em representação de todas as províncias do nosso País e de vários quadrantes do mundo, expõem os seus produtos, serviços e potencialidades. “Na visita que acabamos de efectuar aos diferentes pavilhões registamos, com satisfação, a consolidação do processo de crescimento da nossa Feira em termos quantitativos e qualitativos”. Na presente edição, conta-se com a participação de 2.200 empresas nacionais e estrangeiras contra um total de 2.048 empresas que participaram na última edição da FACIM. Conta-se, ainda, com a presença de cerca de 90 Pequenas e Médias Empresas, contra 72 no ano passado, o que mostra o aumento do nível de participação deste segmento empresarial na presente edição. Segundo o Primeiro-Ministro, é ainda notório, nesta edição da FACIM, o nível de inovação tecnológica na exposição de produtos e serviços, através da utilização de plataformas electrónicas. “Esperamos que estas plataformas con-

tribuam para facilitar o estabelecimento de contactos e a realização de transacções comerciais entre os que oferecem e os que procuram oportunidades de negócio. O aumento do número de participantes, o nível de inovação demonstrada e as novas formas de exposição de produtos e serviços, tornam as visitas aos diferentes pavilhões mais atractivas e informativas. “O número de expositores presentes nesta edição, a diversidade e a qualidade dos

produtos são alguns dos indicadores que evidenciam o crescimento desta edição da FACIM. Encorajamos aos expositores e participantes nesta Feira, a capitalizarem as oportunidades de negócios existentes, particularmente na agricultura, turismo, energia e infra-estruturas, transformando-as em compromissos concretos e em transacções comerciais entre o nosso País e o resto do mundo


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ECONOMIA

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Primeiro-Ministro visita stands do BCI na FACIM Maputo, 28 de Agosto de 2018 – O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, visitou, na segundafeira, 27 de Agosto, os stands do BCI na Feira Internacional de Maputo (FACIM), no âmbito da inauguração da FACIM edição 2018, em Ricatla, Marracuene. Carlos do Rosário fazia-se acompanhar por diversas personalidades, destacando-se o Ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, das Obras Públicas e Habitação, Paulo Machatine, e o Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba.

I Por: Redacção

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o decurso da visita, a comitiva recebeu explicações sobre diversos produtos e serviços localizados. No stand principal, no pavilhão Tunduro, destaca-se o POS Daki, com aceitação de pagamentos via M-PESA. Esta inovação, recordese, tornou o BCI, a primeira instituição financeira, a nível nacional e mundial, a conceder acesso, na sua rede de POS aos Clientes de um operador de carteira móvel para que estes possam efectuar os seus pagamentos. No pavilhão da Agricultura, com o stand Desk BCI Agro, o Banco disponibiliza às empresas dos sectores agrícola, agro-industrial e da indústria alimentar uma equipa de especialistas com profundo conhecimento do mercado nacional e com competências adequadas

para lhes propor as melhores soluções de apoio à gestão e expansão dos seus projectos. Refira-se que este evento internacional, este ano na sua 54ª edição, a 8ª da sua realização em Ricatla, decorre

até domingo, 2 de Setembro, reunindo num único espaço diversos actores e sectores económicos de Moçambique, tornando-se num lugar privilegiado de encontros para o empresariado nacional e estrangeiro


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ECONOMIA

CBS mostra-se na FACIM A Escola de Superior de Gestão Corporativa e Social (ESGCS) está presente, pela primeira vez, na Feira Internacional de Maputo, com intuito de estabelecer linhas de colaboração de que constituem um ânimo para prosseguir com o Modelo de Parceria Estratégica de Capacitação Estruturalmente Sustentável (PECES).

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egundo Lourenço Silva, um dos pioneiros da criação da CBS, o mercado global centra o Modelo de Parceria Estratégica de Capacitação Estruturalmente Sustentável (PECES)como factor de Vantagem Competitiva. A CBS, em coordenação com IPEME, promoveu um workshop na FACIM para fazer passar a sua mensagem sobre a necessidade de se potenciar acções formativas às pequenas e médias empresas no atinente a sua internacionalização e não só. Lourenço Silva disse que a internacionalização significa colocar no mercado um produto ou serviço, ideias ou pessoas quer fisicamente quer por Plataformas Digitalizadas, para serem objecto de comercialização no estrangeiro ou até mesmo a partir do nosso território prestar serviços localmente destinadas a empresas localizadas no estrangeiro ou que por qualquer motivo se encontrem no nosso território temporariamente. Referiu-se igualmente a Cidadania Corporativa que, na sua óptica, recomenda: a participação em Feiras, Seminários, Workhops; a fazer parte do Associativismo e daí retirar ganhos por via do Networking; que se deve dar a conhecer a oferta dos nossos produtos, serviços, ideias ou pessoas através de Plataformas digitalizadas, Internet; a predisposição para estabelecer Parcerias Estratégicas de Capacitação Estruturalmente Sustentável (PECES). A Internacionalização pressupõe um conjunto de etapas a serem realizadas com vista a dotar as PME’s de uma soma de exigências para dar respostas as múltiplas escolhas dos clientes e dosStakeholders. Acrescentou que as PME’s devem estar orientadas para actuarem Isentas de não Conformidade com o Quadro Regulatório

local e dos países de destino dos seus produtos: - o Registo nas Entidades Legais - O NUIT, - O Nr no INSS; - Conta bancária;

- Alvará; - Registo no Ministério da Industria e Comércio; - Registo nas Alfandegas; - Colocar a sua oferta de produtos ou serviços na Internet, através das Redes Sociais, Sites.

VISITAS DE HONRA No pavilhão da FACIM, o stand do CBS teve a honra de receber a visita de personalidades de reconhecido mérito, nomeadamente. 1. Primeiro-Ministro Prof. Agostinho do Rosário; 2. Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior, Técnico Profissional, Ph, D. Jorge Penicela Nambiu; 3. Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Prof. Conceita Sortane; 4. Ministro da Industria e Comércio, Rajendra de Sousa; 5. Administrador do BAD, Mateus Magala; 6. Governadora da Província de Maputo; Engº. Raimundo Diomba; 7. Vice-Ministro do Trabalho Emprego e Segurança Social, Dr. Osvaldo Petersburg 8. Administrador Executivo, BIM, Moisés Jorge; 9. Director do APIEX, Prof. Lourenço Sambo; 10. Director do IPEME, Claire Zimba 11. Banco Letshego, Dr Carlos Nhamahango 12. IPI, Dra Julieta Nhane.


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ECONOMIA

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Até Julho:

Receitas do MITESS atingiram cerca de 300 milhões de meticais

Como resultado das reformas implementadas no domínio do Trabalho, Emprego e Segurança Social, a receita anual arrecadada pelo Estado evoluiu, desde 2016, de 232.415.690,45 meticais, para 444.963.760,48 em 2017, sendo que até Julho de 2018, situava-se em 295.617.743,69 meticais.

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stes dados foram revelados pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Diogo, no decurso do seminário promovido, na quarta-feira, 29 de Agosto, por ocasião da 54ª edição da FACIM-Feira Internacional de Maputo, que decorre, no distrito de Marracuene, província de Maputo. Para a governante, esta conquista resulta das reformas, em curso, com vista a imprimir celeridade, transparência e maior controlo, sobretudo no processo de contratação da mão-de-obra estrangeira, o que consolidou o Sistema de Informação Migratório (SIMIGRA), Folha de Relação Nominal electrónica, incluindo a sua intercomunicabilidade com o Sistema de Segurança Social e a base de dados da Autoridade Tributária. “São plataformas que não só possibilitam a gestão do processo de contratação de mão-de-obra estrangeira como também contribuem na redução de espaço de manobra para actos ilícitos nos processos de contratação”, destacou Vitória Diogo. Num outro desenvolvimento, a titular da pasta do Trabalho, Emprego e Segurança Social enalteceu o contributo do sector privado na criação de condições para a empregabilidade dos jovens formados, permitindo que 18.598 graduados dos 491.543 cidadãos formados, desde 2015 até ao primeiro semestre do corrente ano, fossem acolhidos em estágios pré-profissionais e absorvidos directamente no mercado de trabalho. Já no campo do controlo da legalidade laboral, segundo referiu Vitória Diogo, a Inspecção Geral do Trabalho realizou, desde 2015 até ao primeiro semestre de 2018, um total de 30.026 inspecções, que resultaram

na detecção de 45.341 infracções, das quais 35.119 mereceram advertências e 10.222 autos de notícia. “Com preocupação constatamos que a maioria de infracções eram relativas à ausência de contratos reduzidos a escrito, a falta de inscrição e canalização de descontos à segurança social, o excesso de carga horária, a falta de provisão de equipamento de protecção no trabalho, a não observação com rigor das medidas básicas de Higiene e Segurança no Trabalho e o emprego ilegal de

mão-de-obra estrangeira”, enfatizou. Importa realçar que no seminário, inserido no dia do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) na FACIM, foi feita uma reflexão sobre o mecanismo de empregabilidade e orientação profissional, plataformas electrónicas do MITESS na promoção do emprego, segurança social, legalidade laboral e diálogo social, rigor na contratação da mão de obra estrangeira, para além dos desafios e sucessos do empreendedorismo em Moçambique


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ECONOMIA

EMEM participa na 54ª edição da FACIM A empresa pretende Potenciar o Crescimento do Sector Mineiro A EMEM – Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, SA estará presente na 54ª Edição da FACIM, com abertura prevista para o dia 27 de Agosto de 2018, no distrito de Marracuene, província de Maputo. “Pretendemos promover a riqueza deste País, identificar e desenvolver todas as potencialidades mineiras dentro das regras e padrões internacionais. A FACIM é um excelente momento para dinamizar este importante sector para o desenvolvimento de Moçambique. Queremos melhorar a nossa base de relacionamento, identificar “stakeholders” locais e internacionais e relançar a

marca EMEM como “player” indispensável na indústria extractiva em Moçambique” – disse Celestino Pedro Sitoe, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Moçambicana de Exploração Mineira, SA. A EMEM está presente no pavilhão do Ministério dos Recursos Minerais e Energia

num espaço de 18 metros quadrados, montado para promover o que de melhor Moçambique tem para oferecer na indústria mineira. Está lá uma equipa de técnicos capazes para prestar esclarecimentos e promover o debate sobre potenciais parcerias que pretendam desenvolver

OLAM projecta aumentar volume de exportação da castanha de caju A OLAM acaba de ser galardoada com o prémio de exportadora na categoria das Pequenas e Médias Empresas (PME´s), ao nível do sector da Agricultura. A distinção insere-se da 54ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que decorre em Marracuene. Este é o oitavo ano consecutivo que a OLAM é reconhecida na FACIM, devido ao seu excelente desempenho na área de exportação.

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edicada a produção, comercialização e processamento da castanha de caju, algodão, óleo alimentar, a OLAM tem estado a centrar as suas atenções também na distribuição do arroz. Informações disponíveis, indicam que a instituição exporta anualmente cerca de 16 mil toneladas de castanha de caju processada e 12 mil toneladas de algo-

dão. “Esta contribuição que damos ao país não é somente em termos de volumes de produtos e divisas que daí advêm, mas também tem todo o valor agregado desde o próprio agricultor até a própria empregabilidade”, disse Cláudia Manjate, director de Relações Públicas e Comunicação Corporativa da OLAM. Entretanto, no presente ano a OLAM espera exportar pelo menos dezoito mil toneladas de castanha processada, mais duas

mil em relação a operação realizada no ano passado. Na sua actividade produtiva, a OLAM presta apoio aos produtores, incentivando-os a intervir na produção de culturas alimentares e distribuindo sementes de leguminosas, hortícolas e insumos agrícolas. O apoio tem sido centralizado aos agricultores do distrito de Lalalua, na província de Nampula, e com resultados positivos, visto que tem estado a abastecer alguns supermercados da cidade de Nampula em hortícolas


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Millennium BIM ajuda no crescimento das empresas O administrador do Banco Internacional de Moçambique (BIM), Fernando Carvalho, disse na cidade de Maputo num encontro, denominado “Millennium bim Networking Breakfast”, que manteve com o tecido empresarial nacional que a sua instituição bancária está sempre ligada às empresas e ao desenvolvimento económico do país, facto que tem vindo a acompanhar desde a sua fundação, o desenvolvimento e lançamento de novos produtos no mercado empresarial nacional.

I Por:Júlio Saul

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e acordo com Fernando Carvalho, o desenvolvimento da economia moçambicana é também o desenvolvimento da economia do Millenium BIM, por isso, o papel da sua instituição é o de promover esse desenvolvimento através da inovação, criação de novos produtos a nível do tecido empresarial nacional. O administrador vincou ainda que pretende no fim de tudo renovar esta parceria com as empresas moçambicanas no sentido de chamar a atenção que o BIM continua presente com uma solidez financeira ainda mais interessante que dá uma tranquilidade as empresas nos seus financiamentos, projectos a médio e longo prazo. “Por isso, a nossa obrigação é de lançar estes momentos, estes eventos no sentido de chamar as empresas a conversarem entre si”, referiu para depois acrescentar que o objecto destes encontros é o de proporcionar um espaço onde os empresários possam trocar experiências e firmar parcerias, atendendo que algumas destas empresas têm contactos privilegiados, produtos, preços atractivos e competitivos. Portanto, nas palavras de Carvalho, o Millenium BIM tem esta função de estimular, motivar e promover relações entre as empresas no sentido de que elas, por si só, encontrem soluções competitivas para que

possam participar de forma mais activa nestas grandes oportunidades para que as empresas vindas de fora não encontrem o seu espaço. Em termos de expansão das actividades realizadas pelo BIM, Fernando Carvalho afirmou que é algo que pretendem fazer ao longo de todo o país, principalmente nas capitais provinciais, onde tem conjugado os eventos do Mlider que são também um premiar das PME’s, que se notabilizaram ao longo de todo ano pela qualidade dos seus produtos, pelo desenvolvimento tecnológico, com intuito de promove-las de forma diferente para segmentos diferentes com vista a criar relações fortes.

Satisfação do cliente é a nossa

prioridade Para Fernando Carvalho, se até ao momento continuam com estas iniciativas é porque sentem, evidentemente, a satisfação das empresas ou dos seus clientes. “Sempre perguntamos aos clientes o seu nível de satisfação e como evolui o seu negócio e ai congratulamos o facto de estar a crescer cada vez mais do que a própria economia”. Significa também uma manifestação do entendimento que os nossos clientes têm e é isso que nos dá grande satisfação”, realçou, fazendo referência que é o motivo pelo qual continuam a renovar e a fazer cada vez mais este tipo de negócio, não só entre o BIM e os clientes, mas pelo facto de poder encontrar num só evento, um ambiente de grande confiança com as empresas com as quais propõem parcerias


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ECONOMIA

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Ministro alemão visita projectos na Beira

Ministro de Cooperação Económica e Desenvolvimento da Alemanha, Gerd Muller, escalou no domingo passado a cidade portuária da Beira, tendo visitado alguns projectos financiados pelo seu país, com destaque para as obras do sistema de saneamento da urbe. De seguida reuniu-se com o Governador da Província de Sofala, Alberto Mondlane, cujo objectivo do encontro girou em torno do sistema de saneamento da cidade, onde concluíram que tal exige o empenho de todos no trabalho de drenagem que deve ser continuado com vista a garantir boas condições de saúde

Economia moçambicana está a melhorar O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Ari Aisen, afirmou que a economia do país está a um bom caminho, a medir pelos sinais de retoma e estabilidade que tem vindo a se registar nos últimos tempos.

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isen, que falava na segunda-feira 27 de Agosto de 2018 à margem da cerimónia de abertura da 54ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), a decorrer até 2 de Setembro em Ricatla, distrito de Marracuene, disse que as exportações do país estão com um bom desempenho, o mesmo sucedendo com a balança comercial que tem vindo a registar nos últimos meses uma melhoria. O representante residente do FMI disse esperar que os resultados das negocia-

ções entre o Governo e os credores tragam rapidamente a divida para um nível sustentável. “Portanto, o crescimento económico também vem registando um processo gradual de recuperação. Por isso, acho que temos

boas notícias sobre a economia moçambicana. É verdade que ainda não atingimos as taxas de crescimento que vínhamos registando no passado, mas na verdade a economia está a recuperar”, concluiu


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SUMOL+COMPAL distinguida melhor empresa exportadora Empresa exporta produtos moçambicanos para África do Sul, Botswana, Zâmbia, Madagáscar e Malawi A SUMOL+COMPAL Moçambique, SA, que produz a marca de sumos COMPAL, foi distinguida com o 1º Prémio na Categoria Maior PME Exportadora da Indústria Manufactureira pela Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX).

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prémio foi entregue por Ragendra de Sousa, Ministro da Indústria e Comércio, no âmbito da 54ª Edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), em reconhecimento da SUMOL+COMPAL Moçambique pelo seu desempenho nos mercados internacionais e pelo contributo da empresa para a exportação de produtos moçambicanos. O Ministério da Indústria e Comércio destaca, assim, o trabalho desenvolvido pela empresa, salientando a capacidade de produção da Unidade Industrial que a empresa detém em Boane, nos arredores de Maputo, bem como a inovação na criação de novos produtos de valor acrescentado. Com este reconhecimento público, a empresa evidencia o resultado obtido por uma estratégia orientada para a exportação e a conquista de novos mercados. A marca COMPAL é produzida em Boane, Moçambique, está presente em todo o ter-

ritório nacional e exporta para cinco países da SADC (África do Sul, Botswana, Malawi, Madagáscar e Zâmbia), contribuindo para os objectivos do país de aumentar a produção nacional e as exportações. A SUMOL+COMPAL Moçambique emprega directamente 110 pessoas e é uma das unidades industriais de referência no Distrito de Boane, Província de Maputo. Para Fernando Oliveira, AdministradorDelegado da SUMOL+COMPAL Moçambique, “esta distinção é um enorme motivo de orgulho para a empresa e para os seus Colabo-

radores e reconhece a estratégia de internacionalização que acompanhou este projecto desde o seu início”. Segundo este responsável, “a Compal quer contribuir para a Economia, aumentando as exportações e reduzindo as exportações”. “Este prémio apenas foi possível graças ao profissionalismo e empenho dos nossos Colaboradores. Os Moçambicanos são muito exigentes, escolhem o melhor, e é pela Qualidade que a marca Compal consegue conquistar novos Consumidores, aqui e na Região", sublinha

Galp chega a todas províncias e investe em duas novas bases logísticas Reforço da rede de postos de abastecimento duplica presença no país em apenas quatro anos; Empresa está a investir em duas novas bases logísticas na Matola e na Beira; Projectos de gás na bacia do Rovuma colocam

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om a chegada a Lichinga, a Galp alargou recentemente a sua rede de postos de abastecimento a todas as províncias do país, na sequência de um plano de investimento em curso. Entre 2016 e 2020 a empresa irá duplicar a sua presença em Moçambique prevendo chegar ao fecho de 2020 com um total superior a 70 postos de abastecimento. Ainda em 2018, a energética irá crescer até aos 60 postos de abastecimento – detém

Moçambique como um dos motores de crescimento da Galp na próxima década; Galp está presente há mais de 60 anos em Moçambique e é um dos maiores investidores estrangeiros neste mercado.

actualmente 57 postos – alargando a sua presença nas cidades de Matola, Ressano Garcia, Nampula Pemba, entre outras. O plano de expansão da energética passa ainda pela construção, no âmbito de uma parceria, de duas novas bases logísticas para recepção, armazenagem e expedição de combustíveis líquidos e de GPL nas cidades da Matola e da Beira. A empresa passará desta forma a contar com quatro bases logísticas no país.

Ao todo serão investidos cerca de 150 milhões dólares na expansão da logística e da rede de retalho da Galp em Moçambique. O investimento da empresa contribuirá para a criação de novos postos de trabalho directos, quer na fase de construção, quer na fase de exploração. No final de 2020 o universo de pessoas a trabalhar apenas na área de retalho da empresa será superior a 2.600 colaboradores


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MASC preocupado com financiamento para à Saúde

Conferência Internacional sobre o assunto teve lugar em Maputo O sector da saúde em Moçambique está envolto em desafios multiformes no quadro da melhoria dos serviços sanitários de qualidade aos cidadãos. Neste contexto, segundo defendeu o Presidente do Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil (MASC), Narciso Matos, na abertura da Conferência Internacional sobre Saúde, que decorreu em Maputo sob lema “Que alternativa para o Financiamento e Gestão de Recursos Públicos no Sector de Saúde em Moçambique”, impõe-se o envolvimento de diferentes segmentos da sociedade na busca de soluções exequíveis.

I Por: Redacção

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arciso Matos explicou que encontrar opções para resolver os problemas da Saúde não deve ser responsabilidade apenas do Governo, mas de todos os actores, incluindo a sociedade civil, a academia e o sector privado. No seu entendimento, estas entidades devem trabalhar juntas para encontrar formas de aumentar os recursos financeiros alocados para este sector, atendendo ao aumento da população nos próximos anos, que colocará uma pressão cada vez maior à área da Saúde.

NOVAS LEIS PARA SAÚDE Por seu turno, João Pereira, director da Fundação MASC, disse que a sua organização irá propor leis que visem melhorar a gestão no sector e garantir maior acesso a cuidados de saúde aos cidadãos. “Iremos avançar nesse projecto, com ou sem apoio do MISAU e/ou outras organização da sociedade civil. Iremos criar uma equipa de trabalho para a elaboração de uma proposta de lei que vise o aumento dos impostos sobre o consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, bebidas açucaradas; avançaremos com uma proposta de lei que obriga as seguradoras a suportar os custos de saúde em Moçambique; criar um plano de advocacia para introdução dessas leis para que depois sejam aprovadas no parlamento e tenham um mecanismo de monitoria capaz de fazer com que sejam implementadas em benefício do povo moçambicano”, detalhou Pereira, para depois avançar estar também preocupado com a gestão do MISAU. “Pretendemos criar um grupo de trabalho que possa reflectir sobre diferentes modalidades de gestão de instituições públicas. Queremos saber porquê até hoje o Ministério da Saúde nunca partiu para uma parceira público-privada, qual é o receio? Não se justifica

que a lavagem da roupa dos doentes e a limpeza dos hospitais sejam feitas pelos serventes. Porquê que o Ministério da Saúde não faz uma parceria para a construção de um sistema de micro seguros para pessoas de baixa renda e deste modo financiar o sector? Porquê que o ministério ainda não fez um estudo sobre as gorduras do sector, onde elas estão para consequente eliminação? Porquê até hoje não se pode usar parte do IVA para financiar o sector de saúde e protecção social no país? Porquê que até hoje o ministério não usa formas inovadoras como contribuições solidárias via telemóvel entre outras. Esses mecanismos estão a ser usados noutros países africanos”, defendeu. Ainda no encontro, José Cofe, em representação da Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia da República, reconheceu a existência de lacunas no sector, principalmente nos distritos, nomeadamente: degradação de infra-estruturas, dificuldades no acesso a cuidados de saúde devido a distância. Por seu turno, Sofia Cassimo, da Confederação das Associações Económicas (CTA), defendeu que o sector privado tem portas abertas para investir em cuidados continuados para pessoas idosas, doentes crónicos ou em fase terminal. Recorde-se que a Conferência teve duração de dois dias e contou com painelistas nacionais e estrangeiros


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“O maior insulto da humanidade são os descartáveis” –afirma ambientalista Carlos Serra

“Educação. Cidadania e Sustentabilidade” foi o tema da palestra orientada pelo Jurista e Ambientalista, Carlos Serra, na passada Sextafeira, 24 de Agosto, no Campus da Universidade Lúrio (UniLúrio), em Nampula.

É

um tema que traz consigo a necessidade de consciencializar a sociedade para adoptar atitudes ecologicamente agradáveis, que não coloquem em causa o meio ambiente. Aliás, é mesmo olhando para o factor “educação” que, nesta perspectiva, a UniLúrio aliou-se ao ambientalista para juntos criarem uma reflexão em volta da forma como é, por exemplo, feita a gestão do lixo em espaços público. Falando, na Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico (FAPF), Carlos Serra começou seu discurso dizendo que existem dois tipos de pessoas: “os que fazem” e “ os que não fazem”. Tal distinção fundamenta o seu pensamento segundo o qual todo indivíduo deve ser actor de mudança para fazer face aos diversos desafios ambientais, como por exemplo as mudanças climáticas, o aquecimento global e a gestão dos resíduos sólidos. Para Serra, “a educação era e continua sendo um enorme desafio” para que os indivíduos saibam ser perante a natureza, pois “deveríamos ter mais nível de consciência sobre os desastrosos crimes ambientais que põem em causa a própria vida do Homem”. Olhando aos factores que põem em causa o meio ambiente, o ambientalista chama atenção as práticas da agricultura itinerante, o uso indevido das redes mosquiteiras nas actividades pesqueiras, desordenamento territorial e queimadas, para que não se coloque em causa a estabilidade ambiental. Na palestra, Carlos Serra, quem focou-se grandemente na problemática da gestão do lixo, considerou o descartável como maior insulto da humanidade, tendo em conta a forma errónea como se tem deitado fora após o uso. Tal pensamento consolida a crítica que fez relativamente ao mau uso do

plástico, que constitui um grande atentado a saúde ambiental, dos animais, em particular marinhos, que são diariamente afectados pelas atitudes do Homem. Para chamar atenção a necessidade uma gestão integrada do lixo, o ambientalista chamou atenção ao facto de serem deitadas cerca de oito toneladas de lixo no mar, tal lixo que é maioritariamente composto por plástico, desde garrafas, o que leva o palestraste a afirmar que “cada indivíduo consome 11, 000 pedaços de micro plástico por ano). Como forma de mudanças de atitudes, Serra adverte para que não se enterre o lixo, a não ser que seja orgânico, porque constituiria uma poluição ao meio ambiente. Aliás,

é mesmo por causa deste pensamento que Serra afirma que “na natureza nada se perde, tudo se transforma”, como forma de chamar atenção ao facto de que tudo que erradamente jogamos fora, depois poderá voltar, por exemplo, como parte das refeições que consumimos. “É preciso ter soluções globais para fazer face aos problema da poluição ambiental, por causa do plástico, em particular”, disse o ambientalista, depois de explicar que “o plástico não é um inimigo. O problema é a forma como a humanidade usa-o”. A licção que fica é de se saber aproveitar o lixo, pois “deitamos fora muita riqueza quando deitamos lixo que poderia ser aproveitado”


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Sector de saúde recebe mais técnicos O Instituto Técnico Lugenda (ITL) colocou a disposição dos serviços de saúde 339 técnicos médios formados para diagnosticar e tratar as doenças mais frequentes em Moçambique

I Por: Redacção

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acção foi protagonizada por meio da primeira cerimónia de graduação da Escola Técnica de Saúde da Matola do ITL (ETSM-ITL). O evento decorreu, na última sexta-feira (24/08), no Auditório Municipal Carlos Tembe, na Província de Maputo. E foi dirigido pela Administradora da Matola, Anastácia Quitane. Trata-se de técnicos graduados em enfermagem geral (49), enfermagem materno infantil (59), técnicos de farmácia (129), técnicos de medicina preventiva (28), e técnico de medicina geral (74). A maioria dos técnicos é do sexo feminino, totalizando 292. E são oriundos das províncias de Gaza, Inhambane, Maputo província, e Cidade Maputo. A Administradora da Matola, Anastácia Quitane, lembrou aos graduados que a redução da mortalidade infantil e doenças endémicas da desnutrição crónica, e outras que atrasam o desenvolvimento é prioridade de Moçambique. Por conta disso, o país precisa de mais técnicos de saúde para materializar os objectivos. “A oferta de mais técnicos contribui para o melhoramento da qualidade dos serviços prestados no sector de saúde. O país espera pelos graduados no sector da saúde e sobretudo que se envolvam como soldados em todas frentes”, afirmou a dirigente. Aliás, Anastácia Quitane revelou aos graduados que, na Matola, já havia vagas para técnicos de saúde, e convidou os graduados a concorrerem. Acautelou que não serão suficientes para todos, e exortou que haja criatividade nos novos técnicos para que possam seguir com a sua carreira.

O Presidente do Conselho Fiscal do ITL, Jorge Tomo, destacou que Moçambique ainda é um dos países no mundo que enfrenta escassez de técnicos de saúde. Ou seja, um técnico de saúde está para muitos habitantes. E o lançamento de mais técnicos é um contributo que ajuda a minimizar o problema. Por seu turno, a Directora da ETSM-ITL, Maharifa Rajabo, afirmou que a primeira graduação demonstrou o comprometimento que o ITL tem com o sector de saúde, desde 2016, ano em que a instituição começou a leccionar os seus cursos na província de Maputo. Os graduados, em sua mensagem proferida no evento, comprometeram-se a desempenhar as suas funções almejando apenas o certo e inconformados com o erro. Mostraram-se prontos para todo tipo de batalha, e a colocar sabedoria, paciência, empatia, e coragem durante a carreira que escolheram


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NO DISTRITO DE MANDIMBA

Governadora pede colaboração da população no combate a criminalidade

A Governadora da Província do Niassa, Francisca Domingas Tomás, insta a população do Distrito de Mandimba, a colaborar com autoridades policiais no combate a criminalidade.

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pedido foi formulado na sexta feira finda na saudação a população da vila Municipal de Mandimba. Francisca Tomás que se dirigia ao Distrito de Cuamba em mais uma missão de trabalho, sem avançar com dados numéricos, referiu que o período da comercialização de culturas de rendimento com destaque para o tabaco, a criminalidade agiganta-se caracterizando-se em assaltos com recurso a armas de fogo e brancas para roubar valores monetários entre outros no interior das residências dos cidadãos indefesos. Os criminosos, segundo a governante são pessoas conhecidas sendo por isso fácil a sua neutralização com a colaboração da população. Os criminosos são nossos filhos, irmãos, sobrinhos e vivem conosco nas nossas

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casas. Para a boa atuação da policia da República de Moçambique precisamos de colaborar através de denuncias a todos criminosos aqui em Mandimba.” – pediu a governante, Pediu igualmente a população para denunciar alguns agentes da corporação sobretudo Policias de transito se forem a cobrar valores sem justa causa aos condutores, os motociclistas e outros cidadãos

que se fazem passar na via publica com os seus meios circulantes. Igualmente pediu aos pais encarregados de educação a criarem condições favoráveis para as crianças crescerem da melhor forma e abraçar a escolaridade. Não devemos deixar as nossas filhas a casarem enquanto crianças, não devemos aceitar as nossas filhas casar prematuramente – sensibilizou Tomás ao terminar


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Standard Bank apoia e acarinha utentes do Infantário da Matola Colaboradores do Standard Bank realizaram, no sábado, 25 de Agosto, uma acção de beneficência no Infantário da Matola, na província de Maputo, que consistiu na pintura dos dormitórios, limpeza e doação de roupa, calçado, material de higiene e limpeza, bem como produtos alimentares não perecíveis. Para além destas actividades, inseridas no âmbito das acções de responsabilidade social dos colaboradores do Standard Bank, associadas às celebrações dos 124 anos de implantação do banco em Moçambique, estes confeccionaram alimentos e almoçaram com os utentes do infantário, que acolhe, neste momento, 93 crianças e adultos, 82% dos quais com necessidades especiais. Com esta iniciativa, os colaboradores pretendiam proporcionar um dia diferente e especial aos utentes do infantário, que chegam àquele local através da Direcção Provincial de Acção Social de Maputo, partindo das esquadras e das delegações do Instituto Nacional da Acção Social (INAS). "Decidimos proporcionar um dia diferente aos utentes deste infantário, oferecendo o que é mais importante para nós: amor e carinho. É muito gratificante passar o dia com eles, pois dificilmente vêem outras pessoas, para além das que fazem parte do seu meio", afirmou o director de Marketing e Comunicação do Standard Bank, Alfredo Mucavela. O Infantário da Matola tem beneficiado das acções de responsabilidade social corporativa do Standard Bank, desde 2016, ano em que recebeu do banco um cheque no valor de 200 mil meticais, para suprir parte das suas necessidades. Relativamente às acções realizadas no sábado, Alfredo Mucavela disse terem sido gratificantes, principalmente por terem contribuído para alegrar as crianças: "É uma sensação de alegria ter confraternizado com estas crianças, às quais prometemos voltar num outro dia". Por seu turno, Paulo Sérgio, director do infantário, enalteceu o gesto dos colaboradores do Standard Bank, que, no seu entender, demonstra a sua preocupação com o bem-estar das crianças, em particular as portadoras de necessidades especiais.l: O Standard Bank e os seus colaboradores já são amigos do Infantário da Matola. Esta não é a primeira vez que vêm aqui transmitir carinho e afecto aos meninos. Sempre estiveram connosco, dando o seu contributo

no atendimento a crianças com necessidades especiais", considerou Paulo Sérgio, que afirmou que os donativos vão ajudar a suprir as necessidades da instituição. António Muchanga, carinhosamente tratado por Tony, de 12 anos de idade, é um dos utentes do Infantário da Matola. Para si, mais do que os donativos, os colaboradores

do Standard Bank levaram àquele local algo mais importante: o amparo: "Foi muito bom terem passado o dia connosco. O carinho e a ajuda dos titios são muito importantes para nós e transmitem-nos a sensação de protecção. Que venham mais vezes, as portas estarão sempre abertas", referiu o pequeno Tony


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Mortes e infecções pelo HIV/SIDA regridem

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s mortes e novas infecções pelo HIV/SIDA tendem a diminuir nos últimos anos como consequência da implementação do Plano Estratégico Nacional de Combate a doença (2016-2020). Segundo o relatório de avaliação apresentado pelo Conselho de Ministro na terça-feira, 28 de Agosto, as novas infecções com o HIV em Moçambique reduziram de 500 casos por dia, em 2016, para 356, em 2017, número que confirma um progresso considerável na implementação do Plano Estratégico Nacional de Combate à doença (2016-2020). A porta-voz do Conselho de Ministro, Ana Comoana, salientou que o país fechou o ano de 2017 com cerca de 2.12 milhões de moçambicanos vivendo com o HIV/SIDA, dos quais 170 mil crianças e 120 mil mulheres grávidas. Entretanto, face a este cenário, o Governo avalia positivamente a resposta nacional considerando que todos os indicadores estão a baixar

Aprovado Plano de Prevenção Combate à Violência Doméstica O Conselho de Ministro aprovou na terça-feira, 28 de Agosto, o Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência Doméstica que visa reduzir o índice de violência doméstica e reforçar os mecanismos de coordenação e monitoria entre as instituições públicas. O plano está orçado em 24 milhões de meticais e visa, essencialmente, reduzir o índice de violência doméstica e reforçar os mecanismos de coordenação e monitoria entre as instituições públicas, além da consolidação do atendimento integrado aos afectados e respectiva protecção. Entre as acções, o dispositivo aprovado prioriza a prevenção, educação e consciencialização da sociedade, resposta à violência, melhoria do quadro legal, monitoria e avaliação. Segundo Ana Comoana, em 2009 havia cerca de 20 mil vítimas de violência doméstica, número que evoluiu para 25.356, no ano de 2016


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CULTURA

Jornalista moçambicano David Bamo estagia na RTP O jornalista moçambicano, David Bambo, vai durante o mês de Setembro realizar um estágio na televisão pública portuguesa (RTP) em Lisboa/Portugal, que decorrerá no seguimento da 2ª Edição do Seminário de Jornalismo Cultural, iniciativa anual que resultou de uma parceria entre a SóArte Media, a Associação IVERCA, o Camões – Centro Cultural Português em Maputo e a RTP que colaborou com a participação da jornalista portuguesa Teresa Nicolau. A iniciativa contou ainda com o patrocínio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento.

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urante este período de estágio David Bamo vai ter a possibilidade de conhecer de perto a dinâmica e as metodologias de trabalho da RTP, empresa de media com uma larga história e tradição na comunicação social em Portugal. Além disso esta experiência permitirá o contacto aprofundado com o departamento de cultura da estação televisava, área a que o jornalista tem dedicado grande parte sua vida profissional. Segundo o Director do Camões – CCP Maputo, João Pignatelli, “pretende-se, com este estágio

profissional, estabelecer uma relação de partilha e de troca de experiências, bem como dar continuidade a parcerias futuras no intercâmbio do conhecimento na área do jornalismo dos dois países”. Nas palavras de Bamo: “Para mim esta é uma grande oportunidade. Sempre tive o jornalismo da RTP como referência, sobretudo a forma

como são abordados os assuntos de cultura. Este estágio representa crescimento, e acima de tudo um desafio, pois durante um mês vou partilhar o mesmo espaço com profissionais de elevada qualidade e com créditos firmados dentro e fora de Portugal. Estou muito animado e considero esta oportunidade o mais alto momento do meu processo de aprendizagem."

Nota Biográfica: David Bamo é jornalista. Edita e apresenta o programa Juntos à Tarde, um espaço dedicado as artes e cultura no canal Internacional da Televisão de Moçambique. É coordenador do Seminário de Jornalismo Cultural, iniciativa criada em 2017 pela SóArte Media e Associação IVERCA. Uma parte significativa do seu trabalho na comunicação foi dedicada a rádio, tendo passado pela Rádio Cidade (canal jovem da Rádio Moçambique) onde editou vários espaços culturais


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CULTURA

O empreendedorismo da Alubina (4)

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I Por Fijamo Sadeia

resultado pela intervenção dos homens era promissor, em virtude de, logo ao sexto dia de trabalho, a machamba ter apresentado outra face. Visando manter a hoste na jorna cujo trabalho era de respeito, reconhecendo ser árdua e longa a empreitada, a empresária aumentara a contrapartida para uma garrafa e meia, gesto bem acolhido, além de que, desdenhando o papel de fazendeira, ela, também, manobrava a enxada, ombro a ombro, entre os homens que se encarniçavam contra a jorna, dez passos aqui e dez passos além, e não cinco passos, como o recado havia sido transmitido; firmes no horizonte de um sono alegre, os empreiteiros venciam a tarefa, devagarinho, como se estivessem a barbear-se Para a recompensa, um ou outro homem, de vez em quando, preferia parte do pagamento em pecúnia para apaziguar os nervos, a rubro, da esposa e isso era contra o acordo. Dotada duma avareza umbilical, a mulher tremia para tirar um vintém e, neste caso, valia-se do argumento de que o negócio já fora previamente acordado, o que correspondia à verdade. Ela refugiava-se irredutivelmente no tal acordo, ignorando, porém, que estava diante de chefes de família e, nessa qualidade, os homens tinham obrigações. Como os homens soubessem onde residia a vulnerabilidade da Alubina, como a de Aquiles, no seu calcanhar, um grupo de cinco homens decidira djombar , em jeito de pressão, ameaçando-a romper o acordo se as suas preocupações não fossem acolhidas. Totalmente contrariada, a senhora, satisfazia os pedidos sob recomendação rigorosa de sigilo absoluto, com vista a evitar-se precedentes. Acabara por recomendar silêncio a todos, sinal evidente de que, ligados pela mesma causa, os homens, entre si, não tinham sigilo que perdurasse. Depois de ter visto as vantagens em ter dobrado a jorna e, para incentivar os lavradores, lhes avisara que quem vencesse a jorna mais a parte adicional no mesmo dia, teria direito de receber uma parte em capital; cumprindo a sua palavra, quem efectivamente o fizesse, lhe era entregue o prometido, com calorosos elogios, como se fosse um recruta que tivesse acabado de executar correctamente a sua lição. Para os estimular, ela levava aguardente à machamba da qual dava dois goles a cada um, por que mais do que isso, os homens poderiam atirar a enxada aos seus próprios pés; renovando a energia, eles volviam à missão com dobrado frenesim. Era um tanto especulativo o negócio; reconhecendo-selhe a sua veia comercial, de manhã dona Alubina esfolava

os homens na tarefa, para onde muitos homens concorriam como se fosse uma peça rara diante de muitos licitantes, esfolava-os ainda na sua taberna, ao entardecer, onde com a lata que servia de medida de aguardente, o mwanamuko, cuja base muito batida para dentro, furtava-lhes, a grande, a quantidade merecida. Em pouco tempo, a machamba estava, em toda a sua extensão, liquidada. Triunfante e com as mãos na sua cintura, ora num extremo ora noutro, dona Alubina contemplava a sua obra, em todo o seu âmbito, como se fosse um fiscal de linha, numa partida de futebol. Exuberante! A imponência da machamba furtava atenção a todo o transeunte, suscitando-lhe uma inveja sem igual entre as vizinhas. Chegada a época de colheita, um batalhão de homens fora mobilizado, por si próprio, dada a oferta de uma mesa farta de aguardente, e, em fila de formigas ao encontro de um açucareiro, logo pela manha, cada homem com a sua concha de caracol na mão com que se colhia o arroz, ia à safra que, naquele ano, fora enorme. Enorme, igualmente, fora a alegria daquela mulher, em face do reconhecimento divino pela sua persistência; a venda de parte do produto era a solução para descongestionar o armazém, quase abarrotado. As vizinhas titubeavam palavras de prostração diante da obra que os seus olhos não conseguiam contornar, atirando culpas aos seus pares, pois, sem estes, diga-se em abono da verdade, a senhora não teria conseguido realizar este sonho tão ambicioso. Nenhuma mulher lhe dirigia a palavra; nem pela sua casa ou machamba passavam e se, por qualquer razão, o fizessem, faziam-no como se estivessem a espiar. Era a força de cobiça, essa, a comandar a mente das pessoas que lutavam contra uma realidade incontornável


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CULTURA

História do Direito moçambicano lançada em livro "Noções sobre História do Direito Clássico e Moçambicano" é a mais recente obra do jurista, jornalista e assistente universitário Leandro Paul, lançada na quinta-feira, 30 de Agosto, na Universidade Politécnica, em Maputo. Trata-se de um livro, com 128 páginas, publicado com o apoio da Gráfica Académica e que tem a particularidade de sistematizar, pela primeira vez, conhecimentos gerais sobre a História do Direito Moçambicano, até aqui, pouco desenvolvida pelos historiadores e, até mesmo, pelos juristas. Fornece, igualmente, informação de carácter pedagógico, acerca das várias civilizações milenares que influenciaram o Direito moçambicano. Leandro Paul, de 57 anos, é docente na Universidade Politécnica, tendo publicado, anteriormente, "A Comunicação Empresarial em Moçambique" e "Código de Publicidade-Anotado e Comentado"

RECITAL DE CANTO

35 anos: Escola Nacional de Música

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Camões – Centro Cultural Português em Maputo acolhe no dia 31 de agosto, às 18h00, um Concerto de Canto por ocasião da celebração dos 35 anos da Escola Nacional de Música. Este concerto gratuito e aberto ao público é resultado de uma parceria entre as duas instituições que teve início há cinco anos, altura em que a Escola Nacional de Música passou a apresentar, anualmente, um dos seus concertos no Camões – Centro Cultural Português em Maputo. O concerto da Escola Nacional de Música tem como objetivo a apresentação das competências dos professores, veteranos e jovens alunos ao longo do seu tempo de formação sob o lema da escola: “Educação, Cultura e Personalidade”. A Escola Nacional de Música é uma instituição sob a tutela do Ministério de Cultura e Turismo de Moçambique que se dedica ao ensino da área musical, nomeadamente ao canto, piano, flauta, clarinete, saxofone, trompete, guitarra, violino e percussão

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DESPORTO

Abel Xavier chama Kamo-Kamo O internacional Sub-20 do Ferroviário, o atacante Kamo-Kamo, é a grande novidade da lista dos 24 jogadores convocados por Abel Xavier, seleccionador nacional, para o jogo do próximo dia 8 de Setembro diante da sua congénere da Guiné-Bissau, a ter lugar no Estádio Nacional do Zimpeto. O jogo está inserido no Grupo K de qualificação para o CAN dos Camarões-2019.

I Por: Samuel Sambo

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amo-Kamo tem vindo a notabilizar-se ao serviço do Ferroviário de Maputo e da selecção nacional de Sub-20, sendo mesmo um dos melhores marcadores do Ferroviário de Maputo, no Moçambola-2018. O jovem -promissor está a atravessar uma boa fase, justificando-se a sua chamada a selecção principal da República de Moçambique. Da lista dos convocados destaca-se igualmente o regresso de defesa central do Rennes da França, Mexer que andou ausente dos “Mambas”, durante alguns jogos por motivos de lesão. Eis a lista completa dos 24 jogadores anunciados por Abel Xavier para o jogo com a Guiné- Bissau. Guarda-redes: Guirrugo, Leonel Pendula e Victor; Defesas: Mexer, Chico, Edmilson, Infren, Cláudio, Zainadine, Jeitoso; Médios: Reinildo, Geraldo , Kambala, Nené , Loló; Avançados: Telinho, Raul, Domingues, Ratifo, Reginaldo, Dayo, Maninho, Miquissone, Witi, Kamo-Kamo, Gildo


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DESPORTO

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Município da Matola dá alojamento à Selecção O Conselho Municipal da Cidade da Matola (CMM) e a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) assinaram um acordo para que a Selecção Moçambicana de Futebol tenha hospedagem no Matola Hotel durante a fase de preparação dos jogos. O Presidente do Conselho Municipal da Cidade da Matola, Calisto Cossa, prometeu esta terça-feira, na Matola, garantir a Selecção Moçambicana de Futebol hospedagem durante o estágio pré-competitivo para os jogos decisivos de 08 de Setembro e 09 de Outubro, a decorrer em Maputo. Para o Presidente da Matola torna-se fundamental e importantíssimo o apoio para o futebol e o desporto moçambicano, pelo que a ajuda desta vez vai ser na área do alojamento. “Respondemos em função das circunstâncias do momento. Olhamos para aquilo que podia ser o nosso apoio de modo que a selecção produza resultados positivos. Neste momento, os “Mambas” têm na Matola a

hospedagem garantida, que os matolenses oferecem de coração. Estamos numa cidade que tem infra-estruturas não só de hotelaria, mas também espaços para a prática do desporto e é isto que nós oferecemos, portanto é de moçambicano para moçambicano”, referiu o dirigente. Alberto Simango Júnior, Presidente da Federação Moçambicana de Futebol agradeceu pelas condições de alojamento criadas pela edilidade da Matola para os dois jogos de qualificação ao CAN que se avizi-

nham e disse que os “Mambas”, tudo farão, em campo para qualificar ao Campeonato Africano das Nações. “Esta atitude nos enche de muito orgulho e satisfação e queremos que gestos iguais se multipliquem um pouco por todo o país em apoio a nossa Selecção Nacional. Com isto dizer que do nosso lado tudo vai se fazer para que o gesto que acabamos de testemunhar possa engrandecer o nosso empenho e a nossa dedicação rumo à qualificação”, reconheceu o presidente da FMF (O País).

Vodacom chega à FMF A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) e a Vodacom Moçambique (VM) acabam de estreitar um acordo de parceria válido por cinco anos, com vantagens mútuas. Trata-se de uma parceria contínua em que se trabalho com números fechados, realçou no acto da assinatura do protocolo, Salimo Abdula, Presidente do Conselho de Administração da Vadocom Moçambique.

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o quadro do acordo, há outro tipo de apoio que incide sobre os serviços de telecomunicações e de inovação à FMF e aos “Mambas”. A Vodacom vai igualmente lançar campanhas de marketing e promocionais no apoio directo a campanha de qualificação da selecção nacional ao Campeo-

nato Africano das Nações, CAN-2019, a ter lugar nos Camarões. Vodacom torna-se no parceiro exclusivo da selecção nacional na área de telecomunicações, bem como na modernização e transformação digital dos Mambas. Para a Vodacom, esta parceria é gratificante e visa envolver mais cidadãos na missão de elevar

a bandeira nacional além-fronteiras. Simango Júnior, Presidente da FMF, disse, por seu turno, que o apoio da Vodacom é bastante satisfatório para os projectos da instituição e espera honra-lo. Salientou que a FMF está a trabalhar no sentido de buscar mais apoios para os projectos de promoção do futebol


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DESPORTO

Liga Mozal em basquetebol

Ferroviário de Maputo faz festa do título no “Chiveve”

A equipa sénior masculina de basquetebol do Ferroviário de Maputo voltou a subir ao pódio da modalidade ao conquistar, de forma justa, o título nacional da categoria. Em três belíssimos jogos da final dos cinco possíveis, revelou valores acima da média e superou o seu homónimo da Beira com muita arte e engenho.

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oi um título saboroso por ter sido conquistado com astúcia e firmeza. A festa do título foi celebrada em pleno pavilhão do Ferroviário da Beira. A equipa de Nazir Salé soube valorizar o título ganho pela formação orientada por Milagre Macome. Na fase regular, que decorreu na capital provincial de Sofala, o Ferroviário de Maputo foi dinâmico e potencialmente

forte em relação aos outros intervenientes. Ao tornar-se campeão da Liga Mozal, os “locomotivas” de Maputo receberam medalhas, troféu e um cheque gigante de 300 mil meticais. O Ferroviário da Beira, por sua vez, na qualidade de vice-campeão, recebeu das mãos Mateus Mosse, representante da Mozal, as medalhas e o cheque gigante de 200 mil meticais. Com esta conquista, o Ferroviário de Maputo vai representar Moçambique, na

Taça de Clubes Campeões de África em basquetebol. Foram igualmente premiados os melhores jogadores na competição. Álvaro Manso, espanhol ao serviço do Ferroviário de Maputo, foi distinguido como jogador mais valioso, MVP. O norte-americano Jeffrey chamou a si o prémio de melhor ressaltador. Ivan Machava, dos “locomotivas” da Beira, foi considerado melhor triplista e Helton Ubisse melhor marcador

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CULINÁRIA

Lourdes Meque Rajani

Caril de galinha com temperos indianos Ingredientes 1 galinha 1 colher de m assa de alho 3 dl de óleo 2 colheres de chá de pó de caril 4 colheres de sopa de calda tomate 1 cebola média a grande picada 6 grãos de pimenta preta 6 cardamomo 4 cravinhos Uma pitada cominhos em grão 2 folhas de louro Pó de caril indiano q.b. Cominhos em pó q.b. Coentros picados q.b. Sal q.b. Piripiri q.b

Preparação 1 – Deite um pouco de óleo numa panela, deixe aquecer um pouco e

junte os grão de pimenta, de cominhos, as folhas de louro, o cardamomo, cravinho. À estes, junte o alho e a cebola. Refogue até ficar translúcido. Junte o frango, envolva, e junte a polpa de tomate envolvendo bem. Junte os restantes temperos em pós e o piripiri, envolvendo bem e deite um pouco de água para cozer a galinha e fazer o molho. 2 – Rectifique o sal. 3 – Sirva com arroz basmati ou com apas. 4 – Faz-se um refogado cim cebola picada, salsa picada, alho picado e azeite. 5 – Quando a cebola está bem loura passa-se tudo pelo passador. Junta-se a este molho o pó de caril, a calda de tomate, a farinha desfeita num pouco de água, piripiri, sal e pimenta para temperar

Carne de porco a alentejana Ingredientes 500grs de carne de porco cortada aos cubos 300 grs de amêijoas 1 colher de sopa de massa de alho 2 folhas de louro Azeite q.b. Massa de pimentão q.b. Coentros picados q.b. Sal grosso q.b. Pimenta q.b. ½ copo vinho branco Óleo para fritar Batatas para fritar cortadas aos cubos

Preparação 1 – Coloque as ameijoas em água e sal, durante 1 hora, para perder a areia. 2 – Tempere a carne com o alho, a

massa de pimentão, sal, pimenta e folhas de louro. Misture tudo e regue com o vinho. Reserve durante pelo menos 1 hora para ganhar o gosto de dos temperos 3 – Frite as batatas e reserve numa travessa de servir. 4 – Numa panela leve a aquecer o azeite. Escorra a carne e frite-a. Junte as ameijoas, misture e deixe cozinhar durante 5 minutos para que estas se abram.Adicione os coentro picadinhos, misture e está pronto. 5 – Na travessa aonde depositou a batata frita, espalhe a carne e regue com o molho. Polvilhe com pickles e azeitonas e por fim, com coentros para decorar. Sirva quentinho.

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