Legionário 1947, números 752 a 883

Page 211

LEGIONARl!O

São Paulo,' 6 de JuThcr de 1947

-------------n!lnhe•iro de [ l z!1 fºrn~n. do(l 1xXJ.t:L;,:.t:llºX::v 1

O Com pU li

~.~

U

LI U

b UIIUlul ~·

Pe. Arlindo Vieira, S. J.

1a S

_____ _____________________ ...,_,,

3

~

%:X:%X%XX~X~U~X!t%J.ll'.ll%lla· %:U:Xllffllll%XllTIXl'.'U%:U:XXTXXXU::O-Y+~YY~)

" novd·itleadcs em JOALHARIAS MODEJ:t;'li,A.S ouro, rubis e brilhantes

: : : : GR~l\J"DE ESCOLHA EM OBJETOS PARA

PRESENTE8· I

1 Eu não o conhecia. ProvavelGrande varíedad(- cm RELóGIOS das melhores marcas suiças Na madrugada de 2 de abril mente a leitura de meus artigos p. passado, aos 42 anos de idade, ele combate· ao comunismo, que lhe faleceu · piamente no Rio, nmcausara tão acerbos sofrimentos, nido de todos os sacramentos da o levou a chamar-me para junto Igreja, o baiano Antonio Maciel d~ seu leito. J\fa:1ifestci-lhe com do Bonfim. Era conhecido nas ropena q11c dali a 11111a hora cu de- 1 ~ 1 das comt~nistas pelo nome de MiRUA 15 OE NOVEMBRO N.° 331 via pitrtir para São Paulo. randa e teve parte preponderante Sendo assim - - disse-me ele -no motim sangrento de 193/:i ao A Joalharia preferida pela- alta. sociedade HA .. 3 GERAr;õES· : : ; ; aguardarei seu regresso, porque lado de Prestes, Agil~o Barata e quero ter uma conversa demorada OUt!'QS agitadores postos a serviço ; : n m ~ ~Yn.1:Yxnu::xxnurmnnrmi:xxmjx:xxxnmuxxxi:xxxz1:. ~ com o sel)hor. . de Moscou. Uma semana após achava-me Entregue de corpo e· alma às ati- 1 vidades :suhvcrsiva.s do partido, cs- ; , novamente ,1. seu lado. fkn Lado Plll uma poltrona, ofcgc1,ntc, com a liteve em Buenos A ires, cm Montevidez da morlc a cspn.1 iar-sc-lhc videu, e nem deixou de visitar a no semblante, manifestou o desejo Russia, a nova palria dos que re(}(' fazer uma longà confissão ele negaram a sua. Ao regres.Jar. ele toda a sua vida, suas peregrinações, tevé noticia do Tendo cm conta seu precario tragico destino do jovem Tobias estado <k sa udc e a pros! ra <;ào cm arrcbaladc à vida aos 17 anos pe-. r111e :w a\'llava, eu lhe :,;11ger·i que la sanlrn. comunista. Corria o ano 11fw fizessn tamanho :saerifii:io, qw, de 1934. se limitas,;c a emitir run sincero Espírito naturalmente reto. :\lií).lo de co11tricào, depoi~ de ter detanda protestou Ycemc11lcn1cflt.c "brndo o essencial cm poucas pacox,tra ta: atrocidade, exigiu cxpli/ J;;\Tm,, caÇ.ões e mudanças de oricula,;ãu, ·- ?\'.3,), pHdrc, deixe~n1c falnr. pois esseü processos terroristas Quero contar-lhe ludo. Deus q1Ji;,:; desmoralizavam o pai-t'do. Conti humí!har-me, permitindo que· çu nuou entretanto a militar nas hossofresse tanto e caisse tão baixo, tes bolchevistas, mas desde então começou a ser visado por Prestes \ porque o homem que não se hua matéria. Não se pensa na alma milha é incapaz de voltar-se para e outros proceres da seita teneDeus. espiritual. remida pelo sangue de brosa como um possível desertor. IIOJM. PAG.'i Ao receber a abs"lviçào desfez. Unira-se com a tristemente ceCristo. At-é o cemitério incomoda se cm pranto copioso. e cu me lebre Elza Fernandes, cujo nome o cidadão moderno. InventaramVivemos uma hura pagá. Apó., rclirci, deixando-o afog-ado em verdadeiro era Elvira Copclo Case os fornos crematórios. E' -mais !a.grimas a. saborear as doçuras da lonio. Miranda referia-se com cavinte .séculos de cristianismo, os volta aos braços patcrnais ele rinho à sua ,antiga companheira, elegante acabar a pobre carcassa homens pensam e viv,•m como Deus. simples, ingenua, afetuosa, tanto torrada. . . Dá mais impressão pagãos. Odos, Vinfpnças. ausênTornei n11·ia:; vezes à Casa ele que tencionava casar-se com ela. e a ilusão 'cto aniquilamento toSaneie' nos doi" meses elll que ele Nos primeiros dias de março 'e cia ele svnso cr.istão no modo de 1 a incla sobre\·ivcu, e pude acompa1936 sucumbiu Elza Fernandes sob tal, faz esquecer as realidades encarar a vida; só se fala cm go- - - - - - - - - - - - - - - - - nhar os progressos ela graça nao ferro homicida do bandido «Caeternas. zar a vida, aproveitar a vida . .'\. quela alma privilegiada. beção», instrumento inconsciente Resignado, paciente, acolhia-me dG furor sanguinario de Prestes e morte apan•ce como um aniquilamento total numa S<"mpre com um amavel sorriso, d<" sua camarilha. Sorte identica PANENM ET CIRCE~SES sepultura sem "S!)crança c'e uma outra· vida. Meu ?,fc-,j~_; de ·u1~1a vez t'Ci('rlu-se a f,Cll teria t:<10 o infeliz Antonio l',Iac;d 'Deu~!. Como ,,,i s,nt,· mai uma alma realmenk ct, L!(n: :·1n1 ~e já 118.0 o defendes- ! p;-Ls;;adc::· ('~·,nJ. l:tg-1.~i:11: s nc:.: olllo.s. '· Pão e jog·o, é o que pedia a multidâo pagã ® sem as grades da prisão. Iºectfa ·a Dn1s a saurle afim de pocristã neste munéo de hoje! Paganismo nos civcrder repantr o mal que havia feito. 'Denunciado como comunista, e Roma. Só se concebia este ideal no requinte da ci• timcntos. Agora como no tempo dos romanos só Disse-me que se recuper8.ssc a como tal julgado e condenado, sevilização após o triunfo das águias romanas: coquerPm pa11cn; et circ!'nscs - pão e jogo. Comer guiu Bonfim os 111esmos caminhos saudc iri,i lo;;·o dar uma entrevismer e divertir-se. Voltamos â era pagã. O cinema., ta aos principais jorrais para desd<' seus cumplices. Esteve na Ilha 1, éivcrtir.sc. Nada mais. O espiritual, o eterno, o vendar os csc'anclalos elo comunisGrnnde e de lá foi transferido o rádio, a imprensa, a glorificar~m heróis murro, que intcn ssa ao d,·stino superior do homem tudo mo e ;.ihrir os olhos a muita: gente. para Fernando Noronha. Na pribrutamont~s do box, chutadores de bola, cantadoisto anda relegado e não só desprezaC:o, mas até silo- ,·01-rcu condante perigo na Em sua eela de enfermo afastou do crC'do vermelho ;.ilguns velhos combatido. O que não dá prazer, não dá dinheiro, res, de samba. Mais vale hoje um analfabeto, vi~ -::0mpanhia ele seus camaradas, amigos que :ião lhe deixaram falque parece já estavam certos de tóriosó num campeonato dp futebol, que um sâbio, não inten·ssa. tar nada. D,,,sc-me, porem. que c:ue um dia hi;i.veriarn · de tripudiar estadista nacional, intelectual de valor. Ma.is inisso era pouco: tencionava levá- i s0hre o sangue de nossos briosos Há muitos homens como aquele banqueiro de teressa o foc~nho sorridente de · uma. cantora, ou los a Deus. ffilitétres e chegar até a sentar-se que se conta numa anedota da vicia ·de ·célebre roestrela de Hollywood que a maior e mais delicada Pc1:guntci-lhe que impn,ssào till<· Parla!llcnto e no Conselho manr:ista. Alexandre Dumas, um dia, fôra convin·ra cb ltussia. t:ma grande desi::vrimic'pal. . . Irrisão da sorte! F.;rn genial artista do teclado ou da .voz ou das letras. lusão, disse-me· clC': aquilo não é · Fenwndo Noronha não arrefeceu e' ado por um grande milionário e c~lebre banqueiro Paganismo das praias, onde se tem a mais acao parniso (lq proletariado, mas a z,ção dos chefes vermelhos. Ali de P«ris para um almoço. Aceitara o convite. A' bada, a mais perfeita idéia da triste deifadação de uma gr,rrndc masmorra não .só do estava a celula-mater que hoje se mesa a conversa veiu a pro:gósito d;; religião. Diséu,proldnrii,c!o, mas de um povo desdobrou, gra.ças ao amparo da costumes e da impudência, a que chegou a mulher tilL5c a necessidade da Ié. Uns 1>ró e 0titros contra. moderna. k•. na grande facr;ão que visa a ' suhjugw.lo pela mais tiranica clitauura. Disse mais que, se ali não crtrc;a do Brasil ao ditador russo. Afinal, o gorducho banqudro, entre as baforadas Paganismo na familia sem filhos e eheia Xa pequena ilha havia julga- 1 lla liberdade nem para os russós, ce um bom charuto e uns copos de vinho excc- cães, gatos e pássaros, · ir1e"tos e condenações. Os traido- · <'<'mo pode tê-la um estrangeire>'? kntc, deu -a sua opinião: Ette, comunista ou não, vive eer- · res do partido eram implacavelPaganismo nf.l, mo~a desenfreada; caprichosa, c2.do de u_nw. rede de investigadomente eliminados. De quando em -- · Meus árhigos, rdigião não me interessa., louca. res que o afastam de tudo quanto ouando <<SUicidios» misteriosos cspcssa dcs,wrcrlitar o partido. éa pav3 m à vigilancia da policia. Como muito bem, durmo muito bem, levo uma vida Paganismo 'llUdista. Perguntei-lhe air da como lhe Soi:tc idcntica estava reservada :10 tranquila. Para qu,_• hei de me atormentar com pro. Paganismo do homem-brinquedo. O homem \·fera a prinwinr ideia ck romper companheiro de J!)!za. Sabedor do bkmas de outra viC:a? que · não compreende aquilo que Bossuet chamava cem o partido. occi:rido no conciliabulo terrorista. Respondeu-me ,que se fizera cé,- Perfeitamente, respondeu Dumn.s. o senhor - a tremenda seriedade da vida humana. Paganispediu ele garantias de vida ao n1unis!:a por puro idealismo,· dese.coronel Nestor José Vcrissirnci. vive exatamente como três cr'iaturas· que conheço. mo do homem-sexo, d=o pau-sexualismo. Paganismo, jcso de poder rnclhorar a condição C0m as providencias tomadas pelo Elas não têm religião, cnmem muito bem, dormem enfim, da barbaria social, desta fogueira. de· ódios, ele, nos,io_ po\'o infeliz. Que n,incla cr ma ndantc, cessaram os, «suicímui.to bem e nunc,1 lhes atormentou o problemn· e deste horrendo mar de sangue provocado pelos nos di~ s ele maior ag·itac;:ão, quandios:>, mas Bonfim teve que evitar do \·ocifcrava conlra o clero e ir.unwras cilada:c: que lhe i:ram arda outra vida ... Racismos e os Totalitarismos e todas as ideologias centra a Igreja, jamais perdera a madas. Anistiado cm 1 !HG, Antoloucas e désésperadas deste século pagão. E que r:ic, Bonfim saiu da prisão e mansua fé, tanto qHe nunca ·se deitara -- Está V(•ndo, o sennor, .que não estou sózinho, ,;rrn rezar snas três ·Avc-:rvrarias. teve-se desde então completamente vale chorar sobre estas ruínas de \lma civilização pois não P. sr. AJc>xandre Dumas? E que criatura:-; l\hrn o que viril e ouvira dentro afastado do Partido. errada, cançada, exgotada? A hora é de lutas o de :-:ão r•stas? 1, esse ativo chefa· comunista. cio partido aeabou por abrir-lhe tremendas responsabllidad_es para nós cristãos; um de quem tanto se ocuparam ,,. os O c•scrilur parou um instantP v respondeu com º" olhos. Primeiramente os metojorr.ais após o levante de 35, iria , do8 termrisüis com o frio assasPapa Pio XI,. genial, ell?- face deste paganismo peor voz firme: eu unir-me pelos laços da mais sínio de Tobias; cm seguida o que o de Roma em tempo de Cristo, aponta-nos e --- São, três: mel!' cachono, nwu gato e meu 1 estreita amizade. <'.Cnvivio eorn os proceres do parremédio único, il!,substituívcI, necessário - a Acão pa 1iagáio ... Sofreu ele horrores nas prisõe, tido, gente dcselassífica.da. Dissccatólica! · ' . _· , desta capital, e os maus tratos 1ne que nào entravii em pnrtieuA lição fôra. ótimu. Não sei a cara do bancr,tâo recebidos minaram-!IJc para . Jarichides pelo respeito q!JC lhe inAi! de nós, católicos, se não soubermos comqw·iro. Esta resposta poc·er!a servir a muita gei1tl~ sempre a saude. l<'oi decaindo ~J fundia um sacerdote. preend,er a hora trágica que vivemos e não realiolhos vistos até que, em . cstnclo Afirmou, com a revolta no semque por aí se gaba de qur, a religião não interessa ... zarmos o sonho de Pio XI: - recris.tianizar O lnunlastirnavel, veio acabar seus dias blante, que \1m dos seus co1\1paE até ond,. vai parar rsta filosofia pagã da na .Casa de Saude São José. nheirós etc pri$ãO, vitorioso no ulclo pagão, com 'mBtodos novos de um apostolado á vida? Em fins de janeiro do corrente timo ])leito desta capital, eliminaaltura da época. Eis aí uma questão de vida ou de ano, ao voltar à tarde da cidade, ra a muitos infelizes, deitandoEm facé ca morte. 6 pagão mod(•rno só vê 11 n orte para o r~mndo cristão cm face do mundo palhes vcn!".no 1,0 leite. encontrei na portaria do nosso Coanimal, o corpo, qu,, v8;i decompor, a matéria; só legio Santo Inacio um bilhete do Tudo isso Ih~ fez conceber engao, Estamos a altura desta missão divina? medico assistente do caro enfermo. tranhado horror a essa horda de lVIONS. Pedia-me que fosse quanto antes , ~\'entureiros e a buscaT em outra BRANDÃ'i) à Casa de Saude, porquanto um par~e n solução do candente problema social. \ doente de nome Bonfim desejava ilm.tre, que trans:tou pelos asperriconciliar-se com . Deus e pedira Dominado por tais sentimentos, ros caminhos das paixões e ela que me chamassem a mim. esse homem reto, esse convertido r(;volta, entregou sua alma a Deus na mesma sernana em que comemoravamo;; os /?,;'andes misterios JA' TEVE INICIO A GRANDE VENDA DO df. Redenção. e Seu medico assistente, ao vê-lo 1.o ANIVERSARIO · Escola Técnica de Comércio morrer plo.cidamentc, exclarou: DA -- Este homem morreu como um ·justo!

1~ ~l

~

t:asa Hento Lo.eh~~ ~

.

Pregando

em artelando rauanismo

1

do

cee

2

* ----------------------------------·, Ginásio -ACADEMIA MARIANA

Cao,isaria André

Sob Inspeção :Federal

Ofertas especiais em gravatas de pura seda e éamisas finissimas com descontos reais de 10 a 30 o/o. Só artigos novos, modernos e perfeitos. R. .JOAO BHJCOLA N. 0 fiG

·

dfhtê;::::>

a

FONE: 2-2756

..;:,,,>"''

- ~. ...-.,..,.._. ___~==-----'-----=-=~·--::-·.)-----.;~::!=11o .

<Proximo ao largo, Puclre Pericie,;) A direção (a ACADEMIA MARIANA comunica a todos os int• ressados e. em particular ás CONGREGAÇÕES MARIANAS E PIA~ UNlõES, qu,• tro,nsferiu a sede para Av. Ag·ua Branca, 232 (antii_:~ sede do GINASIO ANCHIETA l onde mantera, alem cfos curs,1s <·numera( us achna cursos avtt1sos de L 1~gua~ , um curso moC:f ., de dactil'ografia com otima,, múqÚmas ,, tcdos os requisitos rn o( erna técnica pcctagoglca. Av. Agna Branca, ~32 -

1 /

/


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.