1 '
Ll *
*
) ,.
*
Dez Anos de C·r uzada
A ,·idn de um Bi~po, so t rtlz nmarguras e dcccp~öcs, to.mbCru traz Jrcqucnlcmcnto ales::rin. o
consohu:Uo. J: est-n- 1,or vt~zcs: t:d plc nitmlo C intcnf.idnclc. <1ue cnehe o cor~Uo do Pa..~tor.
COOl
t
o quc nos ocorre c.H;,.c-r ~._
,,ropositO de «Cntolicismo», cm seu dccimo frnivc:rs:lri(). Si\o cle:,, ,inos chcios de His•
torh,. Dez ~u1oi; chcios de bc ntüos. Os ccnto e vinti\ nunu~ros que o jorn!ll 1>ubliC-Ou prc•
e nchcm intcirnmcnto
fi
o~pcc•
t:ltivn eom quo o fundnmos, Assumindo no conju nto cln im-
pr<:nsü cnt.olici\ do Brasil n tn.-
rcrn espccinl de 1>nlfulino chis \'Crclndcs
CS(JUCcid!L'\l,
tc.nt
ulo
1,osto cm foco com intc:Hgcncia c coi:-t1gcm um problcmn capitrtl, scnl cuja considcrn(:ii.Q nndü
se explic:\ sf,tiStütorinmcntc c m uOS$OS c:tins, c nnda sc coutroi
tlc duradouro:
cxisto uma. Re•
l'Olu~iio? € ein rcnlmcnte a ettuS;l 1•rofundfl dt1s s uJl\'crsöes
de ondo vimos, das cm <anc esh1mos_, dn<1uclas J);\ra o mle vn•
mos? <).ual,1uer c1uo sejn. o pro• b1l"mn, - r c.ligioso, cu1turnt, so• c i:.1 - clo s6 so rcsolvcrU bcm ,;m runc::ii.o desh\ grando qucs• lno. 1:-; «Oatolicismo» tcm sitlo no Urf1sil, o. forn. dc lo o vai St'ndo hunbCm, o a.tauto dc..'!l~fl.
g-r11nde vt~rdttclc. A n o,•ohu:Uo t)XiSl.o, s1)u cs1,irito, como umn r1mH1.c;a ut~rn, v1ti enc:hcmlo ::~ t e rr11. s(:u :-1 tc ntnculos sc e:dc11•
tl1•m n todo o orbe o o 1)öcm ,•m ''(Htl in1111 eon,,uJsäo. No!iso ,;ri,ndo probl~mn co1tsistc J)Ois 1·111 clominii-Ji,.
llem hajn 1,ortanto nosso (luC• rido jornnl, 1nlra o <1unl - bcm eomo parn a ,::-ri:uule f:unili:\. de s.-;us l~itor.;:,.;, eolabor:-ulorcs c 1,ro1,:-1~111di.-.t::ts - im11loramos a inf.<"rec~S-Slto oniJ)otcnte de M::t• ri:t. c n 1>ro(c~iio de Sao ?\liguc.l, modclo c sustcntaeulo dos <Jt.lO lut:\m contrn o n,al. ·j· Antonio,
Uis[JO (le CmnI)os.
A
FIR!\10U certa vez o Santo Padre Pio XI quc os jornalist(lS cato licos siio a propria voz clo Papa. 0 Pontifice fez <1uesti,o de salientar c1ue niio di-zi« ··seus porta-voz.cs"'. mas propria.mcnte ··sua voz... isto 1>orquc, cm certos 1nomentos, bem pcqucno seria o nmnero dos filhos do Pai comum que poderiam. scm os jornais. conhccer seu pensamcnto ( discurso aos jornalistas catolicos 26-Vl- 1929). Essa deelara<;äo de Pio X I e11ccrra näo somente um clog:io. mas i1nplica sobretudo numa enonne rcsponsabilidade. n responsabilidade de todos aqueles que realmente sc propöem fazer i1npre nsa cato1ica. No d esempenho de sua missäo, sabem' os j or„ nalistas catolicos qt1c näo pcrte nccm ä lg rc·jn. Doccntc, mas que continuam no papel de sin1ples fiC.is. TCm. cntrctanto, o grave dcvcr de trabalhar ein consonancia com cssa rnes1nn lgreja Docentc. quc recebcu de scu Divino Fundador o e ncargo de c n.-sinar a todas as na,;öcs. Ora, se essn C a ,nissiio da imprcnsa catolicn, para un1 jornal quc te rY, por nomc ··Catolicisn10" outro näo poclia ser o prog:ranu,. Da primeirn a ultima pagina, "Catolicismo" niio a.lrneja scniio ser voz do Papn. a.ssim ilar a doulrina da lgrcj a em toch, a sua nmplitudc, cm todn a sua gr;,ndcZ<,, e u, ~c:l1$ ,,,;ni1n0~ ponncnotcs, lcvan„ do S\ra aplicac;fto pratica näo s() ao campo cspccificamcnte rcligioso, 111as a todos os ramos das atividades hurnanas. Ncstn epoca de laicisrno ostensivo ou vdado, cm <aue os dados da Revcla~äo e da lci natural vao sendo cscorrn~ados das assen1bleias das naqöes e da vida cu ltural dos povos, nosso prognuna näo podia scr outro senäo aquele de Sao Pio X : restaurar todas as eoisas cm Nosso Senhor Jesus Cristo.
cm
O estabeleeer Siio Francisco de Sales con10 patrono dos c.scritores catolicos, indicou P io XI o seguinte prograina a todos aquclcs que se entregan~ ä missäo de propagar ou d efender a doutrma da lgreja: --o cxcmplo do Santo Doutor
ANO XI- N. 121 A JANEIRO 1961
lhcs tra~a clar(lmentc sun li,,ha de condutn: estudar eom o maior cuidado n doutrina catolica. e possul~ln na medida das propria.s for<;as: evitar, seja a ltcrnr a verda.dc. scja. atcnuä-la. ou clissimulii-la, sob prctcxto de näo ferir os adversarios; cuidnr d;). Forrna c da beleza do estilo. real~a, e ornar as idCias co1n o brilho da ling unge1n, d e mo do n tornar a ve rdade atrnentc c\o le itor; saber. quando um ataque se irnpöe, refutn.r os erros c se opor ä malicia dos artificcs do mal, d e 1'n aneira n SCl'n1>re mostrar q:..1c se est<l animado de intc n<;öes re tas c quc se age antes de tudo e 1"1"1 um sentimento d e caridade .. ( Enciclica "Rermn omnium". de 26-1- 1923). Eis, ern forma breve. as disposi~öcs com que iniciarnos a jornada ha cxatame nte dez. anos. Re,ncmornndo o caminho percorrido a partir do prirnciro nu1ne ro, oncle foram e xpostos os lineamcntos de nosso programa sob o titulo d e „A Cruza . . da do Seculo XX .. , cm primciro lugar, como servo~ inutcis. qucrcmos oferecer a Deus e a sua Mac Sanlissi1nn o resuhado de nossns luta.s. de nossas vig ilias, de nossos sncrifieios, na certcz~ de quc. sc a lgum fr uto adveio desses trabalhos, devcmo-lo c xclusivamcnte n bondndc do Altissimo. ...c..g ,,.,1.n.> "' rvf11\uh1'-tÜO de 3t,nld joa1'1\\ d·Arc: .. Os guerrciros lutarfio c Deus lhes dnra a vitoria'".
Ao se dirigircm para JerusalCm, os cruzados ia1n recon hccendo o carni1'lho percor-rido e. e in luga.res eslratcgicos. crguiam pra~as fortificadas. munidas de t·orres c de mneias, pontos de rcfcrencia e de nta la ia. d estinados a inclicar a rota segura aos quc viessc1n atras. e a vigiar os n1ovimc ntos do ini1nigo, bel'n co1'l10 a concentr;ir e orien• tar a hostc ant·cs de prosseg uir na a van~a . . da. Neste can"linhar de dez. anos. n6s. os colaboradores de "'Cntolicismo „ tivernos trCs desses i,nportantes marcos n bal izarnos• o percu rso.
Carta Pastoral sobre Problemas do Apostolado Moderno, de S. Excia. Revma. Sr. D . Antonio de Castro Mayer, foi o prin1eiro dcsses bastiOes. Para obcdccer ao salutar conselho de Pio XI aos jornalistas catolicos. de „ estudar corn o maior cuidado a cloutrina catol ica c a possuir nn mcdida de suas for<:;a.s··, cncontrarnos orienta~äo scgura nesse ex traor• dinario Catecismo de verdades oportunas que se opöem a erros contemporaneos, su• rru,1la concisa de e nsinamentos sobre a Sa•
A
grada Liturgia. sobre a cstru tura da lg rcjn. sobre mctodos de apostolado. sobre nossa vida c.s piritual. no laclo de sabins advcrte ncias quanto R e rros quc de todos os lados ameac;am a integridadc d e nossn fe. tais corno a 1nora) nov(l, o raciona lismo. o evo• lucionismo. o laicis,no. En trctanto, esscs oportunos consclhos e oric1,ta~Ocs, por isso mcsmo quc o apostolado 1eig-o näo se 1>rcndc aos limilcs clo sa1ttuario. mas se espraia por toda a vida social, tambCm abrangen1 o tc1na täo a tual das rela~Ocs e ntre n lg reja e o Estado. e quest-öcs politicas. economicas c sociais, tais co1no o problcmn. das desigualdades, do capital e do trabalho, das riquczas e da possc de b ens n1aterinis, dos regimcs politicos. do socialis1no c do libernlismo. As D iretrizes quc acompanha,n esse Catecismo foram oulra prec.iosa dadiva que imcnsnmente nos tc1n ajudado a dcscorlinar a scnda quc dcvemos trilhar c ,n mcio cla confusäo dos tempos prescntes. Dizia o Senhor ao Profeta Ezcquiel que o havin foito at;.laia na casa d~ Israel c quc lhe pediria contas de todo sang uc que fosse d erra1nado por nüo haver soado a trombcta ao se aproxhnar o inimigo ( EzccJ. 33. 2 a 6). t o emi nente Bispo de Campos umn fiel atalaia cujo zclo inquebran~ tavel lhe perrn itc disccrnir os mcnorcs mo• vi1ncntos do advcrs~rio e dcscobrir as suas m.)quina~öes cavilosas. Essa Carta Pasto. ral sobre Problemas do Apostolado Moderno, desti1"la.da aos scus diocesanos. uhra1>assou as fronteiras do Brasi l e hojc pode~se dizer quc C urn docu1nento rnundia ln1ente c-01\hcciclo atravCs de s uns varias e dic;öes en1 castc1 hano, ein ita1iano e em franccs.
D
SARDA
Y SALVANY, cm seu • sempre atualissimo livro "O Libcra1ismo C pecado··, acentua com uma vervc n1uil"o espanhola quc ein uma guerra a ninguC1n ocorre atirar sobrc os erros ou injusl"i~as quc a suscitara.rn. A fuzilaria e o bombardeio se dirigem sobre aquelcs que pcgam en1 armas para agredir um dircito. invadir sem justa causa uma na~iio. espalha r um erro dcstrujdor do be,n comun1 cspirit-ual ou temporal. Ora, a propaga~äo da verdade, a dif usäo da doulrina ca.tolica. <1ue C a partc positiva ou constru• l"iva d e nosso con1batc, n5o seria completa sc niio nos opusessc1nos aos erros quc lhc säo contrarios. Esses crros. porem. näo tCn1 e xistencia por si mes1nos, n5o nascem por gera~äo espontanc.¾",. Näo h{, hercsia
~--~D~~ ---------------