IV ENCONTRO DE INVESTIGAÇÃO E PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO - EIPE2019 LIVRO DE RESUMOS
FICHA TÉCNICA Título •
IV Encontro de Investigação e Práticas em Educação - EIPE2019
Comissão Coordenadora • •
Fernando Martins (Instituto Politécnico de Coimbra) Luís Mota (Instituto Politécnico de Coimbra)
Edição •
Escola Superior de Educação de Coimbra
Data •
Maio 2019
Comissão Organizadora • • • • • • • • • •
Armando Gonçalves (Instituto Politécnico de Coimbra) Cristina Leandro (Instituto Politécnico de Coimbra) Fernando Martins (Instituto Politécnico de Coimbra) José Miguel Sacramento (Instituto Politécnico de Coimbra) Luís Mota (Instituto Politécnico de Coimbra) Maria do Rosário Castiço Campos (Instituto Politécnico de Coimbra) Natália Pires (Instituto Politécnico de Coimbra) Sílvia Espada (Instituto Politécnico de Coimbra) Sílvia Parreiral (Instituto Politécnico de Coimbra) Virgílio Rato (Instituto Politécnico de Coimbra)
Comissão Científica • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Anabela Panão (Instituto Politécnico de Coimbra) Ana Coelho (Instituto Politécnico de Coimbra) Ana Luísa Costa (Instituto Politécnico de Setúbal) Ana Santiago (Instituto Politécnico de Coimbra) Ana Silva Marques (Instituto Politécnico de Lisboa) António Gomes Ferreira (Universidade de Coimbra) Catarina Cruz (Instituto Politécnico de Coimbra) Cecília Costa (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) Elisabete Monteiro (Universidade de Lisboa) Fátima Neves (Instituto Politécnico de Coimbra) Filomena Teixeira (Instituto Politécnico de Coimbra) Francisco Campos (Instituto Politécnico de Coimbra) José Marques Morgado (Instituto Politécnico de Coimbra) José Pereirinha Ramalho (Instituto Politécnico de Beja) Madalena Teixeira (Instituto Politécnico de Santarém) Margarida Adónis Torres (Instituto Politécnico de Coimbra) Manuel Vara Pires (Instituto Politécnico de Bragança) Maria Isabel Ferraz Festas (Universidade de Coimbra) Maria Teresa Pereira dos Santos (Instituto Politécnico de Beja) Nuno Chuva Vasco (Instituto Politécnico de Coimbra) Pedro Balaus (Instituto Politécnico de Coimbra) Rui Mendes (Instituto Politécnico de Coimbra) Vera Vale (Instituto Politécnico de Coimbra)
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1 – CONFERÊNCIAS PLENÁRIAS
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Competências Para Gerir a Diversidade e a Interculturalidade Margarida Morgado (IPCB, ESE) Existem novos desafios societais e para a formação de professores à luz das competências chave de aprendizagem ao longo da vida definidas pelas União Europeia em 2018 na Recomendação do Conselho de 22 de maio. Este quadro de referência europeu identifica oito competências chave para a sustentabilidade de sociedades democráticas, nomeadamente: (1) a competência literácita; (2)a competência plurilingue; (3) a competência matemática e científico-tecnológica; (4) a competência digital; (5) a competência pessoal, social e de aprendizagem; (6) a competência cidadã para funcionar num mundo glocal; (7) a competência empreendedora; (7) e a competência de sensibilidade e expressão culturais. Proponho analisar quatro destas competências como sendo de especial pertinência para refletir sobre o viver em sociedades multiculturais e multilingues e para a construção da interculturalidade, enquanto projeto de convivência social democrática e pacífica no mundo globalizado, nomeadamente (1) a competência plurilingue, de ser capaz de utilizar diversas línguas para comunicar eficazmente e de forma apropriada em diferentes contextos, especialmente em contextos de mobilidade global; (2) a competência digital, de uso confiante, crítico e responsável das tecnologias digitais para participar, de forma democrática, na sociedade; (3) a competência pessoal, social e de aprendizagem contínua no sentido em que permite a relação com os outros e a capacidade de lidar com a incerteza e a complexidade de sociedades multiculturais e multilingues; e (4) a competência de sensibilidade e expressão culturais definida como a capacidade para compreender e respeitar ideias e sentidos comunicados e expressos de forma criativa em diversas culturas de modo a ser capaz de entender a(s) identidade(s) de cada indivíduo no mundo em relação com (ou por oposição a) outros. Convocarei o desenvolvimento destas competências para o acolhimento da diversidade e a construção da interculturalidade no quadro da formação de professores, explorando exemplos práticos e concretos de como aprender com os outros em ambientes significativamente heterogéneos; como aprender de muitas maneiras diferentes gerindo a diversidade e o multilinguismo; e de como aprender de forma colaborativa a partir de plataformas de materiais e recursos informais e digitais, consumindo e produzindo conteúdos na web 2.0. Alguns dos exemplos apresentados incidirão sobre literacia bilingue e plurilingue, uso crítico da comunicação visual, negociação ou integração interdisciplinar, integração e uso em rede de recursos digitais e colaboração entre ambientes formais e informais de aprendizagem.
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A Educação Intercultural e a Literatura Infantil em contextos de Práticas Pedagógicas Maria da Natividade Pires (IPCB, ESE) Esta conferência problematiza algumas dimensões da abordagem da educação intercultural em contextos de prática pedagógica na educação pré-escolar e no 1.º Ciclo do Ensino Básico. Apresentam-se experiências desenvolvidas no âmbito das práticas supervisionadas de mestrados de formação de educadores e professores deste nível de ensino, a partir da exploração de contos tradicionais e de textos de literatura para crianças de autores contemporâneos. Esta abordagem inclui também materiais organizados durante o desenvolvimento de um Projeto Europeu sobre diversidade, no qual participaram professores do IPCB. Far-se-á ainda uma reflexão sobre algumas experiências em contextos escolares não europeus. Os dados recolhidos permitirão uma reflexão sobre a pertinência da sensibilização das crianças para as questões da diversidade mas também sobre as pré conceções dos alunos formandos e a premência de uma formação de professores onde as práticas de atividades promotoras da inclusão se não restrinjam a momentos meramente simbólicos.
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EKUI e o desenho universal na aprendizagem Celmira Macedo (Fundadora da EKUI) O Decreto-Lei nº 54/2018, impõe novos desafios aos docentes na criação de ambientes de aprendizagem desafiantes e acessíveis, com oportunidades de aprendizagem para todos os alunos. Reconhece que a forma como cada aluno aprende é única e singular, logo, um a abordagem curricular única e inflexível não cumpre com os objetivos de uma educação inclusiva. Neste sentido, importa capacitar os docentes para a mudança, ajudando-os a identificar e remover as barreiras à aprendizagem e à participação, ao nível das práticas pedagógicas. E por outro lado, conhecer estratégias, metodologias, materiais, ferramentas, suportes e formas de avaliação sustentadas no Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA). O DUA é uma abordagem curricular que atende ao perfil dos alunos, tendo em consideração diferentes formas de representação, expressão e envolvimento, através do planeamento intencional, proactivo e flexível das práticas pedagógicas. A EKUI é uma metodologia de desenho universal para a aprendizagem da leitura, da escrita e da fala. Congrega quatro formas de comunicação: o alfabeto gráfico português, o alfabeto da Língua Gestual Portuguesa, o Braille e o alfabeto fonético.
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Investigação científica, produção de conhecimento e responsabilidade social Cristina C. Vieira (FPCE, UC) Nesta conferência pretende refletir-se em torno do papel da ciência na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, capaz de colocar na sua agenda pessoas e grupos mais invisíveis ou com menos voz. A herança positivista que as ciências sociais e humanas receberam e foram forçadas a respeitar, durante o último século, para conseguirem a sua legitimidade científica, impôs determinados formatos metodológicos de “tamanho-único”, que podem ser profundamente excludentes. Importa, por isso, convocar para a discussão os princípios que presidem à escolha das temáticas de investigação e dos métodos de trabalho científico, bem como os critérios respeitados para tornar credível o conhecimento produzido.
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2 – COMUNICAÇÕES
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A ilustração contemporânea para uma educação transformadora Mónica Oliveira Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano Universidade Católica Portuguesa Escola Superior de Educação Paula Frassinetti e Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da UP monica@esepf.pt Resumo A ilustração contemporânea desempenha um papel de relevância como elemento facilitador da compreensão da realidade em que nos inserimos e de consciência social. A sua área de atuação recai na atividade artística, como meio de conhecimento e espelho cultural da humanidade. Nesse sentido, a presença da ilustração na educação forma e capacita as crianças para realizarem a sua “leitura do mundo”. Este artigo configura-se como uma síntese de um projeto levado a cabo na Educação Préescolar. Privilegiou-se uma investigação de cariz interpretativa e adotou-se uma metodologia de estudo de caso. Os instrumentos de recolha de dados passaram pela observação direta das atividades realizadas pelas crianças e pelas narrativas solicitadas aos educadores. Os objetivos que presidiram a esta investigação foram os seguintes: i) perceber a importância da ilustração contemporânea para uma educação transformadora; ii) compreender de que forma as crianças se posicionam face aos problemas que afetam a sociedade em que vivem. Como resultado percebemos que as crianças conseguem ler a imagem iconográfica a partir dos seus elementos formais e apropriar-se de problemáticas que têm a ver com o mundo onde se encontram inseridas. Em síntese, reconhecemos o impacto positivo da ilustração contemporânea para uma consciência social e a promoção de uma cidadania ativa. Palavras-chave: ilustração atual, educação pré-escolar, educação transformadora
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Educação emocional em contexto pré-escolar: um percurso palmilhado com os livros Teresa Mendes Instituto Politécnico de Portalegre, Portugal C3i – Coordenação Interdisciplinar de Investigação e Inovação do IPPortalegre CEC - Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa teresa.mendes@ipportalegre.pt Paula Mota Obra de Santa Zita de Elvas, Portugal paula_c.p.mota@hotmail.com Resumo A investigação recente tem vindo a demonstrar que o desenvolvimento emocional da criança é um dos fatores decisivos para a construção da sua identidade, e que quanto mais a criança conseguir identificar e distinguir emoções, exteriorizá-las e regulá-las, mais facilmente se transformará num indivíduo equilibrado e com boa capacidade relacional. O educador de infância deve para isso auxiliar as crianças na construção desse processo identitário e de relação com a alteridade, devendo promover atividades adequadas e estimulantes que proporcionem o seu desenvolvimento emocional, de modo a que estas sejam, no presente e no futuro, emocionalmente competentes. Nesse sentido, pretende-se, na presente comunicação, dar conta de um projeto de investigação-ação, implementado em contexto pré-escolar, e que teve como recurso pedagógico privilegiado o livro de qualidade estética e literária. Embora entendendo-o como um objeto artístico, foi nosso propósito conceber um projeto em que se intersecionam os diferentes conteúdos e domínios plasmados nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, com a finalidade de auxiliar as crianças a reconhecer e a regular as suas emoções e a relacionar-se de forma harmoniosa com os outros. Os resultados obtidos permitir-nos-ão retirar ilações sobre o projeto implementado e o contributo imediato que o mesmo implicou em termos do desenvolvimento holístico da criança. Palavras-chave: literatura infantil, educação emocional, educação pré-escolar.
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Naturalia, práticas comparadas Joana Ferreira – Politécnico de Lisboa-Escola Superior de Educação jferreira@eselx.ipl.pt Joana Matos – CIEBA - Centro de Investigação em Estudos de Belas-Artes | Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação jmatos@eselx.ipl.pt Sandra Antunes – UNIDCOM/Fac. Design Tecnologia, Comunicação da Universidade Europeia | Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação santunes@eselx.ipl.pt Resumo Constituindo-se como a primeira abordagem às Artes Plásticas, oferecida aos estudantes de 1º ano, da Licenciatura em Educação Básica, da ESELx, a UC na qual se integra o presente projeto fomenta a aquisição e a mobilização de conhecimentos de natureza técnica no âmbito de práticas bi e tridimensionais. Tendo por base o estudo da frottage, a realização que partilhamos desenhou-se numa abordagem de índole projetual desenvolvida com estudantes de licenciatura e crianças do 1º ciclo do Ensino Básico. Considerando a frottage como princípio gráfico e sígnico, de sentido táctil e icónico, foram convocados por via das práticas conhecimentos históricos e plásticos, operacionalizaram-se elementos e princípios abstractos, foi produzida ação reflexiva e crítica, fomentou-se investigação fundada na prática, conceptualizou-se um projeto expositivo para a disseminação do conhecimento adquirido. A pretexto da análise dos personagens criados no século XVI por Jheronymus Bosch, organizou-se um mundo de formas imaginárias, de base material e cientificamente informada, ponto de partida para o conjeturar outras perspectivas sobre a(s) realidade(s), fomentando a produção de pensamento reflexivo, desenvolvendo literacia e cultura visuais, alavancando ação projetual em educação, iniciação à investigação, e inova-ação.
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A creche: espaços de interações Raquel Maricato SAI, SASUC rakamaricato@gmail.com Joana Vila Nova SAI, SASUC jbvilanova@gmail.com
Resumo Nos Serviços de Apoio à Infância (SAI) dos SASUC as crianças são participantes ativas no seu processo de aprendizagem. Reconhecemos o seu direito à escuta e à participação. Concebemo-las como competentes nas suas explorações, descobertas, comunicação, criação e construção de significado. Com este relato apresentaremos uma experiencia em que se organizaram diferentes ambientes com desafios e oportunidades de aprendizagem distintos. Os espaços foram explorados em pequenos grupos constituídos por crianças de diferentes idades. Os adultos suportaram a sua atividade exploratória, observando, registando, refletindo e planificando de modo a suportar a sua aprendizagem num contexto alargado de interações. Deste modo, pretende-se mostrar como a escuta ativa da criança permite ao educador formular hipóteses, flexíveis e adaptadas às necessidades e interesses das crianças, de caminhos a percorrer com estas, organizando um ambiente educativo rico em interações, permitindo a livre exploração e guiando-as como autoras do seu conhecimento e aprendizagem. Palavras-chave: Creche, Observação, Escuta, Interações, Organização do ambiente educativo.
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Representações das crianças sobre a aprendizagem da LE – projeto Kiitos@21st Century Preschools Teresa Coelho1, Amélia de Jesus Marchão2, Susana Porto3 1
Instituto Politécnico de Portalegre (PORTUGAL), teresa.coelho@ipportalegre.pt
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Instituto Politécnico de Portalegre (PORTUGAL), ameliamarchao@ipportalegre.pt
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Instituto Politécnico de Portalegre (PORTUGAL), s.porto@ipportalegre.pt
Resumo O Projeto Kiitos@21st Century Preschools é um projeto internacional financiado pelo Programa Erasmus+ que visa uma abordagem pedagógica integrada na educação préescolar, promovendo a aprendizagem de uma língua estrangeira (inglês), a educação musical e as competências para o século XXI. No contexto da investigação que se realizou no projeto e que teve por objetivo avaliar a eficácia da sua implementação, destacamos nesta comunicação a análise das representações das crianças de 5-6 anos sobre a sua aprendizagem do Inglês. A investigação tomou a forma de um estudo de caso e, entre outros instrumentos de recolha de dados, foi desenvolvido um processo de escuta das crianças há mais tempo envolvidas no projeto. Situando-se a criança no centro do processo pedagógico, as suas representações sobre a aprendizagem do Inglês foram recolhidas com recurso a narrativas multimodais (desenho e voz) e com a realização de uma entrevista com o objetivo de descrição dos significados. Da documentação (desenho) e da escuta das suas vozes emergiram categorias de análise que permitiram uma visão mais objetiva dos elementos que entendem como mais importantes e que deram origem a recomendações para as práticas pedagógicas das educadoras e das professoras de Inglês, cujo papel é percecionado como central para a aprendizagem da Língua Estrangeira. Palavras-chave: pré-escolar; representações das crianças; narrativas multimodais.
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Os Mapas Pessoais de Significado como metodologia de diagnóstico e avaliação Rita Campos CES-UC, Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra rita.ml.campos@gmail.com Resumo Os Mapas Pessoais de Significado (PMM; Personal Meaning Maps) foram inicialmente desenvolvidos para medir os resultados da aprendizagem em ambientes de educação nãoformais. Nestes espaços a aprendizagem contempla outras dimensões, como resultados acidentais, fruto da experiência da visita, que poderão não ser considerados como aprendizagem cognitiva mas se constituem como aprendizagem significativa. Nesse sentido, os PMM baseiam-se no modelo construtivista, reconhecendo que cada pessoa é um participante activo na construção do seu próprio conhecimento e que este depende não só do contexto físico da aprendizagem mas também dos contextos sociais e pessoais. Assim, a metodologia assume que os conhecimentos e experiências prévias vão moldar o processo de aprendizagem, que este é único e pessoal e, por esse motivo, não cria expectativas em relação ao que cada um deve saber. Dada a sua utilidade em avaliar a aprendizagem significativa e informar sobre conhecimento e compreensão, esta metodologia tem também vindo a ser utilizada em contextos de educação formal, onde pode ser usada como ferramenta de diagnóstico ou de avaliação. Aqui apresentam-se alguns exemplos de utilização dos PMM para aferir atitudes e avaliar aprendizagens, identificando diferentes ganhos no conhecimento e compreensão. Partindo da possibilidade da metodologia incluir representações visuais, abre-se a discussão aos desafios e potencialidades da adaptação do princípio dos PMM em contexto de educação de infância. Palavras-chave: Mapas Pessoais de Significado, conhecimento, avaliação, metodologias visuais.
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construtivismo,
construção
do
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Conseguirá a Matemática surpreender o estudante mais cético? Márcio Dinis do Nascimento de Jesus CI&DETS, ESTGV, Instituto Politécnico de Viseu mnasce@estv.ipv.pt Nuno Rafael Oliveira Bastos ESTGV, Instituto Politécnico de Viseu nbastos@estv.ipv.pt Resumo O conhecimento matemático é presença assídua no dia-a-dia, sendo a sua aquisição considerada, por vezes, complexa. Despertar o interesse pelo conhecimento matemático no estudante, logo nos primeiros anos de aprendizagem, é a prioridade mais desafiante do professor. A introdução de estímulos de cariz lúdico e, por vezes, “mágicos”, em sala de aula é, frequentemente, uma estratégia conducente ao êxito de tal prioridade, pelo que compete ao professor implementar desafios que despertem no estudante o interesse e a curiosidade pelo conhecimento matemático. Esta comunicação tem por propósito recriar algumas atividades dinamizadas no decorrer dos dois últimos anos letivos, a diferentes alunos dos 1.º e 2.º ciclo do ensino básico, adotando uma metodologia qualitativa, numa abordagem exploratória e descritiva. Assim, propomosnos a apresentar “truques mágicos’’ e respetiva fundamentação matemática, envolvendo apenas cálculo aritmético e reconhecimento de algumas propriedades básicas dos números naturais. Como resultado das atividades desenvolvidas, através da observação dos estudantes nas situações vivenciadas, na estrutura do seu discurso e descrição do seu raciocínio, somos levados a concluir que esta abordagem pode constituir um novo recurso metodológico, enquanto medida de sucesso para a aquisição do conhecimento matemático em contexto de sala de aula. Palavras-chave: Aprendizagem, desafios, ensino, matemática, números naturais. Agradecimentos Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UID/Multi/04016/2019. Agradecemos adicionalmente ao Instituto Politécnico de Viseu e ao CI&DETS pelo apoio prestado.
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“A trupe do mar em andanças pela escola” Um Projeto interdisciplinar e intergeracional no 2.º Ciclo do Ensino Básico Pedro Cabral Mendes Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Applied Sport Sciences Research Unit – ASSERT- ROBOCORP pmendes@esec.pt Cristina Rebelo Leandro Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudo em Música e Dança (INET-md) do pólo da FMH cristina@esec.pt (correspondência) Ana Isabel Pereira Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste anisabel.anaisabel@aecoimbraoeste.pt Este trabalho tem como finalidade relatar uma experiência educativa interdisciplinar e intergeracional no 2.ºCEB. Participaram os alunos de uma turma do 5.ºano de uma Escola EB 2,3 e os idosos de um Centro de dia da cidade de Coimbra. Este projeto intitulado “A trupe do mar em andanças pela escola” desenrolou-se durante o ano letivo 2017/18, terminando com uma apresentação final à comunidade. O projeto, desenvolvido no âmbito da Educação Cívica, com a colaboração da Biblioteca Escolar, contemplou práticas integradas com a escrita criativa, a dança criativa e a música, entre os alunos e os idosos, tendo como tema aglutinador a obra literária A Menina do Mar, de Sophia Andresen. Destacam -se dois momentos no processo de trabalho: 1) Na Oficina de Escrita Criativa, os alunos da turma reescreveram a história em quadras (outubro a dezembro); e, 2) A Oficina de Dança Criativa (janeiro a junho) pretendeu que alunos e idosos materializassem através de movimentos expressivos/criativos as partes da história, construindo composições dançadas que tiveram como elemento condutor as quadras musicadas. Ao longo deste processo de criação artística/composição coletiva estiveram subjacentes os quatro pilares da Educação para o século XXI, com a construção e a partilha dos saberes entre alunos (“netos”) e idosos (“avós”): aprenderam a conhecer, a fazer, a viver juntos e a ser. Foi gratificante sentir o grupo crescer, no sentido da pertença, da ajuda, do afeto e da satisfação ao longo do projeto. Palavras-Chave: Interdisciplinariedade; Intergeracionalidade; Dança criativa; 2.ºCiclo do Ensino Básico
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Avaliação alternativa e autêntica: (des)construir o mundo (des)encantado da avaliação na educação pré-escolar Ana Beatriz Gomes Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (IPL/ESECS). abeatrizbbg10@gmail.com Miguel Oliveira Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (IPL/ESECS)/ CICS.NOVA. miguel.oliveira@ipleiria.pt Resumo É essencial (des)construir o mundo (des)encantado da avaliação! Este ensaio investigativo pretende estudar a avaliação na Educação Pré-escolar e a implementação de uma avaliação alternativa e autêntica. Procuraremos dar resposta aos seguintes objetivos i) aprofundar os conceitos de avaliação e avaliação alternativa e autêntica; ii) conhecer diferentes estratégias de avaliação; iii) identificar e conhecer diferentes instrumentos de avaliação; iv) perceber como implementar a avaliação por portefólio no jardim de infância; v) refletir sobre a prática de uma avaliação alternativa e autêntica vivenciada num contexto de educação pré-escolar. Trata-se de um estudo qualitativo, de uma investigação-ação com recurso a entrevistas e com a construção de um portefólio de aprendizagem de uma criança com agência e da família como interveniente. Os dados recolhidos foram transcritos e sujeitos a análise de conteúdo, nomeadamente as entrevistas à criança, aos pais e à educadora. Também foi feita análise documental ao portefólio construído. Apesar de a investigação não estar concluída, é possível destacar, para já, duas conclusões: i) percebemos que a avaliação que se preconiza na teoria de referência não corresponde à que efetivamente se pratica nos contextos que conhecemos; ii) pudemos constatar que o portefólio reflete a evolução do desenvolvimento e aprendizagem da criança em diferentes domínios, de forma autêntica e sistemática. O educador reflete, problematiza e (re)constrói a sua ação educativa. Palavras-chave: Educação pré-escolar, avaliação, avaliação alternativa e autêntica, portefólio.
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Promoção das competências da matemática funcional em jovem com síndrome de Williams Olga Oliveira1, Fernando Martins1,2 olgoliveira@gmail.com, fmlmartins@esec.pt 1
Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, DE, Portugal;
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Instituto de Telecomunicações, Delegação da Covilhã, Portugal
Resumo O estudo de natureza qualitativa, de cariz interpretativo e design de investigação-ação desenvolveu um conjunto de atividades que promovessem num jovem, com Síndrome de Williams, competências matemáticas funcionais nomeadamente nas transações monetárias. Estas transações, do âmbito da Matemática Funcional, tiveram como base um conjunto de estratégias de investigação-ação e ocorreram inicialmente em ambiente de sala de aula e, posteriormente, numa pastelaria e num supermercado. As aprendizagens revelaram-se profícuas na evolução da compreensão e aplicação de conceitos matemáticos, tais como o uso do dinheiro. Verificou-se a sua aplicação em situações reais e isso contribuiu para o desenvolvimento da autonomia do aluno. Palavras-chave: Síndrome de Williams; Matemática Funcional; Transações Monetárias.
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A diversidade familiar em contexto educativo Daniela Ilda Vaz Pinto ESEC, IPC dani.vaz.pinto@gmail.com Maria de Fátima Neves ESEC, IPC fneves@esec.pt Resumo A Sociedade está em mudança, provocando alterações na sua base estrutural: a família. As transformações sociais, políticas, económicas e culturais têm conduzido à existência de diversos modelos familiares. A diversidade familiar está presente nas Escolas e nas salas de aula. A LBSE (1986) refere que a identidade escolar deve “assegurar o direito à diferença, mercê do respeito pelas personalidades e pelos projectos individuais da existência, bem como da consideração e valorização dos diferentes saberes e culturas” (art.º 3, d), p. 3068). Assim, a Escola deve promover atividades e ações que desenvolvam sensação de bem-estar, de valorização e autoestima, promovendo o respeito pelo outro e pela sua identidade. Apesar dos estudos sobre a relação entre a Escola e a Família, esta problemática continua a ser importante e atual. O trabalho realizado abordou a temática, aprofundando a diversidade familiar em contextos escolares, procurando perceber o que as crianças pensavam das suas famílias. Para tal, desenhou-se um quadro teórico sobre o conceito de família, a evolução e os diversos modelos de famílias. O estudo exigiu, igualmente, uma abordagem teórica sobre o desenho infantil. Pretendeu-se identificar o modo como as crianças viam as suas próprias famílias, através de desenhos e de composições escritas. Os dados permitiram caraterizar as famílias, a partir do olhar e das vozes das próprias crianças. Recomenda-se a promoção de práticas que respeitem a diversidade familiar e a diferença. Palavras-chave: Famílias; diversidade familiar; desenho infantil; práticas educativas; respeito pela diferença.
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TPACK: uma proposta de integração adequada da tecnologia na aula de matemática Ricardo Silva Escola Básica Faria de Vasconcelos rjpsilva@esec.pt Isabel Raimundo Escola Básica do Tovim raimundoisabel@sapo.pt Virgílo Rato Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC virgilior@esec.pt Fernando Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ASSERT, ESEC Instituto Politécnico de Coimbra, IIA, RoboCorp Instituto de Telecomunicações, Delegação da Covilhã fmlmartins@esec.pt Resumo Os dipositivos tecnológicos são uma presença constante no quotidiano dos Nativos Digitais, estando também disponíveis em contexto escolar. Esta realidade implica que a tecnologia não deve ser encarada como algo externo aos processos de ensino e de aprendizagem, mas sim integrada na sala de aula em articulação com o currículo. O modelo conceptual Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK) permite ao professor estruturar uma abordagem que inclua de forma equilibrada conhecimentos a nível dos conteúdos, a nível pedagógico e, também, a nível tecnológico, partindo sempre do contexto único do grupo de alunos a quem se destinam as propostas didáticas. Nesta comunicação apresenta-se uma proposta de integração adquada da tecnologia, baseada no modelo conceptual TPACK, na prática de sala de aula com base numa experiência de ensino efetuada numa turma do 1.º ano do 1.º CEB, cujo foco incidiu na modelação matemática como ambiente de aprendizagem, recorrendo a manipulativos virtuais, para desenvolver a compreensão dos sentidos da adição e da subtração, possibilitando aos alunos um papel ativo na construção do seu conhecimento matemático. Palavras-chave: TPACK, prática de sala de aula, modelação matemática, manipulativos virtuais.
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Utilização do treino de pares na promoção da inclusão e socialização de um aluno com Perturbação do Espetro do Autismo Maria Isabel Castro Pita, Anabela Panão Ramalho Isabelinha_pita@hotmail.com, anabelapanaoramalho@gmail.com Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, DE, Portugal; Resumo Nas muitas fases de desenvolvimento de uma criança, as interações com os seus pares assumem um papel primordial. Como se sabe, uma criança com PEA pode apresentar poucas competências de socialização. É na escola que o saber estar com o(s) outro(s) ao lado do(s) outro(s) atinge o seu potencial. Tal como se pode comprovar através do presente estudo, reconhece-se que os próprios pares preenchem uma lacuna no que à interação com estas crianças diz respeito. Nesse sentido o foco de estudo centra-se inevitavelmente não só na criança com PEA, como também nos seus pares. Nesse sentido, surge a questão que serviu de base à investigação: “de que forma o treino de pares potencia a socialização, a inclusão e a aprendizagem de alunos com PEA no meio escolar?”. Palavras-chave: Treino de pares; Socialização; Perturbação do Espetro do Autismo; Iniciação.
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O uso do GeoGebra na compreensão e construção de definições Catarina Cruz Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC cmcruz@esec.pt Armando Gonçalves Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC adsgoncalves@esec.pt Ana Santiago Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC asantiago@esec.pt Nuno Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC nmartins@esec.pt Fernando Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC fmlmartins@esec.pt Resumo O ensino da Matemática tem privilegiado a abordagem dos conceitos a partir de definições dadas a priori. Persiste ainda a ideia de que uma boa prática de ensino fornece as definições como ponto de partida para o trabalho que se segue. Alguns autores têm defendido, desde há muito tempo, uma participação mais ativa por parte dos estudantes no processo de definir. Os softwares de geometria dinâmica são artefactos e ferramentas epistémicas adequadas para usar no processo de ensino e de aprendizagem, pois, para além de auxiliarem a compreensão de conceitos, favorecem a validação de definições e a sua construção. No ano letivo de 2017/2018, observou-se, numa Unidade Curricular da área de Matemática, da Licenciatura em Educação Básica, uma tendência dos estudantes para definir quadriláteros a partir de propriedades relacionadas com lados e ângulos internos, bem como o recurso a excesso de informação. Esta constatação induziu os autores a refletir sobre que artefactos e ambientes de aprendizagem poderão promover, nos estudantes, a compreensão e construção de múltiplas definições de um mesmo quadrilátero. Neste sentido, foi realizado um estudo exploratório dedicado à compreensão e construção de definições, com recurso ao software GeoGebra. Nesta comunicação pretende-se apresentar um modelo de prática de sala de aula, na formação inicial de professores, no qual é dada ênfase à compreensão de múltiplas definições, bem como ao raciocínio dedutivo na construção de definições económicas. Palavras-chave: Geometria, Definições, Quadriláteros, GeoGebra, Formação inicial de professores.
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Ciências experimentais no 1.º ciclo do ensino básico Liliana Sousa Escola Superior de Educação de Fafe lilianavasco5@gmail.com Catarina Neves Escola Superior de Educação de Fafe catarinaneves@iesfafe.pt Estrela Paulo Escola Superior de Educação de Fafe estrelapaulo@iesfafe.pt Rosa Martins Escola Superior de Educação de Fafe rosamartins77@gmail.com João Carlos Pascoinho Escola Superior de Educação de Fafe joaopascoinho@iesfafe.pt A partir da asserção que a educação em Ciências com base experimental é um dos principais fatores na educação científico tecnológica para as crianças, o presente estudo foca-se no impacto da atividade experimental no desenvolvimento de atitudes científicas e na aquisição de conhecimentos relativos à área curricular do Estudo do Meio em crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Participaram na investigação 8 crianças, entre os 7 e os 9 anos de idade, a frequentar o 2.º ano do 1.º ciclo do Ensino Básico de uma Escola do Norte de Portugal. Os níveis de desenvolvimento de atitudes científicas dos sujeitos foram avaliados antes e após a sua participação em cinco atividades experimentais, visando conteúdos inseridos na área curricular de Estudo do Meio – 2.º ano, através da Grelha de Níveis de Desenvolvimento de Atitudes Científicas, adaptada e traduzida de Giordan (1999). A aquisição dos conhecimentos previstos sobre os conteúdos curriculares alvo do ensino experimental foram medidos através da resposta a fichas de avaliação das aprendizagens realizadas para cada uma das atividades experimentais. Os resultados do estudo relevam o efeito positivo das atividades experimentais, na totalidade dos alunos, no desenvolvimento de atitudes científicas, sobretudo nas dimensões curiosidade e atividade crítica, e na aquisição de conhecimentos teóricos corretos sobre as atividades experimentais realizadas. Palavras-chave: Formação de professores, 1.º Ciclo do Ensino Básico, Atividade Experimental, Atitude Cientifica.
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Poesia entre saberes: uma proposta para o 1.º CEB Paula Cristina Ferreira ESECS, CI&DEI, Politécnico de Leiria paula.ferreira@ipleiria.pt Catarina Mangas ESECS, CICS.NOVA.IPLeiria–iACT, CI&DEI, Politécnico de Leiria catarina.mangas@ipleiria.pt Resumo O novo paradigma educativo, Autonomia e Flexibilidade Curricular, focado no sucesso académico e na preparação do jovem do futuro, veio exigir não só um repensar das práticas pedagógicas, como uma maior interação entre professores, uma mais eficiente articulação de saberes e procedimentos e uma necessária interdisciplinaridade. Sob este paradigma devem os professores, de modo interdisciplinar, cruzar, sempre que possível, conhecimentos, capacidade e atitudes para que desse modo se efetivem as Aprendizagens Essenciais. Através dos conteúdos e dos projetos interdisciplinares, intitulados Domínios de Autonomia Curricular (DAC), as crianças/alunos desenvolverão as diferentes competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Pretende-se, neste contexto educativo, a partir de uma obra de Educação Literária, presente no Programa e Metas Curriculares do Português do Ensino Básico para o 4º ano de escolaridade, apresentar um exemplo de planificação de DAC. A planificação a apresentar centra-se em seis poemas da obra Mistérios, de Matilde Rosa Araújo, procurando-se que as estratégias, devidamente fundamentadas, se centrem no Português, mas se articulem de forma explícita com os conhecimentos e capacidades do Estudo do Meio, da Matemática e da Expressão Plástica. Palavras-chave: Aprendizagens Essenciais, interdisciplinaridade, pensamento criativo, pensamento crítico.
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Um olhar sobre sexualidade e reprodução humana no 3º ano de escolaridade Ana Micaela Spínola Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Coimbra aspinola@esec.pt Filomena Texeira Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Coimbra Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores – Universidde de Aveiro filomena@esec.pt Resumo O projeto “Um olhar sobre sexualidade e reprodução humana no 3.º ano de escolaridade” de natureza qualitativa, de tipo descritivo e interpretativo decorreu em contexto de estágio no 1.ºCiclo do Ensino Básico (1.ºCEB), durante o ano letivo 2016/2017, numa turma constituída por dezoito crianças, oito alunos e dez alunas, que frequentavam uma escola pública no centro de Coimbra. A finalidade do projeto era “conceber, implementar e avaliar uma proposta de educação em sexualidade com crianças do 3.º ano de escolaridade”. Numa primeira fase, através de um questionário, foi feito o diagnóstico de conceções das crianças sobre sexualidade e reprodução humana. Na segunda fase decorreram as sessões de Intervenção acerca da temática em estudo. Na terceira fase, após a Intervenção, voltou a ser administrado o questionário inicial, a fim de saber se houve modificação e/ou evolução nas aprendizagens. Os resultados mostraram que as crianças possuíam conceções sobre sexualidade e reprodução humana e que, de uma forma geral, após a Intervenção, houve evolução nos seus conhecimentos. Concluiu-se que a proposta de educação em sexualidade realizada com crianças do 3º ano, envolveu partilha e confronto de conceções, mas também motivação e novas aprendizagens. Palavras-chave: Sexualidade, Reprodução Humana, Educação em Sexualidade, 1.º Ciclo do Ensino Básico.
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O jogo e a brincadeira como forma de aprendizagem Francisco Campos Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, UNICID; IIA - ROBOCORP. PORTUGAL. francicampos@gmail.com Edson da Costa Vitor CIA de Brincadores Edinho Paraguassu, BRASIL. edinhoparaguassu@hotmail.com Fernando Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, UNICID; IIA - ROBOCORP. PORTUGAL. fmlmartins@esec.pt Rui Mendes Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, UNICID; IIA - ROBOCORP. CIDAF-UC. PORTUGAL. rmendes@esec.pt Resumo O jogo, e a respetiva brincadeira, quando encarados numa perspetiva lúdica e prazerosa, para além de uma forte componente afetiva e/ou social, induzem e estimulam na criança inúmeros aspetos de cariz psicológico, locomotor e cognitivo. Quando bem orientadas, estas atividades (que impliquem o jogar e o brincar) são um veículo primordial para, entre outras capacidades: desenvolver processos, por vezes complexos, associados à autoestima e/ou autoconceito em crianças e/ou jovens adolescentes; estimular uma maior prática de atividade físico-motora, de forma a minimizar e em parte combater um dos flagelos cada vez mais atual e cada vez mais encarado numa perspetiva de saúde pública (obesidade infantil); melhorar o conhecimento de outras áreas de caracter obrigatório (eg., Matemática), recorrendo ao trabalho interdisciplinar entre áreas distintas mas complementares (eg., Matemática e Educação Física). O jogar, o brincar através do jogo, o jogar e brincar como forma de ensino-aprendizagem, as estratégias didáticas e pedagógicas para estímulo de uma melhor e maior aprendizagem, bem como outras temáticas associadas a estas questões, serão o cerne desta comunicação, onde pretendemos discutir e refletir acerca desta problemática e de como nós, agentes educativos, podemos adaptar a nossa intervenção, no sentido de potenciar a aprendizagem de uma forma mais lúdica, nunca descurando os princípios educativos subjacentes a este processo. Palavras-chave: Brincar, Ensino-aprendizagem, Interdisciplinaridade, Jogo, Motricidade.
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HypatiaMat: articulação da Matemática e das Tecnologias de Informação e Comunicação no 1.º CEB Andreia Sousa Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação aacs1996@hotmail.com Carina Ferreira Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação ferreiracarina1993@hotmail.com Isabel Raimundo Escola Básica do Tovim, Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro raimundoisabel@sapo.pt José Miguel Sacramento Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação jose@esec.pt Rita Miranda Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação rita_miranda26@hotmail.com Virgílio Rato Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação virgilior@esec.pt Resumo Os relatórios e os normativos educacionais apontam, entre outros, dois grandes desafios ao Sistema Educativo português, por um lado a promoção do sucesso educativo na Matemática, por outro, a utilização transversal das Tecnologias de Informação e Comunicação. Para ajudar neste desígnio foi criado o site HypatiaMat, apresentando diversas aplicações delineadas a partir dos conteúdos programáticos da componente curricular de Matemática, do Ensino Básico. Neste sentido, a experiência de ensino e aprendizagem que servirá de base a esta comunicação foi realizada no âmbito da Prática Pedagógica Supervisionada do 1.º Ciclo do Ensino Básico, numa turma de 2.º ano, onde foram dinamizadas diferentes atividades no referido site, visando a abordagem de diversos conteúdos matemáticos, nomeadamente nos domínios “Números e Operações” e “Geometria e Medida”. Assim sendo, nesta comunicação temos como finalidades partilhar e refletir sobre algumas experiências desenvolvidas no estágio, apresentar algumas vantagens e limitações por nós percecionadas, bem como avaliar, a partir do sistema de backoffice, a frequência e as dinâmicas de utilização desta plataforma digital, quer em horário letivo quer nos tempos pós letivos. Palavras-chave: Matemática, HypatiaMat, TIC, 1.º Ciclo do Ensino Básico, Prática Educativa.
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A Expressão Físico-Motora para promover a Educação Financeira Beatriz Antunes Costa Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC beatriz.antunes07@gmail.com Susana Raquel Monteiro Lucas Agrupamento de Escolas da Lousã, Grupo 110 susanamartins@aglousa.com Francisco Campos Instituto Politécnico de Coimbra, ASSERT, IIA, RoboCorp, ESEC francicampos@esec.pt Fernando Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ASSERT, IIA, RoboCorp, ESEC Instituto de Comunicações fmlmartins@esec.pt Resumo A Educação Financeira é um tema que tem ganho destaque tanto a nível nacional como a nível internacional, sendo hoje um tema incontornável no contexto escolar. Em 2013 foi elaborado pelo MEC, e pelo Plano Nacional de Formação Financeira, o Referencial de Educação Financeira (REF), documento orientador para a promoção da literacia financeira em contexto educativo e formativo. Uma das grandes finalidades do Ensino da Matemática, segundo o programa em vigor, é a interpretação da sociedade em que estamos inseridos. Por outro lado, o REF considera a Educação Financeira uma temática transversal e transdisciplinar da Educação para a Cidadania. Os jogos tradicionais infantis, no âmbito da Expressão e Educação Físico-Motora, para além dos benefícios lúdicos, sociais, emocionais e físico-motores, são uma forma de promover diversas aprendizagens e desenvolvimento cognitivo da criança. Neste sentido, criou-se e implementou-se uma experiência de ensino interdisciplinar no âmbito da Prática Educativa I no 1.ºCEB, numa turma de 3.º ano, tendo por objetivo mostrar que usando os jogos tradicionais infantis se poderá promover a literacia financeira. Assim, temos como finalidade mostrar a forma como a Professora Estagiária efetuou as suas práticas usando a interdisciplinaridade entre EEFM e a Matemática, bem como promover uma reflexão sobre as potencialidades e desafios da utilização deste tipo de práticas para a obtenção de maior compreensão de conteúdos relativos à Educação Financeira. Palavras-chave: Educação Financeira, Expressão e Interdisciplinaridade, Jogos Tradicionais Infantis, Matemática.
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Educação
Físico-Motora,
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A minha história tem memória Filipa Botelho Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação filipalbotelho@gmail.com Ana Rita Hortênsio Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação anarita_hortensio@hotmail.com Filipa Mendes Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação mendes_pi@hotmail.com Cátia Ruivo Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação ctruivo@gmail.com Fátima Neves Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação fneves@esec.pt Filomena Teixeira Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores – Universidade de Aveiro filomena@esec.pt Resumo Nesta comunicação será apresentado um Trabalho por Projeto destinado a 21 crianças do 3.º ano de escolaridade, realizado no âmbito da Unidade Curriuclar de Didática do Estudo do Meio do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico. O Projeto tinha como objetivos construir uma cápsula do tempo relativa ao passado e ao presente sobre si próprio aprofundando o conhecimento do seu passado familiar, numa perspetiva integradora de saberes. O projeto apresenta quatro fases. A primeira, “Espelhome(u)! – Como é que eu sou?”, centra-se na própria criança, no desenvolvimento do conhecimento que tem de si própria e na expressão das suas dúvidas e curiosidades. A segunda fase “Como o pai ou como a mãe? – Como é o meu pai e a minha mãe?”, pretende que as crianças percebam as semelhanças e as diferenças entre elas e os seus pais e mães. A terceira fase, “Ana(vo)lógico – Que histórias têm os meus avôs e as minhas avós?”, tem como foco principal a construção de conhecimentos da (e através da) terceira geração da criança. A quarta fase, “Árvore Geneal – Quem sou eu? Quais as minhas origens?”, foi o culminar do projeto e consiste na realização de uma árvore genealógica. O Projeto correspondeu às expectativas e objetivos tendo havido articulação entre todas as atividades. Importa salientar que o trabalho realizado, pelas aprendizagens que proporciou, foi fulcral para a formação de cada membro do grupo, enquanto futuras profissionais na área da educação. Palavras-chave: Trabalho por Projeto, Eu, Família, Noção de tempo e espaço. 29
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A transição suave pré-escolar – 1.º CEB: a importância dos materiais concretos Filipa Botelho Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação filipalbotelho@gmail.com Ana Rita Hortênsio Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação anarita_hortensio@hotmail.com Filipa Mendes Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação mendes_pi@hotmail.com Virgílio Rato Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação virgilior@esec.pt Pereira José Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação de Coimbra jose@esec.pt Resumo Nesta comunicação serão apresentadas algumas estratégias de ensino - aprendizagem desenvolvidas em contexto de estágio numa turma de 1.º ano. Esta comunicação tem como objetivo apresentar estratégias que, com recurso a materiais concretos, estruturados e não estruturados, atuam na Zona de Desenvolvimento Proximal de cada criança, com a finalidade de suavizar o impacto existente na transição do Pré-Escolar para o 1.º CEB. Esta abordagem permite que o aluno seja o centro do seu processo de aprendizagem, sendo potenciadas janelas de oportunidade para construir o seu conhecimento com base no real. As estratégias e os materiais apresentados surgem num contexto de estágio específico, em que a introdução e sistematização de conceitos exigiram algum cuidado, tanto no modo como no ritmo de aprendizagem de cada criança. Considerando fulcral o 1.º ano deste ciclo de ensino na adaptação a um novo contexto, apresentamos nesta comunicação algumas propostas de atuação que se mostraram significativas para reflexão, discussão e partilha de ideias sobre a temática. Palavras-chave: Transição Pré-Escolar – 1.º CEB, Aprendizagem ativa, Materiais concretos, Zona de Desenvolvimento Proximal
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Gestão Curricular no 1.º CEB: a atualidade e pertinência da monodocência e integração de saberes no contexto da flexibilidade e autonomia curricular José Miguel Sacramento Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação jose@esec.pt Virgílio Rato Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação virgilior@esec.pt Resumo A presente comunicação visa abordar algumas questões relativas à especificidade organizacional e pedagógica do 1.º CEB, considerando os seus aspetos identitários como a monodocência e a gestão integrada e integradora do currículo. Assim, a partir da LBSE e dos recentes normativos, procurar-se-á problematizar e enquadrar a realidade do 1.º CEB, enquanto ciclo inicial da Educação Escolar. Neste sentido, propõe-se uma clarificação e uma reflexão sobre os princípios orientadores da gestão flexível e autónoma do currículo e das suas implicações efetivas na prática educativa e na avaliação das aprendizagens, em articulação com as competências e os valores previstos no Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Palavras-chave: Gestão flexível; monodocência e integração de saberes; 1.º CEB; Perfil dos alunos.
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Desenvolvendo competências matemáticas com a plataforma Hypatiamat Ana Vicente Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação carolljvicente@gmail.com Jéssica Santos Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação jessica_mbs96@hotmail.com José Sacramento Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação jose@esec.pt Mónica Lucas Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação moniluk95@hotmail.com Sandra Costa Agrupamento de Escolas Coimbra Sul, Escola Básica do Primeiro Ciclo da Quinta das Flores sandracosta1c.emag@gmail.com Virgílio Rato Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação de Coimbra vigilior@esec.pt Resumo HypatiaMat é uma plataforma on-line criada com o objetivo de desenvolver competências na Matemática. Tendo em conta a promoção do sucesso nesta área curricular e a utilização transversal das Tecnologias de Informação e Comunicação na sala de aula, implementamos um projeto com recurso à referida plataforma. No decorrer do processo, as expectativas positivas que tínhamos, à priori, em relação ao contributo desta plataforma no desenvolvimento de competências nos domínios Números e Operações, Geometria e Medida e Organização e Tratamento de Dados, foram confirmadas. Para tal, foi estabelecido contacto com os Encarregados de Educação, de modo a perceber se seria possível os alunos levarem os tablet’s pessoais para a sala de aula. Recebida uma resposta positiva, lançámo-nos a este projeto, que tem vindo a decorrer desde o início da nossa prática, no 3º ano, do 1-º CEB. Tivemos como objetivo primeiro a exploração livre da plataforma por parte dos alunos, onde recolhemos um feedback do impacto que a mesma apresenta nas aprendizagens dos mesmos, percebendo assim se é uma ferramenta que cultiva e desperta nos mesmos o interesse pela Matemática. Estes feedback’s culminaram, então, num projeto pensado para alunos com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos, que desencadeou um concurso intra-turma, fomentando nos alunos o sentido de cooperação, entreajuda e competitividade, entre outras competências relacionais e instrumentais. Com estes concursos pretendemos tornar a Matemática mais divertida e potenciadora de novas oportunidades, promovendo nos alunos uma relação positiva com a disciplina. Palavras-chave: Hypatiamat; Matemática; Prática Educativa; 1º CEB; Projeto. 32
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“Casa fuori casa” Ana Margarida Santiago Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação anams2001@gmail.com Resumo Um estágio realizado ao abrigo do programa Erasmus, numa creche em Itália, traduziu-se na descoberta de uma prática inclusiva que procura a naturalidade do quotidiano. Para tal, traduz a sua acção numa constante proposta de jogo, encarando o brincar como a atividade mais séria da criança. O dia a dia desenvolve-se, por isso, numa organização particular de tempo e espaço, fundamentada em elevados padrões estéticos. Palavras-chave: Creche, Inclusão, Brincar, Estética
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Escrita, trabalho de projeto e competências transversais Teresa Costa-Pereira Instituto de Educação de Universidade de Lisboa teresa.costa.pereira@hotmail.com Otília Sousa Instituto Politécnico de Lisboa, UIDEF, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa otilias@eselx.ipl.pt A escrita é uma das aprendizagens centrais na escola. Além da função comunicativa está associada à avaliação e é, também, reconhecida como um instrumento de construção de conhecimento (Costa-Pereira, & Sousa, 2017; Veiga, 2014). Nesta comunicação apresentase um estudo realizado numa turma de quarto ano de 1º ciclo em que se investigou a escrita com função epistémica. Os conteúdos de Estudo do Meio foram trabalhados numa abordagem de trabalho de projeto e escrita com função epistémica. Trata-se de uma investigação ação com recurso a metodologias quantitativas e qualitativas e os resultados revelam aprendizagens realizadas no âmbito dos conteúdos trabalhados, aprendizagens de escrita – textuais e ortográficas - e também outras aprendizagens. Destas salientam-se a persistência, a disponibilidade para aprendizagem e a motivação, iniciativa, trabalho colaborativo em equipa. Em suma, o trabalho desenvolvido revelou-se uma mais-valia nas aprendizagens e na gestão do currículo. Palavras chave: Trabalho de projeto; competências transversais; Escrita; Construção de conhecimento
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Potencialidades da atividade prática laboratorial versus visualização de uma atividade prática virtual na aprendizagem do sistema cardiovascular: um estudo no 2.º CEB Mariana Mata Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação marianavmata@hotmail.com Filomena Teixeira Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores – Universidade de Aveiro filomena@esec.pt Susana Silveira Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores – Universidade de Aveiro smmsilveira@esec.pt No âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º CEB realizou-se um estudo, em contexto de estágio, com uma turma de 24 alunos/as do 6.º ano. Nele se reflete a experiência obtida através da implementação e da análise comparativa entre duas estratégias distintas - a atividade prática laboratorial e a visualização de uma atividade prática virtual na aprendizagem do sistema cardiovascular do Ser Humano. Tratase de um estudo qualitativo, descritivo e interpretativo que teve como questão de partida: “Qual das metodologias de trabalho é mais eficaz na aprendizagens dos/as alunos/as: a atividade prática laboratorial ou a atividade de visualização de uma atividade prática virtual?”. Foram objetivos do estudo: (1) Identificar as conceções dos/as alunos/as acerca do Sistema Cardiovascular; (2) Analisar os efeitos de duas implementações, da mesma tarefa, na motivação e aprendizagem dos/as alunos/as; (3) Avaliar os conhecimentos dos/as alunos/as sobre o Sistema Cardiovascular após a implementação das tarefas. Os resultados evidenciaram que os/as alunos/as se sentiram mais motivados na realização da tarefa que envolveu o trabalho laboratorial comparativamente à visualização virtual da tarefa, no entanto, dois meses após o terminar da unidade didática, as aprendizagens eram semelhantes. Importa, assim, investir na formação de professores/as do 2ºCEB, de modo a que o trabalho prático laboratorial possa assumir maior relevância em sala de aula. Palavras-chave: Trabalho Prático Laboratorial; Visualização de atividades práticas virtuais; Sistema Cardiovascular; Aprendizagens no 2º.CEB
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Construção de Gráficos de Barras em contextos interdisciplinares no 3.º ano de escolaridade Sofia Laura Nogueira da Costa Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC sofialauracosta@hotmail.com Isabel Duque CASPAE Limites Invisiveis isabelescolasantarita@hotmail.com Isabel Silva Escola Básica Eugénio de Castro i.silva1957@gmail.com José Miguel Carvalho Sacramento Pereira Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC jmsacramento@hotmail.com Fernando Manuel Lourenço Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC; Instituto Politécnico de Coimbra, UNICID/ASSERT, IIA, RoboCorp; Instituto de Telecomunicações, delegação da Covilhã fmlmartins@esec.pt Resumo Atualmente vivemos rodeados de informação estatística que exige de nós habilidades críticas relativamente ao que nos é apresentado. Desenvolver práticas educativas que permitam aos alunos desenvolver o seu conhecimento estatístico e colmatar falhas ainda existentes, auxiliaos a compreenderem a informação estatística e a detetarem informações errónias compreendendo quais as implicações que estas podem ter na sua vida, desenvolvendo, assim, a sua Literacia Estatística. No 1ºCEB os Gráficos de Barras são as representações mais presentes no quotidiano dos alunos, devendo ser explorados por eles, de modo a que possam desenvolver os conhecimentos que permitam a sua correta compreensão. A Interdisciplinaridade promove a integração dos resultados obtidos e procura a solução dos problemas através da articulação de disciplinas, através da qual os grupos são incentivados a trabalhar em conjunto por um objectivo comum. Desta forma surgiu a questão de investigação: qual o impacto que as práticas interdisciplinares terão no desenvolvimento da construção de Gráficos de Barras? Assim, delineou-se um estudo de natureza qualitativa, de índole interpretativo e de design investigação-ação, usando a Interdisciplinaridade como ambiente de aprendizagem. Os resultados apresentados evidenciam que o contexto interdisciplinar pode ser determinante na promoção do desenvolvimento de conhecimentos estatísticos desenvolvidos pelos alunos e, potenciadores das construções gráficas com compreensão pelos alunos. Palavras-chave: Gráficos de Barras; Interdisciplinaridade; Literacia Estatística; Trabalho Cooperativo. Agradecimentos: Este trabalho é financiado pela FCT/MEC através de fundos nacionais e quando aplicável cofinanciado pelo FEDER, no âmbito do Acordo de Parceria PT2020 no âmbito do projeto UID/EEA/50008/2019.
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O conhecimento estatístico para ensinar de uma professora estagiária no 1.º CEB Cláudia Fernandes Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, DE csmfernandes@esec.pt Isabel Duque CASPAE Limites Invisiveis isabelescolasantarita@gmail.com Maria Antónia Gonçalves Agrupamento de Escolas Coimbra Sul mtoyacg@gmail.com Virgílio Rato Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, DE virgilior@esec.pt Fernando Martins Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, DE; Instituto Politécnico de Coimbra, UNICID/ASSERT, IIA, RoboCorp; Instituto de Telecomunicações, delegação da Covilhã fmlmartins@esec.pt Resumo Desde os anos 60, têm vindo a ser realizados alguns estudos que procuram compreender qual o conhecimento profissional do Professor e quais os efeitos desse conhecimento no ensino e na aprendizagem dos alunos. Aos atuais e futuros Professores cabe saber/conhecer mais do que o conteúdo, é necessário um conhecimento especializado. O estudo segue os pressupostos de uma investigação qualitativa de caráter interpretativo e design de estudo de caso descritivo. Utilizou-se um quadro conceptual de Burgess, para analisar o Conhecimento Estatístico para Ensinar. Neste estudo teve-se o seguinte objetivo de investigação: analisar o Conhecimento Estatístico para Ensinar de uma Professora Estagiária com base nas suas aulas e respetivas reflexões no âmbito da promoção da literacia estatística, no 3.ºano de escolaridade do 1.º CEB. e formulou-se a seguinte questão de investigação: que Conhecimento Estatístico para Ensinar mobilizou a PE no âmbito do âmbito da promoção da Literacia Estatística, no 3.º ano de escolaridade do 1.º CEB? Através deste quadro concluiu-se que a Professora Estagiária evidencia Conhecimento Comum do Conteúdo e alguns aspetos do Conhecimento Especializado do Conteúdo, verificando-se algumas ausências que devem ser colmatadas. Os resultados comprovaram também poucas evidências nas dimensões do Conhecimento do Conteúdo e dos Alunos e no Conhecimento do Conteúdo e do Ensino, uma vez que o grau de profundidade e de abrangência nestas categorias ainda são um pouco limitadas.
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Palavras-chave: Literacia Estatística, Conhecimento Estatístico para Ensinar, Pensamento Estatístico.
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Reflexões de uma futura professora sobre uma experiência de ensino em matemática Manuel Vara Pires Centro de Investigação em Educação Básica, Instituto Politécnico de Bragança - mvp@ip.pt Resumo Esta comunicação pretende apresentar e discutir aspetos do conteúdo de reflexões escritas por uma futura professora no seu relatório final de estágio, no âmbito do Mestrado em ensino do 1.º e do 2.º ciclo do ensino básico. A incidência é feita numa experiência de ensino e aprendizagem na disciplina de Matemática concretizada com uma turma de dezanove alunos do 6.º ano de escolaridade, trabalhando tópicos de Organização e tratamento de dados. Numa perspetiva de ensino exploratório e de reflexão sobre a própria prática, a futura professora procurou valorizar o trabalho estatístico de natureza mais investigativa a desenvolver pelos alunos, que puderam usar diferentes suportes na representação da informação, incluindo o digital. A análise das reflexões apresentadas na experiência de ensino e aprendizagem foi orientada para a identificação do conteúdo em que incidiam as referências reflexivas escritas. Para isso, passou-se de uma leitura flutuante da experiência para leituras cada vez mais sistematizadas do material escrito, procurando fazer emergir sobre o que a futura professora refletia e que aspetos de sala de aula mais valorizava. Para além das implicações e projeção do trabalho futuro a desenvolver, a futura professora focou as suas reflexões em múltiplas dimensões da prática em sala de aula, nomeadamente, os contextos de aprendizagem, a reformulação de estratégias em ação, o desenvolvimento de atitudes positivas relativamente à matemática e os recursos a utilizar na aula. Palavras-chave: Educação básica, Matemática, Reflexão sobre a prática, Reflexão escrita.
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3 – Workshops
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Aprendizagem cooperativa e o potencial pedagógico dos grupos na formação José Pedro Cerdeira Instituto Politécnico Coimbra, Escola Superior Educação jpcerd@esec.pt Resumo Oficina de formação sobre técnicas cooperativas de organização do trabalho dos grupos em sala de aula para promoção de práticas pedagógicas inclusivas e diferenciadas. Tratandose de uma sessão prática, as inscrições estão limitadas a 25 participantes. O principal objectivo é o de divulgar algumas metodologias práticas de organização cooperativa do trabalho de grupo, usando um método demonstrativo, o qual permitirá transferir a experiência formativa para a sala de aula. Palavras-chave: Aprendizagem cooperativa, Pedagogias diferenciadas, educação inclusiva
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DANÇAR! DANÇAR! DANÇAR!...com o Português, a Matemática e o Estudo do Meio? Cristina Rebelo Leandro Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior de Educação Investigadora do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudo em Música e Dança (INET-md) do pólo da FMH cristina@esec.pt (correspondência) Elisabete Monteiro Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana Investigadora Integrada do Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudo em Música e Dança (INET-md) do pólo da FMH. emonteiro@fmh.ulisboa.pt Filipe Melo Universidade de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana Membro do Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana – CIPER fmelo@fmh.ulisboa.pt Na Dança Criativa, os alunos exploram e descobrem o seu movimento com a finalidade de transmitir algo, desenvolvendo, assim, uma linguagem corporal com características expressivas e criativas, sendo uma componente essencial na área da Educação Artística na Educação Básica. No estudo de doutoramento desenvolvemos a linha de trabalho da Dança Criativa numa abordagem interdisciplinar, revelando o lado potenciador da dança na aprendizagem com os conteúdos das áreas disciplinares. A Dança Criativa nesta lógica interdisciplinar contribui para que o aluno desenvolva a dimensão expressiva-comunicativa-criativa, através da linguagem do corpo, do gesto e do movimento transformado, bem como para que o aluno alcance melhores desempenhos escolares (como nos mostraram os resultados consistentes e significativos do estudo). Este Workshop tem como objetivos: •
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Apresentar a lógica de pensamento (abordagem interdisciplinar) que presidiu à articulação dos conteúdos de dança (elementos de movimento) com os conteúdos das áreas disciplinares (Português, Matemática e Estudo do Meio). Vivenciar e analisar exercícios dos planos de aula de dança com os temas/conceitos das áreas curriculares, desenvolvidos no estudo de doutoramento. Demonstrar o lado potenciador da Dança Criativa na aprendizagem /educação.
Palavras-Chave: Dança criativa; Aprendizagem interdisciplinar; 1.ºCiclo do Ensino Básico
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Metodologia de Alfabetização Inclusiva EKUI Celmira Macedo (Special Education, PhD) Metodologia EKUI info@ekui.pt Resumo A EKUI é uma metodologia de alfabetização inclusiva e de comunicação acessível, desenvolvida em 2003 pela professora Celmira Macedo. Congrega 4 formas de comunicação e representação: a grafia, a Língua Gestual Portuguesa (LGP), o Braille e o alfabeto fonético. Durante o seu percurso científico e profissional a docente acompanhou crianças com (e sem) deficiência/incapacidades, tendo percebido que o processo de aprendizagem de cada aluno é único, singular e complexo. Exige, por isso, da comunidade educativa, metodologias e estratégias desafiantes, diferenciadoras, acessíveis e concretas (a nível gráfico e fonético), a fim de maximizar o potencial de aprendizagem de cada aluno (M.E, 2018). Partindo deste pressuposto, a EKUI está a ser dinamizada desde setembro de 2015, como uma metodologia de desenho universal para a aprendizagem (DUA) da leitura, da escrita, da fala e desenvolvimento de atitudes de cidadania. Até ao momento, 1573 professores foram formados. Destes, 8,5% implementaram a EKUI nas suas turmas e 3555crianças foram alvo de intervenção. Os resultados, ainda não divulgados, expõem uma aprendizagem mais rápida do alfabeto (em 89% dos casos); um aumento de competências fonéticas (em 92%); e o desenvolvimento de atitudes de cidadania em 93% dos casos. O Workshop de formação EKUI tem a duração de três horas. Destina-se a docentes, terapeutas e famílias. Tem como objetivo capacitar para implementação da EKUI em contexto familiar, clínico e educativo. Palavras-chave: Educação Inclusiva, EKUI, Língua Gestual Portuguesa, Braille, Alfabeto Fonético Internacional.
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Cantigas de roda e brincadeiras cantadas: a brincar também se aprende! Edson da Costa Vitor CIA de Brincadores Edinho Paraguassu, BRASIL. edinhoparaguassu@hotmail.com Francisco Campos Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC, PORTUGAL. francicampos@gmail.com Resumo “Vem para a rua criançada, vem para a roda vem brincar, a infância não é longa, logo logo vai passar. A brincar também se aprende, aprende-se mesmo sem brincar, mas a brincar é mais gostoso, é mais fácil de lembrar. Para a criança o brincar, é sua razão de ser, mesmo o adulto que não brinca, não sabe mais viver. O brincar é liberdade, dá asas à fantasia, com uma dose de criatividade, enche a vida de alegria.” Estas estrofes dão o mote para a essência desta proposta de trabalho: o brincar, o aprender e o aprender através do brincar. Será possível? Na nossa opinião… claro que sim! As atividades rítmicas expressivas são manifestações plenas de toda a nossa cultura corporal. Nascemos rítmicos. Na gestação, o batimento cardíaco, após nascermos, a respiração cíclica, um pouco tempo depois, o ritmo da fala e harmonia do movimento e da locomoção. Os jogos, brincadeiras, danças e “batucadas”, utilizados no âmbito das atividades rítmicas expressivas, tendo o lúdico como principal protagonista, de forma espontânea e com bastante entusiasmo, são conteúdos extraordinários para a integração e/ou interação em qualquer espaço e tempo que estimule e potencie práticas de relacionamento interpessoal e social. Este workshop visa compartilhar, através de uma vivência essencialmente prática, atividades que estimulam e enriquecem o repertório sensório-motor da criança através de sons, formas, traços, cores, movimento, socialização, saberes, aromas ou sabores, com recurso a cantigas de roda e a brincadeiras cantadas. Conteúdos estes, tão importantes para o desenvolvimento físico-motor (eg., ritmo ou coordenação), como socioafetivo (eg., relacionamento interpessoal ou prazer proporcionado pela participação nestas brincadeiras/atividades), e mesmo cognitivo (eg., aprendizagem dos conteúdos de outras áreas disciplinares através do jogo/brincadeira). Palavras-chave: Aprender, Brincadeiras cantadas, Brincar, Cantigas de roda, Música.
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A jogar com o Verbo: consolidar aprendizagens sobre a classe do verbo Catarina Mateus IPC, Escola Superior de Educação catarina_pires106@hotmail.com Natália Albino Pires Escola Superior de Educação, IPC / Cátedra UNESCO em Património Imaterial e SaberFazer Tradicional – Uni. Évora / IELT – NOVA FCSH / CIAC – UAlg / Centro de Estudos Históricos da Lourinhã npires@esec.pt Resumo O ensino da Gramática é, provavelmente, o momento da aula de português que menos agrada a professores e a alunos. Num estudo publicado em 2007, Maria Neves evidencia as percepções de um grupo de professores. Se bem que uma parte dos inquiridos acusa os alunos de “falta de esforço, falta de interesse, falta de vontade de pensar, falta de maturidade (…)” (Neves, 2007, p.21), outra parte do grupo inquirido admite que as dificuldades do ensino da gramática se relacionam com os métodos utilizados e com a constante repetição de exercícios. Com efeito, analisados os exercícios sobre conteúdos do âmbito da gramática propostos aos alunos nos manuais escolares, confirmamos que a sua grande maioria é expositiva, apelando exclusivamente à memorização das regras de utilização da língua (Barbeiro, 1999). Torna-se, assim, cada vez mais importante que os professores tenham consciência de que as metodologias/estratégias utilizadas para o ensino da gramática talvez não favoreçam aprendizagens significativas e torna-se imprescindível que sejam capazes de avaliar e procurar novos caminhos para que o processo de ensino-aprendizagem se torne motivador e interessante, tanto para quem ensina como para quem aprende. No workshop, propomo-nos apresentar dois materiais lúdicos construídos com base em jogos tradicionais e que podem ser utilizados em sala de aula: o “Peixinho dos Verbos” e o “Loto dos Verbos”. Mostraremos como a partir destes dois jogos se ativam conhecimentos e sedimentam aprendizagens, permitindo rever conteúdos lecionados e relacionados com a classe de palavras Verbo. Palavras-chave: Verbo; paradigmas verbais; aprendizagem lúdica; jogo; Peixinho dos verbos; Loto dos verbos.
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O contexto percetivo da cegueira: adaptação de livros infantis Viviana Ferreira ANIP caipdv@anip.net Inês Marques ANIP caipdv@anip.net Patrícia Valério ANIP caipdv@anip.net Diane Gouveia ANIP caipdv@anip.net Resumo “A oportunidade de construir uma base forte para a literacia é um direito de todas as crianças”, referia Wright (1991). Crianças normovisuais e com cegueira contactam diariamente com livros, livros que lhes deverão possibilitar sonhar, imaginar, criar, aprender, viver experiências, brincar. Mas de que modo uma criança com cegueira acede a uma realidade visual, como é a representada nos livros que inundam as nossas livrarias, bibliotecas e casas? De que modo é que o desempenho delas nas atividades em redor dos livros é afetado? De que modo o livro infantil poderá ser inclusivo e uma ferramenta de enriquecimento cultural, emocional e social? A adaptação de livros infantis para crianças com cegueira pretende a inclusão e não a mera integração, daí que seja pertinente percebermos de que modo a criança com cegueira perceberá através do tato um objeto representado no espaço bidimensional. Neste workshop, um dos conceitos fulcrais será o de acessibilidade, no que respeita à adaptação de livros infantis para crianças com cegueira (enfoque na ilustração de tipo háptico). Palavras-chave: crianças com cegueira, livros infantis, literacia emergente, acessibilidade
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Educação financeira: um contexto para a matemática Ana Elisa Esteves Santiago Instituto Politécnico de Coimbra, ESEC elisa_santiago@hotmail.com Paula Cristina Antunes Teixeira Agrupamento de Escolas João de Barros teixeirapca@gmail.com António Manuel Dias Domingos Universidade Nova de Lisboa, FCT amdd@fct.unl.com Resumo A Educação Financeira é um tema que tem vindo a ganhar destaque tanto a nível nacional como a nível internacional, sendo hoje um tema incontornável no meio escolar. Em 2013 foi elaborado pelo Ministério da Educação e Ciência e pelo Plano Nacional de Formação Financeira, o Referencial de Educação Financeira (REF), documento orientador para a implementação do tema em contexto educativo e formativo. Uma das grandes finalidades para o Ensino da Matemática, segundo o programa de Matemática em vigor é a Interpretação da sociedade. Por outro lado, o REF considera a Educação Financeira uma temática transversal e transdisciplinar da Educação para a Cidadania. Consideramos ser de grande pertinência a abordagem de parte desses tópicos na disciplina de Matemática, nos vários níveis de ensino. Por esse motivo, neste workshop será feita uma abordagem ao tema e ao Referencial de Educação Financeira, posteriormente serão apresentadas e trabalhadas tarefas que potenciam a interligação dos conteúdos do REF e da matemática. Este workshop tem como objetivos: • •
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Analisar o Referencial de Educação Financeira, temas, objetivos e contexto em que surgiu; Abordar a articulação entre os conteúdos do Referencial de Educação Financeira e da Matemática na Educação Pré-Escolar e no 1º e 2º ciclos do Ensino Básico; Preparar materiais didáticos que articulem os conteúdos do Referencial de Educação Financeira e da Matemática
Palavras-chave: Educação Financeira, Matemática, Referencial de Educação Financeira.
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