Tales V. Dias - Diálogo primeiro sobre arquitetura obras e um novo jeito de morar1

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“Quando a luz e a sombra não contrastam, mas se incorporam, estão em harmonia.” Axel Duhart

Dois corpos, transversais entre si, formam o conjunto, dando estabilidade um ao outro, apoiados numa estrutura metálica, disposta de maneira tal, que se incorpora à arquitetura. As partições transparentes dividem, mas não obstruem a integração do interior e exterior. Todos os materiais e revestimentos são próprios da região, para evitar o transporte e o consequente desgaste social que isso implica.


Arquitetos: Axel Duhart Arquitectos Localização: Santiago de Querétaro, México Axel Duhart Área: 1.400 m² Ano do Projeto: 2014 Fotografias: Jorge Silva


Situado entre duas antigas árvores, o edifício está em contato com elas. A fachada e o teto de caráter monolítico são inspirados numa casa arquetípica. A fundação da construção em madeira com orientação sul constitui a adega subterrânea histórica, que é acessível desde o exterior. Aberturas zenitais fazem com que o céu seja permanentemente presente.


Arquitetos: Matti Schmalohr Localização: Drosselweg 8, 31675 Bückeburg, Alemanha Área: 120.0 m² Ano do projeto: 2013 Fotografias: Klaus Dieter Weiss


O ponto de partida do projeto é gerar vínculos sensoriais, visuais e materiais, entre os usuários, a paisagem e a arquitetura. Nesta busca, o programa se decompõem em dois volumes independentes articulados por um jardim alinhado à duas árvores existentes e ao vale. Na construção foram utilizados os recursos disponíveis no terreno, pedra, adobe, eucalipto e cana, assim como as técnicas de construção tradicionais e um sistema de construção mista, onde na primeira fase construiu-se um esqueleto estrutural composto pelas fundações, vigas e colunas de concreto armado, e na segunda fase cobriu-se o esqueleto usando três materiais locais: pedra, adobe e cana.


Arquitetos: Marina Vella Arquitectos Localização: Antioquia District, Peru Área: 135.0 m² Ano do Projeto: 2014 Fotografias: Gonzalo Cáceres Dancuart


A casa fica entre três muros de concreto que se abrem para o vale gerando uma série de pátios que graduam o espaço do interior da casa até o vale. Esta forma de graduar o espaço entre o interior e o exterior vem das casas coloniais do vale de Aconcagua. A casa está construída quase em sua totalidade em madeira reciclada, exceto o forro interno que é de tábua de pinho de primeiro corte.


Arquitetos: Dörr + Schmidt Localização: Panquehue, Valparaíso Region, Chile Arquiteto responsável: Manuel Dörr, Pablo Schmidt Área: 662.0 m2 Ano: 2013 Fotografias: Marcos Zegers


As forças da natureza predominantes no local - o mar, o sol e os padrões de vento locais - determinam o projeto de tal forma como se tivessem esculpido a casa. Isso resulta num objeto arquitetônico peculiar: um diamante de madeira. A casa, como um loft, recria a experiência de um passeio nas dunas, em um "promenade architecturale" interior espiralado em torno de seu núcleo, como um caminho contínuo de plataforma em plataforma, cada um poucos degraus maior que o outro. Este respeito para com o entorno também foi traduzido na escolha de um método construtivo que utiliza painéis de madeira pré-fabricados modulares, o que permitiu reduzir drasticamente o tempo de construção.


Arquitetos: Marc Koehler Architects Localização: Terschelling, Holanda Arquiteto Responsável: Carlos Moreira Área: 180 m² Ano do projeto: 2015 Fotografias: Filip Dujardin


A Casa Farnsworth é um gentil ordenamento da espontaneidade da natureza. O volume envidraçado toma partido da integração com a paisagem. A casa de um pavimento consiste em oito pilares de aço de perfil I que suportam as estruturas da cobertura e do piso; é simultaneamente estrutural e expressivo. Mies explica essa ideia: “A natureza, também, deve viver sua própria vida. Nós devemos estar conscientes em não rompê-la com a cor das nossas casas ou equipamentos internos. Ao contrário, nós deveríamos atentar a trazer natureza, casas e seres humanos a uma maior unidade.”


Arquitetos:Mies van der Rohe Ano: 1951 Endereço: Plano Illinois Estados Unidos da América Materialidade: Metal e Vidro Estrutura: Aço Localização: Plano, Illinois, Estados Unidos da América


O projeto tem como objetivo gerar espaços ricos, com elementos surpresas, combinando espaços simples que aumentem o repertório de experiências domésticas. A casa está articulada em torno de dois pátios-programáticos, um interior e mais associado ao inverno (cozinha e sala de jantar); e o outro semi-exterior, associado ao verão. A presença contínua dos pátios também é expressa em sua materialidade: um é feito de madeira, o outro de vidro e vegetação. Trata-se de uma construção realizada com materiais locais. O projeto usa a inércia térmica do concreto combinada com a calidez da madeira no pátio de inverno. Por outro lado, o pátio de verão traz os reflexos e leveza de seus vidros.


Arquitetos: Esaú Acosta Localização: El Sauzal, Santa Cruz de Tenerife, Espanha Área: 240.0 m² Ano do projeto: 2014 Fotografias: Courtesy of Esau Acosta


A inspiração para este projeto veio a partir de pensar sobre como esta família vive e aproveita a vida. Concreto moldado no local foi utilizado para formar uma base pesada com elementos verticais grandes como fundação. O concreto também foi usado internamente para criar bancos e superfícies duráveis para a vida familiar. Flutuando sobre a base, uma tela de madeira forma a cobertura, contrastando com o concreto.


Arquitetos: MAKE architecture Localização: Saint Kilda, Austrália Ano do projeto: 2014 Fotografias: Peter Bennetts


A tipologia de "cabana" mantém a bagagem arquitetônica vernacular tanto da Nova Zelândia rural e isolada que foi em seus primórdios, como das edificações elementais e autoconstruídas que ainda são mantidas nestas províncias remotas. Através deste novo conjunto de "cabanas", as pérgolas de madeira e os telhados contrastam entre o metal e as placas de gesso para definir eficientemente espaços variáveis. Viver aqui permite um uso mínimo dos espaços interiores, com uma circulação estival que define os limites informais da residência e que controla a areia circundante.


Arquitetos: Irving Smith Jack Architects Localização: Nova Zelândia Ano do projeto: 2015 Fotografias: Patrick Reynolds


A Pachamanca é uma técnica milenar peruana de cozinhar sob a terra com pedras e especiarias. O terreno é um terraço numa colina, com vistas panorâmicas de Lima. A absoluta falta de chuva na cidade (menos de 8mm por ano) determina uma paisagem árida, de modo que, em Lima, o verde é um luxo. Ao invés de um edifício, desenhou-se uma paisagem verde exuberante. Os edifícios tendem a envelhecer e a ficarem mais feios, enquanto a vegetação cresce e se torna mais bonita com o passar do tempo. Manipulando o terreno geramos um relevo, uma paisagem, que tem sua vegetação criada de acordo com as diferentes alturas: árvores, ervas, hortaliças, etc. A casa não possui uma estrutura hierárquica, tem diversas entradas, níveis e percursos, desfazendo o limite entre interior e exterior.


Arquitetos: 51-1 arquitectos Localização: Las Casuarinas, Lima, Peru Autores: César Becerra, Fernando Puente Arnao, Manuel de Rivero Área: 682.0 m² Ano do projeto: 2012 Fotografias: Cristobal Palma / Estudio Palma


A Casa Quinta foi pensada a partir de uma intensa relação arquitetura-paisagem, que se manifesta como uma sequência espacial de jardins que articulam o conjunto. Este espaço traduziu-se em uma grande galeria e constituiu-se como o componente articulador do projeto. A estrutura metálica do muro de tijolos conduz os esforços à terra, materializa o limite entre natureza e artificial, enquadra o entrono e possibilita a expansão da vista. Além disso, transforma-se em equipamento: bancos e nichos complementam a necessidade de flexibilidade e versatilidade dos espaços.


Arquitetos: RAIZALCUBO Arquitectura Localização: Arroyo Leyes, Santa Fe, Argentina Área: 150.0 m2 Ano do Projeto: 2011 Fotografias: Nicolás Mántaras


A paisagem é formada como um jardim onde os visitantes podem caminhar ao redor da casa e descobrir os elementos que fazem dela uma casa excepcional. Uma sensação de acolhimento em uma das casas mais avançados do mundo, com uma sala com paredes de tijolos e toras de madeira. A casa tem uma inclinação característica em direção sudeste e uma superfície de telhado inclinada, chapeada com painéis solares e coletores de água da chuva. Estes elementos, juntamente com a energia geotérmica de poços de energia no chão, servirão as necessidades de energia da casa e gerarão excedente suficiente para abastecer um carro elétrico durante todo o ano Luz do dia, vistas e contato com a natureza são reconciliados com a necessidade de equilibrar paredes e janelas fechadas.


Arquitetos: Snøhetta Localização: Ringdalskogen, Larvik, Noruega Área: 220.0 m2 Ano do projeto: 2014 Fotografias: Bruce Damonte, Paal-André Schwital, EVE


A declividade do terreno impôs a forma da casa em 3 pavimentos de forma a acomodar seus espaços e permitir, pelas aberturas panorâmicas da casa, uma ampla visão do cenário externo. O painel de madeira da fachada oeste e o fechamento nas janelas horizontais foram feitos com ripas de 2,5 x 2,5 de madeira Ipê, e a técnica construtiva da estrutura foi concreto armado.


Arquitetos: RG Architecture Localização: Brasília - Distrito Federal, Brasil Autores: Roberto Guedes Ano do projeto: 2012 Fotografias: Joana França


A casa está organizada ao redor de dois pátios: um denominado pátio do sol, no qual se situa a piscina, e um pátio da sombra, orientado ao norte, de caráter mais íntimo e informal; a cozinha atua como elemento de conexão e articulação, participando simultaneamente de ambos. Construtivamente buscou-se por texturas e presença da matéria: no nível inferior domina um concreto levemente granulado, e por cima deste, um tijolo de fabricação manual que se manifesta para a rua como uma envolvente contínua, interrompida ocasionalmente por elementos vazados do mesmo material.


Arquitetos: Mariano Molina Iniesta Localização: Las Rozas, Madri, Espanha Área: 459.0 m² Ano do projeto: 2015 Fotografias: Miguel de Guzmán


O projeto começou a ser criado a partir de uma rampa que, cortando a duna. Desde este ponto, será necessário continuar subindo através de escadas (exteriores e interiores) até chegar a área mais alta do terreno para poder desfrutar das vistas privilegiadas. As paredes são estruturadas no terreno arenoso por meio de vigas perimetrais. O volume que cobre a garagem foi projetado como um balanço que descansa em duas importantes vigas para evidenciar a independência entre o sistema estrutural que soluciona a inclinação do terreno e a própria residência.


Arquitetos: Besonias Almeida Arquitectos Localização: Costa Esmeralda,Pinamar, Província Buenos Aires, Argentina Área: 167.0 m2 Ano do projeto: 2014 Fotografias: Daniela Mc Adden


Foi desenvolvida uma edificação que segue a inclinação do terreno e está diretamente relacionada com o pátio posterior. Na casa há aspectos da construção: a luz é balanceada utilizando o efeito de sombras que o movimento do sol cria. O concreto aproxima-se do solo que é feito em madeira, as paredes deslizam umas sobre as outras e o revestimento de madeira exterior é articulado de diferentes maneiras. A forma da construção e a fachada foram desenvolvidas para evocar as qualidades de uma árvore e assim tornarem-se parte do próprio jardim.


Arquitetos: Steffen Welsch Architects Localização: Glen Iris VIC 3146, Austrália Ano do projeto: 2012 Fotografias: Rhiannon Slatter


A casa é concebida como um pavilhão de vidro contendo áreas de estar e jantar, com dois volumes, apartamentos perpendiculares deslocados em direções opostas para explorar a vista. Eles são unidos por uma piscina, que repousa sobre a estrutura de concreto revestido pelo pavilhão de vidro.


Arquitetos: Rem Koolhaas Localização: Paris, França Ano do projeto: 1984-1991



Fernando Goulart

Arquiteto Urbanista

Renata Alves

Arquiteta Urbanista

Leonardo Souza

Diretor de Neg贸cios

Rodrigo Bianchi Designer Manager



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