Newsletter Museu do Douro // março 2022

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ANO III, MARÇO 2022

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índice Editorial Faz falta saber Exposições Coleção Museu do Douro Serviço Educativo Desafio Património RDD Museu de Território: colaborar e partilhar Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante

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editorial Assinalaram-se, no dia 14 de dezembro de 2021, 20 anos da elevação do Douro a Património Mundial da UNESCO e a data será celebrada ao longo do ano 2022 com muitos momentos evocativos, culturais e promocionais. É para todos nós um orgulho podermos viver, de forma intensa, este momento e celebrarmos o precioso legado que várias gerações de durienses construíram, criando esta fabulosa paisagem cultural que combina a obra centenária do homem e da natureza, “a oitava maravilha do mundo”, como descreveu José Saramago no seu livro “Viagem a Portugal”. Cumprir duas décadas de Património da Humanidade é atingir mais um importante patamar da história desta região, guardiã da mais admirável obra humana que se pode ver em Portugal, dona de uma paisagem em constante evolução, em permanente construção, onde, como diz Saramago, as “montanhas de xisto” foram vencidas porque “o homem pôs-se a fabricar terra, desmontou, bateu e tornou a bater, fez com que se esfarelasse as pedras entre as palmas grossas das mãos, usou o malho e o alvião, empilhou, fez os muros, quilómetros de muros (…) para segurar a vinha, a horta, a oliveira (…) afinal desafiam em força as montanhas e mantêm-nas domesticadas (…) são gigantes pessoas…” E se há marca de grande valor que reflete igualmente a história do Douro, a cultura e a identidade desta região é o Museu do Douro. Completando 25 anos, é um exemplo de Museu do Território, que desde o primeiro momento conseguiu aliar, de forma exemplar, o património museológico e documental que nos permite hoje conhecer as origens e evolução do Douro e, ao mesmo tempo, contribuir ativamente para o desenvolvimento sociocultural da Região Demar-

cada do Douro, através da colaboração ativa com todas as entidades públicas e privadas que constituem esta imensa região. Para que este percurso do Museu do Douro fosse trilhado de forma notável, merece uma palavra de reconhecimento à Fundação Museu do Douro, que mantém e gere aquele espaço cultural, e que pugna pelo cumprimento integral da sua missão, sem esquecer o papel formativo, educativo e promocional do Douro e da viticultura como atividade central nesta região Património da Humanidade. Por todas estas razões, este ano celebramos duplamente o Douro. O Douro das pessoas, daqueles que há séculos moldam a natureza, transformaram as serras, ergueram este património único, mas também dos empresários, dos operadores de turismo, das associações, das instituições públicas e privadas, e daqueles que diariamente cultivam o vinho e contribuem para a manutenção da mais antiga região vitivinícola demarcada e regulamentada do Mundo. É o “paraíso suspenso”, do nosso Miguel Torga, pousado “nas margens de um rio de oiro (…) onde crescem as cepas como manjericos às janelas (…) e daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo”. Contudo, se a data é de celebração, todo o trajeto já realizado merece que reflitamos e não tenhamos receio de reconhecer e enfrentar os desafios que a próxima década trará. Impõe-se que olhemos para o Douro como região com problemas estruturais graves, como o demográfico, por exemplo. E com grandes desafios que tem de superar, em conjunto com a região Norte, que, apesar de assegurar perto de 39% das exportações nacionais e representar cerca de 29% do PIB da economia nacional, permanece entre as regiões menos desenvolvidas de Portugal.


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É, por isso, legítimo que, após estes 20 anos, tenhamos argumentos para dizer que o Douro e a região não estão no patamar desejável porque nunca tiveram as mesmas oportunidades de outras zonas do país. E para manifestar que, volvidos estes 20 anos, o Douro não pode continuar refém de más políticas nacionais que tendem a desvalorizar mais a região e a adiar investimentos fundamentais para o seu desenvolvimento, como a reativação da linha ferroviária entre Pocinho e Barca d"Alva, a melhoria da navegabilidade do rio Douro e a construção do Itinerário Complementar 26, entre Amarante e Trancoso, essenciais para a promoção turística mas também para impulsionar a atividade económica. O Douro não pode continuar impotente perante a previsível insustentabilidade demográfica (perdemos mais de 30 mil pessoas nos últimos 10 anos). Temos de colocar ênfase na população, nos desafios como a transição demográfica e o envelhecimento. O Douro tem de estar na linha da frente em matéria de transição climática e da sustentabilidade dos recursos. Dependendo a região do setor primário, as alterações climáticas, a gestão do uso da água e a preparação da agricultura para as próximas décadas é essencial para os mais de 20 mil viticultores do Douro. O Douro tem de ter a garantia que caminha para a efetiva coesão territorial. Só com competitividade e coesão conseguiremos integrar o processo harmonioso de aproximação aos patamares de desenvolvimento do País e reforçar o papel da nossa região como detentora de potencial único e de importante peso para a balança nacional. É o tempo de exigirmos que o Douro faça parte da derradeira oportunidade para o

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País ser mais coeso e equilibrado, e que os instrumentos de apoio como o Plano de Recuperação e Resiliência e o Portugal 2030 cumpram a tão propalada estratégia governamental de “um País competitivo externamente e coeso internamente”, entendendo a região Norte de Portugal como prioritária, para que o futuro também nos pertença, também pertença ao Douro. E que sejamos dignos do legado único dos construtores do Douro, como D. Antónia Ferreira, o Barão de Forrester, o Marquês de Pombal, entre tantos outros, cuja ação, visão e estratégia foram admiráveis. Que honremos os escritores do Douro, como Miguel Torga, Guerra Junqueiro, Aquilino Ribeiro, entre tantos outros que aqui nasceram e viveram e que foram os biógrafos do Douro, legando-nos a nossa identidade e retábulos literários de grande beleza, autênticos convites para a descoberta constante deste Douro Património da Humanidade. Descreve assim Aquilino Ribeiro: “No primeiro momento julgara-se em face dum coliseu antigo, desses extraordinários coliseus construídos pelos povos arrasa-montanhas de que reza a história dos princípios do mundo; (…) que paisagem!... (…) sem a sua sugestão ter-se-iam privado de visitar a região assombrosa do Douro”. O Douro e o seu Museu merecem ser celebrados. Merecem que aplaudamos a sua história e evolução. E merecem que o País lhes renda homenagem e lhes reserve um lugar destacado no futuro de Portugal.

Carlos Silva Santiago Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe e da Comunidade Intermunicipal do Douro


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faz falta saber HORÁRIO DE VERÃO:

A partir do dia 1 de março o Museu do Douro regressa com o seu horário Verão: 10:00 – 18h00. Ficamos à espera da Vossa visita!

faz falta saber


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faz falta saber

APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO PROJETO VIVIFICAR | 02 DE MARÇO

No passado dia 2 de março, no espaço do Museu do Douro e na presença de algumas dezenas de pessoas, foi apresentado ao público o projeto VIVIFICAR. ViViFiCAR é um projeto imersivo e transdisciplinar que se articula entre a fotografia, os novos média e a arquitetura para promover encontros entre artistas durienses, nacionais e noruegueses com as comunidades locais a partir de estratégias participativas de criação e exposição de obras de arte community-specific. O projeto reforça o acesso, capacitação, espírito crítico e envolvimento da população, em particular dos jovens adultos, fomentando a criação de vínculos com a região e contribuindo para o seu desenvolvimento cultural. ViViFiCAR envolve processos de aprendizagens criativas com impacto

a médio e longo prazo, com o potencial para criar sinergias entre artistas, populações e território, instigando mudanças positivas em todos que, direta ou indiretamente, participam neste projeto. ViViFiCAR é organizado e produzido pela Plataforma Ci.CLO, financiado pela EEA Grants e operado pela Direção-Geral do Património Cultural com a Direção-Geral das Artes como parceiro do programa, cofinanciado pela Fundação Museu do Douro, Câmara Municipal de Alijó, Câmara Municipal de Lamego, Câmara Municipal de Mêda e Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, com o apoio mecenático do BPI e da Fundação ” la Caixa”, e em parceria com o Surnadal Billag A/S (Noruega), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Culture Action Europe e Asia-Europe Foundation.


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Cartaz ©Fátima Bravo, 2021

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23 DE MARÇO

No dia em que se assinala mais um aniversário da criação da Fundação Museu do Douro realiza-se a reunião do Conselho Consultivo para aprovação do Relatório e Contas de 2021 e inaugura-se a exposição Mãos que fazem Bisalhães. Exposição comissariada pelo Museu do Douro que pretende dar a conhecer a arte do barro negro de Bisalhães, reconhecida pela UNESCO como património imaterial da humanidade desde 2016. A mostra, e o respetivo catálogo, centra-se na comunidade de oleiros, testemunhando aspectos da sua vida e contexto familiar, associando-o a peças, objetos e imagens. As mãos de Bisalhães têm uma história, um percurso dentro da comunidade que se deve conhecer para melhor salvaguardar a arte, um saber-fazer ancestral que se faz e transmite com as mãos. Esta será igualmente uma oportunidade para o Museu exibir as peças de olaria de Bisalhães existentes na sua coleção. Esta exposição ficará patente na sala de exposições temporárias do Museu do Douro até 23 de maio de 2022.

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Fachada da Casa do Douro ©2013, Museu do Douro

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CATALOGAÇÃO NO KOHA - BIBLIOTECA DA CASA DO DOURO

Projeto de salvaguarda, revitalização e difusão do património bibliográfico: inestimável contributo para o conhecimento da história social, política e institucional do Douro. Os Serviços de Museologia do Museu do Douro têm vindo a desenvolver um projeto de catalogação digital retrospetiva do vasto e diversificado património bibliográfico da Biblioteca da Casa do Douro. Este levantamento, realizado em 2007 por Madalena Paiva Brandão, inclui registos do final do século XIX e do século XX, atestando a cada passo a riqueza cultural e histórica desta biblioteca. Ao disponibilizar um catálogo bibliográfico online assente na plataforma tecnológica KOHA – uma solução open-source para gestão integrada de bibliotecas -, pretende-se contribuir mormente para a sua preservação, difusão e acesso livre da comunidade ao conhecimento e fruição sociocultural.

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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias: das 10:00 às 18:00

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exposições

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exposições temporárias CoaDouro – Para memória futura Exposição resultante da colaboração dos museus do Douro e Côa num projeto de recolha fotográfica com enfoque na paisagem e património dos territórios património mundial da Região Demarcada do Douro, Douro e Côa. Pensado com o objetivo de construir um arquivo de referência, em suporte digital, sobre o espaço e o tempo durienses. Conta com a participação dos fotógrafos Duarte Belo, Egídio Santos, Jaime António e Virgílio Ferreira. Todos os dias: das 10:00 às 18:00 até 15 de março


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Rui Pires, na coleção Museu do Douro

exposições itinerantes

Cor no Douro Natura Artis Magistra, de Leni van Lopik Casa da Cultura Mestre José Rodrigues | Alfândega da Fé » Até 13 de março de 2022

9 meses de inverno e 3 de inferno, de João Pedro Marnoto

Via Estreita, de Carlos Cardoso

Galeria do Auditório Municipal | Vila Flor

Vila Nova de Foz Côa

» De 6 de março a 29 de abril de 2022

» Até a 15 de maio de 2022


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exposições

Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Interior | CITICA | Carrazeda de Ansiães » Até 26 de maio de 2022 Concurso Internacional de Fotografia 2020 | "Douro Património Contemporâneo” – Memória com Futuro Museu do Imaginário Duriense | Tabuaço » Até 29 de maio de 2022

*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro ou dos locais mencionados.


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Palmatória. MD/M-3023 ©2022, Carlos Mota/MD

coleção Museu do Douro A EDUCAÇÃO NA COLEÇÃO MUSEU DO DOURO Objeto do Mês Palmatória Medidas: 33,8 altura x 12,5 espessura Peso: 250 gr. Material: madeira Durante o Estado Novo, este instrumento era utilizado nas escolas primárias de todo o país como forma de disciplinar e punir as falhas dos estudantes. Os professores usavam a palmatória para exercer a sua autoridade sobre os alunos, aplicando castigos nas palmas das mãos. Este instrumento também era conhecido como "menina-de-cinco-olhos" devido às cinco furações

que possuí no disco. A peça da coleção apresenta um grande desgaste nos bordos do disco, muito provavelmente provocado pelos batimentos do professor na secretária, uma forma de chamar atenção dos alunos e de lhes lembrar o castigo iminente.


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coleção Museu do Douro

HAPE, J. Eduard Von; DIAS, Augusto Epiphanio da Silva (1815) Grammatica Franceza para uso das Escholas. Typografhia de Manoel José Pereira: Porto.

HAPE, J. Eduard Von; DIAS, Augusto Epiphanio da Silva (1815) Grammatica Franceza para uso das Escholas. Typografhia de Manoel José Pereira: Porto.

O manual apresenta algumas inscrições curiosas, manuscritas pelo seu possuidor: primeira folha: «Foi comprada no dia 5 de Junho/de 1875. Costou 860 reis»; segunda folha: «Pertence a Egydio Antonio Pinto/Esta Grammatica/Franceza./Porto 7 de Junho de 1875», «Costou 860/no Ernesto/Chardron» e «Comecei no dia 10 de Junho com o primeiro anno/de Francez».

A educação em Portugal, no séc. XIX e ainda no século XX, passava pelo ensino em casa, muitas vezes assumido pela figura materna ou, no caso de famílias abastadas, pela contratação de professores particulares. Depois das primeiras lições, a escola era o próximo salto pedagógico. Os manuais que damos a conhecer foram selecionados entre os muitos que fazem parte do espólio legado pela Sra. D. Irene Amélia Viana Pinto ao Museu do Douro, em 2010, estando disponíveis para consulta na nossa biblioteca. Esta coleção fazia parte da biblioteca da Casa do Vale, sita na aldeia da Presegueda (Peso da Régua), revelando a forma como eram educados os membros da família Viana Pinto. Além do português e francês, eram ensinadas outras áreas de conhecimento como a aritmética, ciências naturais, alemão e inglês.

Feijo, João de Moraes Madureira (1815) Orthographia, ou a arte de escrever, e pronunciar com acerto a Lingua Portugueza (…). Officina de Antonio Rodrigues Galhardo: Lisboa.


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Fotos Conservação


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COLEÇÃO NATÁLIA E JAIME FERREIRA-ALVES A entrada das obras de Mónica Baldaque da coleção Natália e Jaime Ferreira-Alves no Museu do Douro implicou uma primeira avaliação, que passou pela documentação fotográfica, a marcação do número de inventário, a verificação do estado de conservação e ações de conservação em cada obra. Esta última etapa contemplou a higienização por aspiração e limpeza húmida das molduras, remoção de fitas de fixação das obras ao passepartout, adição de suporte secundário de papel isento de ácidos e nova montagem ao mesmo suporte. No final, as obras foram remontadas nas molduras através da fixação de elementos metálicos produzidos sob medida, selando-se com remate de fita gomada de papel. Durante este processo foram recolhidas as inscrições que a autora colocou nas obras.

coleção Museu do Douro


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serviço educativo CAFÉ CENTRAL 2022

Santa Marta de Penaguião | Tabuaço | Alfandega de Fé | Carrazeda de Ansiães | Sabrosa Todas as terras têm um (ou mais) Café Central. No Douro, pesquisamos e procuramos os cafés que são centrais para a vida dos lugares onde existem. Os cafés são lugares de socialização e da vida quotidiana a que os museus são muitas vezes alheios. Este é um programa para estar presente, com as pessoas que nele estão em temporadas nos cafés do Douro. Trata-se de um programa na área da fotografia, geografia e vídeo por Paula Preto com Marisa Adegas realizado com o apoio da equipa de educadoras e educadores do serviço educativo do Museu do Douro. De cada estadia da fotógrafa e videasta Paula Preto nos cafés centrais dos 5 concelhos indicados são realizados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual.

serviço educativo


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Instalar Leituras. Percurso sonoro dos lugares favoritos dos alunos do 12º F da Escola Secundária João de Araújo Correia. Artur Matos, 2020

INSTALAR LEITURAS

As palavras saem de casa e vão para a rua...

Esta ação instala leituras em diferentes espaços dos lugares onde se vive, criando lugares de cruzamento entre vozes, palavras e pessoas. Trata-se de um programa na área da voz e som por Inês Vicente (voz-encenação) e Frederico Serrano (musica e sonoplastia) realizado com o apoio da equipa de educadoras e educadores do serviço educativo. O trabalho experimental de voz e som é realizado com grupos de jovens dos diferentes concelhos.

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Pequenos Poemas Lá Fora. Trabalho com professores e outros educadores no âmbito do BIOS 2021 e 2022, Histórias incompletas. SE 2022 (1)

PEQUENOS POEMAS LÁ FORA

Trata-se de um programa de oficinas e performances de curta duração, criados e coreografados por Marina Nabais a partir da fusão dos poemas “A Vida da Semente” e “Janela das Sensações”, que se desenrola com a componente participativa do público. Programa concebido por Marina Nabais - dança associação cultural - e com a equipa de educadores do serviço educativo Museu do Douro.

serviço educativo


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Público Comum. Visita técnica ao Teatro Ribeiro da Conceição. 1º ano do Centro Escolar Nº 1 De Lamego. SE 2020

doismaisum- oficinasfronteira. Oficina RIO, 3º ano do Centro Escolar da Alameda. SE 2022

PÚBLICO COMUM. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO

DOISMAISUM. OFICINAS FRONTEIRA.

Centro Escolar de Lamego, nº 1 Lamego

Este programa experimental, promovido pela equipa de educação do Museu do Douro, possibilita a experimentação de abordagens mais democráticas aos espaços e equipamentos culturais, museus, teatros...No ano de 2022 o trabalho será articulado com os equipamentos culturais de Lamego: Teatro Ribeiro da Conceição, Castelo de Lamego e Mata dos Remédios.

Este programa de oficinas envolve vários modos de interpelar as paisagens e o território com grupos de crianças e jovens, com especial enfoque na primeira infância e 1º ciclo de escolaridade. Abordam-se lógicas de oficinas sequenciadas e a presença mais cadenciada de grupos no espaço sede do Museu.


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PROJETO (RE) LER (RBE)

"Respirar, Ler, Pensar" Rede Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia, Peso da Régua, em parceria com o Serviço de Educação do Museu do Douro e Biblioteca Municipal O projeto resulta de uma candidatura ao projeto (Re) Ler proposto pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), no âmbito do Plano "Escola 21/23": Recuperação de aprendizagens resultantes da situação pandémica. Pretende-se desenvolver competências de leitura, incrementando a formação cultural e sócio afetiva, a reflexão crítica e ação sobre o mundo que nos rodeia, conhecer a obra de autores que escrevem sobre a nossa região, visitando e explorando os lugares e as pessoas envolvidas, trabalhar com diferentes autores a leitura em voz alta e a comunicação e trabalhar em parceria com agentes culturais e educativos.

serviço educativo / desafio


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Dizer ALTO O Pobre de Santiago

Quando o primeiro e longínquo sopro de Primavera faz estremecer a terra, as noites de luar nas montanhas têm uma doçura imensa e acariciante. Ainda é o vento gelado de Inverno que faz estremecer os ramos despidos das árvores, mas traz nele misturado o remoto sussurro de novos dias tépidos, perturbados pelo perfume envolvente das flores que ande nascer. É como que um pressentimento de beleza, a agitar a terra adormecida. Isto só é sentido pelos seres cuja vida humilde não é mais do que a vida da própria terra, através das estações que passam, aqueles seres não sendo mais que palpitações da natureza não vibram para além delas. Isso sentia naquela noite o pobre de Santiago. Já era bastante velho, e sempre, em cada ano, os seus sentidos apurados lhe diziam que em noites iguais aquela, numa árvore qualquer, rebentava o primeiro gomo verde. Caminhava a passo apressado e o seu velho e rijo corpo era percorrido pelo primeiro impulso de uma nova seiva. Andar era a sua profissão, o seu vício, toda a sua vida.

A noite estava silenciosa e clara. O luar inundava o caminho, só manchado, aqui e além, pelas sombras escuras dum ou outro pedregulho mais saliente, ou do tronco de alguma árvore sobranceira à vereda. As estrelas quase se tinham apagado naquela desmaiada claridade. Só, em conjunção com a lua, brilhava, no seu brilho inocente e jovem, a estrela da manhã. Os contornos poderosos dos montes eram nítidos, tão nítidos que se distinguiam no cimo os troncos dos pinheiros esguios, que aquela distancia não eram mais do que pequenas linhas negras. Duma volta do caminho dominava-se o vale, o vale largo e sereno, que descia em linhas suaves e brandas; ao fundo a curva prateada e indolente do rio. do lado de lá, em anfiteatro, brilhavam as luzes da Régua, coimo se fossem as de uma pequena cidade encravada naquele amplo poço entre montanhas. À esquerda abruptamente, nasciam os áridos os contrafortes do Marão, de pedra despida, rectilíneos, aguçados, subindo para o céu. (...)

Graça Pina de Morais, O Pobre de Santiago. - Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural, 1955


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desafio PROVÉRBIOS DE MARÇO

Em Março, cada dia chove um pedaço. Vento de Março e chuva de Abril, vinho a florir. Entre Março e Abril o cuco há-de vir. Inverno de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir. Março, marçagão, manhã de Inverno, tarde de rainha, noite corta que nem foicinha. Recolha oral, Maria do Céu, 77 anos. Peso da Régua

Se nos quiser fazer chegar um provébio envie para: educativo@museudodouro.pt

serviço educativo / desafio


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serviço educativo

Bios Fronteira 2021 E 2022 | Histórias incompletas

e simbólicas nestes 5 concelhos que têm densidades populacionais muito baixas.

5 concelhos | 5 grupos locais | envolvimento de públicos.

São territórios cujos grupos ou coletivos devem ser cuidados pela equipa do museu já que é no tecido associativo e cultural e nos grupos de educadores que se encontram gatilhos e motores fundamentais para a melhoria das dinâmicas da vida local no Douro.

Ciclos oficinais em territórios de densidade populacional baixa. Santa Marta de Penaguião | Tabuaço | Alfândega de Fé | Carrazeda de Ansiães | Sabrosa O projeto BIOS fronteira 2021 e 2022 | Histórias incompletas propõe modos de ver, dar a ver e interpelar diferentes realidades territoriais, pensando e agindo com as pessoas e as paisagens. Este projeto baseia-se na dinamização do tecido associativo e de coletivos em territórios de baixa densidade populacional. O projeto assenta na criação de ciclos oficinais dedicados à voz, à palavra e ao som; à dança e teatro, ao vídeo à fotografia e à geografia, realizados com 5 grupos de trabalho em 5 concelhos da região demarcada do douro, a saber: A execução do projeto tem em conta um ritmo de presença regular e sistemática nos concelhos referidos afastando-se da lógica de programações concentradas nos meses de Verão e permite a presença de mais e diferentes vozes nos programas do Museu do Douro. Parece-nos fundamental que a diversidade de práticas e experiências destes grupos culturais locais podem ter voz e devem ter voz na programação efetiva do Museu, além do seu espaço Sede. Para tal definimos os ciclos oficinais, as apresentações públicas, os encontros de pesquisa como motores de trocas culturais


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Teatro tabuaço-M.D. Legenda: Teatro de Tabuaço. ©2021, Carlos Cardoso

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património RDD Salas de espetáculo históricas Nas primeiras décadas do século XX assistiu-se no Douro à construção de uma grande variedade de equipamentos recreativos, associados a uma nova visão do entretenimento da população. Com um claro cariz comercial, resultando da iniciativa de associações ou pequenas empresas, apresentavam-se nesses espaços peças de teatro, variedades musicais e despontavam as apresentações cinematográficas. Os pequenos teatros, de projeto anónimo, apresentam a mesma configuração arquitetónica, com recinto compacto e versátil, para os vários tipos de apresentação, e balcão superior, de modo a acolher o maior número de público. Alguns desses edifícios vingaram até aos nossos dias, beneficiando de uma recuperação, como é o caso do Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, ou o Teatrinho da Régua. Outros esperam ainda a sua sorte, como o Teatro de Tabuaço ou o de Favaios, cujo pano de cena, pela sua qualidade cenográfica, merece ser preservado.

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museu de território colaborar e partilhar Neste separador da Newsletter do Museu do Douro queremos dar a conhecer a nossa partilha e colaboração com a Região Demarcada do Douro.

» 2 de março | LAMEGO | Centro Esco-

lar Nº 2 de | Público Comum.

» 3 de março | ALFÂNDEGA DA FÉ | BIOS 2021 e 2022 Histórias Incompletas. Café Central;

Todas as saídas previstas poderão ser alteradas de acordo com a agenda e necessidade dos serviços do Museu e dos equipamentos/instituições que nos recebem e/ou solicitam.

» 4 de março | PESO DA RÉGUA | 2+1 | Santa Casa da Misericórdia;

Aqui encontrará as datas, locais e ações em colaboração e partilha.

» 8 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca EB2,3 | ReLer;

» 5 e 6 de março | TABUAÇO | Associação Bagos D’Ouro | BIOS 2021 e 2022 Histórias Incompletas. Instalar Leituras;


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território // colaborar e partilhar

» 8 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | 2+1;

» 22 de março | PESO DA REGUA | Centro Escolar das Alagoas | 2+1;

» 9 de março | LAMEGO | Centro Escolar Nº 2 | Público Comum;

» 24 de março | PESO DA REGUA | Biblioteca do Centro Escolar da Alameda | ReLer.

» 9 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | Percorrer;

» 24 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | 2+1;

» 10 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | 2+1;

» 25 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia | ReLer.

» 10 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas, São Tiago. Sedielos | Percorrer:

» 25 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca da EB2,3 | ReLer;

» 11 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas | 2+1;

» 25 de março – 2+1: Santa Casa da Misericórdia, PESO DA RÉGUA

» 14 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | 2+1;

» 26 de março | ALIJÓ | Biblioteca | Vivificar. Oficinas sobre fotografia e vídeo.

» 14 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas | 2+1;

» 28 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | BIOS 2021 e 2022 Histórias Incompletas. PEQUENOS POEMAS LÁ FORA.

» 15 de março | TABUAÇO | ProMuseus. Café Central; » 15 de março | PESO DA REGUA | Centro Escolar da alameda | 2+1;

» 28 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas, | Caminhar. Percurso urbano;

» 16 de março | SABROSA | ProMuseus. Café Central;

» 29 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas 2+1;

» 16 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar das Alagoas | Percorrer;

» 29 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca da EB2,3 | ReLer;

» 17 de março | LAMEGO | Centro Escolar Nº 2. Teatro Ribeiro da Conceição | Público Comum;

» 30 de março | LAMEGO | Centro Escolar Nº 2.. Teatro Ribeiro da Conceição | Público Comum.

» 18 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda | BIOS 2021 e 2022 Histórias Incompletas. PEQUENOS POEMAS LÁ FORA; » 21 de março | PESO DA RÉGUA | JI de Galafura | 2 +1; » 22 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca do Centro Escolar das Alagoas | ReLer;

» 30 de março | PESO DA REGUA | Centro Escolar da Alameda | 2+1; » 31 de março | PESO DA RÉGUA | Centro Escolar da Alameda, Peso da Régua | 2+1; » 31 de março | PESO DA RÉGUA | Biblioteca


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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial! Todos os meses divulgaremos neste espaço as atividades/ações que nos forem enviadas pelos núcleos aderentes e, de modo aleatório, será apresentado um núcleo museológico.

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em destaque Março FUNDAÇÃO DA CASA DE MATEUS

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A Casa de Mateus é uma máquina do tempo, um lugar maravilhoso onde séculos de história de Portugal, da Europa e do mundo são postos sob o nosso olhar e a nossa experiência. Exemplo singular da arquitetura barroca, foi construída em meados do século XVIII por António José Botelho Mourão, 3º Morgado de Mateus. O seu desenho é atribuído a Nicolau Nasoni, pintor e arquiteto italiano e forte impulsionador do barroco no norte de Portugal. Inserida numa paisagem telúrica, marcada pelas serras do Marão e Alvão, a Casa de Mateus afirma-se, com a sua cenografia teatral, como o lugar onde a natureza, na sua expressão mais exuberante, encontra os valores estéticos e espirituais da arquitetura, música, pintura e literatura. Também os objetivos de harmonia ecológica e sustentabilidade com que a Casa de Mateus trata os seus jardins e áreas agrícolas e florestais são objetos de uma tradição passada que se perpetua no tempo. Estes valores estendem-se ao vinho, cuja eternidade podemos medir entre as vinhas velhas que, desde o século XVIII, marcaram os limites da Região Demarcada do Douro, e os sabores contemporâneos, que podemos apreciar na loja de vinhos, integrando o edifício da Adega, datado do século XV e que ainda hoje se encontra em funcionamento.


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Passado o portão, percorremos o caminho que flete para a esquerda e que se abre para o delicado espelho de água, que duplica e enquadra a harmonia proporcionada por toda a Casa e Capela, inaugurada em 1759 e concebida pelo mestre português José Álvares do Rego. O pátio principal revela o esplendor barroco da fachada e a riqueza da decoração, composta pelo dinamismo plástico, a sumptuosidade e a imponência, reforçados por intensa emotividade conseguida através de sinuosidades, elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos perspéticos e ilusórios, visíveis nos pináculos, frontões e estatuária e que impressiona com o rigor do plano.

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No Salão Nobre, sentimos a memória de figuras importantes e de momentos singulares, quase que conseguimos sentir os sons do cravo que nos mostra a vocação lírica da Casa. A partir daí, à boa maneira barroca, passamos de sala em sala, descobrindo as histórias e os protagonistas que as habitam. A Biblioteca, que é a parte visível de um arquivo contendo mais de um milhão de documentos, alguns dos quais com quinhentos anos, abriga a memória daquela verdadeira aventura editorial que foi a Edição Monumental de Os Lusíadas, de Luís de Camões.


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As salas de Mateus d'Além, também na Ala Norte, testemunham a vida doméstica da mesma família que habitou a Casa durante centenas de anos. Na Ala Sul, através da Sala de Tijolo, que alberga algumas das peças mais valiosas do espólio da Casa, acedemos à Sala da Loiça Azul, onde o monumental retrato do 1º Conde de Vila Real domina a representação alargada da família e as suas relações com a Corte Portuguesa, ou a Sala de Jantar, com os seus serviços e louça iluminada por um notável conjunto de pinturas inspiradas em Caravaggio.

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Ainda na ala Sul, mergulhamos na inspiração religiosa que levou a família a reunir uma impressionante coleção de arte sacra que transborda para a Capela, com o corpo/relicário de São Marcos Mártir ou o notável conjunto que decora o teto da sacristia.


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A missão da Fundação Casa de Mateus, fundada em 1970, é preservar e valorizar a propriedade e todos os seus bens, estudar e divulgar a vasta coleção de documentos, mas também desenvolver um programa cultural, no qual se destacam os Encontros Internacionais de Música que, todos os Verões, nos oferecem dias intensos de masterclasses e concertos de música antiga e barroca. Os seminários de Tradução Coletiva de Poesia Viva, que desde 1990 juntam poetas portugueses e internacionais e que culminam com a apresentação dos poemas traduzidos, em contexto único, com a presença dos próprio autores. Ou, ainda a associação à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro na concepção de programas orientados para a inovação e sustentabilidade //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » 1 de abril a 31 de outubro: terça a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 Sábados e domingos: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 18:30 » 1 de novembro a 31 de março: terça a domingo: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 Encerrado às segundas e feriados. Contactos: Email: casademateus@casademateus.pt Tel.: 259 323 121 Visita guiada completa Casa + capela + frasqueira | 50 min | + visita livre aos jardins Adulto: 20,00 € Crianças dos 6 aos 12 anos: 10,00 € Estudantes até aos 25 anos: 15,00 €

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Visita guiada Casa | 30 min | + visita livre aos jardins Adulto: 13,50€ Crianças dos 6 aos 12 anos: 6,75€ Estudantes até aos 25 anos: 10€ Visita livre aos jardins Adulto: 10€ Crianças dos 6 aos 12 anos: 5€ Estudantes até aos 25 anos: 7,50€ Morada: Morada: Casa de Mateus, 5000-291 Vila Real


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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES De 9 de março até 30 de abril de 2022, estará patente no Museu Armindo Teixeira Lopes a exposição de desenhos "Animais Domésticos" da autoria da artista plástica Ema Serra. Ema Serra | Licenciada pela Faculdade de Arquitectura da UniversidadeTécnica de Lisboa Realizou o estágio Académico na Faculdade de Arquitectura no gabinete de Teoria da Arquitectura no ano de 2007 /2008. Estágio Profissional durante o ano de 2008/ 2009 no Atelier de Arquitectura MOA, onde colabora desde 2012.

Animais Porquê animais? Inicialmente pretendeu-se uma análise da relação entre o espaço doméstico e aqueles que o habitam. O que é um animal domesticado e a relação que estabelece com quem o domestica. É assim que surge a ideia de representar os animais em contextos e espaços domésticos, espaços cuja escala está destinada ao homem e não ao animal. Assim surge a nossa interpretação simbólica de um Álbum de Família de uma suposta família de animais. Como que fotografados em diferentes contextos e ambientes.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados: das 14:30 às 18:00 » domingos e feriados: marcação prévia. Contactos: Email: museu@cm-mirandela.pt Tel.: 278 201 590 Bilhete: Gratuito Morada: Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela


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SANTUÁRIO DE PANÓIAS, VILA REAL

Para além das inscrições, em latim e em grego, que se reportam às atividades culturais aí realizadas, são visíveis ainda as fundações de três pequenos templos, escadas e cavidades. Conhecido e documentado desde o século XVIII, continua a ser estudado e a revelar alguns mistérios. Em investigações recentes, usando novas tecnologias, descobriu-se que para além de ter sido dedicado a Serápis, também foi dedicado a Ísis. O culto egípcio a Serápis e a Ísis tornou-se popular no Ocidente entre os séc. II e III e terá sido por essa altura que o Santuário de Panóias terá sido construído. Venha sentir este sítio!

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, é propriedade do Estado e está afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » De quarta a domingo: 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 » Encerra às segundas e terças. Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 50% Contactos: Email: panoias@culturanorte.gov.pt Tel.: 259 336 322 Morada: Rua de Panóias, Assento – Vale de Nogueiras, 5000 – 751 Vila Real


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MUSEU DO CÔA E PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA Há mais de 100 anos (1921), realizou-se em Madrid, uma exposição pioneira a nível Mundial que marcou o início da difusão em larga escala da arte mais antiga criada pelos seres humanos. A mostra reuniu duas décadas de documentação e estudo realizado por investigadores espanhóis, franceses e alemães. Mas não foi apenas uma questão de dar visibilidade a uma investigação, muitas vezes levada a cabo com limitações com poucos meios e de uma forma heróica em grutas e lugares de difícil acesso. Também tentou transmitir a um público, que ainda não tinha descoberto o turismo cultural, a grandeza desta arte primitiva.

MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU) Exposição de Fotografia: Concurso Internacional de Fotografia 2020 | “Douro Património Contemporâneo” – Memória com Futuro Patente no Museu do Imaginário Duriense (MIDU) de 1 de fevereiro a 29 de maio de 2022. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço

Uma das primeiras consequências dessa exposição, foi a entrada da arte pré-histórica nos museus, primeiro através de representações que acabariam por evoluir para fórmulas mais complexas, procurando envolver o espectador no ambiente em que a arte foi criada. Em última análise, a exposição de Arte Pré-Histórica de 1921, foi considerada um marco na história da arte pré-histórica. Fez com que estas manifestações sejam hoje universalmente reconhecidas e muitas delas, distinguidas como Património Cultural da Humanidade. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » todos os dias: das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Bilhete: 6€ Passaporte Mud: 20% desconto Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa


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NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS PÃO E VINHO

Durante o mês de março além da exposição permanente, sobre o Moscatel de Favaios e o afamado Trigo de quatro cantos, também estará patente ao público a exposição fotográfica “Borboletas Noturnas do Vale do Tua”, criada no âmbito do Projeto Vale da Biodiversidade. O projeto VALE DA BIODIVERSIDADE do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) está a realizar uma série de exposições fotográficas itinerantes que pretendem contribuir significativamente para melhorar a consciencialização pública, para a valorização e a compreensão das componentes da biodiversidade do Parque Natural, assim como para as ameaças que estas enfrentam na atualidade. Este projeto visa a implementação de iniciativas e mecanismos para melhorar o conhecimento do património natural existente nesta Área Protegida recentemente classificada, assim como promover ativamente a sua conservação. As Borboletas Noturnas do PNRVT fazem parte da elevada biodiversidade deste parque e enfrentam ameaças à sua conservação, talvez por serem amplamente desconhecidos do público em geral.

A exposição agora patente no Núcleo Museológico de Favaios – Pão e Vinho revela-nos algumas das mais de 900 espécies de borboletas noturnas encontradas no Vale do Tua, sendo uma das áreas mais ricas de Portugal para estes insetos, tornando-as num recursos alimentar importante para outros animais, principalmente aves e morcegos. Venha conhecer o maravilhoso mundo destes insetos, as suas cores, formas e padrões, numa exposição fotográfica muito apelativa para o visitante e que estará patente neste espaço até ao final de março.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » De segunda a domingo: inverno: das 10:00 às 17:00 verão: das 10:00 às 18:00 Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 20% Contactos: Email: museu.favaios@cm-alijo.pt Tel.: 259 950 073 Morada: Rua Direita, 21, 5070 – 272 Favaios


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ESPAÇO MIGUEL TORGA Programação para março:

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:

5 de março » 18:00 | Novas Canções da Montanha | Espaço Miguel Torga;

Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00

16 de março » 21h00 | Espetáculo Cultural na abertura do Seminário de Abertura da Década dos Oceanos 2021-2030 | Espaço Miguel Torga; 18 de março » 21h00| Magos da Guitarra - David Silva_ Flamenco guitar trio | Espaço Miguel Torga; 19 de março » 16h00 | Apresentação do catálogo da exposição Contramuros de Francisco Laranjo | Espaço Miguel Torga; » 18h00 | Solstícios e Equinócios | Espaço Miguel Torga; 25 de março » 21h00 | Magos da Guitarra - Sönke Meinen | Espaço Miguel Torga; 26 de março » 18h00 | Apresentação do livro de Banda Desenhada de Jorge Marinho | Espaço Miguel Torga;

Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço


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loja museu do douro Novidades de março na Loja do Museu do Douro. http://loja.museudodouro.pt/


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restaurante a companhia A nossa esplanada volta a reabrir no mês de março! //MAIS INFORMAÇÕES:

» Facebook: www.facebook.com/ acompanhia.pt » Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com companhia.regua@gmail.com

© Foto Maria João Centenário

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geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua


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