Mural 75

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MARCELO COLLAÇO PAULO E A ARTE DE COLECIONAR

DOUTOR FORMIGA NO AR

ENTREVISTA: JOEL STEINMAN, O MÉDICO DOS CAMPEÕES








8 EDITORIAL

foto MARCO CEZAR

SEGUINDO EM FRENTE

F

irme no propósito de levar informação qualificada aos seus leitores, esta edição da Mural vem recheada de coisas que ajudam a tornar o mundo um lugar melhor para viver. Tem esporte radical – e bota radical nisso! – com o boardrider Luis Roberto Moraes, o famoso Formiga, conhecido e respeitado no mundo inteiro por seu pioneirismo e inovação nas modalidades com prancha. No mar, no ar, na neve, na pista ou na areia, o atleta está sempre desafiando os limites do corpo, que já completa 54 primaveras. Entrevistado por Olavo Moraes, Formiga escolheu o Rio Tavares para morar e exercer a odontologia, profissão que agora concilia com as aventuras esportivas nos cinco continentes. Tem arte e cultura com o repórter Urbano Salles, que entrevista o médico Marcelo Collaço Paulo, colecionador de rara sensibilidade que reúne em seu monumental acervo artístico importantes obras de autores de diferentes estilos e épocas, e que teve a generosidade de exibi-las ao público em recente exposição no MASC. Urbano também conta como o piano influenciou a vida de alguns interessantes personagens da cidade, que souberam manter a aura de nobreza que acompanha o instrumento desde sua invenção, por volta de 1700. Na seção Mochilão, a viajante Mariah Silva narra parte de suas aventuras pelo globo terrestre. Aos 30 anos, ela já visitou mais de 50 países e dá dicas de como aproveitar melhor as viagens, para muito além das selfies: “a melhor maneira de conhecer uma cidade é a pé, sem saber exatamente onde você está indo”, ensina Mariah para seus 40 mil seguidores no Instagram. Além de sua costumeira coluna com o primeiro time da constelação florianopolitana, Juliana Wosgraus convoca a todos a Manter a Calma e Seguir em Frente, tradução da famosa frase “Keep Calm And Carry On”, que inspirou a colunista e que cai como uma luva para enfrentar esses dias. Olavo Moraes conversa com o Dr. Joel Steinman, referência internacional em medicina do esporte e do

O RADICAL FORMIGA E O EDITOR MARCO CEZAR

exercício, que mostra como envelhecer com saúde e bom humor, envelhecer com saúde plena e bom humor. Mostramos a trajetória do produtor de eventos Ney Fagundes, que assumiu recentemente a galeteria Casa Di Piero, na SC-401, famosa por sua boa comida e espaço acolhedor, e que agora conta com o estilo Ney Fagundes de fazer dar certo: “ver o brilho no olhar do cliente é tudo pra mim”, emociona-se. Para adoçar nossos dias, entrevistamos a jovem cake designer Valentina Groth Becker, que aos 19 anos está virando sensação com os bolos lindos e deliciosos que faz. Começou sua empresa com duzentos reais e já colhe os frutos – cobertos de chocolate – do sucesso. Marcos Heise ensina como preparar um delicioso bacalhau de forno com batata ralada, prato que é garantia de primeiro lugar no Masterchef da casa dele. Nossas colunistas mostram como manter a beleza e a saúde: a dermatologista Mariana Barbatto fala sobre tratamentos para a celulite, a dentista Laura Sacchetti escreve sobre aftas, a fisioterapeuta Roberta Ruiz comprova os benefícios de exercitar o assoalho pélvico e a nutricionista Ana Carolina Abreu aborda as vantagens de comer comida de verdade e como isso afeta nosso corpo. Revista Mural que se preza tem festa, muita festa: inaugurações da Integrata, a clínica da Roberta Ruiz no Campeche, e da Experimento, agência de viagens capitaneada pelos Naspolini; tem jantar beneficente do Alexandre Buffon, festa de três aninhos do Claudinho, filho do Claudio Gastão da Rosa Filho e casamento de Larissa Cortez dos Santos e Carlos Henrique Paulo. Tem também P12, Acqua Plage, Habbitat de Itajaí, Posh, Mercadoteca, Costelaria Ponta d’Agulha no Rio Tavares e Donna Dinning Club, tudo cheio de gente entusiasmada que faz tudo isso ter sentido. Mantenhamos a calma e sigamos em frente. Um beijo, um abraço e boa leitura.



EXPEDIENTE

10 DIREÇÃO MARCO CEZAR

EMPREENDEDOR NOVOS RUMOS

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COMPORTAMENTO MEU AMIGO, O PIANO

14

ARTE A ARTE DE COLECIONAR

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MOCHILÃO MUNDO PEQUENO

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EMPREENDIMENTO FRONTEIRAS ABERTAS

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JULIANA WOSGRAUS MANTENHA A CALMA E SIGA EM FRENTE

46

ENTREVISTA VIDA LONGA E SAUDÁVEL

48

SAÚDE BUCAL AFTAS

56

SAÚDE CELULITE TEM TRATAMENTO?

58

FISIOTERAPIA ASSOALHO PÉLVICO

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EMPREENDIMENTO INTEGRATA

62

JOVENS PROMESSAS DOCE FUTURO

66

NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO E COZINHA

70

EDITOR CHEFE MARCO CEZAR EDITOR ASSISTENTE CAIO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL MARCOS HEISE (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO AYRTON CRUZ COLABORARAM NESTA EDIÇÃO ADRIEL DOUGLAS ANA CAROLINA ABREU ANGELO SANTOS CAIO GRAÇA CESAR CARNERO CHAIANE GOBB CLÁUDIO BRANDÃO DANIELA RISSON DIOGO PEDRO FABRICIA PINHO FORMIGA AIR LINES GABRIELA NEVES JULIANA WOSGRAUS LARISSA TRENTINI LAURA SACCHETTI LEO COMIN MARCOS HEISE MARIAH SILVA MARIANA TREMEL BARBATTO MONIQUE VANDRESEN OLAVO MORAES PEDRO MOX ROBERTA RUIZ RODRIGO COSTA RUDI BODANESI URBANO SALLES IMPRESSÃO Maxigráfica | Curitiba/PR 0 marcocezar.foto@gmail.com 5 www.marcocezar.com.br 5 www.revistamural.com.br 1 48 3025-1551


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HORA DA FEIRA MUITA FIBRA O PODER DO LIMÃO

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COMER & BEBER PROTAGONISMO VERSÁTIL

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OCULTO LIKE A BOSS

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JULIANA WOSGRAUS COLUNA

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MURAL DA MURAL A MURAL COMEMORA

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MURAL P12 PALCO ENSOLARADO

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MURAL ACQUA PLAGE NA BEIRA DO MAR

94

MURAL HABBITAT O BOM DE ITAJAÍ

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MURAL POSH TOPO

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MURAL MERCADOTECA FLORIPA NOVIDADE NA 401

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MURAL COSTELARIA PONTA D’AGULHA MANDANDO BRASA

104

BENEFICENTE CORRENTE POSITIVA

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COMEMORAÇÃO SUPERFESTA PARA O CLAUDINHO

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UNIÃO UMA NOITE MÁGICA

ÍNDICE

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19 CAPA LUIS ROBERTO MORAES (DOUTOR FORMIGA) FOTO MARCO CEZAR


12 EMPREENDEDOR

foto DIOGO PEDRO

Consagrado no mercado de eventos, Ney Fagundes assume a galeteria Casa Di Piero

NOVOS RUMOS


EMPREENDEDOR

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foto MARCO CEZAR

texto MARIA PAULA

S

orriso fácil e astral contagiante compõem o carisma do produtor nacional de eventos Ney Fagundes, reconhecido como um dos melhores do país no seu ramo de atuação. Tem temperamento daqueles que atrai: todos querem estar por perto. Carinho e atenção nas relações, criatividade e dedicação em tudo que faz contribuem para o sucesso em mais de 20 anos no mercado de eventos corporativos e sociais. “Considero a excelência em atendimento fundamental. E fazer com o coração. Empreender é um grande desafio que me move. Acredito que precisamos de metas em nossas vidas para nos sentirmos ativos. Este processo nos faz estar sempre atualizados com o mundo”, avalia. Conectado quase 24 horas, o trabalho ganha também uma função maior: a de realizador de sonhos. “Não importa qual a vontade do cliente. Conseguimos reproduzir exatamente o que está no pensamento e no coração dele”, comemora cheio de orgulho. Ney Fagundes circula por várias tribos, onde possui amigos e fãs. Atualmente é gestor da Casa Conceito (local paradisíaco e renomado para realização de eventos em Florianópolis) e também é um dos donos de um dos melhores restaurantes de Florianópolis, a galeteria Casa Di Piero, em sociedade com Caio Dallelaste, que tem vasta experiência no ramo. Uma união de dois gigantes somando forças. “Ver a satisfação explícita e o brilho no olhar do cliente é o melhor de tudo para mim. E agora com o restaurante não será diferente”, revela o empresário.

O cara texto LEO COELHO Profissional de incrível sensibilidade, atento a detalhes, Ney Fagundes busca a excelência em todas as suas produções. Entrega-se de corpo e alma a seus propósitos, tendo intensidade e paixão como traços importantes de sua personalidade. Concentrado e determinado, transita com maestria entre eventos corporativos e sociais. Sempre atento aos verdadeiros desejos de seus clientes, traduz emoções e ideias com muita sabedoria, atendendo e superando expectativas. Com forte determinação e muita habilidade social, Ney Fagundes é um nome que deve ser sempre lembrado quando busca-se comprometimento, intuitividade e persistência.


COMPORTAMENTO

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Instrumento inventado há mais de três séculos mantém status de nobreza nas mãos de apreciadores e profissionais

MEU AMIGO, O PIANO

SANDRA FERREIRA DE MELLO


COMPORTAMENTO

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PROFESSORA BEATRIZ GASSENFERTH DE SOUZA

texto URBANO SALLES fotos MARCO CEZAR

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m italiano de nome Bartolomeo inventou, por volta de 1700, um instrumento que se tornaria símbolo de status e cultura. Nos séculos seguintes, o piano viveria seu auge, espalhando-se por salas e salões da elite, e depois chegando até as famílias de classe média. Hoje em dia, embora menos ouvido e tocado, ele mantém intacta sua aura de nobreza e ocupa lugar de honra na vida de admiradores e profissionais da música. É o caso da empresária cultural Sandra Ferreira de Mello, sobrinha-bisneta do maestro e compositor Adolpho Mello, cujo nome batiza um teatro em São José. Pianista por prazer, ela costuma reunir artistas e amigos para saraus. O hábito, Sandra cultiva desde que, bem jovem, morava na aristocrática avenida Trompowsky. Dona de dois pianos, a “joia da coroa” continua em plena atividade no apartamento do Centro: um Stuttgart 1908, com teclado de marfim, marchetaria em rádica e desenhos art nouveau. O instrumento foi um presente do pai, o saudoso ex-presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Ayres Gama Ferreira de Mello, quando ela tinha 16 anos. Na sua casa de praia, em Canasvieiras, Sandra tem um Kawai elétrico. Dos grandes compositores clássicos, ela aponta o favorito: o polonês Frédéric Chopin. No mais que centenário piano do Centro, já tocaram personalidades como Antonio Vaz Lemes, Alberto Heller, Salete Momm e Beth Guedin.


COMPORTAMENTO

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EGÍDIO ANTÔNIO MARTORANO FREQUENTA SARAUS NA CASA DE AMIGOS

Do seu rol de amigos também faz parte o economista Egídio Antônio Martorano. Considerado um “craque” por amigos que o ouvem, ele chegou a estudar música na infância, mas nunca tocou profissionalmente. Define-se como um “autodidata”. Egídio tem em casa um piano, propriedade da família há mais de 60 anos. “A música sempre foi uma atividade de lazer para mim e os saraus são importantes para reunir pessoas que gostam de música. Participo de vários grupos que se reúnem para

PIANO DE SANDRA FERREIRA DE MELLO ESTÁ COMPLETANDO 118 ANOS

tocar, sempre com boa comida e, no meu caso, regado a um bom scotch.” Priscila e o marido, o advogado Rodrigo de Carvalho, do Bornhausen & Zimermann Advogados, comandam um desses grupos citados por Martorano. Detalhe: o piano precisou ser içado até a cobertura onde moram, na avenida Beira-Mar. Habitués descrevem com entusiasmo a “qualidade das pessoas”, a paisagem do apartamento, a acústica da sala, entre outros atrativos.


COMPORTAMENTO

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BEATRIZ COM ALUNAS DE PIANO

Entusiasmada também fica Beatriz Gassenferth de Souza ao comentar sobre seu trabalho como professora. No último dia 30 de janeiro, ela completou 60 anos de vida, 42 deles dedicados ao ensino do piano. “Quero ser que nem a dona Dulce Moritz, bisavó do meu filho. Ela continuava dando aula depois dos 90!”, referindose às sucessivas gerações da família que amam o instrumento. Seu piano de meia cauda foi herdado da avó paterna, Carmem. “Eu era a única neta que tocava.” Além das aulas em casa e nas casas dos alunos, a florianopolitana atua como professora voluntária de música numa igreja católica no Morro do Horácio, parte de um projeto social liderado pelo padre Luiz Harding Chang. Uma curiosidade: entre as alunas, estão quadrigêmeas filhas de uma ex-estudante do Colégio Coração de Jesus. E ainda tem um lado pouco lembrado quando o assunto é piano. Beatriz calcula ter quase 20 alunos para os quais as aulas funcionam como terapia. “Uma esposa de um arquiteto que acabou de perder um bebê com uma semana de vida veio e está amando.” O piano acompanha também a jornalista e artista plástica Juliana Wosgraus, começando pela infância em Videira e depois as aulas na casa da professora Bernadete Castelan, já em Florianópolis. “O mesmo piano que trouxemos na mudança ficou comigo no apartamento da Beira-Mar, depois na Lagoa, e agora há dois anos eu doei para a Myrine Vlavianos (galerista) porque a filha dela está estudando música e aí posso tocar lá quando quiser”, conta. “Meu piano, minha vida!”

INSTRUMENTO ACOMPANHA JULIANA WOSGRAUS DESDE A INFÂNCIA


PERSONALIDADE

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PABLO ROSSI,

DA ILHA PARA O MUNDO

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os últimos tempos, Pablo Rossi, de Florianópolis, vem emplacando em todas as listas de grandes revelações da música erudita no Brasil. Além de crescente e sólido reconhecimento no Brasil, já tem uma carreira internacional promissora. Uma das suas mais recentes apresentações foi em Xangai, na China. O auditório Jurerê Classic abriu sua temporada 2018, dia 24 de março, com um concerto do pianista interpretando Schumann e Chopin. “O Brasil, sim, ainda produz artistas de nível!”, registrou um fã no seu perfil numa rede social. Mural | Qual teu piano de estimação, aquele com o qual tens mais raízes musicais e lembranças? Quais sentimentos ele aflora? Teu primeiro piano continua contigo, correto? Pablo Rossi | Eu diria que meu verdadeiro piano de estimação, quase uma espécie de mascote, foi um daqueles pianos de brinquedo que nos idos da década de 1990 eram confeccionados pela Hering. Tenho que admitir que mal me lembro dele, mas foi ali que de maneira galhofeira comecei meu contato com as teclas. Por outro lado, meu primeiro piano de verdade foi comprado por meus pais porque eu já fazia aulas e necessitava ter um instrumento disponível em casa para o estudo diário, que é essencial. Esse piano foi comprado por meio de um consórcio que meus pais fizeram com uma fábrica de pianos nacional. Tive a sorte de ser sorteado logo em seguida e este meu pequeno e primeiro companheiro até hoje está na nossa família, guardado pelos meus pais em Florianópolis. Mural | Quantas horas em média por dia na companhia do amigo piano? Como acontece em muitas amizades, tem hora para desligar um pouco, ficar longe dele? O que o piano tem que te seduziu? Pablo Rossi | A prática diária é essencial e não pode nunca ser abandonada, pelo contrário, acredito que quanto mais você acaba

desenvolvendo e progredindo na sua carreira, maior é a demanda por horas de estudo e dedicação. Depois de um tempo é como se você e o instrumento se transformasse em um objeto só, quase como uma fusão de dois seres, algo próximo de um “casamento”. Mas não um com cobranças... é uma relação que você se vê impelido a estar diariamente construindo um laço e ligação cada vez mais intensos. O estudar e tocar piano (que estão conectados, mas não podem ser confundidos como um mesmo processo!) são praticamente necessidades diárias, minha rotina gira em torno disso, meus planos a médio-longo prazo também dependem disso. Diferente de uma relação humana, essa conexão com o piano é algo por vezes mágico, de uma beleza além do material e sem explicações materiais... quando você entra no palco ou quando senta pela manhã ao piano, imediatamente ali, naquele momento, você está fazendo parte de um “acontecimento” extraordinário que pode, se você for suficientemente exitoso, trazer alguma mudança para a vida daqueles que o ouvem. O fato é que a sua vida, como músico, com certeza não será mais a mesma. Mural | Tocar entre amigos é diferente ou o profissional nunca descansa? Saraus em casas de famílias é cada dia mais raro... Qual, afinal, o papel do piano na sociedade ocidental em 2018? Pablo Rossi | Eu acredito que a música, como qualquer manifestação artística, não pode e não deve ter limitações. Antes de mais nada, a arte deve ser uma expressão genuína e verdadeira do ser humano e para mim fazer música num palco de uma grande sala ou numa sala de uma residência representa o mesmo desafio: tocar a alma das pessoas. Vivemos hoje períodos de uma banalização dos preceitos artísticos e a nossa sociedade está passando por uma revolução cultural como nunca antes! Penso que nós artistas devemos continuar nossa infindável entrega à arte, sempre seguindo nosso instintos e ideais.



CAPA

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Mestre dos esportes de ação, o pioneiro das modalidades radicais no Brasil curte retorno à odontologia e à vida que sonhou, em Floripa

textos OLAVO MORAES fotos ARQUIVO PESSOAL e MARCO CEZAR

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ormiga, 54 anos, 40 dedicados às modalidades radicais, é pioneiro no conceito múltiplo de boardriders, os esportistas de prancha. Expert nos esportes extremos, busca o surfe em diversos meios – terra, água, e ar. De cabeça feita, Luis Roberto Moraes curte a volta à odontologia. Tem “escritório” na praia do Campeche, quintal de casa, e consultório no bairro Rio Tavares, a 500 metros de onde mora. Em plena forma, Formiga segue fazendo o que mais gosta. Praticando esportes de prancha, produzindo conteúdo multimídia, e, agora, acrescenta o prazer de exercer a profissão que escolheu na universidade. “Estou trabalhando com odontologia, uma fase muito legal da minha vida profissional. Fiquei muitos anos parado.”

Desde os 9 anos de idade, quando subiu na prancha de surfe pela primeira vez, Formiga segue atrás da ondulação perfeita. “No fundo tudo se amarra com a busca por mais uma onda surfada. No mar, no ar, ou simulando uma, através de manobras de skate, nas pistas verticais. Tudo na pegada surfe.” Para falar sobre seu momento, a vocação pelos esportes de prancha, as quatro décadas de modalidades extremas e o futuro, Formiga recebeu a reportagem da Revista Mural, em sua casa, numa tarde de verão no Campeche. Regado a suco de acerola, dos pés de frutífera do jardim, a conversa com o doutor dos esportes radicais rendeu um longo papo, cujos principais texto você saboreia a seguir.


CAPA

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Estilo de vida

Influência positiva

É um estilo de vida que optei, me dediquei, e construí. É complexo pensar em ter conhecimento de diversas modalidades. Entre elas algumas extremamente perigosas, as quais é preciso levar muito a sério. É normal ter uma atividade, mas, quando você se dedica ao que chamo de multiesportes, em cada uma você tem que despender muito tempo, atenção e estudo. Você se torna bom, a partir de, pelo menos, cinco anos em cada uma das modalidades.

Tenho a oportunidade de desenvolver projetos, principalmente para a produção de conteúdo multimídia, e isso também me move. É o grande barato, minha motivação de continuar fazendo. De preferência, conseguir influenciar o maior número de pessoas para levantar da cadeira, da frente do sofá, e ir para as atividades outdoor.

Motivação Quando você olha para trás e vê que está em atividade com mais de 50 anos, em todas as modalidades, sem exceção, essa é a minha motivação. Não sou ex-praticante de algo. Continuo praticando, como se fosse minha religião. Não vou à igreja, mas vou à pista de skate, atrás de onda grande, vou voar, na terra, na água, no ar, na neve, no mergulho, na caverna, onde for. foto MARCO CEZAR

Multiplicando conhecimento Gosto muito de ajudar, ensinar, treinar, participar de projetos com outras pessoas. Justamente para motivar as pessoas a fazerem coisas legais. Porque é muito gostoso correr atrás dos esportes. Dá sensação muito boa, liberação de endorfina. Você se sente bem, dorme bem, come bem. Ama as pessoas, é uma boa, resolve todos os problemas da vida. foto MARCO CEZAR


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Ambição após 40 anos de superação Tem algumas atividades que não tenho tanta ambição. Mas, por exemplo, no skate, talvez a modalidade mais difícil para um cara da minha idade (54 anos), me vejo o vovozinho do kung fu. Que dava aula para o gafanhoto, o mestre... Você conseguir manter a performance (depois de tanto tempo). Hoje ando (de skate) melhor do que sempre andei. Isto é muito bacana. Então tenho ambições. No voo de planador também tenho ambições. Agora tem outras classes, outros tipos de aeronaves para voar, que também quero evoluir, aprender.

Expandindo horizontes E aprender (em novas classes, no voo de planador), baixar a orelha, voltar do zero. Com muita humildade. Conhecer a sensibilidade de uma aeronave moderna, para continuar expandindo horizontes. Os meus horizontes esportivos, principalmente no voo de planador. Também quero pegar ondas grandes. Por exemplo, todo mundo fala agora de Nazaré. Fui o primeiro brasileiro a surfar em Nazaré de town-in. Existem outras ondas. Quero surfar, mas não dá mais para fazer tudo ao mesmo tempo. Na verdade, tenho ambição e objetivo, não apenas em uma atividade. Mas em algumas.

Medo, e possibilidade da morte Não existe essa história de não ter medo. O medo existe. Sou corajoso. Você tem muitas coisas a favor, equipamentos, conhecimento, estudo, preparação para determinada missão. Faço jogo mental, o que é errado, o que não posso fazer. Não é técnica de suicídio. Vou muito mais para o lado da realização, do que para o lado das coisas que podem dar errado. Saber quais são erros não pode cometer, faz parte da análise fria, inteligente. Só tenho uma característica, me sinto bem. A hora que ficar perigoso, que precisar de reação, sempre me sinto bem, a cabeça funciona. Não tenho a limitação do pânico, de travar, cristalizar. Fico racional. Depois, dá um super prazer. Na hora, não é momento de sorrir, ficar muito feliz. Você está executando uma missão.


Preparação física A preparação é um mix de várias coisas, não há receita. Faço um pouco de academia, musculação, alongamento, tenho minha consciência corporal. Hoje de manhã meu treino foi nessa água maravilhosa do mar de hoje (do Campeche), ontem passei o dia arrumando uma pista (de skate) de um amigo, que precisava de uma manutenção. A gente pegou a mão na massa, esperamos secar, depois realizamos manobras incríveis. Tudo está se integrando ao corpo. É uma forma de preparo físico.

Forma física, respiração e apneia Sou desportista outdoor, surfe e stand up são ótimas formas de se exercitar. O skate é fundamental na preparação. É anaeróbico. Você precisa controlar muito a respiração, porque falta o ar, o ar não enche mais o peito. Trabalho com princípios de yoga, de apneia. Você vai ter tanto CO2 no sangue, que vai ficando com o sangue ácido, a acidose sanguínea. Fiz o primeiro curso de apneia há 15 anos. Organizei junto com o professor, que vive disso, faz curso para surfistas. O primeiro curso dele, organizei para o meu programa, justamente porque queria pegar onda grande e ter entendimento do que é apneia. Como o cara fica seis minutos embaixo d’água, sem respirar.

Controle da tensão e ansiedade A respiração é a da yoga. Um conceito, que você usa quando tem medo, na porta de um avião, antes de saltar de paraquedas. Você controla a ansiedade e o medo em reunião de negócios, em qualquer momento que a situação está desfavorável e perigosa. Você controla na respiração.

Consciência Corporal Tem também a consciência corporal. Tenho 50 boletins de ocorrência ortopédico. Sou todo quebrado, mas vou à academia, meu corpo dói de dia de um lado, de noite dói outros lugares. Não me incomodo com isso. Passo por cima da dor, e vou praticando meus esportes.

Começo no skate No decorrer dos 40 anos existem picos de momentos importantes. No skate, um momento superimportante foi quando ganhei o primeiro Campeonato Brasileiro de skate, aqui em Florianópolis, no Clube 12. Foi o início da carreira de desportista profissional. Naquele evento obtive sucesso, fui destaque na revista POP (publicação referência da época), comecei a ganhar dinheiro, Ayrton Senna era meu companheiro de equipe, na Gledson/CocaCola. Depois fui para a Califórnia. Esse começo foi muito importante. Depois fui para a asa delta, bati recordes sul-americano, era piloto de testes, tive acidentes gravíssimos, quase me matei por seis vezes. Conquistei três recordes sul-americanos de distância. Foi uma fase muito legal. Depois fui para o snowboard, em busca da sensação de surfar em diferentes elementos.

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CURRÍCULO EXTREMO 1972 • Começo da paixão esportiva, com o surfe.

1977 • Skate em pistas, e profissionalização nos esportes radicais.

1978/79 • Bicampeão brasileiro de skate. • 1o brasileiro a participar de uma competição internacional de skate, em Bowl na Califórnia.

1981 • Começa no voo livre, com asa delta.

1982 • Ingressa na faculdade de Odontologia em Bragança (SP). • Voo decolando de Atibaia, pousando no Parque Ibirapuera.

1984 • Campeão paulista de voo livre. • 1o recorde sul-americano de distância (142 km).

1986 • Forma-se em Odontologia. • Retorna ao skate.

1988

• Primeiro Brasileiro a executar a manobra mactwist (giro de 540º) e a notoriedade do doutor dos esportes radicais. • P iloto responsável pelos testes de todas as asas de competição fabricadas no Brasil, da Albatross Produtos e Aero Esporte. • P rimeiro piloto a conquistar títulos e recordes com asas nacionais.

1989 • 2o recorde Sul-americano de distância (193 km).

1990

• Realiza a 1a Expedição de Snowboard, o surfe na neve, com a revista Trip, no Chile. Pé fraturado no primeiro dia. • 3o recorde sul-americano de voo livre em distância (216 km), decolando do Ceará e pousando no Maranhão. Com o pé imobilizado. • Campeão brasileiro de acrobacia de asa delta, em Atibaia. • Torna-se piloto de trike (asa delta com motor), para expandir as possibilidades de atividades no aerodesporto. • Começa skysurf no Brasil, colocou esporte na mídia.

1992 • Participa da Expedição dos Brasileiros na neve, para o programa Fantástico, onde teve seu pior acidente, fraturando os dois braços e a mandíbula.

1993

• Estabelece recorde em salto inédito, para o programa Fantástico, fazendo skysurf de um balão, saltando de velocidade zero e, em 6 segundos, alcançando 250km/h, a 4.000 metros de altitude.

1994

• Organiza e executa o projeto Skysurf na Metrópole, em saltou a 7.600 metros sobre a cidade de São Paulo. Mais difícil e complicado projeto do paraquedismo autorizado, e, oficial, do mundo.

1995 • Ingressa no time de comentaristas na abertura das transmissões do 1o canal 100% esportivo no Brasil, ESPN Brasil, na 1a edição do evento Xtreme Games.

Primeira onda, baixo e Mobilete A primeira onda que surfei, com nove anos de idade, foi marcante. Eu era urbano, fui para o skate, do skate para a asa delta, o airsurf, a coisa mais legal que o ser humano pode fazer. Fui aprender, escondido do meu pai. Vendi o baixo, a Mobilete (ciclomotor de sucesso à época). Comprei a pior asa do mercado. Fui voar e vivi profissionalmente durante muito tempo. Meu primeiro consultório (de dentista) comprei com dinheiro da asa delta, patrocínio da odontologia, isso durou muito tempo na minha vida.

Pegada surfe Depois eu vi o francês (Patrick de Gayardon, considerado o pai do skysurf) saltando de paraquedas em uma prancha. Ai pensei, esse é o surfe mais veloz do mundo. Então, na verdade, trabalho com essa busca incessante de diferentes formas de curtir uma prancha. Sou um boardrider, um esportista de prancha convicto. No fundo tudo se amarra com a busca por mais uma onda surfada, seja no mar, no ar, ou simulando uma onda através de manobras de skate, pistas verticais. Tudo na pegada de estar surfando.

Escolha de Floripa Identifiquei aqui (Floripa) como melhor lugar para praticar diversos esportes, e, principalmente, para estar em um lugar onde tem as condições perfeitas. Indústrias, tudo na mão, as pessoas, os melhores profissionais, o clima. Gastava muito na locomoção das produções, estava ficando inviável. Primeiro, desenvolvi o conceito de laboratório de ciências esportivas. Escolhi Floripa porque é um lugar em que estaria longe do eixo Rio–São Paulo. Toda a mídia, durante muitos anos, se concentrou lá, algo bairrista, que me incomodava. Comprei briga para vir para cá. Todo mundo dizia, você vai morar no paraíso e deixar a emissora (ESPN). Aí mostrei que deu certo...


CURRÍCULO EXTREMO 1996 • Produz seis programas da série Brasil Radical, para o programa Fantástico. Entre eles a travessia do estado de Roraima, voando de asa delta com motor, e batendo o recorde de altitude, sobrevoando o Monte Roraima, a 13.800 pés, na divisa com a Venezuela.

1997

Bairro, sonho de consumo Campeche (e Rio Tavares), hoje, é o sonho de consumo para qualquer esportista de prancha no mundo. Principalmente para skatista. Na época dos anos 1970, fui o primeiro brasileiro a competir em campeonato internacional. Em 1979, na Califórnia. O sonho era ir para lá. Agora, garanto, é legal ir para a Califórnia, mas a maioria dos californianos querem vir para cá. Isto foi uma tendência natural.

Cena urbana e sal do mar A relação entre o surfe e o skate sempre existiu, agora se fortaleceu. O skate virou cena urbana, longe da areia, do sal do mar. Aqui em Florianópolis, a turma do RTMF (Rio Tavares Mother Fucker), com Andre Barros, pai do campeão mundial de skate Pedro Barros; Rafael Bandarra, dono da pousada Hi Adventure, que construiu a primeira pista dessa nova fase do skate urbano, a skate com sal e areia de praia; além de Leo Kakinho, trouxe de novo o ingrediente sal. Esses caras mudaram a cena do skate brasileiro, e mundial. Porque havia a pegada de skatista. Esse núcleo, com investimento próprio, e mão na massa, fez acontecer. Coincidentemente, vim para cá sem saber deles (do núcleo). Sem qualquer relação. Não imaginei que fosse voltar a andar de skate. Voltei porque as pistas estão cada vez melhores. Hoje, aqui (Florianópolis), é o melhor lugar do mundo para andar de skate.

Pistas alucinantes Foi como se tivesse ido dormir em 1978, quando queria ir para a Califórnia. Trinta anos mais tarde acordei com o sonho realizado. Do lado de casa, pistas alucinantes. Decidi voltar a andar de skate. Estou há quase 10 anos nesse retorno. Eles (núcleo do RTMF) começaram em 1997. É um esporte que dá preparação física, preparação mental, agilidade.

Roubada do pioneirismo Ser pioneiro é a maior roubada, você faz tudo da pior forma. É preciso fazer o dobro do trabalho. Difícil ter referências, não só de equipamentos, mas de como realizar manobras. Você se arrisca, se machuca. É preciso desenvolver uma série de coisas. Depois que você pega a receita do bolo pronta, é muito mais fácil. Você copia e acerta.

• Deixa a carreira de cirurgião dentista para se dedicar ao jornalismo esportivo, onde foi o apresentador do Jornal Ação, primeiro jornal especializado em esportes radicais, diário e ao vivo, na tv brasileira. • S egue com projetos na neve, e se tornou campeão brasileiro de snowboard masters.

1998 • Inicia na tv brasileira o conceito de vídeo reportagens executadas por especialista esportivo, retratando com seriedade o universo dos esportes radicais e levando conceitos técnicos para os telespectadores. • Nascimento da filha, Victória. • Começo da prática do wakeboard. Idealiza projetos para a mídia com esse esporte, como a Aventura do Wakeboard nos Cânions do Rio São Francisco. •M onta o primeiro foilboard do Brasil (prancha que voa na água, com asa submersa), a partir de equipamento de Ayrton Senna, o air chair. • P articipa dos projetos de quebra do recorde sul-americano de bungee jump, na ponte metálica em Paulo Afonso, Bahia.

1999 • Inaugura o primeiro programa da tv vrasileira 100% produzido por um esportista. O programa XtremeTV foi um marco na história da televisão, instituindo o conceito One Man Made. Programa idealizado, produzido, captado, editado e finalizado por uma só pessoa. • S érie de reportagem para localizar e surfar novas pororocas no Brasil. Sete novas pororocas mapeadas, das ilhas Cavianas, na desembocadura do Delta do Amazonas, ao interior do Pará, em São Domingos do Capim (PA). •D esenvolve aeronave ultraleve para sobrevoar e localizar pororocas, o Hidro Trike Pororoca Hunter.

2000 • Organiza o projeto pioneiro de saltar de skysurf e wing suit, o traje com asas, em Fernando de Noronha, saltando de wingsuit a 5.000 metros sobre a Ilha. •C omeça treinamentos para realizar um antigo sonho, surfar as maiores ondas do mundo.

2001 • Organiza projeto de snowboard em alta montanha. Da cratera do vulcão Vila Rica, em Pucon, no sul do Chile, em descida inédita de snowboard. • P rimeira expedição para mapear o litoral do Ceará para a prática do kitesurf. Hoje é o destino mais importante do mundo para os praticantes desse esporte.

2002 • Inícia projeto esportivo Mergulhar em Cavernas, na República Dominicana e México. • F ormiga e Sabiá desenvolvem mais uma modalidade de paraquedismo, o salto de wingsuit do trike, com equipamento sem paraquedas reserva, especial para base jump. A ideia era saltar em qualquer lugar, com baixo custo, e prolongar o tempo de queda livre até 2 segundos antes do impacto no solo.

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CURRÍCULO EXTREMO 2003 • Foco em surfar ondas grande no Brasil e exterior. Depois de perseguir tempestades, revelou ao Brasil e ao mundo a Ilha dos Lobos (RS). • Primeiro brasileiro a surfar onda maior do que 25 pés (7,5 metros de altura). • Começa busca das maiores ondas do mundo, no Havaí.

2004 • Adquire novos conhecimentos tecnológicos e aprende sobre energia solar, com a ideia de abrir novas possibilidades na realização de projetos esportivos. • Participa da World Car Solar Race, na Grécia, na cobertura do evento para a equipe USP Solar/Universidade de São Paulo e Cybertécnica. • Organiza primeiro treinamento de apneia para surfistas de ondas grandes, hoje comum entre quem quer surfar com mais conhecimento e segurança. • Devoção à caça das ondas gigantes, no Havaí, Chile e Peru.

2005 • Nova temporada havaiana. Firma-se no seleto grupo de surfistas a desafiar a mais perigosa onda do local, Jaws, na ilha de Maui. • Trip para Tahiti, Ilha de Páscoa, e Pico Alto, no Peru, atrás da evolução técnica. Destaque em ondas de tamanho recorde, comprovadas pelos registros de câmeras para o seu programa XtremeTV.

Determinação, dor e investimento Nessa época, no passado, havia dificuldade de captação de imagens. Era caro, ninguém ficava gravando para se assistir. E isso facilita o aprendizado. Era muito difícil, um caminho duro para pioneiro. Exige muita determinação, transpiração, dor, investimento. Hoje o processo todo é muito mais rápido. Em pouco tempo é possível aprender a surfar, andar de skate, e outras modalidades.

Perto da morte no primeiro salto de skysurf Na época em que comecei a saltar de prancha – de paraquedismo com a prancha no pé – não havia ninguém fazendo skysurf no Brasil. Não tinha como fazer. Eu saltava sabendo que poderia morrer. No primeiro salto quase morri. Me machuquei. Pousei sem os dois tênis, descalço, o joelho estava uma “bola”. A prancha bateu, vim capotando lá de cima, quase morri. Fiquei um mês e pouco esperando o joelho melhorar.

2006 • Pioneiro do kite na neve, segue em direção a Noruega, para evoluir tecnicamente. • A prende segredos da arte de usar o vento e a pipa nos altiplanos, entre Berguer e Oslo, na vila de Geilo. • V iaja para vários lugares do mundo nas atividades multiesportivas. Última parada no norte do Chile, para praticar kite com mountain board, e surfar ondas geladas de Arica, divisa com Peru.

2007 • Surfa as maiores ondas registradas da América do Sul, em Pico Alto, no Peru. • Começa treinamentos de kart, para ser mais eficiente na concentração de longa duração, regularidade e reflexos em alta velocidade. • Participa das 500 milhas da Granja Vianna, com 12 horas de duração, a prova com grandes nomes do automobilismo mundial. • Começa no stand-up padlle surf, prática e fabricação das primeiras pranchas para a nova modalidade, que acabava de ser inventada no Hawaii. Hoje é o esporte aquático que mais cresce no Brasil. • Town-in, o surfe rebocado, em ondas. Recorde em tamanho em La Bestia, Iquique, norte do Chile. As ondas entraram na competição do XXL, o prêmio da maior onda do ano. • Organiza expedição a Ghost Tree, uma das mais temidas ondas do mundo, no inverno da Califórnia. Ondas de mais de 25 metros foram surfadas nesse que foi o maior registro nos EUA.

2008 • Desbrava o litoral português para esportes aquáticos. • Pioneiro a fazer stand-up paddle surf em Portugal, e o primeiro brasileiro a surfar a famosa onda de Nazaré.

2009 • Organiza expedição em busca de ondas fora da costa na Urca dos Tubarões (RN). Uma onda misteriosa a 30 quilômetros da costa. • Temporada havaiana, quando filmou a própria queda em uma onda gigantesca em Jaws. Recorde no Portal Terra, gerando 45.000 pageviews em duas horas e meia. • Pioneiro do stand-up padlle surf (SUP), mapeando o litoral Peruano.

Homenagem a Ayrton Senna Fiz outra prancha. Antes de subir no avião, vi a morte do Ayrton Senna. Dia 1o de maio de 1994, meu primeiro salto bem-sucedido. Achava que era um sinal. O Ayrton era companheiro de equipe. Pensei em não saltar, o cara tinha acabado de morrer. A gente viu na TV. Mas decidi saltar e dedicar o salto para ele. E subi. Sensação de que ia morrer. Amargo na boca. Pensei positivo e fiz um puta salto, estabilizado.


CURRÍCULO EXTREMO 2010 • Segue projeto de mapeamento do litoral norte Peruano para surfar de SUP. • Vai a Salt Lake City (EUA) para evoluir tecnicamente no kite na neve.

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Desafios de desbravador Não havia equipamento. Usava pranchas super pesadas, perigosas. Tive muita sorte. Se entrasse em situação difícil – como entrei diversas vezes depois, com o equipamento correto – com as pranchas que estava usando não iria conseguir desconectar (a prancha), e poderia morrer. Então, esses são exemplos muito perigosos de pioneirismo.

Ninguém é super-herói Minha ideia era quebrar paradigmas sobre ondas grandes. Os caras diziam que, para surfar ondas grandes, tinha que morar no Havaí. Comecei a pegar as maiores ondas do mundo depois de 40 anos de idade. A minha ideia era falar “ninguém é super-herói”. Meu pai me ensinou, você tem dois braços e duas pernas, se eu posso, você pode. E eu fui nessa. E como é que faz? Você se prepara, estuda. Naquela época era o inicio do town-in (pegar onda com apoio do jet ski). Tivemos que experimentar muito. Desenvolver novas técnicas, se reinventar. Arriscar a vida para salvar o parceiro no resgate.

Facilidade do aprendizado em cursos No pioneirismo era tudo muito mais difícil. Hoje você paga curso e aprende. Economiza anos de uma fase perigosa, a do iniciante feliz. Chamada de happy beginner. O cara começa e é só sorriso, não está focado. Nesses esportes de ação, essa fase, em que você está iniciando e começa a achar que é bom, é muito perigosa. É preciso foco e concentração em todos os detalhes.

Professor Formiga Sempre gostei muito de estudar. E estudei muito os esportes, essa série de mais de 20 esportes diferentes. E, naturalmente, quando você estuda muito, e, através do conceito de comunicação – uma das competências mais importantes que você precisa ter – é natural que você consiga traduzir teu conhecimento, através da didática, para as pessoas tirarem proveito. Me divirto com isso, acho muito legal. É prazeroso você transmitir o teu conhecimento, e ver a pessoa feliz, depois de ter concluído uma nova fase ou mais uma manobra. É oportunidade de trabalhar mais com esses esportes. Uma bruta satisfação. Hoje me preocupo muito mais em transmitir o conhecimento, do que ganhar campeonato.

• Volta ao skate, depois de 15 anos, nas pistas do campeão mundial Pedro Barros, em Florianópolis. • Temporada havaiana para prática multiesportiva (town-in, SUP e kitewave) • Atravessa linha do tempo na Micronésia. Primeiro brasileiro a surfar de SUP as ondas mais perfeitas do mundo, na ilha de Pohnpei. • E xpedição aos vulcões do sul do Chile, aprendizado com técnicos em avalanches sobre perigos da montanha nevada. • S urfa mais uma vez ondas gigantescas e geladas no sul do Chile, em Punta Docas. Câmeras não filmaram o feito, devido a forte neblina, mas Formiga surfou de town-in nesse dia a maior onda da América do Sul.

2012 • Primeira expedição ao arquipélago de Cabo Verde, no continente africano, para praticar o SUP. • Retorna aos voos de asa delta, após vários anos. • Começa no voo à vela, realizando antigo sonho. Forma-se piloto de planador. • Quinto colocado no campeonato mundial Red Bull Skate Generation, evento em que gerações se encontram e montam equipes. Formiga é Legends.

2013 • Realiza projeto multiesportivo explorando o litoral Equatoriano e ilhas de Galápagos. • Campeão da etapa do Brasileiro de Voo a Vela, em Luis Eduardo Magalhãoes (BA). • Conquista três importantes insígnias do voo a vela, entre elas a do Triângulo de 500 km. • Quarto colocado no campeonato Mundial Red Bull Skate Generation. • Expedição ao Chile para prática do snowboard fora de pista, back country com o Rei da Cordilheira, o chileno Spiro Razis, em uma das mais técnicas descidas, chamada Santa Tereza.

2014 • Estabelece marcas inéditas do voo a vela, em Tatuí (SP), voando mais de 400 quilômetros. Coloca a cidade na seleta lista dos voos acima do 400 quilômetros, e quebrando o estigma de que na região não dá bons voos de distância. • Executa projeto pioneiro de surfar nas ilhas Mentawaii, na Indonésia, as ondas mais desafiadoras de SUP, com bancadas de coral afiadíssimas. • T erceiro colocado no Campeonato Mundial Red Bull Skate Generation. Brasileiro melhor colocado na categoria Legends, com as grandes lendas do skate mundial, como Christian Hosoy. • V ence o campeonato nacional de skate Swell Old is Cool, na categoria grand legend.

2015 E 2016 • Executa projeto Surfe na Neve, no topo da Europa. Snowboard Old School, com prancha de dois metros descendo as vertentes inclinadas dos alpes franceses e suíços. • P rospecta e surfa novas ondas para SUP e town-in, no Norte da Sumatra, na última fronteira da Indonésia. • Retorna à prática do skysurf e wingsuit, em Jericoacara, no Ceará, e Lençóis Maranhenses. • Roteiriza e produz série pioneira no mundo sobre planadores no Uruguai, Argentina e Brasil, para o canal OFF. • Surfa as maiores ondas que o ser humano pode pegar, ondas de vento na Cordilheira dos Andes, em Chos Malal, na Argentina, a 7.000 metros de altitude.

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28 foto MARCO CEZAR

Prazer da odontologia Estou em fase de pré-produção de projetos de voo. Agora estou trabalhando com odontologia, uma fase muito legal da minha vida profissional. Fiquei muitos anos parado, e, aqui em Florianópolis, é um grande centro da odontologia. Tem muita gente boa, um deles é o professor Luiz Felippe, do Instituto Proffel. Fiz uma série de cursos com ele, de atualização. Aprendi a lidar com novos materiais. Está me dando muito prazer. Mesmo porque viajei muito, o mundo inteiro. A vida muda. Meus caminhos do conteúdo multimídia estavam me levando de volta a São Paulo ou Rio de Janeiro, porque aqui o mercado é diferente.

Cabeça feita Estou de cabeça feita, quero voar. Tenho vários projetos relacionados com voo, um diferencial meu, algo tão eclético e difícil. É um super diferencial dentro de vários esportes. Sempre estarei ligado à produção de conteúdo, independente da relação com a odontologia.

Desafio, atualização e competência Em relação a odontologia, não tem nada mais difícil, desafiador, do que voltar a ser dentista. Onda grande, pego qualquer uma. Já voei nos lugares mais radicais do mundo. Agora, voltar a ser um dentista atualizado e competente, é um desafio. Fiquei quase 20 anos afastado. Hoje sou melhor dentista do que quando parei. E o retorno para a odontologia é, também, porque quero seguir em Floripa. Tenho minha casa, minha família. Tô bem aqui, não quero ficar inventando moda, ter que sair para morar em outro lugar.





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A ARTE DE COLECIONAR Marcelo Collaço Paulo revela as obras-primas do acervo pessoal

ELISEU VISCONTI. “NU MASCULINO SENTADO COM BASTÃO”, 1891. ÓLEO SOBRE TELA


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texto URBANO SALLES fotos MARCO CEZAR

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JEANINE E MARCELO PAULO COM O NETO VICENTE

ma menina acompanhada pela mãe, aparentando oito, nove anos, observa com atenção uma escultura sacra em madeira, do século XVII. “Você gostou?”, pergunta o dono da peça. “Eu não estou aguentando, eu não estou aguentando! Lá na escola de arte eu quero fazer uma mãozinha e não consigo, e olha o que esse cara fez aí!”, exclama a garota. O colecionador que havia em grande parte proporcionado aquele momento de encantamento respondeu com um abraço e um beijo. A reação da criança ao ver a beleza, a gestualidade do corpo representada na arte, é relatada com emoção por Marcelo Collaço Paulo, médico por profissão que pela primeira vez expôs parte importante do acervo de arte construído com a mulher, Jeanine, classificada pelo marido como uma “leitora voraz”, cuja curiosidade pelo mundo e pelo belo ajudou no sucesso da convivência matrimonial. “Sensos e Sentidos”, sob curadoria de Edina de Marco e Josué Mattos, estava programada para terminar em 4 de março, mas ganhou um tempo extra de 19 dias, tamanha a repercussão e o interesse gerado pela presença simultânea no MASC de obras de mais de 40 artistas de diferentes épocas, do Renascimento aos tempos modernos, todas com o mesmo tema, escolhido pelos curadores: o corpo humano. O prazo esticado permitiu também que mais estudantes de escolas pudessem visitar a exposição, aberta em outubro. O colega Ylmar Corrêa Neto, também médico e colecionador, assinalou em artigo publicado na revista do Conselho Regional de Medicina: a coleção Jeanine e Marcelo Collaço Paulo é “herdeira da tradição europeia de conjuntos de obras de arte cultivados por profissionais liberais cultos, especialmente juristas e médicos”. Faltava mostrá-la ao público em geral.


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EMERIC MARCIER. CLUJ NAPOCA, ROMÊNIA, 1916 – PARIS, FRANÇA, 1990. “CRISTO”, 1963. ÓLEO SOBRE TELA

SILVIO PLÉTICOS. PILA, ITÁLIA (ATUAL CROÁCIA), 1924 – SÃO JOSÉ/SC. “S/ TÍTULO”, 1972. ACRÍLICA SOBRE EUCATEX “Havia uma cobrança”, confessa Marcelo. “Depois que passei dos 60, pensei: não quero uma exposição póstuma... Vi que tinha chegado o momento de dividir do futuro colecionador. Foi o pintor quem minha coleção para que isso possa estimulou decisivamente no garoto estimular outras pessoas a colecionar.” de 10 anos a sensibilidade para E lá se vão cerca de quatro as artes plásticas. “Ele fazia décadas desde que Marcelo decoração de Carnaval e me começou a levar a coleção a chamava para preencher os sério. Aos 20 anos, ainda espaços depois de ter feito estudante de Medicina, já os desenhos, os fundos. tinha um Martinho de Haro, Nunca fui um exímio pintor, pintor cujo ateliê na rua mas aquilo foi despertando Altamiro Guimarães ele um observador em mim. já visitava “e ficava ali Experiência parecida paradinho, sentado”, tive quando meu tio só admirando o grande Márcio Collaço presidia o mestre em ação. Clube Doze de Agosto e “Eu falava que queria fazia exposições de arte. um quadro dele, mas Quando foram expostas ele me dizia que também tapeçarias de Vecchietti, eu tinha vontade de ter um ficava lá, cuidando. A arte Mercedes-Benz, e não tinha. tinha me cativado, já estava Nunca desisti. Um dia descobri envolvido por ela.” que ele precisava de um lustre Outro momento marcante de opalina para colocar na sala. daqueles primeiros anos foi quando, Fui atrás, encontrei um, e ele aceitou de presente de casamento, em 1981, trocar por um quadro. Foi uma coisa Marcelo ganhou outro Martinho de Haro e bem fraternal. A felicidade do artista é retratos dele e da mulher assinados pelo saber que as pessoas gostam da arte AUTOR DESCONHECIDO. BRASIL filho do artista, Rodrigo de Haro, hoje dele.” VISCONDE DE CONGONHAS DO CAMPO, LUCAS NANTÔNIO um dos amigos mais preciosos que o Antes de Martinho, Hassis, seu tio, MONTEIRO DE BARROS, (PRIMEIRO GOVERNADOR DE SÃO médico e colecionador tem e artista com tinha sido fundamental para a formação PAULO) CA. 1825. ÓLEO SOBRE TELA


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MARTINHO DE HARO. SÃO JOAQUIM/SC, 1907-1985. “NU RECOSTADO”, 1939. ÓLEO SOBRE TELA

maior número de obras na “Sensos e Sentidos”. “Ele é um defensor da cidade, um filósofo, um homem de inteligência raríssima. Conversar com ele é muito prazeroso. A obra de Rodrigo será estudada por mais de 100 anos. Toda pintura dele tem sempre um viés de suspense, um mistério que só ela traz.” Foi assim, fascinado pelos detalhes das obras que ia descobrindo e pelo que elas “falavam”, que Marcelo expandiu sua coleção, peça a peça, até chegar ao atual acervo. “Não sei o número de obras que tenho porque nunca contei. Tenho o suficiente. No começo, acumular e colecionar se confundiam, depois foram se depurando. Uma coleção é sempre orientada num sentido, tem uma lógica. É uma paixão.” O colecionador admite que o pico de aquisições foi nos anos 1980, quando os valores eram menores. “Hoje um número maior de pessoas se interessa. A lei da oferta e da procura fez subir os preços”, comenta. Colecionar é garimpar. Para ajudar nisso, Marcelo tem uma rede de contatos em vários pontos do país que o avisa quando alguma peça interessante é colocada à venda. Boa parte das obras vem de espólios familiares. Outra, de leilões e galerias. No dia a dia, conta também com uma museóloga que o auxilia pontualmente na catalogação das obras, sem falar nos cuidados com a manutenção

RODRIGO DE HARO. PARIS, FRANÇA, 1939 – FLORIANÓPOLIS/SC. “LUCRÉCIA”, 1975. ACRÍLICO SOBRE EUCATEX


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VICTOR MEIRELLES. NOSSA SENHORA DO DESTERRO/SC, 1832 – RIO DE JANEIRO/RJ, 1903. “JOVEM MÉDICO”. ÓLEO SOBRE TELA

PEDRO AMÉRICO. AREIA/PB, 1843 – FLORENÇA, ITÁLIA, 1905. “MENINA PINTORA”, 1883. ÓLEO SOBRE TELA

das telas e das molduras. “Colecionar é um estilo de vida”, resume, emendando com um conselho para novos colecionadores: “Já recebi ofertas que na hora não quis e depois me arrependi. Se você tem condições, se a arte se apresentou para você, se ela te emocionou, fique com ela, porque ela não volta mais.” Dessas décadas como colecionador, uma história que ele gosta de contar é o da dona de uma escultura de Nossa Senhora, do século XIX, e uma de José, juntas há pelo menos 150 anos. Ela vendeu-lhe a primeira, mas a segunda, disse que já estava reservada. Alguns meses depois, um amigo comerciante telefonou perguntando se ele estava interessado em um José porque a dona precisava se desfazer. “Quando abri a caixa, fiquei maravilhado: era a mesma peça que havia sido separada da Nossa Senhora! Existem coisas numa coleção que são inexplicáveis.” Na residência em Florianópolis está grande parte das obras mais relevantes. Na sala de jantar, reina o óleo sobre tela “Nu masculino sentado com bastão”, pintado em 1891 por Eliseu Visconti, considerado o maior impressionista brasileiro. O quadro foi escolhido para ilustrar o material de divulgação da exposição e seu uso chegou a ser interpretado como uma resposta à polêmica sobre arte e nudez que bombou ano passado nas redes sociais. “Eu almoço vendo ele. É um quadro sublime, de a pessoa se ajoelhar. Visconti pintou um indivíduo da rua com seu cajado da resistência, queimado do sol. Ele mantém uma energia embora esteja despojado de tudo o que é material”, descreve. A representação do corpo humano na arte, lembra o colecionador, já produziu obras esplendorosas como o Davi de Michelangelo. Uma dessas maravilhas que puderam ser vistas em “Sensos e Sentidos” é um São Sebastião espanhol, do século XVII, “um exemplo de sensualidade em uma obra sacra”. A arte exposta na residência do casal é um deleite para quem o visita. E sempre há novidades. É comum Marcelo tirar um quadro e colocar outro, que estava guardado e longe dos olhares, no lugar. “Como são muitas obras, não estão todas na parede. Mas,

RAFAEL FREDERICO. RIO DE JANEIRO/RJ, 1865-1934. “DONNA SEDUTA”, SÉC. XIX. ÓLEO SOBRE TELA


às vezes, elas são entre estudantes de trocadas. Isso renova a medicina. “Os cérebros visão”, explica. podem ‘queimar’ de Outro espaço onde tanto estudar e a arte Marcelo exibe suas é uma importante obras de arte é sua forma de sublimar isso, clínica de oncologia. de sair dessa grande Há pinturas de artistas pressão existente.” catarinenses do Na vida pessoal, os quilate de Martinho últimos meses também e Rodrigo de Haro, têm sido intensos para Silvio Pléticos e muitos Jeanine e Marcelo. Eles outros. A presença viraram avós – e em das telas integra um dose dupla. Primeiro conceito maior em chegou o neto Vicente, que arte e medicina se filho da pediatra encontram, assim como Gabriela Gondin Paulo aconteceu na própria e Roni Mansur. Logo EDUARDO DIAS. NOSSA SENHORA DO DESTERRO/SC, 1872 – FLORIANÓPOLIS, 1945. vida de Marcelo. na sequência, no final “NETOS DO DIABO”, S/DATA. ÓLEO SOBRE TELA “Minha profissão de de janeiro, a cegonha oncologista lida com trouxe Marco Antônio, a finitude e nos faz lembrar que a obra do homem é muito mais primogênito do casal de diplomatas Tatiana e Guilherme Gondin importante do que ele, porque pode passar gerações, ser admirada Paulo, os dois hoje atuando na Embaixada do Brasil em Roma. O por 400, 500 anos, como algumas peças que estavam no MASC. filho mais jovem, o economista Thiago, vai se casar ano que vem A arte traz um grande equilíbrio para a medicina, tanto para o com a médica pediatra Isabela Carvalho Martins. relacionamento entre os profissionais quanto para um paciente que Os três filhos do casal gostam de artes plásticas e já têm chega na clínica e vê um grande vaso de flor do Rodrigo, que é a coleções em franca evolução, inclusive com quadros presenteados primavera chegando, uma lufada de ar, e diz ‘que lindo isso aqui’, pelos pais. “Cada um tem suas preferências, todos vão a museus ‘isso passa uma mensagem’...” quando viajam. Colecionar e apreciar arte é um estilo de vida Marcelo observa que universidades americanas têm levado familiar no nosso caso.” estudantes a museus como atividade acadêmica porque acham O médico e colecionador já está numa altura da vida em que que a arte melhora a sensibilidade em relação aos diagnósticos começa a se perguntar: “O que será de tudo isso no futuro?”. O e tira a hierarquização dos profissionais no momento em que importante, segundo ele, é ter a garantia de um lugar onde os médicos, psicólogos, enfermeiros e outras categorias ligadas à sucessores possam preservar a coleção. “O que não pode é deixar saúde podem discutir arte num mesmo plano, sem que alguém um problema para os filhos”, reforça. “Eu sempre digo: a parte esteja num nível superior. Há também a questão da Síndrome central de uma coleção não deve ser dispersada após a sucessão de Burnout (esgotamento físico ou emocional), muito frequente familiar.”

AUTOR DESCONHECIDO. EUROPA. “S/TÍTULO”, SÉCULO XIV-XV. MADEIRA POLICROMADA

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OTHON FRIESZ. LE HAVRA, FRANÇA, 1879-1949. “JOANNA D’ARC”, CA. 1910. ÓLEO SOBRE TELA

BARTOLOMEO PASSEROTTI. BOLONHA, ITÁLIA, 1529-1592. “SÃO JOÃO BATISTA”, SÉC XVI. ÓLEO SOBRE MADEIRA

Marcelo externa preocupações em relação às próximas décadas. Lamenta que o poder público, de maneira geral, não dê a devida importância ao incentivo à cultura e às artes, e cita como exceção as leis de incentivos fiscais, das quais o médico é defensor. Teme que os jovens percam gradativamente o contato com as obras dos grandes artistas, num sentido oposto ao da menina que se encantou com a mãozinha da escultura sacra. “O MASC está completando 70

anos e uma forma de apoiarmos a arte é apoiarmos o museu. Nós doamos um Eduardo Dias para o acervo permanente da casa com o objetivo de estimular a comunidade a ajudar e reconhecer que sua participação é essencial para que a arte e a nossa história sejam preservadas para as futuras gerações. Jovens apaixonados hoje por arte poderão no futuro ser colecionadores que possivelmente reproduzirão e replicarão esse gosto, esse conteúdo.”

HASSIS. CURITIBA/PR, 1926 – FLORIANÓPOLIS/SC, 2001 “PROCISSÃO”, 1961. ÓLEO SOBRE TELA



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MUNDO PEQUENO Aos 30 anos, Mariah Silva visitou mais de 50 países texto e fotos MARIAH SILVA

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inha curiosidade pelo mundo começou em 2005, quando fui estudar em Londres, na Inglaterra. Menina do interior do Paraná, estudante de jornalismo, 20 anos com maturidade de 15, de repente me vi numa das cidades mais multiculturais do mundo. Voltei ao Brasil depois de três anos. Mudei para São Paulo para fazer faculdade de Marketing. Poucos dias antes da minha formatura, circunstâncias da vida, uma conversa de bar e rabiscos no guardanapo se transformaram numa ideia completamente inesperada: viajar o mundo. Eu acho que muitas pessoas ficam presas nessa fase entre decidir viajar e realmente fazer isso acontecer, porque há muito a considerar quando você está tentando transformar um conceito abstrato em uma realidade. Mas depois que você está na estrada percebe que é muito mais comum que você imaginava e que todos os dias pessoas levantam e saem pela porta para viajar pelo mundo. E sobrevivemos. Toda essa preocupação e medo antes de dar o pontapé inicial ficam no passado. No passado da pessoa que você era antes de começar. Com 27 anos explorei todo o continente asiático, até hoje um dos meus favoritos. Nadei com tubarão-baleia nas Filipinas, conheci o dragão de Komodo na Indonésia, morei em vilarejos na Tailândia, brinquei com crianças no Camboja, me aventurei nas dunas do

Vietnã e visitei Myanmar no ano que o país abriu as portas para o turismo. Tudo isso antes mesmo de compartilhar minhas aventuras nas redes sociais. Lembro como era diferente quando viajava com minha câmera e um laptop para escrever no blog. Como era viajar sem Google Maps ou Instagram. Sinceramente, hoje penso que tive sorte de ter tido essa experiência. Só depois de alguns anos de estrada resolvi criar uma conta no Instagram, hoje com 40 mil seguidores, que leva o mesmo nome do blog, Everyday Somewhere. Aos 30 anos completei os seis continentes e a vontade de viajar só aumentava. Cada porta que você abre te leva a milhares de outras. Seria difícil morar em apenas um lugar depois de ter visto tudo isso. A experiência de caminhar numa geleira na Nova Zelândia, fazer um safari na África, morar com uma família numa ilha do Pacífico, dormir num país, almoçar em outro e acabar a noite conversando com um senhor local sobre a chuva do dia anterior. A constante sensação de que sou do tamanho de um grão de areia se movendo de um lado para o outro, e o que mais importa é o presente. É estar ali e em nenhum outro lugar. Estou há seis anos na estrada. Seis anos carregando mochila, sem casa ou endereço permanente. E para celebrar tudo isso decidi compartilhar seis lições que aprendi viajando pelo mundo. Quem sabe algumas dessas dicas inspirem você a fazer das viagens uma prioridade em sua vida.


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1 | Perspectiva Viajar ao redor do mundo te dá altitude. Não, não falo na altitude do avião. Quero dizer da visão panorâmica que você tem das coisas, para ver as várias maneiras pelas quais as culturas se misturam ou colidem e como os diferentes fluxos da história moldam as estruturas sociais de cada país em seus respectivos lugares. Você percebe que muito do que você acreditava ser único em seu país de origem é geralmente universal e que o que você pensava ser universal algumas vezes é específico do seu país de origem. Você se dá conta que os seres humanos são, em geral, os mesmos, com as mesmas necessidades, os mesmos desejos e os mesmos distúrbios terríveis que infelizmente os colocam uns contra os outros. Você percebe que não importa o quanto você vê ou o quanto você aprende sobre o mundo, sempre há mais. Com cada novo destino descoberto, você se torna consciente de uma dúzia de outros, e com cada novo conhecimento obtido você só se torna mais consciente do quanto você realmente não sabe.

2 | Paciência Aprendi que há coisas que não podem ser controladas. Muitas vezes numa viagem você não pode fazer nada além de sentar e esperar por um transporte que deu problema, por uma situação que está fora do seu controle ou por seus planos não terem dado certo por causa da chuva. Pode parecer clichê, mas aprendi que a vida é curta demais para se ficar irritada. E que em muitas situações a melhor solução é respirar com calma e deixar passar. E vai por mim, muitos desses momentos durante uma viagem te levam a ter novas experiências ainda mais incríveis.


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3 | Ria de si mesmo

4 | Observe a vida diária

Você definitivamente se sentirá como um tolo muitas vezes ao viajar para lugares novos. Em vez de ficar envergonhado, ria de si mesmo. Não tenha medo de errar, e não leve a vida tão a sério. Quantas vezes me comuniquei apenas com mímica em lugares remotos ou pedi um prato de comida com absoluta certeza de ser outra coisa. Lembro uma vez que um ônibus inteiro cheio de guatemaltecos riam quando eu forcei o motorista parar para que eu pudesse fazer xixi com urgência no lado da estrada. Voltando ao ônibus acabei rindo com eles e ganhei novos amigos para o resto da viagem. Deixe que riem de você. As pessoas locais adoram quando você se deixa estar vulnerável. Não tenha medo de se comunicar se você não fala o idioma, o inglês básico é falado amplamente em todo o mundo, por isso é mais fácil comunicar do que você pensa, especialmente quando você combina gestos de mãos e linguagem corporal. Aprenda com quem vive no país que está visitando. As pessoas enriquecem suas viagens mais do que os lugares.

Se você realmente quiser sentir o pulso de um lugar, eu recomendo passar algumas horas sentado em um parque ou em uma rua movimentada, observando a vida local acontecer na sua frente. É um dos meus programas preferidos quando viajo. Ver como as senhoras fofocam na praça de um país até então fechado para o turismo como Burma, e perceber que elas fazem gestos e dão gargalhas parecidas com as senhoras na praça em qualquer vilarejo no Brasil. É interessante ver como somos semelhantes. Tenho orgulho de dizer que conheci pessoas por todos os lados. Muitos deles budistas, muçulmanos, hindus e cristãos, pessoas com todas as cores da pele imagináveis. No entanto, quando eu me sento para conversar, essas pessoas compartilham, brincam, abraçam e choram as mesmas coisas – eu realmente percebo que todos nós viemos do mesmo lugar, e afinal não somos tão diferentes. Portanto, desacelere o seu pensamento e preste muita atenção aos detalhes ao seu redor. Os cheiros, as cores, as interações humanas e os sons. É uma espécie de meditação – e você verá coisas que nunca notou antes.


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5 | Se perca de propósito Se você quer ver as partes da cidade onde pessoas reais vivem e trabalham, você precisa visitá-las. A melhor maneira de fazer isso é a pé – sem saber exatamente para onde você está indo. Anote o nome do seu hotel para que você possa pegar um táxi de volta se necessário, então escolha uma direção e comece a andar. Se perca. Se perder nos dias de hoje é muito mais seguro quando se sabe que se acontecer qualquer imprevisto você poderá consultar o seu Google Maps.

6 | Desacelere Não tente colocar seis países em seis semanas de viagem. Todas as coisas boas acontecem quando você realmente toma o tempo para explorar. Você aprenderá sobre atividades que não estão em seu guia e conhecer pessoas que estão ansiosas para mostrar o seu país. Até mesmo aprender curiosidades sobre sua própria cultura tão longe de casa. Isso aconteceu comigo em uma conversa com um senhor indiano em Kerala, no sul da Índia, que era apaixonado pelo Brasil. Posso dizer honestamente que nenhuma das minhas melhores experiências de viagem aconteceram nos primeiros dias de chegada a algum lugar. Gaste mais tempo em menos lugares, procure lugares interessantes e incomuns que não tenham muito turismo. Muitas experiências de viagem memoráveis me aconteceram em áreas que não são fáceis de visitar. Não descarte outros lugares apenas porque eles não estão na trilha turística. E boa viagem.


EMPREENDIMENTO

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ROBERTO LINHARES, LUCIANO SAPORITI, MARCOS NASPOLINI, JULIANO PINTO, AUGUSTO ROCHA E SANDER DE MIRA

FRONTEIRAS ABERTAS Agência de intercâmbio Experimento chega no Estado texto MARCOS HEISE fotos MARCO CEZAR

OS TRÊS IRMÃOS DA FAMÍLIA NASPOLINI, MURILO, MARISA E MARCOS

ANA LUIZA MILIOTTI, HELENA SALLES, ANA PAULA DAGOSTIN MILANEZ, JANICE STEFFEN E PAULA DELL’ANTONIO

B

raço de intercâmbio do Grupo CVC e especializada em programas de estudo no exterior, a rede de franquias Experimento chegou a Florianópolis para atender à demanda de quem sonha fazer intercâmbio no exterior, segmento que cresceu mais de 300% nos últimos cinco anos. Esta é a primeira unidade da Experimento em Santa Catarina. A especialidade da Experimento é o atendimento a programas de educação internacional em formato de intercâmbio ou cursos de curta duração para ensino ou aprimoramento de idiomas. Trata-se da maior rede especializada em intercâmbio cultural do País, com 53 anos de experiência. Florianópolis é a 48ª loja de sua rede de franquias. A nova loja está na galeria do Koerich Beiramar Office, e funciona de 2a a 6a-feira, das 9 às 18h, e aos sábados, das 9 às 12h (telefone 48 3364-1134), para atendimento a consumidores e a instituições de ensino que tenham interesse em formar grupos. A Experimento Florianópolis oferece o portfólio completo de produtos e serviços, com programas de estudo para brasileiros no exterior, tais como High School, Cursos de Idiomas, Au Pair, Programas de Férias, Programas de Estudo e Trabalho Remunerado, Formação Profissional e Programas Universitários oferecidos em mais de 30 países, para brasileiros a partir de 7 anos. À frente da unidade está Marisa Naspolini, com mais de 30 anos de experiência no campo da educação e da arte e muitas vivências de estudos no exterior. “Inauguramos a loja em um momento bastante favorável, considerando que hoje em dia as famílias brasileiras identificam o intercâmbio como um investimento possível na formação de seus filhos e no desenvolvimento profissional próprio. Estamos muito felizes em trazer a expert em intercâmbio para Floripa”, comenta a empresária.

MARISA NASPOLINI, CAMILA SAYURI E PATRÍCIA FONTELES NASPOLINI

IDA MARA FREIRE, MONICA SIEDLER E BÁRBARA BISCARO

Entre os programas mais comercializados pela Experimento no Brasil estão os de “Ensino Médio no Exterior” (o chamado High School), em que é possível estudar um ano do ensino médio num país estrangeiro; e o Study Abroad, o intercâmbio de um semestre ou ano letivo, ideal para estudantes que desejam viver uma experiência universitária no exterior sem o compromisso de cursar três ou quatro anos de graduação. Outro intercâmbio que está bastante em alta é o de Cursos de Idiomas 30+ ou 50+, voltado para um público mais maduro e exigente, apaixonado por viagem, que deseja aproveitar o tempo livre para adquirir mais conhecimento em outro idioma. Há, também, programas para quem tem pressa de adquirir experiência internacional e pouco tempo para permanecer fora do Brasil, como são os casos dos “Cursos Profissionalizantes”, em que o participante pode aperfeiçoar o estudo do idioma combinado com atividades em áreas de interesse. E, ainda, programas para quem já tem domínio do idioma, como o Pathways, que prepara o participante para o ingresso em cursos de graduação, MBA e mestrado nos EUA e Canadá; e o Foundation, curso preparatório para ingresso em universidades da Europa.



JULIANA WOSGRAUS

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MANTENHA A CALMA E SIGA EM FRENTE As dicas para prosseguir num mundo em crise texto JULIANA WOSGRAUS

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e 2017 foi o ano do “Despacito”, a música mais ouvida no mundo e que também virou um recado bem-vindo pra desacelerar o ritmo de vida, minha proposta para 2018 é um lema já bem conhecido: Mantenha a calma e siga em frente! Do original “Keep Calm and Carry On”. Nem vou me alongar no rol de coisas com que teremos que lidar neste ano de eleições, Brasil com crises de toda ordem, haters na web, fake news, o mundo em geral não anda lá muito tranquilo. Até o relógio do Juízo Final, que mede simbolicamente, através do parecer de cientistas, o quão perto a

humanidade está da ameaça de extinção por guerras nucleares, foi adiantado em 30 segundos em janeiro deste ano e agora está mais perto da hora fatal, meia-noite. Estamos a dois simbólicos minutos de chegar lá. Lembrei do pôster inglês de autor desconhecido que virou moda nesta década, mas foi criado em 1939, para levantar a moral dos britânicos no início da Segunda Guerra Mundial, e sequer foi distribuído na época. Foi descoberto no ano 2000, pelos donos de um sebo no interior da Inglaterra. Vendeu muito como pôster, e depois a imagem – com desenho de uma coroa e até o tipo da letra registrados –, passou a estampar canecas, almofadas e uma infinidade de objetos.


Cacau Menezes Jornalista

Receita de sanidade Ter uma mensagem bacana na mente e à vista pra sempre lembrar só faz bem. O fato é que em 2018 precisaremos manter a calma pra seguir em frente. Vale para todos os dias, em qualquer tempo: “Keep Calm and Carry On!”. Qual tua receita pra manter a calma e seguir em frente? A minha é respirar fundo e lembrar o que de bom já fiz e ainda vou fazer, tudo me move em direção à paz, à ação com tranquilidade. Também quis saber de algumas personalidades locais a sua maneira de manter o fair play.

“Não sou muito de manter a calma na hora que fico nervoso, irritado, injustiçado. Boto pra fora na hora o que sinto, seja com quem for. Não gosto de guardar rancores, acumular dissabores.E reagindo, mas com a devida educação, meu coração agradece, menos risco de infarto. Tenho dentro de mim o doce balanço do mar e da bossa-nova, mas também convivo com a gritaria do rock. Bipolar, sei lá. Às vezes bem, às vezes mais ou menos, às vezes bem pior. Mas de boa, me considero preparado pra ser o melhor amigo do mundo. O mundo é como ele é, de altos e baixos, vitórias e derrotas. Me sinto uma companhia agradável quando estou em paz. Lembrando Keith Richards, não estamos envelhecendo, estamos evoluindo. O que tem que ser dito, vai continuar sendo dito. No entanto, agora, sem perder a ternura. E com ternura tudo fica mais calmo. Falar baixo também faz bem à saúde.”

Débora Salvadori Empresária de moda

“Respiro fundo, fecho os olhos e humildemente olho para os aprendizados do passado. Fico em silêncio, escuto a voz do coração que sempre me impulsiona a seguir na ‘coloridice’ do amor que não tem medo de transcender em mim.”

Hellen Macarini

Advogada, ligada na moda como hobby e pesquisadora em Psicologia “Sempre penso que poucas situações na vida não têm saída. O existencialismo sartreano tem me ajudado a ver que somos responsáveis por nossas escolhas e que nossa vida pode ser construída dia a dia.”

Caio Cezar

Fotógrafo, jornalista e músico “Viver um dia de cada vez, passar cada vez menos tempo em redes sociais e me cercar de gente que me quer bem.”

JULIANA WOSGRAUS

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ENTREVISTA

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VIDA LONGA E SAUDÁVEL Joel Steinman é referência internacional em medicina do exercício e do esporte


ENTREVISTA

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textos OLAVO MORAES fotos MARCO CEZAR

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avanço da medicina, com desenvolvimento da tecnologia, descoberta e uso de novas drogas, associado ao desenvolvimento de políticas públicas e IDH, fez crescer a longevidade no país. Nas duas últimas décadas avançamos muitos anos em relação à expectativa de vida. Se em 1970 a média era de 52 anos no Brasil, atualmente em Santa Catarina o índice saltou para os 77 anos. O desafio agora é agregar qualidade à chamada terceira idade. Estamos vivendo mais, mas a preocupação é de que forma chegaremos lá. Médico com mais de 35 anos de atuação, referência internacional em medicina esportiva, o doutor Joel Steinman, diretor do Tao Pilates Instituto de Medicina do Exercício e do Esporte, fala com autoridade sobre o assunto. Autor do livro Surfing & Health (traduzido para o português como Surfe e Saúde), Joel falou sobre a medicina do esporte e longevidade saudável. Surfista há quatro décadas, Joel Steinman dá dicas preciosas e explica como a prática de exercícios, associada à vida saudável e equilíbrio do corpo e da mente podem nos levar mais longe, com saúde e vitalidade.

Evolução da medicina Do Big Bang aos primeiros homo sapiens, a evolução, do ponto de vista biológico, físico, mental e espiritual, segue um plano de inteligência que visa manter a saúde. Da união do espermatozoide e óvulo, fomos uma célula, o ovo, e, adulto, cada indivíduo é um aglomerado de cerca de 10 trilhões de células, 50 bilhões de neurônios, 97 mil quilômetros de artérias, veias e capilares. Com os avanços da epigenética e da nutrigenômica, é possível melhorar tendências genéticas e adotar comportamentos preventivos que podem levar a idades avançadas com mais saúde e energia.


ENTREVISTA

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Longevidade saudável

No ritmo da luz

Dentre os fatores que contribuem para a longevidade saudável, 20% vem da herança genética, 10% do meio ambiente e 70% do estilo de vida. Saúde e longevidade requerem combinação de elixires medicinais: atividade física, equilíbrio nutricional e alimentar, equilíbrio hormonal, programa de controle do estresse, família, amigos, fé e compaixão. “O exercício é remédio, o sono é remédio, a alimentação é remédio, o sexo é remédio. Tudo sempre associado a uma prática saudável de exercícios. Esse é o milagre diário. A saúde é livre arbítrio. Tem que correr atrás todos os dias, preservar. É um tesouro.”

O corpo obedece ao ritmo circadiano e suas variações de luz ao longo do dia e da noite. Tudo começa com uma noite bem dormida. A regulação primordial do corpo responde às variações da luz do dia e à escuridão da noite. No anoitecer a glândula pineal inicia a produção do hormônio melatonina, que sinaliza “olha, mais cedo ou mais tarde você vai precisar dormir”. Produzida no escuro, ela é suprimida pela luz.

“Precisamos manter o equilíbrio entre a melatonina e o cortisol, regulando o ciclo do sono e a energia vital.”

No controle do que produzimos Na parte mais profunda do sono temos o início da produção do hormônio do crescimento, regulador de inúmeras funções biológicas. Os níveis de melatonina se reduzem ao mínimo, e, com o nascimento do sol, temos o pico do cortisol, o hormônio da vida, quando registramos aumento favorável da pressão arterial e da energia, da disposição. Produzido pela glândula suprarrenal, controlada pela hipófise, e, depois, pelo hipotálamo, nosso estilo de vida e níveis de estresse determinam o controle dos níveis do cortisol e demais hormônios que produzimos. O cortisol segue como uma onda, caindo no horário do almoço, subindo um pouco no final da tarde e caindo novamente, para permitir o sono.

Vitamina D é fundamental Dependemos da exposição ao sol para a produção do hormônio D, também chamado de vitamina D. Produzida na pele a partir do 7-dehidrocolesterol (molécula de colesterol), o pro hormônio D passa pelo fígado, pelos rins, e se transforma no grande hormônio D, óleo, que entre outras funções, tem efeito protetor contra inúmeras doenças crônicas. Deve ser mantido em níveis ótimos, com reposição, já que suas fontes alimentares e a exposição solar, em geral, não são suficientes.


ENTREVISTA

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Regulação de substâncias Nesse ciclo diário de produção própria de hormônios, melatonina, hormônio de crescimento, cortisol, hormônios da tireoide, hormônio D, surge pela manhã, a testosterona, hormônio androgênico esteroide. Eles são produzidos principalmente pelos testículos, pelas glândulas adrenais e, em pouquíssima quantidade, pelos ovários. São produzidos a partir do colesterol.

Estilo de vida Com o estilo de vida favorável, nossas pausas hormonais podem ser retardadas no tempo. A testosterona é o hormônio responsável pela massa muscular e desejo sexual e tem efeito marcante na proteção do músculo cardíaco. A testosterona começa a ser produzida na puberdade, atinge seu máximo por volta dos 30, 35 anos e depois vai apresentando quedas, como todos os demais hormônios. Dependendo do estilo de vida, podemos adiar a queda desse hormônio. Manter os hormônios anabólicos em níveis superiores para sua idade é estratégia de longevidade.

Testosterona e processo emocional A testosterona também está envolvida no processo do controle emocional. Muitos esportistas e atletas, nas fases dos 50, 60 anos, que começam a ter quedas dos níveis de testosterona podem apresentar quadros depressivos e serem tratados, erroneamente, como pacientes de depressão, quando na verdade, apresentam déficit de testosterona.

A vida longa e saudável parte da resposta a algumas perguntas. Qual nota você dá para seu sono, qualidade da alimentação, nível de atividade física, nível de estresse, desempenho sexual, disposição, memória, energia e vitalidade. Acrescente índice de massa corpórea, perímetro abdominal e exames laboratoriais, com check-up sanguíneo, inflamatório e hormonal. Esses parâmetros caracterizam a idade cronológica e projetam a idade biológica. Então, se tens 54 anos, mas perfil biológico de 65 anos, é possível renovar 10 anos, a partir da mudança de atitudes.

Diminuição da inflamação crônica O plano é diminuir a inflamação crônica. A inflamação crônica é silenciosa e tem início com mistura de uma alimentação equivocada rica em açúcar e carboidratos simples (pães brancos, massas, pizzas, doces, bolos, refrigerantes etc.), rica em carnes processadas e embutidos. Associada ao sedentarismo ela nos leva a aumentos significativos da insulina e dos níveis de gorduras desfavoráveis (ômega 6), ao invés das benéficas ômega 3. O quadro se agrava com a ingestão excessiva de álcool.

Bomba-relógio Esta mistura é uma bomba-relógio oxidante, que vai progressivamente danificando nossas células e nossos genes. Tal mistura está relacionada a inúmeras doenças crônicas do mundo atual, incluindo hipertensão arterial, obesidade, arteriosclerose, doenças cardiovasculares, infarto, derrame, diabetes, insônia, depressão, transtorno da ansiedade, diminuição da libido, entre outras.

“Nós temos que vencer as doenças

“Tudo passa pelo sono, atividade

cardiovasculares com estratégia,

física, alimentação inteligente e

para vencer cânceres, para não

controle do estresse da mente.”

infartar e não ter derrame.”


ENTREVISTA

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Sistema WES elimina dores na coluna Joel Steinman desenvolveu um equipamento para a coluna, O WES coluna (Wall Exercise System), indicado no tratamento da dor crônica da coluna vertebral, incluído regiões cervical, dorsal e lombar. O sistema favorece a descompressão dos discos intervertebrais, através da recuperação das curvas da Coluna Vertebral e leve mobilização associada a estabilização dos músculos do tronco. O WES utiliza o seu posicionamento para modificar o trabalho de tração, alongamento, mobilização e desenvolvimento da força muscular. São mais de 100 exercícios com conceito em estabilidade, funcionalidade, reabilitação, treinamento em suspensão e pilates.

saiba mais w Link do vídeo sobre WES: https://youtu.be/4pKUTArQ34w





SAÚDE BUCAL

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Lesão bucal atinge 20% da população

AFTAS texto LAURA SACCHETTI – CRO-SC 12391 fotos DIVULGAÇÃO

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nome afta foi usado inicialmente por Hipócrates, na Grécia, para denominar o “sapinho” em crianças. Posteriormente, seu uso se estendeu para toda e qualquer ulceração nas mucosas – a palavra ulceração vem do grego e significa “eu queimo”. É considerada a mais comum das doenças da cavidade bucal, com 20% da população mundial afetada e atinge com maior frequência as mulheres. Podem ser classificadas em três tipos: Aftas menores, ou de Mickulicz; Aftas maiores, ou de Sutton; e Aftas herpetiformes. Aftas menores são arredondadas, têm bordas regulares, são muito dolorosas ou ardentes e com diâmetro variando entre 3 e 10 milímetros. Podem ser únicas ou múltiplas. Tendem a durar entre 5 e 10 dias. Aftas maiores são ulcerações com mais de 10 milímetros, extremamente dolorosas, e sua duração pode levar de 3 a 6 semanas. Aftas herpetiformes, menos comum, se caracterizam pelo aparecimento de múltiplas aftas, de diâmetros menores que 3 milímetros.

As causas das aftas bucais menores podem estar relacionadas à integridade da mucosa bucal e de sua queratinização, hereditariedade, bactérias, reação cruzada de autoimunidade, estresse celular, quimioterapia e uso de aparelho ortodôntico ou protético. Quando falamos em tratamento das aftas, não existe um remédio milagroso que faça a lesão sumir de um dia para o outro, mas o dentista ou médico pode receitar medicamentos para atenuar a dor e incômodos durante a presença da lesão, acelerando o processo de cicatrização. Consumir alimentos com Vitamina C e do complexo B podem auxiliar na prevenção do aparecimento das aftas. As aftas podem ser uma manifestação de doenças sistêmicas ou, às vezes, confundidas com lesões graves, como neoplasias da cavidade oral, mesmo que benignas. Quando associadas a outros sintomas, o paciente deve procurar o dentista ou médico para um correto diagnóstico e tratamento. LAURA SACCHETTI ( 4LIFE ODONTOLOGIA) Ed. Planel Towers, 2o andar, sala 204. Torre I. Av. Rio Branco, 404 – Centro – Florianópolis/SC 1 (48) 3030-1440 / 99130-2077 0 laurasacchetti.implante@gmail.com



SAÚDE

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Tratamentos especializados podem reduzir os temidos “furinhos”

CELULITE TEM TRATAMENTO?

texto DR.A MARIANA TREMEL BARBATTO (CRM/SC: 10877 / RQE: 6741) fotos BANCO DE IMAGENS/RM

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celulite é uma condição dermatológica que afeta principalmente as mulheres, sendo muito rara em homens. Sua principal característica é o aspecto ondulado na pele. Pode-se classificar a celulite em quatro diferentes graus, de acordo com o tamanho dos “buraquinhos”. Nos graus três e quatro a quantidade de gordura localizada é bem maior, podendo haver caroços e dor ao toque. Além do fator hereditário, fatores comportamentais como alimentação inadequada, pouca ingestão de água e sedentarismo podem contribuir para o desenvolvimento da celulite. Fatores hormonais, que incluem a gravidez e uso de medicamentos como anticoncepcionais orais também podem aumentar a incidência. Alguns tratamentos que auxiliam para melhorar o aspecto da pele com celulite: • Drenagem linfática: a massagem manual age na eliminação de líquidos e diminuição do inchaço. A massagem, delicada, é feita no trajeto dos vasos linfáticos. • Tratamento com aparelhos: Os aparelhos de radiofrequência melhoram a flacidez da pele pelo aumento da temperatura na derme. A criolipólise diminui a camada de gordura através do congelamento, e o ultrassom microfocado atua no músculo, estimulando a produção de colágeno. A nova promessa é o Total Sculptor, um equipamento que associa tecnologias criolipólise, ultrassom microfocado, corrente de estímulo muscular, radiofrequência multipolar

e criofrequência, para tratar de forma efetiva a gordura localizada, promover remodelação corporal e definir o músculo. • Tratamento cirúrgico (subcisão): para os furinhos persistentes pode ser necessário romper a fibrose com o uso de agulha e anestesia local. Cria-se uma área de hematoma que irá preencher a celulite. • Bioestimulação de colágeno com ácido polilático: A aplicação do Sculptra (ácido polilático) é realizada com seringa através de várias picadinhas na pele. São necessárias três sessões, uma a cada 30 dias. O resultado é notável e pode ser percebido após 30 dias da primeira sessão. A pele fica mais firme e nota-se uma melhora do aspecto “casca de laranja”. • Tratamentos orais e tópicos: o uso de cápsulas e tópicos a base de cafeína e extratos vegetais são adjuvantes no tratamento. Sozinhos não alcançam resultados satisfatórios, mas a associação com os tratamentos acima citados é sempre bem-vinda. O tratamento da celulite é multidisciplinar e exige uma dieta com pouco sódio, redução de gorduras saturadas, e prática de exercício físico. MARIANA TREMEL BARBATTO Rua Ferreira Lima, 238, 6.o andar, Florianópolis 1 (48) 3223-6891 e 9933-7000 0 contato@marianabarbato.com.br



FISIOTERAPIA

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Dra. Roberta Ruiz mostra um grupo de músculos que, bem exercitados, promovem o autoconhecimento e a saúde da mulher texto MONIQUE VANDRESEN foto CHAIANE GOBB

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uantos tipos de exercícios abdominais você conhece? E para o glúteo? Embora a maioria dos leitores provavelmente responda a estas perguntas sem pestanejar, quando o assunto são os músculos do assoalho pélvico, muita gente nem sabe do que se trata. Negligenciado, este conjunto de músculos pode perder tônus, resistência e força – assim como em qualquer outra parte do corpo. A diferença é que, quando isso acontece com os músculos do assoalho pélvico, os danos ultrapassam a estética. A fisioterapeuta Roberta Ruiz, que comanda a Clínica Integrata, em Florianópolis, explica que a falta de atenção a esta região pode interferir na gravidez, no pós-parto e na vida sexual de homens e mulheres. Roberta explica que a base destes exercícios é milenar, com movimentos que são passados de geração para geração em países como Tailândia. “Hoje a prática é recomendada por ginecologistas e fisioterapeutas, por seus benefícios não apenas na vida sexual, mas na saúde como um todo. Na Integrata, a prática faz parte do tratamento de enfermidades como a incontinência urinária, doenças genitais e uterinas e algumas disfunções do aparelho digestório de homens e mulheres” explica a fisioterapeuta, que atua há mais de dez anos na área, com uma formação que inclui cursos nos Estados Unidos, na Austrália e no Brasil.


FISIOTERAPIA

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Em primeiro lugar, é preciso saber onde fica o assoalho: entre os ossos da bacia, o púbis e o cóccix. “A região sustenta a bexiga, o útero e o reto”, explica Roberta. A incontinência urinária é uma das consequências prejudiciais. A dor durante a relação sexual também pode estar relacionada a falhas nessa musculatura. Os exercícios fortalecem os músculos do assoalho pélvico, prevenindo e combatendo a incontinência urinária ou fecal e também as hemorroidas. Esta técnica permite que seja possível massagear e pressionar o órgão sexual masculino com os músculos da vagina durante o contato íntimo, enquanto que no homem melhora a resistência e o desempenho sexual. O Pilates também tem lugar na Integrata, a clínica recéminaugurada de Roberta. Criado pelo alemão Joseph Pilates durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o método rapidamente caiu no gosto dos bailarinos, que o usavam como complemento ao treino. Os motivos para se buscar o Pilates são os mais distintos. Há desde os desejosos de esculpir o corpo (inspirados por celebridades como a cantora Madonna, que credita parte de sua boa forma à técnica) até os interessados em exercícios capazes de ajudar na prevenção ou na recuperação de problemas como dores e lesões. Como aspirações tão diferentes cabem dentro de um mesmo método? “Pilates se preocupou em criar um método que trabalha a saúde como um todo”, considera Roberta: “O corpo torna-se mais forte, flexível e resistente”, diz. “Na parte mental, os exercícios melhoram a concentração e a memória. E o trabalho com a respiração ajuda no controle das emoções”, completa.

Maravilhas sexuais

SAIBA MAIS Acesse o blog e veja notícias e artigos sobre pilates, http://robertaruizstudio depilates.blogspot.com/ 0 ropidias@gmail.com C robertaruizfisio

Utilizados inicialmente na Fisioterapia para preparar a mulher para o parto e ajudar na recuperação depois da chegada do bebê, os exercícios do assoalho pélvico, também conhecidos como exercícios de Kegel ou pompoarismo, têm ganhado espaço na mídia tradicional e nas redes sociais. A norte americana Kim Anami, surfista que promove a ginástica íntima com pesos, tem quase 100 mil seguidores no Instagram. A fisioterapeuta brasiliense Cátia Damasceno, tem mais de um milhão de likes em sua página “Mulheres Bem Resolvidas” do Facebook. Esse benefício faz com que a maior parte das conversas (e consequentemente espaços na mídia e nas redes sociais) foquem nas “maravilhas sexuais” que podem ser alcançadas com o pompoarismo, nome popular dado a essa ginástica íntima, originária do Oriente. “De fato, a pessoa com quadro de anorgasmia (ausência de orgasmo), por exemplo, muitas vezes está com pouquíssima força muscular”, diz a fisioterapeuta Roberta Ruiz. O assoalho fortalecido, além de facilitar a chegada ao clímax, melhora a qualidade para quem já alcança o orgasmo. Importante lembrar, lembra Roberta, que as disfunções sexuais com frequência são multifatoriais, sofrendo interferência do tipo de relação com o parceiro, do nível de estresse no momento, da educação muito rígida ou de traumas.


EMPREENDIMENTO

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Roberta Ruiz inaugura clínica no Campeche texto MONIQUE VANDRESEN fotos MARCO CEZAR

I

dealizada pela empresária e fisioterapeuta dra. Roberta Ruiz, a Clínica Integrata recebeu profissionais da saúde, clientes e formadores de opinião para o coquetel de inauguração de seu novo espaço, pertinho da praia do Campeche. Confortável e bonita, a nova clínica tem espaços ao ar livre bem cuidados, que compõem o projeto proposto pela proprietária: tornar-se referência no segmento, como um espaço que trabalha com a saúde integral do corpo, unindo várias técnicas e equipamentos em um ambiente com conforto e privacidade. Com o marido, o empresário Gualtiero Piccoli, Roberta recebeu amigos e profissionais da área da saúde, como o cirurgião pediátrico Jonny Camacho, a gastro Wanda Demetrio e a ginecologista Ineida Brandeburgo, além do obstetra Cláudio Canabarro, acompanhado da esposa, a advogada Carla Kraemer. Para festejar o espaço, os parceiros da arquitetura e design Odirley Ângulo e Micheli Teixeira marcaram presença, além das amigas e amigos Liliane Silva Mazza, Tatiane Matoso, Rosina Godoy, Marianne Cristina Tillmann, Roger Berriel, Israel Rocha, Maurício da Cunha e Lima e sua esposa Jeanine Peressoni.





JOVENS PROMESSAS

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Aos 19 anos, Valentina Groth Becker surpreende com bolos que aliam técnica e sabor. texto MONIQUE VANDRESEN fotos MARCO CEZAR


JOVENS PROMESSAS

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om mãos habilidosas que cuidam de cada detalhe com capricho, aos 19 anos a cake designer Valentina Groth Becker está virando sensação nas festas da Ilha. E, ao contrário de nove entre dez empreendedores da indústria criativa entrevistados por esta jornalista, a paixão não começou na infância e não tem nenhuma receita de avó que a tenha inspirado. Valentina cursava Engenharia e Economia, e a primeira encomenda comemora um ano neste mês de fevereiro. Foi a pedido de uma amiga, Luisa Lobato, que saiu o primeiro bolo. “Deu tudo certo e todo mundo elogiou. Continuei inventando e procurando sempre novidades”, afirma. Com sangue empreendedor nas veias – ela é filha de Rodrigo Becker e Carolina Groth Becker – resolveu investir duzentos reais em ingredientes e começar o próprio negócio. Logo as encomendas estavam enchendo o freezer da família, e o pai foi obrigado a comprar mais um. Chocolate, Nutella, Leite Ninho, Brigadeiro e Óreo são os ingredientes dos doces, que cativam o olhar e paladar. Com os duzentos reais de ingredientes e o freezer novo, os bolos feitos na cozinha de casa pela cake designer logo viraram presença constante nas festas mais badaladas da cidade. Valentina elabora tudo sozinha e faz questão de personalizar todos os pedidos, para que sejam sempre únicos. O início não foi fácil: na Páscoa, a encomenda exigiu a produção de 100 mini-bolos por dia, e como a personagem Tita do filme Como Água Para Chocolate, Valentina cozinhou entre lágrimas, mas contou

com a ajuda de sua irmã Paris Becker. O primeiro, e único, problema com clientes, causado pela diferença entre um Kinder Ovo em barra ou em formato de ovinhos, também foi superado com profissionalismo e ajudou a pavimentar a estrada desta menina que, apesar do sucesso na confeitaria, ainda tem a janela dos sonhos bem aberta e atua nas mais diversas frentes. Deixou a Engenharia e começou a cursar Gastronomia, e, na ESAG, se prepara para trocar a Economia pela Administração. Fez estágio no Santa Cucina, com o exigente chef Eudes Rampinelli, e diz que depois da formatura, a Engenharia de Alimentos é uma possibilidade. Ela também não descarta ser dona de seu próprio bistrô ou ainda trabalhar com harmonização. Como se não bastasse, faz parte do time de handeball da ESAG.


JOVENS PROMESSAS

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As delícias produzidas por Valentina também podem ser encontradas em diversos locais, como a padaria Sabor e Pão e os restaurantes Dokyo e Japan Food. Nas redes sociais, Valentina tem chamado à atenção. Já são mais de 1.500 seguidores do perfil @docesdavalen, com imagens de 305 bolos que mais parecem obras de arte, com enorme precisão de detalhes. A perfeição na técnica de confeiteira surpreende, mas o sucesso de Valentina na rede social está também na produção de suas fotos, muitas vezes em um mini fundo infinito que o pai já

tinha em casa. Fotografa com o celular e tem inúmeras curtidas da “comunidade boleira” do Instagram, aliás, tão adorada quanto os próprios bolos. Na seção Explore, o canal de bolos é um dos mais populares. A hashtag “cake” (bolo, em inglês) gerou mais de 45 milhões de publicações, e a “#cakestagram” totalizou 1,8 milhão de publicações. Mesmo com tantos pedidos, a estrutura continua pequena. Quem ajuda, às vezes, é a irmã de 12 anos, Paris, que também curte testar a qualidade dos doces. “Meu estoque tem que ser trancado com cadeado”, brinca Valentina.



NUTRIÇÃO

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Uma vida mais saudável através da comida textos ANA CAROLINA ABREU fotos BANCO DE IMAGENS/RM

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ada vez mais nos deparamos com inúmeras receitinhas e dicas de saúde. As redes sociais estão cheias de perfis com informações para quem quer buscar saúde e qualidade de vida. Mas muita gente tem dúvidas sobre o que e como comer, e por isso resolvi dar algumas dicas práticas de como podemos melhorar nossa saúde através da alimentação.

Acrescente antes de retirar Quando as pessoas pensam em mudar hábitos, é comum enumerarem tudo que vão tirar da dieta. Mas o principal é saber o que vamos acrescentar à ela. Nada de passar fome. Agregar nutrientes, fibras e fitoquímicos que serão responsáveis por nos manter saciados e nutridos. Se você está pensando em modificar a alimentação, comece fazendo uma lista. Na clínica costumo imprimir uma lista com diversos alimentos, para que o paciente perceba quanta coisa está faltando na sua casa.

Mude os hábitos aos poucos É muito mais fácil você aprender a comer se fizer disso algo prazeroso e sem torturas. Sempre costumo dizer, acrescente 2 novos alimentos por semana, assim pequenas diferenças, no longo prazo, se tornam grandes mudanças.

Prefira comida de verdade Uma boa comida se faz com alimentos frescos e de qualidade. Com a rotina corrida, muitos optam por alimentos industrializados e empacotados. Cada vez que preferimos abrir um pacote do que descascar ou preparar algum alimento temos que ter consciência que os fitoquímicos e nutrientes já desapareceram ou nunca existiram por ali. Ao invés de contar caloria, escolha o que estraga mais rápido, seu corpo vai agradecer.

Acostume seu paladar Precisamos provar os alimentos mais de uma vez e de formas diversas para ter certeza de que não gostamos. Quando a alimentação está muito pobre, ou quando temos muito açúcar e sal presentes, dificilmente conseguimos sentir o verdadeiro gosto da comida. É importante ficar atento a isso. Evite saborizar sua comida com mais sal ou açúcar, ou com molhos e temperos artificiais, que assim você começa a descobrir do que realmente gosta. Diminuir o açúcar ou sal é um hábito que leva tempo e que precisa ser consciente. Inicie reduzindo a quantidade e vá evoluindo gradativamente. Estabeleça uma meta, pois quando mensuramos nosso objetivo ele fica mais fácil de ser atingido.

Aperfeiçoe seu paladar Muitas vezes não sentimos o sabor real pois estamos com carência de alguns nutrientes. O zinco, por exemplo, interfere no paladar e é o primeiro mineral que “perdemos” quando estamos estressados. Portanto repor as vitaminas não vai te fazer engordar, mas vai te ajudar a sentir o gosto verdadeiro da comida e o sabor sutil dos alimentos.


Aposte nas especiarias Quer ficar cada vez mais saudável e feliz comendo frutas e vegetais? Aprenda a utilizar as ervas e especiarias a seu favor. Elas tem um potencial terapêutico incrível, além de transformarem qualquer chuchu sem graça em banquete. Comece comprando duas ou três ervas diferentes e vá arriscando na cozinha. Não gosta de cozinhar? Compre algum mix pronto e coloque por cima dos pratos prontos, no Ayurveda eles já ensinam que completar os sabores faz muita diferença para equilibrar o organismo, os sabores e a saúde como um todo.

Invista nas sementes e fibras Vai fazer aquele bolo de sempre? Que tal trocar um pouco da farinha por outra mais nutritiva ou de sementes (amêndoas, coco, chia), ou usar fibra inteira para deixar os grãozinhos aparecendo? Gosto muito das sementes de abóbora e girassol por cima da comida. Coloque por cima das frutas, num suco, na salada ou até empanando um peixe ou frango.

Acredite nas gorduras de verdade Outra dúvida muito comum. Resumindo, procure as gorduras e óleos naturais (coco, abacate, sementes) e de preferência que não passam por métodos que utilizem solvente (os refinados ou virgens), prefiram sempre os extra virgens. Gorduras animais como banha de porco e manteiga podem ser utilizados sem exagero e da maneira certa. Evite os óleos transgênicos (canola, soja, milho) e corra da margarina, que esta nem pode ser chamada de comida!

Algumas especiarias que gosto de usar Baunilha w Favas secas de uma orquídea. Extremamente aromática, combina muito em doces e chocolate. A melhor forma é a fava, mas ainda cara e difícil de encontrar. O extrato orgânico é uma boa opção. Jamais use a essência, artificial e sem graça.

Cardamomo w Da família do gengibre e da cúrcuma. São pequenos frutos verdes com sementinhas minúsculas e muito perfumadas. Quente e agridoce, leve perfume de cânfora. Utilizado no café e também no curry.

Noz moscada w Sabor picante, aromático e levemente amadeirado. Melhor ralada na hora, nada de comprar a moída. Combina com carnes, peixes, molhos brancos, ovos e pastas caseiras. Em doces, vai bem com frutas, biscoitos, purês e preparações com abóbora.

Cravo w Quente, aromático, adstringente e picante. Utilizado em preparações doces e salgadas. Combina em chutneys e geleias. Usado no curry.

Canela w Os ramos secos vem de uma árvore de médio porte. Tem características quentes, doces, picantes e perfumadas. Combina em comidas doces e salgadas, chás e cafés. Utilize até para aromatizar a água.

Cúrcuma w Raiz parecida com o gengibre, mas de cor amarelada. Sabor levemente amargo e amadeirado. Essencial no curry indiano. Combina no arroz, sopas, refogados, peixes e patês caseiros.

Garam masala w Mistura de especiarias muito comum na Índia e outros países asiáticos. Existem vários tipos de masalas, cada um com combinações próprias. Os ingredientes mais comuns são pimenta preta e branca, cravo, louro, cominho, canela, cardamomo, noz moscada, anis e coentro.

Gengibre w Raiz de sabor fresco, picante e doce. Muito utilizado na culinária asiática. Pode ser utilizado fresco ou seco. Combina em pratos doces e salgados.

NUTRIÇÃO

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HORA DA FEIRA

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MUITA FIBRA textos ANA CAROLINA ABREU fotos BANCO DE IMAGENS/RM

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uando se fala em quiabo, de que lado você fica, dos que amam ou dos que odeiam? Na minha opinião ele é injustiçado, pois tem inúmeras qualidades e benefícios nutricionais. Muitas regiões do Brasil utilizam bastante o vegetal em vários pratos típicos. O segredo é saber preparar. O quiabo é rico em vitaminas, principalmente a vitamina A. Também tem bastante cálcio e ferro. Mas o principal é seu alto teor de fibras: as mucilagens e pectinas presentes no alimento auxiliam o trato gastrointestinal, melhorando a distensão abdominal, os gases e a constipação. Além de todos os nutrientes, seu valor calórico é bem baixo. As fibras também diminuem a absorção de carboidratos e gorduras, o que ajuda a manter a forma. Na hora de escolher, é importante ficar atento à cor, que deve ser um verde vibrante, e à consistência firme (a ponta deve quebrar ao dobrar). A melhor época para consumir quiabo é nos meses de janeiro e fevereiro.

Quiabo auxilia na absorção de gorduras e carboidratos

Quiabo grelhado com farofa de gergelim Ingredientes w 200g de quiabo w 150g de farinha de mandioca fina w 100g de gergelim preto w 1 colher de chá de pimenta cayena w 1 colher de chá de páprica picante w azeite de oliva w sal marinho w pimenta do reino Modo de preparo w Toste o gergelim na frigideira e triture em um processador ou liquidificador e reserve. Em uma frigideira, refogue os quiabos com azeite de oliva e tempere com sal e pimenta. Em outra frigideira derreta a manteiga, acrescente a farinha, a páprica e a pimenta. Por último misture o gergelim e sirva junto com o quiabo.



HORA DA FEIRA

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O PODER DO LIMÃO Fruta previne doenças e alcaliniza o organismo

texto ANA CAROLINA ABREU fotos BANCO DE IMAGENS/RM

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hábito de utilizar o suco de limão para aumentar a imunidade vem de muitas culturas ao redor do mundo. Sempre se acreditou nas propriedades terapêuticas e antimicrobianas do limão. Em muitos lugares é utilizado inclusive como desinfetante e na higienização de vegetais. Por seus compostos fitoquímicos, a atividade antibacteriana do suco da fruta é comprovada em diversos artigos científicos. E aquela história de tomar limão todos os dias em jejum? Toda semana alguém me faz esta pergunta. Na prática Ayurveda há mais de 5 mil anos se recomenda o uso da água morna com limão. Mas é importante saber é que esta prática não deve ser para todos e nem o tempo todo. O pH do limão, super ácido, é uma ótima forma de estimular a secreção pancreática e biliar, ou seja, ajudar na alcalinização do organismo, otimizando inclusive a absorção de nutrientes. Como o conteúdo pancreático e biliar é alcalino, rico em enzimas e agentes de saponificação, melhora a digestão de gorduras e o processo digestivo se torna mais eficiente. O limão também tem efeito depurativo e adstringente, auxilia na digestão, diminuindo gases e faz o fígado trabalhar melhor. Alguns polifenóis inibem o crescimento de bactérias intestinais, melhorando a composição da microbiota intestinal, inibindo o processo inflamatório.


HORA DA FEIRA

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Torta mousse de limão

Ingredientes da massa

Modo de preparo

w 3 xícaras de amêndoas w 30 tâmaras w 2 colheres de sopa de óleo de coco

MASSA w Bata as amêndoas no processador na função pulsar, para formar pedaços pequenos. Acrescente as tâmaras e o óleo de coco e bata novamente até que a mistura forme uma pasta. Coloque a mistura em uma forma de fundo removível.

Ingredientes do recheio w 5 avocados maduros w sumo de 3 limões w 1 xícara de néctar de coco ou melado w 4 colheres de sopa de leite de coco (parte mais gordurosa) w raspas de 1 limão

Quando falamos de fitoquímicos estamos falando dos carotenoides, compostos fenólicos e ácido ascórbico. São estas substâncias que tem ação antibacteriana, anticancerígena, previnem doenças crônicas degenerativas e protegem contra o dano oxidativo das células e tecidos. Os óleos essenciais do limão também são conhecidos e utilizados mundialmente. Além de consumir o suco, utilize as raspas da casca nas suas preparações. Além de deixar um sabor incrível você aumenta o valor nutricional da sua refeição. Por aqui a safra do limão é principalmente de dezembro a abril. Opte pelos orgânicos sempre que possível. Aproveite para temperar saladas, fazer molhos, e utilizar em receitas com vegetais. Mas a água com limão já ajuda, desde que sem açúcar. Para as grávidas, uma dica: azia na gestação pode ser amenizada tomando a água com limão, uma forma simples e natural de combater esse mal estar. ANA CAROLINA ABREU, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Koerich Beiramar Office. Av. Mauro Ramos, 1970 – Sala 201 – Centro – Florianópolis. 1 (48) 3371-0711/ 9155-0711 0 anacarolinaabreu@clinicanut.com.br C @anabreu11

RECHEIO w Coloque os abacates no processador, acrescente o restante dos ingredientes e bata até formar uma mistura cremosa. Coloque a mistura em cima da massa e leve para gelar no freezer por aproximadamente 1h30min. Retire do freezer, acrescente as raspas de limão e sirva.


COMER & BEBER

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PROTAGONISMO VERSÁTIL textos e fotos MARCOS HEISE

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O bacalhau em suas inúmeras formas

m dos pratos mais versáteis que se conhece, o bacalhau tem centenas de variações de preparo. Tem um restaurante português no Rio de Janeiro com mais de 50 modos de preparar o bacalhau. Além de versátil, o bacalhau rende pratos saborosos e sofisticados. O bom bacalhau depende de um processo de salga e secura que é aplicado a alguns peixes específicos. São eles: Gadus morhua (cod), ling, saithe e zarbo. Ou seja, o bacalhau fresco não existe, e na prática é apenas um peixe comum que depois adquire o sabor marcante que é resultado da cura e da secagem. Eles são “sangrados” ainda no barco de pesca para evitar que a carne escureça. As indústrias de transformação do bacalhau recebem o peixe, fazem a limpeza, retiram a cabeça e colocam em uma cura de “sal traçado”. Esse processo de maturação dá características especiais como textura, cor e sabor diferenciados. O bacalhau verdadeiro é o do atlântico, com nome de Gadus morhua. As outras espécies como Ling, Saithe e Zarbo, possuem qualidade inferior e existem em menor quantidade. Nas indústrias de transformação do bacalhau, o peixe passa por um processo de secagem artificial de 24 a 100 horas, dependendo do seu tamanho, onde a temperatura varia de 18º a 24º graus, e por uma cura que pode variar de 3 a 6 meses, onde quanto maior o tempo, melhor a qualidade do bacalhau.


COMER & BEBER

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Bacalhau de forno com batata ralada

Entre os tantos modos de preparo, desenvolvi uma receita à base de batata do tipo rosa, também chamada de “Asterix” . A carne é dessalgada no seu processo habitual, cozida no leite e depois de desfiada é finalizada no forno com cebola, alho poró e batata ralada. Ingredientes w 1 kg de bacalhau tipo gadus morhua w 600 gramas de batata “Asterix” w Um litro de leite integral (de saquinho) w 4 cebolas brancas w Azeite de oliva w Meio talo de alho poró w Queijo ralado grosso a gosto w Folhas verdes e tomatinhos cereja ou batata palha (opcionais) Modo de preparo w Dessalgue o bacalhau no processo habitual (4 a 5 trocas de água na geladeira em dois dias). w Coloque o leite gelado em uma panela até que cubra completamente o bacalhau e aqueça até começar a ferver. Desligue. Deixe o bacalhau na panela esfriando, depois desfie a carne em pétalas e reserve. O leite deve ser coado e reservado. w Descasque a batata e rale no ralo grosso deixando o resultado em água fria. Passe na peneira e amasse com as mãos para retirar toda a água.

w A queça o leite do cozimento do bacalhau e cozinhe a batata por 5 minutos neste leite. Desligue o fogo e aguarde. wC orte a cebola em pedaços bem pequenos e refogue em azeite de oliva e um pouco de sal até que ela comece a pegar uma cor amarelada. Desligue a frigideira e acrescente o alho poró também picado. Misture bem. w F orre uma forma refratária com a cebola e o alho poró, depois a camada com o bacalhau e depois a batata ralada. Acrescentar leite até a metade da forma e leve ao forno préaquecido (180 graus). w L evará uns 20 e 30 minutos, dependendo do forno. Quando as bordas começarem a mudar de cor está pronto. Finalize cobrindo com queijo de sua preferência (pode ser parmesão, montanhês ou mesmo o muçarela. Eu costumo usar o Nostrano da Trentolat. Sirva em seguida. Opcional w P ara servir pode guarnecer com folhas verdes e tomatinhos cereja ou mesmo um pouco de batata palha. w A lém da forma refratária também é possível assar o bacalhau em panelinhas refratárias, como as da Le Creuset.

MARCOS HEISE é jornalista e cozinheiro. Nos finais de semana faz atendimentos gastronômicos em espaços gourmet de condomínios, salões de festas e residências. Sua comida segue a linha autoral e artesanal. 0 heise@unetvale.com.br


OCULTO

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LIKE A BOSS

As estrelas do hip hop na Fields

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s últimos três shows produzidos pela nossa Label Like a Boss encheram a gente de orgulho: lotados de gente bonita e elegante, com vários amigos e amigas que andavam sumidos desde o último Hip Hop Chic. O hip hop vem adotando um novo estilo, com letras – bem menos agressivas – que estão na boca da geração atual e novas bandas que falam de amor e boas vibrações. A dobradinha 1 Kilo e Cacife Clandestino foi sold out, sucesso total. A quinze dias do evento todos os camarotes e mesas já tinham sido vendidos. Foi recorde de público, 2.500 pessoas cantando juntas os sucessos “Aquário”, do Cacife, e “Deixe-me Ir”, do 1 kilo. Memorável! O Grupo 3030 e o fenômeno nacional Hungria – que deve voltar em 2018 ao palco da Fields – também lotaram a casa. No Carnaval a novidade foi o cantor Lucas Carlos, que fez uma participação especial nos shows do Reis do Nada e Eltin, num evento que fez parte do Fields Folia. A Like a Boss estreou nesse verão no La Serena, em Jurerê Internacional. Atendendo ao convite dos amigos Celso, Tiago e Leandro, chegamos mandando o melhor do hip hop para embalar o sábado de sol no recanto. P.S. 1: Preparem que logo mais estamos trazendo para a Ilha os craques Oriente, Costa Gold, Haikaiss, Rael, Projota, Matue, Negra Li e Felipi Ret. Aguardem novas informações. P.S. 2: Procurem no You Tube a rapper Cinthya Luz, que tá aparecendo cada vez mais texto LEO COMIN no cenário nacional. Recomendo. Obrigado, família, abraços!





JULIANA WOSGRAUS

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Governador do Estado até o final deste ano, EDUARDO PINHO MOREIRA e a esposa, NICOLE, em point badalado na Ilha

Descontraído em sua bermuda branca, o ex-prefeito de Floripa, CÉSAR SOUZA JÚNIOR e a esposa FRANCINE, também em tarde entre amigos em Jurerê Internacional

A beleza morena de GIULIA LIBRIZZI, herdeira das massas mais famosas da cidade, também com elegância de sobra

GIOVANNA NUCCI, fotógrafa catarinense que fez carreira e ficou renomada especialmente em São Paulo, revendo a terra natal e flagrada pelas lentes do Marco Cezar em momento relax, sem as sandálias e sem perder a elegância


A selfie está no celular do jornalista FABIAN LONDERO, clicado pra valer ao lado da esposa THAIZ e de EGÍDIO MARTORANO e ROSE CAMPOS, o disputado cirurgião plástico e a arquiteta que estão de casamento marcado para o próximo dia 11 de agosto

TARCILA LEITE MINOTTO, senhora Otávio Minotto, com modelito e corpo de arrasar

Amigas de uma vida inteira, MÁRCIA CAVALCANTI SIROTSKY, HELÔ FREITAS e RÔ KOERICH batendo ponto com a alegria

AMADINHA LIMA, cirurgiã dentista, e o marido WILFREDO GOMES, publicitário de longa trajetória, com o casal não menos badalado CHRISTIANE e CLAUDIO GASTÃO DA ROSA FILHO, advogado medalhão da área

DEBORAH, de beleza ímpar, e o senador PAULO BAUER, líder do seu partido (PSDB) no Congresso Nacional, em tarde de folga na Ilha

JULIANA WOSGRAUS

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JULIANA WOSGRAUS

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PAULA ZENI e o sempre discreto RAFAEL BORNHAUSEN

Primo do Rafael, ANDRE BORNHAUSEN e MARINA FURLAN, também sinônimos de classe e distinção

Top publicitário DANIEL ARAÚJO e CAROL PONTES

Recreação em família: os irmãos RODRIGO – com MARIA FERNANDA, e MARCELO DIAS com a esposa RITA CRUZ LIMA

Jornalista MARIA CLÁUDIA MENEZES e sua mãe, ELVIRA

BRENO BORTOLINI e CECÍLIA BOABAID, que foi uma das capas da Mural no ano passado


JULIANA WOSGRAUS

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VANESSA e GUI PEREIRA entre um evento e outro, incluindo a peixada tradicional que ele comanda no verão

JULIA LIZ e WALTER BASSNEZI, casal colírio

Presenças imprescindíveis nos melhores encontros da Ilha, ÁLVARO BERTOLI e FABIOLA BORTOLUCCI

ALICE MATOS e GIULIANO PUGA, ambos no estilo hip hop de luxo

ARNALDO e HELENA FRETTA, do Sul do Estado para Floripa, onde a galerista se mantém firme há décadas no mercado de arte




MURAL DA MURAL

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A FESTA DA 74

MARIA, RENATA, NATÁLIA, CAROL E MARIA

Edição 74 é lançada com festa no Donna fotos MARCO CEZAR

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um ambiente que alia boa gastronomia e música de qualidade, o Donna Dinning Club foi palco da festa de lançamento de mais uma edição da nossa revista. Embalados pela brisa do mar de Jurerê, os convidados dançaram até alta madrugada ao som dos Dj’s Henrique Fernandes e Rodrigo Luca. Aberto de quinta a domingo em Jurerê Internacional, o Donna resgata a cultura da gastronomia cosmopolita, misturando tendências da culinária internacional com frutos do mar, abundantes na cidade.

ANA PAULA E PAULO

ANDRÉ E MARIA LUISA

LAURA SACCHETTI

ALEXANDRE BUFFON

RAQUEL VALMORBIDA E CARLOS VALMORBIDA

DANIELE, SARAH E THAIS

GRAZI GODOY

BRUNA REIS

FRANCIELE DANI E PATRÍCIA DANI

TURMA DO JOÃO SUSHI

FERNANDA HEIDERSCHEIDT

ARNALDO BITENCOURTI


LU SCHIMIT, RENATA SOUZA E DANI SANTOS

MURAL DA MURAL

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LEONARDO, ANGÉLICA, CARLA E CESAR

IRAN MOREIRA, JANICE, LUIS AUGUSTO GONÇALVES, ANNELISE, RAQUEL E CARLOS VALMORBIDA

ELAINE KOERICH

THEODORA

ISABELLA GUEDES

TCHELLO BRANDÃO, LUIS ROBERTO FORMIGA, CAROL ROS, OLAVO, ARLEI, PAULO MOURA E MIRIAM ÁVILA

TURMA DA MOYALE

ROSANE GOEDERT

LU SCHIMIT E ORLANDO FERNANDES

VANESSA PEREIRA

LEO, ARTUR, LEANDRO E SMITH

JÚLIA GOLERGE

PAOLA RAMIRES

LOUISIANE E TULLO CAVALLAZZI

TONIOLO, CLAUDINHO, AUGUSTO, LUÍZA, SHIRLEI E FERLANGE

JULIANA DIPIETRO

LUISA BRESOLIN

RAFAEL GANZO

TURMA DO NEGRÃO COSTELARIA


MURAL P12

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PALCO ENSOLARADO

AMANDA VIEIRA

CAMILA ROCHA

De frente para o mar de Jurerê, P12 reúne grandes nomes da música fotos ADRIEL DOUGLAS

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Parador 12 recebeu uma maratona de shows nacionais e internacionais durante a temporada de verão. A programação do hot summer trouxe artistas consagrados como Alok, Anitta, Wesley Safadão, Bob Sinclar, Alesso, entre outros, proporcionando uma experiência única ao público.

FERNANDA MACÁRIO

LISELE RICKEN

MARIA LUIZA DAUBT E GIBA

BARBARA SPOLADORI

CINTHIA HEINZEN

GREICE BONATTI E EDUARDO BALD

GEAN LOUREIRO E CINTIA DE QUEIROZ LOUREIRO

CAMILO MARTINS E GABRIELA SOUZA

ALESSANDRA AMBROSIO

FRANCISCO FREITAS E BRUNA OLIVO

FRANCIELLY OURIQUES

DANIELE MALTAURO

TATIANE GAVA

MAYARA FREITAS


ABERTO DE TERÇA A SÁBADO.

Avenida dos Búzios . 1136 . Jurerê Internacional . Florianópolis . SC 48 3364.5997 . jaybistro@hotmail.com . www.jaybistro.com.br


MURAL ACQUA PLAGE

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NA BEIRA DO MAR

ANA CAROLINA RIQUELME

ANA MARTINEZ

Sol e diversão

fotos CAIO GRAÇA, RODRIGO COSTA, ADRIEL DOUGLAS e LARISSA TRENTINI

E

m Jurerê Internacional, o Acqua Plage é um daqueles lugares especiais, que ficam guardados nas boas memórias de verão. Com sunsets à beiramar, o restaurante oferece o melhor da gastronomia mediterrânea, com cardápio assinado pelos chefs Sara Sanchez e Hugo Olaechea. O ambiente projetado pela arquiteta Taty Iriê, está entre os principais spots para curtir o fim de semana em Florianópolis.

DÉBORA VIEGAS

BIANCA AGUIAR

FERNANDA VIEIRA

LAYSE MATTOS

LISBETH MAGALHÃES

MARCOS SANTOS E JÉSSICA ALANA

FRANCIELE PUCHIVAILE E FERNANDA VIEIRA

JANAINA VIEIRA STOTZ

JULIANE BOLZAN

MARESSA DE MORAES

THALES MENDES E NATALI BEIGER

GABRIELA GANDOLFI



MURAL HABBITAT

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O BOM DE ITAJAÍ

AMANDA VALLAU

ISABELLA KLEIS

De frente para o mar fotos GABRIELA NEVES

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conceito internacional de festas durante o dia, privilegiando sol e mar, chegou com força total neste verão no litoral catarinense, com o recéminaugurado Habbitat, na praia Brava de Itajaí. O complexo de lazer tem atendimento de praia, restaurante de cozinha internacional, roof top e pistas de dança. Um habitat perfeito para diversão à luz do dia.

PATRÍCIA SCHROTTER E BIANCA AGUIAR

BÁRBARA FLORES

VANESSA VASCONCELOS E ANA LUISA TARANTO

MÔNICA VOLACO KIPPER, JÉSSICA MENIN VOLACO KIRCHNER E LUÍSA ZIMMERMANN STEFFENS

KAROLINE FERNANDEZ E ANA PAULA GARCIA

CRISTINE DANIELSSON

MYLLA CHRISTIE2

CAROLINE SCHARF E NATÁLIA VICENTINI

MARINA IANSKI



MURAL POSH

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ADRIELLE GUIMARÃES

TOPO

GREYCE BUENO

PARIS HILTON

Celebridades e atrações internacionais no verão na Posh

LAIS SORATTO, FLÁVIA PILOTTO E DANIELA GOES

fotos ANGELO SANTOS

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ma das casas noturnas mais exclusivas da América Latina, a Posh promoveu mais uma temporada de sucesso em Jurerê Internacional. Durante o verão 2017-2018, o clube trouxe grandes atrações internacionais, como Paris Hilton, que comemorou seu aniversário em pleno Carnaval, e Cathy Guetta, uma das mais badaladas produtoras de festas na Europa. A casa também teve noites assinadas por labels de Milão, Paris, Londres, Monte-Carlo e Cannes, atraindo um público selecionado e jet-setters de todo o mundo em busca de descontração. ANDRESSA DAROLD E AMANDA CARDOSO

LUIZA TEIXEIRA E BEATRIZ GOULARCH

FRAN AMARAL

SARA PHILIPPI

MILENA DA SILVA

PARIS HILTON E ANDRÉ SADA

MILENA DA SILVA E CAMILA VIEIRA

SAMANTHA BROSE

SANDRA BRONZINA

THAYNA ALEGRETTI

MARIA LUIZA DE LUCA

NATHÁLIA MICHELON



MURAL MERCADOTECA EMPREENDIMENTO FLORIPA

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NOVIDADE NA 401

CYNTHIA GAROFALLIS, MYRIAM FETT, MYRIAM CONSONNI GOMES E MARIANASCHWARTZ

Espaço na SC-401 reúne gastronomia e lojas exclusivas texto DANIELA RISSON fotos FABRICIA PINHO

CLARICE MENDONÇA DE OLIVEIRA, LOLA D’ACAMPORA, LAURA COUTINHO, SHAIANE KONRAD BOGEO E PRISCILA ANDRADE

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Mercadoteca Floripa já está aberta, atendendo a moradores e turistas de Florianópolis e região que visitam o Passeio Primavera, na SC-401. Lá é possível vivenciar uma experiência num ambiente inspirado nos mercados gastronômicos de algumas das principais capitais do mundo. A filial da bemsucedida iniciativa de Curitiba, que registra movimento mensal de cerca de 35 mil pessoas promete ser um ponto de encontro moderno e descontraído. A inauguração oficial do espaço foi uma boa prévia do que espaço pretende oferecer: Boa gastronomia e um mix de sete lojas exclusivas, que priorizam fornecedores locais, com atendimento individualizado e opções variadas.

CAROLINA GOMES MALUCELLI, LOLA D’ACAMPORA E SÍLVIA PORTO GOMES

PAULO SENNA

MIRIAM GOMES, VALÉRIO GOMES, CAROLINA GOMES MALUCELLI E MACELO GOMES

RODRIGO LEITE, DRICO LIMA E GABI CUNHA

DUDA CARDOSO, AIANI SILVA, DÉBORA LIMA E MARINA BLASI BAHIA

LAURA COUTINHO, CRISTIANO SANTOS E MAIRA FLORES

TECO PADARATZ, ANAIA BROGNOLI E GABI

ANTONY BASCHEROTT E DAISY EHRHARDT

ANGELA ZILLI E KADU ALMEIDA



MURAL COSTELARIA PONTA D’AGULHA

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PEDRO, EDUARDO, FRAN, SABRINA E JOSÉ

MANDANDO BRASA

ROBERTO LIMA, CLÁUDIA, BETE MINSKI E XANDE FONTES

Costelaria Ponta d’Agulha chega ao sul da Ilha TECO PADARATZ E GABREILA

fotos MARCO CEZAR

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om muito chope gelado e as delícias que fizeram a fama da casa, foi inaugurada em março a terceira sede da Ponta d’Agulha Costelaria, referência em assados, bebidas de qualidade e bom ambiente. Além dos já conhecidos – e sempre muito bem frequentados – pontos na SC-401 e na Pedra Branca, em Palhoça, a Costelaria também está no Multi Open Shopping, no Rio Tavares. Sempre sob a batuta da dupla João Carlos e Renato Negrão, o empreendimento conta agora com um terceiro sócio, o empresário Octavio Luiz Goldhirsch.

MARGARETE, MILENE, LUCIANO E JOCA FERNANDES

CLEUSA SCHEER, RENATO NEGÃO E LUCIANO CASAROTTO

JÚLIA, JOÃO PEDRO, KIKI, PEDRO SIROTSKY, JOANNA E MÁRCIA CAVALCANTI


MURAL COSTELARIA PONTA D’AGULHA

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JOANNA SIROTSKY E DIEGO FLORENTINO

JOCA FERNANDES E CONTADOR

RENATO NEGÃO E SOFIA

RAQUEL E MÁRCIO SCHEAFER

PATRÍCIA EICKE SOUZA

JÚLIA SIROTSKY E BRUNO PANO

ROBERTA RUIZ E GUALTIERO

MAYLLI GRACIOSA

FÁBIO DUARTE E NATÁLIA

RENATO NEGRÃO E ZÉ DA ROSCA

DAVID GUIMARÃES E JÚLIA ARAÚJO

SABRINA VENTURA E JOSÉ ALBRECHT




BENEFICENTE

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Alexandre Buffon promove jantar para ajudar o Hospital Infantil fotos MARCO CEZAR

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rganizado por Alexandre Buffon, a segunda edição do Jantar Dançante Beneficente agitou os casais que lotaram o salão do Donna Dinning Club, em Jurerê Internacional. Os recursos arrecadados serão utilizados na reforma da Unidade de Oncologia do Hospital Infantil Joana de Gusmão. Com cardápio a cargo dos chefs do Donna e docinhos de Bruna Doces Finos, a festa teve decoração oferecida pela Arqflora, um leilão de arte, antiguidades e utensílios conduzido pelo leiloeiro Paulo Mario Karsten, de Joinville e música selecionada pelo Dj Henrique Fernandes, que embalou os convidados madrugada adentro. Além do restaurante Donna colaboraram com o evento o Fort Atacadista e a Essen Vinhos.

ALEXANDRE BUFFON


BENEFICENTE

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COMEMORAÇÃO

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SUPERFESTA PARA O CLAUDINHO fotos ANGELO SANTOS

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s salões do La Perle, na avenida Beira-Mar, ganharam uma animação e um colorido especiais no último dia 7 de abril para celebrar os três anos de Claudio Gastão da Rosa Neto, filho de Cristiane e do renomado advogado Claudio Gastão da Rosa Filho. Amigos da família e coleguinhas de escola foram recepcionados com uma festa com tema de dinossauros que encantou os convidados. A anfitriã chamou a atenção pela habitual elegância com um vestido do ateliê de Eduardo Azevedo. As crianças divertiram-se com o futebol de sabão, o touro mecânico e as brincadeiras da trupe de artistas Fantasy e do boi de mamão Alevanta Meu Boi, entre outros atrativos. O delicioso e lindo bolo, de um metro de altura, levou a assinatura de Christiane Bender. Os docinhos foram da Nancy Doces. Aos adultos, foi servida uma paella preparada por Djwo, especialista no prato. Uma tarde inesquecível, com a marca registrada dos Gastão da Rosa de bem receber.

Tarde de confraternização e brincadeiras no terceiro aniversário de Gastão Neto


COMEMORAÇÃO

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CLAUDIO GASTÃO FILHO, CRISTIANE, AMANDINHA E WILFREDO GOMES

DJWO, AMIGO DA FAMÍLIA, PREPAROU UMA SABOROSA PAELLA

CLAUDIO GASTÃO E CLAUDINHO

CRISTIANE, CLAUDIO GASTÃO E CLAUDINHO

SHEILA, LUIZ CARLOS PRATES, CLAUDIO GASTÃO FILHO, CLAUDINHO E LUCIANA PRATES

REGINA IRIÊ E NETOS

MARIA JÚLIA GASTÃO DA ROSA, JULY, VICKY E VALENTIM

PAULO BORBA, OSCAR BORGES, CLAUDIO GASTÃO FILHO E HUMBERTO BORGES

ROBERTO SALUM, CLAUDIO GASTÃO FILHO, CLAUDINHO E MARCOS SANTOS

CLAUDIO GASTÃO E PAULO CORDEIRO

CRISTIANE


UMA NOITE MÁGICA

UNIÃO

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O casamento de Larissa e Carlos Henrique Paulo

texto URBANO SALLES fotos RUDI BODANESI

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cerimônia civil e a festa de casamento de Larissa Cortez dos Santos e Carlos Henrique Paulo foram repletas de emoção e alegria. Realizada dia 4 de fevereiro, na Maremonti, em Florianópolis, a confraternização reuniu a família e os amigos. Cássia Silva conduziu o cerimonial. A decoração foi assinada por Manoella Szpoganicz. O belíssimo vestido da noiva foi confeccionado pelo atelier de sua mãe, Janete, com bordados do Gesoni Pawlick Atelier. O noivo vestiu traje especial de Carlos Pinto Alfaiataria. Irmãs do Santuário Santa Paulina deram a bênção aos noivos e aos presentes.


UNIÃO

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A NOIVA LARISSA, A IRMÃ IVONE, COORDENADORA DO SANTUÁRIO SANTA PAULINA, SUZANA PAULO, LIENE COLLAÇO PAULO, O NOIVO CARLOS HENRIQUE E A IRMÃ ANA, DIRETORA GERAL DO SANTUÁRIO

OS NOIVOS COM AS MADRINHAS FLÁVIA KOERICH, BRUNA TASSARA DE MELO, MARINA PAULO, WALESKA CORTEZ, CECÍLIA BONELLI, SÔNIA PAULO, MARCELLE CHEDE, GABRIELA MANSUR, SUZANA PAULO E CLARICE PAULO

OS PADRINHOS RONI MANSUR E GABRIELA PAULO MANSUR COM OS NOIVOS

O BRINDE COM OS NOIVOS

PAJEM E DAMINHA TRAZENDO AS ALIANÇAS

OS PADRINHOS MARCELLE E WALTER CHED COM OS NOIVOS

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SC, DESEMBARGADOR RODRIGO COLLAÇO, SIMONE COLLAÇO E ASTRID COLLAÇO COM OS NOIVOS

LARISSA E CARLOS HENRIQUE

PADRINHOS EDUARDO PAULO E SÔNIA COM OS NOIVOS

CECÍLIA BONELLI E CARLOS HENRIQUE COLLAÇO PAULO FILHO PREPARANDO-SE PARA ABRIR A ENTRADA DOS PADRINHOS

MARIA BRANCO, ÊNIO BRANCO, OS NOIVOS, E LENIR BRANCO

OS PADRINHOS CLARICE E MÁRIO PAULO COM OS NOIVOS

DJ SERGINHO ANIMOU A FESTA


UNIÃO

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A MÃE DO NOIVO LIENE COLLAÇO PAULO COM SEU FILHO CARLOS HENRIQUE E LARISSA

ENZO KOERICH, RONAN KOERICH, VALENTINA KOERICH E FLÁVIA PAULO KOERICH COM OS NOIVOS

CERIMONIALISTA CÁSSIA SILVA DANDO SUAS ÚLTIMAS ORIENTAÇÕES PARA A ENTRADA DA NOIVA LARISSA COM O SEU PAI VLADIMIR DOS SANTOS

FÁBIO VIEIRA, MARINA PAULO, CARLOS COLLAÇO PAULO FILHO, BRUNA TASSARA DE MELO E ENGELS TASSARA DE MELO

OS PAIS DE LARISSA, JANETE E VLADIMIR DOS SANTOS, COM OS NOIVOS








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