Em revista - D. Jaime de Lencastre, Torres Novas no tempo das confrarias

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Em Revista Feira Quinhentista

D. Jaime de Lencastre No tempo das Confrarias

2 a 5 de junho . 2016

Torres Novas


Ano 2016 Propriedade Câmara Municipal de Torres Novas Direção Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas Edição Município de Torres Novas Conteúdos Liliana Oliveira – Comunicação e Imagem | CMTN Revisão de textos Ana Marques – Gabinete de Estudos e Planeamento Editorial | CMTN Grafismo Cátia Ganhão – Comunicação e Imagem | CMTN Fotografia Diogo Grilo | NUT - Agência Criativa Impressão A Persistente Tiragem 2000 exemplares

©Município de Torres Novas, 2015

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Memórias da História 2016 . Em Revista


índice editorial

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contextualização histórica

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mapa do evento

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áreas temáticas

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momentos de recriação histórica 12 famílias

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espetáculos

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momentos para participar

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grupos de animação

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opinião

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olhares

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edi to rial Como já vem sendo habitual, reunimos nestas páginas da publicação «Em revista» algumas das imagens mais simbólicas e a informação mais relevante sobre a recente edição das Memórias da História. A feira quinhentista «D. Jaime de Lencastre – no tempo das confrarias» realizou-se de 2 a 5 de junho. Ao longo destes quatro dias as ruas do recinto e da sua envolvente fervilharam de vida, de cor, de gente. Vieram visitantes de todo o país, com a família e os amigos. E estiveram por cá, sobretudo, muitos torrejanos que participam ativamente e com orgulho neste evento que é de todos nós. Este é, efetivamente, um evento com abrangência nacional, com visitantes a virem de todas as regiões de Portugal continental e das regiões autónomas. Este é, aliás, um caminho que queremos percorrer:

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fidelizar o público existente e alcançar novos públicos, chegando cada vez mais longe e crescendo cada vez mais e melhor. E já nesta edição houve um acréscimo de 8,5% de entradas, sobretudo registadas no fim-de-semana, em especial pelo dia de domingo, que registou um acréscimo de 18,5%. Nesse sentido, e no rescaldo de mais uma edição de sucesso, não posso deixar de enaltecer todo o empenho de uma equipa alargada que, ao longo de vários meses, coloca todo o seu esforço em prol da conceção, planeamento e execução do evento.

desafio lançado, às coletividades e associações que já são parte integrante do evento, aos comerciantes que nos apoiam e embelezam as suas lojas e as suas ruas de forma exemplar, e a todos os que, de alguma forma contribuem para dignificar esta feira, o nosso mais sincero agradecimento. Contamos com todos vós para continuar a elevar o nome e a imagem do nosso concelho.

Pedro Paulo Ramos Ferreira Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas

Aos colaboradores dos mais diversos serviços da Câmara Municipal de Torres Novas, às centenas de voluntários que ano após ano aderem em força ao


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contextualização

his tórica

D. Jaime de Lencastre Meados do século XVI: a vila vive uma grande agitação com a chegada do novo prior, D. Jaime de Lencastre, futuro bispo de Ceuta. Funda-se o convento do Espírito Santo e anunciam-se novos templos, no rossio do Carrascal erguer-se-á depois um novo convento. Os homens bons do concelho fundam a Misericórdia, reunindo os bens das sete confrarias da vila. Torres Novas agita-se com a passagem de peregrinos e a chegada do visitador. O povo resiste, divertindo-se com os autos de António Prestes. Época dos Descobrimentos. Era da Inquisição. O Tempo das Confrarias. Reinaram D. Manuel I e D. João III. Havia a prosperidade no reino advinda das descobertas e das riquezas além-mar. Na vila de Torres Novas, a coexistência de sete confrarias — Santa Maria do

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Vale, Santa Maria dos Anjos, S. Pedro, S. Bento, de Jesus, do Salvador e de S. Brás — é reveladora da forte rede de coesão social de então. D. Jaime de Lencastre, filho de D. Jorge de Lencastre — marquês de Torres Novas e duque de Coimbra — era neto bastardo de D. João II. Ilustre figura da Casa de Aveiro, proprietária das casas do Largo do Paço, foi Bispo de Ceuta e era padroeiro das quatro paróquias de Torres Novas. Exerceu cargos eclesiásticos de relevância junto da corte de D. João III. Dele emanou a vontade de, em 1538, como prior da igreja de S. Pedro, ceder os terrenos da ermida dos Fiéis de Deus e dos terrenos contíguos à nova Irmandade da Misericórdia para a construção do edifício dessa grande confraria que iria aglutinar os bens das sete existentes então.

É desse fervor religioso da época e da mudança de paradigma no que respeita ao assistencialismo que doravante tem o poder régio como grande promotor na edificação das Misericórdias; é também das consequentes transformações urbanísticas da vila, com a construção e renovação de edifícios eclesiásticos ou da nova centralidade assumida pela Praça Nova (contígua ao Castelo e àquilo que será o novo edifício da Misericórdia). Do controlo religioso advindo da Contra-Reforma católica, manifestado através das demonstrações de vigilância e de punição do comportamento quotidiano dos moradores da vila; de tudo isso que tratou a feira quinhentista das Memórias da História, em Torres Novas no ano de 2016.


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mapa

do evento

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wc

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Alcaidaria

i B Bilheteira

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E Entrada

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Posto de informação

wc Casas de banho

T Aluguer de trajes A Porta D. Sancho

[entrada e saída do Castelo]

B Porta do Vento

[saída do Castelo]

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Praça dos Claras

Igreja da Misericórdia

B E


Biblioteca Municipal

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Câmara Municipal

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Torre n.Âş3

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Igreja de Salvador

Hotel dos Cavaleiros

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wc

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Museu Municipal

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Hotel de Torres Novas

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áreas temáticas Lugar do Petiz Dedicados aos mais novos, os jogos e brincadeiras de outrora trazem ao castelo a emoção dos primeiros passos do pequeno guerreiro. Um espaço de recriação onde a boa disposição e o entretenimento estão sempre presentes.

Aves De Caça As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da Nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante poderá ter contacto com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.

Postigo da Traição Uma vez mais, a derradeira passagem para o exterior das muralhas é um trilho obscuro e perigoso, onde são despejados os enfermos, desvalidos, órfãos e dementes. Um ambiente em que o medo, a violência e o contágio das piores maleitas de então eram uma constante.

A Guarda Do Alcaide Com a missão de proteger o centro do poder no concelho, a guarda do alcaide vive e treina na praça do castelo, sempre preparada para qualquer agressão do exterior e garantir a segurança dos aldeãos que se recolham à fortaleza. Quinta Das Histórias Este é um lugar de fantasia, aventuras e magia onde miúdos e graúdos podem ouvir contar as mais belas histórias sobre os animais do reino.

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Mouraria Num reino que se vinha expandindo à custa da guerra aos mouros, a presença destes era ainda habitual. Excluída da circunscrição da vila, do lado de fora da muralha, a mouraria é o testemunho sempre presente do legado islâmico entre cristãos. As suas cores, aromas e sabores, os seus pregões, fazem deste espaço um lugar exótico e sedutor, que nos traz notícias do norte de África.

Arqueiros D’el Rei Acampamento de arqueiros onde se recria a vida quotidiana destes povos, através dos ofícios militares e civis da época, tais como o fabrico de flechas, cotas de malha, forja, fundição, tecelagem, fabrico de velas e a cozinha de época. As atividades de lazer também estão presentes, desde jogos e brincadeiras a pequenas disputas e torneios de arco, passando pelos divertimentos que por vezes resultam em rixas entre homens de armas e que frequentemente os levam a desembainhar as suas espadas.


Paço dos Robertos Um espaço de lazer e interatividade onde os Robertos e Marionetas são os anfitriões. Praça de Mercadores A vila vive uma grande agitação com a chegada do novo prior, D. Jaime de Lencastre, futuro bispo de Ceuta, e os mercadores da região acorrem para fazer seu negócio. A perspetiva da presença de muitas dezenas de curiosos aguça o pregão e multiplica o número de tendas e vendas que se montam na grande praça central.

Gafaria Aqui vivem seres “perseguidos”, homens e mulheres do povo e da alta nobreza atingidos pelas epidemias, num cenário de realidade cruel e num clima de fatalidade e terror, devido às doenças fatais.

BODEGAS E TABERNAS A modéstia e a carência destes tempos obrigava a uma cozinha criativa e esforçada, adaptada aos produtos locais e ao critério férreo do não desperdício. Eis a origem das inúmeras especificidades que enriquecem e de que hoje se orgulha a culinária portuguesa. Enchem-se as casas de pasto de novos aromas e sabores e todos são convidados a sentar-se à mesa.

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mo men tos de recriação histórica Um conjunto de experiências e momentos inesquecíveis, que nos levam a reviver e a conhecer melhor a história local e nacional.

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2 Junho . Quinta . 22h

Peregrinação ao senhor dos milagres de Santarém Em 1538, Torres Novas está bem provida de albergarias. Muitos são aqueles que por aqui pernoitam, de passagem para outros lugares. Em veneração ao Senhor dos Milagres uma procissão de peregrinos encaminha-se para Santarém. Algumas mulheres cumprem promessas de gratidão a Nossa Senhora do Ó.

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3 Junho . sexta . 22h

Chegada de D. Jaime de Lencastre Jaime de Lencastre, neto bastardo de D. João II e irmão do primeiro Duque de Aveiro, chega a Torres Novas. É recebido pelos dignitários locais. Vem assinar a doação dos terrenos da Ermida dos Fiéis de Deus para construção da igreja da recém-criada confraria da Misericórdia.

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3 Junho . sexta . 22h30

Sarau Musical Para festejar as obras que se perspetivam, realiza-se um sarau, na presenรงa de D. Jaime.

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4 Junho . sábado . 18h30

Os bens das confrarias Com a presença dos irmãos das confrarias da vila (Santa Maria do Vale, Santa Maria dos Anjos, São Bento, São Pedro, de Jesus, do Salvador e de S. Brás) realiza-se uma cerimónia de arrolamento dos bens das ditas confrarias que serão, mais tarde, incorporados na nova irmandade da Misericórdia.

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4 Junho . sĂĄbado . 20h

Ceia dos confrades Os irmĂŁos das confrarias da vila oferecem a D. Jaime, aos homens-bons e ao mordomo da confraria da MisericĂłrdia uma ceia para celebrar as futuras obras.

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4 Junho . SÁBADO . 23h

Baile dos confrades As músicas e danças do povo e da fidalguia entretêm D. Jaime e alguns homens-bons e confrades que os acompanham.

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5 Junho . domingo . 18h

Regresso de D. Jaime Em 1566 D. Jaime regressa a Torres Novas, acompanhado do visitador, Elias Guterres. Visita as obras de construção do novo templo, que se encontram adiantadas.

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5 Junho . DOMINGO . 18h15

Auto de admoestações Várias pessoas são avisadas e admoestadas em auto público. O visitador, em cumprimento do seu dever pastoral, exorta os fiéis a adotar comportamentos moral e socialmente em consonância com a disciplina da fé, com a doutrina cristã e os preceitos católicos. Depois do auto, D. Jaime de Lencastre, o visitador e demais clérigos que os acompanham, abandonam a vila, em direção a Lisboa.

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5 Junho . DOMINGO . 19h30

5 Junho . DOMINGO . 22h

António Prestes e o auto da Ave Maria

Cortejo de despedida

Depois da partida de D. Jaime, António Prestes, dramaturgo, nascido em Torres Novas e que nesta data vivia em Lisboa, onde exercia a Magistratura, visita a sua terra natal e traz à cena a representação do Auto da Ave Maria, uma peça da qual é autor e ensaiador.

Os grupos de animação e atores que participaram nos diversos momentos de recriação histórica desfilam até ao terreiro onde se juntam para uma grande festa de despedida.

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fa mí lias

Trupe Manducare conta a «Breve história de Afonso III» A Trupe Manducare chegou ao Reino para contar estórias de extasiar. Música, bonecos e máscaras e outras cousas mais vão encantar os pequenos e alegrar os demais. São estórias de territórios e conquistas, de um rei, de uma princesa portuguesa e seus pretendentes. Tal donzela, fora do comum, terá que escolher um.

As aventuras dos animais da quinta Nesta quinta os animais são reis e as suas façanhas prometem fascinar os mais pequenos. As aventuras de Leonor e os seus gansos, as proezas do Rei Simão e muito mais para descobrir e imaginar neste cantinho de contadores de histórias.

Cortejo de Pormenores Alvíssaras aos Petizes ESCOLAS e INSTITUIÇÕES

Damos as «Alvíssaras aos Petizes» com o cortejo de pormenores quinhentistas e vários pequenos espetáculos e exibições que aguardam as escolas e instituições do concelho. Partirá do Largo José Lopes dos Santos e seguirá até ao castelo, onde se apresentam espetáculos de teatro, marionetas e malabares, exibições de falcoaria e esgrima medieval, as animações do Bobo da Corte e jogos tradicionais.

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Folganças de cordel. O castelo da princesa Os bonecreiros das terras de Santa Maria chegam com as suas marionetas aos lugarejos, vilas e castelos espalhando alegria, magia e diversão. Estes contam uma história de que noutros tempos morava num castelo uma princesa solitária vigiada por um terrível monstro. Um jovem irá salvá-la montado no seu burro teimoso. Para isto terão de vencer o vigilante bem como o seu terrível dono e senhor, sempre munido de uma armadura de ferro e de um veloz cavalo de batalha. No final, um desfecho inesperado fascinará infantes e infantas, provocando gargalhadas mil a damas e cavalheiros.


es pe tácu los

A queimada Uma condenada grávida está de quarentena na Gafaria. No tempo das confrarias, este bebé é um ser das trevas e mais uma boca para alimentar. Chegada a hora de dar à luz, esta condenada consegue fugir e entra no Postigo da Traição. Ao chegar junto das meretrizes acaba por dar à luz e é descoberta por um vilão que anuncia a todos os marginais que não há espaço nem alimento para mais um ser humano que é fruto do pecado. Entre gritos de revolta, de sangue e de morte, forma-se uma procissão com todo o povo. O recém-nascido é levado nos braços da Boticária, a bondosa curandeira. O cortejo sombrio invade a Gafaria, onde está a ser preparado um fogo ardente pela grande e assustadora Bruxa rodeada de fantasmas, assombrações, demónios e anjos que amaldiçoam a fogueira entre rituais e badaladas de terror. Será o frade a decidir qual o juízo final deste pequeno ser: o céu ou o inferno?

Solstício

O melhor vinho do mundo

Performance com manipulação de fogo recorrendo ao imaginário do ciclo anual das colheitas, desde a sementeira até à colheita, representando cada uma das fases através da manipulação de objetos de fogo e efeitos pirotécnicos, envolvendo o público num sonho místico de música, cor e movimento.

Dois produtores de vinho competem entre si pela venda e reconhecimento do melhor vinho, os quais, de tão bons que são, estão sempre esgotados. Tinto? Ou a novidade do mercado, o vinho branco? Qual é o melhor vinho, afinal? Os mercadores rivais irão criar conflitos entre si e cativar o público, convidando-os a tomar partido de um dos vinhos, com várias situações de interação e jogos teatrais. A decisão caberá ao público.

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momentos para

par tici par

Convidámos os visitantes a viver e a experienciar o quotidiano do século XVI. Um conjunto de oficinas, exposições, conversas, leituras encenadas e documentários para conhecer e pensar a História de Portugal.

Um dia no acampamento

Torneio dos arqueiros

Experienciar a vida quotidiana da época, cozinhar com os ingredientes e utensílios de antigamente ou conviver com a guarda do alcaide foram apenas algumas das vivências que lhe propomos nesta oficina.

Os torneios de tiro com arco recurvo eram um palco privilegiado para a competição entre exímios guerreiros. Estes torneios eram dos mais pacíficos, mas muito exigentes, requerendo prática, pontaria e muita concentração. O espírito desta oficina, promovida pela Casa Pia de Lisboa, IP-Quinta do Arrife, foi atirar a um alvo a uma distância adequada em função da idade. Os jogadores pontuaram em função da proximidade da flecha ao centro do alvo e as pontuações obtidas foram registadas num quadro de excelência dos arqueiros.

Danças de época No Baile das Confrarias apresentam-se as músicas e danças do povo e da fidalguia, mas nesta oficina os visitantes puderam aprendê-las passo a passo.

O segredo do castelo Podemos ter os maiores poderes nas nossas mãos… Mas aqueles que são os nossos maiores segredos poderão estar nas mãos de outros…! Por mais bem escondidos que estejam, eles podem sempre arranjar forma de escapar e ver a luz do dia… ou da noite! Poderá O Segredo ser mantido para sempre? Ou serão os jogadores capazes de o desvendar? Um jogo mistério em torno de sete indícios: o poder, o castelo, o jardim, o segredo, o povo, a beleza e o amor.

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A arte de caçar com aves As aves de rapina foram sempre fiéis companheiras da nobreza nas suas caçadas, sendo criadas e treinadas para o efeito. Neste espaço, o visitante poderá ter contacto com este tipo de aves, bem como aprender algumas curiosidades sobre os espécimes e ainda algumas técnicas de falcoaria.


O armeiro do alcaide e o treino de esgrima Os instrumentos de guerra foram evoluindo ao longo dos tempos. Mas qual a diferença entre uma adaga e uma espada? Quando se utilizava uma ou outra? Uma explicação das artes e instrumentos de guerra. A partir do treino básico de esgrima, recrutámos novos homens de armas, cujo domínio técnico culminou no juramento destes nobres escudeiros.

A oficina de lucette Nesta oficina teve lugar a experimentação do tratamento da lã com uso da forquilha de cordão (lucette). Através da prática desta técnica amplamente utilizada em toda a Europa durante a época quinhentista, o visitante pôde criar e fiar com a sua própria peça.

De arco e flecha Neste ofício foram demonstradas e explicadas as técnicas de produção das pontas, das varas e o entalhe do nock (ranhura onde trabalha a corda do arco), através de uma mesa pedagógica com uma breve história do arco em batalha e uma descrição das diferentes pontas utilizadas, terminando com uma demonstração de tiro.

Ao sabor da pena Neste espaço o visitante descobriu os segredos da caligrafia e da iluminura, conhecendo um pouco da história da escrita: desde os mistérios do trabalho dos copistas, às técnicas ancestrais do fabrico das tintas e da preparação do pergaminho, dos cálamos e das penas. Com pena e tinta pôde também experimentar o estilo caligráfico gótico rotundo.

Cheiros e sabores Inserido num ambiente de época e utilizando a nossa cozinha de campanha, os participantes ajudaram a preparar uma refeição seguindo receitas de época. No final fizeram a degustação e levaram consigo a receita.

Cota de malha A armadura de malha consiste num conjunto de anéis de ferro interligados, formando uma veste de malha que fornecia aos exércitos uma proteção eficaz contra golpes de armas cortantes. Este ofício demonstra o processo de fabrico da cota de malha nas diferentes peças de vestuário.

O artesão de velas Partindo da história da iluminação, o artesão demonstrou as técnicas de fabrico de velas com cera de abelha. O visitante foi convidado a experimentar a técnica da imersão do pavio e da cera vertida sobre o pavio.

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grupos de 26

ani ma ção

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Albaluna Alcaide Fernandes Anymamundy Arqueiros del Rei Art Falco Chuplas Cornalusa Dragon Fires Escape Tower Espada Lusitana Fazenda Animais Forum Gadilus Gambuzinos Goliardos Marionetas da Feira Projecto EZ Recanto Teatro em Caixa Teatro Meia Via Tentart Thorsten Umbigo Vai de Ronco


opinião «A organização estava perfeita, bastantes atividades muito educativas e uma excelente oferta de produtos. A possibilidade de poder participar em várias atividades foi excelente. Deixo o meu agradecimento a toda a organização. De ano para ano está cada vez melhor. Parabéns a todos pelo esforço e trabalho. Bem hajam.» «Sem dúvida que voltarei, uma feira incrível. Parabéns pelo excelente trabalho.» «Obrigado por nos proporcionar estes quatro dias fantásticos recordando a nossa história que é muito bonita e que continuem este excelente trabalho que têm realizado nestas 7 tradições.»

«Das melhores organizações que conheço. Deveriam continuar apenas com temáticas até ao século XV, uma vez que as associações e salas de armas têm mais espólio até ao referido século, a partir daí torna-se mais específico em termos de trajes e armamento.» «Parabéns pelo excelente trabalho de todos os que tornaram esta feira uma vez mais incrível. Obrigada.» «Continuem com estas iniciativas, pois é disto que a cidade de Torres Novas precisa.»

visitantes

«Façam favor de continuar a proporcionar-nos uns bons momentos. Obrigado.» «É uma feira que deve continuar a existir. Adoro.»

«Muitos parabéns a todos os que trabalharam no evento e Torres Novas esteve novamente em alta.»

«Sem dúvida que para o ano voltarei a esta feira brilhante que tanto adoro. Só quero dar os parabéns a todos os atores e voluntários pelo trabalho e dedicação. São fantásticos e merecem tudo, muitos parabéns a esta grande equipa! Brilhantes!» «Continuem a crescer. Fui todos os anos, e continuarei a ir e a arrastar os meus amigos comigo.» «Foi mais um sucesso. Parabéns a todos.»

«Parabéns, pelo sexto ano consecutivo. Assim se escreve a história dessa nobre cidade e dos que a fazem.» «Foi um prazer enorme fazer parte desta viagem ao passado, e trabalhar na feira como voluntária. Viva a Ralé!» «Mais um ano de magia e cor, um evento único em cada recanto. Parabéns a todos que se esforçaram para nos dar o que de melhor se encontra na história desta nossa cidade. O meu agradecimento especial aos Arqueiros d’el Rei.»

expositores «Torres Novas está a tornar-se uma das feiras mais importantes de Portugal, continuem assim. Nesta feira o conceito de feira medieval está muito bem representado.»

«Devem continuar com o rigor e o cumprimento exigido pela organização no que respeita a um evento desta natureza (adequação à época).»

«Continuem com o excelente trabalho que se tem vindo a afirmar no país, para nós uma das melhores feiras do país. Um agradecimento especial à organização do evento que é incansável para com os mercadores. Cinco estrelas.»

«Evento muito bem conseguido. Boa publicidade e projeção nos media»

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