1. As políticas nacionais de energia e a evolução do mix energético nacional; 2. A promoção de legislação, políticas e sistemas de incentivo e apoio aos atores locais; 3. A adesão dos agentes económicos e dos munícipes aos investimentos em energias renováveis, novos equipamentos e viaturas com menores emissões de CO 2 e alteração de comportamentos que conduzam a maior eficiência energética. Como pode verificar-se no quadro 1, relativo à capitação do consumo total de energia final (integra electricidade, gás natural e combustíveis), esta tem vindo a diminuir a partir de 2009, acompanhando a tendência nacional, muito motivada pela conjuntura económica e pela retracção do consumo energético. O consumo total de energia final reduziu-se em cerca de 10% nos últimos 6 anos, de 208.467 ktep em 2006 para 189.130 ktep em 2011 (dados publicados pela Direcção-Geral de Energia e Geologia). A fração do consumo de energia final representada pelos combustíveis rodoviários – gasóleo e gasolina – corresponde a cerca de
51% do consumo total, sendo a electricidade a segunda componente de maior expressão, com 33% do total; o gás natural representa 13% e o butano, propano e outros combustíveis são uma fração residual, de 3% do total. Esta distribuição permite claramente identificar o sector dos transportes como aquele em que as políticas de eficiência energética poderão ter maior impacte, seguido do sector dos edifícios, no que diz respeito à melhoria da eficiência da utilização da electricidade e, eventualmente, também à produção descentralizada de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, o que é confirmado pela figura seguinte, onde se observa a responsabilidade de cada sector de actividade no consumo de energia final. A Carta de Potencial Solar de Oeiras, representa a simulação da radiação incidente ao longo de um ano, considerando também a envolvente dos edifícios na identificação de sombreamentos que reduzam a disponibilidade solar. A Carta de Potencial Solar de Oeiras, sintetiza o enorme potencial do município, verificando-se que:
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA FINAL EM 2011 POR SECTOR (%) Fonte: www.dgeg.pt
6%
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•
•
•
13% dos edifícios de Oeiras estão optimamente orientados para o aproveitamento da energia solar, recebendo em média mais de 1600kWh/m2 por ano de radiação solar, livres de obstáculos e sombreamentos; Cerca de 2.700 edifícios têm disponíveis mais de 100m 2 de coberturas com radiação na classe dos 1600kWh/m2 por ano; 52% dos edifícios de Oeiras recebem em média entre 1400 e 1600 kWh/m2 por ano de radiação solar, livres de obstáculos e sombreamentos; Cerca de 3.500 edifícios têm disponíveis mais de 100m 2 de coberturas com radiação na classe dos 1400kWh/m2 por ano. •
CARTA DE POTENCIAL SOLAR ANUAL Fonte: Municípia, E.M.,S.A., 2012
1%
16%
Barcarena
Barcarena Carnaxide
Porto Salvo
PortoQueijas Salvo
Carnaxide
Queijas
49%
Linda-a-Velha Paço de Arcos
Caxias
Cruz Quebrada/Dafundo Caxias Paço de Arcos
Linda-a-Velha Cruz Quebrada/Dafundo
Algés
Algés
Oeiras e São Julião da Barra Oeiras e São Julião da Barra 28%
0 Transportes
Serviços
Residencial
Indústria
II. CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA E AMBIENTE
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Outros
Agricultura
1 Km
Sistema de Referência: ETRS89/PT-TM06 Projeção: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
Potencial Solar (kWh/m2) >= 2,250 [2,000 — 2,250[ [1,750 — 2,000[ [1,500 — 1,750[ 1 Km 0 [1,250 — 1,500[ Sistema de Referência: ETRS89/PT-TM06 < 1,250
Projeção: Transversa de Mercator (Hayford Gauss)
Potencial Solar (kWh >= 2,250 [2,000 — 2,250[ [1,750 — 2,000[ [1,500 — 1,750[ [1,250 — 1,500[ < 1,250
37
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