Semear, colher. Cozinhar, comer. Entre eles, há um traço de inegável união. Uma sequência simples na sua expressão mais elementar, mas que é o alicerce fundamental da expressão quotidiana da cultura. De caráter enganadoramente prosaico, o dia a dia guarda a súmula de todas as experiências com as quais se constroem vidas, umas atrás das outras, desde sempre. Entre as etapas desta construção há perdas e recuperações, renovações e momentos de criação. A sua definição no tempo e no espaço é algo de precisão discutível e interesse relativo.
Comidas entre Tempos surge como uma etapa no processo de construção de um retrato. Um retrato desenhado a partir das experiências proporcionadas por dois locais muito especiais, Idanha-a-Velha e Monsanto, Aldeias Históricas por condição. Cada visitante que vivenciou o lugar, cada produtor/criador que contribuiu para essa vivência particular encontra-se aqui num novo espaço de partilha.