Revista Mundo Equestre - maio 2012

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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.

Número 49 | Maio 2012

Nesta Edição #49

R$ 11,90

Saiba Mais

Caindo do cavalo

Priscila Azevedo

Voltando para casa

Entrevista

Francisco Musa

Determinação e talento made in Brasil Pé no estribo: nova seção com o cavaleiro Bartholomeu de Miranda, o Totty






Caro Leitor, Zelando pela qualidade e buscando as melhores informações para auxiliá-lo na nobre arte de montar, apresento a edição de maio da Mundo Equestre repleta de matérias e artigos práticos assinados por grandes nomes do segmento no Brasil.

Como novidade, apresento a seção intitulada Pé no estribo, assinada por ninguém menos que Bartholomeu Bueno de Miranda Neto, o Totty. Conhecido por sua didática e ótimos resultados, Totty é detentor do título de Campeão Brasileiro Senior TOP 2009. Na seção, o cavaleiro paulista estará compartilhando parte de suas técnicas e dicas através de uma coluna mensal exclusiva para os leitores Mundo Equestre. Na seção especial, conheça a história de superação do atleta Claudio Aleoni Arruda, cavaleiro que tem Síndrome de Down. A paixão pelos cavalos aliada a grande força de vontade fez com que Claudio contrariasse muitos diagnósticos, superando desafios em diversas áreas de sua vida. Trabalhando hoje com cavalos, elaboramos uma matéria para que todo o Brasil saiba da trajetória deste verdadeiro campeão. Na terceira parte da matéria sobre Transporte de Cavalos assinada pela médica veterinária Priscila Azevedo, fique por dentro dos cuidados que devem ser tomados na viagem de volta para casa após competições. O zelo com o cavalo quanto à hidratação e descanso é fundamental para que a saúde e desempenho de seu animal não sejam comprometidos. Como editor da revista, posso confessar que contar com esta equipe de colunistas torna meu trabalho mais fácil e principalmente mais prazeroso. Gostaria de agradecer a médica veterinária Priscila Azevedo, ao querido amigo Monzon, a colega e tutora Rute Araújo, a parceira Carola May, ao dedicado Eduardo Moreira, ao determinado Bartholomeu de Miranda e ao expert Dr. Marcos Korukian. Creio que juntos fizemos uma das melhores edições da Mundo Equestre.

Editor



Índice 10

Entrevista Francisco Musa

14

saiba mais Caindo do cavalo

18

especial Movido pela paixão

26 30

PRISCILA AZEVEDO Voltando para casa

34

mangalarga marchador III Expo Brusque

37

eduardo moreira O poder do exemplo

10

16

QUARTO DE MILHA 22º Congresso da ABQM

18

44 20 22 25 39

álbum pERFIL Monzon notícias

expediente Edição

Redação

arte e diagramação

Afonso Westphal

Afonso Westphal

Editora BemAmostra

direção EXECUTIVA E marketing

Manuela Merico

Capa

Raphael Macek Departamento comercial

Revisão

Lays Coutinho Manuela Ghizzoni

comercial@mundoequestre.com.br Equipe veterinária assessoria Jurídica

Merico Advogados

8

Pedro Vicente Michelotto Jr. Bruna Dzyekanski

MALA DIRETA PARA: Sociedade Hípica de Brasília Sociedade Hípica Paranaense Sociedade Hípica Catarinense Sociedade Hípica Porto Alegrense Sociedade Hípica Paulista (no clube) Sociedade Hípica de Ribeirão Preto Criadores Brasileiro de Hipismo

Federações: FHPR | FCH | FHBR

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Todos os direitos reservados. Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista.


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E N T R E V I S TA Texto: Mundo Equestre| Foto: Raphael Macek

Francisco Musa

Talento em ascensão Com mais de vinte anos de experiência no hipismo, a carreira de Francisco José Mesquita Musa, o Musa, pode ser definida pela determinação, dedicação e foco. 10


A prática incessante fez com que o cavaleiro conquistasse diversos concursos importantes no Brasil e também em solo europeu. Agora, Musa se prepara para um novo desafio em sua carreira: estar entre os cinco cavaleiros brasileiros rumo às Olimpíadas de Londres.

Como você iniciou no esporte?

Como é a sua rotina de treino?

Comecei a praticar hipismo na cidade de Três Corações

É bem puxada! Eu trabalho de segunda a segunda e monto

(MG), no Exército, quando tinha doze anos de idade. Meu

cavalos o dia inteiro, a verdade é essa. Meus cavalos saltam

avô era da cavalaria e meu pai sempre esteve envolvido

geralmente uma vez por semana e nos outros dias fazemos

com cavalos.

trabalhos de plano.

Dentre as vitórias que você já obteve, qual foi a

Como você avalia o crescimento da raça Brasileira

mais marcante?

de Hipismo?

Acho que foi ganhar o Ranking de Sênior Top em 2009.

Considero o Brasileiro de Hipismo uma raça muito boa.

Foi uma vitória bem especial porque disputei com cavaleiros

A criação é bastante nova quando comparada a outras raças

extremamente bem preparados durante todo o ano. Com

europeias de salto e por isso, às vezes, não temos muitos

certeza, 2009 foi um ano bom para mim, quando consegui

cavalos competindo a nível internacional. Na minha opinião,

grandes resultados.

acho que o BH só peca mesmo neste sentido – da quantidade. Por outro lado, a qualidade apresentada pelo BH é tão boa

Quem é o seu grande ídolo no hipismo? Gosto muito do jeito e estilo de montaria do cavaleiro alemão Ludger Beerbaum, acho que é unanimidade.

como qualquer stud-book europeu. Todos os principais sangues que existem hoje no mundo, existem no Brasil, o que é ótimo para o desenvolvimento do esporte em nosso país.

Todo mundo o admira. Acho impressionante a maneira como ele trabalha e salta os cavalos. É um trabalho

O que o cavalo Xindoctro Método representa para

muito regular. Para mim, Ludger é o melhor cavaleiro da

você?

atualidade.

É o melhor cavalo que eu já montei na vida. Aprendi e aprendo muito com ele. Desde que monto o Xindoctro, ele só

No segundo sementre de 2011 você viajou para

me trouxe alegrias.

treinar e competir na Europa. Como foi sua temporada?

Quais são as principais qualidades do Xindoctro?

Estive na Europa por três meses. A temporada foi

Ele é um animal muito tranquilo e fácil de montar. É um

espetacular, até melhor do que eu poderia imaginar. Consegui

cavalo muito inteligente e está sempre disposto a aprender

me classificar em vários grandes prêmios importantes e

tudo e o que aprende faz bem feito.

conquistar excelentes resultados. Para o meu cavalo foi uma vivência muito positiva também, pois ele adquiriu uma experiência significativa em

Quais pontos fortes e fracos que você definiria sobre o hipismo brasileiro?

concursos de alto nível. Praticamente, saltamos um mês

Aqui no Brasil o ponto forte do esporte é que tem

inteiro apenas em concursos indoor, provas que não são

crescido bastante, há muita gente nova praticando hipismo e

comuns em solo brasileiro.

considero isto muito bom.

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Com relação aos pontos fracos, eu acho que existem duas situações que precisam de atenção: um é o marketing,

informação e à cultura do cavalo na Europa é muito maior do que o do Brasil.

que hoje é ainda muito fraco. O acesso à televisão tem

Além disso, o número de praticantes é bem superior,

melhorado, mas o esporte infelizmente não é divulgado

assim como o número de atletas de ponta que dão

e isto impossibilita que mais pessoas tenham contato

aulas para estes cavaleiros.

com o hipismo.

Como lá tem mais gente montando, os concursos

Outro aspecto negativo é a falta de conhecimento

contam sempre com cavaleiros de alta qualidade.

técnico apresentada por alguns instrutores de base, que

Infelizmente no Brasil a quantidade é menor porque o

deviam estar mais preparados para o ensino. Este ensino

esporte ainda não é tão desenvolvido.

de base é fundamental para o sucesso ou fracasso de um cavaleiro. Existem muitas pessoas que não têm preparação

Você nota algum ponto negativo dos seus colegas cavaleiros em relação aos atletas europeus?

e estão dando aula em escolinhas. Eu, graças a Deus,

O que a gente tem de defeituoso aqui no Brasil

aprendi a montar no Exército, que é uma equitação um

é a falta de disciplina. Os cavaleiros europeus são

pouco mais antiga, mas que serve como uma excelente

muito mais disciplinados. Pelo popular “jeitinho

base para qualquer cavaleiro.

brasileiro” de fazer as coisas acabamos perdendo parte importante do foco e concentração, coisas que

Para um jovem cavaleiro que deseja se tornar

lá eles têm de sobra.

profissional, você considera necessário passar uma temporada no exterior?

12

Qual sua opinião sobre o uso da gamarra?

Fazer uma temporada no continente europeu

O cavaleiro deve usar em seu cavalo equipamentos

é bem importante, pois o atleta irá adquirir uma

que auxiliem sua montaria. Eu acho que a gamarra é

experiência única. Querendo ou não, o acesso à

uma coisa útil, desde que seja necessária. Há cavalos


Foto: Raphael Macek

Trabalho sério

Focado em seus objetivos, Musa treina todos os dias buscando aprimorar sua qualidade técnica e de seus cavalos.

que não precisam. Quanto ao uso do peitoral, por exemplo, eu não gosto porque acho que muitas vezes ele desloca o movimento da espádua do cavalo. Então uso o peitoral apenas nos cavalos que têm necessidade e a gamarra nos cavalos que levantam a cabeça. Não tenho preconceito, mas não uso nos cavalos que não necessitam. No caso do Xindoctro, que salta desde os seis anos sem gamarra, com ou sem não muda absolutamente nada. Cada cavalo é um caso e cada caso deve ser avaliado de uma maneira individual e específica.

Quais são seus próximos objetivos? Meu objetivo a curto prazo é de estar entre os cavaleiros convocados para ir à Europa, tentar a vaga para as Olimpíadas, nem que seja como reserva. Já a longo prazo, pretendo formar outros “Xindoctros” ao longo da vida. Venho com cavalos muito bons sendo preparados para conseguir esta continuidade de qualidade.

Qual mensagem você gostaria de deixar para os cavaleiros e amazonas do Brasil? Gostaria de lembrar que a disciplina e foco no treino são fundamentais para que o atleta alcance seu objetivo com mais facilidade. Temos que ser sempre disciplinados no treino e dar muita atenção ao trabalho de base. O trabalho de base é tudo, se o cavalo faz bem feito, com certeza o restante ficará mais fácil.


sai b a m ais Texto: Equipe Mundo Equestre - Dr. Marcos Korukian | Foto: HiPics - Grace Carvalho

Caindo

do cavalo Comum a grande maioria dos atletas dos esportes equestres, a queda do cavalo é uma ação quase inevitável para aqueles que praticam diariamente e buscam ultrapassar seus limites e superar desafios.

Em geral, a queda do cavalo machuca mais o ego do que o próprio corpo, porém, dicas de quais proteções devem ser usadas pelo cavaleiro, como se portar no momento de uma queda e como auxiliar outro atleta nesta situação podem contribuir significativamente para a saúde e o bem-estar do cavaleiro.

Até o chão As quedas do cavalo acontecem em sua maioria quando o animal está em movimento. Algumas técnicas de rolagem, aprendidas por alunos de Judô e outras artes marciais, podem auxiliar na dissipação da energia, contudo, muitas vezes este processo acontece em frações de segundo, não permitindo ao atleta nenhum raciocínio mais elaborado sobre como cair.

No solo Instintivamente, o atleta que cai não quer ficar deitado ao solo, no entanto, a reação de levantar logo em seguida do acidente pode ocasionar uma complicação ainda maior se houver alguma lesão óssea, por exemplo. Se você cair, o ideal é que se mantenha deitado no chão e aguarde o socorro médico. Até a chegada dos paramédicos, você mesmo pode começar seus exames. Mantenha a calma. Verifique se consegue respirar normalmente, se o seu coração está apresentando batimentos muito acelerados, se consegue sentir as extremidades do seu corpo e se é capaz de lembrar coisas simples, como o nome de sua mãe, saber o dia da semana, que competição está participando, etc.

14


Equipamentos de proteção Para que surtam efeito, as proteções utilizadas pelos

atendimento pode exercer grande diferença na evolução clínica e sequelas do paciente.

atletas devem ser do tamanho exato, segundo as me-

Quando questionado quanto a qualidade do aten-

didas de cada corpo. Muitas vezes, se observa casos de

dimento a saúde prestada em competições hípicas,

pais que compram capacetes ou coletes de tamanho

Dr. Marcos se mostra bastante desapontado pelos

maior para seus filhos, pois sabem que eles irão crescer

serviços que vem presenciando ao longo dos anos.

em breve. Porém, o fato de usar uma proteção com “fol-

“A preocupação com a saúde dos atletas deveria ser

gas excessivas” pode anular ou até mesmo servir como

a prioridade em qualquer concurso hípico. Vejo com

uma ameaça para a saúde do atleta. A proteção deve ser

frequência organizadores priorizando outros aspectos

justa ao corpo e bem presa, quase incomodando.

que compõe um concurso e contratando equipes de

Qualquer equipamento de proteção serve para transformar uma lesão mais forte em uma lesão com

socorro no mínimo ineptas para procedimentos mais complexos”, afirma Korukian.

menor gravidade. Não existem equipamentos que

Para o médico, nessas situações é essencial que a

garantam 100% de segurança, contudo, o fato de

equipe de saúde seja formada por profissionais qua-

amenizarem danos em decorrência de quedas pode

lificados na área necessitada (dermatologista, radiolo-

ser vital para a preservação das funções e órgãos do

gista, psiquiatra). “A experiência prática e a qualidade

cavaleiro em questão.

técnica do médico é fundamental para o sucesso de

Segundo o mestre e Doutor em Ortopedia e Trau-

qualquer procedimento, pois é ele quem irá atender

matologia pela Unifesp e Diretor Médico da CBH,

ou encaminhar este paciente para profissionais de ou-

Marcos Korukian, o hipismo quando comparado a

tras especialidades. Hoje presenciamos equipes de so-

outros esportes como a motovelocidade ou bicicross,

corristas tecnicamente limitadas, contando com médi-

ainda precisa evoluir muito em relação aos equipa-

cos recém-formados, carentes de experiência prática e

mentos de proteção. “As proteções hípicas pararam

técnica”, comenta.

no tempo, mais precisamente na época da caça às ra-

Ainda sobre a questão do atendimento aos atle-

posas. Infelizmente poucos produtos oferecem inova-

tas, Dr. Marcos acredita que toda a equipe envolvida

ções e considero muito necessário o desenvolvimento

em uma prova, como comissários, pistinhas e pessoal

de novos equipamentos a fim de garantir segurança

de apoio deveria prestar cursos de primeiros socorros,

para nossos competidores”, explica o especialista.

no intuito de saber como proceder para auxiliar tanto

De acordo com Korukian, outro problema im-

o cavaleiro ao solo quanto o médico socorrista. “Se

portante existente no meio hípico é a falta de bons

em determinada queda o médico presenciar uma pa-

exemplos dados por cavaleiros mais experientes.

rada cardíaca, ele irá pedir auxílio de um suporte avan-

“Poucos são os cavaleiros profissionais que utilizam

çado ou outro médico para iniciar imediatamente no

o capacete sempre que montam. Na minha opi-

paciente uma massagem cardíaca. Sabendo que este

nião, esta proteção deveria ser obrigatória para

procedimento é bastante exaustivo, se este profissio-

todo atleta que está em cima de um cavalo, seja

nal não puder contar com ajuda minimamente espe-

praticando exercícios de salto ou apenas ‘cami-

cializada ele irá enfrentar grandes dificuldades para

nhando’ um animal”.

assegurar a saúde e vida do paciente em questão”. Cuidados como o posicionamento estratégico e

Primeiros Socorros

planejamento da rota de fuga da ambulância, míni-

Quando se presta o primeiro atendimento a um

ma privacidade no atendimento de atletas e a opção

paciente, normalmente o médico pensa na preven-

pelo hospital mais próximo (ou melhor equipado da

ção de lesões e, se não for possível, se preocupa em

região) não são meros detalhes, e sim prioridades

evitar que as lesões presentes se agravem. Um bom

que devem ser respeitadas rigorosamente.

15


p é n o estri b o - T o tt y Texto: Bartholomeu Bueno de Miranda, o Totty

O cavalo temperamental “Nesta nova seção, irei partilhar um pouco de minha vivência com os cavalos e técnicas que poderão auxiliálos a compreender seu animal e otimizar a performance do conjunto”, Totty.

Gostaria de deixar claro que os temas que serão debatidos servirão para ter uma visão geral do assunto e sobretudo é é importantíssimo que cada animal e cada caso seja tratado de maneira distinta e específica. O hábito de generalizar lições e praticá-las ao pé da letra resulta, no mínimo, em um desperdício de potencial do conjunto. Neste mês, abordaremos o cavalo com perfil temperamental, conhecido popularmente como “o cavalo quente”. Antes de caracterizar o perfil de seu cavalo, você precisa se assegurar que o comportamento que o animal está apresentando não é proveniente de alguma situação de dor ou estresse, para isso consulte um veterinário de sua confiança e faça uma avaliação do seu animal.

O cavalo temperamental Os animais que apresentam este tipo de personalidade geralmente são mais ansiosos e agitados, porém costumam também ser mais cuidadosos em relação aos obstáculos e, por isso, são mais procurados para a prática do hipismo clássico. Devido ao nosso clima tropical, muitas vezes com temperaturas elevadas, o animal com este temperamento, em geral apresenta uma resposta melhor para o esporte que um cavalo com perfil mais linfático. O nosso clima faz baixar um pouco a energia dos cavalos. Sabendo disso, este cavalo é ideal mesmo com o calor intenso, pois ainda tem energia para gastar.

Local de trabalho O cavalo aprende por repetição, entretanto se você imprimir uma rotina de trabalho muito repetitiva para sua montaria, este cavalo temperamental tenderá a

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ficar mais estressado. O trabalho diário na pista exte-

O cavalo tem esta reação (passo – trote - ga-

rior, por exemplo, ou diariamente no mesmo picadeiro

lope), pois assim ele terá que fazer menos força,

coberto irá gerar uma ansiedade no animal..

mas isso também indica que você está deixando

Nestes casos, é aconselhável variar o tipo do tra-

que ele tenha o controle da situação, o que não

balho e alterar o local dos treinamentos. Existem mui-

é muito interessante, pois isso traz ansiedade ao

tas maneiras de variar o trabalho do cavalo durante

animal. Um bom começo para disciplinar seu cava-

a semana: você pode trabalhar na raia, um pouco

lo é treinar passar do alto (parado) para o galope.

no percurso, um picadeiro onde não tenha obstáculo

Um exercício que ajuda nesta situação é o tra-

(assim o cavalo saberá que neste treino não irá saltar,

balho em círculo, dividido em quatro partes. Você

evitando a ansiedade), levá-lo no andador, etc.

irá fazer suas repetições sempre no mesmo lugar. Quando for para o cavalo parar, ele deve parar

Aquecendo

no mesmo lugar sempre. Este alto (cavalo parado)

Quando for iniciar seu treinamento diário, lem-

deve ser preciso e o animal deve estar submetido

bre-se que no início das atividades não é necessária

ao cavaleiro de forma relaxada, não é o cavalo ao

tanta submissão do animal. Deixe seu cavalo mais

passo ou o cavalo recuando. Treinar o alto tam-

natural, mais relaxado, até que ele se aqueça e es-

bém é uma maneira de ajudar seu cavalo a estar

teja mais flexível.

mais submisso e confiante em sua condução.

Costumo “caminhar” meus cavalos de 15 a 20 minutos antes de trabalhar. Assim garanto que

Saindo da cocheira

estejam aquecidos e relaxados. O que se observa,

No Brasil é pouco comum tirar o cavalo da cochei-

muitas vezes, é que as pessoas montam e, de ime-

ra para andar. Normalmente o cavalo sai de sua baia

diato, passam a exigir demais de suas montarias.

apenas para trabalhar naquele determinado momen-

Portanto, no começo o trabalho deve ser mais natu-

to voltando em seguida novamente para a cocheira.

ral. Este cuidado irá aumentar o bem-estar e garan-

Este processo faz com que os cavalos mais “quentes”

tir a saúde de seu animal.

associem estresse e esforço quando é tirado de sua cocheira. O ideal seria “caminhar” este cavalo em es-

Na prática

teira ou pedir ao seu tratador que ande com ele por

Após aqueles procedimentos básicos indicados

dez minutos. Estas ações servem como terapia para

anteriormente, se pode começar a saltar o obstá-

os cavalos e podem representar muito em termos de

culo. Porém, para evitar o processo de repetição,

qualidade de vida para seu animal.

torna-se relevante alternar entre o trabalho de salto e o trabalho de plano. O mesmo acontece na situação de atingir o galope quando está parado. Antes de pedir um comando para seu cavalo, é importante definir corretamente a sua pretensão para que o cavalo entenda e respeite seus comandos. Se você está parado com o cavalo e, ao exigir o galope, ele sai trotando, tem-se que adotar alguns cuidados para não se tornar uma coisa normal e viciosa para ele. É lógico que se você tiver ao passo ou parado (alto), o cavalo vai ter que fazer mais força para começar a galopar.

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E sP E C I A L Texto: Equipe Mundo Equestre | Fotos: cedidas

Movido pela paixão Através de sua paixão por cavalos, o jovem Claudio Aleoni Arruda, que tem Síndrome de Down, foi capaz de enfrentar grandes desafios e demonstrar que superar limitações é apenas uma questão de força de vontade.

Natural de São Paulo, Claudio teve o primeiro contato com equinos na fazenda da família em Santana do Deserto, Minas Gerais. Sob os olhos atentos do pai, com apenas cinco anos aprendeu a montar na égua Borboleta. “Uma professora”, diz o jovem. Foi ela quem o ensinou a marchar, galopar e vencer os medos.“Falar dela me traz lindas lembranças, várias emoções. Pena que ela já se foi. Tenho muitas saudades”. Quando ganhou Hamamélis – da raça Mangalarga Marchador – a experiência de Claudio aumentou consideravelmente. Aos poucos, adquiriu a confiança para tocar o gado e montar outros cavalos. As atividades que realizava na fazenda foram um estímulo para se especializar na arte de montar. “Os cavalos ajudam as pessoas com deficiência a voltar a andar e falar”, conta Arruda. Com quinze anos, o jovem cavaleiro entrou na Escola de Equitação da Sociedade Hípica Paulista, onde aprendeu a saltar e fez diversos amigos. “Na Hípica, além de me encontrar com os amigos, sempre vejo mulheres muito bonitas”, enfatiza. As atividades na Escola de Equitação ajudaram Claudio a ganhar postura, equilíbrio e domínio. Apesar das dificuldades, o apoio familiar e a força de vontade fizeram com que saltar quarenta centímetros fosse apenas o começo de suas conquistas. Quando se considerou prepa-

18

Pequeno notável: Foi sobre o dorso da égua Borboleta que Claudio, com apenas cinco anos experimentou as emoções de montar em um cavalo.


rado, o cavaleiro passou para o salto de sessenta

trabalhar, namorar e passear como todo mun-

centímetros, mesmo com a resistência inicial dos

do”, afirma o ginete.

professores. “Apesar de todos me conhecerem bem, os professores tinham medo de me passar

Pelo seu espaço

para os sessenta centímetros. Mas minha mãe,

Em 2006, conseguiu uma vaga como assisten-

sempre presente, conversou com eles e disse que

te de serviços gerais numa rede de restaurantes.

eu seria capaz”.

Mas a busca por novas oportunidades não havia

Após adquirir experiência, Claudio queria ir

finalizado. Arruda resolveu ir atrás do sonho de

mais longe: participar de campeonatos. Os pri-

trabalhar com cavalos, se tornando assistente de

meiros títulos vieram em 2009, quando se tornou

instrutor no Pônei Clube do Brasil. “Eu era esta-

Vice-Campeão da Regional Metropolitana de São

giário e certo dia a diretora Françoise Denis me

Paulo e Vice-Campeão Paulista de Hipismo na

disse que um funcionário estava saindo e eu seria

série intermediária saltando 60 cm. Atualmente,

contratado a partir de agosto de 2011. O Pônei

para manter o ritmo, o cavaleiro treina três vezes

Clube não me contratou por lei de cotas e sim, pe-

por semana. “Dois dias são destinados a aulas

las minhas qualidades, meus méritos e por tudo o

de salto e um para adestramento, que ajuda na

que eu sei fazer com os cavalos, inclusive saltar”,

minha postura e a montar melhor”, explica.

se orgulha o cavaleiro.

Nos concursos, as maiores dificuldades que o

Claudio vive sem limitações. Sabe nadar, já

cavaleiro encontra são as relacionadas ao dese-

foi goleiro do Clube Banespa e até se arriscou no

nho do percurso. Para decorá-lo, além de cami-

tênis de mesa, além de ser um grande apaixona-

nhar pela pista, o atleta criou um sistema de co-

do pelo Corinthians. Aos portadores da Síndrome

res. “Cada obstáculo tem uma cor, um desenho

de Down, o cavaleiro deixa um conselho: “Sigam

e os números para seguir. Mas na hora da prova

meu exemplo. Tenham garra, muita fé e determi-

fica mais fácil seguir as cores para não errar”.

nação e acreditem sempre”.

Quando cavalga, o jovem se espelha em Doda Miranda, seu grande ídolo. “Ele é campeão de hispimo e abriu os meus olhos para o esporte. Um dia quero ser como o Doda, esse é meu sonho”.

Em família: Segundo Claudio, o apoio incondicional de seus pais foi fundamental para alcançar seus objetivos.

Desafios cotidianos A superação no hipismo foi necessária também para a vida pessoal de Claudio. Apesar de ter completado o ensino fundamental e possuir curso de informática, muitas portas foram fechadas no início da busca pela carteira assinada. Aos 21 anos, o cavaleiro conseguiu estágio nas Paraolimpíadas Desportivas para auxiliar pessoas com deficiência. Contudo, o primeiro emprego apareceu somente por meio do apoio da Associação Carpe Diem. “A associação acredita em nós e nos ajuda a arrumar emprego, afinal somos pessoas normais e temos sonhos. Queremos

19


Álbum

Foto: Marcos Teixeira

Alcides Jimenez, Pedro Leon e Guilherme Gilberto, Larissa e Marlene Quevedo Alonso

Bruna Vicense, Marina Bongiorno e Carla Álvaro e Marlise Mondini Batista

Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e Otaviano Vitória Junckes e Luis Piva Angelo

Amanda Mario Morgenstern, Santos, Gabrielle ErlenoBerger, Schenkel Juliae Tedesco Cristian e Contanza Schenkel Caffarena

Premiação de Pauline Hansen

Gi e Black Bill no Isabela e Shirley Heusi cantinho do Black Bill

Eduardo Christina,Arruda Márcio, e Clarissa André eRechden Cristina

Carlos Gamarra e Dyego Neves Paulinho e Tânia Gruel

Elizabeth, Fernanda, Sérgio e Marcelo Gabriela Pruner, Germano e Bruno Zimmermann

Equipe Fabio Momento FagundesEquestre Ferreira -eJosé os irmãos Sanches, Samys Montanaro, Gilberto e Guilherme André Calió Mourão e Silvia Milani

Francesca del Carlo, Alessandra Anna Dora Fischer Boos Astolpho e Fabiana Teixeira

Carlos Marcelo SeixasChirico e Fernanda e Bruna Ceconello Fontanella

20


Amanda Kruger e Eduardo Strutz

João, Bruno e Matheus Trawsinski

AnnaLuana Dora Martins Fischer Boos

Carlos Seixas e Fernanda Rafael Heinig e sua esposa Ceconello Hamilton Gaida e Felipe Juares

Luciana Sandini, sua mãe e Nicole Schlosser

Virgílio e Bernardo Macedo

Millena, Vinícius e Edson Leme

Elinho com Gabrielle, Cristine e Dilmo Berger

Flávio Paim e Gilmar Teixeira Lopes

Vitor Alves Teixeira e Sara Willrich

William Pacheco e Eduardo Zart Carlos Gamarra e Dyego Neves de Arruda

21


p er f il Texto: Mundo Equestre

Kitaro Baldaia Arrojado e com grande força de vontade, conheça a trajetória deste jovem que promete muitas alegrias ao hipismo brasileiro.

22

“Minha mãe conta que a primeira pa-

nhecimento como cavaleiro e ter oportunida-

lavra que saiu da minha boca foi cavalo”.

de de me apresentar em várias competições.

Com essa frase já é possível entender a pai-

Nada na vida é simples, ainda mais quando

xão de Kitaro Baldaia pelo hipismo. Natural

estamos começando. Mas com muita força

de Brasília, o interesse do jovem de 19 anos

de vontade, trabalho e dedicação consegui

surgiu ainda na infância, quando caminhava

chegar aonde estou”.

em frente a uma escola de equitação. “Aos

Ao ser questionado sobre o seu estilo de

nove anos de idade, quando ia para o colé-

montaria, Baldaia explica que se adapta fa-

gio vi uma placa da Escola de Equitação da

cilmente às situações. “Sou um cavaleiro ar-

Sociedade Hípica de Brasília e pedi à minha

rojado. Busco sempre a vitória, independen-

mãe que me matriculasse. Ela atendeu meu

temente de estar com um conjunto formado

pedido e nunca mais parei”.

com o cavalo. Consigo uma fácil adaptação,

Completando uma década no hipismo,

acredito que isso se dá por ter tido a oportuni-

Baldaia participa da categoria Young Riders

dade de montar animais de estilos diferentes.

e já acumula oito títulos principais, entre eles

Em Brasília, a escola era competitiva, então

o de Campeão Brasileiro de Júnior, conquis-

tenho muito isso dentro de mim”.

tado em 2009. “Esse campeonato realmente

Apesar da experiência, o cavaleiro consi-

foi algo inexplicável para mim, sempre que

dera que no esporte é preciso aprender dia-

lembro ou falo dele chego a me arrepiar”.

riamente. “A melhor parte desse esporte é

Para buscar cada vez mais vitórias, o jovem se

o fascinante mundo dos cavalos. Ninguém

mudou para São Paulo, onde pretende parti-

sabe tudo, há sempre o que aprender com al-

cipar do Campeonato Brasileiro de Young Ri-

guém e com os próprios animais. Com a vinda

ders. “Venho montando um cavalo chamado

a São Paulo tenho aprimorado meu trabalho

Kanonikus da coudelaria de José Reynoso,

de plano, buscado obter técnica e me aperfei-

com o qual tenho pouco tempo na sela, mas

çoar como cavaleiro”. Sobre possíveis preten-

estamos juntos todos os dias nos preparando

sões de montar fora do país, Baldaia é direto:

para competições nessa categoria e nos entro-

“Tudo tem seu tempo, temos que dar um

sando, tanto no plano quanto no salto”.

passo de cada vez. A vinda para São Paulo já

Atualmente, Baldaia monta no Centro

foi um grande passo e espero me estabelecer

Hípico de Santo Amaro (CHSA). A rotina é

aqui e quem sabe no futuro ter a oportunida-

puxada, iniciando às 7h30 com pausa ape-

de de me apresentar fora do país. É um sonho

nas para o almoço, no entanto, o cavaleiro

que todos os cavaleiros devem ter, afinal, mo-

acredita que o esforço será recompensado.

rar na Europa é um passo enorme. Mas com

“Estar em São Paulo me coloca na vitrine do

calma, paciência e muito trabalho espero um

esporte nacional, busco a cada dia um reco-

dia ter essa oportunidade”.



24


Monzon Texto: Luís Fernando Monzon

A regra é clara Conhecer a fundo o regulamento do esporte é algo que pode influenciar diretamente em seu resultado dentro das pistas. Sempre me refiro aos cavaleiros e ama-

te parar voluntariamente para indicar ao Júri

zonas do Brasil como “meus clientes”. Eles

de Campo que o obstáculo a ser saltado está

têm o direito de serem tratados de forma

incorretamente montado ou recomposto in-

educada e diferenciada. Devem ser protegi-

corretamente, ou se por força de situação im-

dos dos seus pares que descumprem a re-

prevista, fora do controle do concorrente, ele

gra, intencionalmente ou não, para que haja

está impossibilitado de prosseguir seu percur-

equidade na disputa. São eles que fazem o

so sob condições normais, o cronômetro deve

espetáculo, personalizam a competição e

ser parado imediatamente”. Atente que isto

justificam a existência do Júri de Campo.

não se aplica a um problema de arreamento,

Todo o esforço de treinar e preparar ani-

um loro que se parta ou uma rédea quebrada

mais e alunos pode se perder em um momen-

não é uma situação que se enquadra neste

to da competição em que um fato imponderá-

artigo. Se, mesmo que você não esteja ven-

vel aconteça. Isto se dá pelo desconhecimento

do o problema, o sino tocar, repetidamente

da regra, que infelizmente é bastante comum

ou não, levante o braço e pare seu percurso,

entre competidores, iniciantes ou não, e até

pois o sino interrompe sua participação e seu

entre os instrutores, que deveriam alertá-los

tempo. Após corrigido o problema ou contor-

para esses casos nada incomuns.

nado o fato, um novo toque do sino irá per-

O que fazer quando um obstáculo cai

mitir a continuação da apresentação, passe,

com o vento bem à sua frente? Ou quando

de preferência no mesmo ritmo de galope, na

um cavaleiro que já está na pista e vai saltar

posição exata em que parou, o cronômetro só

após sua apresentação está atrapalhando seu

será reiniciado no local correto.

percurso? E se um “pistinha” está passando

Se sua atitude for enfrentar o problema

o rastelo na abordagem ou na recepção de

e não parar, nada poderá mudar seu resulta-

um salto quando você enfrenta uma linha, ou

do. Faltas não são desconsideradas, não há

um obstáculo composto, um duplo ou triplo?

nenhuma forma de repetir o percurso, ou

Como agir quando um cavalo se solta e inva-

parte dele, prevista no regulamento nestes

de a pista galopando em disparada e pode,

casos. Qualquer dúvida, pergunte, se inte-

a qualquer momento, cortar o seu trajeto?

resse pelas regras.

Se achar que isto é muito improvável e não

Minha dica: Só pare se o problema for

vale a sua atenção, saiba que essas situações

muito claro, não pare por uma situação que

já aconteceram e a cada final de semana se

deixe dúvidas, como alguém do lado de fora

repetem, muitas vezes com prejuízo para os

da pista, um guarda-chuva ou um cão latin-

que não têm o conhecimento da regra.

do. Isto pode tirar a sua atenção, mas não é

O Regulamento de Salto da CBH-2011 prevê em seu artigo 233.3: “Se o concorren-

razão para interromper seu percurso. Forte abraço, boa sorte! 25


PRISCILA AZEVEDO

Voltando para casa Sua participação em concursos não deve acabar no momento em que você encerra a apresentação. O cuidado no transporte “de volta” do cavalo é essencial para que você mantenha os bons resultados do conjunto.

No dia de viajar com seu animal, é fundamental ter certeza que ele está bem condicionado.

Procure não fazer grandes esforços, tendo em vista

que o próprio deslocamento já irá ocasionar um desgaste importante. Este problema é muito comum no dia da viagem de volta de uma competição, pois geralmente o cavalo acaba de competir e embarca, às vezes, sem ao menos ter tempo de tomar água e repousar. Não importa qual seja o campeonato: deixe seu cavalo repousar após a prova.

Preparando a volta O cavalo que saltou deve ter, no mínimo, de seis à oito horas para descansar, comer e beber água. Por isso também, é preciso ter bons transportadores. Existe um exemplo clássico sobre o campeão olímpico de Atlanta, Jus de Pommes, que morreu devido a uma viagem. Ele encerrou sua participação nas Olimpíadas e logo embarcou, na mesma noite, para a Alemanha. O desgaste e estresse da viagem fez com que o campeão chegasse ao local com uma séria complicação gastrointestinal que ocasionou sua morte. A pergunta que resta após este tipo de situação é: Para que tanta pressa? Quando for a hora de viajar, tenha certeza que seu cavalo descansou, bebeu bastante água, comeu o feno e que está bem. A hidratação do animal é um aspecto muito importante e que deve ser verificado. Se você vem de uma área muito quente, se o seu cavalo precisou fazer algum esforço ou se você percebe que o seu animal está desgastado, faça uma hidratação antes de sair. No meio do caminho, durante as paradas,

26


é aconselhável oferecer o eletrolítico, mas somente

na cocheira (existem muitos cavalos, principalmente

quando o cavalo descer do caminhão, pois ele deverá

garanhões, que não urinam em qualquer lugar, então

beber água em seguida. O eletrolítico é ainda mais

deixe eles urinarem na cocheira).

importante quando o cavalo chega ao local da prova

Na primeira hora da chegada de viagem, é ideal

ou novamente em casa. Isso fará com que ele recupere

que você caminhe o cavalo. Tente fazer um passeio

o que perdeu no caminho, durante a viagem.

de 15 a 20 minutos, pois o alongamento muscular

Para aqueles cavalos que irão para um local onde existe muita diferença de temperatura, pode ser

fará com que o animal consiga relaxar após o estresse sofrido durante a viagem.

aconselhado o uso de antibióticos. Pode ser tanto para

Se você chegar muito tarde ao local, não forneça

os que vivem em um ambiente extremamente quente

ração para o cavalo, dê apenas feno. A ração deverá

e vão para uma região fria, quanto para aqueles que

ser dada somente no outro dia para que ele tenha

vivem em uma região gelada e vão para uma muito

uma boa digestão. Se o cavalo, mesmo após beber

quente. O antibiótico é indicado nessas situações

água e descansar, apresentar sinais de cansaço ou

para prevenir o “shipping fever” (febre de viagem).

depressão, verifique imediatamente a hidratação do

Contudo, você deve consultar um médico veterinário

animal.

para saber se existe necessidade e qual antibiótico é o mais indicado para cada animal.

Em alguns casos, é necessário fazer soro após uma viagem muito longa, porém é importantíssimo que

Um exemplo importante sobre este tipo de caso

você verifique se já fez todo o possível para melhorar

acontecia com frequência nos cavalos provenientes de

o quadro do animal: se o cavalo bebeu bastante

Brasília - um dos lugares de clima mais diferente do

água, se a água era de boa qualidade, se você deu

país e que possui umidade muito baixa. Antigamente,

um eletrolítico. Caso isso não seja o suficiente, aí sim

quando chegava um caminhão de Brasília, já ficávamos

é hora de aplicar o soro.

todos atentos, pois é uma das viagens mais difíceis para o animal e era quase inevitável que alguns dos cavalos apresentassem pneumonia e cólica depois do trajeto.

Na chegada Antes de retirar o material dos cavalos do caminhão, a primeira coisa a ser feita é fornecer água em abundância e fresca para os animais. Depois disso, deve-se retirar a liga das suas patas e verificar se o cavalo está bem. Em seguida, retire o restante das proteções. Deixe o animal solto na cocheira para que ele possa deitar e relaxar. Após este processo,

Atenção: Existem alguns cavalos que estranham a água de locais diferentes, por exemplo, os animais que moram longe do mar quando estão competindo em cidades praianas podem estranhar o sabor da água, que será um pouco mais salobre. Por isso, o animal irá demorar alguns dias para bebê-la. Neste caso, se deve estimular a sede do animal com o eletrolítico.

coloque o feno. Quando o cavalo estiver acomodado, aí sim é hora de descarregar o caminhão, pegar o seu material, fazer uma refeição, etc. Para aquele cavalo que chega extremamente suado, um banho é válido, mas somente depois de deixar o cavalo beber água e urinar

27


C L í nica veterinária Fonte: Rute Araújo | Foto: Ney Messi

Caballiana 2012 A 2ª edição da Caballiana, realizada nos dias 21 e 22 de abril no Quality Resort & Convention Center, em Itupeva (SP), se consolidou com o principal palco de debates da equinocultura nacional.

28

Protagonista dos debates, o cavalo foi tema de

veterinário da CBH Thomas Wolff atraiu profissionais

palestras e mesas redondas, de centenas de traba-

de várias áreas da equinocultura para debater sobre

lhos científicos, de uma feira de produtos e serviços.

dopagem e uso inadequado de medicações que amea-

Atraindo um público de 700 pessoas de várias regiões

çam o bem-estar dos cavalos e a imagem dos esportes

do País, a II Caballiana englobou cinco eventos em

equestres.

um: o VII Congresso Internacional de Medicina Veteri-

Convidado de honra da Caballiana, Flávio Obino

nária da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), o

Filho, presidente da Câmara de Equideocultura do Mi-

II Seminário Internacional Caballiana, I Workshop In-

nistério da Agricultura participou de dois momentos.

ternacional de Equoterapia, uma feira de negócios do

Discursou na abertura do evento e na mesa redonda

setor e um inédito show equestre.

das raças, onde as associações do Appaloosa, Bretão,

Entre os palestrantes, destaque para a norte-

Crioulo, Puro Sangue Lusitano e Puro Sangue Inglês

americana Hilary Clayton, expert em cavalo-atleta,

apresentaram seus projetos de fomento no exigente

e Daniele Nicolas Cittério, presidente da Associação

mercado consumidor. Flávio Obino destacou a impor-

Nacional Italiana de Reabilitação Equestre, convidada

tância do setor dentro do agronegócio nacional e a

especial do I Workshop de Equoterapia.

pouca atenção que é dada pelo governo: “Hoje, o ca-

Entre os temas do Seminário Caballiana, a pa-

valo movimenta R$ 8 bilhões ao ano, gera três milhões

lestra sobre o FEI Clean Sport ministrada pelo diretor

de empregos diretos e indiretos e merece que o gover-


no tenha um olhar mais atento ao setor. Mas nós, que estamos diretamente ligados ao mundo do cavalo também temos que aprender a vender nosso produto”, disse. Considerado o mais importante evento de medicina veterinária equina no País, o Congresso de Veterinária da Confederação Brasileira de Hipismo voltou a ser palco de debate dos avanços do setor. Com chancela da Federação Equestre Internacional (FEI), o Congresso contou com uma incansável Comissão Científica liderada por Luis Claudio Lopes Correia da Silva, da Universidade de São Paulo (USP), que comandou 14 diferentes palestras e seminários. Entre as inovações da Caballiana 2012 esteve o I Workshop Internacional de Equoterapia que promoveu palestras e debates e não se limitou a teoria, promovendo também aulas práticas. Outro momento especial do evento foi a realização do inédito Show Equestre na noite do sábado, 21, no Centro Hípico de Excelência Serra Azul, ao lado do centro de convenções, e sob coordenação de Ney Messi, da Cia. de Equitação de Trabalho. Arqueiros montados em cavalos Mangalarga e liderados por Fernando de Almeida Prado abriram a atração com um espetáculo de precisão no acerto das flechas nos alvos posicionados dentro da pista. Na sequência, uma bonita apresentação de Atrelagem com um e dois cavalos levou o público a participar do simulacro de uma prova de Derby. A plateia, estimada em 300 pessoas, também conferiu a apresentação de alunos e atletas do Instituto Passo a Passo de Equoterapia que mostraram os bons resultados deste método terapêutico na inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência física ou emocional. O Show Equestre foi encerrado com a Copa Caballiana-Ceratti de Velocidade de Equitação de Trabalho que distribuiu R$ 5.000,00 em prêmios. Em uma eletrizante disputa, um mesmo cavalo, Astro do Castanheiro, deixou dois cavaleiros empatados em primeiro lugar com o tempo de 46,04, fato inédito na modalidade. No desempate, Luis Carlos Oliveira levou a melhor ao cruzar a linha de chegada no tempo de 63,73, enquanto Rafael Grumann fez 82,52. Os atletas fazem parte do time do Haras Santo Ângelo, de Cleto Monteiro, selecionador de cavalos Lusitanos. O campeão embolsou R$ 3.500,00. A II Caballiana foi uma realização do Instituto Passo a Passo Equoterapia (IPPE), com organização da Wolff Sports & Marketing e chancela da Confederação Brasileira de Hipismo e Federação Equestre Internacional.


q u art o de m il h a Texto: Equipe Mundo Equestre e ABQM | Foto:

22º Congresso

Nacional da ABQM Entre os dias 16 e 22 de abril, foi realizada a 22ª edição do consagrado Congresso Brasileiro de Quarto de Milha, em Avaré (SP). O evento integra o Circuito Quarto de Milha 2012.

Além da programação tradicional, o grande destaque foi a realização, pela primeira vez em solo brasileiro, do Latin American Quarter Horse Championship, com a chancela da ABQM e oficializado pela AQHA. “Para a satisfação de nossa diretoria e de todos os quartistas, a realização do 1º Latin American Quarter Horse Championship foi mais um marco para a história da raça, recebendo delegações de vários países, onde foram disputadas provas de Tambor, Baliza, Ranch Sorting, Team Penning, Rédeas, Laço de Bezerro, Laço Cabeça e Pé, Apartação e Conformação”, analisou o presidente da ABQM, Paulo Farha. A prova do congresso bateu recorde em inscrições, contando com mais de 4.500 animais. O número representa um crescimento expressivo de 18% na comparação com 2011 - que totalizou 3.900 inscritos. Neste ano, o número de competidores também cresceu consideravelmente, com 1.200 atletas vindos de todas as regiões brasileiras. Um diferencial da prova foi a excelente infra-estrutura encontrada pelos participantes, que contou com a inauguração da segunda pista coberta. O apoio de profissionais qualificados também se tornou essencial para o sucesso do evento, como a presença do norte-americano Gary Poythress, um dos fundadores da United States Team Roping Championships (USTRC), responsável por auxiliar na melhoria do rendimento do tempo durante as provas de Laço.

Sucesso: Os irmãos Renan e Túlio, jovens expoentes dão show no Campeonato Latino Americano.

Durante o evento, foram apresentadas novas categorias, como a Baliza Feminino, Aberta Light, subdivisão do jovem no Ranch Sorting, Perfomance Halter, All Around, Super Horse. “A criação de novas categorias fazem mais campeões e fomentam ainda mais o esporte”, explicou Farha. Como convidados para o júri, estiveram presentes

30


os norte-americanos enviados pela AQHA: Joe Carter,

mais pontuado dentre todas as modalidades brasileiras.

Mike Jennings e Don Topliff, além do Diretor Internacional

Para a venda de cobertura, nós o levamos junto com

David Avery.

outros quatorze animais que fazem parte dessa linhagem vencedora”.

Leilões atraem o público Em seis dias de congresso, foram realizados cinco

Jovens talentos

leilões da raça, contabilizando cerca de 250 animais.

Os irmãos cavaleiros Renan (17) e Túlio Ambar

Durante o 3º Leilão ZD & EK, promovido por Paulo

Assumpção (15) conquistaram alguns dos principais

Dedemo e Eduardo Kucinski, as expectativas positivas se

prêmios do congresso, demonstrando um futuro promissor

concretizaram. No pregão que encerrou o ciclo de leilões,

no esporte equestre. No concurso AQHA, os jovens

as vendas contabilizaram R$ 3.720.200,00. O grande

obtiveram o primeiro lugar do Team Peanning (categoria

destaque foi a venda da égua baia Sandy Morena ZD, filha

aberta).

de Top Firewater e Sandy Trouble ZD (Mr Trouble FF), de

Contudo, foi no Campeonato Latino Americano

propriedade do Haras ZD, de Marília (SP). Premiado em

que os irmãos consagraram-se com diversas vitórias. Os

Três Tambores, o animal passou a pertencer ao plantel

cavaleiros alcançaram o lugar mais alto do pódio no Team

baiano da criadora Renata Lauk Souza, da cidade de

Peanning (categoria jovem), Ranch Sorting (categoria

Barreiras, por R$ 194,4 mil.

aberta e jovem), além de se classificarem para a Copa dos

No Leilão Haras Fanton, promovido por Emílio e Nilda Fanton, a receita também atingiu altos níveis. A venda de

Campeões nas categorias Laço Pé, conquista de Renan, e Laço Cabeça, obtida por Túlio.

quarenta cavalos da linhagem velocidade fez com que o

A admiração por cavalos iniciou cedo, sob a influência do

arrecadamento final atingisse R$1.300.000,00. De acordo

pai André. “Quando éramos crianças, nosso pai nos levava

com a WV Leilões, empresa responsável pelo pregão,

para passear nos pastos da fazenda. A partir dos oito anos,

foram comercializadas 39 coberturas de EF Shady Brown,

durante as férias escolares, nós começamos a acompanhar

EF First Down Shady e Pom Pom Agae.

a rotina de trabalho dele e a aumentar o contato com os

Experiente e determinada, Nilda Fanton, criadora de

animais”, comenta Túlio.

cavalos QM há mais de 30 anos, afirma que concentra

O treinamento dos irmãos acontece no haras da família,

em seu criatório animais especialmente selecionados, que

o Art Ranch, localizado em Santa Fé do Sul (SP). As atividades

apresentem características hábeis para o trabalho e sejam

acontecem três vezes por semana e se intensificam na

dóceis. “Trouxemos para o leilão o que existe de melhor

época de campeonatos, o que exige muita disciplina dos

em genética voltada para o trabalho. O Shady Brown é um

atletas. “Mesmo com nossa pouca idade, aprendemos

exemplo disso. Ele é o perfil do reprodutor que dá animais

que para vencer na vida devemos ter muita dedicação

determinados e com competitividade, ao mesmo tempo

e principalmente fé. Durante os treinos é essencial ser

em que geram segurança ao competidor. Para mim, isso é

disciplinado para que tanto cavalo como cavaleiro tenham

fundamental. Costumo dizer que ele é como um diamante,

condicionamento físico”, explica Renan.

eterno e quem possui se apaixona”, esclarece.

A participação intensa em campeonatos iniciou há dois

Ao ser questionada sobre o diferencial de seus animais,

anos. Na mesma época, os irmãos viram seus esforços serem

Nilda cita o perfil competidor de EF First Down Shady.

recompensados ao receberem a Fivela dos Campeões, em

“Com seis anos de idade, ele ganhou dois prêmios da

homenagem realizada pela Associação Americana do Cavalo

ABQM Awards. O primeiro como o animal mais pontuado

Quarto de Milha. Em 2011, os jovens cavaleiros também

de três tambores no Brasil e o segundo prêmio como o

foram premiados no 4º ABQM Awards e Hall da Fama.

Confira na próxima página as imagens capturadas durante o 22º Congresso Nacional do Quarto de Milha.

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q u art o de m il h a

Pessoas que tornam o mundo do Quarto de Milha ainda mais especial.

Taine e Aline Najar

Denise e Virgínio Brunelle

Itamara, Daniele, Célia e Joeli

Adriana, Emílio e Nilda Fantom

Valmir e Tatiane Magagnin

Campeões em família: Renan, André, Regina e Tulio Assumpção

Zé Ricardo e Hamilton Bezerra 32


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Man g alar g a m arc h ad o r Texto: Equipe Mundo Equestre | Foto: Zucco Neto

III Expo Brusque Proporcionando aos espectadores uma verdadeira imersão no universo Mangalarga Marchador, o evento conferiu ainda mais força para o desenvolvimento da raça na região sul do Brasil.

Realizado no município catarinense de Brusque, o belo evento reuniu criadores, atletas e apaixonados pela raça Mangalarga Marchador. Durante os dias 18 e 22 de abril, a III Expo Brusque Mangalarga Marchador contou com a participação de mais de dez mil pessoas. A feira proporcionou uma excelente oportunidade para quem desejava conhecer mais a fundo as peculiaridades do cavalo Mangalarga Marchador e também de adquirir equinos com condições bastante atraentes. Ao todo, foram expostos 170 animais, sendo 26 destinados à venda. Para o criador Homero Zaninotto, a Expo Brusque foi uma oportunidade de fortalecer a criação da raça no sul do Brasil. “Quem cria cavalos pode ser comparado a um artista que produz sua obra e quer mostrá-la ao mundo. Ver todas aquelas pessoas, cerca de dez mil visitantes, vibrando com nossos cavalos foi algo inesquecível para todos os criadores presentes. Definitivamente o mercado se abriu para o Mangalarcha Marchador”, comemora.

Comprovando qualidade Nos cinco dias de evento, os visitantes puderam experimentar também a montaria dos animais para comprovar as inúmeras qualidades do Mangalarga Marchador, conhecido por proporcionar uma montaria confortável, além de ser obediente e belo. Durante a feira, foram realizadas provas com o objetivo de julgar a morfologia e o andamento da raça. Os comentários técnicos durante 34


as apresentações faziam com que o público pudesse perceber e discernir os detalhes do andamento de cada animal, e em poucos minutos, os espectadores já estavam completamente imersos no mundo da raça Mangalarga Marchador, conseguindo detectar por si mesmos as características que fazem de um cavalo um campeão. Nas premiações, o criador João Carlos Hartz foi o grande vitorioso da noite conquistando a primeira posição nas categorias Melhor Criador e Melhor Expositor. O primeiro lugar da categoria Melhor Expositor – Picada ficou com Darley Dawton Colzani. Como Melhor Criador – Picada o título foi conquistado por Moacyr Marcos Blaese. Reunindo grande número de aficcionados pela raça, a exposição contou também com a participação de um público variado, formado por crianças, jovens e adultos, que usufruíram dos serviços e atividades da feira. De acordo com Homero, a admiração dos animais estava estampada nos olhos do público que acompanhava as provas e os julgamentos. “Através do evento, conseguimos aproximar o usuário do cavalo. As pessoas não se contentavam apenas em olhar os animais, queriam tocá-los e montá-los. A Expo Brusque teve como prioridade a confraternização, sem deixar de lado a competição. Certamente peões, criadores e familiares tiveram um final de semana agradável, pois a feira ofereceu diversas atividades de lazer”, explica. Uma das atrações de mais impacto durante o evento foi a apresentação da Equoterapia, promovida pela Associação de Equoterapia do Vale do Itajaí e Litoral (Adevil), demonstrando que o valor e os benefícios que os cavalos proporcionam aos humanos ultrapassam os limites das competições e do lazer. A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo em uma abordagem interdisciplinar nas áreas da educação, saúde e equitação, para pessoas com deficiência, e que consegue melhorias significativas em vários aspectos da vida do praticante.

Planos futuros No próximo ano, o objetivo é atrair ainda mais criadores e oferecer ao público um número maior de animais. “Certamente a edição 2013 da exposição será melhor, pois pretendemos trazer mais de duzentos cavalos, mas durante este ano não iremos parar com a divulgação da raça. Temos que ‘manter a marcha’ e promover eventos com a mesma qualidade e clima de cordialidade presentes na Expo Brusque entre criadores e admiradores da raça”, conclui Homero. 35


III EXPOB RUSQUE - MOMENTOS

“Barba e cabelo”, Trapiche do Porto Palmeira Alcides Jimenez, Pedro Leon e Guilherme grande Campeão e Vulcão do Porto Palmeira Alonso reservado campeão

Bruna Vicense, Marina Bongiorno e Carla Paraná comemora mais um prêmio Batista

Nilson Ricardo doCalixto, Haras Paranhos Arnaldo Viana de Tijucas e Otaviano do Sul, campeão do Angelo troféu Chevrolet

Mario Morgenstern, Erleno Schenkel e Cristian O Mangalarga Marchador Schenkel

Homero Zaninotto (diretor de eventos) e anfitrião da Expo Brusque e sua neta Leona

Lecyan Slowinski arremata a tela durante Isabela e Shirley Heusi a festa dos criadores

Homenagem do Núcleo Catarinenense ao Eduardo Arruda e Clarissa Rechden Criador João Boaventura (Rancho Pablo)

Carlos Gamarra e Dyego Mariana e João BayerNeves

Otílio Dalçoquio, Carlos A. Motta, Darlei Colzani, Gabriela Pruner, Germano e Bruno Homero Zaninotto Jr, Aderbal Grillo, João Bayer, Natalício Vanbomel e Paulo César Cordeiro

Equipe Homero Momento Zaninotto Equestre com-aJosé 1ª dama Sanches, SamysElizabeth Montanaro, e o André prefeito Calió Paulo e Silvia Eccel Milani

Claudinei Golçalves do Haras Real Anna Dora Fischer Boos a de Tijucas do Sul, confirmando supremacia nas rédeas.

Renato Bartolomei (2° melhor Carlos Seixas e Fernanda expositor do Haras Doller PR) e Ceconello João Boaventura (RanchoPablo)


E d u ard o m O R E I R A Foto: Arquivo.

O poder do exemplo O conhecimento prático e experiencial vale mais que mil palavras. Em um dos cursos que ministrei nas

tão de deixar aqui meu testemunho. Fui

minhas andanças pelo Brasil, pude teste-

convidado a participar deste curso porque

munhar como o exemplo de lidar com os

fui designado a montar a tropa de cavala-

cavalos de uma forma mais justa pode

ria de nosso estado para nos prepararmos

causar verdadeiras mudanças nas pesso-

para a Copa do Mundo de 2014. Como

as.

sempre gostei de rodeios, e já comando Era um curso para aproximadamente

algumas tropas, acharam que eu era a

vinte pessoas. Entre elas, porém, uma se

pessoa mais indicada. Porém, nunca tive

destacava. Tinha um semblante sério, era

qualquer relacionamento mais próximo

muito forte, cabelo raspado, tatuagens, e

com os cavalos. Confesso até que recen-

usava óculos escuros. Quando pedi para

temente fui chamado por amigos para

que os alunos se identificassem, ele se

sacrificar dois que estavam doentes, e o

apresentou como comandante das tropas

fiz com tiros sem sentir remorso algum.

especiais da polícia daquele estado. Esta-

Quando vi o Eduardo realizar seu primei-

va ali para conhecer a técnica de Monty

ro join-up neste curso não pude acreditar

Roberts e ver se poderia de alguma forma

no que estava vendo diante dos meus

utilizá-la no regimento da cavalaria de

olhos. Aquilo não podia ser possível, uma

sua tropa.

comunicação estabelecida com o animal

Durante as demonstrações do curso,

que pouco ou nada significava para mim.

percebi que era um dos mais atentos. Es-

Meus olhos encheram-se de lágrimas e

tava sempre disposto a fazer perguntas e

continuaram assim até o final do curso,

entender o que estava acontecendo. Ao

motivo pelo qual não tirei mais meus ócu-

final do curso, o convidei a realizar um

los. Faço aqui uma promessa. Nunca mais

Join-up com um dos cavalos. Nas consi-

tratarei os cavalos da forma como tratei

derações finais do curso, convido para

até hoje. E prometo que os milhares de

falar aqueles que gostariam de deixar seu

cavalos que passarão pelo preparo para a

testemunho sobre o que o curso signifi-

Copa do Mundo receberão o tratamento

cou para eles. O que ouvi a seguir foi algo

que aprendi neste curso.”

que me marcou profundamente. Este rapaz pediu a palavra e ainda com óculos escuros falou: “eu faço ques-

O poder do exemplo pode mudar a vida de milhares de pessoas. E consequentemente de milhões de cavalos.


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n o t í cias - salt o Fonte: Carola May com Gut Simon e MktMix / Foto: Beatriz Cunha

Oi Brasil

Horse Show Entre os dias 13 a 15 de Abril, a Sociedade Hípica Brasileira (RJ) foi palco da primeira etapa do Oi Brasil Horse Show Tour, o maior circuito hípico do país. Em sua 8ª edição, a novidade foi a entrada da categoria Children, 1.20m, na competição. Jovens com idade entre 12 e 14 anos tiveram a oportunidade de participar de um concurso que é observatório para o Oi Athina Onassis Horse Show, o maior evento hípico da América Latina. A inclusão da categoria na competição reforça o trabalho da Vibra Branding Esportivo e Aktuell, em parceria com a Confederação Brasilei-

11 1. José Roberto Reynoso e Maestro St. Lois Sanol Dog Protécnica deram show na observatória olímpica. 2. Premiação de Cesar Almeida, dada por Rodolpho Figueira de Mello, presidente da FEERJ e Hélio Pessoa.

22

ra de Hipismo, para o fomento à base do esporte, apostando e desenvolvendo novos talentos. Atualmente o Brasil é o campeão mundial da categoria, título conquistado em janeiro

Grande Prêmio: Selando a 1ª etapa do campeonato, o GP

pela amazona Sarah Vasconcellos.

Oi foi o ponto alto no domingo (15/4). Pelas cores de São Paulo,

BIG TOUR: No sábado (14), César Almeida com Hipos Clim-

César Almeida com sua Vanity Império Egípcio levantou a torcida

ber Yuri Itapuã emplacou na 1ª colocação na primeira disputa

sagrando-se campeão do 1º GP válido pelo ranking sênior da

da Big Tour do Oi Brasil Horse Show 2012, prova a 1.45m,

Confederação Brasileira de Hipismo e da 1ª de três etapas do Oi

disputada ao cronômetro. Pelas cores de São Paulo, o con-

Brasil Horse Show 2012. Na primeira volta do GP, a armação a

junto cruzou a linha de chegada sem faltas, em 70s21, marca

1.50m e rigorosamente com 1.70m de largura, veio de encontro

imbatível até o final. A 2ª colocação coube ao pernambucano

à meta da elevação do nível técnico no país. Dos 54 participan-

André Américo de Miranda, com Dyday, pista limpa, 73s56,

tes que largaram na 1ª volta, os melhores 25%, totalizando 15

seguido por Artemus de Almeida com seu Dimensional Lan-

conjuntos habilitaram-se à 2ª e decisiva rodada, dentre os quais

dritter II do Feroleto, sem faltas,75s69, ambos por São Paulo.

três com pista limpa, outros oito com um derrube e quatro com

OBSERVATÓRIA: O top paulista José Roberto Reynoso Fer-

8 pontos. Antepenúltimo a largar, Yuri Mansur com sua QH Land

nandez Filho montando St Lois Sanol Dog Protécnica con-

Lady fechou em 56s3, melhor tempo da 2ª volta, mas com um

firmou a liderança na 1ª prova da 3ª e última observatória

derrube, um resultado que lhe rendeu o 3º posto, também por

olímpica em solo brasileiro rumo a Londres 2012. Em um

São Paulo. A seguir, o jovem talento brasiliense radicado em São

percurso a 1.50m que exigia muita técnica dos cavaleiros e

Paulo, Matheus Ferreira Gomes Correa, o Xuxu, em uma belís-

dos cavalos, nenhum dos três conjuntos participantes zerou

sima estreia montando Skadron, foi o primeiro a garantir duplo

a pista. José Roberto com Maestro St Lois Sanol Dog Protec-

zero falta, em 62s09, conquistando a 2ª posição. Finalmente,

nica completou a prova com apenas uma falta logo no início

último a largar, César e Vanity Império Egípcio, deram show de

em 83s16.

categoria com a segunda pista limpa em 57s90, conquistando a

MINI GP: Ainda no sábado, o mini GP a 1.35m teve 63 ins-

vitória no GP. “É o primeiro grande prêmio do Brasil importante

critos, dos quais 16 habilitaram-se ao desempate. Levantan-

do ano, o nível técnico estava bem alto, inclusive com três exce-

do a torcida da casa, a amazona carioca que atualmente

lentes cavaleiros que disputaram a observatória olímpica. Foi um

defende São Paulo, Joana Valente levou Cavalleria Tos-

percurso muito difícil e eu precisava fazer um zero para vencer”,

cana Quastar CR à vitória sem faltas, em 36s83, sendo

comemorou César.

a grande vencedora. Por São Paulo, Marcos Ribeiro dos

Participaram da primeira etapa do Oi Brasil Horse Show

Santos com Albar Galant de la Lande chegou perto e

Tour 192 conjuntos. O evento tem organização do Grupo

com passagem limpa no percurso decisivo em 36s91 ga-

Aktuell, através da Vibra Branding Esportivo, que coorde-

rantiu o 2º posto. Pelo Rio de Janeiro, Ricardo Ullmann

na a concepção e realização de toda a parte esportiva, e da

Lima com Calica arrematou a 3ª colocação, pista limpa,

Aktuell, que está à frente da estratégia, posicionamento, ati-

37s39.

vação de marcas, identidade visual e produção. 39


n o t í cias - salt o Fonte: MCOMM | Fotos: Afonso Westphal.

CSN Cidade

de Curitiba Entre 25 e 29/4, a Sociedade Hípica Paranaense foi sede do Concurso de Saltos Nacional Cidade de Curitiba. O evento reuniu a elite do hipismo e contou com premiação total de R$ 60 mil.

1

Na quinta-feira (26), o concurso revelou os vencedores da terceira de seis seletivas para a formação do time brasileiro no Campeonato Mundial de Cavalos Novos 2012, em setembro, no stud Zangersheide, em Lanaken, na Bélgica.

CAVALOS NOVOS 4 ANOS: André Guerios com Beleza Clasi, representante da SHPr foi o grande campeão. O segundo posto coube a Henri Dutra Cerqueira e Espectro II.

CAVALOS NOVOS 5 ANOS: Rafael Berger Prochet, obteve

2

zero faltas sobre a montaria do imponente Larcos do Refúgio, conquistando a primeira colocação. Em segundo ficou o experiente atleta Sérgio Henriques Never Marins, montando Solar do Engenho Aslan, também com zero pontos. Com o cavalo CS Xauã, João Vitor Marcon conquistou o terceiro lugar.

CAVALOS NOVOS 6 ANOS: José Roberto Reynoso Fernandez Filho, montando Corindhus Jmen Sanol Dog Protecnica, conquistou o lugar mais alto do pódio, em 31s50. A segunda e terceira posições foram conquistadas pelo atleta Bartholomeu Bueno de Miranda Neto, sobre a montaria de Gelinotte e Gipsy, respectivamente.

CAVALOS NOVOS 7/8 ANOS: Flávio de Castro Martinez Filho, sobre a montaria de Amareto Cooper, em sua última passada fez zero pontos com tempo impressionante de 37s97 e conquistou a primeira colocação. A segunda posição ficou com o conjunto Leonardo Silveira de Faria e Nôa-Nôa da Lagoa. O

3 1. Salto de Cesar Almeida com Vanity Império Egípcio, que competindo com outros 52 conjuntos, venceu o GP Cidade de Curitiba com um percurso perfeito. 2. Mesmo sob forte chuva, José Roberto Reynoso conseguiu garantir o melhor resultado da categoria CN 6 anos realizada na quinta-feira (26/04). 3. Premiação de Ivanildo Nascimento, o Vavá, vencedor do Mini GP, dada por Arnaldo Viana e Airton Oppitz.

terceiro lugar ficou com o cavaleiro Oeliton Machado Feliciano, montando Haras Fischer Ahorn.

Foram 53 os conjuntos que largaram no GP. Disputado em

juntos participaram na prova a 1,35m. Ao todo 14 habilitaram-

duas voltas, os melhores 25% totalizando 14 concorrentes - 7

se ao desempate, elaborado por Carlos Alberto Raposo Lopes.

sem faltas e outros 7 com um derrube – habilitaram-se à roda-

Primeiro a largar, o brasiliense que defende Minas Gerais, Ivanil-

da decisiva.Quatro voltaram a garantir pista limpa no percurso

do Paulino do Nascimento, mais conhecido por Vavá, montando

idealizado por Carlos Alberto Raposo Lopes. Cesinha e Vanity

Quorum 3 K não deu chances aos adversários completando o

Império Egípcio asseguraram o título com a imbatível marca de

percurso com pista limpa em 32s56, uma marca que permane-

49s70. O vice-campeonato foi para Rodrigo Marinho, que re-

ceu imbatível até o final. Por São Paulo, o sempre competitivo

cém retornou da Europa, com Cleofas van Westurr em 51s90.

José Luiz de Carvalho com VDL Wummel sagrou-se vice-cam-

Em terceiro lugar chegou o top paulista José Roberto Reynoso

peão, pista limpa, em 33s28. Em 3º lugar chegou André Cou-

Fernanez Filho com Tenesse Sanol Dog Protécnica em 55s62.

tinho Mendonça Nagat com Camila Amandari, sem faltas, em

40

ouro o campeonato no domingo, 29 de abril.

Mini Grande Prêmio Gerdau: No sábado (28), 84 con-

O CSN de Curitiba contou com o apoio e patrocínio das

33s58, pelas cores do Paraná.

empresas Helisul Táxi Aéreo, Omar Camargo Corretora de

Grande Prêmio Helisul Táxi Aéreo: A prova mais

Câmbio e Valores Ltda, Gerdau Aços Longos e Rede de Ho-

esperada do campeonato, a 1,45m, encerrou com chave de

téis Deville.


Fonte: Hidez | Foto: Aude Reubrecht, Tinney Eventing.

Veterinários à prova

Traje de

Compressão Testado pelo medalhista olímpico Stuart Tunney durante os Jogos Equestres de Kentucky em 2010, saiba mais sobre este traje no mínimo inusitado.

> A partir de junho de 2012, os veterinários oficiais dos eventos da FEI possuirão cartões de identidade e terão que passar por uma prova online que trará questões relacionadas ao regulamento da organização sobre medicamentos para equinos. O exame irá auxiliar os profissionais a entenderem e interpretarem a regulação atual

Neste ano, o hipismo contará com uma grande novidade durante as Olimpíadas em Londres: trajes de compressão para cavalos. Criadas pela

que trata de temas como o antidoping, entre outros.

empresa australiana Hidez, as roupas utilizam sistema de compressão graduada, o que auxilia no fornecimento de oxigênio aos músculos do equino. Os trajes são fabricados com um tecido especial, facilitando a transpiração do animal durante todo o período das atividades. No início, os amantes do esporte podem sentir certa aversão ao traje,

Cavalo em 3D > Pela primeira vez na história,

uma

corrida

de

cavalos

especialmente pelo design lembrar um maiô. Contudo, os benefícios da

foi filmada com a tecnologia 3D. Em formato

inovação vão além de uma simples segunda pele. “Os trajes Hidez são pla-

de documentário, o filme conta com vinte e

nejados para reduzir a vibração dos músculos durante a prova e aumentar

quatro minutos de grandes emoções, filmados

o fluxo sanguíneo, o que reduz a dor e amplia a recuperação do animal”,

em outubro de 2011 durante o QIPCO British

afirma o inventor e Diretor da Hidez, Matthew Spice.

Champions Day.

A tecnologia de compressão é utilizada atualmente por atletas, como o medalhista olímpico Stuart Tunney. Ao notar os benefícios da tecnologia, o atleta decidiu testá-la em seu cavalo Vettori. “Eu usei o Hidez pela

ExpoLondrina

primeira vez nos Jogos Equestres de Kentucky em 2010. Pessoalmente,

> Mais de 120 conjuntos do Paraná

considero que o traje é muito útil como uma ferramenta de recuperação e

participaram do CSE*** Copa de Hipismo

continuarei utilizando em meus cavalos”, explica.

ExpoLondrina 2012, durante os dias 14 e 15 de abril. O evento foi também uma

Disponibilidade - Atualmente, os tra-

fase classificatória ao ranking da Federação

jes Hidez estão disponíveis apenas na

Paranaense de Hipismo. Estiveram presentes

Austrália e Nova Zelândia. Após as Olim-

cavaleiros e amazonas a partir dos seis anos

píadas, que acontecem no final de julho,

de idade. Na categoria 1,30m, o grande

serão distribuídos na Europa, Oriente Mé-

vitorioso

dio e Ásia. Ainda não há previsão para

montaria de Mariosso. A segunda e terceira

a América Latina, mas segundo o diretor

posições foram conquistadas por Celso

da Hidez, Matthew Spice a empresa está

Dantas Neto, com os cavalos Carpegio Jmen

aberta a possíveis interessados do ramo,

e Libra TW.

foi

Gianni

Gabrielli,

sobre

a

preferencialmente empresas com bom sistema de logística e que possuam marca consolidada no mercado.

Intolerância ao Glúten > Pesquisadores holandeses identificaram a sensibilidade ao glúten como uma das

1. Coloridos e inovadores, os trajes de compressão são fabricados com tecnologia que auxilia o cavalo a se recuperar após exercícios.

principais causas para a doença inflamatória que afeta o intestino delgado dos cavalos. A

doença

crônica

tem

se

proliferado

principalmente nos animais de esporte. Entre os sintomas estão cólicas, perda

2. Os trajes diferenciados da companhia australiana Hidez serão lançados na Europa ainda este ano.

de peso, baixa performance e anemia. As descobertas foram publicadas no jornal “Veterinary Quarterly”.

41


n o t í cias - salt o Fonte: Lucíola Barbosa - FPH / Foto: Tupa Vídeo.

Paulista de

Amazonas A edição 2012 do charmoso Campeonato Paulista de Amazonas contou com 158 concorrentes e movimentou a Sociedade Hípica de Ribeirão Preto. Realizado entre 20 e 22 de abril, estavam em jogo os títulos estaduais femininos em quatro categorias: Amazonas Top, Amazonas, Amazonas A e Amazonas B. Paralelamente a nova geração feminina do hipismo disputou as provas da Equitação Fundamental / Salto para Iniciantes. No páreo por equipes, apenas as categorias Amazonas A e B foram disputadas.

1 1. No pódio, a alegria das vencedoras da categoria Amazonas Top. 2. Leticcia Gabriela Damha, Gabriella Dario Silvestre e Maria Eugenia Elias Garcia comemoram a conquista de suas medalhas.

2

AMAZONAS TOP (1,30m): Após a 2ª parcial, havia duas amazonas sem faltas na liderança da competição. Outras duas

42

vinham logo atrás com apenas 4 pontos perdidos e uma terceira

AMAZONAS B (1,00m): Estreando este ano na categoria,

com 5 pp. Gabriela Placco Dal’ava com Kaleidoscope e Stepha-

Leticcia Gabriela Damha não poderia estar melhor. Assim como

nie Behar Pires e PP Romi mais uma vez realizaram percursos im-

tantas outras atletas participantes do campeonato ela iniciou na

pecáveis, levando a decisão do campeonato para o desempate.

Equitação Fundamental, uma porta de entrada para os que es-

Gabriela entrou em pista primeiro e arriscou tudo, terminando

tão começando no esporte. A atleta de Campinas foi a grande

com 20 pontos, mas conquistando o vice-campeonato. Ste-

campeã da categoria mais concorrida - 58 conjuntos - depois de

phanie fez valer toda sua experiência e conduziu sua montaria

disputar um desempate ao tempo ideal contra outras 7 partici-

calmamente, finalizando sem faltas com 7 pp por excesso de

pantes que vinham com zero no campeonato. Leticcia compu-

tempo, garantindo o tetracampeonato.

tou 0s96 de aproximação montando QH Mega Mamute Jump

AMAZONAS (1,20m): Representando valorosamente a equi-

du Hasard Hipos.Gabriella Dario Silvestre, que também veio da

pe da casa, Raquel Azevedo Grapiuna Lima e Clara ficaram com

Equitação Fundamental, fez 1s92 do tempo ideal com Eternity

a medalha de ouro, após o desempate com Ana Carolina Correia

Way e foi a vice-campeã. As outras quatro amazonas que com-

Ferreira e Ideal Domar. Raquel entrou com ritmo forte e come-

pletaram o pódio perderam um ponto por excesso de tempo no

teu um derrube em 33s19. Ana Carolina veio mais devagar, mas

desempate.

acabou também cometendo uma falta. Ficou com a prata com

POR EQUIPES : Na categoria Amazonas A, vitória para a equipe

o tempo de 35s74. Houve ainda um desempate para a medalha

da Hípica de Ribeirão Preto: Rafaela Junqueira Perrone, Cristia-

de bronze entre duas concorrentes com 4pp. Carmen Negrão

ne Elias Garcia, Manuela Vieira e Fernanda Costa Neves, com

Nascimento com Vitória Vale Verde foi extremamente arrojada

apenas 5 pp. A prata ficou para as representantes da SHP, Maria

e completou a pista em 24s15, ficando com a 3ª colocação no

Clara Pessina, Amanda Prado Bontempo, Katia Lara Loeb e Isa-

campeonato. Giovanna Amorim e sua Linda terminaram em 4º

bel Nadalini Gonçalves, 19 pp. O bronze foi para a equipe da Hí-

lugar, com 28s90 no desempate.

pica Morumbi com 64 pp, integrada por Thais Helena Graziolli,

AMAZONAS A (1,10m): Definitivamente a vitória não veio

Vivian de Assis Costa, Vitória Bender de Napoli e Heloisa Ferreira

fácil para Patrícia Janson Franciscato. Após uma queda de Hadija

do Valle. Na Amazonas B, a equipe do Clube de Campo de São

Tok no primeiro dia, a amazona de Bauru competiu com suas três

Paulo integrada por Estela Camargo, Luana Willems, Carolina

montarias lesionada e com dores na perna durante todo o final

Chade e Suzy Chade terminou com apenas 4 pp e foi a campeã.

de semana. Demonstrando extrema determinação, Patrícia termi-

Terminando com 8 pontos, a Hípica de Campinas representa-

nou o campeonato empatada com Nicolle Pantoja Margeotto e PP

da por Giulia Martins, Leticcia Giovana Damha, Sarah Barbeito

Catita, ambas com 4pp. No desempate do título, Nicolle arriscou

Guerra e Luisa Gabriela Damha ficou com a 2ª posição. Na 3ª

tudo e cometeu um derrube com a ótima marca de 40s63, fican-

colocação também com 8 pp, o time da Hípica de Araraquara

do com o vice-campeonato. Montando SL Supremo, Patrícia foi

contava com: Isadora Faria Hage, Rebeca Felipe de Souza e Ca-

mais cautelosa e zerou o percurso em 43s61, garantindo o ouro.

mila Maria Brizolari.


43


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em compras, de algumas das principais cidades do circuito nacional. instr u t o res

Destaque do mês Ciro Abel

Nome: Fabio Sarti Sobre o cavaleiro: A admiração pelos cavalos surgiu na vida de Sarti ainda durante a infância, ao entrar para uma escola de hipismo na capital mineira Belo Horizonte. Ao ser questionado sobre o que

Telefone: (51) 9641 7755 Centro Hípico Porto Palmeira portopalmeira@uol.com.br Rio Grande do Sul

mais gosta no esporte, o atleta enfatiza: “os cavalos, a adrenalina e a vitória”. Morando atualmente em São Paulo, Sarti zela muito pela qualidade de suas montarias. Determinado e exigente, o profissional iniciou 2012 com uma tropa nova e bastante diferenciada. “São animais de excelentes linhagens e que vêm me impressionando a cada dia”, esclarece o cavaleiro.

Maurício de Oliveira Franco

Nextel: 92*176181 Sociedade Hípica Paranaense maudeoliveirafranco@hotmail.com Paraná

telefone: (11) 8133 0190 | site: www.fabiosarti.com.br Guilherme Aguiar

Cristovão Delagerise

Telefone: (11) 8182 3344 Clube Hípico de Santo Amaro vitorteixeira@uol.com.br São Paulo

Telefone: (11) 7739 0108 Haras Buona Fortuna - Cotia gui@colband.com.br São Paulo

Telefone: (54) 8146 7833 Centro Hípico e Haras MD ctdellagerisi@hotmail.com Rio Grande do Sul

Fernando Costa

Mariana Cassettari

Denis Gouvea

(11) 7892.9887 | 7892.9885 Hípica Morumbi - wfhorse.com.br fernandojacosta@hotmail.com São Paulo

(48) 7812 0726 CEHIP www.cehip.com.br Santa Catarina

(51) 8126 2814 / 134*2902 Centro Hípico Lacan www.chlacan.com.br Rio Grande do Sul

Alexandre Gadelha

Rafael Lindner Dias

(47) 9977 3393 / 87*25578 Assessoria - Baln. Camboriú lindnerdias@yahoo.com.br Santa Catarina

Eroni Pacheco

Telefone: (11) 7310 0766 Clube Hípico Santo Amaro alex_gadelha@hotmail.com São Paulo Bartholomeu Bueno de Miranda

Vailton Jaci Cordeiro (Baíca)

(11) 8181.5030 | 55*7*33886 Sociedade Hípica Paulista tottyreplay@hotmail.com São Paulo

(41) 9987 4578 / 92*5248 Sociedade Hípica Paranaense baicahipismo@terra.com.br Paraná

Leandro Cardoso

Anderson Tonon

(48) 7812 0504 / 7812 0589 Movimento Equestre ljccardoso@yahoo.com.br Santa Catarina

(41) 7811.4246 - 92*3138 .78114720 Sociedade Hípica Paranaense www.andersontonon.com.br Paraná

Marcelo Blessman

Eduardo Marchezzi

Telefone: (11) 8334 3434 Assessoria B.H. - Juíz Nacional B.H. mblessmann@hotmail.com São Paulo

Telefone: (41) 9622 3687 Sociedade Hípica Paranaense Paraná

Vitor Alves Teixeira

Telefone: (54) 9992 2722 Centro Hípico e Haras MD eronipacheco@yahoo.com.br Rio Grande do Sul Alberi Luiz Rodrigues

(51) 9806 0118 / 8450 0072 alberi2020@hotmail.com www.hipicast.com.br Rio Grande do Sul

Cesar Almeida

(11) 9949 1344 / 5*4932 Manegé Pinus Park - Cotia cesaralmeidabr@gmail.com São Paulo


S elarias Galope Sport

Selaria Santa Rosa

Salto e Sela

Telefone: (41) 3266 7831 Vitor Ferreira do Amaral -Jockey Club www.selariasantarosa.com.br Paraná

Telefone: (11) 5533 2990 Av. Santo Amaro 1775 www.saltoesela.com.br São Paulo

(19) 7828-9844 / (19)7828-0075 galopesport@yahoo.com.br www.galopesport.com.br São Paulo

Horse Shop

Maison du Cavalier

Telefone: (11) 8380 0853 Alameda das meninas,265-Cotia www.horseshop.com.br São Paulo

(11) 5505 0900 | (21) 2535-8946 Soc.Hipica Paulista e Brasileira www.maisonducavalier.com.br São Paulo / Rio de Janeiro

Ecuyer

(51) 3311 1256 / 9333 1556 Av. Juca Batista 4931 mariahipica@hotmail.com Rio Grande do Sul Selaria Santa Rosa

Selaria Querência Rio

Equiloja Spur

Telefone: (21) 2548-7090 R. Figueiredo de Magalhães, 615.Lj F www.querenciario.com Rio de Janeiro

(11) 3845 0365 / 3845 7611 Rua do Consórcio, 125 www.spur.com.br São Paulo

Telefone: (51) 3241 8455 R. Cel.Claudino 10 CS12-Jockey Club www. selariasantarosars.com.br Rio Grande do Sul

Selaria HDB

Best Choice

(41) 3332 6500 / 9101 0387 Sociedade Hípica Paranaense www.hdbextreme.com Paraná

Selaria Villaça

(11) 5524 3681 / 7718 5017 b.choice@hotmail.com www.bestchoice.com.br São Paulo

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Cavallus

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Telefone: (41) 9234 9218 Jockey Club do Paraná michelottojunior@yahoo.com.br Clínica, cirurgia e acupuntura Paraná

CARE Centro Avançado de Reabilitação

(41) 3076 3218 / 96*1813 Jockey Club do Paraná j.garotti@uol.com.br Radiografia digital / Clínica e cirurgia Paraná

Christiano Rinaldi

(41) 8403.6738 | 7820 2467 Nextel:114*32403 crinaldi@uol.com.br Odontologia Equina Paraná

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Telefone: (41) 9974 2888 Sociedade Hípica Paranaense valdiroberto@globo.com Clínica e cirurgia equina Paraná

Telefone: (61) 3445 2008 Setor Hípico Sul. dentro da SHBR www.cavallus.com.br Brasília

Msc. Luis Fagner Machado

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Telefone: (61) 9271 4945 INCRA 9 – chácara 3 / 465 rafa.d.j@hotmail.com Brasília

Telefone: (48) 7812 0726 R. Anardina Silveira Santos 441 www.cehip.com.br Santa Catarina

Rancho Império

Centro Equestre Leme

Movimento Equestre

Telefone: (19) 9771 3949 R. Norte 118 - Indaiatuba ranchoim@terra.com.br São Paulo

(47) 3435 2937 www.celeme.com.br hipismo.leme@terra.com.br Santa Catarina

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Telefone: (41) 9987 5588 Estrada da Fazendinha, km 6 - Araucárias manegedasaraucarias.com.br Paraná

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Telefone: (51) 9965 8889 Beco do Schneider - Porto Alegre milucan_n@hotmail.com Rio Grande do Sul

Sociedade Hipíca Paranaense

Telefone: (41) 3266 6644 Br 116 / km 93 www.hipicaparanaense.com.br Paraná

f edera ç õ es Federação Hípica de Brasília

Presidente: Luiz Filipe R. Coelho Telefone: (61) 3245 5870 SHIP - Sul, lote número 8 www.fhbr.com.br Brasília

F. Gaúcha de Esportes Equestres

Presidente: João Mazzaferro Telefone: (51) 3264 1297 Av. Juca Batista 4931 www.fgee.com.br Rio Grande do Sul

Federação Paranaense de Hipismo

Presidente: Rodrigo Otávio Kost Telefone: (41) 3363 3406 R. Itupava 1299 sala 111 www.fprh.com.br Paraná F. Catarinense de Hipismo

Presidente: Artisio Prandini Neto Telefone: (47) 3350 6881 Av. Antonio Heil km 29,5 nº33 s.4 www.fch.com.br Santa Catarina

p r o d u t o s e servi ç o s Beto Transporte

(41) 9661.1622 | 3642.1129 Transporte de cavalos betoinckot@ig.com.br Paraná

Lab. de Análises Cliínicas Tarumã

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(61) 3321 8535 / 3034 8535 Brasília SCES e Terraço Shopping www.roadhousegrill.com.br Brasília

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