Revista do AviSite - Edição 134

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Ariovaldo Zani: corrida aos grãos envolve não só a nutrição animal e o consumo humano, mas também o etanol e o biodiesel

Ariovaldo Zani, Presidente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e Diretor-Executivo do Sindirações.

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eferindo-se, especificamente, às influências do setor em que atua sobre o frango, Ariovaldo Zani, Presidente do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e Diretor-Executivo do Sindirações, ressalta que “recrudesce o rali pelos grãos (milho e soja para ração animal e alimentação humana, etanol e biodiesel), e tal cenário determina grande oportunidade para que os empreendedores da agricultura e da pecuária e os agentes públicos da CONAB e do Ministério da Agricultura se esforcem em dialogar cada vez mais”. “O intuito – prossegue – “é focar com racionalidade nas hipotéticas ações de curto prazo (redução do PIS/COFINS e autorização da CTNBio para importação temporária de milho OGM exclusivamente aos animais, além da manutenção da isen-

ção da TEC para compras fora do Mercosul) e destravar, de vez, aquelas de médio/longo prazo (infraestrutura logística/capacidade de armazenamento, modal de transporte) com objetivo de assegurar a disponibilidade, manter a competitividade exportadora, e sobretudo, atribuir preço justo a esses insumos estratégicos. As partes entendem que é necessário implementar mecanismos que estimulem o aumento do plantio de milho, sorgo, milheto, etc. e concordam que as alternativas (contratos antecipados versus ‘da mão para a boca’) que disciplinam a aquisição, podem e devem ser aprimorados, muito embora reconheçam a carência de dados fidedignos de previsibilidade para planejamento e tomada de decisão.” Atento a esse quadro, a outros “novos paradigmas que reformula-

ram o cotidiano” e à oportunidade para a reconstrução, Zani recomenda que as empresas “ousem ultrapassar a tradicional fronteira da lucratividade e avancem progressivamente em propósitos voltados a um planeta mais sustentável e a uma sociedade menos desigual, com o objetivo de estabelecer vantagem competitiva frente aos concorrentes e ampliar a confiança, sobretudo dos consumidores mais jovens. Além de zelar pelo elemento humano (colaboradores, equipes e comunidade) as empresas podem combater o negacionismo científico e a desinformação, aproveitando o cenário de profundo ceticismo e desilusão. Finalmente, é recomendável que as empresas comuniquem com clareza a conveniência dos seus produtos àqueles consumidores que gastam cada vez mais tempo consigo mesmos”. A Revista do AviSite

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