VetNews PEC 106

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PECUÁRIA

ANO XVIII, Nº 106 ABR-MAI-JUN/2012

um novo horizonte para a pecuária de corte MAPA concede licença para a comercialização do produto ZILMAX®

Sustentabilidade e produtividade na pecuária Inovações trazem benefícios ao produtor, ao animal e ao meio ambiente



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Sumário

Editorial

As atrações desta edição

Da nossa Redação

Caro (a) Leitor (a) da VetNews,

CAPA Novos indicadores foram incorporados aos critérios de eficiência na pecuária, associados principalmente a questões socioambientais e de bem-estar animal.

Com o desafio a ser enfrentado pelo agronegócio de produzir o dobro de alimentos em 50 anos – de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) – e sem espaço suficiente para expandir a produção, a saída é a utilização de tecnologias que aumentem a produtividade e reduzam o impacto ambiental.

10 E mais, nesta edição: 4 CONEXÕES E GIROS As novidades do setor de pecuária.

8 Fique ligado Conheça os eventos do setor de produção animal.

9 ZILMAX®

Melhores Práticas Vacina é um meio eficaz de prevenção da diarreia em bovinos jovens.

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MAPA concede licença para comercialização do produto no Brasil.

14 Perfil Grupo Edson Queiroz.

16 Reprodução Trabalho com Crestar® em primíparas.

18 Universidade Corporativa As novas tecnologias no agronegócio: mídias sociais.

expediente

Ano XVIII, Nº 106, Abr-Mai-Jun/2012 VetNews PEC é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita. DIREÇÃO: Vilson Simon. COORDENAÇÃO: Vagner Santos. CONSELHO EDITORIAL: Alexandre Alves, Emerson Botelho, Evandro Stecca, Rodrigo Goulart, Sebastião Faria, Tiago Arantes e Tiago Lopes. REDAÇÃO: TEIA Editorial. Jornalista Responsável: Kelli Costalonga (Mtb 28.783). Edição: Danielly Herobetta. Redação: Érica Nacarato, Emily Mendes e Stefanie Leipert. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. Revisão: Liliane Bello. www.msd-saude-animal.com.br | twitter: @msdsaudeanimal | facebook: msd Saúde Animal

Por isso a aprovação de registro do ZILMAX® pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) representa um novo horizonte para a pecuária de corte. O produto significa um salto na produtividade que atende demandas internas e externas de proteína de origem animal de qualidade, com menor custo e de modo sustentável. Falando sobre investimento na saúde animal e ferramentas que propiciam menos perdas para o produtor, a revista traz uma matéria sobre vacinação de primíparas para a prevenção da diarreia neonatal. A vacinação da vaca prenha deve fazer parte da rotina e dos gastos fixos da propriedade, evitando que o recém-nascido venha a óbito ou que apresente sintomas como desidratação, perda de peso e atraso no crescimento. Além desses assuntos extremamente relevantes, você conhecerá alguns dos diversos trabalhos científicos sobre a utilização do Crestar® – método de regularização do ciclo estral nos bovinos – e também lerá sobre a Fazenda Teotônio, uma das dez maiores produtoras de leite do Brasil, referência nacional na seleção da raça Guzerá leiteira, localizada em Madalena/CE.

Uma excelente leitura!

Tiago Lopes Gerente de Produto Linha Leite da MSD Saúde Animal


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Conexões e Giros Novidades e principais assuntos do setor

Gama Horse melhora rendimento de cavalos atletas Assim como um atleta de alto desempenho, cavalos destinados às práticas esportivas necessitam de rendimento elevado nos treinos e condicionamento físico para que suportem exercícios prolongados e fiquem isentos de lesões que possam culminar em sua aposentadoria. Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) mostra que animais suplementados com Gama Horse, produto distribuído pela MSD Saúde Animal à base de Gama-Orizanol, tiveram resultados positivos na utilização da gordura como fonte de energia. O Médico Veterinário responsável pelo estudo, Tiago Marcelo Oliveira, trabalhou com dois grupos de seis cavalos árabes cada, sendo que um dos grupos foi suplementado com óleo de soja e o outro foi tratado com o Gama Horse (óleo de arroz). As análises duraram 45 dias e os animais foram submetidos a testes de esforço em esteira para avaliar a melhoria em seu rendimento e em seu metabolismo, antes e após a suplementação. O resultado dosou vários componentes, como lipídeos e enzimas musculares, assim como os índices de desempenho. A suplementação com o Gama Horse pôde contribuir para a melhoria do desempenho dos animais, que, além de demonstrarem menores níveis de lesão muscular, tiveram alterações benéficas no metabolismo lipídico e na disponibilidade de energia. “Comparando com o grupo que não foi suplementado com Gama Horse, os cavalos tiveram melhoras em relação à utilização de gordura como fonte de energia”, explica Oliveira. Um dos benefícios da suplementação é o aumento do glicogênio muscular, que serve de estoque de fonte de energia. Cavalos suplementados com óleos vegetais mantêm os ácidos graxos na corrente sanguínea por mais tempo em relação aos não suplementados, tendo energia para fazer exercícios prolongados. A pesquisa também apontou que cavalos tratados com Gama Horse apresentaram redução significativa nos níveis de colesterol LDL, que, no caso dos seres humanos, é considerado o colesterol ruim, embora ainda não esteja comprovado que é maléfico aos animais. Os níveis em relação ao período de pré-suplementação e ao grupo suplementado com soja foram menores. Para o Veterinário, o diferencial do Gama Horse em comparação ao óleo de soja refere-se ao processo de refino. O produto é mais ‘denso’, pois é semirrefinado, o que mantém um valor mais alto do Gama-Orizanol, garantindo resultados de desempenho mais eficazes.

Gado importado impulsiona produção na China Cerca de 100 mil novilhas do Uruguai, da Austrália e da Nova Zelândia devem embarcar neste ano rumo à China. A carga é parte importante do esforço do país para satisfazer a crescente demanda doméstica por leite e recompor os rebanhos, depois de um escândalo sobre leite adulterado que deixou vítimas fatais em 2008, devastando a produção e fazendo os consumidores chineses adotarem o uso do produto importado. Desde 2009, o país é o principal comprador de gado leiteiro do mundo, contribuindo para a elevação dos preços mundiais e pressionando outros segmentos, como o de alfafa e o de sêmen bovino. Até agora, já foram importados cerca de 250 mil animais, que ainda não se reproduziram. A importação por parte da China contribuiu para o bom desempenho dos produtos lácteos estrangeiros, mas estes já receiam que nos próximos anos o país pode passar de cliente a concorrente no mercado mundial.


Pesquisas buscam melhorar eficiência alimentar de bovinos de corte Apesar de possuir o maior rebanho comercial do mundo e ser o maior exportador de carne bovina, o Brasil ainda não lidera pesquisas relacionadas ao melhoramento genético de bovinos de corte para eficiência alimentar. Consequentemente, os impactos da seleção de novilhos Nelore para eficiência da composição corporal e qualidade de carne são pouco conhecidos. O Laboratório de Nutrição e Crescimento Animal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/ USP), coordenado por Dante Pazzanese Lanna, do Departamento de Zootecnia (LZT), é pioneiro nessa linha de pesquisa no País e vem se dedicando aos estudos sobre a eficiência alimentar de bovinos de corte há mais de uma década. Os primeiros resultados obtidos nas avaliações de eficiência alimentar e composição corporal de novilhos da raça Nelore apontaram que animais mais eficientes apresentam carcaças mais magras. A necessidade de melhor caracterizar a composição das carcaças e a qualidade da carne de animais Nelore selecionados motivou novas pesquisas. Entre os diversos índices de eficiência alimentar, o consumo alimentar residual (CAR) tem sido o mais estudado e o mais discutido como critério de seleção. Programas de melhoramento genético de bovinos de corte de países como Austrália, Canadá, Estados Unidos e, mais recentemente, Brasil têm considerado o seu uso. Os resultados produzidos pela ESALQ/USP sugerem que 30% da variação observada no índice de eficiência CAR são explicados pela produção de carne mais magra. Melhorar a eficiência do rebanho é muito importante para reduzir o custo de produção e o impacto ambiental da atividade.

Carne de cordeiro O interesse do consumidor pela carne de cordeiro vem crescendo cada vez mais, graças aos seus atributos gastronômicos e nutritivos. O aumento dessa demanda exige da indústria e do ovinocultor um volume alto de animais com padrão de acabamento, peso e uniformidade. É justamente para auxiliar o ovinocultor nessa tarefa que a Marfrig criou em 2009 o Programa Fomento Ovinos, que disponibiliza uma equipe técnica capacitada para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a seleção da genética utilizada nos cruzamentos, a indicação dos melhores acasalamentos, o planejamento e a orientação na produção, o manejo racional e a avaliação do rebanho até a terminação dos cordeiros em modernas instalações de confinamento. A liquidez dos animais do Programa Fomento Ovinos Marfrig é total, pois a compra de cordeiros e também dos animais de descarte é totalmente garantida pela empresa. Para que a seleção seja eficiente, a Marfrig vem apostando, desde 2005, em avaliação genética dos animais das raças Primera (direcionada para ganho de peso acelerado e alto rendimento frigorífico) e Highlander (para produção de fêmeas prolíferas e com boa habilidade materna). Para tanto, é utilizada a avaliação genética dos animais como mais uma ferramenta de seleção e indicação dos melhores cruzamentos para cada tipo de rebanho.


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Melhores Práticas Saúde neonatal

Nova tecnologia permite

vacinação única no combate à diarreia Vacina é o meio mais eficaz de prevenção da doença em bovinos jovens Gesteira Coelho, do Departamento de diarreia neonatal em bezerros, Zootecnia da Escola de Veterinária da entre as primeiras 24 horas de Universidade Federal de Minas Gerais vida e o primeiro mês de idade, (UFMG), o medicamento deve ser aplicaé a principal causa de morte, trazendo do na época correta e os animais devem sérios prejuízos econômicos ao produtor. estar em boa condição corporal para que Animais acometidos pela doença apresenpossam responder à vacinação com a protam desidratação, perda de peso, retardo dução de anticorpos. no crescimento e na reprodução quando adultos, podendo chegar ao óbito. Colostro A vacinação da vaca prenhe é o método É importante a ingestão do colostro pelo mais eficaz de prevenção de diarreias neorecém-nascido nas primeiras seis horas de natais. Assim, é possível estimular a produvida. “A quantidade adequada é de quatro ção de anticorpos no colostro das vacas e no litros para bezerros da raça Holandês e três soro dos vitelos após a ingestão. É o caso litros para mestiços F1 Holandês x Gir. Além da vacina Bovilis Triguard, disponibilizadisso, o colostro precisa estar limpo, pois ao da pela MSD Saúde Animal. Com vários mamar em um teto (mamadeira ou balde) diferenciais, possibilitando maior produtisujo, as bactérias ali presentes impedem a vidade do animal e retorno do investimento absorção dos anticorpos e ainda provocam ao produtor, sua dose é única e pode ser diarreia no bezerro”, destaca a professora. aplicada entre a 12ª e a 3ª semana antes do parto, com um período de administração de De acordo com o professor Fernando nove semanas, o que permite o manuseio José Benesi, do Departamento de Clínica e a contenção dos animais de uma só vez Médica da Faculdade de Medicina Veterinária em todo o protocolo vacinal. “Além e Zootecnia da Universidade de São Paulo disso, a aplicação precoce evita (USP), a mamada de colostro deve ser feita o risco de manipulação dos pelo neonato em torno de quatro a seis animais próximo ao parto, horas após o nascimento, com repetição quando há um elevado risco oito horas depois, de tal forma que se de desencadear nascimentenha um volume de colostro mamado tos prematuros ou mesmo no primeiro dia de vida equivalente a abortos”, afirma Tiago 10% do peso vivo do bezerro. “É funTeixeira, Diretor da Unidade damental que ele mame o colostro o de Negócio de Ruminantes mais precocemente possível após da MSD Saúde Animal seu nascimento, para que em Portugal. haja, assim, uma absorção Entretanto, para adequada de macromoque a vacina tenha léculas, incluindo os o efeito desejado anticorpos. Esses antidevem ser tomacorpos podem incluir dos alguns cuiaqueles que foram dados pelo proestimulados a partir Tiago Teixeira, Diretor da Unidade de Negócio de dutor. Segundo a da vacinação da mãe”, Ruminantes da MSD Saúde Animal em Portugal professora Sandra explica o professor.

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Professora Sandra Gesteira Coelho, da UFMG Para que a vaca tenha uma colostrogênese e mesmo uma lactogênese adequada, é necessário que ela passe por um período de secagem de lactação de, no mínimo, seis semanas, como destaca Benesi. Higiene Outra forma de prevenção da diarreia neonatal é garantir que o parto seja realizado em uma área limpa, evitando a contaminação dos bezerros imediatamente após o nascimento. As instalações devem ser confortáveis e bem ventiladas, o que reduz os riscos de problemas no sistema respiratório. “Grande parte das diarreias é provocada por patógenos (bactérias, vírus, protozoários e verminoses) e a contaminação é oral-fecal, o que significa que os animais, em algum momento, ingeriram fezes de outros animais, seja pelo colostro, pelo leite, pela ração, por volumosos ou pela água”, ressalta Coelho.


Manejo alimentar A maior causa de doenças em todas as espécies é a desnutrição. Por isso, é fundamental que, além da colostragem correta e da cura do umbigo, os animais sejam bem alimentados, de forma que seu sistema imunológico tenha condições de reagir às agressões com resposta imediata e produção de anticorpos. “O ideal é que os bezerros, durante a fase de aleitamento, recebam pelo menos seis litros de leite diariamente, além de concentrados, a partir do terceiro dia de vida, com 20% de proteína bruta e NDT (nutrientes digestíveis totais) próximos a 80%. O concentrado deve ser dado à vontade ao animal até os 60 dias de idade. A partir daí, devem receber pelo menos dois quilos do produto por dia”, explica a professora da UFMG. O professor da USP Fernando José Benesi enfatiza ainda que as vacinas podem atenuar a gravidade do quadro clínico de diarreia do animal, mas se não houver combate aos outros fatores de risco da doença, o produtor não terá sucesso com a vacinação. “Não adianta vacinar a mãe se todos os outros elementos que compõem a multifatorialidade da diarreia estiverem presentes”, conclui.

Professor Fernando José Benesi, da USP


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Fique Ligado… …nos eventos do setor

SuperLeite 2012 maior evento da cadeira leiteira do Centro-Oeste Mineiro é a oportunidade para lançar produtos, novas tecnologias e serviços, encontrar novos clientes, aumentar a visibilidade de sua empresa e concretizar inúmeros negócios. Marcado para 11 a 14 de julho, o SuperLeite 2012 reúne os principais criadores das raças Gir Leiteiro e Girolando, além

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O que vem por aí de representantes das indústrias de laticínios, insumos e equipamentos agrícolas. SuperLeite 2012 Data: 11 a 14 de julho Local: Pompéu/MG

Informações e inscrições:

www.superleitepompeu.com.br

24º Curso de Melhoramento Genético De 03 a 06 de julho Campo Grande/MS. V Feira Agropecuária de Caprinos e Ovinos de Parambu De 05 a 08 de julho Fortaleza/CE.

Programa anual Workshop BeefPoint

XI Expopampa de Jacareí De 11 a 15 de julho Jacareí/SP.

BeefPoint está organizando uma série de workshops temáticos para estudar, analisar e debater temas de grande relevância para a pecuária de corte brasileira, com a presença dos principais profissionais da área no Brasil. A MSD Saúde Animal é patrocinadora master do evento. Veja a programação para agosto e setembro:

2º Treinamento em Manejo Reprodutivo em Bovinos Leiteiros e de Corte De 31 de julho a 2 de agosto Piracicaba/SP.

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7 e 8/8 – Certificação e rastreabilidade 25 e 26/9 – Associação de pecuaristas

XV Fórum de Produção Pecuária – Leite De 10 a 12 de setembro Cruz Alta/RS.

Nas próximas edições da VetNews, conheça os eventos programados para outubro e novembro.

Agroleite 2012 9ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne e 8 a 21 de setembro será realizado o maior encontro da indústria da carne de 2012, em um dos principais polos tecnológicos de industrialização de carnes e local da maior concentração de frigoríficos do mundo: Chapecó, no oeste catarinense. O evento reúne os principais compradores e influenciadores de compra do mercado de carnes,

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9ª Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne Data: 8 a 21 de setembro Local: Chapecó/SC

Informações e inscrições:

www.mercoagro.com.br

atraindo mais de 30 mil qualificados do Brasil e do exterior. Voltado para fornecedores nos segmentos de ingredientes e aditivos, embalagens, refrigeração, logística, produtos e serviços, tratamento de efluentes e higienização, automação industrial, equipamentos e acessórios, o evento terá cerca de 650 expositores e será aberto a empresários.

eferência no setor, o evento concentra as últimas aplicações práticas da tecnologia para o segmento e, ao mesmo tempo, aponta tendências. Realizado há dez anos no Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro/PR, o Agroleite reúne os principais criadores das raças Holandesa, Jersey, Simental e PardoSuíça, bem como órgãos governamentais e institutos de pesquisa e extensão rural, além de representantes das indústrias de laticínios, insumos e equipamentos.

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Agroleite 2012 Data: 7 a 11 de agosto Local: Castro/PR

Informações e inscrições:

www.agroleitecastrolanda.com.br


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® ZILMAX Fique Ligado…

…nos eventos MAPA concededo licença setorpara comercialização do produto no Brasil

MSD Saúde Animal é o primeiro laboratório brasileiro a registrar o produto o dia 25 de junho de 2012, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) concedeu a licença para a comercialização do produto ZILMAX® (Cloridrato de Zilpaterol) distribuído pela MSD Saúde Animal tornando-se o primeiro laboratório veterinário a receber o certificado de registro do uso de beta-agonista em confinamentos no Brasil. O Gerente de Negócios ZILMAX®, Tiago Arantes, destaca que essa nova tecnologia permitirá otimizar a lucratividade do confinador. “Com esse melhorador de desempenho, certamente haverá aumento do sucesso da atividade”.

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Tiago Arantes, Gerente de Negócios Zilmax® da MSD Saúde Animal

ZILMAX® é um aditivo melhorador de desempenho que tem como objetivos aumentar o ganho de peso diário, melhorar a conversão alimentar do animal e principalmente elevar o rendimento de carcaça de bovinos de corte em fase de terminação em confinamento. Neste cenário, a utilização de ZILMAX® representa um novo horizonte para a pecuária de corte nacional. ZILMAX® é administrado pela via oral, através da adição direta deste à ração total na fase final de engorda de bovinos. ZILMAX® é utilizado durante os últimos 20 a 40 dias de confinamento, com período de carência de 3 dias.

ZILMAX® atua modificando alguns sinais metabólicos das células musculares e de gordura dos bovinos, por meio de ligações entre o cloridrato de zilpaterol e receptores específicos na membrana celular. Dessa forma, o cloridrato de zilpaterol primariamente muda a partição de energia vinda do alimento ingerido, aumentando o aporte de energia da dieta para o tecido muscular em comparação ao tecido adiposo. Os receptores específicos dos beta-agonistas em animais são divididos em três subtipos: receptores beta-1, beta-2 e beta-3 e estes estão presentes na maioria das células de mamíferos. Contudo, a distribuição e a proporção dos subtipos de receptores variam entre os tecidos e as espécies. Em bovinos, por exemplo, predominam os receptores do tipo beta-2 nas células musculares e adipócitos, podendo chegar à proporção de 75% de beta-2 e 25% de beta-1 nas células de gordura. A maior afinidade do cloridrato de zilpaterol (ZILMAX®) por receptores do tipo beta-2, justifica a razão pela qual a molécula eleva o desempenho de bovinos, melhorando o rendimento de carcaça, como também, proporcionando o maior rendimento de carne à desossa da carcaça de animais alimentados com este beta-agonista. Rodrigo Goulart, Médico Veterinário e Gerente Técnico Zilmax® da MSD Saúde

Rodrigo Goulart, Médico Veterinário e Gerente Técnico Zilmax® da MSD Saúde Animal

Animal, atesta que a utilizaçã de ZILMAX® em confinamentos em diversos países pelo mundo como: África do Sul, México, Estados Unidos e Canadá tem sido fator de sucesso destas operações. “Com a introdução desta tecnologia no Brasil, será possível elevar a produção de carne de boa qualidade com menor utilização de recursos ambientais e de modo sustentável”, ressalta o Médico Veterinário.

Vilson Simon, Diretor Presidente da MSD Saúde Animal

Vilson Simon, Diretor Presidente da MSD Saúde Animal, afirma que o Brasil tem dois grandes desafios pela frente: abastecer o mercado interno e atender a crescente demanda externa. Dados disponibilizados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), informam que a população mundial chegará a 9 bilhões em 2050. “Conseguiremos atender a demanda de proteína animal com a utilização de tecnologias seguras e já estabelecidas no mercado, melhorando a nossa competitividade, sem agredir o meio ambiente. ZILMAX® permite aproveitar melhor os alimentos e reduzir os custos do pecuarista”, finaliza Simon. *Esse medicamento tem a venda proibida em casas comerciais e estabelecimentos de produtos agropecuários.


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Capa Sustentabilidade e produtividade na pecuária

Novas tecnologias incrementam a produtividade na pecuária Inovações trazem benefícios ao produtor, ao animal e ao meio ambiente

pecuária no Brasil caracteriza-se quase exclusivamente por sistemas de criação a pasto, nos quais as flutuações sazonais de disponibilidade e qualidade da pastagem, bem como o manejo inadequado e a alta incidência de parasitas, doenças e deficiências minerais, podem causar redução na produtividade. Nesse cenário, novos indicadores foram incorporados aos critérios de eficiência na pecuária, associados principalmente a questões socioambientais e de bem-estar animal. Como exemplo destaca-se a quantidade

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de lesões na carcaça, que pode ser reduzida com o uso do manejo adequado e de vacinas mais modernas, além da emissão de gases causadores do efeito estufa, cuja mitigação depende de técnicas de manejo de pastagens, melhores controles sanitário e reprodutivo, intensificação da terminação e uso de dietas especiais. Investimentos em boas vacinas, medicamentos e outros produtos contribuem para a redução de custos e o aumento da produtividade, tanto de gado de corte quanto de leite.

Aumento da produtividade Indicado para aumentar a produção de leite de vacas em lactação, o Boostin® – somatotropina bovina recombinante ou bST – promove o direcionamento na partição de nutrientes para a glândula mamária, permitindo que o animal seja mais eficiente em sua produção. Segundo Betânia Glória Campos, Médica Veterinária e doutoranda em Produção Animal, sob orientação da professora Sandra Gesteira Coelho, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de incrementar a produção de


Rebanho tratado com Boostin®

leite, o bST contribui para a melhoria da saúde do animal. “Trabalhos recentes relacionam o uso da somatotropina bovina com a diminuição de alterações metabólicas no período de transição (21 dias no pré-parto e no pós-parto), indicando que os resultados de sua utilização são compensadores”, afirma Campos.

Betânia Glória Campos, da UFMG

Marcelo Nunes, da Fazenda São Sebastião da Vargem, em São Gonçalo do Sapucaí/ MG, conta que usa o Boostin® há cerca de 12 anos em todas as 400 vacas em lactação. “A produção de leite diária, por vaca, que era em média de 26 litros, passou para 30. O produto é muito bom e vamos continuar utilizando-o”, conta Nunes. Preservação do meio ambiente Sabe-se que com a melhoria da eficiência produtiva do animal, é preciso menos alimento por unidade de leite produzida. “Se ele produzir de forma mais eficiente, gastará menos insumos, reduzindo a área necessária para o plantio de alimentos destinados à alimentação animal, contribuindo, assim, para a preservação ambiental. Além disso, se o animal comer menos, haverá uma redução na produção de metano”, explica Campos. Um estudo realizado por especialistas em bST nos Estados Unidos indica uma redução de 6,8% na produção de fezes e de 7,3% na produção de metano por unidade de leite pro-

duzida. “Se levarmos em conta o tamanho do rebanho de leite brasileiro, o impacto é enorme”, destaca a Médica Veterinária. Outros experimentos realizados por pesquisadores norte-americanos mostraram que há um aumento médio de 10% a 15% na produção de leite com o uso do bST, embora já tenham sido verificadas respostas melhores, de 20% a 40%. “Entretanto, esse resultado é dependente do manejo adotado no animal,

Márcio Nunes Corrêa, da UFPel


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Capa Verão exige cuidado redobrado -parto, deixando a vaca mais preparada para enfrentar os desafios do pós-parto”, explica. A Médica Veterinária Betânia Campos afirma ainda que a somatotropina é responsável pelas mudanças metabólicas que ocorrem no período de transição do animal, ajustando seu organismo para alterações de uma fase não produtiva (o período seco) para uma fase produtiva (o início da lactação). “Com a queda no consumo diário de matéria seca, a somatotropina promove um rearranjo na partição de nutrientes, evitando que seu organismo entre em colapso”, informa.

Rebanho tratado com Boostin®

pois ele precisa estar saudável, ter conforto ambiental e receber uma dieta balanceada”, ressalta Campos. A Agropecuária Araçá, localizada próximo a Martinho Campos/MG e de propriedade de Geraldo Alves Sobrinho e Avair Alves da Silva, usa o Boostin® há cerca de cinco anos em suas 110 vacas em lactação e tem apresentado ótimos resultados na produção de leite. O gerente técnico da fazenda, Ari Eduardo de Farias Filho, revela que o incremento médio tem sido de 15% a 18%. “Vamos continuar usando o produto, pois ele possibilita um incremento superior na produção, quando comparado ao concorrente”, destaca. No intuito de aumentar a produção de leite, o produtor precisa obedecer à dose recomendada pelo fabricante de bST, que é de 500 mg, sendo que sua aplicação deve ser iniciada a partir da nona semana de lactação, com intervalo de 14 dias. Efeito no pré-parto e no pós-parto A ação do Boostin® no período de transição da vaca, ou seja, no pré e no pós-parto (três semanas antes e três semanas depois do parto), pode ser positiva, segundo algumas pesquisas. Um recente estudo brasileiro realizado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) constatou que vacas gestantes multíparas que receberam o medicamento no pré-parto tiveram uma boa resposta em desempenho e metabolismo, o que indica que

o produto pode melhorar o balanço energético (estado metabólico) do animal nesse período. De acordo com Márcio Nunes Corrêa, Médico Veterinário e professor associado da Clínica de Ruminantes da Faculdade de Veterinária da UFPel, o estudo revelou um aumento de aproximadamente 2,5 litros na produção de leite diária por vaca. “O bST produz maior adaptação metabólica no pré-

Aumento da produção de leite Um experimento coordenado pelo professor Rodrigo de Almeida, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), constatou que vacas altamente produtivas suplementadas com somatotropina bovina, na forma comercial Boostin®, produziram mais leite em comparação com vacas tratadas com produto concorrente (38,8 ± 0,5 contra 37,2 ± 0,5 litro por dia, respectivamente). “Em nenhum dos 56 dias do período experimental a produção de leite das vacas tratadas com o concorrente foi superior à das tratadas com Boostin®”, conclui Almeida. O experimento foi realizado entre agosto e setembro de 2010, com 160 vacas da Fazenda Iguaçu, no município de Céu Azul/PR.

Daniel Rodrigues, Consultor em Pecuária da MSD Saúde Animal


Segundo o professor Márcio Corrêa, quando se melhora o desempenho metabólico do animal, suas funções são otimizadas e há uma melhor utilização dos nutrientes para a produção de leite, desviando o que não interessa e prejudica o meio ambiente, como o metano. “Se o produtor tem vacas de

Fernando de Almeida Borges, da UFMS

menor desempenho, precisará de mais animais, mais terras e mais adubo para produzir a mesma quantidade de leite que menos vacas de maior desempenho produziriam. Para que o animal seja mais produtivo, é importante usar algum alavancador ou adaptador metabólico, como o bST”, enfatiza. Verminoses em bovinos Ao contrário das infestações por carrapatos e moscas, o maior prejuízo provocado pelas verminoses é a queda de desempenho, mas como nem sempre o produtor mede o rendimento do animal, acaba não percebendo e não tratando. “Porém, mesmo despercebidos, os vermes gastrointestinais causam alguns efeitos nos animais, resultando na redução da ingestão de matéria seca e do aproveitamento dos alimentos e, consequentemente, na menor produção de carne e leite”, explica o professor Fernando de Almeida Borges, do Laboratório de Doenças Parasitárias da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Estudos e pesquisas são desenvolvidos com o propósito de eliminar parasitas, internos e externos, e, com isso, aumentar a produtividade. De acordo com Daniel Rodrigues, Consultor em Pecuária da MSD Saúde Animal, a associação de avermectinas – com formulação à

base de abamectina e ivermectina – consegue eliminar vermes resistentes. A MSD Saúde Animal disponibiliza o Solution® 3,5% LA, que possui um veículo que dá à sua formulação a capacidade de longa duração, ou seja, de permanecer por mais tempo no organismo do animal, prolongando sua proteção e diminuindo o manejo sanitário. “Um fato interessante é que a carga parasitária dos animais após tratamento com ivermectina e abamectina foi baixa, com mínimas contagens de ovos de vermes por grama de fezes (OPG)”, declara o professor Fernando Borges. Vacinação O principal ganho na aplicação de vacinas com tecnologia Spur, que provocam menor reação no local da aplicação, é justamente o rendimento de carcaça. “Como não há lesão, a região de aplicação não precisa ser descartada, possibilitando, assim, um melhor rendimento ao produtor”, diz Rodrigues. O gerente técnico Ari Filho, da Agropecuária Araçá, de São Leopoldo/RS, conta que usa a vacina Vision, da MSD Saúde Animal, há cerca de três anos, com um excelente resultado na imunização dos 520 animais da fazenda. “A Vision atende a todas as necessidades de proteção das vacas leiteiras, assim como o Solution®, deixando-as livres de carrapatos e outros parasitas”, diz.


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Perfil Grupo Edson Queiroz

Grupo está entre os 10 maiores produtores Fazenda reúne três núcleos que são referência na produção e seleção da raça Guzerá leiteira

o coração do semiárido nordestino, no município de Madalena, região central do Estado do Ceará, está localizada a Fazenda Teotônio, uma das dez maiores produtoras de leite do Brasil e referência nacional na seleção da raça Guzerá leiteira. A empresa, do grupo Edson Queiroz, é modelo quando o assunto é pecuária bovina de alto padrão – liderança sustentada tanto pela produção diária, que atinge quase 20 mil litros de leite, quanto pelos trabalhos com embrião in vitro para chegar às melhores matrizes. Com aproximadamente 11 mil hectares, a propriedade foi adquirida pelo grupo em 1974. O antigo dono, Plínio Câmara, já tinha

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de leite do Brasil

experiência na criação da raça, associada a atividades como fruticultura e agroindústria. O foco da nova administração se manteve na seleção de bovinos para produção de leite. O resultado de anos de trabalhos e pesquisas, elevando suas matrizes às maiores produtoras

de leite da raça no Brasil, foi visto em 1995, quando a fazenda ganhou projeção internacional com a Maricota da Teotônio – vaca recordista mundial da raça Guzerá –, que alcançou a marca de 6.763 quilos de leite produzidos. Atualmente a propriedade possui um plantel de 3,8 mil bovinos da raça Guzerá e mestiços, estando dividida em três núcleos produtivos, de acordo com o grau de sangue dos animais: o núcleo Poltrinha, responsável pela produção do Guzerá PO; o São Carlos, com os Guzolandos ½ sangue; e a Sede, que abriga os animais ¾ e ⅞ de Holandês. Para cuidar de toda essa estrutura, a fazenda emprega 98 profissionais, entre funcionários e colaboradores, que trabalham


com a meta de atingir a marca de produção diária de 18 mil litros de leite, com 1.106 vacas em lactação. Somente no ano passado, foram produzidos 4,5 milhões de litros de leite. O principal núcleo da fazenda em termos de produção é a Sede. Mas é no núcleo São Carlos que a seleção das vacas responsáveis pela maior quantidade de produção é mantida. A unidade tem, em média, 310 vacas ½ sangue em lactação. Cada animal produz uma marca diária de 14,1 litros. Desse plan-

tel, apenas 15% das matrizes em lactação recebem ocitocina. A propriedade tem ordenha mecânica canalizada e os bezerros são enviados para o bezerreiro nas primeiras horas de vida.

bem às adversidades climáticas do nordeste brasileiro, que costuma enfrentar longos períodos de seca. De acordo com o administrador da fazenda, o engenheiro agrônomo Fernando Genipo Câmara Fernandes, a qualidade e a excelência em produção da Teotônio também são decorrentes das vacas Guzolando, originadas do cruzamento industrial feito na fazenda, a partir de embriões das raças Guzerá e Holandesa. “Essa raça é rústica e muito mais produtiva. É uma raça que exige bem menos intervenção veterinária e consegue produzir mesmo em situações adversas”, explica. Fernandes salienta que essa rusticidade da

raça é um diferencial para a produção em regiões de seca, em situações semelhantes à realidade da Teotônio. Segundo ele, se for dado pouco conforto aos animais da raça Guzolando, eles terão maior capacidade de produção do que animais de outras raças sob as mesmas condições. Os últimos investimentos da fazenda se concentram em biotécnicas reprodutivas, como FIV e TE, com o objetivo de ampliar o plantel e trabalhar na cria e recria de futuras matrizes. A meta de produção da propriedade é chegar à marca de 40 mil litros de leite por dia, que só não é atingida em curto prazo devido à seca que assola a região pelo terceiro ano consecutivo. “Esse é nosso maior desafio: colocar toda a nossa vacaria em pasto, não somente no período notur-

Produtividade A alta produtividade da Guzerá deve-se, principalmente, à rusticidade da raça, que tem tripla aptidão. Além de ser uma boa corrente leiteira e fornecer um bom aproveitamento industrial para corte, ela se adaptou

no, para produzirmos com menor custo. O fator limitante é a oferta hídrica”, salienta. Controle Além dos investimentos no processo de produção, a Fazenda Teotônio ainda integra o programa Maxi-Leite® (Programa de Qualidade e Produtividade do Leite e Controle da Mastite), em parceria com a MSD Saúde Animal. O programa auxilia veterinários e fazendeiros a aumentarem a produtividade e a qualidade do leite. De acordo com Fernandes, um técnico da MSD visita mensalmente o núcleo São Carlos, onde ficam as vacas leiteiras, para dar treinamento à equipe, levando inovações, ajudando a identificar problemas e sugerindo soluções.


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Reprodução Trabalho com Crestar® em primíparas

IMPLANTE AURICULAR

contribui para o aumento da prenhez

Tecnologia pode ser usada em novilhas, vacas primíparas e multíparas

iversos trabalhos científicos envolvendo a utilização do implante auricular Crestar ® constatam a alta eficiência do produto, demonstrada por meio de resultados promissores com a utilização da técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O produto é composto pela fração injetável (5 mg de Valerato de Estradiol + 3 mg de Norgestomet) e pelo implante de silicone (3 mg de Norgestomet). De acordo com João Paulo Barbuio, Médico Veterinário e Gerente Técnico de Reprodução da MSD Saúde Animal, pesquisas recentes apontam que o Norgestomet (princípio ativo do Crestar ®) é mais adequado do que a progesterona (princípio ativo dos implantes intravaginais) em novilhas e em primíparas zebus ou azebuadas. Em novilhas, a quantidade de progesterona endógena proveniente do corpo lúteo, somada à quantidade de progesterona liberada pelo implante intravaginal, interfere no padrão de liberação do hormônio LH, diminuindo a taxa de crescimento diário do folículo durante o período em que o implante fica inserido

D

no animal. “Isso resulta em uma menor taxa de ovulação e, consequentemente, em uma menor taxa de prenhez. Já o

Norgestomet não interfere no padrão de liberação de LH, permitindo uma maior taxa de ovulação após a retirada dos


Aplicação de Crestar®

implantes, o que provavelmente implica em uma maior taxa de prenhez na IATF”, explica Barbuio. Estudos preliminares também sugerem que o Norgestomet é mais eficiente em primíparas. “Dados parciais apontam que primíparas que receberam o Norgestomet durante o protocolo de IATF exibiram mais cio, apresentaram folículos maiores e emprenharam mais em relação às primíparas que receberam progesterona”, ressalta o Médico Veterinário. Resultados positivos Guilherme Milani, proprietário da Fazenda Ar Novo, de Marabá Paulista/SP, conta que o Crestar® foi aplicado, pela primeira vez neste ano, em 300 animais de seu rebanho, entre novilhas, vacas primíparas e multíparas. O produto foi inserido em 73 novilhas aptas à reprodução, das quais 52,1% ficaram prenhas de IA – IATF com repasse de IA

no retorno do cio. Após esse repasse, touros foram introduzidos, possibilitando mais 23,3% de prenhez nos animais, o que gerou uma taxa de prenhez final de 75,4%. Quanto ao lote de vacas primíparas, com as quais se obtém o menor índice de reprodução do rebanho, a taxa de prenhez por IATF e retorno do primeiro cio foi de 48%. Somando a isso o repasse de touros, o índice final de prenhez foi de 78%. Em vacas multíparas, o índice de prenhez obtido foi de de cerca de 86%, unindo a IATF com o primeiro retorno de cio. Somando esse índice à introdução de touro, o resultado final de prenhez foi de 95%. “Estou muito contente com os resultados alcançados. Até eu começar a usar o Crestar®, a IATF em novilhas era vista como antieconômica. O índice de prenhez nas vacas primíparas e nas multíparas também está muito bom, entre os melhores que já obtivemos”, conta Milani com empolgação.

Procedimento mostra facilidade na retirada do Crestar®

Principais vantagens do Crestar® •

Facilidade de armazenamento e de transporte, por ocupar pouco espaço;

Facilidade de manuseio no animal;

Protocolos mais práticos e com menos manejo;

Menor taxa de perdas em comparação aos implantes intravaginais;

Não provoca vaginites;

Apresenta resultados superiores de IATF em novilhas e primíparas.


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Universidade Corporativa Como motivar equipes

As novas tecnologias no agronegócio:

Mídias sociais

Vilson Simon

m um mercado cada vez mais competitivo, em que as companhias buscam posições de destaque, faz-se necessária a diferenciação de seus concorrentes. Porém, em um mundo de negócios, em que os profissionais são competentes, cada vez mais preparados e criativos, como se diferenciar? O caminho é ter uma comunicação ágil, presente e transparente. Além das ferramentas de marketing e assessoria de imprensa, essenciais para definir e implementar estratégias, traçando os caminhos que deverão ser tomados em curto, médio e longo prazos, há outras formas de comunicação que agregam valor para a companhia, como, por exemplo, aquelas proporcionadas pelas mídias sociais. Em um modelo organizacional no qual percebemos indivíduos desconectados, com conhecimento disperso, vida corporativa e social separadas, e relacionamentos mais restritos, é preciso uma transformação. As palavras-chave são conectividade, conhecimento disponível, aproximação da vida pessoal com a corporativa e ampliação de relacionamentos. Este é o cenário ideal. Afinal, se a informação está ao nosso redor, o que temos a fazer é nos estruturarmos para capturá-la e difundí-la a nosso favor. De acordo com a pesquisa Ibope Nielsen Online, 74 milhões de brasileiros tiveram acesso à internet em 2010. As redes sociais – como Twitter e Facebook – foram frequentadas por

E

mais de 35 milhões de pessoas no Brasil, o que coloca o País em quinto lugar no ranking mundial de usuários dessas comunidades interativas. Aqui, vale ressaltar que não basta ter um perfil na rede. É preciso ter um profissional dedicado para postar conteúdos relevantes e estratégicos, que agreguem conhecimento ao usuário. É preciso estar atento à segurança, observar protocolos e certificações e monitorar constantemente a utilização da rede, os acessos e as interações. Por isso, um dos grandes desafios da cadeia do agronegócio é se unir para se conectar com a sociedade. Atualmente, as ações do setor estão voltadas para a própria população envolvida no agronegócio. As empresas ainda não enxergam o valor de se comunicarem com a sociedade como um todo, que é a verdadeira consumidora de alimentos e produtos oriundos do agronegócio. Nesse sentido, parabenizo o movimento Sou Agro, primeira iniciativa do agronegócio brasileiro a fazer uso desse novo universo. Reunindo empresas e entidades representativas do setor no Brasil, o movimento, além de utilizar as mídias tradicionais (como televisão) para se comunicar, usa as redes sociais (Twitter e Facebook) para informar e trocar experiências com a população. Outra iniciativa que merece destaque é a NFT Alliance – Nutrition For Tomorrow, uma parceria entre as principais empresas que representam os diversos elos da cadeia produtiva de proteína animal, cujo objetivo é fornecer conteúdo de relevância para garantir a sustentabilidade da pecuária brasileira. Esse movimento também utiliza as redes sociais (Twitter, Facebook, YouTube, LinkedIn, Slideshare e Flickr) para conversar com a população. Em 2011, a NFT Alliance teve 35 mil retwittes

no Twitter, 4.593 publicações no Facebook, mais de 500 participantes no LinkedIn, 10.148 vídeos visualizados no YouTube, mais de 2 mil fotos no Flickr e disponibilização das palestras NFT no Slideshare. Além disso, o site teve uma média de 220 visitas por dia. Para finalizar, a cadeia produtiva do agronegócio definitivamente precisa se unir para comunicar à sociedade o que está produzindo. Muitos ainda acreditam que o agronegócio destrói, quando, na verdade, ele constrói. O Brasil é um gigante que acordou. Estamos na sexta posição de maior economia global e o nosso PIB atingiu U$ 2,44 trilhões em 2011, sendo que 22,4% vieram do agronegócio. A contribuição do setor é decisiva para o PIB, para a geração de empregos e para as exportações. O Brasil possui o maior rebanho bovino do mundo, sendo o segundo maior produtor e o primeiro exportador de carne bovina, quarto maior produtor e primeiro exportador de carne de aves, quarto produtor e exportador de carne suína e quinto maior produtor de leite do mundo. Compartilhar essas experiências com a sociedade é um processo fundamental para pautar o futuro do Brasil com base no desenvolvimento.

Vilson Simon, Diretor-Presidente da MSD Saúde Animal Siga-nos no Twitter: @msdsaudeanimal FanPage no Facebook: MSD Saúde Animal Canal no YouTube: msdsaudeanimal



Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente

Informação escrita pelo porteiro ou síndico Falecido Não existe o nº indicado

Ausente Não procurado

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