VetNews PET 108

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ANO XVIII, Nº 108 Out-nov-dez/2012

ACTIVYLTM, o primeiro medicamento antipulgas com bioativação

ACTIVYLTM alia a alta eficácia inseticida de uma nova molécula, que age nos diferentes estágios do ciclo de vida da pulga, à segurança da bioativação, que permite ao seu ingrediente ativo tornar-se altamente inseticida somente no interior da pulga.



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Sumário

Editorial

As atrações desta edição

Da nossa Redação

Caro (a) Leitor (a) da VetNews,

Pulgas e seus malefícios Activyl chega ao mercado trazendo a mais alta tecnologia no tratamento e prevenção das infestações de pulgas em cães e gatos. TM

Elas estão por toda a parte e, com as mudanças climáticas, não escolhem mais uma única época do ano para se multiplicarem. Essas são as pulgas, grandes vilãs do mundo pet. Causadoras de irritação, desconforto, alergia e anemia nos animais infestados, elas podem também ser responsáveis pela transmissão de doenças tanto para os pets quanto para os seres humanos.

10 E mais, nesta edição: 4 CONEXÕES E GIROS As novidades do setor de pet.

Fique Ligado Obesidade atinge cada vez mais os animais.

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8 Raças Buldogue francês.

13 Parceria Profissionalização da equipe de distribuição.

14 Olho Clínico

Para reforçar o controle contra esses pequenos insetos, a MSD Saúde Animal acaba de lançar o primeiro tratamento antipulgas por meio de bioativação. Ativo apenas no interior desses parasitas, o ACTIVYLTM é eficaz nas fases adulta e de desenvolvimento deles, evitando novas infestações por, pelo menos, quatro semanas. A empresa também possui a coleira Scalibor®, que atua contra os flebótomos transmissores da leishmaniose. Sobre o assunto, a Médica Veterinária Ana Cecília França, do Departamento de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, traça um perfil da infecção no estado, que, até pouco tempo, registrava pouquíssimas ocorrências, mas desde 2001 tem registrado um crescimento de mais de 50% dos casos caninos da doença.

Diabetes mellitus: um mal também para os pets.

15 Entrevista Ana Cecília França, do Centro de Vigilância Epidemiológica de SP, fala sobre leishmaniose visceral no estado.

17 AmaVet AmaPet Conheça os vencedores do trimestre.

18 Universidade Corporativa Plano de carreira

expediente PET

Ano XVIII, Nº 108, Out-Nov-Dez/2012 VetNews PET é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita. DIREÇÃO: Vilson Simon. COORDENAÇÃO: Vagner Santos. CONSELHO EDITORIAL: Andrea Bonates, Andrei Nascimento, Glaucia Gigli e Marco Castro. REDAÇÃO: TEIA Editorial. Jornalista Responsável: Kelli Costalonga (Mtb 28.783). Edição: Danielly Herobetta. Redação: Érica Nacarato e Julia Salce. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. REVISÃO: Liliane Bello www.msd-saude-animal.com.br | twitter: @msdsaudeanimal | facebook: msd Saúde Animal Sugestões e comentários envie para: msd-saude-animal@merck.com

Além de entender melhor o funcionamento desse novo produto, nesta edição da VetNews PET você conhecerá o caso de sucesso da Médica Veterinária Flávia Tavares, que, após adotar para os pets uma dieta com a suplementação vitamínica GAMA DOG®, conseguiu normalizar os valores de glicerídeos de cães que apresentavam casos de hiperlipidemia, ajudando-os no emagrecimento sem a perda significativa de massa muscular. Aproveitamos para desejar boas festas e um excelente ano novo. Nos vemos em 2013! Andrea Bonates Gerente de Produtos PET da MSD Saúde Animal


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Conexões e Giros Novidades e principais assuntos do setor

Carinho separado por um click Se você sempre quis ter um gatinho para brincar, mas não tem tempo para isso, o site iPet Companion criou uma solução que promete resolver, em parte, o seu problema. Por meio da internet, é possível agradar os animais mesmo a distância. Basta acessar o site e se cadastrar para brincar com bichinhos de nove abrigos diferentes dos Estados Unidos. A partir daí você pode operar câmeras instaladas nos locais e brinquedos controlados por robôs durante dois minutos. Atraídos pelos objetos em movimento, os bichanos mantêm-se entretidos, reduzindo, assim, a carga de trabalho dos funcionários dos locais. Além disso, o tempo gasto pelos internautas na página desses gatis acaba causando um efeito positivo, gerando maior número de adoções e permitindo novas atividades para os animais. A tecnologia é usada por instituições protetoras dos animais, mas pode ser uma ótima saída para donos muito ocupados que não conseguem dedicar o tempo desejado aos seus pets.

Mais um hospital público para nossos amigos Seguindo os passos de São Paulo/SP, Porto Alegre/RS anunciou a construção do primeiro hospital público para pets do Estado. Com previsão de inauguração no segundo semestre de 2013, o espaço terá como prioridade o atendimento gratuito para animais de famílias em situação de vulnerabilidade social, com renda de até três salários mínimos. O Hospital Municipal Veterinário Vitória terá quatro salas para cirurgia, duas áreas de preparação e UTI, além de infraestrutura para triagem, quarentena e canil, com capacidade para 120 animais em recuperação. O serviço oferecido pela prefeitura, por intermédio da Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), incluirá procedimentos de média e alta complexidades, para animais vítimas de maus tratos e atropelamentos.

Em caso de estresse: feromônio artificial Quem tem gato sabe o quanto esse animal é temperamental e como certas atitudes podem estressá-lo. Banhos, viagens, barulho, mudança de alimentação, doenças, enfim, uma série de pontos pode mudar o seu humor. Pensando no bem-estar dos felinos, foi desenvolvido um feromônio artificial para manter sua tranquilidade, com odor semelhante ao da substância química secretada por eles. O produto é indicado em casos de distúrbios físicos e comportamentais e não causa efeitos em seres humanos. Usada nas clínicas veterinárias como parte do tratamento e da preparação para cirurgias, a substância diminui inflamações na bexiga, vômitos e falta de apetite. Com o uso do feromônio artificial, os animais ficam menos estressados e conseguem relaxar frente a situações atípicas. Quanto aos resultados, podem ser percebidos em alguns animais imediatamente após a primeira aplicação ou depois de algumas horas. Entretanto, no caso de comportamentos incomuns por muito tempo, vale ficar atento para descobrir a causa do incômodo no animal, já que o feromônio artificial não é um medicamento.


Babá para cachorro A novidade pegou e é cada vez mais comum ouvir falar ou mesmo conhecer alguém cuja profissão é babá de cachorro. O negócio é lucrativo e cheio de adeptos, mas quem quer contratar o serviço precisa colocar a mão no bolso. Por hora, cobra-se cerca de R$ 40,00. Aos finais de semana esse preço pode chegar a R$ 60,00. Assim como as babás de crianças, esses novos profissionais precisam seguir a rotina dos animais, que têm horário para comer, beber água e até descansar. Mas claro que para os apaixonados pelos seus animais a grande vantagem do serviço é não precisar tirá-los de seu lar, evitando o estresse e proporcionando a eles o melhor conforto do mundo: o de sua casa. O serviço é bastante procurado por clientes que possuem cachorros muito jovens ou muito idosos ou, ainda, que não se adaptaram bem a hotéis para animais.

Esfinge: a raça vencedora no quesito afetuosidade

Assim como os filhotes, pets idosos necessitam de atenção e cuidado O tempo passa para todos, inclusive para os pets. E assim como acontece com os humanos, cães e gatos estão sujeitos a enfermidades que influenciam em seu bem estar, como problemas de visão, audição e artrite. Por isso eles necessitam de cuidados especiais para a chegada da velhice, a partir dos 7 ou 8 anos, dependendo da raça. Com o envelhecimento, o animal tende a ficar com a pelagem esbranquiçada e a tornar-se menos ativo. Logo, é fundamental manter uma dieta com rações específicas, controlando o peso e diminuindo excessos, que podem forçar o trabalho do organismo. Os dentes também sofrem com o passar do tempo. É comum o acúmulo de tártaro e o desenvolvimento de gengivite, entradas para bactérias na corrente sanguínea, além da perda de alguns dentes, dificultando a ingestão de alimentos. Esses problemas devem ser cuidados com a ingestão de rações mais moles e o hábito da escovação dos dentes. As doenças degenerativas, por sua vez, como câncer, insuficiência renal ou hepática, diabete, além dos problemas relacionados às articulações, como a artrose, podem ser evitadas com uma vida saudável e alimentação balanceada durante toda a vida do pet. Mas mesmo com todos os cuidados tomados diariamente, nada substitui o Médico Veterinário, que deve ser visitado periodicamente para a avaliação constante das condições do pet, o que possibilita o diagnóstico precoce de possíveis problemas.

Para desmitificar a ideia de que gatos são animais que não gostam de carinho, o periódico Journal of Veterinary Behaviour realizou recentemente um estudo que classificou as raças conforme a sua afetuosidade com os humanos. Líder absoluto, o gato esfinge – aquela raça que não possui pelos ou bigodes – mostrou-se o mais carinhoso, provavelmente devido à forte dependência que tem em relação aos seres humanos, uma vez que precisa de ajuda para se manter aquecido. Foram analisados 129 gatos que vivem em Paris, na França. Na contramão do gato esfinge, o moggy-europeu-comum foi considerado o mais hostil em um ranking de 14 raças. Outros gatos também classificados como amigáveis foram os da raça persa, os birmaneses e os siameses. Para chegarem a esses resultados, os especialistas entrevistaram proprietários de felinos, que responderam questões sobre o comportamento dos animais. Os pesquisadores quiseram saber, por exemplo, qual é a reação do gato quando entra no quarto de seus donos (se procura se esfregar neles ou se parece evitar qualquer contato). Além disso, foi verificada ainda a reação dos felinos junto a veterinários e pessoas estranhas.


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Fique Ligado Obesidade

De olho nos

gordinhos

Obesidade aflige o mundo pet, prejudicando a qualidade e a estimativa de vida de muitos cães e gatos

e você não conhece ou nunca encontrou um cão ou gato obeso, olhe à sua volta. Segundo o último levantamento da Associação Médica Veterinária Americana (AVMA), 40% dos cães dos Estados Unidos carregam quilos extras. No Brasil, a estimativa é de que 30% dos cães e 25% dos gatos estejam nessa situação. A doença, grave não só para os humanos, pode contribuir consideravelmente para os casos de hipertensão arterial, diabete, insuficiência cardíaca, problemas articulares, entre outros, tornando a vida de animais idosos e que sofrem de displasia muito mais difícil e dolorosa. Má alimentação, vida sedentária e maus hábitos dos donos em relação aos pets são alguns dos fatores que levam ao sobrepeso. “São cada vez mais frequentes os casos de obesidade aqui na clínica, principalmente de cães e gatos que ficam dentro de casa. Antes podíamos classificar algumas raças, entre elas pastor alemão, rottweiler, buldogue inglês ou francês, beagle e labrador, como as mais propensas a desenvolver a doença. No entanto, hoje esse quadro mudou, e qualquer animal que não tenha uma vida saudável tende a acumular gordura, tornando-se suscetível a problemas hepáticos, articulares, de coluna e até mesmo cardíacos, podendo, neste último caso, vir a óbito”, diz a Médica Veterinária Valéria Trombini Vidotto Lemes, doutoranda em ortopedia e traumatologia veterinária. Se é preciso levar a sério a obesidade em humanos, o mesmo deve ser feito em relação aos bichinhos, como explica a Zootecnista Ana Paula Pereira, especialista em nutrição de cães e gatos e mestranda em nutrição de monogástricos. “O risco de obesidade em pets em nada é diferente daquele verificado em humanos, já que ambos sofrem os mesmos problemas, bastando para isso um bom diagnóstico”, afirma. “A doença está diretamente ligada à humanização dos animais, por conta da vida moderna. Cada vez mais eles recebem agrados alimentícios, muitas vezes prejudiciais à saúde,

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como uma maneira de suprir a ausência do dono. Isso causa desequilíbrio nutricional em sua dieta e, consequentemente, obesidade”, completa. Além do sedentarismo, algumas patologias que envolvem desordens metabólicas também são prejudiciais. Nesses casos, quando o animal não tem acompanhamento especializado, como o de um nutricionista, por exemplo, que ajusta o seu consumo de alimento, o quadro tende a ficar mais sério, prejudicando a sua qualidade de vida. Entretanto, para um diagnóstico acertado é preciso entender o que é a obesidade. Segundo Valéria Lemes nota diariamente, Pereira, ela difere do sobrepeso, na clínica, o aumento no número embora ambos sejam preocupande animais obesos tes. “Sobrepeso é o estado corporal em que o animal apresenta gordurinhas no peito, no rabo e no pescoço. Porém, é possível sentir as suas costelas com uma compressão média. No caso da obesidade, o pet apresenta em todo o corpo uma camada extra de gordura, alcançando um peso entre 15% e 20% maior do que o padrão da raça. Além disso, é difícil apalpar as suas costelas, mesmo com grande compressão”, explica. A Zootecnista informa que o ideal é que o exame seja realizado por um Médico Veterinário, mas também pode ser feito pelo próprio proprietário como uma forma de avaliar constantemente o score corporal de seu animal de companhia.

Castração x obesidade

Muito se fala sobre a castração como uma das principais vilãs para o desenvolvimento da obesidade. No entanto, isso não é consenso entre os Médicos Veterinários, já que muitos animais castrados conseguem manter seu peso a vida inteira. “O que podemos atestar


é que a castração tranquiliza o animal, principalmente o gato. Os pets passam a ser mais caseiros e menos agitados. Há, ainda, a desaceleração da circulação hormonal, o que pode levar ao sobrepeso se não houver atenção do proprietário. No entanto, não podemos afirmar que é uma regra”, diz Lemes. Compartilhando da mesma opinião, Pereira ressalta que o acompanhamento de um Para Ana Paula Pereira, o aumento especialista é essencial para a de casos de obesidade se deve à manutenção do peso do animal humanização dos animais castrado. “Os pets que não realizam atividades físicas e que não ingerem a quantidade de ração indicada nas embalagens acabam convertendo essa energia em gordura corporal. Por isso é importante o controle nutricional contínuo, independentemente da raça e do porte do animal. Mas, infelizmente, o que vemos hoje é que muitas pessoas não obedecem as quantidades indicadas de alimento e, menos ainda, dão atenção especial ao sobrepeso de seus cães e gatos.”

Dieta

Ao contrário dos homens, que estão expostos a tentações diariamente, o que torna difícil o controle calórico, os pets entram em dieta muito mais fácil, já que isso exige apenas a conscientização de seus donos. Levar o animal para passear todos os dias e controlar o volume energético ingerido por ele, com base em seu peso, idade, estágio fisiológico, grau e duração das atividades físicas, são algumas das alternativas, além, é claro, de evitar os petiscos fora dos horários das refeições. “Pesar o animal regularmente e analisá-lo fisicamente são ações que auxiliam o proprietário e o profissional a buscarem um equilíbrio em sua alimentação. Em casos de animais obesos, antes de tudo é importante que seja feito um acompanhamento por um nutricionista, por meio de um programa de emagrecimento. Assim, em conjunto com o Médico Veterinário, deve-se estabelecer um plano alimentar até que o animal atinja o peso ideal. A partir disso, o equilíbrio e o monitoramento constantes são importantíssimos”, explica Pereira. Também na opinião de Lemes o acompanhamento de um especialista é fundamental nesses casos. “Hoje existem vários Médicos Veterinários e outros profissionais especializados em nutrição animal. Por isso, quando atendo um caso de obesidade, normalmente encaminho para um Nutricionista e já indico algumas das várias rações existentes no mercado para esses animais, como as lights”, conta. No entanto, segundo ela, não adianta comprar esses produtos sem que haja um controle do proprietário e sem a instauração de uma nova rotina para o pet que inclua atividade física. Esta pode ser desde uma simples caminhada até aulas de natação em centros de fisioterapia, no caso de animais que já apresentam problemas de articulação.

Caso clínico

Um dos fatores de risco ligados à obesidade é a hiperlipidemia, que consiste em valores elevados de gorduras, como colesterol e triglicérides, no sangue. Para tentar solucionar os casos de hiperlipidemia diagnosticados em seu consultório, a Médica Veterinária Flávia Tavares adotou para os pets uma dieta à base de comida, ou ração, com suple-

mentação vitamínica. “Percebi que os proprietários não são orientados sobre a importância de uma dieta adequada, oferecendo a seus animais a quantidade de alimento que eles querem, e não o que é saudável. Fora a quantidade excessiva de comida, há ainda o sedentarismo”, aponta. “Por isso”, diz, “passei a indicar uma dieta, elaborada caso a caso, em que o cão se alimenta de três a quatro vezes por dia, com o acréscimo do Gama Dog® (suplemento vitamínico produzido pela MSD Saúde Animal) nas duas principais refeições.” Rico em Gama-Orizanol (mistura de substâncias derivadas do óleo de farelo de arroz, incluindo esteróis e ácido ferúlico), o GAMA DOG® possui a melhor relação de ácidos graxos essenciais que um óleo pode ter, segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). É um antioxidante natural, proporcionando melhoria no desempenho físico e, além disso, é de alta palatabilidade, o que favorece sua ingestão pelo pet. “Não verifiquei rejeição quanto à nova rotina alimentícia e os cães se adaptaram bem à dieta. Mas o destaque foi que, após seis meses, ao repetir o exame de sangue, os glicerídeos estavam normalizados”, informa Tavares. “Com um mês já pude observar melhoras e percebi que quando, por algum motivo, faltava o GAMA DOG®, os animais voltavam a ficar sonolentos e indispostos”, diz. Além disso, a profissional notou que os pets em fase de tratamento não perderam quantidades significativas de massa muscular. Ferramentas para melhorar a vida de animais obesos, proporcionando a eles um dia a dia mais saudável e evitando, assim, um encurtamento desnecessário de sua estimativa de vida, são várias. Todavia, antes de procurar um especialista é fundamental que o proprietário reflita se está ou não disposto a eliminar os maus hábitos em função do bem-estar de seu pet. “Obesidade tem cura, mas o primeiro passo do tratamento é convencer o proprietário a mudar seus hábitos. Cabe ao Médico Veterinário e ao Nutricionista auxiliarem nesse processo e conscientizarem os donos de que sem o empenho deles não há sucesso. Um bom programa de emagrecimento, aliado a uma boa alimentação, é a chave para que os cães e gatos saiam desse estado patológico de forma eficaz e saudável”, conclui Pereira.


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Raças Buldogue francês

Pequenos notáveis

Simpáticos, companheiros e rústicos, os buldogues franceses conquistaram o Brasil

ada vez mais em alta no Brasil, o buldogue francês, também conhecido como frenchie, tem como ascendentes os antigos buldogues da Grã-Bretanha e os pequenos alanos – cães molossos (de físico forte) que acompanhavam os alãos, povo de origem indo-europeia que habitava a região do Cáucaso e enfrentou os romanos em diversas guerras na região da Gália e da Espanha, antes do século V. Mas não demorou para cair no gosto da alta sociedade francesa, que, logo em 1885, fez o seu primeiro registro, com posteriores modificações em 1931, 1932, 1948, 1986 e 1994. Hoje o buldogue francês pode ser encontrado em qualquer tipo de lar, sendo recomendado tanto para casais sem filhos, como para crianças e idosos. É um animal paciente, carinhoso e, mesmo mais velho, não necessita de exercícios. Seu peso não deve ser inferior a 8 quilos e nem superior a 14 quilos, pois, para um buldogue saudável, deve ser proporcional ao talhe (estatura e feição do corpo). No entanto, hoje isso está mudando – dificilmente vemos um cão macho com menos de 14 quilos, o que pode indicar que logo haverá algumas modificações no padrão da raça.

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Quanto à coloração, esses animais podem ser uniformemente coloridos, fulvos (espécie de ruivo), tigrados ou com manchas médias ou predominantes. Todas as nuances do fulvo são admitidas, do vermelho ao café com leite. Os exemplares inteiramente brancos são classificados dentro da categoria dos fulvos tigrados com manchas brancas predominantes. Trufa (focinho) muito escura, olhos escuros circundados por pálpebras escuras e alguma despigmentação da face são características que podem ser excepcionalmente toleradas nos cães que apresentam boa representatividade da raça.


Curiosidades - A história do buldogue francês está ligada à marginalização britânica durante o século 19, época em que ele existia em apenas um tamanho na Grã-Bretanha, já que os exemplares nascidos menores eram rejeitados. Após serem levados à França, os animais menores encontraram mais liberdade para se desenvolver. Primeiramente, eles foram criados para caçar ratos, mas, após figurarem em pinturas de Degas e Toulouse-Lautrec (pintores impressionistas do século 19), se tornaram populares, inclusive na Inglaterra.

tes de seu dono. Por isso, esteja disposto a dar o máximo de atenção a eles quando estiver presente. - Esteja preparado para uma trilha sonora constante: o ronco. Como todo cão sem focinho, eles são excelentes roncadores! - Eles não sabem nadar, assim como os buldogues ingleses. - Para o parto, é preciso fazer cesariana, já que a cabeça dos filhotes é muito larga para o parto natural.

- Os buldogues franceses são extremamente dependen-

Cuidados

O buldogue francês é um animal muito dócil e brincalhão, mas que protege seu alimento, devido ao seu instinto de caça. Também é um cão bastante alerta, mas sem ser chato e insistente. Suas principais diferenças em relação ao buldogue inglês são, além do tamanho, a paciência para brincadeiras e o porte mais atlético, o que lhe proporciona menos problemas de saúde. Mesmo sendo mais atlética, a raça deve evitar o calor excessivo. Os buldogues franceses devem ser deixados em locais abertos, com bastante ventilação e muita sombra, ou dentro de casa. Já os banhos precisam ser semanais ou quinzenais – e é preciso ter um cuidado especial com os seus ouvidos, rugas e dobras pequenas da cauda. Para evitar a obesidade, mal que pode acometer a raça, a receita é a mesma para qualquer tipo de cão: basta ministrar a alimentação com uma ração de qualidade e evitar petiscos em demasia. Além, é claro, da prática de exercícios físicos moderados em horários mais frescos, como de manhã, até as 10 horas, ou depois das 16 horas. A raça apresenta, também, predisposição às alterações nas formas das vértebras, efeito colateral oriundo de seu desenvolvimento, já que comporta cães robustos e de tronco curto. Por isso é comum o aparecimento de hemivértebras, constituídas pelo crescimento parcial de uma vértebra, que permanece em forma de cunha ou borboleta. Outra enfermidade recorrente no buldogue francês é o prolapso da glândula da terceira pálpebra ou glândula de Harder, também conhecida como cherry eye (olhos de cereja). O mal ocorre, geralmente, por causa da flacidez dos tecidos, podendo melhorar à medida que o cão amadurece. Alguns agentes irritantes, como pólen, materiais de limpeza ou até mesmo o ato de coçar os olhos, podem precipitar a saída da glândula.

Caso isso ocorra, é imprescindível procurar um Médico Veterinário para obter uma orientação sobre o melhor procedimento a ser adotado, que pode ser desde manual, com auxílio de pomadas e colírios, até cirúrgico, caso o problema seja mais sério.

Por que ter um buldogue francês?

Além de sua simpatia e carinha irresistível, esses cães são adaptáveis à vida nas grandes cidades e apartamentos, além de serem ótimos companheiros, pequenos e rústicos ao mesmo tempo. Entretanto, a repentina procura por esses cães é, na realidade, um sinal de alerta. O ‘modismo’ não é bom para nenhuma raça, pois ela acaba se transformando em alvo para os ‘cachorreiros’, criadores que muitas vezes não respeitam os animais e que visam apenas o lucro. Um bom criador é idôneo e produz campeões e vencedores de ranking saudáveis. Por isso, um alerta aos futuros proprietários: não procurem qualquer animal ou raça pelo preço, mas pela idoneidade do criador. Prefiram um cão bem criado, com ração super premium, e procurem canis com espaço, higiene e bons funcionários. Como tudo isso custa caro, é possível perceber a intenção do criador e sua seriedade. Feito tudo isso, é só aproveitar o seu novo amigo. Você não irá se arrepender! *Artigo escrito por Rodrigo Aquino e Critiane Jurczyk Vassalli, criadores e proprietários do Canil New Romanov – Bulldog Francês & Dobermann http://www.newromanov.com | contato@newromanov.com Tel. (21) 8778-3312 e (21) 2703-9737


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Capa ACTIVYLTM: tecnologia a favor do abraço

A difícil batalha contra as PULGAS

Novo produto chega ao mercado para proteger os cães e gatos contra esses pequenos insetos transmissores de diversas doenças

m inseto pequeno, com 2,5 a 3 milímetros de comprimento, três pares de patas e aparentemente inofensivo. À primeira vista essa é a ideia que as pulgas, parasitas da ordem Siphonaptera, podem passar aos mais leigos. No entanto, são muito mais nocivas, tanto para pets quanto para humanos, do que se imagina, podendo ser transmissoras de graves doenças. A infestação por pulgas pode causar danos diretos ou indiretos aos animais de estimação, levando-os a óbito quando não tratados, como explica o professor Marcelo de Campos Pereira, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/ USP). “Como ectoparasitas, esses insetos exercem ação espoliadora. Cada vez que se alimenta, ação executada várias vezes ao dia, uma pulga pode ingerir, em média, 0,38 mililitros de sangue. As fêmeas da espécie Ctenocephalides felis, por exemplo, ingerem aproximadamente 13,6 microlitros de sangue por dia, ou seja, 15 vezes o seu peso corpóreo. Portanto, infestações em animais de pequeno porte podem resultar em anemia ou mesmo morte.” Esses insetos podem transmitir doenças aos homens e a outros animais de três maneiras: como vetores biológicos, quando ocorre em seu organismo apenas a multiplicação do agente etiológico (vírus, bactérias ou riquétsias – microrganismos que apresentam tanto características de bactérias quanto de vírus); como hospedeiros intermediários, quando sua participação é obrigatória para o ciclo evolutivo de parasitas como protozoários e helmintos; e como vetores mecânicos, quando não há multiplicação e desenvolvimento do patógeno, que é transmitido apenas mecanicamente por suas peças bucais. “De forma geral, as pulgas podem atuar como parasitas e como transmissores de doenças. Na primeira vertente, causam irritação e dermatite alérgica, em caso de grande infestação. O animal fica inquieto e, na tentativa de se livrar desses parasitas, se arranha, se coça e chega até a arrancar parte de sua pele.

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Quando a reação é mais severa pode indicar, também, uma hipersensibilidade ao hospedeiro”, explica o doutor em parasitologia Pedro Linardi, professor titular aposentado do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ex-coordenador do Programa de Pós-graduação em Parasitologia da instituição. Ele completa: “Ainda nessa vertente, os parasitas podem conduzir os animais à anemia e gerar inflamações, como no caso das pulgas penetrantes que entram em seu corpo.” Já na segunda vertente, como transmissoras de doenças, Linardi explica que as pulgas são responsáveis pela transmissão da Yersinia pestis (bactéria causadora da peste), que, no século 19, matou um quarto da população europeia.


Transmissão

Ainda segundo Linardi, há hoje no mundo mais de 3 mil espécies de pulgas, sendo que 70% se hospedam em roedores. No Brasil ocorrem 62 espécies, das quais cerca de dez podem infestar animais domésticos. Todavia, as mais frequentes são Ctenocephalides canis, Ctenocephalides felis, Tunga penetrans e Pulex irritans. Entre as doenças bacterianas transmitidas pelas pulgas destacam-se: tifo murino ou tifo endêmico, tifo de carrapato ou febre maculosa, doença da arranhadura, salmoneloses e peste. Além das doenças bacterianas, certas tripanossomíases, que atingem vertebrados e são causadas por protozoários parasitas do gênero Trypanosoma, como o Trypanosoma lewisi, também são transmitidas pelas pulgas. O protozoário multiplica-se no parasita e a transmissão é, essencialmente, realizada por contaminação fecal. “É importante ressaltar que as doenças podem ser transmitidas das duas formas, tanto do pet para o humano quanto do humano para o pet. É o caso do popularmente chamado bicho de pé, que é a pulga do gênero Tunga penetrans, cuja fêmea fecundada penetra na pele, causando forte coceira e abrindo a porta para infecções de agentes patogênicos. Uma vez contaminado, o animal pode transmitir a enfermidade para seu proprietário, outra pessoa ou mesmo outro animal”, diz Linardi.

Prevenção

Uma pulga fêmea coloca de 40 a 50 ovos por dia, por mais de 100 dias, o que gera aproximadamente 5 mil ovos durante sua vida. Desses, de 25% a 30% desenvolvem-se e transformam-se em pulgas adultas. Exterminá-las é inviável, mas conviver com elas e seus possíveis males também não é uma tarefa fácil. Por isso, a solução para uma convivência menos prejudicial é a prevenção, nos ambientes interno e externo, e o controle químico. “Qualquer programa de controle integrado de pulgas deve, primeiramente, visar à redução das infestações a níveis toleráveis, que são subjetivos e devem ser determinados respeitando as características inerentes a cada situação, o que envolve o parasito, o hospedeiro e o ambiente comum a ambos. Os programas de controle têm como base a combinação harmônica de métodos mecânicos e culturais, que consistem no manejo das condições ambientais, e métodos químicos, que abrangem o uso adequado de produtos seletivos”, explica o professor Pereira. O controle mecânico e cultural nada mais é do que a alteração ou remoção das condições que propiciam o desenvolvimento de populações de pulgas. O proprietário do pet deve ficar atento aos locais mais frequentados pelos animais, onde os ovos tendem a se acumular. Em relação às áreas internas, a primeira etapa é a limpeza, com especial atenção aos locais de difícil acesso. “O uso regular de aspirador de pó deve ser estimulado como parte de qualquer programa de controle integrado. Além de possibilitar a retirada de boa parte dos ovos e das larvas, o aspirador estimula a emergência das pulgas adultas, que serão convenientemente removidas. Nesse aspecto, áreas acarpetadas e utilizadas com frequência por cães e gatos merecem os maiores cuidados. Redobrada atenção para almofadas, sofás, inclusive embaixo do móvel, e peças utilizadas na cama dos animais, como cobertas, mantas, tapetes, panos, etc.”, conta

Para Pedro Linardi, a prevenção e o monitoramento dos ambientes externos são fundamentais Pereira. Ele ainda reforça que os sacos de pó utilizados na limpeza devem ser vedados e descartados imediatamente. Externamente é importante dar atenção às áreas sombreadas, frequentemente úmidas e protegidas da luz solar direta, como canis, coberturas de garagem, áreas de serviço, gramados arbustivos com acúmulo de folhas e galhos secos, entre outros locais frequentados pelos animais durante as horas mais quentes do dia. “A prevenção é fundamental e o animal, assim como os locais que ele costuma ficar, deve ser sempre monitorado. Quando o pet tem uma pelagem branca, por exemplo, a constatação da existência de pulgas é mais fácil, já que, ao mexer em seu pelo, é possível encontrar um pó preto, que nada mais é do que as fezes desses insetos. Quanto mais fezes forem encontradas, maior é a infestação por pulgas e maior deve ser o cuidado”, diz o professor Linardi. Por sua vez, o controle químico deve ser feito com o uso de produtos que repelem as pulgas, como inseticidas. Segundo Pereira, até recentemente esse controle era realizado, quase que de forma exclusiva, com produtos à base de organofosforados, carbamatos e piretróides, em associações ou não, e em diferentes formulações e modalidades de aplicação – pó, sabonete, coleira, talco, xampu e bisnagas de aplicação dorsal ou pour-on. “A recomendação primordial era a utilização desses produtos em conjunto com inseticidas ambientais. Todavia, em vários países, a rápida adaptação das pulgas a alguns princípios ativos de cada uma das três classes de fármacos e a sua aplicação inadequada, desordenadamente e sem orientação profissional, conduziram inexoravelmente ao problema da resistência. Por esses fatores, nos últimos meses temos observado um grande avanço no desenvolvimento de novos produtos destinados ao controle de pulgas.”


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Capa ACTIVYLTM: tecnologia a favor do abraço

Bioativação no controle das pulgas

Inédito no Brasil, o ACTIVYLTM é eficaz contra pulgas adultas e aquelas em fase de desenvolvimento, evitando nova infestação por, pelo menos, quatro semanas. “O ACTIVYLTM é único no mercado. Seu princípio ativo, o indoxacarbe, é um pró-inseticida que requer um processo metabólico chamado bioativação para exercer sua ação. Assim que a pulga entra em contato ou ingere o indoxacarbe, enzimas intestinais do próprio inseto irão converter o produto em um metabólito com alto poder inseticida, que bloqueará os canais de sódio que regulam o fluxo de íons no sistema nervoso da pulga. Dessa forma, em até quatro horas, o inseto tem sua atividade coordenada (alimentação e oviposição) interrompida, com posterior paralisia e morte”, explica o Gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Andrei Nascimento. Sabe-se que o controle ambiental também é essencial para o tratamento adequado das infestações por pulgas, por isso ACTIVYLTM também atua no ambiente em que vivem os animais tratados eliminando as formas imaturas em desenvolvimento quebrando o ciclo de vida das pulgas. O ACTIVYLTM foi testado em 165 locais onde habitavam cães e em 153 onde viviam gatos. Nesses ambientes domésticos havia diferentes níveis de infestação: leve (máximo de cinco pulgas), moderada (cerca de dez pulgas) e grave (589 pulgas). Em menos de quatro semanas foi demonstrada uma grande resposta ao tratamento, mesmo nos casos de infestações graves. “Em estudos realizados na Alemanha, na França, na Espanha e na Austrália, diversos grupos de animais foram tratados com ACTIVYLTM e com outro produto disponível no mercado, à base de fipronil, com intervalo de quatro semanas. ACTIVYLTM demonstrou maior eficácia, produzindo uma redução maior do número de pulgas, tanto em cães quanto em gatos, e controlou melhor o ambiente, reduzindo as formas de desenvolvimento do parasita. Além disso, os animais que participaram das pesquisas não apresentaram nenhuma reação adversa sistêmica. Foi comprovado, ainda, que o produto, à base de indoxacarbe, pode ser utilizado no tratamento de dermatite alérgica à picada de pulgas”, conta Nascimento. Um dos estudos* observou ainda que, com a associação do produto à coleira impregnada com deltametrina a 4% (SCALIBOR®), houve o controle eficaz de carrapatos em 48 horas. Não foi observada nenhuma reação adversa geral ou local nesse estudo, nem houve qualquer mudança nos parâmetros medidos de química clínica, hematologia ou coagulação sanguínea dos animais. Logo, a associação, além de segura, mostrou-se extremamente sinérgica, sobretudo na rapidez do combate aos carrapatos.

O produto, com secagem rápida e sem aroma, é de fácil aplicação e é disponibilizado em diversas apresentações, de acordo com o tamanho do animal (ver box abaixo). “Podemos concluir que o uso de um produto antipulgas eficaz não somente contra as pulgas adultas mas também eficiente em combater as formas imaturas em desenvolvimento no ambiente, tem se mostrado a estratégia mais rápida para quebrar o ciclo de vida desses parasitas e prevenir todos os males que são capazes de causar, tanto para os homens quanto para os pets”, diz a Gerente de Produtos Pet da MSD Saúde Animal, Andrea Bonates.

Conheça as APRESENTAÇÕES do ACTIVYLTM disponíveis no mercado Cães

Apresentação

Dose unitária (mL)

ACTIVYL® Solução “pour-on” para cães até 6,5 Kg

0,51 mL

ACTIVYL® Solução “pour-on” para cães entre 6,6 e 10 Kg

0,77 mL

ACTIVYL® Solução “pour-on” para cães entre 10,1 e 20 Kg

1,54 mL

ACTIVYL® Solução “pour-on” para cães entre 20,1 e 40 Kg

3,08 mL

ACTIVYL® Solução “pour-on” para cães entre 40,1 e 60 Kg

4,62 mL

Gatos

Apresentação

Dose unitária (mL)

ACTIVYL® Solução “pour-on” para gatos até 4 Kg

0,51 mL

ACTIVYL® Solução “pour-on” para gatos acima de 4 Kg

1,03 mL

*Efficacy and safety of concurrent use of an indoxacarb spot-on and a 4% deltamethrin-impregnated collar against flea and tick infestations on dogs. Autores: Qureshi T, Fourie J, Luus H, Flochlay-Sigognault A, Guerino F. Proc. WAAVP 23rd International Congress, 21-25 August 2011, Buenos Aires, Argentina.


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Parceria Profissionalização da equipe de distribuição

MSD Saúde Animal firma parceria com ESPM para profissionalização dos distribuidores reocupada com o crescimento e a profissionalização da sua rede de distribuidores, a MSD Saúde Animal implementou em 2011 o Programa de Gestão e Liderança (PGL), parte do Programa Nacional de Distribuição. Para aperfeiçoá-lo, neste ano firmou uma parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), para que cursos sejam ministrados ao principal executivo de cada distribuidora, que poderá aplicar imediatamente os conhecimentos em seu negócio. De acordo com o Diretor de Operações de Negócios da MSD Saúde Animal, Gubio Almeida, responsável pelo programa, o objetivo é formar competências focadas na administração dos negócios. “O PGL e a parceria com a ESPM são atitudes inovadoras e pioneiras no mercado de saúde animal. Queremos desenvolver a gestão desses distribuidores para que componham a melhor rede de distribuição do Brasil”, explica. O programa contempla, em média, 50 empresas, que abrangem as linhas de ruminantes e pet. A proposta é que, em 2013, os distribuidores das demais unidades também possam participar. Com aulas teóricas e práticas, os treinamen-

P

tos para os distribuidores pet e pecuária foram ministrados em agosto e setembro, com duração de dois dias, em turmas de 25 pessoas. Os temas tratados no primeiro módulo foram gestão de relacionamento com os clientes e gestão financeira, enquanto no segundo foram abordados os assuntos merchandising estratégico e liderança. Ao final do curso, os participantes receberam certificado assinado pelas duas instituições. Gubio explica que a grade do curso foi definida em conjunto pela MSD Saúde Animal e pela ESPM, que encarregou alguns professores de visitarem distribuidores para confirmar quais eram as competências carentes de treinamento. “Já vemos uma evolução da nossa rede desde o início do curso. O faturamento individual de cada um cresceu cerca de 20%, sendo que a MSD Saúde Animal investiu 27% a mais em 2012, comparado ao ano anterior”, enfatiza. O professor da ESPM Marcelo Ermini, que abordou o tema merchandising estratégico, destaca que os assuntos são relativos às necessidades de uma nova postura do parceiro diante dos desafios do mercado e do novo perfil dos consumidores. Para a diretora de Educação Executiva da ESPM, Célia Marcondes Ferraz, faz parte da mis-

são da instituição de ensino contribuir para o aperfeiçoamento da gestão das empresas estabelecidas no Brasil. “O projeto da MSD Saúde Animal tem o mérito de oferecer aos distribuidores a oportunidade de aumentar a competitividade por meio dos cursos oferecidos. É uma louvável iniciativa, da qual tivemos a honra de participar”, afirma. Para 2013, a MSD Saúde Animal pretende focar a reflexão sobre o equilíbrio entre pessoas, resultados e delegação. “Percebemos essa necessidade, já que nossos distribuidores são empresas familiares, em que o dono é o primeiro executivo. Muitos deles começaram como empresas pequenas e hoje faturam milhões anualmente”, explica Gubio Almeida.

Gubio Almeida, da MSD Saúde Animal

depoimentos A mensagem que os distribuidores levaram dos treinamentos é de que é importante compreender as necessidades e desejos de cada público dos pontos-de-vendas para que a empresa se mantenha em destaque e atinja os objetivos de negócios.

Juliano Marques, da Vet Center Distribuidora “A MSD Saúde Animal saiu na frente, nos proporcionando um curso de alto nível, que transformará o nosso negócio. Além de preparar o distribuidor, capacita toda a cadeia para enfrentar o mercado.”

Diego Altoe, da Vetlog “Foi muito interessante o processo de capacitação dos profissionais para atuarem com menor risco no mercado, que está cada vez mais competitivo.”

Patrícia Arantes, da Abase “Os conteúdos foram bastante pertinentes e os professores apresentaram experiência prática, o que certamente contribuirá para que haja mudanças e aprimoramento no modo de trabalhar dos distribuidores.”


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Olho Clínico Diabetes mellitus

Meu pet está com diabete, Embora pouco conhecida, a diabetes mellitus vem se tornando cada vez mais frequente em cães e gatos

e agora?

uitos convivem com a doença, mas poucos sabem que ela também pode afetar os animais de estimação. A diabetes mellitus, doença hormonal caracterizada pela diminuição ou ausência da produção de insulina pelas células do pâncreas, levando a um estado de hiperglicemia, cresce a cada ano no Brasil – hoje já são 12 milhões de pessoas diabéticas, segundo dados da Associação Brasileira de Diabetes. Com os pets não é diferente. Mesmo não havendo dados epidemiológicos concretos, a Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV) acredita que um em cada 200 cães ou gatos sofre com a enfermidade. Com sintomas como poliúria (excesso de urina), polidipsia (aumento da ingestão de água), polifagia (apetite exagerado), perda de peso e cansaço, a diabete ataca, principalmente, animais idosos e sedentários. Segundo a Médica Veterinária Alessandra Martins Vargas, diretora da clínica Endocrinologia e Metabologia Veterinária (Endocrinovet), a doença é classificada em dois tipos: dependente e não dependente de insulina. As raças poodle, cocker spaniel, schnauzer e labrador são as mais atingidas, sendo que as fêmeas são mais acometidas que os machos, em uma proporção de três para um. Já em relação aos gatos, não há predisposição sexual ou racial para desenvolver a doença. “Acredito que o aumento na incidência da diabete seja secundário se comparado ao aumento da obesidade, que é a principal causa da doença. É preciso cuidar da alimentação e da saúde dos animais, além de realizar visitas frequentes ao Médico Veterinário”, diz Alessandra.­

m

Rodrigo Brum, sócio-fundador da ABEV e sócio-diretor da Clínica Veterinária Pet Model. O diagnóstico, por sua vez, é feito por meio de exames de glicemia e urina. No caso dos gatos, é necessário, ainda, mensurar a frutosamina para verificar se o animal possui valores acima da média.

Prevenção

Evitar o sobrepeso, com alimentação balanceada e exercícios físicos regulares, é um importante passo para a prevenção da diabete. “Não fazer uso indiscriminado de corticoides (orais ou tópicos) sem prescrição médica, caminhar com o animal e procurar atividades monitoradas pelo Médico Veterinário especializado em condicionamento físico e reabilitação, como, por exemplo, esteira aquática e natação, são auxiliares importantes”, reforça Alessandra. Brum soma a todas essas recomendações a de evitar os cruzamentos consanguíneos, ainda que não sejam os únicos fatores envolvidos. “Acredito que o aumento de casos de diabete em cães e gatos esteja atrelado à vida sedentária que têm levado, dentro de apartamentos, favorecendo a obesidade e a propensão ao desenvolvimento da doença.”

Causas e diagnóstico

Além da obesidade, que contribui para a resistência à insulina, tornando animais acima do peso mais suscetíveis à patologia, outras causas podem ser associadas à diabete, entre elas predisposição genética, fatores ambientais e até mesmo o cruzamento de raças. “Outras doenças hormonais, como hiperlipidemias (aumento de lipídeos no sangue), e o uso de algumas medicações que contenham corticoides em sua formulação podem desencadear a doença”, explica

Alessandra Vargas alerta que a principal causa do aumento da incidência da diabete em cães e gatos é a obesidade

Tratamento

Assim como os humanos, os pets, quando diagnosticados com diabetes mellitus, precisam de cuidados para o resto da vida. Além de hábitos mais saudáveis, é imprescindível a administração correta de insulina, no caso da diabetes mellitus dependente de insulina, já que o organismo não a produz mais e, sem ela, não há como preservar a vida do animal. “É muito importante que o proprietário do paciente diabético compreenda todos os aspectos da doença e, principalmente, entenda que a sua participação no tratamento será decisiva para a sobrevivência do animal e o sucesso terapêutico”, explica Vargas. O início do tratamento com insulina exige um acompanhamento rigo-


roso, sendo necessário de 30 a 40 dias para que o Médico Veterinário duração do efeito (curta, intermediária ou longa ação). No Brasil, a CANINSULIN® é a única insulina de uso veterinápossa definir as doses diárias e a frequência das aplicações (uma ou duas vezes ao dia). Para determinar esses números, o animal é sub- rio disponível para o tratamento de diabetes mellitus em cães e gatos. metido a um exame de curva glicêmica, que vai verificar se a dose foi Recomendado pela Endocrinovet, o medicamento é uma suspensão aquosa de insulina-zinco, que contém efetiva ou não, quanto tempo agiu no 40 U.I./mL de insulina suína de organismo e quais foram os valores alta purificação, sendo composta por mais altos e mais baixos da glicemia. 30% de insulina de zinco amorfa e Esse exame deve ser refeito a 70% de insulina de zinco cristalina. cada três meses, já que em alguns Sua aplicação poderá ser feita uma animais a dose de insulina pode vez ou duas vezes ao dia, de acordo sofrer variação. Além dele, os pets com orientação veterinária. necessitam de outros exames corriCom acompanhamento adequaqueiros, como hemograma, análise do e controle dos níveis glicêmicos, é de funções renal e hepática, além de possível manter uma ótima qualidade exame de urina. de vida. “No entanto, vale lembrar Hoje há, no mercado, vários que o Endocrinologista Veterinário tipos de insulina humana que tamé o profissional mais qualificado para bém podem ser usados em pets e o tratamento, uma vez que a doença apenas um tipo específico para uso Rodrigo Brum ressalta a importância de evitar os é multissistêmica e podem ocorrer veterinário. O que varia entre eles é cruzamentos consaguíneos complicações”, reforça Brum. a origem (recombinante ou suína) e a

Entrevista Os números da leishmaniose em SP

Leishmaniose visceral na mira de São Paulo

Doença que até há poucos anos não era registrada no Estado já preocupa autoridades

leishmaniose visceral americana começa a se alastrar em regiões do Brasil que antes não tinham casos registrados da doença. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a contaminação já saiu do Norte e do Nordeste do País e se espalhou por 21 estados, nas cinco regiões brasileiras. Dados do Ministério da Saúde mostram que de 2000 a 2009 foram notificados mais de 34 mil casos em humanos, com 1.771 óbitos. O Estado de São Paulo, que registrava pouquíssimas ocorrências, intensifica a preocupação, já que, segundo dados oficiais, de 2001 a 2008 houve um crescimento de mais de 50% nos casos caninos da zoonose. Em toda a região noroeste, incluindo Araçatuba,

a

Bauru, Birigui, Dracena, Lins, Panorama e Andradina, estima-se que cerca de 300 mil cães possam ter a doença. Para entender como está a situação real da zoonose no Estado, conversamos com a Médica Veterinária Ana Cecília França, do Departamento de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

Qual é a atual situação da leishmaniose visceral americana em São Paulo?

Estamos preocupados com a zoonose, assim como o restante do Brasil e do mundo. Sua gravidade pode ser relacionada ao modo como as interações entre homem e ambiente mudam o caráter de distribuição da doença. Os números nos mostram transmissão huma-

na e canina em algumas regiões do Estado, principalmente no oeste, caso dos municípios de Bauru, Araçatuba e Birigui, o que tem desencadeado ações específicas de controle.

Há alguma região do Estado em que ainda não houve ocorrência da doença?

Para considerar a região livre da zoonose, temos que descartar a ocorrência de elementos da cadeia de transmissão (casos humanos e caninos, bem como infestação pelo vetor), além de outros fatores de risco, e garantir um eficiente sistema de detecção de casos. Considerando isso, pode-se dizer que atualmente existem em São Paulo cerca de 180 municípios que preenchem esses quesitos, ou seja, que não apresentam risco da ocorrência da zoonose.


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Entrevista Os números da leishmaniose em SP

A capital se apresenta até hoje livre da transmissão em humanos, a partir do nosso sistema de detecção de casos. No entanto, o município é considerado uma área vulnerável, por apresentar condições para a instalação do vetor de leishmaniose visceral, possuir elevada população canina e possibilitar a introdução do agente etiológico, devido à intensa circulação de pessoas.

maniose visceral americana. Em relação à mortalidade, como em toda doença, existe a possibilidade de óbito. No País, a zoonose apresenta taxa de letalidade, que é o número de óbitos entre os doentes, no País em torno de 6%. Em nosso Estado está em torno de 7%.

O que se pode dizer em relação às regiões mais endêmicas do Estado?

Acredito que políticas de ação conjunta, integradas, considerando todas as nuances dessa questão delicada do controle em animais, são a saída para determinar mudanças no padrão de ocorrência da doença. Falta de informação ou informação errônea é um agravante e pode levar a conclusões inadequadas. Por isso, buscar fontes confiáveis, com embasamento científico, é, sim, fator primordial para se buscar ações de saúde coletivas ou individuais adequadas.

Para avaliar a gravidade, também temos que considerar os fatores acima. Existem áreas em São Paulo historicamente conhecidas pela transmissão em humanos e caninos, com uma capacidade de detecção maior da ocorrência de casos, pelo fato de a leishmaniose visceral fazer parte das doenças mais frequentes na região. Portanto, o conceito de gravidade, nesse caso, é relativo, pois essas áreas apresentam maior capacidade de detecção e uma rede de atendimento mais adequada para acompanhamento da situação epidemiológica, muitas vezes detectando casos precocemente e reduzindo sua gravidade.

Quais são as principais razões do aumento de casos no Estado?

Acredito que a mudança no padrão de interação entre homem e ambiente e os diversos fatores da cadeia de transmissão da doença são os principais agentes modificadores da situação. Hoje, consideramos que a doença apresenta-se em expansão no Estado, mas parece seguir um padrão de contiguidade em termos de transmissão.

Já temos dados relativos a 2012? Já houve mortes no Estado de São Paulo?

Acompanhamos os dados sistematicamente, a partir de um sistema de informação oficial chamado SINAN, ou Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Em especial, falo aqui dos casos em humanos, onde existe acompanhamento e notificação, já que há uma portaria do Ministério da Saúde que estabelece uma lista de doenças que devem ser registradas, acompanhadas e controladas, da qual faz parte a leish-

Que políticas deveriam ser adotadas para o controle desses números?

Caso não haja um controle efetivo, há como prever o progresso da doença?

A previsão de ocorrência baseia-se na análise de risco. O investimento em pesquisa e avaliação dos dados que temos nos sistemas oficiais é um modo de avaliar risco. Porém, existem determinantes que fogem da esfera da saúde, que interferem nessa distribuição. As questões ambientais e a interação homem/meio ambiente parecem ser o modo mais eficaz de avaliar riscos de modo assertivo.

Enquanto não há mudanças nas políticas públicas, que dicas você daria às pessoas para que protejam seus animais e, consequentemente, se protejam?

Como medidas individuais, a orientação do programa é o controle ambiental e a proteção com o uso de fômites impregnadas com piretroides sintéticos (substâncias com estrutura química similar às piretrinas naturais, entre elas a deltametrina), além do tratamento tópico com inseticidas, por meio de banho ou aplicação localizada nos cães. São ações que dependem diretamente do proprietário do animal, requerendo aplicações repetidas, com tempo limitado de ação.


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AmaVet-AmaPet Programas de relacionamento

Prêmios úteis para o seu dia a dia e

reconhecimento Conheça os premiados dos programas de relacionamento AMAvet e AMApet, da MSD Saúde Animal, neste trimestre

Alexandre e Taisi C. V. Amivet Ilha do Governador/RJ Smartphone Fábio e Leandro Clínica Veterinária Guarapari/ES Estufa Cláudio C. V. Honjo Cascavel/PR TV 42 polegadas

André PetClínica Campo e Lavoura Francisco Beltrão/PR Chiller unit

Cristina Balbuena C. V. Bicho Mimado Campo Grande/MS Frigobar 80l

Márcia Rizzi SOS Veterinária São Paulo/SP Bomba de infusão

Margarete e Márcia Pet Shop Molecão Santos/SP Chiller unit

Nilton Agromarcos Mirandópolis/SP Chiller unit

Maic Bicho Mineiro Sabará/MG Bisturi elétrico

Teresa Ponto Animal Campo Grande/MS Kit Glicose Digital

Ronan C. V. Estácio de Sá Belo Horizonte/MG Kit de Glicose

Kévia e João Pet Point Barreiro Belo Horizonte/MG Lavadora ultrassônica

Verônica Moraes Agroboi Forte Campinas/SP Medidor de pressão

Rômulo Animales Belo Horizonte/MG Ultrassom de tártaro

Teresa Ponto Animal Campo Grande/MS Monitor LCD 18 polegadas

Maria Aparecia e Álvaro Doh House Serra/ES Chiller unit

Ângela Petshop Mania Maringá/PR Telefone sem fio dois ramais

Idiane Rancho dos Pássaros Francisco Beltrão/PR Mesa de tosa dobrável

Zélia PetShow Londrina/PR Máquina de tosa

Mônica Rio de Janeiro/RJ Mesa de tosa

MUITOS PRÊMIOS Os programas AMAVet e AMAPet são direcionados, respectivamente, às principais clínicas veterinárias e pet shops do Brasil. Como prêmio, os vencedores ganham equipamentos de excelente qualidade, que modernizam os estabelecimentos e contribuem para facilitar o dia a dia dos profissionais, agilizar a venda e melhorar o atendimento aos clientes.


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Universidade Corporativa Plano de Carreira

Um plano de carreira

na Medicina Veterinária Sebastião Faria Jr., M.V., Ph.D. - Gerente Técnico de Pecuária - MSD Saúde Animal

frequente o comentário de que a medicina veterinária é uma profissão que exige muito amor, porque “não dá dinheiro”. Também são recorrentes as observações sobre a precariedade do trabalho, nas histórias de quem viu frustradas as expectativas da juventude e buscou outra atividade. Será mesmo que as desilusões são culpa de nossa profissão? Na vida profissional, como na vida sentimental, estas histórias fazem pensar nos versos de Camões: “As altas torres que fundei no vento, Levou, enfim, o vento que as sustinha, Do mal, que me ficou, a culpa é minha, Pois sobre coisas vãs fiz fundamento”. É possível, sim, superar o falso dilema entre “ganhar dinheiro ou fazer o que gosta”. Definir o tipo de trabalho que gostamos de fazer e encontrar, de maneira objetiva, o melhor formato para remunera-lo. Talvez tenha faltado aplicar a uma carreira levada ao sabor do acaso uma dose de planejamento estratégico, e nunca é tarde demais para fazê-lo. Pois aqui vão três ideias para o veterinário tomar o controle de sua carreira: Profissões e Ocupações, Competências Essenciais e Plano de Desenvolvimento.

É

Profissões e ocupações

Antes de mais nada, é preciso fazer uma distinção muito clara entre profissão e ocupação, um tema que tem sido bastante explorado pelo professor Roberto Macedo, economista e estudioso do mundo do trabalho. Escolhemos a profissão de médico veterinário, enveredamos por uma área de atuação, mas desconhecemos as diferentes ocupações a elas associadas. Como exemplo, pode-se exercer a profissão de veterinário, na área de clínica de pequenos animais, em diferentes ocupações: - clínico autônomo - empregado em hospital veterinário - professor universitário - promotor técnico, vendedor ou executivo na indústria de saúde animal.

A vida desses trabalhadores difere bastante, embora sejam todos veterinários e atuem na mesma especialidade. O que fazemos no dia a dia tem mais a ver com a ocupação, que define nossa rotina de trabalho. Você pode amar a clínica de equinos mas não ter perfil para trabalhar como autônomo; pode gostar de sanidade de bovinos mas por questões pessoais não poder mudar para uma região de pecuária forte. Nos dois casos é possível manter a área de atuação, se conseguimos encontrar outra ocupação.

Competências essenciais

O segundo ponto é lembrar que uma excelente qualificação técnica é condição necessária, porém não suficiente para o sucesso profissional. Por que alguns excelentes alunos na universidade não se tornam profissionais bem sucedidos? Competências essenciais a qualquer trabalho, mais ligadas a comportamento e gerenciamento, costumam definir o futuro da carreira. Desenvolve-las é cuidar da própria evolução pessoal. Veja como algumas delas podem ser decisivas. - boa comunicação – timidez pode ser vista como insegurança! - capacidade de trabalhar em equipe – sem ela, não há talento que resista... - visão de contexto – quem está atento ao mundo entende melhor a realidade. - rede de relacionamentos – contatos abrem portas; entrar e ficar é com você. - atitude empreendedora – o que posso fazer melhor, em vez de reclamar?

cada objetivo de desenvolvimento: o que vai ser feito, quando, como e onde. Um exemplo: com o objetivo de passar de um nível básico do inglês para avançado, fazer um curso na escola x, aos sábados, a partir de janeiro próximo, ouvir CDs de conversação no carro e participar de uma imersão intensiva nos EUA em julho. Vale destacar que nem tudo precisa ou deve ser aprendido com cursos ou livros, mas também com desafios novos e envolvimento em projetos específicos. Seu plano de desenvolvimento deve ser um contrato com você mesmo. Através desta página na VetNews, a U-CORP tem procurado estimular a atenção dos veterinários aos detalhes gerenciais da vida profissional. A partir da próxima edição e ao longo de todo o ano de 2013, teremos aqui a valiosa colaboração da renomada Escola Superior de Propaganda e Marketing, a ESPM. Um feliz ano novo e um ótimo Plano de Carreira a todos!

Plano de desenvolvimento

O conceito de planejamento estratégico usado pelas empresas vem da cultura militar, e pressupõe constante autoconhecimento e avaliação de cenários. A partir da lista de competências essenciais, o profissional poderá identificar seus pontos fortes e pontos fracos (ou “pontos a desenvolver”, no eufemismo corporativo...). E no lugar de lamentar suas limitações, na linha “sou assim mesmo”, planejará o que fazer para supera-las. É fundamental detalhar e por no papel (ou na planilha) as ações que serão efetuadas para

Sebastião Faria, Gerente Técnico de Pecuária da MSD Saúde Animal



Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente

Informação escrita pelo porteiro ou síndico Falecido Não existe o nº indicado

Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___ ___/___/___ ______________________________ RESPONSÁVEL Endereço para devolução: av. Sir Henry Wellcome, 335, Moinho Velho, Cotia-SP, 06714-050

IMPRESSO – Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT

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