VetNews PET - Ed 105

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ANO XVIII, Nº 105 JAN-FEV-MAR/2012

13º Prêmio Pesquisa Clínica

MSD Saúde Animal e A Hora Veterinária elegem os cinco melhores trabalhos de pesquisa



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Sumário

Editorial

As atrações desta edição

Da nossa Redação

Prêmio Veterinário Cidadão 2011

Caro (a) Leitor (a) da VetNews,

Segunda edição do Prêmio elege os três melhores trabalhos das categorias Médicos Veterinários, Universitários e Clínicas e Pet Shops.

É com grande prazer que abrimos a primeira edição deste ano apresentando os ganhadores do Prêmio Veterinário Cidadão 2011 e seus projetos. Importante não só para divulgar os trabalhos que

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visam ao bem-estar animal e à boa relação do Pet com a sociedade, a premiação busca fomentar essas boas práticas no mercado, mostrando que nós, enquanto profissionais da área da saúde, temos também o dever de promovê-las.

E mais, nesta edição: 4 CONEXÕES E GIROS As novidades do setor de Pet.

13º Prêmio Pesquisa Clínica

Aproveitando um dos assuntos mais trata-

Os vencedores dos cinco melhores projetos de pesquisa do Brasil.

conversamos sobre posse responsável

5 FIQUE LIGADO Posse responsável e a missão do Médico Veterinário.

9 RAÇAS

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Schnauzer Miniatura.

dos nos trabalhos vencedores do Prêmio, com o Presidente da ARCA Brasil, que defendeu a importância dos profissionais de Medicina Veterinária na divulgação desse conceito, já que eles fazem a linha de frente junto à população para que essa cultura tenha um avanço no País.

15 AMAVET AMAPET Conheça os vencedores do trimestre.

16 Mercado Nobivac® ganha share e prestígio pelas suas ações sociais.

Nesta 105a edição da VetNews PET você também conhecerá os cinco vencedores do 13º Prêmio Pesquisa Clínica, premiação realizada pela MSD Saúde Animal em parceria com a revista A Hora Veterinária.

18 universidade corporativa

Os trabalhos de pesquisa recebidos foram

Estilo de gestão para cada perfil.

muito interessantes e coube ao Comitê Científico Internacional da revista escolher os melhores, que, como recompensa, irão a um evento internacional da área, com todas as despesas pagas.

expediente

Além de todos esses assuntos, mostramos que a linha Nobivac®, marca global de vacinas da MSD Saúde Animal, cresceu 57% em 2011.

Ano XVIII, Nº 105, Jan-Fev-Mar/2012

Uma excelente leitura e que, neste

VetNews PET é uma publicação trimestral, editada pela MSD Saúde Animal. Opiniões e conceitos emitidos pelos colunistas e colaboradores não representam necessariamente os do informativo. Todos os direitos são reservados. Distribuição gratuita.

ano, possamos compartilhar novas

DIREÇÃO: Vilson Simon. COORDENAÇÃO: Vagner Santos. CONSELHO EDITORIAL: Andrea Bonates, Andrei Nascimento, Glaucia Gigli, Renato Salgado Teixeira e Marco Castro. REDAÇÃO: TEIA Editorial. Jornalista Responsável: Kelli Costalonga (Mtb 28.783). Edição: Danielly Herobetta. Redação: Érica Nacarato. DIAGRAMAÇÃO: Four Propaganda. Revisão: Liliane Bello.

Até a próxima!

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ideias, avanços e excelentes ações em prol dos animais e da saúde pública.

Andrea Bonates Gerente de Produtos PET da MSD Saúde Animal


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Conexões e Giros Novidades e principais assuntos do setor

Melhores amigos até na detecção de câncer

Mercado Pet arrecada 50,9 bilhões de dólares em 2011

Cientistas alemães descobriram que os cães podem ser grandes aliados para salvar vidas humanas, caso sejam treinados para este fim. Segundo a investigação realizada no Hospital Schillerhoehe, da Alemanha, esses animais podem ser capazes de farejar sinais da existência de câncer de pulmão em pessoas doentes. Para a constatação, a equipe contou com a ajuda de 220 voluntários, sendo 110 saudáveis, 60 portadores de câncer no pulmão e 50 pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de quatro cães (dois da raça Pastor Alemão, um Pastor Australiano e um Labrador). Todos os participantes respiraram em um tubo cheio de lã, que absorveu os odores da respiração. Após esse processo, os cães cheiravam os tubos e sentavam-se na frente das pessoas supostamente doentes. Os animais conseguiram acertar em 71% dos casos e os resultados do estudo foram publicados na revista científica “European Respiratory Journal”. Ainda não foi especificada a substância exata que os cães detectam no hálito dos doentes cancerígenos. No entanto, a descoberta abriu brecha para o possível desenvolvimento de “narizes eletrônicos”, capazes de distinguir a mesma substância química identificada pelo olfato canino.

Segundo levantamento divulgado recentemente pela Associação Americana de Produtos Pet (APPA), o consumo da indústria Pet americana ultrapassou US$ 50 bilhões em 2011, um crescimento de 5,3% em relação ao ano anterior, quando foram arrecadados US$ 48,35 bilhões. Para 2012, a expectativa é que o mercado cresça 3,8%, atingindo a casa dos US$ 53 bilhões. De acordo com a pesquisa, o segmento de serviços foi o que apresentou maior crescimento em 2011, com 7,9% de expansão em relação a 2010. No Brasil, o mercado também vai muito bem. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet), os brasileiros gastaram R$ 11 bilhões em produtos Pet em 2011. Desse montante, 66% correspondem a Pet food e 20% a serviços.

Comprovado: cães leem as expressões humanas Um estudo realizado pelo pesquisador Jozef Topal, da Academia Húngara de Ciências, mostrou que cães, bem como os bebês humanos, são sensíveis a estímulos que sinalizam a intenção de comunicação. A evidência se baseou na ideia de que os seres humanos e os cães compartilham a função cognitiva social presente em ambos entre seis meses e dois anos de idade. Para testar o estudo, Topal e outros especialistas acompanharam o movimento dos olhos dos cães enquanto eles observavam as gravações em vídeo de seres humanos mostrando um pote plástico. Quando alguém do vídeo disse “oi, cão!” em voz estridente, olhando para o animal fixamente e depois se voltando ao pote, eles foram mais propensos a acompanhar o movimento do que quando a mesma frase foi dita em voz baixa e sem contato ocular. Com o resultado foi possível concluir que os melhores amigos do homem são receptivos à comunicação humana de uma forma anteriormente atribuída apenas aos bebês humanos.

Brasil ganhará centro de treinamento de cães-guia mantido pelo governo federal A partir do segundo semestre de 2012, deficientes visuais de todo o País contarão com um centro de treinadores de cães-guia. O espaço começou a ser construído pelo Instituto Federal Catarinense, no campus de Camboriú, em janeiro, e o prazo para ficar pronto é de cerca de 150 dias. O custo total ficou estimado em R$ 3,1 milhões. O objetivo é que cada aluno treine seis cães-guia, que depois serão encaminhados aos instrutores. Esses profissionais, responsáveis pela interação entre o animal e o deficiente visual, também deverão ser formados no centro. Existem outros centros de treinamento no Brasil, mas criados por meio de iniciativas particulares, de organizações não governamentais ou até do Corpo de Bombeiros de determinadas localidades.


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Fique Ligado Posse Responsável

Posse responsável: Médicos Veterinários são a principal fonte de divulgação sobre o assunto

uito se fala sobre posse responsável, mas pouco se sabe sobre o que realmente significa esse conceito e qual é o papel do Médico Veterinário em sua divulgação. Consolidado há mais de 15 anos pela Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (ARCA), o tema tornou-se obrigatório em qualquer Pet shop ou clínica veterinária. “Na década de 90 percebemos que havia uma grande carência de comunicação entre os setores que lidavam com as questões da posse responsável. Então, começamos a planejar inúmeros eventos para centralizar as discussões sobre o tema. Após um tempo, vimos que 70% de nossa plateia era formada por Médicos Veterinários e estudantes, o que chamou nossa atenção. Foi quando percebemos que o melhor caminho era conscientizar a classe veterinária”, explica Marco Ciampi, Presidente da ARCA Brasil. Foi assim que a associação criou, em 2004, o programa Veterinário Solidário, com o objetivo de fornecer subsídios aos profissionais que demonstram sensibilidade e interesse em ajudar a reduzir o abandono e o sofrimento animal em todas as suas formas, tendo como elemento fundamental de conscientização da sociedade o Médico Veterinário. O profissional que faz parte do projeto oferece seus conhecimentos e serviços a partir de uma atitude positiva para o fim da situação de carência apresentada – o que não significa realizar serviços ou procedimentos cirúrgicos com descontos, mas contribuir, dentro das possibilidades, com o que tem em mãos. “O profissional é a linha de frente para a divulgação do conceito de posse responsável, para que a cultura tenha um avanço no País”, diz Marco. No entanto, a responsabilidade da conscientização deve começar na instituição de ensino que forma esses profissionais. Hoje, há mais de 120 cursos de graduação em Medicina Veterinária espalhados pelo Brasil, segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Devido a essa grande quantidade, é difícil fiscalizar a qualidade e o nível de profissionais que entram no mercado de trabalho. No entanto, é imprescindível que os graduados saiam das salas de aula preparados para orientar os proprietários de animais.

M

divulgue essa causa!

Mandamentos da Posse Responsável Conheça os dez mandamentos criados pela ARCA Brasil sobre posse responsável de cães e gatos. Divulgue e faça a sua parte! 1. Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à sua família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. 2. Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso. 3. Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico necessário para abrigá-la. 4. Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzidos por quem possa contê-los. 5. Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove-o e exercite-o regularmente. 6. Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele. 7. Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características. 8. Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado. 9. Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local. Também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem). 10. Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações.


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13º Prêmio Pesquisa Clínica Vencedores de 2011

13º Prêmio Pesquisa Clínica

Cinco pesquisadores compartilham a oportunidade de participar de um congresso veterinário internacional com tudo pago

ano de 2011 foi marcado pelos 250 anos de criação da Escola de Veterinária de Lyon, na França. Nos quatro cantos do mundo, médicos veterinários comemoraram o berço do ensino universitário da profissão e puderam desfrutar de inúmeros eventos da Vet 2011, nos quais tiveram a oportunidade de trocar opiniões e vivências sobre a área, que, em dois séculos e meio de existência regulamentada, não parou de se desenvolver e crescer. Para fechar com chave de ouro um ano tão importante para a categoria, a revista A Hora Veterinária, em parceria com a MSD Saúde Animal, divulgou, em dezembro, os ganhadores do 13º Prêmio Pesquisa Clínica (PPC), iniciativa que teve sua primeira versão em 1999. Significativo não só para divulgar o nome de instituições e pesquisadores, o prêmio é fundamental para o incentivo ao desenvolvimento da pesquisa clínica e para agregar cada vez mais valor à Medicina Veterinária. “O PPC

o

tem por objetivos gerar aprimoramento científico e tecnológico para estudantes e Médicos Veterinários, valorizar os profissionais das áreas de suinocultura, pecuária, Pet e avicultura e, acima de tudo, incentivar a pesquisa”, explica o Gerente Geral da MSD Saúde Animal, Vilson Simon. “Incentivamos projetos como esse dentro da empresa para que, cada vez mais, os profissionais possam se aprimorar e trazer estudos científicos para a classe veterinária”. Dividido em duas categorias – Profissional e Estudante –, o Prêmio Pesquisa Clínica abriu as portas para Médicos Veterinários brasileiros e estrangeiros atuantes no Brasil, além de estudantes de Medicina Veterinária, divulgarem seus trabalhos. Diversas pesquisas foram recebidas e avaliadas pelo Comitê Científico Internacional de A Hora Veterinária, tendo sido escolhidas as cinco melhores, cujos autores terão direito a participar de um evento veterinário em 2012, a sua escolha, com todas as des-

pesas pagas, inclusive para um acompanhante, mais ajuda de custo para despesas pessoais. “Queremos agradecer efusivamente aos colegas de notório saber deste Comitê, que, durante 13 anos, vem realizando a leitura e seleção dos trabalhos sem nenhuma exigência remuneratória. Não podemos esquecer também da valiosa ‘prata da casa’ de nossas duas empresas, que, de forma independente e harmoniosa, têm buscado avaliar o Prêmio em todos os seus ângulos, aperfeiçoando o regulamento de participação e divulgando-o por todo o País, o que faz desta iniciativa uma verdadeira referência na valorização profissional dos Médicos Veterinários brasileiros”, ressalta o Diretor de Publicação de A Hora Veterinária, Alcy José de Vargas Cheuiche. Confira os trabalhos dos quatro profissionais vencedores – Marcelo de Souza Zanutto, Júlio César Ferraz Jacob, Neimar Vanderlei Roncati e Tiago Marcelo Oliveira – e da estudante Ilusca Sampaio Finger.

Categoria Profissional Uso do Endal Gatos® no tratamento da platinossomíase felina Marcelo de Souza Zanutto A pesquisa do Médico Veterinário Marcelo de Souza Zanutto consistiu em avaliar a eficácia do Endal Gatos® em animais parasitados naturalmente com Platynossomum spp, descrevendo os eventuais efeitos colaterais provocados pelo medicamento. Foram analisadas 101 amostras de fezes de gatos atendidos no Hospital Veterinário da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia (HOSPMEV/ UFBA) de maio de 2005 a outubro de 2006, das quais dez (10,1%) evidenciaram a presença de ovos do trematódeo, não havendo indícios de hepatopatia clínica nos animais. Alterações no ultrassom abdominal, como discreta hepatomegalia e dilatação do colo da vesícula biliar, foram observadas em três gatos. Dois apresentaram apatia transitória durante o período de administração do medicamento.

O vencedor, Marcelo de Souza Zanutto, e Andrei Nascimento, da MSD Saúde Animal Obteve-se a interrupção da progressão do parasitismo em sete gatos tratados, confirmada pela ausência de ovos nos exames coproparasitológicos (seis momentos). Em dois gatos os proprietários não iniciaram o tratamento e o comportamento de um outro felino impediu a realização do procedimento. O artigo completo pode ser lido no site da MSD Saúde Animal (http://migre.me/7ABob). “O PPC tem uma importância muito grande

no incentivo à aproximação do setor público com o privado. Como professor, estou formando o aluno que, no futuro, estará no mercado de trabalho tendo acesso a vários produtos e, por isso, acabo influenciando em seu raciocínio clínico. Além disso, a premiação oferece para a MSD Saúde Animal a possibilidade de incluir na bula dos seus medicamentos as finalidades que estudamos para eles, todas embasadas em um trabalho bibliográfico e de pesquisa de campo”, explica Marcelo Zanutto. Atualmente Marcelo atua como docente na Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, na área de clínica médica de animal de companhia, além de exercer sua profissão como endocrinologista e dermatologista no hospital da instituição.


Estratégia para aumentar a taxa de gestação em éguas receptoras de embrião utilizando flunixin meglumine­(Banamine®) Júlio César Ferraz Jacob O Médico Veterinário Júlio César Ferraz Jacob comparou a taxa de gestação entre receptoras de embrião tratadas e não tratadas com flunixim meglumine (Banamine ®). Foram realizadas 30 transferências de embriões, em éguas da raça Mangalarga Marchador, sendo que 15 receptoras foram tratadas com fluxinin meglumine (Banamine®), na dosagem de 1,1 mg/kg p.v. (EV), no momento da transferência e Júlio César Ferraz Jacob as outras 15 não foram tratadas. (19/30). Quando comparamos os grupos, Utilizou-se apenas embriões gradua TG foi de 80% (12/15) entre as recepados como excelentes (Grau I), com sete a toras tratadas e 46,5% (7/15) para as não nove dias de idade, e receptoras sincronitratadas (p=0,05). Demonstrou-se, assim, zadas entre D0 a D+5 em relação à ovuque a utilização de fluxinin meglumine lação da doadora (D0 = dia da ovulação). (Banamine®), na dosagem de 1,1 mg/kg Para efeito de comparação, a taxa de gestação (TG) entre os grupos foi sub(EV), em receptoras de embrião, quando metida ao teste X2. Das transferências sincronizadas, foi eficiente em promover de embrião realizadas, a TG foi de 64% aumento na taxa de gestação e, conse-

quentemente, uma melhoria na eficiência reprodutiva aem programas de transferência de embrião. Experiente em reprodução, o Médico Veterinário trabalha com reprodução de equinos há mais de 15 anos, prestando consultoria a vários criatórios de Mangalarga Marchador nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Hoje, além de fundador do Centro de Reprodução Equina Jacob, Júlio César é professor do Departamento de Reprodução e Avaliação Animal do Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. “O prêmio é importante para nós, pesquisadores, uma vez que valoriza nosso trabalho e também o do Médico Veterinário que está em campo. Já começamos a desenvolver novas pesquisas e, neste ano, enviaremos outras três ao Prêmio Pesquisa Clínica”, diz Júlio César.

Ocorrência de babesiose no pós-operatório de equinos submetidos a laparotomia de urgência: avaliação quimioprofilática do dipropionato de imidocarb Neimar Vanderlei Roncati A Babesia caballi e a Theileria equi são os únicos parasitas intraeritrocitários dos equinos. A babesiose tem sido citada como a principal parasitose dos equinos devido aos danos diretos (perda de performance, mortalidade) e indiretos (impedimento para comercialização, viagem ao exterior). O objetivo do trabalho do médico veterinário Neimar Vanderlei Roncati foi estabeleNeimar Vanderlei Roncati cer uma dose quimioprofilática de dipropionato de imidocarb respectivamente. Os resultados obtidos com para os animais submetidos a laparotomias a dose de 3 mg/kg foram superiores aos de urgência, evitando que manifestem sinobtidos com a dose de 2 mg/kg, mas, ainda tomatologia clínica no pós-operatório. Os assim, 70% dos animais necessitaram de animais foram submetidos a punções esplêposterior tratamento com a dose de 4 mg/ nicas trans-operatórias e todos foram posikg, dividida em duas administrações por via tivos para Theileria equi. Os equinos foram intramuscular, durante três dias. divididos em dois grupos (A e B) e foram Coordenador do curso de Medicina Veteriadministradas doses de 2 mg/kg e 3 mg/kg,

nária da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo/SP, Neimar é especialista em Medicina Equina e também chefe da equipe xEQUI – Medicina de Equinos. “Eu venho trabalhando com babesiose há muito tempo, tanto que foi meu trabalho de doutorado pela Faculdade de Medicina Veterinária da USP. Daí surgiu a ideia de criar esse trabalho, que durou dois anos, de 2008 a 2010, e foi feito juntamente com a Universidade Anhembi Morumbi”, explica. Participante de outras edições do Prêmio, Neimar acredita que o PPC é fundamental para o incentivo da pesquisa no Brasil, além de gratificante, já que os ganhadores têm a chance de participar de um congresso internacional de Medicina Veterinária com todas as despesas pagas.


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13º Prêmio Pesquisa Clínica Vencedores de 2011

Efeitos da suplementação com óleo de arroz (GamaHorse®) e óleo de soja nos valores séricos de colesterol em equinos Tiago Marcelo Oliveira Importante fonte natural de vitamina E e gama-orizanol, o óleo de arroz foi testado pelo Médico Veterinário Tiago Marcelo Oliveira em equinos da raça Puro Sangue Árabe. Doze desses animais foram divididos em dois grupos e cada grupo foi suplementado com um tipo de óleo vegetal (óleo de arroz ou óleo de soja), sendo submetidos a testes de longa duração (60 minutos) com o Tiago Marcelo Oliveira e Tiago Arantes, da MSD Saúde Animal V150 individual. recebeu óleo de arroz, provavelmente Após o período de suplementação, conpelos benefícios proporcionados pelos centrações séricas de colesterol aumentacomponentes presentes nesse óleo, como ram nos dois grupos. Entretanto, durante o gama-orizanol (em humanos, sabe-se o exercício esses valores não variaram. que o óleo de arroz pode reduzir em até Houve também uma redução significa20% os valores séricos de LDL). tiva nos valores séricos de LDL após a “Esse projeto foi parte do meu mestrado, suplementação no grupo do óleo de defendido em junho do ano passado. arroz, o que não foi observado no grupo Já tínhamos trabalhado com parte de do óleo de soja. Houve redução apenas suplementação em equino inglês e quenos valores séricos de LDL do grupo que

ríamos trabalhar em árabes, testando a utilização do óleo de forma mais eficiente”, conta Tiago, que realizou seu trabalho na Universidade de São Paulo (USP), orientado pelo professor associado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da instituição, Wilson Roberto Fernandes. O resultado não poderia ter sido mais satisfatório, já que, em 2010, seu grupo havia sido um dos ganhadores do 12º PPC, com o trabalho “Efeitos da suplementação nutricional com gama-orizanol (GamaHorse®) em cavalos que praticam provas de três tambores”. Hoje, o pesquisador está concluindo o seu curso de doutorado na USP, na mesma linha de pesquisa, além de dar aulas na Faculdade Anhanguera e clinicar no Jockey Club de São Paulo.

Categoria Estudante Utilização do dipropionato de imidocarb (Imizol®) na égua gestante e a saúde do potro neonato da raça Crioula Ilusca Sampaio Finger A piroplasmose equina é considerada uma das principais doenças parasitárias em cavalos, com grande impacto econômico na indústria do setor. As perdas associadas a infecções por Theileria equi e Babesia caballi estão relacionadas tanto aos fatores clínicos como à restrição ao trânsito internacional de animais soropositivos. Para o trabalho, foram avaliadas 15 éguas durante a temporada reprodutiva de 2009 e 2010 e seus respectivos potros. Elas foram divididas em dois grupos, o grupo 1 (controle), formado por sete éguas , e o grupo 2 (tratado), formado por oito éguas submetidas a terapia com dipropionato de imidocarb (Imizol®) na dose de 1,2 mg/kg. Com essa dose os animais não demonstraram alterações clínicas, o que confere

segurança ao protocolo utilizado. Estudante do nono semestre do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, Ilusca Sampaio Finger, juntamente com o colega Cahuê Paz, realizou sua pesquisa sob a orientação do professor

Ilusca Sampaio Finger

Carlos Eduardo Nogueira. A ideia de inscrever o trabalho no 13º Prêmio Pesquisa Clínica surgiu por meio do próprio orientador, que já havia sido vencedor do Prêmio oito vezes, sendo uma delas na categoria Estudante. “Para nós foi maravilhoso ter ganhado nessa categoria. É um passo importante para nossa graduação e um grande incentivo para concorrermos nas próximas edições”, ressalta Ilusca. A estudante atua com pesquisa desde o segundo semestre do curso e, após a graduação, pretende continuar na área acadêmica. “Além de acrescentar muita informação, realizar esse tipo de pesquisa é importantíssimo para levarmos conceitos acadêmicos para o Veterinário de campo, melhorando assim o trabalho desses profissionais”, conclui.


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Raças Schnauzer Miniatura

Do frio alemão

para o mundo Popular a partir da Segunda Guerra Mundial, o Schnauzer Miniatura conquistou as pessoas principalmente pela inteligência e pela docilidade

riginário da Alemanha, o Schnauzer Miniatura foi criado para ser um cão rateiro, ou seja, aquele que mantém a casa e o quintal livres de pequenos roedores. Hoje, no entanto, a raça se concentra quase toda nas cidades e, por isso, conquistou muitos admiradores. O nome da raça é oriundo da palavra “schauze” (em alemão, focinho), devido à espessa barba que a caracteriza. Além dessa característica peculiar e da longa sobrancelha, o Schnauzer possui quatro cores reconhecidas em nosso país: sal e pimenta, preto e prata, preto sólido e branco. Embora com uma aparência de cão de luxo, a raça continua rústica, o que não interfere em sua personalidade, reconhecida pela facilidade de se adaptar aos diferentes modos de vida de seus donos. São animais alertas, alegres, carinhosos e muito obedientes. Mas, mesmo com temperamento tranquilo e dócil, são sensíveis e, por isso, devem ser tratados com carinho, já que percebem pelo tom de voz se estão agradando ou não. Mesmo com muitos pelos em diversos lugares do corpo, não é comum soltá-los, além de que são livres de qualquer odor, o que torna a raça ideal para viver em apartamento.

o

Por ser de pequeno porte, mas não toy, é perfeitamente adaptável à vida moderna. Um cão adulto pesa cerca de 7 kg e tem entre 30 cm e 35 cm de altura. Quem optar por ter um Schnauzer Miniatura não terá muito trabalho no que diz respeito a banhos e cuidados. São recomendados um banho semanal e uma tosa a cada 45 dias. Além disso, esses cães não requerem cuidados especiais, apenas boa alimentação, vacinas, higiene e muito carinho!

Um pouquinho de história

Presente em obras de Albrecht Dürer, Rembrandt, entre outros pintores vividos em meados do século 15, o Schnauzer é uma raça existente há muitos anos. Muito amiga de cavalos, era essencial na Europa, na época em que o continente era coberto por grandes bosques, pois corria ao lado dos equinos, quase nos seus calcanhares, durante o trajeto diurno dos viajantes, para inspecionar o caminho, usando seu latido para advertir se visse algo suspeito. Da família dos Terrier, o Schnauzer – tanto o Miniatura como o Gigante – mantém todas as características raciais herdadas do Standard, principalmente a força e o

equilíbrio mental. O Miniatura, no entanto, ganhou popularidade internacional a partir da Segunda Guerra Mundial, chegando a ultrapassar o Schnauzer Standard em número de registros. E quem acha que, por ter tido seu tamanho reduzido, o animal perdeu as características originais da raça, engana-se. O Schnauzer Miniatura é classificado pela Federação Cinológica Internacional (FCI) como cão de guarda, se enquadrando no grupo 2, composto por raças de cães com temperamento alerta, corajoso e habilidoso. * Artigo escrito por Mônica Redini, criadora e proprietária do Canil Remansos (Schnauzer Miniatura). www.remansos.com.br Tel. (11) 9214-4459 e (11) 4703-6568 Email: canilremansos@terra.com.br


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Capa Prêmio Veterinário Cidadão 2011

Veterinário Cidadão 2011 Médicos veterinários e estudantes do Brasil inteiro são contemplados na segunda edição do prêmio

om a missão de estimular e reconhecer as melhores práticas de promoção da saúde e bem-estar de animais de companhia (Pet) e promover a valorização social dos profissionais de Medicina Veterinária, a MSD Saúde Animal realizou, pelo segundo ano consecutivo, o Prêmio Veterinário Cidadão. Como em 2010, essa segunda edição recebeu trabalhos do Brasil inteiro e, após uma criteriosa avaliação, foram escolhidos os três melhores projetos das seguintes categorias: Médico Veterinário, Universitário e Clínica/Pet Shop. “O Prêmio Veterinário Cidadão 2011 pôde fomentar no mercado Pet boas e novas práticas de cidadania, educação, cultura, mobilização e responsabilidade social, contribuindo efetivamente para a promoção da saúde e bem-estar animal e ainda

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ampliando o reconhecimento profissional e social dos Médicos Veterinários”, destaca Andrea Bonates, Gerente de Produtos da MSD Saúde Animal. “Sabemos que muitas iniciativas já ocorrem por todo o Brasil e, com a premiação, queremos fortalecer os vínculos sociais dos profissionais de Medicina Veterinária e produzir efeitos positivos para toda a sociedade”. Desenvolvido pela Unidade de Negócios de Animais de Companhia da MSD Saúde Animal, o Prêmio foi mais um importante passo para a valorização do Médico Veterinário, mostrando a amplitude de seu papel. Em 2011 foram recebidos 53 trabalhos.

Os vencedores

Eventos educacionais de saúde e bem-estar animal desenvolvidos em escolas públi-

cas e privadas e palestras informativas proferidas em empresas, escolas, associações e órgãos públicos foram algumas das iniciativas e práticas avaliadas pela equipe de julgamento, assim como ações de mobilização social, comunicação e conscientização sobre diferentes aspectos do tema e práticas inovadoras com impacto relevante na sociedade.


Categoria Clínica e Pet Shop

Com o projeto “Controle populacional por castração cirúrgica de cães e gatos de Teresina e região”, Ana Maria Quessada foi a vencedora. Como prêmio, recebeu R$ 5 mil, que podem ser revertidos em equipamentos veterinários ou produtos MSD Saúde Animal. O Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Uberlândia conquistou a segunda colocação, com o trabalho “Controle Populacional de Animais de Estimação”, recebendo R$ 3 mil em equipamentos ou produtos da empresa. Já o terceiro lugar foi ocupado pela Escola de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, com o projeto “Utilização de Manequins no Processo de Ensino e Aprendizagem”, que rendeu um prêmio de R$ 1,5 mil em produtos MSD Saúde Animal.

Categoria Médico Veterinário

O primeiro lugar ficou com o projeto “Posse Responsável”, de Ronivaina Almeida Coelho, rendendo R$ 3 mil em equipamentos veterinários ou produtos MSD Saúde Animal. A segunda colocação foi ocupada por Mariângela Freitas de Almeida e Souza, autora do trabalho “Centro de Esterilização e Educação”, que ganhou R$ 2 mil em equipamentos ou produtos da MSD Saúde Animal. Por fim, o projeto “Amicão”, de Neide Pinto Carvalho, conquistou o terceiro lugar e R$ 1 mil em produtos da empresa.

Categoria Universitário

O trabalho “Melhor Amigo”, de Mayara Nobrega Gomes da Silva, ficou em primeiro lugar, conquistando R$ 2 mil em equipamentos veterinários ou produtos MSD Saúde Animal. A segunda posição ficou com Gabriella Bianque Galito e seu trabalho “Conscientização de Novo Palmares”, rendendo R$ 1 mil em equipamentos veterinários ou produtos da empresa. Já a terceira colocação, cujo prêmio foi de R$ 500 em produtos da companhia, foi ocupada por Vanessa Vilas Boas Rocco Fernandes e o projeto “3º Dia de Ação contra a Dengue e Leishmaniose Visceral Canina”.


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Capa Prêmio Veterinário Cidadão 2011

Categoria Clínica e Pet Shop 1º lugar: Ana Maria Quessada Projeto: Controle populacional por castração cirúrgica­de cães e gatos de Teresina e região - Universidade Federal do Piauí/PI Parte de um programa criado por professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em parceria com a Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais (Apipa), o projeto “Controle populacional por castração cirúrgica de cães e gatos de Teresina e região” é uma ideia antiga, que só pôde ser colocada em prática em junho de 2010, após um financiamento cedido pelo Ministério da Educação e Cultura. A intenção, como o próprio nome diz, é usar a castração para controlar a quantidade de animais existente e ainda diminuir a incidência de

zoonoses na capital piauiense e região. A cirurgia é totalmente gratuita e todas as castrações são feitas no Hospital Veterinário da Universidade aos domingos pela manhã. “Os proprietários interessados precisam provar que não têm condições financeiras de pagar pela operação. Após o cadastramento e a comprovação, os animais são operados”, conta Ana Maria Quessada, responsável pelo projeto, professora da UFPI e presidente da Apipa. Aos domingos, uma equipe de aproximadamente 50 estudantes e 8 professores atuam de forma totalmente voluntária, alternando-se de quatro em quatro para realizar os procedimentos. A ação já foi responsável pela castração

de 400 animais, número que deverá quase triplicar ao final deste ano. “Os grandes benefícios desse projeto são, sem dúvida, a colaboração com a comunidade e o serviço social que presta. Ajudamos as pessoas a terem mais responsabilidade e ainda mostramos para elas o que é a guarda responsável, já que a maioria que se cadastra nem sabe o que isso significa”, explica Ana. Com o prêmio, Ana vai equipar o centro cirúrgico que está sendo construído pela Apipa. “Com certeza isso motivará ainda mais a equipe a trabalhar. Não só pelo dinheiro, que será muito importante, mas principalmente pelo reconhecimento do nosso trabalho, em um estado carente como o Piauí”, conclui.

2º lugar: Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia/MG Projeto: Controle Populacional de Animais de Estimação De autoria do professor Marco Antonio Ribeiro de Faria, o projeto “Controle Populacional de Animais de Estimação” começou a ser endossado há muito tempo e, em 2009, foi colocado em prática, sob a coordenação do professor Cirilo Antonio de Paula Lima. “Trata-se de um convênio entre a prefeitura e

o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia voltado para a população de baixa renda, para esterilizar cães e gatos, tanto machos como fêmeas”, explica Cirilo. As vantagens do trabalho são muitas. Além de controlar a população de animais da cidade e auxiliar as associações de proteção aos animais, facilitando a adoção, ele funciona como uma ponte entre a sociedade e a universidade, levando o aluno até as pessoas e proporcionando o seu desenvolvi-

mento enquanto futuro Médico Veterinário. As cirurgias acontecem todas as terças e sextas-feiras à tarde e são realizadas pelos alunos do sétimo ao nono períodos, com supervisão de profissionais. Em média, são castrados 500 animais por semestre, somando, hoje, quase 2,5 mil. “Ficamos felizes com o resultado do Prêmio Veterinário Cidadão. É um reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado, além de um instrumento de divulgação bastante positivo para a instituição”, conclui Cirilo.

3º lugar: Escola de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi/SP Projeto: Utilização de manequins no processo de ensino e aprendizagem A ideia de utilizar manequins no processo de ensino da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi veio em função da preocupação com o bem-estar animal, como explica César Augusto Dinóla Pereira, idealizador do projeto, professor da universidade e responsável pelo canil da instituição. “A utilização de manequins já é muito antiga e abordada em cursos como o de aeronáutica. Quando tomei conhecimento desses métodos complementares, vi que seria possível imple-

mentá-los e substituir os animais usados em trabalhos de terapia assistida”. Baseado no conceito dos três “Rs” (Reduce, Refine e Replace – reduzir, refinar e substituir, na tradução), o professor iniciou o projeto na universidade utilizando os manequins em todos os tipos de treinamento, como aulas de primeiros socorros, técnicas de contenção e de acesso venoso, vacinação e posicionamento radiográfico. O projeto permitiu reduzir o número de animais usados pelos alunos para essa finalidade – hoje são apenas seis cães. “Os 79 manequins foram adquiridos em 2010 e são usados em cenários e contextos de simulação, como em uma peça de teatro, com sala

de atendimentos, laboratório e sala cirúrgica. O aluno desenvolve uma série de protocolos e depois é avaliado”, explica César, acrescentando que os bonecos estão sendo introduzidos aos poucos e a satisfação dos alunos é muito grande. “Hoje a preocupação com o bem-estar animal é grande, tanto que antes de ingressar na universidade os alunos questionam sobre as nossas práticas. Adotamos esse novo método, que vem sendo muito elogiado, ao perceber esse novo comportamento da sociedade, o movimento de ONGs de proteção aos animais e a lei criada em 2004 que proíbe aos centros de controle de zoonoses a liberação de animais vivos para as instituições de ensino”.


Categoria Médico Veterinário 1º lugar: Ronivaina Almeida Coelho Projeto: Posse Responsável - Uberlândia/MG Preocupada com a quantidade de animais soltos nas ruas de Uberlândia/MG e com a falta de preparo das pessoas ao comprarem ou adotarem um cão, a Médica Veterinária Ronivaina Almeida Coelho, proprietária de uma clínica e Pet shop na cidade, começou a realizar um trabalho sobre posse responsável com os seus clientes. O projeto cresceu e se transformou em palestras em escolas e parques, cãominhadas e feiras de adoção, ganhando destaque na mídia local e nacional. “Frequentemente apareciam na minha clínica

pessoas que haviam acabado de pegar um filhote, fofo e bonitinho, mas que não tinham a real dimensão do que é ter um e, assim que percebiam as dificuldades, queriam doar o animal. Vendo essa desinformação, surgiu a ideia de disseminar os conceitos de posse responsável e mostrar as reais necessidades dos animais”, conta Ronivaina. Em pouco tempo, o trabalho, iniciado em abril de 2011, já estava em canais de televisão como a Globo e a Record, contando com o apoio da prefeitura e de empresas privadas, como a MSD Saúde Animal e a Premier Pet, que forneceram material para as palestras e eventos realizados pela Médica. “O projeto melhorou a percepção

das pessoas, deixando-as mais conscientes. Por isso, pretendo continuar o trabalho”. Apesar do retorno positivo, a profissional não esperava ser uma das ganhadoras do Prêmio Veterinário Cidadão 2011 e ficou muito feliz por ter seu esforço reconhecido e a certeza de que o trabalho do Médico Veterinário não se restringe a clinicar. “Eu era muito focada na clínica e no diagnóstico de doenças. Claro que isso é umas das partes da profissão, mas investir na socialização e passar conhecimento para o proprietário, dificultando que o animal fique doente e apostando na prevenção, também é muito importante. A posse responsável precisa ser vivida.”

2º lugar: Mariângela Freitas de Almeida e Souza Projeto: Centro de Esterilização e Educação - Rio de Janeiro/RJ Há 20 anos, a Médica Veterinária e psicóloga Mariângela Freitas de Almeida e Souza assistiu à palestra de um profissional norte-americano que, na época, possuía cinco clínicas onde realizava castração de cães e gatos a baixo custo e com qualidade, com a intenção de evitar sua reprodução e possíveis abandonos. Entusiasmada com a ideia, mas sem verbas, ela encubou o sonho. Há cinco anos, venceu o concurso da Sociedade Mundial de Proteção Animal, ao lado

de sua ONG Defensores dos Animais, com o projeto de criar um centro de esterilização e educação. A vitória rendeu dinheiro para comprar uma casa, reformá-la e equipá-la com o mínimo necessário para iniciar o trabalho. “Quando começamos, trabalhávamos unicamente com esterilização, mas logo percebi que havia a necessidade de clinicar. Então demos mais esse passo, tudo a baixo custo. Os atendimentos são realizados de segunda a sábado e o atendimento cirúrgico, uma vez por semana”, diz Mariângela. O centro atende, principalmente, a população das comunidades cariocas Rato Molhado e Jacarezinho, já tendo

esterilizado mais de 1,6 mil animais – número que deve aumentar em 2012, com a formação da segunda equipe cirúrgica. A Médica Veterinária tinha certeza que seria uma das vencedoras do Prêmio Veterinário 2011, não apenas por ser uma pessoa otimista, mas por acreditar em seu trabalho: “As pessoas têm preconceito com ONG, por isso se surpreendem quando conhecem nosso espaço. Nada aqui é precário. Tenho todos os equipamentos básicos necessários e me preocupo sempre com o atendimento, tanto das pessoas como dos animais, e também com a organização e a limpeza”.

parte clínica. Não havia nenhum Veterinário no local e, então, passei, aos poucos, a cuidar desses animais, vermifugando-os, vacinando-os e encoleirando-os”, explica Neide. O trabalho cresceu tanto que ela abriu uma clínica na cidade, há cinco anos, para ter uma base de atendimento. A partir daí surgiram novos projetos, como o Amicão, campanha de castração realizada duas vezes por ano, com a ajuda voluntária de seus colegas de faculdade. “Não tenho ajuda financeira de ninguém. Às vezes faço bingos e participo de festas juninas para arrecadar alguma coisa. Mas estou lutando para dar um novo passo: conseguir, junto à prefeitura, um terreno para

construir um canil para esses cães de rua”. Neide resolveu se inscrever no Prêmio Veterinário Cidadão 2011 por indicação de uma amiga e ficou muito satisfeita com o resultado, que será importante para a realização de sua nova meta. “Fazer esse trabalho me dá um prazer enorme, tanto que larguei tudo para cuidar dos bichos. Claro que é ótimo quando um proprietário de animal chega até mim e pode me pagar, mas ajudar os bichos que não têm esse privilégio e me doar para eles é gratificante demais. Tudo o que faço é com prazer, amor e boa vontade. Às vezes até me acho meio louca, mas é uma paixão incondicional e uma relação tão boa, que vale cada esforço”.

3º lugar: Neide Pinto Carvalho Projeto: Amicão - Rio de Janeiro/RJ Nascida na capital carioca, a Médica Veterinária Neide Pinto Carvalho sempre aproveitou os finais de semana para ir à pequena cidade de Conservatória/RJ admirar a sua maior paixão: os cavalos. No entanto, os seus olhos clínicos e solidários não deixaram passar despercebidos a quantidade de cães nas ruas e o cuidado que os moradores tinham com esses animais, deixando comida e água para eles nos portões de suas casas. “Mesmo vendo que não passavam fome, me preocupei com a


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Capa Prêmio Veterinário Cidadão 2011

Categoria Universitário 1º lugar: Mayara Nobrega Gomes da Silva Projeto: Melhor Amigo - Uruguaiana/RS O projeto “Melhor Amigo” surgiu em 2010, quando a estudante Mayara Nobrega Gomes da Silva e um grupo de 20 alunos e 6 docentes da Universidade Federal do Pampa, em Uruguaiana/RS, notaram a existência de muitos cães, gatos e cavalos nas ruas e tiveram a ideia de iniciar um trabalho de conscientização junto a crianças e adolescentes. “Aplicamos uma pesquisa em escolas públicas da cidade, primeiramente com crianças de 9 a 12 anos, para saber o que elas

pensavam e conheciam sobre posse responsável. No início de 2011 partimos para os grupos de 5 a 8 anos e de 13 a 16”, conta Mayara. A partir dos resultados, o grupo focou no que deveria levar a esses grupos sobre o tema, por meio de palestras, apresentações e peças de teatro com fantoches, visando não apenas à diminuição da quantidade de animais nas ruas, mas também ao controle de zoonoses, mostrando que a questão é um problema de saúde pública. As visitas foram realizadas semanalmente e os resultados não demoraram a aparecer. “Já notamos uma boa diferença, principalmente

na faixa etária de 5 a 8 anos. Isso é muito gratificante, pois é o resultado concreto de um trabalho árduo”, diz a estudante. O projeto, que contou com o apoio da Secretaria de Educação desde o seu início, ganhou visibilidade na cidade e outras escolas solicitaram a visita dos estudantes. O sucesso foi tanto que a ideia é criar um DVD do teatro e expandir o trabalho para outras cidades, ainda neste ano. “Ganhar o Prêmio Veterinário Cidadão 2011 foi ótimo, pois conseguimos uma repercussão maior do nosso projeto, fora o reconhecimento do nosso trabalho”, conclui Mayara.

2º lugar: Gabriella Bianque Galito Projeto: Conscientização de Novo Palmares - Rio de Janeiro/RJ Desde criança a estudante Gabriella Bianque Galito queria melhorar o mundo de alguma forma, mas apenas durante a sua graduação em Medicina Veterinária viu a possibilidade de melhorar a vida dos animais e das pessoas. Decidida, colocou em prática seu projeto no ano passado, como parte de sua monografia, por meio da conscientização sobre o bem-estar animal junto a crianças. “Na região onde moro sempre vejo animais junto às crianças e uma grande falta de higiene. Notei que focar na prevenção

seria uma forma econômica de evitar doenças, já que prevenir é bem mais barato do que remediar. A partir daí, identifiquei as zoonoses que poderiam ser evitadas por meio de alguns cuidados básicos, reuni 42 crianças da comunidade em uma creche e expliquei a elas os cuidados que deveriam ter”, explica Gabriella. O trabalho ganhou muita repercussão na região e, neste ano, será estendido para cerca de sete comunidades próximas. Além disso, na própria instituição já há um estudo para o projeto ser aplicado no curso de Medicina Veterinária, em diversos períodos. “A maioria das faculdades públicas trabalha com a região ao redor de seu campus

e na Universidade Estácio de Sá ainda não temos nenhum projeto desse porte. Por isso, implementar essa ideia seria muito legal para todos os alunos perceberem a importância da disciplina de Saúde Pública e perderem o preconceito com a área”. Os resultados de todo esse trabalho têm sido colhidos aos poucos, já que educação e saúde devem ser temas continuados. No entanto, ser uma das vencedoras do Prêmio Veterinário Cidadão 2011 foi um importante passo, principalmente no que diz respeito ao reconhecimento. “Estava torcendo demais e fiquei muito feliz com o resultado. Com certeza foi meu melhor presente de Natal”, exclama.

3º lugar: Vanessa Vilas Boas Rocco Fernandes Projeto: 3º Dia de Ação contra a Dengue e Leishmaniose Visceral Canina - Campo Grande/MS

À convite da prefeitura de Campo Grande/MS, um grupo de alunos da Universidade Anhanguera-Uniderp fez, pelo segundo ano consecutivo, um trabalho de atendimento ao público em um bairro carente da cidade, com foco no combate à dengue. Percebendo o alto índice de casos de leishmaniose canina, os alunos optaram por também divulgar dados sobre essa zoonose, difundindo informações sobre o mal e

a importância da prevenção. “Fizemos cartazes e folders explicativos, com uma linguagem bem popular, mostrando os tipos de lesões nos cães, para as pessoas ficarem de olho. Focamos diretamente o proprietário, informando o que ele precisa fazer e sugerindo o uso da coleira com deltametrina”, conta Vanessa Vilas Boas Rocco Fernandes, estudante de Medicina Veterinária da instituição. Para atender as pessoas, o grupo ficou em uma praça durante o dia todo, onde ministrou pequenas palestras, tirou dúvidas do público, entregou os folders e ainda vermifugou os animais. Apenas no ano passado, cerca de 200 pessoas passaram pelo local. A ideia é que neste ano o projeto ganhe novas proporções. A inten-

ção de Vanessa é contar com a ajuda de um número maior de estudantes para ir aos municípios com mais casos de leishmaniose canina na região e realizar esse trabalho de atendimento uma vez por mês. Como o contato com a MSD Saúde Animal já era intenso, já que, periodicamente, colaboradores da empresa ministram palestras para os alunos da universidade, a estudante resolveu inscrever o seu projeto no Prêmio Veterinário Cidadão 2011 e ficou surpresa com o resultado. “Não achei que fôssemos ganhar, por causa da quantidade de pessoas que participam, mas fiquei muito contente. Que venham novas ideias! Quem sabe neste ano não concorro novamente com outro trabalho?”, brinca.


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AmaVet-AmaPet Programas de relacionamento

Prêmios úteis para o seu dia a dia e

reconhecimento Conheça os premiados dos programas de relacionamento AMAvet e AMApet, da MSD Saúde Animal, neste trimestre Lilian e Hanai Campocil Campo Grande/MS Frigobar

Dr. Júnior Central Veterinária Dourados/MS Maca para transporte

Dr. Antônio C.V. Bourgelat Campo Grande/MS Aparelho de Anestesia Inalatória

Dr. Rodney 4 Patas Pet Shop Sonora/MS Canil em Módulo

Araci Companhia dos Bichos Araranguá/SC Maleta para atendimento em domicílio

Dr. Egon Fuck SOS Animal Maringá/PR HeadLight

Dr. Wilson Kato Fotdog Londrina/PR Telefone sem fio dois ramais

Dr. João Pet Family Veterinária Salto/SP Ar Condicionado

Dr. Fabio e Dr. Leandro C.V. de Guarapari Guarapari/ES Mesa Pantográfica

Dra. Márcia Consultório Veterinário Rio de Janeiro/RJ Kit Glicose

Dr. Rogério Cianca C. V. Cães e Gatos Paranavaí/PR Videopath

Dr. Joelmir, Dr. Roberto, Dra. Luciana, Dr. Joelson e Dr. Robson Saúde Animal - Sorocaba/SP Ar Condicionado

Edson Cris Agropecuária Criciúma/SC Autoclave

Dr. Nivaldo Filho Dr. Niva & Cia - Veterinário Itu/SP Geladeira

Dra. Vanderléia C.V. Cat e Dog Campo Grande/MS Auriflush

Marilda e Mariane Ceres Coxim/MS Soprador

Dra. Valéria Vernaglia Cão Boy Sorocaba/SP Ar Condicionado

Luís Valieri Filho Pet Shop São Francisco Araçatuba/SP Ar Condicionado

Susana Agrotettus Londrina/PR Frigobar

Ana Agropecuária Sardagna Joinville/SC Máquina de Tosa

Diego Rossi Casa de Rações Araçatuba/SP Frigobar

Maura Bossi Agro Valinhos Valinhos/SP Frigobar

Dr. Matheus e Dr. Mário Agropecuária Dois Irmãos Americana/SP Computador

MUITOS PRÊMIOS Os programas AMAVet e AMAPet são direcionados, respectivamente, às principais clínicas veterinárias e Pet shops do Brasil. Como prêmio, os vencedores ganham equipamentos de excelente qualidade, que modernizam os estabelecimentos e contribuem para facilitar o dia a dia dos profissionais, agilizar a venda e melhorar o atendimento aos clientes.


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Mercado Nobivac®

Nobivac : ®

a marca que veio para ficar Crescimento de vendas das vacinas Nobivac® e ações sociais desenvolvidas pela marca provam que o produto conquistou o mercado e os Médicos Veterinários

egundo dados da consultoria especializada em varejo GS&MD, o Brasil possui, hoje, uma população de 35 milhões de cães e 18 milhões de gatos, o que representa um mercado que movimenta R$ 10,14 bilhões ao ano, número que, segundo as estimativas, chegou a R$ 11,2 bilhões no final de 2011 – um crescimento de 4,5% comparado a 2010.

S

Em um mercado tão promissor, não faltam produtos – com os mais diversos fins – para justificar os gastos cada vez mais altos dos proprietários de animais de estimação. De acordo com pesquisa feita pela Euromonitor, em 2005 os brasileiros gastavam, em média, por animal, US$ 30 ao ano. Hoje já gastam US$ 70. Mesmo o brasileiro não se conscientizando ainda da importância de vacinar, vermifugar e medicar seus cães e gatos – já que os gastos com medicamentos não passam de 6% do total, frente a 22% nos Estados Unidos –, a ideia de que o bem-estar e a saúde animal são extremamente importan-

tes tende a crescer, visto que cada vez mais as pessoas tratam seu Pet como um membro da família. No grupo de medicamentos, as vacinas aparecem entre os líderes de vendas. Opções de marcas não faltam, mas é necessário buscar uma de confiança e que transmita segurança. Um dos destaques é a Nobivac® – Nobivac® Canine, Nobivac® Feline, Nobivac® KC, Nobivac® Raiva, Nobivac® Puppy DP –, marca global de vacinas da MSD Saúde Animal, cujo crescimento em vendas vem sendo constante, chegando a um aumento superior a 100% no Brasil, comparando-se os meses de setembro e outubro de 2011 com o mesmo período de 2010, sendo cada vez mais comum nas clínicas veterinárias.


“Esse crescimento é muito bom, mas não é surpresa, já que sabemos da alta qualidade de nossos produtos”, diz a Gerente de Produtos da MSD Saúde Animal, Andrea Bonates. A Nobivac® Puppy DP, por exemplo, é a única no mercado indicada para aplicação a partir de 28 dias de idade, protegendo contra a parvirose e a cinomose. Já a Nobivac® KC, que protege os cães contra a tosse dos canis, é do tipo intranasal, comprovadamente mais eficiente do que os outros métodos, já que é mais rápida em conferir proteção ao animal e também em diminuir a chance de ele se infectar e, consequentemente, passar a doença adiante. Carros-chefe da linha de vacinas Nobivac®­, a Nobivac® Canine e a Nobivac® Feline comprovam sua eficiência por meio dos números: com ampla proteção, elas oferecem alta segurança. “A Nobivac® Canine é importada dos Estados Unidos e protege o animal contra cinomose, hepatite, traqueobronquite, parainfluenza, parvovirose, leptospirose e coronavirose. Já a Nobivac® Feline confere imunidade contra rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia e clamidiose”, diz o Gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Andrei Nascimento.

Ações sociais

Não é apenas pela qualidade e pelas suas peculiaridades que a Nobivac® se des-

taca. Ciente da importância dos laços entre as pessoas e seus animais de estimação, a marca desenvolve duas ações sociais: os projetos AFYA-Serengeti e “Com Pouco Fazemos Muito”. O primeiro diz respeito a uma ação global cujo objetivo é contribuir para a erradicação da raiva e para o salvamento de vidas, por meio da doação de vacinas, na região do Serengeti, na África, entre a Tanzânia e o Quênia, considerando que mais de 25 mil africanos morrem por ano com a doença. O AFYA-Serengeti começou como um projeto de pesquisa, em 1997, e hoje se transformou em uma forma de controle da raiva, por meio do trabalho com a população local para garantir a vacinação em massa de cães domésticos. Dessa forma, foi criada uma zona de vacinação ao redor do Parque Nacional do Serengeti, com clínicas regulares onde os proprietários podem levar seus animais de estimação para serem registrados, vacinados e ainda receberem um colar para mostrar que foram protegidos contra a raiva. Como um projeto desse porte necessita do apoio de instituições públicas ou privadas, a MSD Saúde Animal contribuiu com a doação de mais de um milhão de doses de vacina contra a raiva e ainda com recursos adicionais, destinando 1% do faturamento das vendas de suas vacinas antirrábicas brasileiras e um carro da

marca Land Rover para ajudar a expandir os esforços aos cantos mais distantes da região. Já o projeto “Com Pouco Fazemos Muito” foi desenvolvido exclusivamente pela campanha Nobivac® no Brasil, por meio de uma parceria com a TerraCycle, empresa americana especializada em criar produtos verdes com a utilização de materiais de difícil reciclabilidade. O objetivo da ação é gerar valor e contribuir para a sustentabilidade, a partir da reciclagem das embalagens plásticas e de papelão da Nobivac®. Para isso, foi desenvolvida uma ação em que os 30 distribuidores da MSD Saúde Animal agem como agentes de coleta. Eles levam caixas coletoras às clínicas e Pet shops que atendem para que descartem as embalagens das vacinas Nobivac®. Após ficarem cheias, os próprios distribuidores pegam os materiais coletados e enviam para a TerraCycle do Brasil. Depois de coletados e separados, eles serão transformados em brindes ecológicos. Além da reciclagem, cada embalagem coletada ainda rende dois centavos à companhia, que doa a quantia total para a ONG Focinhos Gelados, organização que promove ações educativas para que os animais em meio urbano sejam respeitados. Como parte da campanha, durante o período de um ano o Projeto Focinhos Gelados receberá uma quantidade mensal de vacinas, que serão utilizadas nos cães da comunidade Palmares de Santo André. A ação conta com parceiros como Programa Escola da Família, Rádio Escola da Família e Veterinários da Clínica Veterinária Medcão.


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Universidade Corporativa Estilo de gestão para cada perfil

O que faz a diferença

no seu negócio E

Alta Motivação A Primeira Análise + Baixa Competência (M-2): representa pessoas altamente dispostas a tudo, mas que não sabem como fazer. É o caso, por Baixa Competência Alta Competência exemplo, de novos + + colaboradores. Para Alta Motivação Alta Motivação fazer a gestão correta desse tipo de perfil, o gerente ou líder precisa compreender a necessidade de aprendizado rápido e Baixa Motivação Alta Competência seguir ensinando. É + + necessário acompaBaixa Competência Baixa Motivação nhamento, mas basta somente uma checagem periódica, ou Motivação seja, é um perfil bem menos trabalhoso para o gestor. A essa Como essa gestão deve ser? É preciso levantar forma de gestão chama-se de E-2. Alta Motivação + Alta Competência a motivação do funcionário, como foi feito no qua(M-4): representa o tipo de colaborador que, dro M-1 para o M-2 – só que, desta vez, não com além de conhecer muito bem a tarefa, tem informações e conhecimento, pois o colaborador prazer na realização da mesma, fazendo-a já é competente e conhece a fundo seu trabalho. cada vez melhor. Nesses casos, o bom gestor Neste caso, deve-se trazer a pessoa para o grupo não deve atrapalhar. Deve manter-se pre- novamente, fazendo-a participar das decisões, sente, em uma distância que não incomode pedindo sua opinião, dando tarefas de acompae que também não pareça ausência. Reco- nhamento, enfim, mostrando ao profissional sua nhecimento é o combustível dessa relação, importância para o grupo. Assim ele vai retomando que é a essência do sucesso de uma equipe sua motivação e, com isso, retorna ao estado M-4. na entrega de ótimos resultados. Isso não Esse estilo de gestão é chamada de E-3. Então, prezado leitor, lembre-se das duas representa ameaça para nenhum gestor, pois a evolução das pessoas é o maior combustível primeiras características fundamentais, que são o para a alta qualidade do gestor, que sempre bom senso e a boa observação, para poder situar terá lugar nas organizações. Esse estilo de as pessoas e assim tomar as atitudes mais eficazes na busca do sucesso, melhorando desempenhos e gestão é o E-4. Mas a motivação dos M-4 pode oscilar, ajudando os outros a evoluírem. Essa é a missão de em decorrência de inúmeras situações do dia a um bom gestor. dia, como promoções que não vieram, aumento Sucesso a todos! insuficiente, entrada de outras pessoas na equipe, alternâncias de atenção do gestor, etc. Aí Renato Salgado Teixeira tem-se o grupo dos chamados M-3, que têm Gerente Comercial Animais de Companhia Alta competência + Baixa Motivação.

Competência

mpreender, criar um negócio rentável, prestar serviços e ser reconhecido pela qualidade são aspirações de qualquer empresário. Na Medicina Veterinária, não poderia ser diferente. Se o negócio começa a prosperar e os clientes aumentam, há algo que realmente faz diferença no prosseguimento desse sucesso inicial: os colaboradores, que vão ajudar na entrega do produto ou na prestação de serviço da loja, clínica, laboratório, escritório ou qualquer outro lugar vinculado à Medicina Veterinária. Para melhor entender as relações no trabalho – o que muitos chamam de gestão de pessoas –, pode-se usar muitas técnicas e classificações. Mas existem duas qualidades fundamentais nessa arte: bom senso e boa observação, ambas sustentadas pelo gosto pelas relações humanas. Quem não gosta de conversar ou de estar com outras pessoas não pode conduzi-las para um melhor resultado, certo? De acordo com o dicionário Aurélio, o significado da palavra competência é: capacidade decorrente de profundo conhecimento que alguém tem sobre um assunto. Mas isso é tudo o que uma pessoa precisa para desempenhar uma função no dia a dia? Não, precisa também de motivação! Novamente recorrendo ao dicionário, temos a seguinte definição: palavra popularmente usada para explicar por que as pessoas agem de uma determinada maneira. Então podemos usar essas duas situações para nos ajudar a entender as pessoas e suas tarefas. Baixa Motivação + Baixa Competência (M-1): representa aquela pessoa que não sabe e não quer fazer. Esse tipo de gestão é extremamente desgastante, pois o gestor tem que dar 100% de esforço e atenção para obter um trabalho aceitável. Por isso, se em algum tempo a motivação não aumentar, é preciso urgentemente buscar alternativas, mostrando ao colaborador por que ele deve fazer melhor, ressaltando que bons trabalhos são reconhecidos e trazem progresso. Aí, sabendo da importância de seu trabalho, o colaborador começa a se motivar e a aprender. A esse estilo trabalhoso de gestão chama-se de E-1.

M2

M4

M1

M3



Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente

Informação escrita pelo porteiro ou síndico Falecido Não existe o nº indicado

Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL EM ___/___/___ ___/___/___ ______________________________ RESPONSÁVEL Endereço para devolução: av. Sir Henry Wellcome, 335, Moinho Velho, Cotia-SP, 06714-050

IMPRESSO – Envelopamento fechado pode ser aberto pela ECT

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