Correio de Cascais 52

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Especial Homenagem aos Bombeiros

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10 • setembro 2013

O comandante dos Bombeiros dos Estoris, Carlos Coelho, não cala a revolta

Os incêndios têm deflagrado em vários pontos do país e ceifado vidas

Por exemplo, um voluntário que vai combater os fogos tem botas, luvas, viseiras e mais algum material para ir a um fogo florestal, mas está longe de ser o adequado. Um elemento da Força Especial dos Bombeiros ou do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR vai para o terreno com botas que custam 200 euros e um voluntário vai com botas de 50 euros. A diferença é que um voluntário combate fogos com 120 euros de equipamento e os elementos PUB

daquelas duas forças com fardamento superior a mil euros. Mas quem fica no terreno a combater as chamas são os voluntários, não são eles». O responsável pelos Bombeiros dos Estoris elogia, ainda, o apoio que a autarquia tem dado, mas aponta o dedo aos responsáveis governamentais que «pouco têm feito para apoiar o voluntariado e o espírito de entrega de quem não teme dar a vida pelos outros». Também os Bombeiros Voluntários de

Alcabideche estão em estado de choque com a morte de Ana Rita Pereira. «Era uma lutadora que não virava as costas a nada», declarou, ao Correio de Cascais, o comandante José Palha. O responsável afirmou, igualmente, que a bombeira Ana Rita Pereira se disponibilizava todos os anos para o combate aos incêndios, tendo grande experiência e formação. Ana Rita tinha uma filha de quatro anos. O seu namorado também é bombeiro. •CARLOS TOMÁS E NUNO SÁ PUB

Outra vítima dos incêndios no Caramulo, Ana Rita Pereira era bombeira em Alcabideche


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