Jornal OPaís edição 1567 de 16/08/2019

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O PAÍS Sexta-feira,1 6d eA gostod e2 019

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Kabuscorp: o grande ausente dANiEL MiguEL/Arquivo

O Wilson, amarelo, atleta do Petro de Luanda, tenta ultrapassar o defensor do Recreativo do Libolo do Cuanza-Sul

Festa do desporto rei regressa aos relvados do país

Kabuscorp do Palanca, clube com uma das “claques” mais ruídosas do Campeonato Nacional, é o grande ausente desta edição do Girabola. A formação do Palanca baixou para o provincial, segundo uma orientação da FIFA, por não ter resolvido, à horas, a dívida que tinha com o ex-craque brasileiro Rivaldo. Deste modo, a maior festa do desporto rei em Angola fica mais pobre nas bancadas, uma

vez que os seus adeptos cantavam e dançavam nas bancadas do primeiro ao último minuto. Nos jogos com o Petro de Luanda, um dos seus rivais, a animação começava logo de manhã no Palanca e culminava depois do apito final. O presidente de direcção do Kabuscorp do Palanca, Bento Kangamba, um homem do futebol, segundo alguns analistas, deixa saudades, porque as suas intervenções foram sempre polémicas.

desportivo abre com Maquis dANiEL MiguEL/Arquivo

Dezasseis clubes disputam a partir de hoje o girabola 2019/2020. o 1º de Agosto é o tetra campeão nacional e entra na prova com o objectivo de revalidar o título Sebastião Félix

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Girabola 2019/2020, festa do futebol sénior masculino angolano, regressa hoje aos relvados do

país. A prova, que começou em 1979 e baptizou o 1º de Agosto como campeão, vai ser disputada por dezasseis clubes. Os regulamentos da Federação Angolana de Futebol (FAF), órgão que rege a modalidade, impõem trinta jogos. Na primeira volta, as equipas realizam quinze partidas, ao passo que no segundo turno do certame batem-se pelo mesmo número. Assim, no Girabola, vários actores fazem parte da festa em vários

domínios enquanto decorrem as jornadas. Os dirigentes criam as condições técnicas e administrativas, ao passo que os atletas animam os adeptos nas bancadas. Por sua vez, os treinadores são obrigados a dar o litro para não serem “chicoteados” antes de terminar a primeira volta. Os árbitros fazem parte do escalão mais criticado pelos adeptos, treinadores e dirigentes, sempre que a prova arranca.

1ª JOrnADA progresso Williet d huíla F huambo 1º de Maio Sagrada Santa rita Sport Cabinda

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1º de Agosto petro b Maquis CC FC Académica interclube Caála Libolo

Eles têm a obrigação de ter um papel preponderante nos jogos, uma vez que a prova é muito exigente. O 1º de Agosto, tetra campeão nacional, e o Petro de Luanda, candidatos naturais ao título, reforçaram-se, logo, vão baterse mano a mano. Entre as dezasseis equipas em prova, algumas vão entrar na corrida ao título, mas não terão rotação para continuar. Como é evidente, outras terão como foco a permanência no Girabla, sobretudo na segunda volta. A crise financeira e económica que assola o país deixou de rastos muitos clubes, por isso o Benfica do Lubango desistiu da prova. O Williet de Benguela o subistituiu e espera, como novato na prova, dar o litro e ser revelação.

Militares da Região Sul no Estádio 11 de Novembro, em Luanda

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Desportivo da Huíla começa o Girabola hoje com o Bravo do Maquis do Moxico, no Estádio do Ferrovia, às 15:00. Os huílanos, donos de casa, querem começar com vitória, uma vez que foram incapazes de conquistar a Supertaça. Por isso, o técnico Mário Soares mostrou-se confiante nos treinos ao longo da semana à imprensa.

Por sua vez, Zeca Amaral disse que a sua equipa está preparada para o embate desta tarde na cidade do Lubango. O técnico da formação do Moxico perdeu por uma bola a zero com 1º de Agosto num jogo treino, mas alegou que conseguiu ver os sectores que tinham mais debilidades para os corrigir antes do arranque do campeonato.


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