
Nauticampo 2025
Nauticampo 2025
A Nauticampo 2025 foi o ponto de encontro para os amantes da náutica
A Nauticampo 2025, realizou-se entre os dias 26 e 30 de março, na FIL, Parque das Nações, sendo um momento incontornável para os entusiastas do mar e das atividades ao ar livre. Com a presença das principais marcas e várias novidades, a edição deste ano trouxe consigo inovação, oportunidades e experiências para a família.
Aabertura oficial do certame foi presidida pelo Secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que assinalou a importância do evento para o setor. Nesse dia, foi lançado oficialmente o Marina de Vilamoura Internacional Boat Show, num momento que atraiu profissionais e visitantes.
O setor náutico foi protagonista da feira, com a participação de diversas empresas, entidades, instituições e marcas que se destacaram pela variedade e qualidade da sua oferta.
No sector das embarcações, marcaram presença empresas e marcas como a 3D Tender, Alphayate, Angel Pilot/BG, Axopar, Cap Ferret, Dipol Glass, Extreme Boats, Grow Ibéria, Hydrosport, Limatla, Monterey, Moomba,
Motolusa, Neptune Pirate, Obe & Carmen, Rodman, Sanremo - Indústria Náutica, Sunseeker Portugal, Touron, Vanguard Marine, Whaly, Yachtworks e YOT Power Catamarans, entre outras, oferecendo aos visitantes uma vasta gama de soluções em embarcações rígidas, semirígidas, cabinadas, yachts e day cruises.
As principais marcas de motores náuticos também marcaram presença, incluindo Honda, Mercury, Suzuki, Tohatsu e Yamaha, bem como soluções de propulsão eléctrica como a Avator, Harmo, Minn Kota e Torqeedo.
Entre as empresas de equipamentos, serviços náuticos e tecnologias, destacaram-se a Ahlers Lindley, AIFE Liferaft, Nautel - Sistemas Electrónicos, Nautisys, Orey Técnica Serviços Navais, que trouxeram soluções inovadoras para o setor, desde sistemas eletrónicos a equipamentos de segurança e acessórios náuticos.
No âmbito institucional e de promoção regional, estiveram representadas importantes entidades como a ACAP - Divisão Náutica, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e a Comunidades Intermunicipal do Oeste, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Estação Náutica de Faro, o Fórum Oceano e o Turismo Centro de Portugal, promovendo a oferta náutica, turística e cultural das suas regiões, bem como iniciativas ligadas ao desenvolvimento da economia do mar.
Um dos momentos do evento foi o Dia das Estações Náuticas, que incluiu o Fórum “Nautical Water Fun – Nauticampo”, uma iniciativa promovida pelo Fórum Oceano e que contou com a participação de Entidades Regionais de Turismo e Coordenadores de Estações Náuticas.
As Estações Náuticas participaram na abertura oficial
Rede das
Estações
Náuticas de Portugal destaca participação na Nauticampo 2025
A Rede das Estações Náuticas de Portugal marcou, uma vez mais, presença na Naticampo 2025, reafirmando o seu compromisso com a promoção da náutica e do turismo náutico, com foco na organização regional das Estações Náuticas.
As seis Estações Náuticas da Ria de Aveiro - Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa,
Ovar e Vagos - participaram conjuntamente na Nauticampo 2025, com stand próprio. Sob a coordenação da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, a presença visou reforçar a visibilidade da região como destino turístico e desportivo, promovendo atividades náuticas, produtos locais e estabelecendo parcerias estratégicas com entidades relevantes do setor.
A participação da Turismo do Centro de Portugal pela primeira vez neste certame, onde o Fórum Oceano/Rede
das Estações Náuticas teve um balcão próprio, constitui uma peça fundamental para participações futuras, potenciando a criação de um espaço amplo e único que abranja todas as Estações Náuticas do Centro de Portugal. Para além disso, estiveram presentes as Estações Náuticas do Alentejo - Avis, Alandroal, Mértola, Odemira, Ponte de Sor-Montargil, Sines, Monsaraz e Moura/Alqueva; a Estação Náutica do Oeste e a Estação Náutica de Faro É com satisfação que des-
tacamos que este ano foi o que reuniu o maior número de parceiros empresariais das Estações Náuticas presentes, contando com cerca de 15 empresas.
Na sexta-feira, dia 28 de março, entre as 15h30 e as 17h00, no stand da ERT Alentejo e Ribatejo, no Pavilhão 1, organizámos o Fórum “Nautical Water Fun – Nauticampo”. O Fórum contou com dois painéis distintos: o primeiro, focado na importância das Estações Náuticas na estruturação da oferta turística e no fortalecimento do desenvolvimento regional; o segundo, dedicado à dinâmica empresarial na Náutica e no Turismo Náutico, evidenciando o potencial de crescimento do setor. De destacar ainda a conversa com Nuno Sobral, atleta e diretor da Federação Portuguesa de Surf, que partilhou a sua visão sobre a ligação entre o desporto náutico e a acessibilidade.
Contamos com a participação de Entidades Regionais de Turismo, empresas de animação turística náutica e Coordenadores de Estações Náuticas.
O objetivo deste Fórum foi dar a conhecer as fantásticas experiências náuticas que constituem o portfólio da oferta turística protagonizada pelos parceiros empresariais da Rede das Estações Náuticas de Portugal.
No final do Fórum, realizouse um cocktail final, com produtos regionais de cada uma das Estações Náuticas: Alto Minho, Matosinhos, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Ovar, Vagos e o Oeste.
Nesta iniciativa participaram cerca de 40 pessoas
A nossa presença na Nauticampo deve-se à relevância que reconhecemos neste certame para a promoção da Rede das Estações Náuticas em Portugal. Enquanto Rede,
é habitual estarmos presentes, reforçando o nosso compromisso com o setor. Este ano, destacamos o ambiente dinâmico e diversificado do evento, onde o pavilhão se apresentou bem composto, reunindo empresas de várias áreas – desde barcos a campismo, caravanismo, motores, segurança e motas de água –evidenciando a diversidade da oferta nacional.
Fórum Oceano: “A Nauticampo 2025 revelou-se uma iniciativa de grande importância para a Rede das Es-
tações Náuticas de Portugal, proporcionando um contacto direto e muito positivo com o setor e com os visitantes, que demonstraram elevado interesse pela nossa Rede e pela oferta turística náutica apresentada. É com enorme satisfação que registamos a presença ativa das Estações Náuticas do Alentejo, do Centro de Portugal - incluindo as Estações da Ria de Aveiro e do Oeste - e de Faro, reforçando a representatividade e a diversidade da nossa oferta náutica nacional.”
Hydrosport reforça a aposta no mercado nacional
A Hydrosport marcou presença na Nauticampo 2025 com um claro objetivo: reforçar o reconhecimento da marca no mercado nacional, reafirmar o seu compromisso com a qualidade e a inovação na construção de embarcações semi-rígidas e apresentar melhorias em modelos já existentes. Após um período de investimentos em novas instalações de produção, a em-
presa encontra-se numa fase de consolidação da produção, com novos lançamentos previstos para o Inverno de 2025/26.
Em destaque no stand da empresa esteve o modelo RIB 737 Sundeck, que recebeu melhorias significativas, como uma nova plataforma de banho de maiores dimensões, também aplicada ao modelo RIB 646. As novidades geraram uma receção bastante positiva por parte dos visitantes. Com 26 anos de atividade, a Hydrosport é reconhecida internacionalmente em mercados como França, Croácia e Holanda. No entanto, a empresa assume que ainda há um caminho a percorrer em Portugal. “O nosso motivo em estar presente, é para além das vendas (que são poucas), mostrar quem somos, que continuamos cá, e solidificar o nosso nome no mercado. Não deixa de ser curioso que após estes anos todos, somos mais conhecidos em países como França, Croácia e Holanda, do que somos em Portugal. Daí as nossas campanhas ao longo do ano na imprensa nacional onde encorajamos o ‘compre português’ e compre ‘Hydrosport made in Portugal’”, afirma Eddy Johansen, o responsável da empresa.
Apesar de a Nauticampo não ser historicamente um espaço de vendas diretas para a Hydrosport, este ano, dois clientes que já conheciam a marca fecharam negócio durante a feira, embora tal pudesse ter ocorrido fora do evento. Foram realizados 12 contactos com potenciais clientes decididos em comprar, estando a empresa a aguardar o fecho de 2 a 3 negócios no pós-feira. Considerando que a produção anual ronda as 45 unidades, a Hydrosport considera que o investimento na feira valeu a pena.
A empresa aproveitou ain-
da para partilhar a sua visão sobre o formato da feira, elogiando o perfil dos visitantes, mas deixando uma sugestão aos organizadores no que toca ao horário de funcionamento: a redução das longas horas ao fim de semana, seguindo o modelo de outras feiras europeias.
A Hydrosport aposta na qualidade e inovação dos seus produtos, mantendo-se firme no mercado nacional e internacional, e reforçando a sua presença através de eventos como a Nauticampo. Com olhos postos no futuro, a Hydrosport está já a preparar novos lançamentos para o Inverno 2025/26, mantendo o foco na evolução dos seus modelos e na promoção do fabrico nacional.
Motolusa celebra 45 anos na Nauticampo 2025 com novidades
A Motolusa assinalou os seus 45 anos de atividade na Nauticampo 2025, reforçando a sua presença no setor com uma participação em dois stands distintos, onde apresentou uma gama alargada de novidades pensadas para públicos diversos - desde iniciantes no mundo náutico a utilizadores exigentes que procuram luxo e sofisticação.
No stand principal (1C04), foi apresentado o novo Cap Ferret 155 Fishing, um modelo compacto e versátil, ideal para a pesca lúdica, com qualidade garantida pelo estaleiro B2 Marine. Com 5,22 metros de comprimento, largura de 1,98 m, e preparado para motores até 60 CV, destacou-se pela excelente aceitação junto do público, sobretudo pelo equilíbrio entre preço competitivo e funcionalidade.
A Motolusa revelou também os mais recentes modelos da marca finlandesa Terhi, conhecidos pela sua construção em
ABS inafundável. O Terhi 400, com apenas 62 kg, equipado com motor elétrico Torqeedo, demonstrou a viabilidade da mobilidade elétrica em embarcações leves. Já o Terhi 480 Cabin impressionou pelo design inovador da cabine, e o Terhi Nordic 6020, motorizado pela Yamaha, atraiu famílias que procuram uma solução económica e prática para a pesca e lazer.
Um dos pontos altos foi a apresentação do elegante Lilybaeum Lounge 25, num
stand exclusivo (1A05). Este day boat de luxo italiano combina requinte, conforto e uma estética cuidada, posicionando-se como uma opção ideal para charter premium, barcotáxi ou uso familiar. Na zona exterior, os modelos Dipol 680 e Cap Ferret 702 completaram o leque de propostas da Motolusa.
Francisco Galhoz, General Manager da empresa, partilhou a sua visão sobre o evento: “Cabe-me dizer o seguinte: Provavelmente a data do
evento ajudou por acontecer ainda em Março, assim como a casualidade da semana ter sido a melhor semana de sol deste ano, o que ajudou na saída das pessoas para a rua, houve visitantes e interesse, também é verdade que a nossa aposta centrou-se num produto simples e acessível mas eficaz para o acesso ao mundo náutico, não descurando a qualidade da nossa oferta.”
Sobre o futuro da feira, foi claro: “A Nauticampo com este nome ou outro, organizada ou
não pela FIL, deve continuar, disso não tenho a menor dúvida até porque é onde todos da Náutica em Portugal queremos estar.”
Novidades
Tecnológicas
Náuticas
pela Nautel
A Nautel apresentou uma série de novidades para o setor marítimo, com destaque para os novos equipamentos das marcas Humminbird e Furuno. As inovações incluem as séries multifunções Humminbird Xplore e Furuno NavNet TZtouch XL, além do novo transdutor MegaLive 2.0, que
promete revolucionar a pesca e a navegação com tecnologias de ponta.
Humminbird Xplore: Mais Potência e Versatilidade
A Humminbird lança a série Xplore, que vem substituir a gama SOLIX e parte da HELIX. Com ecrãs tácteis de alta resolução (9”, 10” e 12”), estes equipamentos combinam GPS, sonda e sonar, com resposta ultrarrápida e interface híbrida (tátil e teclado). Compatíveis com redes NMEA2000, radar, AIS e controlo de som, os Xplore destacam-se pela integração com motores Minnkota e a aplicação One-Boat Network.
Os transdutores Mega Side Imaging+ e Mega Down Imaging+ oferecem melhor desempenho em águas profundas e rasas, mantendo a potência de transmissão até 1Kw. A compatibilidade com transdutores anteriores e o suporte a CHIRP Airmar ampliam a flexibilidade do sistema.
MegaLive 2.0: Sonar em Tempo Real Melhorado
A segunda geração do Mega Live da Humminbird traz melhorias significativas. Com novo design e eletrónica avançada, é adequado tanto para água doce como salgada. Oferece quatro modos de
visualização (Baixo, Frente, Paisagem e Águas Abertas), com alcance até 50 metros. Este transdutor é compatível apenas com as séries Xplore, SOLIX G3 e Apex, exigindo elevada capacidade de processamento.
Furuno NavNet TZtouch XL: Navegação Inteligente A Furuno apresenta a série TZtouch XL, com cinco tamanhos de ecrã e uma versão “Black Box”. O grande destaque vai para o sistema de cartografia TZ MAPS, com dados vetoriais, raster, satélite e batimétricos atualizados online.
A funcionalidade BathyVision permite contornos com resolução de 1 metro, superando os padrões de mercado. Com integração WiFi, radar DRS-NXT e novas ferramentas de segurança como Risk Visualizer™ e AI Avoidance Route™, os navegadores beneficiam de uma navegação mais segura e eficiente. As versões híbridas incluem ecrãs de 10,1” a 24”, com elevada luminosidade e múltiplas interfaces de ligação.
No caso da série TZTXL da FURUNO ela projeta-se também para o segmento da navegação comercial, para além da náutica e pesca desportiva.
Outro destaque (novidade na feira do ano passado), embora não tenha sido novidade, os motores de proa para embarcações de pesca desportiva até 8m, que permitem fazer âncora eletrónica, evitando estar-se a largar ferro e recolher a toda a hora.
Marca: MinnKota (USA): séries Riptide Terrora e Riptide Instinct.
A maior eficiência e conforto tornam a experiência de pesca mais arrebatadora.
Estas inovações pretendem elevar a experiência de navegação e pesca em 2025, com tecnologia mais intuitiva e poderosa.
Nautel: “A Nautel desde o seu nascimento há 35 anos, que sempre esteve na Nauticampo.
Só quando esta não se realizou na pandemia, é que não contabilizamos participação.
O balanço da Nauticampo 25 foi extremamente positivo. Foi melhor que em 2024, 2023 e anteriores.
É certo que a feira é cada vez mais pequena, o que se lamenta, mas os nossos parceiros profissionais em todo o país, compareceram assim como publico indiferenciado.
Fizemos reuniões internacionais. Recebemos clientes institucionais. No sábado à tarde chegámos a ser 6 pessoas a atender no nosso stand.
Sobre a Nauticampo, ou melhor a FIL, temos pena que não saibam como cativar mais stands.
Até a parte de autocaravanas e casas esteve mais miserável que nunca. A feira não morre de vez apenas por uma questão de tradição. No dia em que alguém consiga conceber uma alternativa, a Nauticampo acaba.”
Neptune Pirate
A Neptune Pirate marcou presença na edição de 2025 da Nauticampo com várias novidades e anúncios. Entre os destaques da sua participação, salientam-se os Extreme Boats, a apresentação do ambicioso projeto Dry Stack Olhão, e o anúncio oficial como Importador e Distribuidor Exclusivo da marca Jeanneau no mercado nacional.
A grande novidade apresentada pela Neptune Pirate foi a marca Extreme Boats, embarcações de alta performance fabricadas exclusivamente em alumínio na Nova Zelândia. Estes barcos, desenhados para um público exigente e conhecedor, surpreenderam os visitantes pela sua qualidade e inovação, captando grande interesse du-
rante a feira. Após uma estreia internacional de sucesso no salão náutico de Düsseldorf, a Extreme Boats afirma-se agora em Portugal pelas mãos da Neptune Pirate, com unidades já vendidas na Madeira, Porto Santo, Açores e Algarve. Esta representação exclusiva para toda a Europa reforça a posição da empresa no mercado internacional. Outro projeto de relevo apresentado foi o Dry Stack Olhão, que promete tornarse a maior marina seca do mundo. A Neptune Pirate iniciou a pré-venda de lugares neste espaço inovador,
oferecendo condições vantajosas aos primeiros clientes. Este investimento pretende responder à crescente procura por soluções de armazenamento e manutenção de embarcações em terra.
Durante o certame, a Neptune Pirate destacou-se não só pela oferta inovadora, mas também pelo reconhecimento e satisfação dos seus clientes. A qualidade dos barcos em alumínio surpreendeu muitos visitantes, pela qualidade e pela inovação.
Em balanço, Rúben Fernandes, CEO da empresa considera “Foi positivo, embora pudesse ter sido muito
mais proveitoso se houvesse um plano de comunicação mais efectivo. Revelou que efectivamente há um interesse maior na aquisição do primeiro barco, talvez demonstrando algum sinal de melhoria do mercado... tem sido um efectivamente um sentimento que temos tido desde Janeiro, prevemos um ano 2025 melhor que o ano anterior.”
Do mar à inovação: o que faz do Oeste um destino imperdível? A participação da Comunida-
de Intermunicipal do Oeste na Nauticampo 2025 não foi apenas mais uma presença numa feira de turismo. Foi uma verdadeira afirmação da identidade da nossa região, que se destaca como um destino repleto de oportunidades. O Oeste não é apenas um local para visitar, mas um espaço para viver e investir, onde as pessoas estão no centro da governação.
Neste sentido, e com o intuito de promover a articulação entre os municípios, as empresas e o setor turístico, a Estação Náutica do Oeste tem-se afirmado como um verdadeiro motor da economia do mar. Reunindo atualmente 142 parceiros, a Estação tem vindo a dinamizar a região, posicionando-a de forma cres-
cente no mapa nacional e internacional como um destino turístico sustentável e de excelência.
O Fórum Económico Mundial, em diversos momentos, tem sublinhado a importância do turismo sustentável como pilar essencial para o crescimento dos destinos turísticos. O Fórum destaca a necessidade de se adotarem práticas que protejam o ambiente e as comunidades locais, ao mesmo tempo que se proporcionam experiências genuínas aos visitantes. Este é o caminho do Oeste: uma região que, através de uma rede de parceiros comprometidos com a sustentabilidade, assegura que o desenvolvimento aconteça de forma responsável e harmoniosa.
Na Nauticampo 2025, o stand do Oeste foi um reflexo da verdadeira essência da nossa região. Um dos elementos que mais se destacou foi o pavimento, que reproduzia a tradicional calçada portuguesa, criando uma ponte simbólica entre a nossa cultura e as experiências náuticas que o Oeste oferece. No espaço, estiveram representados diversos parceiros empresariais da Estação Náutica da Oeste CIM que promovem atividades náuticas, como surf, bodyboard, vela, stand up paddle, mergulho (certificação PADI) e passeios marítimos. Mas o stand também deu destaque a outras facetas da região, como o turismo de natureza, o bem-estar, o alojamento local, a gastronomia, a cultura e o
património.
Este ano, a grande aposta foi o fortalecimento da nossa presença digital, com uma atualização na plataforma nacional nauticalportugal.com. A presença do Oeste em feiras e eventos estratégicos, como o “Softboard Heroes”, a etapa do Circuito Mundial de Surf na praia de Supertubos e a Boot Düsseldorf, na Alemanha, tem sido crucial para consolidar o Oeste, tanto a nível nacional como internacional.
O feedback dos parceiros foi, sem dúvida, positivo. A feira proporcionou uma visibilidade única para as suas atividades, permitindo também que se estabelecessem importantes parcerias e oportunidades de networking. A Nauticampo 2025 foi, portanto, mais uma oportunidade de reafirmar o compromisso de promover o Oeste de forma integrada e eficaz, trabalhando em sinergia com todos os agentes económicos para criar uma região inteligente, sustentável e inclusiva.
Em consonância com as tendências globais, a digitalização do setor turístico tem vindo a ser cada vez mais valorizada. As novas tecnologias oferecem uma forma mais eficiente e personalizada de promover destinos turísticos, o que se reflete no investimento contínuo da região na sua presença online. O futuro do Oeste é promissor. A participação em eventos estratégicos, juntamente com a forte rede de parceiros, tem permitido à região estabelecer contactos valiosos com operadores turísticos nacionais e internacionais. Além disso, as oportunidades de inovação e investimento não param de crescer. O foco contínuo na sustentabilidade e na valorização dos recursos locais assegura que o desenvolvimento seja sólido e sustentável, colocando o Oeste como um destino de excelência, a
poucos quilómetros da capital portuguesa.
Com o apoio dos nossos agentes económicos, estamos confiantes de que o futuro será ainda mais promissor, com um turismo cada vez mais integrado, inovador e sustentável.
Suzuki Marine na Nauticampo 2025
A participação da Suzuki Marine na Nauticampo 2025 teve um balanço positivo.
A nossa presença neste certame visa não só apresentar as mais recentes inovações da marca, mas também
reforçar a proximidade com o público e com os nossos parceiros, promovendo um contacto direto com a gama de motores fora de borda Suzuki - pensada tanto para momentos de lazer como para utilizações profissionais.
Esta edição ficou marcada pela Apresentação Oficial da nova gama exclusiva Stealth Line™, um evento que decorreu no nosso stand no primeiro dia da feira. Apresentada pela primeira vez em Portugal, esta linha destaca-se pela fusão entre desempenho de excelência e um design arrojado em preto mate, tendo sido já distinguida internacionalmente com o prémio “Top Products Award 2024” da Boating Industry Magazine.
Durante a feira, estiveram em exposição vários modelos da nossa gama de motores fora de borda, ilustrando a versatilidade da Suzuki para diferentes tipos de utilização e perfis de cliente — desde os mais leves e compactos, como o DF2.5, até aos mais potentes e topo de gama, como o revolucionário DF350.
Outro ponto de destaque foi o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade, através da exposição da nossa tecnologia do Dispositivo Coletor de Microplásticos, de-
monstrando o empenho contínuo da marca na proteção dos oceanos.
Integrada no projeto Clean Ocean Project, esta inovação exclusiva Suzuki permite a recolha de microplásticos durante a navegação, sem comprometer o desempenho do motor.
O sistema já vem incorporado em alguns modelos da gama, como o DF140B, que esteve também em exposição no nosso stand.
Touron apresenta
Embarcações e Motores
A Touron marcou, mais uma vez, presença na Nauticampo, apresentando a sua vasta gama de produtos e, em particular, as novidades de 2025. Nesta edição, a empresa destacou-se com a exposição de sete embarcações e uma seleção alargada de motores fora de borda, que atrairam a atenção dos visitantes pela inovação e diversidade da oferta.
Entre as embarcações em destaque, sobressaiu o modelo S30, da marca Navan, equipado com dois motores Mercury 225 XL/CXL DTS V6, que despertou grande interesse entre os aficionados pela náutica.
Da Quicksilver, marca já bem conhecida no mercado, foram apresentados três modelos, incluindo duas novidades:
- ACTIV 605 Open, com motor Mercury 115 XLPT EFI CT;
- ACTIV 705 Open, equipada com Mercury 175 XL DTS V6;
- ACTIV 875 Sundeck, com 2 x Mercury 250 XL/CXL DTS V8 AMS CW, uma embarcação que alia potência e conforto.
Já da Bayliner foram três modelos:
- M15, com motor Mercury 60 ELPT EFI;
- M19, com Mercury 115 ELPT
EFI;
- E a V20 OB, novidade de 2025, equipada com Mercury 150 XL EFI
Além das embarcações, a Touron expôs mais de uma dezena de motores fora de borda, com destaque para o potente Mercury V10 de 400 cv e o novo 150R DTS V6, que reforçam a aposta da marca na performance. Foi também apresentada a mais recente inovação da gama de motores elétricos, o Avator 110e, sublinhando o compromisso da Mercury com a mobilidade sustentável.
Carlos Costa Santos, Diretor da Touron Portugal, comentou: “Apesar da Nauticampo ter estado reduzida a um único pavilhão da FIL, onde a náutica ocupou cerca de 2/3 desse espaço, foram alguns os visitantes, sendo que ainda é muito cedo para se fazer um balanço global da feira.”
A presença da Touron reafirma o seu papel no setor náutico, apresentando soluções para todos os gostos e exigências.
Com mais de 40 anos de experiência e presença em mais de 50 países, a Vanguard Marine reafirma a sua posição como referência global no design e fabricação de embarcações semirrígidas de alta performance. Para impulsionar ainda mais a inovação e garantir um controle total sobre cada etapa produtiva, foi ampliada a capacidade industrial com novas instalações que superam 7.000 m² em Portugal. Essa expansão fortalece a autonomia produtiva e assegura os mais rigorosos padrões de qualidade.
O compromisso com a excelência traduz-se no conceito Premium Profissional, que redefine o que significa um produto premium no setor náutico. Para a Vanguard Marine, luxo não se resume somente
a acabamentos sofisticados, mas sim à engenharia avançada, robustez estrutural e máxima especialização. Cada embarcação é desenvolvida sob medida para atender às exigências de forças militares, operações de resgate, serviços offshore e clientes que demandam fiabilidade absoluta no mar.
A personalização na Vanguard Marine vai muito além do convencional. Não se trata apenas de reconfigurar componentes pré-existentes, mas sim de desenvolver soluções totalmente adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, garantindo embarcações únicas que atendem com perfeição aos desafios mais exigentes. Desta forma a Vanguard Marine classifica-se como um dos principais players Europeus neste campo.
A nossa intenção na Nauticampo foi reforçar a presença no mercado nacional, apresentar novidades e consolidar relações com clientes e parceiros e demos a conhecer algumas das nossas soluções mais recentes no setor das embarcações semirrígidas personalizadas, com destaque para: DR-760 - Projetada especi-
ficamente para operar em ambientes exigentes, esta embarcação foi concebida para garantir desempenho e fiabilidade mesmo sob as condições climáticas extremas da Gronelândia. A sua versatilidade, estabilidade e facilidade de manutenção chamaram a atenção dos visitantes mais experientes. Desenvolvida para Tierras Polares - Viajes y Expediciones - Tasermiut South Greenland Expeditions. TX 10.0 - Apresentámos duas versões distintas deste mode-
lo:
- Uma unidade desenvolvida para o cliente Azul Diving Madeira, otimizada para operações de mergulho e observação de cetáceos na Ilha da Madeira.
- Outra unidade personalizada para os nossos parceiros Mar Ilimitado, inserida em contexto marítimo-turístico, equipada com motor Mercury F350, evidenciando a capacidade de adaptação da Vanguard às mais diversas utilizações. MR-595 - Grande novidade
desta edição, o nosso modelo de 5,95 metros, projetado para Coach Boats, destacou-se pela sua construção robusta, desempenho seco em navegação e facilidade de manobra. Fabricada com materiais de alta durabilidade (PVC ou CSM - Neoprene Hypalon), a embarcação foi pensada para minimizar os custos de manutenção e resistir à utilização intensiva. Enquanto fabricante nacional de embarcações semirrígidas personalizadas, a Vanguard Marine considera a Nauticampo um evento de elevada importância estratégica. Sendo o principal salão náutico realizado em Portugal, representa uma montra privilegiada para o setor e
uma oportunidade para afirmar a qualidade da produção portuguesa no contexto náutico internacional.
Embora a edição de 2025 tenha registado uma adesão do público algo inferior ao esperado, especialmente no segmento nacional, a nossa participação superou as expectativas no que respeita à visibilidade da marca e ao contacto com um público altamente informado e qualificado.
Os resultados alcançados foram positivos, com um número de vendas significativo, ainda que esse não fosse o nosso objetivo principal ao marcar presença no evento. Recebemos no nosso stand visitantes que já conheciam
a marca Vanguard, conscientes da nossa reputação e qualidade, e decididos a avançar para a aquisição de embarcações.
Do nosso ponto de vista, a Nauticampo 2025 foi um investimento sólido para a Vanguard Marine. Acreditamos que a valorização da indústria nacional e a proximidade com o público português são fundamentais para o crescimento sustentável do setor, e reforçamos o nosso compromisso com este tipo de iniciativas.
Yamaha destaca inovação e sustentabilidade
A Yamaha Marine marcou a sua presença na Nauticampo 2025 com uma aposta clara
na inovação tecnológica e sustentabilidade do setor náutico, apresentando ao público português soluções concretas para a descarbonização da náutica de recreio, incluindo o protótipo do motor fora de borda movido a hidrogénio, bem como o HARMO 2.0, a mais recente geração de motores elétricos fora de borda, que reforçam o compromisso da marca com a neutralidade carbónica.
O motor a hidrogénio, desenvolvido em parceria com a Roush (sistema de propulsão) e com a Regulator Marine (construção da embarcação de teste), faz parte da estratégia da Yamaha para atingir a neutralidade carbónica. O modelo apresentado foi testado com sucesso em ambiente real, demonstrando eficiência e desempenho assinaláveis.
“A Yamaha Motor anunciou já em 2022 que a empresa está numa fase de aceleração para o objetivo da neutralidade de carbono para todas as suas fábricas a nível global até 2035, e já só faltam 10 anos. O plano de sustentabilidade anunciado, seguirá depois até 2050, tal como a generalidade das indústrias”, afirma Pedro Nunes, Marine Manager da Yamaha em Portugal.
Além do XTO Hydrogen, a Yamaha revelou o Harmo 2.0, motor fora de borda elétrico de baixa voltagem com melhorias em eficiência energética e desempenho, agora com integração total do sistema de navegação Helm Master EX, que inclui Auto Pilot, controlo por joystick e todas as funcionalidades dos motores mais avançados do mercado.
Outro destaque da presença da marca foi a área inteiramente dedicada à Torqeedo, marca pioneira na eletrificação do setor e que, em 2025, celebra 20 anos. Após a sua aquisição pela Yamaha em 2024, a Torqeedo passou a
integrar o portefólio global da marca, oferecendo motores fora de borda elétricos até 12 KW, com sensação equivalente até 25hp, mas devido ao seu binário e torque, característicos dos motores elétricos, com impulso para barcos até 12 toneladas.
“Os motores fora de borda elétricos são também na minha opinião, até como recente utilizador muito satisfeito, uma atual opção de navegação em pequenas embarcações, para os utilizadores que privilegiem o prazer do silêncio no meio náutico, o
indústria, também náutica, de promover um futuro neutro em termos de emissões de carbono na água, que como sabem, passará por uma gama de tecnologias inovadoras e combustíveis alternativos.”
Mas as novidades não se ficaram pela propulsão. A Yamaha apresentou também uma extensa e diversificada gama de modelos da linha WaveRunner, com maior diversidade e sofisticação, soluções para manter a liderança no segmento das motos de água.
respeito pela sustentabilidade e também a potência na performance desejada, que posso afiançar em pequenas embarcações habitualmente motorizadas por motores de combustão até 10hp, não sentirão diferença de velocidade e até pelo contrário”, sublinha Pedro Nunes.
Com uma oferta diversificada, que vai dos motores elétricos compactos aos protótipos de propulsão a hidrogénio, a Yamaha mostra que está pronta para liderar a transformação energética na náutica de recreio. Para Pedro Nunes, essa transição já está em marcha: “Há um compromisso e obrigação da
Por fim e aproveitando o certame, a Yamaha Marine apresentou oficialmente o MySea, uma inovadora plataforma digital que promete transformar a forma como navegadores e apaixonados pelo mar interagem com o mundo náutico. Concebido com o objetivo de conectar entusiastas, profissionais do setor e parceiros estratégicos, o MySea oferece uma nova forma de explorar e viver o universo marítimo, promovendo uma experiência mais segura, intuitiva e envolvente.
Esta aplicação, desenvolvida com foco na experiência do utilizador, permite planear rotas personalizadas, aceder a informações meteorológicas em tempo real e ligar-se a uma comunidade ativa de navegadores, partilhando experiências e conhecimento.
A integração direta com os sistemas de navegação Yamaha garante uma utilização fluida e eficiente, criando um ecossistema náutico totalmente conectado.
O MySea destaca-se também pelo seu potencial de evolução contínua, sendo esta apenas a primeira etapa de um projeto ambicioso, que visa proporcionar aos utilizadores uma ferramenta abrangente e em constante desenvolvimento.
Para Pedro Nunes, o futuro é já hoje: “Termino a comentar, que todos nós que adoramos o mar, as barragens, lagos, rias e rios, no fundo todos os planos de água onde possamos navegar, em recreio ou em trabalho, devemos estar otimistas, primeiro porque a indústria vai proteger o seu meio de atuação e negócio e depois, porque vamos poder usufruir (já assim é hoje) de opções de tecnologias para disfrutarmos a náutica e podermos transmitir os seus benefícios para a nossa qualidade de vida aos mais jovens. Os jovens terão um futuro mais sustentável se nós cuidarmos já hoje do planeta.”
A presença da Yamaha na Nauticampo 2025 foi muito mais do que uma exposição de produtos - foi uma verdadeira montra do futuro da náutica. Com uma oferta que vai dos motores de elevada potência às soluções elétricas mais sofisticadas e silenciosas, passando pela inovação pioneira do motor a hidrogénio e pela plataforma
digital MySea, a Yamaha reafirmou o seu posicionamento tecnológico e ambiental. A marca mostrou que é possível responder aos desafios da sustentabilidade sem abdicar da performance, fiabilidade e prazer de navegar - provando que a revolução energética no mar está em cursos e tem um rumo definido.
ACAP –Divisão Náutica:
“A ACAP – Divisão Náutica voltou a ser parceira da Nauticampo, com mais de 80% dos expositores náuticos a serem nossos associados.
A edição de 2025 foi positiva em termos de afluência e interesse do público. No entanto, é cada vez mais eviden-
te a necessidade de repensar o formato da feira para que o mar volte a estar no centro da sua identidade e ambição.
A ACAP mantém o seu compromisso com o desenvolvimento e valorização do setor náutico nacional, contribuindo ativamente para um futuro mais dinâmico e representativo.”
A
edição de 2025 da Nauticampo demonstrou ser um ponto de encontro essencial para todos os agentes do setor náutico em Portugal, reunindo não apenas empresas, mas também redes de cooperação institucional e territorial,
que em conjunto demonstraram o dinamismo, a resiliência e a capacidade inovadora do setor. Numa altura em que a náutica e o turismo de natureza e aventura assumem crescente relevância na economia nacional, a presença de expo-
sitores de norte a sul do país, bem como a introdução de novas tecnologias e conceitos sustentáveis, conferiu à feira uma importância estratégica acrescida.
A participação da Rede das Estações Náuticas de Portu-
gal, com especial destaque para as Estações da Ria de Aveiro, do Alentejo, do Oeste e de Faro, mostrou como o território português está a ser estruturado de forma integrada, para oferecer experiências náuticas diversificadas,
sustentáveis e de elevada qualidade. A aposta na oferta local, o reforço de parcerias e a dinamização dos operadores, evidenciam um setor atento às tendências globais e ao desenvolvimento regional.
As opiniões dos expositores refletem um sentimento geral de satisfação com a feira, embora acompanhado por sugestões e preocupações que merecem reflexão futura. Empresas como a Hydrosport, Motolusa, Touron, Nautel, Vanguard Marine e Neptune Pirate sublinharam a relevância da Nauticampo para a afirmação das suas marcas, mas também destacaram a necessidade de um formato mais dinâmico e atrativo, capaz de potenciar
ainda mais a interação com o público e gerar melhores oportunidades comerciais. A valorização da produção nacional foi uma nota dominante, com vários expositores a reforçarem a importância de se promover o “Made in Portugal” não apenas no mercado interno, mas também junto dos mercados internacionais onde Portugal se deve afirmar como uma referência em qualidade e inovação.
Por outro lado, a forte presença de marcas como Yamaha, Mercury, Suzuki, Honda e Furuno trouxe uma componente tecnológica robusta ao evento. As novidades em motores elétricos, propulsão a hidrogénio e equipamentos de navegação de última geração
posicionaram a feira como uma montra do futuro da náutica, onde a sustentabilidade e a digitalização são palavraschave. A preocupação com a descarbonização do setor e a preservação dos oceanos foi transversal a muitos expositores, com iniciativas concretas, como o dispositivo de recolha de microplásticos da Suzuki ou os motores elétricos Torqeedo, Avator ou Minn Kota, a mostrarem que a indústria está cada vez mais comprometida com um desenvolvimento responsável.
A participação da Vanguard Marine, com embarcações concebidas para enfrentar condições extremas, e da Neptune Pirate, com o lançamento do projeto Dry Stack Olhão,
As
mostrou também como a capacidade de inovação nacional pode projetar-se internacionalmente, criando valor e oportunidades num mercado competitivo e exigente. Apesar do sucesso geral, ficou claro que a Nauticampo precisa de se reinventar para continuar a ser o principal palco do setor náutico em Portugal. A dimensão da feira, atualmente restrita a um único pavilhão, foi uma das críticas apontadas, bem como a necessidade de maior envolvimento por parte da organização para atrair mais expositores e público, criando um evento à altura do potencial da náutica portuguesa. No entanto, a tradição, a qualidade dos contactos estabelecidos e o espírito de colaboração que se viveu ao longo dos dias da feira mantêm viva a vontade de fazer crescer este certame nos próximos anos.
Em suma, a Nauticampo 2025 demonstrou que o setor náutico português está vivo, ambicioso e preparado para enfrentar os desafios de um mercado globalizado e cada vez mais sustentável. A diversidade da oferta, o compromisso com a qualidade, a aposta em novas tecnologias e a valorização do território nacional como destino náutico de excelência foram os grandes destaques desta edição. Com uma forte base de parceiros, tanto institucionais como empresariais, a náutica em Portugal continua a afirmar-se como um motor de desenvolvimento económico, social e ambiental, e a Nauticampo permanece como uma plataforma essencial para essa afirmação. O futuro da feira e do setor passa agora por reforçar sinergias, adaptar-se às novas exigências dos visitantes e continuar a investir na excelência que faz do mar português um ativo estratégico e uma paixão coletiva.
Notícias do Instituto de Soldadura e Qualidade
O português Pedro Matias vai integrar a Direção da Maior Associação Mundial do setor de Testes, Inspeções e Certificações, o TIC Council.
Pedro Matias, presidente do grupo ISQ, acaba de ser reeleito para um novo mandato na Direção do TIC Council, continuando como membro do “Board of Directors” desta Confederação Internacional. O TIC Council é uma organização internacional que reúne as principais empresas e entidades europeias e mundiais na área da certificação e inspeção e que, no seu conjunto, têm atividades em mais de 100 países, empregam mais de 150.000 pessoas e representam um volume de negócios de mais de 250.000 Milhões de Euros. “É sempre um grande desafio conseguirmos estar no Board of Directors da maior associa- Instações ISQ
ção internacional das grandes empresas do sector TIC (Test, Inspection and Certification), ao lado de gigantes como a SGS, Bureau Veritas, TUV, Dekra, Eurofins, Applus, entre muitos outros”, realça Pedro Matias.
O TIC Council é assim a Confederação que agrega grande parte destas entidades e faz a ligação com os serviços das Instituições Europeias e da Comissão Europeia, Associações Empresariais, Associações de Consumidores e Entidades de Standars e Acreditação, assim como to-
Reator de fusão ITER, o ISQ participa na formação, inspeção, ensaios e desenvolvimento de tecnologia de controlo
dos os players internacionais do sector.
“O TIC Council resultou da fusão das duas maiores Associações internacionais do Sector de “Testes, Inspeções e Certificação” de empresas
criando um gigante mundial neste sector”, explica Pedro Matias. Com a fusão e criação do TIC Council é criada
uma das maiores Associações internacionais e Portugal será um dos membros do Board of Directors.
Em Portugal um dos principais atores deste sector é o ISQ, do qual Pedro Matias é Presidente desde 2017. Segundo Pedro Matias “é preciso, cada vez mais, colocar portugueses em lugares chave a nível internacional e onde as decisões de hoje têm um enorme impacto na indústria e na economia de amanhã”. Com a “digitalização da economia, a tran-
sição energética e a aposta cada vez maior no desenvolvimento sustentável, grande parte dos standards e das normas internacionais vão ser alteradas. É uma revolução o que aí vem”
O Grupo ISQ tem 1800 colaboradores em todo o Mundo (800 dos quais em Portugal), está presente em 12 países, possui 16 Laboratórios Acreditados e presta mais de 250 serviços especializados a mais de 1200 parceiros e clientes. É a maior infraestrutura tecnológica privada em Portugal e já participou em mais de 500 projetos internacionais de Investigação e Desenvolvimento.
Pedro Matias foi Vice-Presidente do IAPMEI, Administrador da APCER – Associação Portuguesa de Certificação e foi Conselheiro do Comissário Europeu para a Investigação no âmbito do European Research Advisory Board. Atualmente é Presidente do ISQ e a partir de agora também membro do Board of Directors do TIC Council.
Notícias
Notícias da Universidade de Aveiro
Cientistas testemunharam a deslocação de um icebergue gigante na Antártida e na extensão de mar que costumava estar coberta de gelo, encontraram aranhas marinhas gigantes, peixes do gelo e polvos são algumas das criaturas surpreendentemente abundantes.
POs investigadores utilizaram o veículo (ROV) SuBastian para explorar profundidades até 1.300m
atrícia Esquete, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro (UA), foi co-chefe de uma expedição ao Mar de Bellingshausen, situado a oeste da península Antártica. A expedição internacional fez o primeiro estudo detalhado, abrangente e interdisciplinar da geologia, oceanografia física e biologia sob uma área coberta até janeiro por uma plataforma de gelo flutuante e descobriu um ecossistema “bonito e próspero”.
A bordo do R/V Falkor, do Schmidt Ocean Institute, os investigadores aproveitaram o desprendimento inesperado do iceberg A-84 da Plataforma de Gelo George VI no Mar de Bellingshausen, a 13 de janeiro de 2025, para estudarem o fundo do mar, naquela que era uma área anteriormente inacessível à humanidade.
A 25 de janeiro, a equipa alcançou as profundezas inexploradas e realizou o primeiro estudo interdisciplinar abrangente da geologia, oceanografia física e biologia da região. O iceberg, com aproximadamente 510 quilómetros quadrados, o tamanho da cidade de Chicago, revelou uma extensão equivalente de fundo marinho para exploração científica.
Patrícia Esquete, co-chefe da expedição e investigadora do CESAM e do Departamento de Biologia da UA, realça
Analisar os efeitos da água de fusão glaciar nas propriedades físicas e químicas da região
a importância da descoberta:
“Aproveitámos o momento, alterámos o plano da expedição e avançámos para
podermos observar o que estava a acontecer nas profundezas. Não esperávamos encontrar um ecossis-
tema tão bonito e próspero. Com base no tamanho dos animais, as comunidades que observámos estão lá
há décadas, talvez até centenas de anos”
formas de gelo e os impactos das alterações climáticas nas zonas polares.
Durante oito dias, os investigadores utilizaram o veículo operado remotamente (ROV) SuBastian para explorar profundidades até 1.300 metros. As suas observações revelaram um ecossistema florescente, com grandes corais e esponjas que sustentam uma diversidade de vida marinha, incluindo peixes-gelo, enormes aranhas-do-mar e polvos. Esta descoberta oferece uma visão sem precedentes sobre o funcionamento dos ecossistemas sob as plataformas de gelo flutuantes da Antártida.
Além da recolha de amostras biológicas e geológicas, a equipa lançou planadores submarinos autónomos para analisar os efeitos da água de fusão glaciar nas propriedades físicas e químicas da região. Os dados preliminares indicam uma elevada Enormes aranhas-do-mar
A participação da investigadora Patricia Esquete na expedição ao Mar de Bellingshausen reflete o compromisso o CESAM, no âmbito das atividades do Cluster de Investigação Mar Profundo, Oceano e Ecossistemas de Transição, com a ampliação do conhecimento sobre os ecossistemas sob as plata-
produtividade biológica e um fluxo significativo de água de fusão proveniente da Plataforma de Gelo George VI. Esta expedição, também noticiada em vários órgãos de informação internacionais (ver, por exemplo, The Washington Post) fez parte do Challenger 150, uma iniciativa global de investigação biológica em águas profundas, endossada pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (COI/ UNESCO) como uma Ação da Década do Oceano.
Iceberg A-84
Batizado de A-84 pelo Centro Nacional de Gelo dos EUA, o icebergue mede cerca de 30 quilómetros de comprimento e 17 quilómetros de largura. O icebergue em forma de batata deslocou-se cerca de 250 quilómetros do seu ponto de origem, junto ao extremo sul da plataforma de gelo George VI, ao longo da base da Península Antárctica. O desprendimento de icebergues é uma ocorrência normal nas plataformas de gelo.
Desprendimento do iceberg A-84 revela um ecossistema incrível nunca antes visto pelos humanos
No entanto, factores como o aquecimento do ar e da água, juntamente com a diminuição do gelo marinho protector, podem acelerar o desprendimento e levar ao colapso, como aconteceu com várias
plataformas de gelo ao longo da Península Antárctica. Observações feitas por exploradores no início da década de 1940, e mais tarde por deteção remota, mostram que o George VI tem vindo a per-
der gelo na plataforma. Por enquanto, o recuo tem sido gradual, auxiliado pela estabilidade proporcionada pela sua localização única, encaixada entre a Península Antártica e a Ilha Alexandre.
O icebergue em forma de batata deslocou-se cerca de 250 quilómetros do seu ponto de origem
Notícias MARE – Centro de Ciência do Mar e do Ambiente
Um grupo de investigadores do MARE – Centro de Ciência do Mar e do Ambiente desvenda alguns aspetos dos tubarões-azuis, ajudando a aprofundar ainda mais o conhecimento sobre essa espécie em Portugal. Notícias
Aquase 60 quilómetros da costa da Arrábida, para lá das fronteiras do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, os tubarões-azuis são a espécie da megafauna local mais
frequentemente observada ao longo de toda a coluna de água. Nessa área, devido ao canhão Lisboa-Setúbal, um vale submarino, as profundidades podem ir dos 60 aos 2.500 metros.
Agora, um grupo de investigadores do MARE – Centro de Ciência do Mar e do Ambiente, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Oceanário de Lisboa desvenda alguns aspetos
Tubarão-Azul, Prionace glauca
de como os tubarões-azuis se movimentam e comportam, ajudando a aprofundar ainda mais o conhecimento sobre essa espécie.
O objetivo dos investigadores era recolher informação sobre a biodiversidade pouco conhecida que existe fora do parque marinho. Para isso, a equipa colocou no mar da área de estudo três sistemas remotos de vídeo subaquático, conhecidos, na gíria científica, como BRUVS, um método não invasivo e não extrativo muito usado para estudar, através de captação de imagens e sons, ambientes e espécies marinhas no local.
Os BRUVS, suspensos a 12 metros de profundidade com a ajuda de uma boia, foram equipados com isco para atrair animais e, assim, captar episódios das suas vidas misteriosas, e invisíveis para muitos de nós.
A equipa percebeu que os tubarões-azuis, uma espécie considerada esquiva e, por isso, muito difícil de conhecer, eram muito abundantes no local, pelo que decidiram esquadrinhar os dados obtidos, entre 2019 e 2020 no âmbito do projeto INFOBIOMARES, e desenvolver um estudo sobre o comportamento desses peixes cartilagíneos pelágicos. As descobertas foram publicadas recentemente na revista ‘Marine Ecology Progress Series’, e Noelia Ríos é a primeira autora.
Em entrevista, a investigadora do MARE-ISPA conta que os resultados mostram que, na área de estudo, existem diferenças na forma como os tubarões usam o espaço, consoante a idade, o sexo e até a altura do ano. E isso pode dar pistas importantes sobre aspetos pouco conhecidos das vidas destes predadores.
“Os juvenis aparecem mais na primavera e mais perto da costa, e isso coincide com a época de reprodução”, diz Noelia Ríos, o que, aliado à grande abundância verificada de animais entre os zero e um ano de idade, leva a equipa a sugerir que a área de estudo poderá servir como um berçário para a espécie.
Quanto aos adultos, esses
A equipa percebeu que os tubarões-azuis, uma espécie considerada esquiva e, por isso, muito difícil de conhecer, eram muito abundantes no local
tendem a surgir mais pelo outono e mais afastados da costa. Contudo, os investigadores perceberam que algumas fêmeas apareciam também mais perto da costa durante a primavera, outra das razões que os leva a crer que a zona do canhão Lisboa-Setúbal a cerca de 60 quilómetro da costa da Arrábida é uma área usada pelos tubarões-azuis para se reproduzirem e terem as suas crias. Além disso, por serem animais cuja reprodução está muito associada a zonas de maior profundidade, a abundância de juvenis registada na área do canhão reforça a ideia de que se tratará, muito provavelmente, de um berçário.
Com esses dados em mãos, a equipa comparou-os com estudos de outras partes do mundo onde os tubarões-
azuis ocorrem para tentarem perceber quais as características que os berçários da espécie normalmente têm e ver ser coincidiam com as encontradas no local de estudo. “E vimos que cumpria os requisitos para, potencialmente, ser identificado como um berçário”, explica-nos Noelia Ríos. “Obviamente que um só estudo não é suficiente, mas já é um bom começo”, salienta.
Ruídos dos barcos afetam comportamento
Através da análise dos vídeos captados pelos BRUVS, os cientistas perceberam que, quando uma embarcação se aproximava do local, os tubarões-azuis passavam muito
menos tempo a interagir com os aparelhos de filmagem, e a frequência das interações era também muito menor. E porque seria isso relevante? Noelia Ríos responde: “são comportamentos que estão associados à alimentação”
Com base nas observações recolhidas, a equipa considera que o ruído causado pelos barcos faz com que os tubarõesazuis passem menos tempo a procurar alimento, algo que poderá pôr em risco a sobrevivência das populações dessa espécie.
Pode, no entanto, haver o efeito inverso. Embora neste trabalho se tenha observado que o ruído afastava os tubarões das câmaras iscadas submarinas, outros estudos sobre tubarões indicam que a perturbação sonora pode Os juvenis aparecem mais na primavera e mais perto da costa, e isso coincide com a época de reprodução
também atraí-los para a fonte do ruído.
“Nesse caso, aumenta também a probabilidade de ser capturado acidentalmente” , salienta Noelia Ríos, sendo por isso um fator que agudiza as ameaçadas enfrentadas pela espécie.
A investigadora diz que um dos próximos passos será recolher dados sobre o tráfe-
go marítimo nas águas que banham a Arrábida, para que se possa traçar uma ligação mais clara entre as atividades humanas no mar e o comportamento dos tubarões.
Tubarões-azuis
precisam de mais proteção
Dado a importância que os canhões submarinos terão para
a reprodução e, consequentemente, para a sobrevivência das populações de tubarõesazuis, será preciso olhar com mais atenção para esses habitats menos conhecidos e protegê-los devidamente.
“São área menos exploradas, e o que acontece é que protegemos menos aquilo que conhecemos menos”, diz-nos Noelia Ríos.
“É verdade que sobre as áreas costeiras temos mais informação, são de mais fácil acesso, e, por isso, estão sempre mais protegidas do que zonas mais desconhecidas.”
Como os tubarões-azuis são frequentemente capturados acidentalmente em artes de pesca que têm outras espécies como alvo e as suas populações mediterrânicas estão em declínio devido à captura acessória, a investigadora acredita que é preciso “tomar medidas para proteger esta espécie”. Em Portugal, os tubarõesazuis são a espécie de tubarão mais frequentemente capturada por pesca de palangre de superfície, uma arte piscatória, especialmente destinada à captura de atum e espadarte, que consiste numa linha principal, a madre, que flutua à tona de água, e da qual saem várias linhas secundárias, cada qual com um anzol.
Embora a pesca de palangre de superfície não seja di-
Em Portugal, os tubarões-azuis são a espécie de tubarão mais frequentemente capturada por pesca de palangre de superfície
rigida ao tubarão-azul, acaba por resultar em muitas capturas desses animais, e os impactos continuam a fazer-se sentir. Noelia Ríos aponta que já estão a ser feitos alguns esforços para reduzir a pesca acessória de tubarões, como alterar o formato dos anzóis de modo a permitirem aos tubarões libertarem-se quando o mordem, mas será preciso reforçar essas medidas. Por outro lado, sabendo-se onde e quando os tubarõesazuis se reproduzem, sugere a cientista do MARE-ISPA, poderiam definir-se períodos de interdição ou redução da pesca nesses locais durante esses períodos, para assegurar a continuidade da espécie.
Além da captura acidental, os tubarões-azuis enfrentam também outras ameaças, como o ruído antropogénico, um perigo em crescendo desde a costa ao mar profundo e proveniente, por exemplo, do
tráfego marítimo, da pesca e de atividades portuárias. Questionada sobre se o turismo poderá ser um problema, Noelia Ríos diz que, nas águas marinhas da Arrábida, não parece que seja, uma vez que se tende a concentrar mais perto da costa, ao passo que os tubarões-azuis ocorrem a vários quilómetros da linha costeira.
Embora em águas portuguesas a espécie esteja classificada como “Quase Ameaçada”, a investigadora salienta que, ainda assim, é preciso protegê-la, pois, em menos de nada, por causa da persistência das pressões antropogénicas, pode ver agravado o seu estatuto de ameaça.
Em julho de 2023, o Governo português de então decidiu criar um grupo de trabalho que teria como missão “elaborar o Plano de Ação Nacional para a gestão e conservação de tubarões, raias e quimeras.” No entanto, desde
O turismo não será um problema, uma vez que se tende a concentrar mais perto da costa
o anúncio da criação do grupo de trabalho e há exceção de uma primeira reunião em outubro desse ano, não houve, até ao momento, quaisquer outras comunicações sobre o desenvolvimento do plano de ação, apesar do reconhecimento da sua importância.
“Muito sensíveis e muito tímidos” Os tubarões-azuis são uma
espécie migradora, e, embora possam ser encontrados durante todo o ano ao longo da sua ampla área de distribuição, os mesmos indivíduos não ficam os 365 dias na mesma área. Isto é, com o passar das estações, tubarões-azuis individuais vão circulando pelo mundo, mantendo a presença de populações da espécie nos locais onde ela ocorre, mas variando os
indivíduos que as compõem.
“São animais muito sensíveis e muito tímidos, pelo que é muito difícil estudálos no meio natural. Daí a importância do nosso estudo”, explica-nos Noelia Ríos. “Também são curiosos, como vimos nos vídeos captados pelas nossas câmaras.”
Essa espécie alimenta-se sobretudo de pequenos pei-
Tubarão-azul a interagir com uma câmara iscada BRUVS. Foto: Projeto INFORBIOMARES / MARE-ISPA
xes pelágicos, como as sardinhas e os carapaus, mas são também predadores oportunistas, pelo que se, durante as suas longas viagens migratórias, encontrarem outro tipo de presas de tamanho semelhante às suas presas habituais não deixarão passar a oportunidade.
Na região do Atlântico Norte, as fêmeas preferem dar à luz nas costas portuguesa continental e galega, mas também ao largo dos Açores é possível encontrar alguns juvenis. Quando nascem, os tubarões-azuis não têm mais do que uns poucos centímetros, mas os adultos podem chegar aos dois metros e meio de comprimento.
Os tubarões gozam de uma má reputação junto de grande parte do público, em muito alimentada pela cinematografia de ficção-científica que os mostra como máquinas assassinas sedentas de sangue. “Mas a imagem que vemos nos filmes está muito longe da realidade”, garante Noelia Ríos, acrescentando que os tubarões-azuis, em particular, “não são nada agressivos”
O objetivo dos investigadores era recolher informação sobre a biodiversidade pouco conhecida que existe fora do parque marinho. Para isso, a equipa colocou no mar da área de estudo três sistemas remotos de vídeo subaquático, conhecidos, na gíria científica, como BRUVS, um método não invasivo e não extrativo muito usado para estudar, através de captação de imagens e sons, ambientes e espécies marinhas no local.
Os BRUVS, suspensos a 12 metros de profundidade com a ajuda de uma boia, foram equipados com isco para atrair animais e, assim, captar episódios das suas vidas misteriosas, e invisíveis para muitos de nós.
Há pessoas que ainda enchem os carretos com fio de nylon.
Não acho estranho já que a minha mãe, que tem quase 94 anos, ainda usa placa de dentes em vez de implantes dentários...
Tudo tem o seu tempo, tudo tem um enquadramento lógico de acordo com aquilo que as pessoas sabem fazer, o que conhecem, aquilo que é “do seu tempo”...
O carreto que vos passo abaixo pode não reunir hoje demasiados adeptos pescadores mas já foi tido como sendo uma bomba!
A linha que este carreto contém será tão velha quanto a máquina em si.
Há uma probabilidade, mesmo que algo remota mas ainda assim diferente de zero, de vocês concordarem comigo: não é com este equipamento que queremos ir pescar aos robalos.
Devo dizer-vos que, em termos de actualização, muita gente continua ainda hoje neste nível de apetrechos.
É verdade que o dinheiro não abunda, que tem de se fazer uma utilização racional do salário, mas há pessoas que esticam ao limite a “forretice” de nada investirem em pesca.
Muitas dessas pessoas são fumadores e gastam mais de seis euros dia em tabaco. São 2.190 euros /ano a estragar a saúde.
Com esse valor, ficariam equipados com material topo de gama, qualquer que fosse a modalidade de pesca escolhida. Mas quando se trata de adquirir material de pesca, são os 40 a 50 euros anuais e ponto final.
Afinal de contas, e porque não o levamos para o caixão, o dinheiro serve-nos para quê? Que quantidade teremos de ter na carteira para nos sentirmos confortáveis?
Provavelmente nunca ninguém terá o suficiente. Porque dinheiro é apenas um número, e os números já se sabe, … são infinitos. E, assim sendo, nunca teremos um infinito suficiente.
Enfim, se sobrar algo depois dos cafés e do tabaco, pois que se compre …linha multifilamento e fluorocarbono para a baixada. Isso sim. Falemos de linhas actuais. Hoje em dia, as razões para
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
utilizarmos linhas de nylon no carreto serão poucas, a não ser que a disponibilidade financeira não permita mais.
A memória, essas irritantes espirais que nos aborrecem, a alta elasticidade que tanto nos rouba o contacto directo
Hoje em dia, o multi filamento é a regra geral
com o peixe, e sua consequente falta de sensibilidade, tudo isso desaconselha a opção por tal produto.
A opção de carreto é, até ver, o multifilamento e esse pode e deve ser muito bem escolhido antes da compra. A
GO Fishing Portugal dá aconselhamento técnico para que não se compre para …”experimentar”.
É importante definir o correcto tipo de multifilamento para a utilização pretendida, bem como o seu diâmetro, cobertura silicone, comprimento total da bobine, etc, etc.
Mas o tema de hoje é o fluorocarbono e por isso vamos deixar a linha de carreto e apontar directo ao que
interessa: a baixada.
Chamem-lhe chicote, leader, baixada, aquilo que quiserem, mas façam-na em fluorocarbono. A visibilidade dentro de água é reduzida, a resistência à abrasão muito superior, a elasticidade muito menor que no nylon, e isso conta.
Com o natural receio de que alguém possa não conseguir entender a mensagem, (estou disponível para ajudar, caso façam o contacto com a
GO Fishing em Almada, telef: 212742292, ou enviem um email, almada@gofishing.pt ), aqui vos passo uma bateria de testes que pode elucidar algo. O tema é a visibilidade e vocês podem aquilatar da importância da boa escolha neste vídeo que está muito bem feito.
Vamos em 2027 deixar de poder contar com o fluorocarbono que hoje temos, mas vamos passar a ter um outro,
o qual encaixa dentro das mesmas características. Oportunamente voltarei a este assunto, até porque ele vai movimentar rios de tinta durante os próximos anos. Não esqueçam, as linhas são de facto importantes, ou não fossem elas que nos ligam ao peixe.
Estiquem as linhas. Desejo-vos para este período do ano tão promissor … boas pescas de primavera!
Pesca Lúdica Embarcada
Há muitos anos atrás, a preocupação nacional era a de haver mouros na costa.
Eram outros os tempos, bem mais conturbados.
Falamos dos anos 711 a 756, e quem estava por cá no nosso país eram os visigodos. Sofreu-se muito por aqui, por estas terras que hoje pisamos enquanto povo luso.
Nessa altura, a Península Ibérica que hoje nos parece um lugar pacífico, amargou com as invasões muçulmanas, assistimos ao estabelecimento de emirados do Califado de Damasco, e só nos livrámos disso já bem tarde, quase oitocentos anos depois, por volta do ano de 1492.
Durante todo este período, os árabes, uma mistura de sírios, persas, egípcios e berberes fizeram-nos a vida negra.
Inevitavelmente também deixaram algumas coisas boas, algumas tão insuspeitas como a gastronomia que apelidamos de “nossa”, ou a linguagem ainda hoje utilizada: almirante, açúcar, albatroz, alcateia, alcatifa, algarismo, algodão, almofada, etc, etc.
E artes de pesca como as almadravas, redes circulares fixas para capturar atuns.
Nessa altura as preocupa-
ções deles certamente não eram a pesca desportiva ao atum, a pesca desportiva à linha que hoje conhecemos, era a guerra, a conquista de território, que neste caso dos árabes chegou a ter 600.000 km2.
Se os árabes foram expulsos à espada daquilo que é hoje o nosso país, se atravessaram Gibraltar e não mais voltaram, em parte isso também se deveu aos portugueses de antanho, que lutaram com coragem pelo território a que hoje chamamos Portugal. Desta vez, se os árabes voltarem, será apenas para pescar à linha os fantásticos atuns que temos entre nós. Sim, temo-los na costa e dos grandes! É verdade, os gigantescos atuns que encheram as almadravas árabes estão de volta e em força!
Fazem a sua migração habitual do Atlântico para o Mediterrâneo e por isso passam pelo nosso país para se reabastecer. Sim, para comer toneladas de cavala, carapau,
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com sardinha, que a temos com fartura.
Já tivemos mais atum na nossa costa mas razões que se prendem com excesso de capturas, (a expansão da indústria conserveira quase os aniquilou), mas podemos dizer hoje que as populações de atum estão de volta.
A cada ano que passa vejoos mais e mais, os encontros imediatos são cada vez mais frequentes. No ano passado estive diversas vezes com estes colossos do mar à minha volta, a rodearem o barco.
O meu colega carlos Campos quase ficou sem linha no seu carreto, o meu amigo Fernando Santos idem, e eu próprio, a pescar jigging com uma cana de 85 gramas, PE 1.2 e fluorocarbono 0.33mm, …também.
Perdi a linha e o jig, mas não perdi a vontade de lutar. Sei que os consigo vencer.
Mais dia menos dia vamos ter de medir forças e porque já os pesquei anteriormente sei bem do desafio que é arrojar um peixe desses ao barco, e do estado em que fica quer o equipamento quer o nosso corpo. Não sei se têm ideia da
magnitude do negócio que envolve a captura do atum. Posso dar-vos algumas pistas sobre isso: os atuns selvagens são pescados à rede e mantidos vivos. Interessa mantê-los vivos pois a ideia é mesmo que sejam apenas mortos quando o
comprador dá o sinal de ok, quando estão…”facturados”. Reféns em cativeiro, onde são alimentados a cavala, carapau e outros peixes baratos, os atuns giram ao longo dos cercados de redes circulares numa marcha interminável. Serão alimentados de for-
ma intensiva, de forma a engordarem o possível e produzirem uma carne de maior qualidade.
Na verdade, e pese tratarem-se de peixes selvagens capturados, a reclusão e este tratamento a peixe de engorda faz deles autênticos peixes de aquacultura.
onde um exemplar de 200 quilos pode render cerca de 30 mil euros.
Entre nós os preços não são esses, mas um bom atum tem valor.
Perto da costa, entre Setúbal e Sesimbra, foi o ano passado capturado um exemplar acima dos 300 kgs, por uma embarcação de pavilhão espanhol.
Sabe-se que a luta se prolongou por cerca de nove horas, com todo o desespero que isso terá trazido aos tripulantes.
Depois de várias tentativas de chegar a consenso quanto à necessidade de cortar a linha, e já noite dentro, os pescadores lograram obter êxito.
A indústria do atum procura incessantemente novas soluções, e todas elas visam um único propósito: o lucro.
Os preços que um atum atinge no mercado de peixe fazem dele um dos peixes mais procurados no Japão,
A falta de equipamento pesado, devidamente adequado à função, não terá ajudado.
A GO Fishing Portugal tratou de encomendar conjuntos completos para a pesca destes tunídeos: canas de Big Game, carretos Big Game de alta capacidade, linhas, baixos de linha, anzóis para quem pretende pescar fundeado, e amostras de corrico a condizer, para quem prefere fazer trolling. Falta chegarem os carretos…que estão a caminho.
Os atuns são esperados em maio, e antes dessa altura todos os equipamentos necessários estarão em stock na loja de Almada.
Aceitam-se apostas: vamos ver este ano quantas pessoas vão deixar ir embora atuns de mais de 100 kgs, por não estarem equipadas… Voltaremos a este assunto no final da época de atuns, a qual irá iniciar-se em Maio/ Junho e terá uma nova investida no início do Outono, Setembro/ Outubro/ Novembro. Atuns que entram e saem do Mediterrâneo, gordos e com mais vitalidade à ida, mais magros e sumidos à vinda, depois da reprodução. Vamos ver...
Tagus Vivan- Conhecer e Viajar pelo Tejo
Quero referir-me ao grande estuário, à região adjacente e à Reserva Natural do Estuário do Tejo, e devo esclarecer que considero que o grande estuário estende-se até onde chegam as águas da maré que sobe da foz até Santarém.
Quando D. Afonso Henriques tomou Santarém aos Mouros repartiu as terras alagadas pelas enchentes e cheias do Tejo, as lezírias, para serem distribuídas pelos pobres para que delas tirassem o seu sustento.
Mas a partir do século XII, boa parte dessas terras acabou por ser cedida à Ordem do Templo e a ordens menores. Graças ao grande interesse que D. Dinis dedicou à agricultura, decretou o retorno dessas terras e dos mouchões para a coroa, por troca
ou imposição. O seu filho D. João IV criou a Casa do Infantado, e as melhores terras foram transferidas para os infantes, seus filhos.
As lezírias mantiveram-se na posse da coroa até que em 1813, a coroa mostrou interesse em vender as terras das
lezírias do Tejo e Sado, sob a condição que os interessados lhes fizessem as necessárias obras de protecção e defesa contra às inundações e abrissem os valados convenientes, bem assim como a preparação apropriada dos campos de modo a viabilizarem uma produção agrícola melhor. Em 1834 é decretada a venda dessas terras e do património acumulado sob o regime feudal. Em 1835 instituiuse uma Companhia gerida por uma administração constituída pelos: Conde do Farrobo, Visconde das Picoas, José Bento Araújo, José Xavier Mouzinho da Silveira e José Pereira Palha. Na sequência disto foi formada em 1836 a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado, com uma dimensão de mais
de 40.000 hectares que se estendiam desde a Golegã até à Comporta de Alcácer do Sal, que graças a iniciativas pioneiras no domínio da exploração e gestão agrícola e florestal, potenciou o melhor aproveitamento dos recursos naturais ao seu dispor, e introduziu novas culturas e desenvolveu novas tecnologias de cultivo, que contribuíram para um desenvolvimento agrícola que guindou toda esta região ao maior celeiro do país. As lezírias são porções de sedimentos fluviais que emergem pouco acima do nível médio das águas do mar e cuja fertilidade as elege como as preferidas tanto pelos homens como pelas aves migratórias.
Passados 170 anos da sua fundação, a actividade da Companhia das Lezírias do Tejo e Sado passou a desenvolver a sua actividade
em apenas 20.000 hectares, metade da dimensão territorial, que ficou concentrada na Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e na Charneca do Infantado.
Os objectivos da Companhia das Lezírias foram preservar o património e maximizar os resultados
Não obstante ter passado a ter uma dimensão territorial reduzida a metade, com as necessárias adaptações à mudança dos tempos, os objectivos da CL foram os de preservar o património e maximizar os resultados da exploração da terra e da floresta, garantindo condições de desenvolvimento sustentável e enfrentando os desafios que o futuro coloca, e que poderiam significar novas
oportunidades de afirmação da referida Companhia. Tendo nascido como uma sociedade por acções detida por investidores privados, sofreu várias vicissitudes, tendo sido nacionalizada em 1975 e posteriormente transformada em sociedade anónima totalmente detida pelo Estado.
É grande a diversidade de actividades agroflorestais que se aliam a uma enorme riqueza de animais, plantas e habitats e a uma paisagem que combina o montado e o pinhal aos pauis que rasgam a charneca e às zonas húmidas do Estuário do Tejo.
A CL procurou manter a interligação entre o espaço rural e o espaço urbano mas, enquanto que nos territórios rurais de grande dimensão os latifúndios, que são espaços de desertificação humana que permite produzir muito
com poucos numa agricultura tecnologicamente avançada, neste caso, perante a realidade de gerir um território localizado a 30 Km da capital, numa área de nidificação de aves migratórias, paraíso ecológico rodeado por núcleos urbanos em rápida expansão e corredores aéreos, ferroviários e rodoviários, optou por fazer os adequados ajustamentos em função das condições contextuais e continuar com a implementação da estratégia acordada com a tutela e o accionista para alargar o negócio para além das chamadas actividades tradicionais, integrando actividades valorizadoras do património da empresa que acrescentem valor aos bens produzidos tais como: o investimento na área de Turismo de Natureza; o alargamento da área de produção directa de arroz na Lezíria Sul; a reafir-
mação no mercado da carne produzida com marca CL; a certificação da produção florestal sustentável como vantagem competitiva, nomeadamente na colocação da cortiça no mercado, sendo pioneira na certificação da gestão cinegética; a reorganização da política produtiva e comercial da oferta de vinhos da CL, tirando partido da nova região demarcada Tejo; a reorganização das actividades da coudelaria, com o objectivo de promover o ferro CL, e ao nível da diversificação de actividades, está a reanalisar o investimento num parque de aproveitamento de biomassa associado a uma central de produção de energia eléctrica para fornecimento à rede, e no que respeita ao AgroTurismo e Turismo de Natureza e do Conhecimento, lançou o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de
Aves, Enoturismo e Turismo Equestre.
A Companhia das Lezírias é a maior exploração agropecuária e florestal existente em Portugal, compreendendo a Lezíria de Vila Franca de Xira, a Charneca do Infantado, o Catapereiro e os Pauis (Magos, Belmonte e Lavouras).
O território da CL está compreendido entre os rios Tejo e Sorraia e é dividida pela Recta do Cabo em Lezíria Norte e Lezíria Sul. A Lezíria Norte é constituída por cerca de 1.300 hectares explorados por rendeiros. Quanto à Lezíria Sul, que ocupa perto de 5.000 hectares dos quais cerca de 2600 ha estão arrendados e 2.200 ha são explorados directamente pela CL, sendo quase 1900 ha para pastagens e cerca de 320 ha de arroz que se cultiva também nos Pauis de Magos, Belmon-
te e Lavouras, mas só este último, com uma área de 240 ha, é explorado directamente pela CL. No que diz respeito à exploração directa, a Companhia faz ainda, em Catapereiro, uma média de 250 ha de milho (sob pivot), 140 ha de vinha e 70 de olival, e 3050 ha de prados permanentes.
A Charneca do Infantado e os Pauis perfazem uma área de cerca de 11.500 hectares.
Santuário da biosfera classificado como um dos dez mais importantes da Europa.
O Tejo, para além de ter dado origem aos solos férteis das lezírias, é uma atracção cada vez maior para as aves migratórias e por isso é de registar que uma parte considerável da RNET- Reserva Natural do
Estuário do Tejo, é um santuário da biosfera que está classificado como um dos dez mais importantes da Europa. O habitat dessa avifauna situa-se, em grande parte, no território da Lezíria Sul, e no delta formado pelos mouchões da Póvoa, do Lombo do Tejo e de Alhandra, com aves das mais variadas espécies com destaque para patos, flamingos, gansos, garças, maçaricos e outras espécies que se alimentam nos sapais envolventes, sapais esses que são também o berçário de bivalves e variadas espécies de peixes que vão povoar a zona costeira adjacente.
Não posso deixar de realçar as potencialidades do Tejo, da Reserva Natural do seu grande estuário, e das suas férteis lezírias, por resistirem à grande pressão das indústrias, algumas pe-
sadas, das redes viárias de circulação intensa, nomeadamente a ponte Vasco da Gama, da base aérea do Montijo e das urbanizações desmedidas que o circundam, que já se vão infiltrando para o interior, estando situados às portas da capital Lisboa. Quanto a mim, trata-se de um caso provavelmente único, da força da Natureza.
“Mais uma Nota” “Mais Uma Nota” vai passar a ser um espaço da nossa crónica dedicado à divulgação de acontecimentos ou iniciativas de relevante interesse para o Tejo, da parte de organizações ou instituições públicas e privadas. Na presente crónica quero divulgar alguns dos objectivos da
Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo – CIMLT.
A CIMLT que envolve 11 municípios, tais como Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Salvaterra de Magos, Santarém e Rio Maior, elaborou no início do ano de 2008 um Programa Territorial de Desenvolvimento da Lezíria do Tejo, que serviu de base à contratualização, e que apresentava não só o quadro estratégico para a Região como a identificação de alguns projectos que cada um dos Municípios associados pretendia realizar. Esse Programa foi discutido com a CCDR Alentejo e mereceu também o parecer favorável da CCDR Lisboa, permitindo a contratualização entre a CIMLT e o Estado Português.
Os seus objectivos são, entre outros:
- Dotar a Lezíria do Tejo de um conjunto de infra-estruturas indispensáveis à reestruturação e modernização do tecido produtivo regional, e ao acolhimento mais competitivo das actividades económicas e serviços.
-Colocar a Lezíria no panorama nacional como das NUT III mais avançados na modernização tecnológica do 1º ciclo do ensino básico.- Converter para FER a fonte energética dos principais equipamentos públicos com elevados consumos energéticos.
- Promover acções de valorização de zonas fluviais e albufeiras, recuperação do património associado,
incluindo sinalização e infra-estruturas de apoio.
- Fomentar o Turismo da Natureza e a educação ambiental, dando a conhecer ao público e aos agentes de turismo as áreas classificadas, identificando as suas potencialidades e especificidades.
- Promover e melhorar a visibilidade e notoriedade da Lezíria, reforçando a sua competitividade dentro do quadro regional, nacional e internacional.
- Criar condições para uma administração pública local mais eficiente e eficaz, quer através da melhoria da qualificação do atendimento, quer na reengenharia e desmaterialização de processos relevantes para os cidadãos.
O Tejo a Pé
1. Ponto de encontro, beleza com muito significado
Com o encontro marcado às 9 horas na Estátua da Rainha Dª Maria I, os nossos guias Rui Oliveira, conhecido e sabedor arqueólogo, e Aureliano Vasconcelos, engenheiro que sabe muito de muita coisa, interessaram desde logo os 50 participantes. Alguma gente nova e famílias, sempre muito bem-vindos.
Depois da subida urbana, sempre com histórias, até ao Monte Abraão, eis o campo com um trilho a caminho da Anta
Foram algo mais de 10 quilómetros com muita “conversa” à volta de estórias, História e infinitos patrimónios de que este lugar é fértil, como poucos. O objetivo era alcançar
a Anta do Monte Abraão que remonta ao tardio Neolítico até ao Calcolítico inicial (4000 – 2500 a.C.). Por aqui se percebe que este lugar é povoado desde há muito. A existência de abundantes recursos,
A pausada chegada à Anta do Monte
água, solo fértil, cinegéticos etc., assim o justifica. Depois da Anta e de vermos algumas cantarias, do que resta da Quinta do Mestre Abrão, filho de Dª Brites, mãe de Dª Leonor e D. Manuel, e de es-
cutarmos algumas histórias, encetámos a descida até ao ponto de partida. Neste trajeto atravessámos inúmeras urbanizações e ribeiras; apesar do urbanismo denso, Queluz deixa-se atravessar
por linhas de água bastante naturalizadas que constituem excelentes corredores ecológicos com grandes benefícios também para as pessoas.
Já próximos do Palácio foi o tempo de voltarmos à histó-
ria e a tempos mais recentes, os palacetes, aqueduto e fontanários assumiram o lugar da nossa atenção, sempre atenta ao saber do Professor Rui Oliveira. Para alguns as despedidas só aconteceram
Centro de Queluz, um fontanário com muita história; “ai se ele nos contasse…”
depois do habitual almoço e convívio nas sombras dos magníficos espaços verdes da envolvente do Palácio. Assim é o Tejo a pé; um grupo informal de amigos que se junta, desde há 18
anos, uma vez por mês, para caminhar no campo, ou na cidade, cada vez mais um passeio tertuliante (andando & conversando).
Para participar basta enviar um email: cupeto@uevora.pt.
Notícias Nautel
A Nautel apresenta a nova gama de sistemas combinados/multifunções, KP-25 da ONWA, com destaque para o equipamento mais económico do mercado com AIS classe B integrado.
Navegue em águas abertas e abrace a liberdade do mar com o chartplotter da série
KP da ONWA.
Concebido para precisão e facilidade de utilização, este chartplotter oferece ecrã táctil
de alta resolução, posicionamento GPS preciso e atualizações meteorológicas em tempo real, garantindo uma
experiência de navegação segura e agradável. Quer esteja a navegar em rotas conhecidas ou a explorar novos horizontes, a Série ONWA KP é a sua companheira de confiança para todas as aventuras marítimas. Experimente a emoção das águas abertas com confiança e controlo.
Compacto, prático e também potente O chartplotter da série KP-25 oferecem até 9 funções de visualização diferentes, permitindo-lhe desfrutar livremente das águas abertas. Com uma antena GPS básica, pode facilmente traçar os seus mapas, planear a sua navegação e medir a sua velocidade.
Companheiro de cruzeiro fiável
Selecione os seus mapas preferidos para planeamento e navegação, com suporte para K-Chart 2.0/3.0, Navionics e C-MAP MAX. O sistema AIS integrado ajuda-o a evitar embarcações próximas, enquanto o sistema de sonar integrado proporciona imagens subaquáticas nítidas, auxiliando na localização de peixes e evitando encalhes. Com suporte para ligações NMEA 0183 e NMEA 2000, oferece capacidades de transmissão de dados mais convenientes.
Características
O KP-25ª é GNSS/Chartplotter/AIS tipo B, com ecrã a cores TFT, de 5”. Tem alta visibilidade à luz solar (1000Nits) e elevado contraste.
A resolução é de 800x480 pixels.
Vem com pequena antena externa de GPS (GNSS).
Dimensões: A143,1x L 215,3 x P 63,1mm. 1Kg.
Estanquicidade: IP66. Usa cartografia Navionics , CMAP e K-Chart.
Localizador de peixe HD integrado. Sistema operativo simples, cómodo e de resposta rápida; Ecrã à prova de intempéries com brilho ajustável e modos dia/noite;
Frequência dupla: 50 e 200 kHz (transmitidos alternadamente)
Ajuste automático de alcance e ganho em função da utilização (cruzeiro ou pesca)
Excelente discriminação do fundo do mar e fácil identificação de peixes e cardumes
Profundidade exata onde o cardume de peixes é mostrado para facilitar a pesca. Menus de operação em diversas línguas incluindo o Português.
12.000 Waypoints/Marcas, com nome e símbolo. 8.000
pontos de rasto.
30 rotas com até 170 waypoints cada. 10 rastos, cada com até 16.000 ptos.
Inúmeras funções gráficas, Head-up,North up, Nav-up . CPA, TCPA, MOB.
Alimentação: 10,5~ 35 VDC. NMEA0183 e NMEA 2000. Guarda dados em SD Card externo.
Inclui unidade indicadora, antena de GPS (patch) KA-88 c/ 4 m de cabo, cabo de alimentação, e manual de instruções.
Características
AIS integradas
Tecnologia SOTDMA - A mesma tecnologia utilizada pela Classe A - Alocação ga-
rantida de intervalo de tempo.
Potência de transmissão de 5 W – aumenta o alcance e a receção do satélite AlS, permitindo o seguimento global. Aumento da taxa de transmissão (com base na velocidade).
exactTrax™: Rastreio exactTrax.
A Nautel apresenta as novas sondas de tecnologia CHIRP Própria da Hondex, a HE-2910 e HE-2910B que chegam agora ao mercado nacional.
AHondex introduziu a sua própria Tecnologia CHIRP e lançou-a em duas novas sondas a côres profissionais. A HE-2910 tem ecrã (12,1”, 800x600 pixels) e a H-2910B é uma sonda black box.
Os GPS da Hondex são adequados para uma vasta gama de indústrias de pesca comercial.
Os transdutores, sondas e produtos GPS Hondex são concebidos e produzidos internamente pela Honda Corporation no Japão.
A potência de transmissão pode ir de1 a 5Kw, dependendo do tipo de transdutor selecionado.
As faixas de frequências CHIRP são: 38 a70KHz e 130 a 220Khz. As frequências tradicionais, para uso com outros transdutores correntes, são: 28, 32, 40, 50, 55, 200KHz.
São compatíveis para uso das funções de levantamentos de fundos nos softwares TimeZero Pro e OLEX, com indicação da dureza de fundo.
Os transdutores CHIRP são também os da Hondex e não há compatibilidade com CHIRPs de outras marcas. Combinação de transdutor/ sonda económica.
A saída VGA (800x600) do HE-2910 permite qualquer número de monitores remotos em qualquer tamanho.
O HE-2910 oferece uma resolução de 800x600, função de retrocesso do sensor, saída de dureza e mapeamento de contornos de dureza/profundidade, tudo numa única unidade.
A saída de dureza (forma-
to Roxann) pode ser utilizada com OLEX e sistemas de chartplotter compatíveis.
Transdutores disponíveis em níveis de potência de 600w a 5kW em frequências de 28khz a 400khz.
Todos os transdutores são concebidos pela BLT e oferecem a melhor correspondência com os sensores Hondex. Todas as unidades Hondex são concebidas e construídas no Japão.
HE-2910
Especificações
Tensão de funcionamento: DC11-30V
Consumo de energia: Aprox. 25W
Dimensão: L385 x P146 x
A242
Peso: Aprox. 3,7kg
Estilo de exibição: Paisagem
Número de pixéis: 800 × 600
Sonda de Eco
Frequência: Chirp: 38-70 kHz, 130-220 kHz- Tradicional: 50/200kHz etc.
Potência de saída: 1 a 5 kW
Fundo: 4 cores
Configuração de cores: 5 padrões
Frequência de Chirp
Chirp alto: 130-220 kHz
Chirp baixo: 38-70 kHz
HE-2910B
Especificações
Tensão de funcionamento: DC11-30V
Consumo de energia: Aprox. 20W
Dimensão: L385 x P235 x A70
Peso: Aprox. 2,4kg
Estilo de exibição: Paisagem Número de pixéis: 800 × 600
Sonda de Eco
Frequência: Chirp: 38-70 kHz, 130-220 kHz- Tradicional: 50/200kHz etc.
Potência de saída: 1 a 5 kW
Fundo: 4 cores
Configuração de cores: 5 padrões
Frequência de Chirp
Chirp alto: 130-220 kHz
Chirp baixo: 38-70 kHz
Comunicação
A cavala e o verdinho, peixes que os portugueses consomem muito, pertencem aos 12% das capturas globais de pequenos pelágicos que já são certificadas pelo Marine Stewardship Council (MSC).
Marcas e retalhistas podem desempenhar um papel crucial na proteção das populações destas espécies.
As marcas e os retalhistas têm um papel fundamental na preservação das populações de pequenos peixes pelágicos, como a cavala e
o verdinho, de acordo com o Marine Stewardship Council, especialmente num contexto de procura crescente, tanto para consumo humano como
para o mercado das farinhas alimentares.
O arenque, o verdinho e a cavala do Atlântico Nordeste perderam ou viram suspensas as suas certificações do MSC na sequência de desacordos entre as nações pesqueiras sobre as quotas. Nos últimos 25 anos, estas três importantes populações estiveram protegidas por acordos internacionais durante apenas quatro anos. Como resultado, nos últimos sete anos, as capturas destas espécies ultrapassaram em 31% os níveis recomendados pela comunidade científica.
Em resposta a esta situação, alguns dos parceiros comerciais do MSC já estão a recorrer a alternativas sustentáveis, como o arenque do Mar do Norte, o arenque islandês
de desova estival, o sardinhabandeira do Sul do Golfo da Califórnia e o carapau chileno, que se encontram disponíveis e abastecem mercados relevantes.
De acordo com o Small Pelagics Yearbook 2025 do MSC [Relatório dos Pequenos Pelágicos 2025], as espécies de pequenos pelágicos representam o segundo maior grupo dentro do programa do MSC. Em 2024, mais de 3 milhões de toneladas métricas foram certificadas em todo o mundo, o equivalente a 12% das capturas globais dessas espécies. Estes pequenos peixes desempenham um papel vital nos ecossistemas marinhos, servindo como principal fonte de alimento para diversas formas de vida marinha. Além de fornecerem nutrientes essenciais para a dieta humana, a sua mistura de proteínas e ácidos gordos ómega 3 torna-os num recurso valioso para a aquicultura e para produção de ingredientes marinhos.
No contexto nacional, a sardinha enlatada teve 46,4 % da produção mundial.
A sardinha, a cavala e o carapau lideram as principais espécies desembarcadas pela frota portuguesa. A Análise ao mercado nacional de pequenos pelágicos realizada pelo MSC posiciona Portugal como
o principal exportador de sardinha enlatada da UE. Em 2023 / 2024, 46,4% da produção mundial de conservas de sardinha com o selo MSC foi realizada por conserveiras portuguesas, com um valor de negócio de 4,5 milhões de euros. Atualmente, as empresas nacionais exportam conservas de sardinha MSC para mais de 14 países, sob 26 marcas diferentes.
A potencial certificação da sardinha ibérica poderá abrir
novos mercados e oportunidades para o setor nacional, tanto para exportação como para o mercado interno. O MSC espera que esta oportunidade possa também refletir um compromisso, com maior presença do selo azul MSC em Portugal, por parte das marcas que apostam na sustentabilidade dos produtos da pesca de pequenos pelágicos.
É fundamental garantir a sustentabilidade dos peque-
nos pelágicos, uma vez que a procura continua a crescer por diversos motivos. Em primeiro lugar, existe uma procura cada vez maior por óleos de peixe de origem sustentável para consumo humano. Em 2008, apenas quatro suplementos de óleo de peixe possuíam o selo azul do MSC. No exercício financeiro de 2023/24, esse número subiu para 475 produtos certificados. Em segundo lugar, as projeções indicam que a aquicultura con-
tinuará a expandir-se, o que aumentará a procura por pequenos pelágicos, essenciais para a produção de farinha e óleo de peixe destinados à alimentação animal.
Nicolas Guichoux, Diretor do Programa do MSC, afirma: “Num contexto de procura crescente, é essencial proteger as pescarias de pequenos pelágicos para o futuro. Este relatório, recentemente publicado, destaca a importância da certifica-
ção na promoção de práticas sustentáveis, ao mesmo tempo que alerta para os riscos enfrentados por estas pescarias dinâmicas devido à ausência de acordos internacionais que previnam a sobrepesca e a gestão ina-
dequada”
Os retalhistas e as marcas podem desempenhar um papel decisivo ao promover o abastecimento de pequenos peixes pelágicos certificados. Além das espécies em processo de certificação, é es-
sencial implementar ajustes nas quotas pesqueiras de espécies estáveis, como a cavala do Atlântico, o verdinho e o arenque atlântico-escandinavo, permitindo o seu regresso ao programa do MSC.
Estas espécies são vitais para o abastecimento dos principais mercados mundiais que dependem destas pescarias como uma importante fonte de proteínas, garantindo a disponibilidade certifi-
cada para a indústria e para os consumidores. “A longo prazo, isto poderá influenciar tanto os preços como os volumes de produtos disponíveis no mercado.”
O Small Pelagics Yearbook 2025 (Relatório dos Pequenos Pelágicos 2025) descreve os desafios enfrentados por estas espécies, incluindo os impactos das alterações climáticas na distribuição das populações de peixes, en-
quanto fornece uma análise detalhada do mercado global. Destaca alguns casos de estudo exemplares de pescarias certificadas de pequenos pelágicos, bem como o papel da certificação na promoção de efeitos positivos para as pessoas e para o planeta.
Marine Stewardship Council (MSC) É uma organização interna-
cional sem fins lucrativos que estabelece padrões reconhecidos a nível mundial para a pesca sustentável e a cadeia de abastecimento de produtos do mar. Pescarias que representam 19% das capturas marinhas selvagens do mundo estão envolvidas no programa de certificação do MSC. Para obter mais informações, visite o nosso site em msc.org/pt ou as nossas páginas nas redes sociais.
Notícias
Notícias do Porto de Lisboa
O Porto de Lisboa recebeu no dia 20 de março a primeira escala do Norwegian Aqua o mais recente e sustentável navio de cruzeiros do mundo.
Acidade de Lisboa foi escolhida para integrar as viagens preparatórias que antecedem a viagem inaugural oficial, agendada para 28 de março entre Southampton e Boston.
«É uma grande honra e prestígio que Lisboa tenha sido escolhida, uma vez mais, como um dos destinos das viagens inaugurais dos navios da Norwegian Cruise Line, um dos principais operadores que nos visita, o que traduz a confiança no Porto de Lisboa», afirmou Carlos Correia, Presidente do Conselho de Ad-
ministração do Porto de Lisboa (APL).
Referência em Sustentabilidade
Ambiental
O Norwegian Aqua destacase como referência em termos de sustentabilidade ambiental, estando equipado com tecnologias alternativas de última geração, incluindo um Sistema de Redução de NOx (SCR), que reduz significativamente o impacto ambiental do navio.
Carlos Correia sublinhou que «o Norwegian Aqua é a prova da capacidade de inovação da indústria de cruzeiros, que continua a investir na expansão da frota, na melhoria das experiências para os passageiros e na sustentabilidade ambiental. A par deste investimento da indústria mundial, a APL também vai continuar a desenvolver uma série de
O Norwegian Aqua, com 322 metros de comprimento e 156.300 toneladas
ações com vista à descarbonização da atividade de cruzeiros rumo à sustentabilidade, bem como ações destinadas a promover um relacionamento positivo e colaborativo entre as companhias de cruzeiro e a co-
munidade»
Experiências
Exclusivas a Bordo
O Norwegian Aqua oferece aos passageiros experiências verdadeiramente dife-
renciadoras, com destaque para o Aqua Slidecoaster, a primeira montanha-russa aquática híbrida do mundo de três andares, que combina tobogãs duplos com um elevador magnético que impulsiona os passageiros por dois
percursos diferentes.
Os visitantes poderão ainda usufruir de um inovador complexo desportivo digital com piso LED interativo, o Glow Court, e assistir à estreia mundial do espetáculo musical “Revolution: a celebration of Prince”.
O navio exibe uma impressionante obra de arte no casco, “Where the Sky Meets the Sea”, desenhada pela artista filipo-americana Allison Hueman e produzida pela Goldman Global Arts, evocando uma mitologia moderna através de representações colo-
ridas do mar e do céu.
Com um aumento de 10% no tamanho em relação aos seus navios irmãos, o Norwegian Aqua é o primeiro navio da Classe Prima Plus da frota Norwegian Cruise Line. Com 322 metros de comprimento e 156.300 toneladas, pode
acomodar 3.571 passageiros em ocupação dupla e 3.424 em ocupação máxima, distribuídos por 1.760 cabines em nove dos seus 20 decks, contando com uma tripulação de 1.388 elementos.
O Norwegian Aqua juntase assim aos seus navios irmãos, Norwegian Viva e Norwegian Prima, consolidando a frota de excelência da Norwegian Cruise Line e reafirmando Lisboa como destino privilegiado de cruzeiros à escala global.
Para assinalar a escolha de Lisboa na viagem inaugural do Norwegian Aqua, o Porto de Lisboa manterá a tradição, presenteando o Comandante Robert Lundberg com a habitual placa comemorativa. O navio será escoltado por rebocadores da empresa Portugs, numa cerimónia que marca o segundo de 18 navios de cruzeiro previstos escalarem o Porto de Lisboa pela primeira vez, em 2025.
Notícias Nautiradar
A Nautiradar traz até si a próxima geração de multiplexadores da Actisense, o PRO-NDC-1E2K, esta nova versão possui o poder da conversão NMEA 0183 para NMEA 2000, com ambos os protocolos a serem transmitidos a elevada velocidade via ethernet.
Os multiplexadores são normalmente utilizados para combinar a saída de dados de vários instrumentos num número menor de saídas. Como não é possível ligar dois locutores a um ouvinte diretamente, um multiplexador permite que os dados sejam enviados através de uma ligação de locutor. Um exemplo disto pode ser uma embarcação comercial com vários instrumentos
NMEA 0183 GPS, vento, AIS e profundidade. Para combinar todos estes dados e enviá-los para um display NMEA 0183, as diversas entradas do locutor podem ser combinadas numa saída no PRO-NDC-1E2K. Se os dados forem necessários numa rede NMEA 2000, o 1E2K pode converter e enviar esses dados para uma rede N2K ligada graças à matriz de conversão dentro do produto e à conectividade NMEA2000 incorporada.
Com o PRO-NDC-1E2K, os dados podem ser filtrados, passados ou bloqueados e monitorizados, proporcionando maior flexibilidade e controlo sobre todos os dados do instrumento.
O dispositivo tem também a capacidade de transmitir dados NMEA em vários formatos através da Ethernet, o que significa que pode ligarse a outros sistemas Ethernet existentes e partilhar dados da embarcação com aplicações
ligadas ou dispositivos de terceiros.
O PRO-NDC-1E2K é a próxima geração de multiplexadores, que possui cinco entradas NMEA 0183 e duas saídas isoladas. Esta nova versão possui também o poder da conversão NMEA 0183 para NMEA 2000, com ambos os protocolos a serem transmitidos a elevada velocidade via ethernet. Este multiplexador foi desenvolvido para resolver mu-
itos dos desafios de conetividade existentes a bordo, permitindo transferências de dados em alta velocidade para aparelhos de GPS, AIS, piloto automático e outros e em simultâneo ultrapassando limitações de banda larga. Configurações de fábrica, configuração flexível, comutação automática e filtragem de nível de sentenças permitem uma gestão eficiente e maior controlo sobre dados de instrumentos. É ideal para todos os que querem manter equipamentos mais antigos e ao mesmo tempo, integrálos com sistemas NMEA2000 modernos. O PRO-NDC-1E2K possui certificação RINA, tornando-se no primeiro multiplexador certificado com três protocolos de conetividade: NMEA 0183, NMEA 2000 e Ethernet.
Interconectividade reinventada!
O PRO-NDC-1E2K é muito mais do que um Multiplexador NMEA 0183… Multiplexador robusto e aprovado com conectividade NMEA 2000 integrada, transmissão de dados Ethernet de alta velocidade, configuração flexível, comutação automática e filtragem ao nível da frase.
A Linha NMEA 2000
Multiplexador NMEA 0183 / Gateway NMEA 2000 aprovado pelo tipo inteligente PRONDC-1E2K.
Gerir e encaminhar os seus dados NMEA é simples e sem complicações utilizando o PRO-NDC-1E2K;
- Comutação automática entre entradas para permitir uma entrada prioritária primária, secundária e terciária.
- Taxas de transmissão configuráveis para permitir que dispositivos de 38.400 e 4.800 bauds operem através do mesmo multiplexador.
- A filtragem de frases para
bloquear frases indesejadas de saídas específicas ajuda a limitar o consumo de largura de banda.
- Fácil de configurar utilizando a interface de utilizador baseada na Web, sem necessidade de introduzir e editar manualmente sequências de texto.
- O dispositivo aprovado pelo tipo RINA significa que o multiplexador é adequado para instalações de lazer, comerciais e de classe/tipo.
- Vários LEDs permitem diagnósticos rápidos para ga-
rantir que tudo está a funcionar corretamente.
- A conectividade do dispositivo NMEA 2000 certificado permite a conversão e a saída de dados na rede NMEA 2000.
- A conversão bidirecional de e para a rede N2K permite uma integração perfeita entre equipamentos antigos e novos.
- O streaming de dados NMEA 0183 via Ethernet permite a conectividade com dispositivos e sistemas Ethernet existentes.
- Streaming de dados NMEA 2000 via Ethernet.
- 5 entradas NMEA 0183 OPTO-Isoladas e 2 saídas NMEA 0183 ISO-Drive proporcionam proteção para todos os instrumentos ligados.
Características
- Homologado (RINA).
- Transmissão Ethernet NMEA 0183
- Transmissão Ethernet NMEA 2000
- Saída NMEA 2000 via M12
- 5 entradas NMEA 0183 opto-isoladas configuráveis.
- 2 saídas NMEA 0183 isoladas com ISO-Drive configuráveis.
- 1x Porta série bidirecional, configurável e isolada.
- Correspondência automática da taxa de transmissão nas entradas.
- Filtragem/encaminhamento avançado de dados.
todas as entradas e saídas.
- LED de estado bicolor.
- Montável em painel.
- Carcaça em aço inoxidável para maior durabilidade
Benefícios
- Rápido e fácil de instalar
- Configuração utilizando o navegador web padrão, sem problemas de compatibilidade com o sistema operativo de PC
- Recursos avançados resolvem problemas de encaminhamento de dados NMEA 0183
- Totalmente isolado com tecnologia ISO-Drive para sua tranquilidade
- Atualizações fáceis de firmware tornam o dispositivo à prova do futuro
- Tipo aprovado (RINA)
- Atualizações de firmware gratuitas, tornando o dispositivo à prova do futuro.
- LEDs de diagnóstico em
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Notícias da Docapesca
A Docapesca – Portos e Lotas, S.A. concluiu com sucesso a certificação do Sistema de Gestão Ambiental do Porto de Pesca de Peniche, de acordo com a norma ISO 14001.
Esta certificação reflete a prioridade da Docapesca na responsabilidade ambiental, consolidando os procedimentos associados à gestão sustentável dos portos de pesca sob sua gestão.
A Docapesca – Portos e Lo-
tas, S.A. concluiu com sucesso a certificação do Sistema de Gestão Ambiental do Porto de Pesca de Peniche, de acordo com a norma ISO 14001, cumprindo assim o seu plano estratégico e reafirmando o compromisso com a sustentabilidade.
De forma independente e imparcial, atesta-se o empenho da empresa na redução do impacto ambiental das suas atividades, no cumprimento rigoroso da legislação aplicável e na melhoria contínua das práticas ambientais.
Dando continuidade a esta
A Norma ISO 14001 prevê requisitos para um Sistema de Gestão Ambiental eficaz no acompanhamento e monitorização das atividades de um negócio
estratégia, a Docapesca prepara agora a implementação do Sistema de Gestão Ambiental no Porto de Pesca da Nazaré, ampliando o alcance desta iniciativa e reforçando a sustentabilidade do setor da pesca.
Este porto, situado num istmo da costa sul de Peniche, é um dos principais portos de pesca portugueses. É palco diário do vaivém constante das traineiras e dos homens do mar que fazem da venda do carapau e da sardinha o seu sustento. Sempre vigilante, lá se mantém o imponente forte, hoje museu. Todos os anos, este mesmo forte assiste ao desfile
nocturno de barcos engalanados naquela que é a mais popular festa de Peniche em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem.
À sua frente, entre 6 a 10 milhas da costa, ficam as Berlengas. Conhecidas pela sua beleza natural, atraem os nautas que aportam na Marina de Peniche e procuram um refúgio de serenidade. Situada num lugar turístico, a poucos quilómetros de Óbidos, a Marina é local de abrigo nas viagens entre os mares do Norte e o Mediterrâneo.
Calado máximo das amarrações (m): 3.5
Comprimento máximo das amarrações: 15 metros Horário de funcionamento dos serviços administrativos: Segunda a Sexta: 7:00 - 7:45; 9:30 - 12:00; 16:0018:00; 00:00 - 00:15Sábados, Domingos e Feriados - 7:0010:00, sendo efectuado atendimento permanente na portaria do Porto de Pesca, fora destes horários.
Número de amarrações permanentes: 140
Serviços: Venda de combus-
tível, Rampa de acesso à água, Guindaste de elevação, Água potável, Electricidade, Telefones públicos, Recolha de resíduos sólidos, Restaurante, Instalações sanitárias, Balneários.
Norma ISO 14001
A ISO 14001 prevê requisitos para um Sistema de Gestão Ambiental eficaz no acompanhamento e monitorização das atividades de um negó-
cio, com especial foco na prevenção da poluição, assegurando o cumprimento de toda a legislação e outras necessidades socioeconómicas.
Trata-se, portanto, de uma norma internacional que demonstra o compromisso assumido por dada empresa com a proteção do ambiente e notoriamente com a redução e contenção de eventuais danos através da gestão dos riscos ambientais associados
à atividade da organização certificada.
Graças à definição de uma série de processos de gestão ambiental, permitindo, entre outras, a redução do uso de recursos e o menor volume de descargas e/ou resíduos a tratar. A ISO 14001 não é apenas geradora de uma melhoria de imagem da organização; o seu compromisso com o meio ambiente pode transformar os valores da sua empresa.
Um plano estratégico, reafirmando o compromisso com a sustentabilidade O Porto de Peniche é um dos principais portos de pesca portugueses
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Encontra-se a decorrer a campanha de monitorização acústica PELAGO25, conduzida por uma equipa multidisciplinar do IPMA, SPEA, CCMAR, CIIMAR e IEO.
Até 20 de abril, os investigadores a bordo dos navios Miguel Oliver e Ángeles Alvariño vão monitorizar o ecossistema pelágico na plataforma continental portuguesa e no Golfo de Cádis, determinando a abundância e distribuição da sardinha e do biqueirão, bem como os fatores ambientais que afetam a sua sobrevivência.
Os peixes pelágicos costeiros, como a sardinha e o biqueirão, têm um elevado valor socioeconómico para Portugal. No entanto, a sua biomassa varia anualmente, dependendo de fatores ambientais, que tornam a gestão da frota do cerco desafiante, especialmente num contexto de alterações climáticas que afetam a abundância e distribuição
destas espécies. Para garantir a sustentabilidade do setor e a preservação dos recursos marinhos, o acesso a dados científicos é fundamental.
Este ano, a campanha conta com a colaboração das embarcações de pesca do cerco Deus Não Falta e Mário Luís, que irão auxiliar na identificação dos cardumes rastreados pelos navios de investigação.
Integrando o Programa Nacional de Amostragem Biológica (PNAB), coordenado pelo IPMA, a PELAGO é financiada pelo IPMA, Comissão Europeia e MAR2030. Os dados recolhidos são analisados pelo ICES, contribuindo para a definição de medidas de gestão das capturas admissíveis de sardinha e biqueirão.
Programa Nacional de Amostragem Biológica
O Programa Nacional de Amostragem Biológica (PNAB) está integrado no Programa Nacional de Recolha de Dados (PNRD) e constitui uma obrigação nacional no âmbito do Quadro Comunitário de Recolha de Dados (DCF).
Assegura desde 2002 um conjunto de actividades de recolha, gestão e utilização de
dados biológicos recolhidos junto da frota comercial registada em Portugal continental (dados dependentes da pesca) e em diversas campanhas de investigação (dados independentes da pesca).
O principal objectivo do PNAB é apoiar o aconselhamento científico relacionado com a PCP(Política Comum de Pescas).
Notícias
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
No âmbito do projeto Eurocigua II, cofinanciado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA), realizou-se no dia 3 de abril, no auditório do IPMA, em Algés, um simpósio dedicado aos desafios para a segurança alimentar face ao surgimento de casos de intoxicação por ciguatera em Portugal, associados ao consumo de peixe contaminado por ciguatoxinas.
Debater os desafios para a segurança alimentar face ao surgimento de casos de intoxicação por ciguatera em Portugal
Aabertura do evento ficou a cargo da Diretora do Departamento do Mar e Recursos Marinhos do IPMA, Ivone Figueiredo, e da SubinspetoraGeral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Filipa Melo de Vasconcelos, tendo esta destacado a importância da EFSA como entidade de referência na proteção da saúde pública na União Europeia e na garantia de que os consumidores europeus têm acesso a alimentos seguros e de qualidade.
Na ocasião, a responsável sublinhou ainda o papel crucial da ASAE na regulação e fiscalização da segurança alimentar em Portugal e na promoção da qualidade e legalidade com impacto direto na proteção dos consumidores,
reforçando a atividade destas entidades na investigação de ameaças emergentes, como é caso da ciguatera.
A Professora da Universidade de Vigo, Ana Gago, apresentou uma visão geral do Eurocigua I e do estado atual do Eurocigua II, dando a conhecer os resultados mais recentes sobre a determinação de ciguatoxinas em peixe recolhido ao longo dos dois projetos, com especial enfoque as capturas realizadas nas Ilhas Selvagens, que exibiram alguns dos níveis mais elevados. Reportou ainda os perfis de toxinas determinados por cromatografia para a biomassa de Gambierdiscus cultivada no IPMA, proveniente de estirpes isoladas da Ilha da Madeira e das Ilhas Selvagens.
O aluno de doutoramento no IPMA/MARE/CIIMAR, Miguel Barbosa, descreveu o trabalho realizado para otimizar o cultivo de Gambierdiscus e apresentou a ocorrência de diferentes espécies, identificadas por técnicas moleculares e microscopia, que verificou ocorrerem no Oceano Atlântico, desde regiões tropicais, como São Tomé e Príncipe, até aos Açores.
A médica no Hospital do Funchal, Rita Câmara, partilhou informações sobre como os casos de ciguatera são dis-
tinguidos de outras condições clínicas, relatando oito surtos desde 2007 e 54 casos de intoxicação.
O Diretor do Departamento de Meteorologia e Geofísica do IPMA, Victor Prior, partilhou as suas considerações sobre as condições climáticas da Madeira e relatou o investimento do instituto em equipamento meteorológico para as Ilhas Selvagens. Contando com a presença de cerca de meia centena de participantes do IPMA, da
O simpósio realizou-se no dia 3 de abril, em Algés
Universidade de Lisboa, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e da ASAE, entre outras instituições, a iniciativa culminou com a realização de uma mesa-redonda, cuja discussão foi aberta ao público.
Eurocigua II Eurocigua II é um projeto europeu sobre Ciguatera, ou seja, uma doença transmitida por alimentos causada por biotoxinas marinhas presentes em certos peixes. O projeto visa
fornecer a base para uma abordagem integrada para avaliar os riscos para a saúde humana das ciguatoxinas (CTXs) nos peixes na Europa. Nos últimos anos, os CTX tornaram-se uma preocupação de saúde pública na Europa, onde são reconhecidos como um risco emergente, em parte como consequência das alterações climáticas.
O Eurocigua II visa a caracterização epidemiológica dos casos de Intoxicação por Ciguatera (IC), a caracterização
Foram vários os especialistas de diferentes entidades que participaram no Simpósio
Acumulam-se nos peixes herbívoros que se alimentam de algas marinhas, que por sua vez são consumidos por peixes predadores
completa dos perfis de CTX envolvidos na contaminação por IC, o estabelecimento de programas de treino para a detecção laboratorial de CTX em peixes, a produção de materiais de referência, a caracterização do risco de IC devido a peixes importados e o início do trabalho de mode-
lação preditiva sobre a ciguatera na Europa.
Intoxicação por Ciguatera
A ciguatera é uma intoxicação alimentar rara, mas potencialmente grave, que ocorre após a ingestão de peixe contaminado com toxinas conhecidas
As toxinas são produzidas por microrganismos marinhos
como ciguatoxinas. Esta condição está associada principalmente ao consumo de peixes tropicais que vivem em águas quentes, como o cherne, o bodião e o peixe-papagaio.
Estas toxinas são produzidas por microrganismos marinhos e acumulam-se nos peixes herbívoros que se alimentam de algas marinhas. À
medida que estes peixes são consumidos por predadores maiores, como os mencionados acima, as ciguatoxinas acumulam-se a níveis mais elevados. Quando os humanos consomem peixe contaminado com ciguatoxinas, podem apresentar sintomas desagradáveis e, em alguns casos, graves.
A ciguatera é uma intoxicação alimentar rara, mas potencialmente grave
Notícias
Notícias da Marinha
A cerimónia realizou-se no dia 31 de março, nos estaleiros West Sea, em Viana do Castelo
No âmbito do contrato para a construção de seis navios patrulha oceânicos (NPO) da 3.ª Série, realizou-se no dia 31 de março, nos estaleiros West Sea, em Viana do Castelo, a cerimónia do corte da primeira peça, que marca o início da construção do primeiro navio.
A cerimónia foi presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo
Acerimónia, presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, contou com a presença do Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-almirante Aníbal Soares Ribeiro, do Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, do Chairman do Grupo Martifer, Carlos Martins, entre outras entidades.
Os novos navios da Marinha vão ter uma elevada flexibilidade de emprego em atividades de natureza militar, como a guerra de minas, a projeção de força, a vigilância submarina e o apoio a operações especiais, suportado na melhoria dos sistemas de comando e controlo, vigilância e comunicações militares, as-
sim como na capacidade de defesa própria.
Também serão empenhados em missões e tarefas de natureza não militar, nomeadamente a busca e salvamento marítimo, a fiscalização da pesca, ou o apoio ao combate a atividades ilegais.
O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, destaca que os 6 navios “projetados e construídos em Portugal, representam um marco importante na renovação da esquadra da Armada.”
Os novos navios vão ter mais capacidades, poderão ser empregues num espetro mais alargado de missões e tarefas, e estarão mais preparados para os desafios futuros, com a adaptabilidade necessária para incorporar novas capacidades ao longo do respetivo ciclo de vida.
A assinatura do contrato para a construção de seis novos navios patrulha oceânicos 3ª Série, classe Viana do Castelo, decorreu no dia 29
Contou com a presença do Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-almirante Aníbal Soares Ribeiro
de dezembro do ano passado, na Casa da Balança, nas Instalações Centrais de Marinha, em Lisboa. O primeiro dos
novos patrulhas oceânicos só deverá ser entregue em 2027 e os últimos só devem chegar três anos depois.
Navios Patrulhas Oceânicos
Navios com um deslocamento entre as 750 e as 2.000 tonela-
O primeiro dos novos patrulhas oceânicos só deverá ser entregue em 2027
das utilizados, prioritariamente, em ações não combatentes. Desempenham, principalmente, missões no âmbito da segurança e autoridade do Estado no mar e missões de interesse público. Possuem uma autonomia considerável, o que lhes permite permanecer no mar, em missão, durante largos períodos sem necessidade de apoio logístico.
É um navio particularmente vocacionado para atuar na zona económica exclusiva nacional desenvolvendo tarefas de busca e salvamento Marítimo, fiscalização da pesca, controlo dos esquemas de separação de tráfego, prevenção e combate à poluição marinha, prevenção e combate a atividades ilegais como o narcotráfico, imigração ilegal, tráfico de armas e outros ilícitos, em colaboração com outras autoridades nacionais.
Notícias da
A Marinha, através do Aquário Vasco da Gama, no âmbito do Projeto de Conservação, libertou cerca de 500 ruivacos-do-oeste, no concelho de Torres Vedras. A iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal de Torres Vedras e da Junta de Freguesia do Ramalhal. Notícias
Alibertação dos peixes contou com a participação dos alunos do 3º e 4º ano da Escola EB/JI Ramalhal, um representante do Geoparque Oeste, o Presidente da Junta de Freguesia do Ramalhal, António Joaquim do Espírito Santo, a Vereadora do Ambiente, Dulcineia Ramos, Luís Silva e um técnico do serviço educativo do “Quero ser Cientista”.
O Projeto de Conservação tem como objetivo reproduzir e manter espécies nativas de peixes de água doce da fauna portuguesa, ameaçadas, para repovoamento dos seus rios de origem. As instituições participantes realizam ainda, com as escolas locais, atividades de educação para a conservação destas espécies nativas e dos seus habitats.
Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas ameaçadas devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais. Alguns destes peixes, reproduzidos e criados no Aquá-
rio Vasco da Gama, foram libertados no meio natural, antes do início da época de reprodução, com a autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. A participação dos alunos revelou-se bastante importante não só pela experiência e contacto com a natureza, mas também a nível educacional, na medida em que fomenta uma maior sensibilização para com animais. Assim, estas crianças, tornamse embaixadores dos rios e das espécies que ajudam a proteger, tornando-se vetores importantes na transmissão deste conhecimento.
Ruivaco-do-Oeste
O Ruivaco-do-oeste (Achondrostoma occidentale) é uma espécie de água doce descoberta em 2005, que só existe em três pequenas ribeiras da Estremadura, entre Mafra e Torres Vedras: Sizandro, Safarujo e Alcabrichel. É um peixe extremamente ameaçado porque os rios onde vive são pequenos e com caudal redu-
A libertação dos peixes contou com a participação dos alunos do 3º e 4º ano da Escola EB/JI Ramalhal
zido e por isso têm muita falta de água no verão e estão muito sujeitos à poluição.
Com o objetivo de reproduzir e manter espécies ameaçadas de água doce da fauna e flora portuguesas, para posterior libertação, o Aquário
Vasco da Gama desenvolve desde 2008, em parceria com o MARE-ISPA, a Quercus e a Faculdade de Medicina Veterinária o projeto “Conservação ex situ de organismos fluviais”.
O Ruivaco-do-oeste é uma
das espécies que tem sido reproduzida com sucesso, em tanques no Aquário Vasco da Gama, onde se recriaram as condições do seu habitat natural. Desde o início do projeto foram já libertados na natureza milhares de ruivacos.
Notícias da Associação Nacional de Surfistas
Guilherme Limas conquistou o primeiro lugar do Fantasy Surfer do Allianz Figueira Pro, etapa inaugural da Liga MEO 2025, e começou a temporada na liderança da corrida ao prémio final.
Guilherme Limas
Um triunfo com base num palpite que incluiu vários dos surfistas em destaque nas ondas do Cabedelo e que lhe valeu um Quiksilver wetsuit - modelo Highline.
Para chegar ao lugar mais alto do pódio e ao prémio, Eduardo Luz, além de ter a-certado na vencedora da etapa, Francisca Veselko, Guilherme Limas escolheu ainda para a sua equipa Maria Salgado, Francisco Ordonhas, João Mendonça, Martim Nunes e Matias Canhoto. Uma equipa que lhe rendeu um total de 341,90 pontos.
1º Lugar
- Guilherme Limas - Francisco Ordonhas, João Mendonça, Matias Canhoto,
Martim Nunes, Francisca Veselko e Maria Salgado - 341.90pts (85% máxima pontuação)
Equipa de Máxima Pontuação: Francisco Ordonhas, Afonso Antunes, Luís Perloiro, Dylan Groen, Francisca Veselko e Maria Salgado (401,45pts) Em termos de classificação geral, cujo vencedor anual será premiado com uma prancha Polen, Guilherme Limas sai na frente da disputa, tendo uma ligeira vantagem sobre a concorrência.
Fantasy Surfer - Ranking após Allianz Figueira Pro 1º lugar - Guilherme Limas 341.90 pontos
2º lugar - Fernando Miranda 330.95 pontos
3º lugar - Fernando Primo 325.35 pontos
4º lugar - Sérgio Reis 324.95 pontos
5º lugar - Camilla Kemp 324.65 pontos
O Fantasy Surfer prossegue na segunda etapa da Liga MEO Surf 2025, o Somersby Porto Pro, que acontece de 25 a 27 de abril.
A Liga MEO Surf 2025 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas, com o patrocínio do MEO, Allianz Seguros, Bom Petisco, Go Chill, Corona, Somersby, Prio, o parceiro de sustentabilidade Jerónimo Martins, Quiksilver, o apoio local do Município da Figueira da Foz e o apoio técnico da Associação de Surf da Figueira da Foz e da Associação de Desenvolvimento Mais Surf, e da Federação Portuguesa de Surf.
Economia do Mar
O Porto de Sines esteve presente na 19ª Edição da Singapore Maritime Week, entre 24 e 28 de março, uma presença enquadrada na estratégia de promoção da Agenda NEXUS.
OSingapore Maritime Week é considerado o mais relevante evento internacional na área do shipping, onde se discutem as principais tendências e desafios no que diz respeito à digitalização e descarbonização do setor.
Em parceria com a ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, o principal objetivo desta participação foi o de reforçar os contactos já encetados em edições anteriores, primordialmente no que diz respeito à promoção internacional da Agenda NEXUS. Para além da APS, estiveram ainda presentes em Singapura alguns dos parceiros do projeto, nomeadamente a Universidade de Aveiro, Universidade de
Évora e a Seapower.
Pelo segundo ano consecutivo, o Porto de Sines foi convidado a integrar um Table Top Exercise na área da Cibersegurança, uma iniciativa do MPA – Maritime and Port Authority of Singapore, onde participam alguns dos portos que se assumem como uma referência neste domínio, a nível internacional, tais como Hamburgo, Los Angeles, Long Beach e Barcelona. Esta participação enquadra-se na recente inauguração da Port Cyber Arena, um projeto inovador no setor marítimo-portuário, que dotará o Porto de Sines da capacitação necessária no sentido de potenciar a ciber resiliência e resposta a ciber ataques, constituindo-se este projeto como uma ferramenta
ao serviço do setor portuário e da logística nacional. De destacar na edição deste ano, a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, que integrou o painel subordinado ao tema Navigating Global Maritime Trends, onde participaram ainda ministros congéneres da França, Países Baixos, Índia e Noruega. Paralelamente à realização do evento, o Secretário de Estado das Infraestruturas foi ainda recebido na PSA International, grupo ao qual pertence a PSA Sines, concessionária do Terminal de Contentores de Sines – Terminal XXI, tendo sido acompanhado pelo Presidente do Conselho de Administração da APS, Pedro do Ó Ramos, bem como pelos presidentes da APDL João Neves, e
da APL e APSS, Carlos Correia. Durante a visita, houve espaço para o reforço do relacionamento institucional entre Portugal, nomeadamente Sines, e a PSA International, que aproveitou o ensejo para apresentar alguns dos projetos futuros.
A presença de Portugal num evento que reúne os principais players internacionais, naquele que é, a nível internacional o hub tecnológico por excelência na indústria do shipping vem reforçar o posicionamento do nosso país no setor, sendo que, no caso específico de Sines, contribui para o cumprimento da estratégia de internacionalização do porto e da Agenda NEXUS. De realçar ainda que Singapura se afirma como o principal hub de green bunkering a nível internacional, segmento com elevado potencial para o Porto de Sines, tendo em conta o processo de descarbonização e transição energética do porto, a par dos investimentos em curso na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines na área dos novos combustíveis, tais como a amónia verde, e-metanol ou Hidrogénio Verde.
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com - Tlm:91 964 28 00
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Paginação e Redação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, André Santos, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing