SIC - Questões Comentadas 2014

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APRESENTAÇÃO

Organizado conforme estatísticas das provas mais concorridas do Brasil, considerando os assuntos mais recorrentes nesses exames, o SIC Questões Comentadas traz como resultado a coletânea de mais de 2.000 questões a partir de 2011 – mais de 1.000 questões só de 2014 –, todas comentadas e atualizadas por especialistas, mestres, doutores e pós-doutores de centros médicos de renome do Brasil. Ou seja, um trabalho com o qual estamos seguros de oferecer a melhor preparação para uma vaga na Residência Médica desejada e, por conseguinte, para uma carreira sólida. Este livro pertence à Coleção SIC Intensivo 2014, que traz mais 9 volumes: SIC Provas na Íntegra Brasil, SIC Provas na Íntegra São Paulo/Rio de Janeiro, SIC Resumão, SIC Provas na Íntegra e Questões Comentadas R3 Clínica Médica, SIC Provas na Íntegra e Questões Comentadas R3 Clínica Cirúrgica, SIC Provas na Íntegra e Questões Comentadas R3 Pediatria, SIC Resumão R3 Clínica Médica, SIC Resumão R3 Clínica Cirúrgica e SIC Resumão R3 Pediatria.

Direção Medcel A medicina evoluiu, sua preparação para residência médica também.


ASSESSORIA DIDÁTICA

CLÍNICA MÉDICA Aleksander Snioka Prokopowistch Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia e doutor em Reumatologia pelo HC-FMUSP. Médico assistente da Divisão de Clínica Médica do HU-USP. Alexandre Evaristo Zeni Rodrigues Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Clínica Médica e em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Professor assistente do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté (UNITAU). Ana Cristina Martins Dal Santo Debiasi Graduada pela Faculdade de Medicina de Alfenas. Especialista em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) e em Nefrologia pela Real e Benemérita Sociedade de Beneficência Portuguesa de São Paulo. Mestre em Nefrologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Médica do corpo clínico dos Hospitais A. C. Camargo, São Camilo (Pompeia) e São Luiz. Professora da graduação de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Antonela Siqueira Catania Graduada em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela UNIFESP. Pós-doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). Título de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Bárbara Maria Ianni Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Livre-docente pela FMUSP. César Augusto Guerra Graduado em Medicina e especialista em Clínica Médica e em Geriatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde é preceptor da unidade hospitalar da Residência de Geriatria.

Durval Alex Gomes e Costa Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia pelo Hospital Heliópolis. Doutor em Doenças Infecciosas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Estadual Mário Covas, Santo André. Médico infectologista do Serviço de Moléstias Infecciosas do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Fabrício Martins Valois Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Especialista em Clínica Médica no Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Especialista em Pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutor em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professor da disciplina de Semiologia da UFMA. Felipe Omura Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Clínica Médica e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Fernanda Maria Santos Graduada pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Hematologia e Hemoterapia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). José Paulo Ladeira Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médica, em Medicina Intensiva e em Medicina de Urgência pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico plantonista das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Jozélio Freire de Carvalho Graduado pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Especialista e doutor em Reumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv. Livre-docente da FMUSP. Membro de Comissões da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diretor científico da Sociedade Baiana de Reumatologia. Médico do Centro Médico Aliança, Salvador.


Kelly Roveran Genga Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Clínica Médica pela Casa de Saúde Santa Marcelina, em Hematologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Terapia Intensiva pelo Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Leandro Arthur Diehl Graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista em Endocrinologia e mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela UEL, onde foi docente de Endocrinologia e responsável pelos ambulatórios de Tireoide e Obesidade do Hospital das Clínicas. Membro da Comissão de Jovens Lideranças da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e membro ativo da Latin-American Thyroid Society (LATS). Licia Milena de Oliveira Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) e em Filosofia pela Universidade São Judas Tadeu (USJT). Especialista em Psiquiatria e em Medicina Legal pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo Ambulatório de Ansiedade (AMBAN) do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP. Título de especialista em Psiquiatria e Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Médica assistente do Instituto de Psiquiatria no HC-FMUSP. Membro da comissão científica e do ambulatório de laudos do NUFOR (Núcleo de Estudos de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Perita oficial do Juizado Especial Federal de São Paulo. Marcos Laércio Pontes Reis Graduado em Medicina pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia do Pará. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Casa de Saúde Santa Marcelina e mestre em Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mauro Augusto de Oliveira Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Professor das disciplinas de Neurocirurgia e Neurologia da PUC-Campinas. Médico da Casa de Saúde de Campinas. Natália Corrêa Vieira de Melo Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Uni-

versidade de São Paulo (HC-FMUSP). Doutoranda em Nefrologia pela FMUSP. Walter Moisés Tobias Braga Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Especialista em Clínica Médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH).

CLÍNICA CIRÚRGICA André Ribeiro Morrone Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral pelo HC-FMUSP e pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões e em Cirurgia Pediátrica pelo Instituto da Criança do HC-FMUSP e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica. Ex-preceptor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança do HC-FMUSP. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da USP. Bruno Peres Paulucci Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Otorrinolaringologia e subespecialista em Cirurgia Plástica facial pelo HC-FMUSP, onde também cursou doutorado e é médico colaborador. Pós-graduado em Medicina Estética e Cirurgia Plástica Facial pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITEP). Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (ABORL-CCF) e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF). Carlos Henrique Suzuki Bellucci Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Cirurgia Geral e em Urologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP). Research fellow em Urodinâmica e Uroneurologia pelo Spinal Cord Injury Center da Universidade de Zurique. Daniel Cruz Nogueira Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Especialista em Oftalmologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellow em Retina pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Membro do Hospital dos Olhos de Dourados - Dourados - MS. Preceptor de catarata na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Estágio em retina e vítreo na University of California, San Francisco (UCSF - EUA).


Eduardo Bertolli Graduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Cirurgia Geral pela PUC-SP. Título de especialista em Cirurgia Geral pelo Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). Especialista em Cirurgia Oncológica pelo Hospital do Câncer A. C. Camargo, onde atua como médico titular do Serviço de Emergência e do Núcleo de Câncer de Pele. Título de especialista em Cancerologia Cirúrgica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia. Membro titular do CBC e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Instrutor de ATLS® pelo Núcleo da Santa Casa de São Paulo. Elaine Cristina Soares Martins-Moura Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Título de especialista em Cirurgia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE). Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Cirurgia e Experimentação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Membro da CIPE e da Associação Paulista de Cirurgia Pediátrica (CIPESP), de cuja diretoria também faz parte. Médica da Disciplina de Cirurgia Pediátrica da UNIFESP. Ellen de Oliveira Goiano Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialista em Ortopedia e Traumatologia pela Associação Benefi cente Nossa Senhora do Pari (ABNS Pari - São Paulo). Especialista em Ortopedia Pediátrica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP). Coordenadora da Residência Médica de Ortopedia e Traumatologia da ABNS Pari. Eric Thuler Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (FMUSP-RP). Especialista em Otorrinolaringologia pelo HC-FMUSP-RP. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL). Ernesto Reggio Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista em Cirurgia Geral e Urologia e mestre em Urologia pelo HC-FMUSP, onde foi preceptor na Divisão de Clínica Urológica. Professor colaborador da Universidade de Joinville (Univille). Research fellow no Long Island Jewish Hospital, em Nova York. José Américo Bacchi Hora Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das

Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptor da disciplina de Coloproctologia. José Carlos Bedran Graduado em Ciências Médicas pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES). Especialista em Cirurgia Geral pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos. Especialista em Coloproctologia no Hospital Santa Marcelina, São Paulo. Pós-graduação em Terapia Intensiva pela Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro. Membro adjunto do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Médico do Hospital São Paulo na cidade de Araraquara, São Paulo. Juliana Pietrobom Pupim Graduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA). Residente em Ortopedia e Traumatologia pela Associação Beneficente Nossa Senhora do Pari. Luciana Ragazzo Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC). Especialista em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptora da disciplina de Cirurgia Vascular. Atualmente, médica assistente do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo. Marcelo José Sette Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo (UPF). Especialista em Cirurgia Geral pelo Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo, e em Urologia pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba. Mestre em Urologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico convidado da cadeira de Urologia do Curso de Medicina da Universidade de Joinville (Univille). Research fellow no Long Island Jewish Hospital, em Nova York. Márcia Angellica Delbon Atiê Jorge Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA). Título de especialista em Ortopedia e Traumatologia pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Especialista em Ortopedia Pediátrica e em Doenças Neuromusculares pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SCMSP) e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica (SBOP). Odival Timm Junior Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Urologia pelo Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis. Mestre em Urologia pela Universidade Federal de São Paulo


(UNIFESP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e médico colaborador da Faculdade de Medicina da Universidade de Joinville (Univille).

to de Pediatria da ISCMSP. Instrutor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e credenciado pela American Heart Association.

Roberto Gomes Junqueira Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Urologia pelo HC-UFPR. Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e membro efetivo da Sociedade Europeia de Urologia. Mestre e doutor em Urologia pela UFPR. Médico da Uroclínica de Joinville e professor de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Joinville (Univille).

Marcelo Higa Graduado em Medicina pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Especialista em Alergologia e Imunologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Fábio Roberto Cabar Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Flávia Fairbanks Lima de Oliveira Marino Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Especialista e mestre em Ginecologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde foi preceptora de Internos e Residentes de Ginecologia. Especialista em Endometriose e Sexualidade Humana pelo HC-FMUSP. Título de especialista em Obstetrícia e Ginecologia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) e da World Endometriosis Society (WES).

PEDIATRIA Adriana Prado Lombardi Graduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade São Francisco. Especialista em Neonatologia pela Maternidade de Campinas. Pós-graduada em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia. Gabriel Fernando Todeschi Variane Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pediatria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Especializando em Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamen-

EPIDEMIOLOGIA Alex Jones Flores Cassenote Graduado em Biomedicina pelas Faculdades Integradas de Fernandópolis da Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF). Mestre e doutorando em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Epidemiologista responsável por diversos projetos de pesquisa na FMUSP e na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Epidemiologista do Centro de Dados e Pesquisas do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Colaborador do Laboratório de Epidemiologia e Estatística (LEE) do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Fábio Roberto Cabar Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pelo HC-FMUSP, onde é médico preceptor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia. Título de especialista pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).


ÍNDICE CLÍNICA MÉDICA - QUESTÕES 1 - CARDIOLOGIA .................................................................................................................................... 25 2 - MEDICINA INTENSIVA ........................................................................................................................ 39 3 - PNEUMOLOGIA ................................................................................................................................. 45 4 - ENDOCRINOLOGIA............................................................................................................................. 55 5 - INFECTOLOGIA ................................................................................................................................... 67 6 - HEMATOLOGIA .................................................................................................................................. 85 7 - REUMATOLOGIA ................................................................................................................................ 95 8 - NEFROLOGIA ................................................................................................................................... 103 9 - NEUROLOGIA ................................................................................................................................... 111 10 - PSIQUIATRIA .................................................................................................................................. 121 11 - GERIATRIA...................................................................................................................................... 129 12 - DERMATOLOGIA ............................................................................................................................ 135

CLÍNICA MÉDICA - COMENTÁRIOS 1 - CARDIOLOGIA .................................................................................................................................. 145 2 - MEDICINA INTENSIVA ...................................................................................................................... 155 3 - PNEUMOLOGIA ............................................................................................................................... 163 4 - ENDOCRINOLOGIA........................................................................................................................... 171 5 - INFECTOLOGIA ................................................................................................................................. 185 6 - HEMATOLOGIA ................................................................................................................................ 201 7 - REUMATOLOGIA .............................................................................................................................. 211 8 - NEFROLOGIA ................................................................................................................................... 223 9 - NEUROLOGIA ................................................................................................................................... 233 10 - PSIQUIATRIA .................................................................................................................................. 243 11 - GERIATRIA...................................................................................................................................... 249 12 - DERMATOLOGIA ............................................................................................................................ 253

CLÍNICA CIRÚRGICA - QUESTÕES 1 - CIRURGIA GERAL ............................................................................................................................. 261 2 - GASTROENTEROLOGIA .................................................................................................................... 279 3 - CIRURGIA DO TRAUMA ................................................................................................................... 301 4 - ORTOPEDIA...................................................................................................................................... 315 5 - UROLOGIA ....................................................................................................................................... 323 6 - CIRURGIA VASCULAR ....................................................................................................................... 333


7 - CIRURGIA PEDIÁTRICA ..................................................................................................................... 339 8 - OTORRINOLARINGOLOGIA .............................................................................................................. 345 9 - OFTALMOLOGIA............................................................................................................................... 349

CLÍNICA CIRÚRGICA - COMENTÁRIOS 1 - CIRURGIA GERAL ............................................................................................................................. 355 2 - GASTROENTEROLOGIA .................................................................................................................... 367 3 - CIRURGIA DO TRAUMA ................................................................................................................... 397 4 - ORTOPEDIA...................................................................................................................................... 405 5 - UROLOGIA ....................................................................................................................................... 413 6 - CIRURGIA VASCULAR ....................................................................................................................... 423 7 - CIRURGIA PEDIÁTRICA ..................................................................................................................... 429 8 - OTORRINOLARINGOLOGIA .............................................................................................................. 435 9 - OFTALMOLOGIA............................................................................................................................... 439

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA - QUESTÕES 1 - GINECOLOGIA .................................................................................................................................. 445 2 - OBSTETRÍCIA.................................................................................................................................... 475

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA - COMENTÁRIOS 1 - GINECOLOGIA .................................................................................................................................. 507 2 - OBSTETRÍCIA.................................................................................................................................... 529

PEDIATRIA QUESTÕES ............................................................................................................................................ 553 COMENTÁRIOS ..................................................................................................................................... 613

EPIDEMIOLOGIA QUESTÕES ............................................................................................................................................ 669 COMENTÁRIOS ..................................................................................................................................... 709


CLÍNICA MÉDICA QUESTÕES


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Anatomia e fisiologia cardíaca básica 2014 - UFPR 1. O átrio direito é a câmara cardíaca que normalmente recebe o sangue venoso sistêmico. Nessa câmara, encontra-se a valva de Eustáquio, que se relaciona com:

a) b) c) d) e)

veia cava inferior crista terminalis veia cava superior seio coronariano junção atrioventricular direita  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

2012 - UFPR 2. As doenças cardiovasculares são muito comuns e conside-

radas a principal causa de morte em nosso meio. Com relação à semiologia médica sobre esse assunto, é correto afirmar que:

a) tosse produtiva com secreção amarelo-esverdeada e achados de sibilos à ausculta pulmonar sugerem congestão pulmonar b) o exame de fundo de olho torna-se irrelevante e pouco acrescenta ao diagnóstico de doenças cardiovasculares c) o pulso paradoxal corresponde à irregularidade de onda de propagação observada nas artérias carótidas durante a inspeção tangencial d) alterações referentes ao ventrículo esquerdo, como hipertrofia ou dilatação, podem ser suspeitas pela avaliação do ictus cardíaco e) sopros cardíacos originados do lado esquerdo do coração ficam mais evidentes e mais bem audíveis durante a inspiração  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

Dislipidemia e fatores de risco para doença cardiovascular 2014 - HCV 3. Um senhor de 38 anos, obeso (IMC = 32kg/m

2 e circunferência abdominal = 104cm), é hipertenso com pressão arterial con-

CARDIOLOGIA

trolada, em torno de 132x86mmHg, com uso de IECA e hidroclorotiazida, sedentário, tabagista de 30 cigarros ao dia, colesterol total = 186mg/dL e HDL = 55mg/dL, triglicérides = 150 e história familiar que mostra que o pai faleceu aos 53 anos por infarto agudo do miocárdio. Qual é a ação que mais contribuirá para a diminuição do risco cardiovascular desse paciente?

a) b) c) d) e)

reduzir a pressão arterial a níveis inferiores a 120x80mmHg abandonar o hábito de fumar iniciar o uso sinvastatina iniciar atividade física regular reduzir o peso  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

2013 - UFMS 4. A uma paciente de 60 anos, com alto risco de evento cardio-

vascular, LDL = 170mg/dL e hormônios tireoidianos normais, a melhor conduta é:

a) b) c) d) e)

apenas dieta dieta + fibrato dieta + ezetimiba dieta + terapia de reposição estrogênica dieta + estatina  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

2013 - SUS-BA 5. Trata-se do fator de risco mais temido na atualidade. Sua pre-

valência encontra-se mundialmente em patamares de epidemia e, no Brasil, constitui problema de saúde em todos os grupos etários, da criança ao adulto maduro e, em menor proporção, nos idosos. Difere entre homens e mulheres e entre regiões, sendo mais elevada nas de maior pobreza, como Norte e Nordeste. Com base em informações autorrelatadas, a sua prevalência nas capitais brasileiras está nitidamente associada a baixa escolaridade em 13 de 16 capitais, incluindo-se entre elas todas as do Sul, do Sudeste e o Distrito Federal. Apenas em Belém, Natal e João Pessoa o problema predominou entre pessoas de escolaridade elevada. Ainda do ponto de vista social, é mais frequente em homens de classe social mais elevada e em mulheres de classes sociais mais baixas (Almeida Filho & Barreto. Epidemiologia e saúde: fundamentos, métodos, aplicações, p.495, 2012). O texto refere-se ao seguinte fator de risco cardiovascular:

SIC QUESTÕES COMENTADAS 25


CLÍNICA MÉDICA COMENTÁRIOS


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Via aérea Questão 71. Analisando as assertivas: I – Correta. A posição ideal da colocação do coxim é na região occipital. Para se obter esta posição, a coluna cervical é fletida em direção anterior (ventral), com elevação da cabeça em aproximadamente 8 a 10cm com auxílio de um suporte firme. Ao mesmo tempo, a cabeça é estendida (dorsiflexão), no nível da articulação atlantoccipital. Isso porque a cabeça, ao ser elevada “em posição olfativa”, torna a visualização das estruturas laríngeas mais fácil, já que consegue alinhar os eixos orofaríngeo e faringotraqueal.

II – Correta. A compressão laríngea externa é realizada por quem faz a laringoscopia nas situações nas quais a epiglote é visível, porém não a glote. Consiste no suave deslocamento para trás e algo para cima da cartilagem tireoide, osso hioide e/ou cartilagem cricoide. III – Incorreta. Índice de massa corpórea entre 20 e 24 não necessariamente significa facilidade de intubação traqueal, entretanto obesos apresentam vários fatores que podem dificultar tal procedimento, como distorções da anatomia das vias aéreas superiores, baixa capacidade residual funcional, aumento na demanda de oxigênio e na produção de gás carbônico, tendência a hipoxemia, diminuição da complacência pulmonar total (pelo próprio peso do tórax e pelo aumento do volume abdominal) e do volume sanguíneo pulmonar, agravamento da hipóxia gerada pelo decúbito dorsal, alto risco para aspiração do conteúdo gástrico (por aumento da pressão intra-abdominal, presença frequente de hérnia de hiato, maior incidência de refluxo gastroesofágico e esvaziamento gástrico incompleto), limitação do período de “apneia segura” para a laringoscopia.

MEDICINA INTENSIVA

IV – Incorreta. O retrognatismo dificulta a intubação orotraqueal, pela limitação na abertura labial. V – Incorreta. Hipertonia muscular dificulta bastante este procedimento, sendo indicadas, na sequência rápida de intubação orotraqueal, sedação e analgesia, associadas ao bloqueio neuromuscular. Gabarito = B Questão 72. A gasometria esperada é uma acidose metabólica com Ânion-Gap (AG) aumentado, pois a paciente é diabética descompensada por provável infecção urinária. Vamos, então, analisar cada gasometria. Porém, só pelo valor do AG, já podemos descartar “a” e “b”, pois o valor do AG normal é de 8 a 12mEq/L. Analisando as alternativas: a) Acidose metabólica com AG normal, pois pH ácido e bicarbonato baixo. O pCO2 esperado para compensação é de 20,5 a 24,5mmHg (pela equação 1,5 x bic + 8±2), o que condiz com a pCO2 encontrada. b) Acidose respiratória, pois pH ácido, pCO2 aumentado e bicarbonato normal. O AG normal encontra-se normal também, o que não é importante nos casos de acidose respiratória. Bicarbonato esperado nos casos agudos = 25,7 (Δbic = 0,1 x ΔpCO2) e, nos casos crônicos = 27,8 (Δbic = 0,4 x ΔpCO2). c) Acidose metabólica com AG aumentado, pois pH ácido e bicarbonato baixo. O pCO2 esperado para a compensação é de 18,3 a 22,3mmHg (pela equação 1,5 x bic + 8±2), o que condiz com a pCO2 encontrada. Como o valor normal do AG é de 8 a 12mEq/L, temos aumento do AG. Essa gasometria é compatível com quadro de descompensação diabética. d) Acidose metabólica com AG aumentado, pois pH ácido e bicarbonato baixo. O pCO2 esperado para compensação é de 37,5 a 41,5mmHg (pela equação 1,5 x bic + 8±2), o que condiz com a pCO2 encontrada. Como o valor normal do AG é de 8 a 12mEq/L, temos aumento do AG. Porém, é uma acidose muito discreta a esta paciente. As descompensações diabéticas cursam com baixos valores de bicarbonato, usualmente <18mEq/L. Além disso, esse valor de bicarbonato não condiz com o valor do pH da gasometria, que está bastante baixo. Gabarito = C Questão 73. A Via Aérea Difícil (VAD) é definida como uma situação clínica em que um anestesiologista treinado tem dificuldade em intubar o paciente, manter ventilação manual sob máscara fa-

SIC QUESTÕES COMENTADAS 155


CLÍNICA CIRÚRGICA QUESTÕES


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Cirurgia Pediátrica Geral 2014 - UEL 492. Um recém-nascido a termo apresentou, ao final da 3ª semana de vida, quadro de vômito claro e “em jato” após mamadas ao seio materno. Os episódios se agravaram, e a criança começou a perder peso, apresentou letargia e diminuição do débito urinário. Diante desse quadro, é esperado encontrar, nos exames laboratoriais:

a) b) c) d) e)

hipercloremia e hipopotassemia com acidose respiratória hipernatremia e hipocloremia com acidose metabólica hipernatremia e hiperpotassemia com alcalose metabólica hipocloremia e hipopotassemia com alcalose metabólica hipocloremia e hiperpotassemia com acidose metabólica  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2013 - UFES 493. Um pré-escolar de 4 anos veio para consulta de rotina, e a mãe queixa-se de respiração rápida e de que seus lábios ficam “azulados” quando corre ou está em jogos de competição. Esse quadro desaparece quando cessam as atividades físicas. Apresenta, ao exame, sopro sistólico (++/6) que se irradia para o dorso. A intolerância a exercício é provavelmente devida a:

a) b) c) d) e)

asma atresia tricúspide estenose pulmonar comunicação interatrial comunicação interventricular  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

d) hiperventilação agressiva e) corticosteroides  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

niano e com hipertensão intracraniana sustentada, a conduta com melhor resultado é:

 Refazer essa questão  Encontrei dificuldade para responder

2012 - UERJ 495. Com um misto de tristeza, decepção e culpa, uma mãe dizia não entender o motivo de “ninguém querer operar logo o meu neném”. Dez dias antes ele nascera com malformação geniturinária e 2 especialistas tinham tido a mesma opinião. Seguindo o consenso atual da Sociedade Brasileira de Pediatria, eles acharam conveniente que a correção cirúrgica fosse feita mais tarde, entre os 18 e 24 meses de vida, por tratar-se de:

a) b) c) d)

rotação peniana torção testicular testículo retrátil úraco patente  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2012 - UERN 496. Representam emergências cirúrgicas em Pediatria, exceto: a) b) c) d)

hérnia inguinal volvo neonatal torção testicular invaginação intestinal  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

2013 - AMP 494. Entre pacientes pediátricos vítimas de traumatismo craa) manitol a 20% b) solução salina hipertônica a 3% c) barbitúricos

CIRURGIA PEDIÁTRICA

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2010 - UFRJ 497. Um lactente, branco, de 1 ano e 9 meses, apresenta quadro típico de pneumonia estafilocócica com derrame pleural leve. A mãe informa que a criança já teve 5 pneumonias, desde os 4 meses de vida, todas tratadas ambulatorialmente com boa resposta aos antibióticos prescritos. Refere impetigo por 3 vezes e gengivoestomatite em 2 ocasiões, nega contágio com tuberculose, e o cartão de vacinas está atualizado. Está eutrófico, febril, hipocorado, hidratado, acianótico, com batimentos de asa de nariz e tiragem subcostal, taquicárdico e taquipneico; abdome flácido, fígado e baço levemente aumentados; pele cla-

SIC QUESTÕES COMENTADAS 339


CLÍNICA CIRÚRGICA COMENTÁRIOS


1

Anestesia local Questão 1. Alguns anestésicos locais podem ter outros efeitos no organismo. A lidocaína, em baixas doses, é classificada como droga antiarrítmica (classe I), indicada no tratamento de arritmias ventriculares (extrassístole ventricular, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular). Além disso, deprime a resposta ventilatória à hipóxia e deve ser utilizada com cuidado em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. Já a bupivacaína deprime mais acentuadamente o coração, diminuindo a condução e podendo levar a batimentos ventriculares ectópicos e fibrilação ventricular. Gabarito = A Questão 2. A ação dos Anestésicos Locais (ALs) dependerá de fatores como a capacidade de ligação às proteínas plasmáticas e aos tecidos (receptores) onde a droga vai atuar (quanto maior a afinidade proteica, maior a ação do AL), a solubilidade lipídica, a capacidade de atravessar a membrana celular dos neurônios e o pH do tecido em que se espera a ação da droga (relação pH e pKa do AL). O uso de bupivacaína em pequenas doses tem pouca interferência no bloqueio motor. A adição de vasoconstritor está contraindicada por se tratar de bloqueio em extremidade. A presença de infecção não contraindica o uso de vasoconstritor. Gabarito = A Questão 3. O índice bispectral (BIS) é considerado a melhor forma de monitorização do nível neurológico. Entretanto, medidas como curva de CO2 e frequência cardíaca podem fornecer dados indiretos na avaliação do grau de hipnose do paciente. Gabarito = B Questão 4. A adição de vasoconstritor tipo adrenalina não tem o objetivo de minimizar os efeitos colaterais do anestésico local, mas de otimizar sua ação em determinada região do corpo pela vasoconstrição. Dessa maneira, o uso de lidocaína com adrenalina é contraindicado em extremidades, devido ao risco de isquemia. Gabarito = C Questão 5. O diagnóstico de intoxicação por anestésicos locais é clínico. Inicialmente, o paciente apresentará sensação de dormência na língua ou gosto metálico. Formigamento de extremidades e alterações visuais também podem ocorrer nas fases iniciais. Se não revertida, a intoxicação por anestésicos locais evolui com convul-

CIRURGIA GERAL

sões tipo tônico-clônicas. O evento final é a parada respiratória e normalmente é dose dependente. O tratamento envolve, primeiramente, oxigênio e suporte ventilatório, seguido da administração de benzodiazepínicos. Gabarito = D

Anestesia Questão 6. A composição do Ringer lactato, bem como sua comparação com outros tipos de solução, está representada na Tabela a seguir: Soluções Solução fisiológica Ringer lactato Glicose a 5% Glicose a 10% Plasma Sangue total

Na+ 154 130 --142 75

K+ -4 --5 2

Cl154 109 --105 50

HCO3- Ca++ Mg++ Calorias ----28 3 -----200 ---400 27 5 3 -14 3 2 --

Gabarito = D Questão 7. Com exceção de alguns anestesiologistas que desenvolvem hepatite ao administrar halotano, não têm sido relatados efeitos deletérios importantes resultantes da poluição da sala cirúrgica, a não ser sobre o sistema nervoso central, com aparecimento de cefaleia, fadiga, redução da acuidade visual, auditiva e olfatória; inapetência, irritabilidade, náusea, sonolência e alterações da memória. Gabarito = A Questão 8. Todos os agentes voláteis em uso deprimem a contratilidade miocárdica, sendo o halotano o maior depressor. Desflurano e isoflurano são os agentes inalatórios voláteis que menos interferem no débito cardíaco. Em concentrações de igual poder anestésico, o sevoflurano deprime a contratilidade miocárdica de forma levemente superior ao isoflurano e ao desflurano; porém, deprime menos a função miocárdica que o enflurano, e este menos que o halotano. Gabarito = B Questão 9. Paciente com lesão muscular grave, consequente ao trauma, por si só já apresenta aumento do potássio extracelular. A atrofia muscular por desuso também pode causar o mesmo efeito. Na indução anestésica, deve-se evitar o uso de succinilcolina

SIC QUESTÕES COMENTADAS 355


GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA QUESTÕES


1

Anatomia, embriologia e malformações do trato reprodutivo feminino 2013 - AMP 1. Letiena Camile, 17 anos, vem à consulta relatando que teve muita dificuldade e dor em relação sexual que teve pela 1ª vez há 10 dias. A paciente ainda não menstruou. Exame físico e ginecológico: normolínea, 1,68m, 57kg. E mais: sindactilia no 2º, no 3º e no 4º quirodáctilos esquerdos; mamas bem desenvolvidas; pilificação ginecoide, normodensa; grandes e pequenos lábios normais; uretra normal; introito vaginal normal e vaginometria 2cm. A ultrassonografia pélvica ginecológica descreve ausência de útero e trompas e ovários normais. São características das portadoras do caso as seguintes alternativas, exceto:

a) b) c) d) e)

cariótipo XY ovários normais funcionantes agenesia mülleriana podem ter vida sexual normal quando submetidas a neovagina cerca de 12% têm anomalias esqueléticas e até 40% anomalias do trato urinário  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2012 - UNICAMP 2. Uma jovem de 18 anos procura ginecologista referindo não ter tido sua 1ª menstruação. Exame físico: estatura acima da média (percentil 95); fenótipo feminino; Tanner = M2-3P2. Na abordagem de amenorreia primária, é correto afirmar que:

a) o teste de progesterona negativo confirma que a etiologia é de origem uterina b) a principal manifestação do pseudo-hermafroditismo feminino é a síndrome dos testículos feminilizantes c) é obrigatória a realização de gonadectomia em indivíduos com cariótipo contendo Y d) o cariótipo e a dosagem das gonadotrofinas séricas devem ser o 1º passo na investigação  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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GINECOLOGIA

2012 - SANTA CASA-SP 3. Uma paciente de 17 anos, em amenorreia primária, cariótipo 46XX, apresenta estatura de 1,65m, mamas Tanner 1, vulva de aspecto infantil, presença de vagina e útero. À ultrassonografia, não foram visualizadas as gônadas. A principal hipótese diagnóstica é:

a) b) c) d) e)

disgenesia gonadossomática – Turner disgenesia gonadal pura síndrome de Rokitansky síndrome de insensibilidade androgênica pseudo-hermafroditismo feminino  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2011 - UFF 4. Assinale a estrutura anatômica que deriva embriologicamente do mesonefro nas mulheres:

a) b) c) d) e)

septo transverso divertículo da glândula de Skene trompa de Falópio colo uterino cisto de Gartner  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2011 - CERMAM 5. De onde é remanescente o cisto do ducto de Gartner? a) b) c) d) e)

ductos de Müller ductos mesonéfricos ductos paramesonéfricos seio urogenital bulbo vaginal  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2010 - UNIFESP 6. São achados clínicos em paciente com síndrome da insensibilidade aos androgênios forma completa:

SIC QUESTÕES COMENTADAS 445


GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA COMENTÁRIOS


2

Fisiologia da gestação Questão 206. Paciente jovem, com vida sexual ativa e amenorreia sempre deve ter descartado o diagnóstico de gestação. Síndrome de Sheehan (infarto hipofisário) é patologia pós-parto. Menopausa é a presença de amenorreia por período de, pelo menos, 12 meses. Doença inflamatória pélvica não cursa com amenorreia. Gabarito = C Questão 207. O quadro clínico mais comum nos casos de abortamento e gestação ectópica compreende dor abdominal, sangramento vaginal e sangramento vaginal. Não é necessário, entretanto, que estejam presentes os 3 sintomas ao mesmo tempo. O teste de gravidez é positivo, entretanto abaixo da linha discriminatória necessária para a identificação de saco gestacional intraútero (1.500 a 2.000mUI/mL). Desta forma, pode-se afirmar que o exame ultrassonográfico é normal. Assim, o diagnóstico “de momento” é gestação inicial. Beta-HCG deve ser repetido em 48 horas; caso aumente mais que 54% em 48 horas, o diagnóstico será confirmado; caso aumente menos que isso, será provável gestação de mau prognóstico; se diminuindo, diagnóstico de aborto. Gabarito = A Questão 208. Os métodos para o diagnóstico de gravidez são baseados da detecção do HCG (Hormônio Coriônico Gonadotrófico), presente na urina e no soro de mulheres grávidas a partir da implantação do ovo. Para a detecção do HCG na urina, é utilizada a hemaglutinação direta e indireta, com sensibilidade a partir da concentração de 200mUI/mL, dando como margem de segurança o atraso menstrual de 10 dias. Para a dosagem plasmática, utiliza-se o método ELISA, com sensibilidade de 40 a 50mUI/mL, que pode ser detectado a partir de 8 dias após a implantação. A ultrassonografia pode detectar saco gestacional a partir de 4 semanas de gestação por via transvaginal e de 5 semanas pela sonda abdominal. Gabarito = B Questão 209. As taxas de TSH não estão aumentadas durante a gestação. O volume da glândula tireoide aumenta durante esse período. Ocorre elevação na produção dos hormônios tireoidianos, pela presença de fatores estimulantes da tireoide: HCG e tireotrofina coriônica. A tiroxina livre se mantém estável, pois há crescimento na produção das proteínas transportadoras de hormônios (SHBG). A hipófise aumenta de volume, especialmente o lobo anterior, responsável pela produção de prolactina.

OBSTETRÍCIA

As glândulas adrenais expandem o volume, especialmente no 3º trimestre de gestação, com maior produção de aldosterona nesse período. O pâncreas produz mais insulina para contrabalançar a hiperglicemia causada pelo hormônio lactogênio placentário. O corpo lúteo apresenta exuberante desenvolvimento no 22º dia do ciclo menstrual e é o responsável pela produção inicial da progesterona. Gabarito = D Questão 210. De acordo com a regra de Näegele, a Data Provável do Parto (DPP) é calculada acrescentando 7 dias ao 1º dia da última menstruação e subtraindo 3 meses dessa mesma data. Desta forma, se a menstruação foi 18.02, o dia provável do parto seria 18 + 7 = 25, fevereiro – 3 meses: novembro, portanto a DPP seria 25.11. Gabarito = C Questão 211. A troca gasosa é favorecida pelo gradiente da pO2, maior no compartimento materno e menor no compartimento fetal. Essa troca não está dificultada pela afinidade da hemoglobina fetal ao oxigênio nem por qualquer hiperventilação da gestante. Não há maior afinidade do CO2 no sangue materno nem baixa concentração de hemoglobina do lado fetal. Gabarito = A Questão 212. Anticorpos heterofílicos são anticorpos dirigidos contra imunoglobulinas de diferentes espécies, sendo que os que mais interessam são os dirigidos contra imunoglobulina de camundongo, desde que a maioria dos anticorpos empregados atualmente seja monoclonal. A presença desses anticorpos é mais frequente do que o desejado e potencialmente pode interferir em todos os ensaios imunométricos. A razão pela qual algumas pessoas possuem esse tipo de anticorpo não é bem esclarecida. As demais substâncias apresentadas não interferem na técnica de dosagem de HCG. Gabarito = B

Modificações locais e sistêmicas no organismo materno Questão 213. A asma não apresenta melhora na gestação. Artrite reumatoide, esclerose múltipla e tireoidite de Hashimoto apresentam tendência a melhorar durante a gestação por conta da dimi-

SIC QUESTÕES COMENTADAS 529


PEDIATRIA QUESTÕES


PEDIATRIA

Neonatologia 2014 - UNICAMP 1. Um recém-nascido, de parto domiciliar realizado por parteira, foi trazido ao pronto-socorro com 3 dias de vida por apresentar quadro de vômitos e evacuação com sangue vivo. A mãe relata que a criança nasceu chorando forte e está em aleitamento materno, com boa aceitação. Antecedente: mãe hígida sem uso de medicação. Exame físico do recém-nascido: bom estado geral e ativo. A etiologia do diagnóstico de doença hemorrágica do recém-nascido é:

a) b) c) d)

deficiência de vitamina K materna durante o pré-natal insuficiência hepática do recém-nascido incompatibilidade sanguínea Rh deficiência de vitamina K do recém-nascido  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2014 - UFF 2. Assinale a opção correta com relação à fontanela posterior: a) b) c) d) e)

é sempre palpável ao nascimento pode não se fechar, sem constituir patologia quando palpável, sinaliza problema neurológico fecha-se em torno de 2 a 4 meses fecha-se após 2 anos de vida  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2014 - UFPR 3. O Programa Nacional de Triagem Neonatal recentemente incluiu a triagem para hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21-hidroxilase entre as doenças a serem pesquisadas no “teste do pezinho”. Sobre o assunto, assinale a alternativa que destaca corretamente 1 benefício relacionado à triagem neonatal dessa doença:

a) o diagnóstico precoce previne a definição errônea do sexo em meninos afetados b) o tratamento precoce previne a crise adrenal aguda, com perda de sal, desidratação grave, hiponatremia e hipercalemia, condição potencialmente fatal

c) o diagnóstico precoce possibilita o tratamento cirúrgico nos primeiros dias de vida d) o tratamento com reposição com glicocorticoide, no 1º mês de vida, determina a cura da doença e previne o tratamento cirúrgico e) o diagnóstico precoce permite a orientação dietética adequada, com dieta hipossódica e melhor controle dos níveis de sódio dessas crianças  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2014 - AMP 4. Mães com boas condições clínicas, que possam estar em contato com seus bebês e em condições de prestar cuidados, devem ser encaminhadas ao alojamento conjunto. Bebês que necessitem de cuidados especiais devem estar enquadrados nos critérios de exclusão para permanência em alojamento conjunto. São critérios de exclusão de encaminhamento do recém-nascido ao alojamento conjunto, exceto:

a) b) c) d) e)

índice de Apgar <7 no 1º minuto prematuridade necessidade de suporte respiratório icterícia precoce peso ao nascer <2.000g  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2014 - UEL 5. Uma criança com 2 dias de vida é trazida ao pronto-socorro por sangramento gastrintestinal e no coto umbilical. Acompanhante relata que a criança nasceu no domicílio, na zona rural, e que chorou logo após o nascimento. A suspeita diagnóstica é de doença hemorrágica do recém-nascido. Quais alterações de exames laboratoriais comprovam o diagnóstico?

a) contagem de plaquetas normais, fibrinogênio diminuído, Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) aumentados b) contagem de plaquetas normais, fibrinogênio normal e TP e TTPA aumentados c) contagem de plaquetas normais, fibrinogênio normal, TP normal e TTPA diminuídos

SIC QUESTÕES COMENTADAS 553


PEDIATRIA COMENTÁRIOS


COMENTÁRIOS Questão 138. A enurese noturna é, em geral, condição transitória e benigna devida a imaturidade do controle miccional. Somente de 1 a 2% dos casos estão associados a uma etiologia de base orgânica. A prevalência diminui com a idade, e a taxa anual de cura espontânea é de 14% entre 5 e 9 anos, como colocado na alternativa “e”. Práticas como proibição da ingestão de líquidos no período noturno, interrupção frequente do sono da criança, para esvaziamento vesical, e atitudes punitivas diante do episódio de enurese não devem ser estimuladas pelo pediatra, pois não resultam em melhora significativa. Se os familiares e o paciente são devidamente esclarecidos e o grau de ansiedade minimizado, mais de 50% dos casos curam-se em até 4 anos após a 1ª consulta médica. Gabarito = E

mento de normas já estabelecidas, bem como o trabalho integrado das equipes de atenção à criança, articulando as ações básicas de saúde. Sugestão de calendário para puericultura Idades

1º ano de vida

Questão 139. O ácido docosaexaenoico (DHA) é considerado o ácido graxo poli-insaturado de cadeia longa (AGPICL) mais importante no desenvolvimento neonatal e, com o ácido araquidônico (AA), forma os principais componentes dos ácidos graxos cerebrais. Gabarito = E Questão 140. O autismo é um transtorno definido por alterações presentes antes dos 3 anos e que se caracteriza por alterações qualitativas na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Apresenta ainda associação de até 70% com retardo mental. É comum a realização de movimentos repetitivos como flapping das mãos e balanceio do corpo. Gabarito = A Questão 141. A velocidade de crescimento pode ser calculada utilizando-se o ganho de altura dividido pelo período de meses observados. É o principal critério de normalidade do crescimento, sendo considerado o 1º e mais importante dado clínico para diagnóstico de baixa estatura em criança de 6 anos (resposta correta letra “c”). Crianças com estatura abaixo da média, mas com velocidade de crescimento normal, habitualmente são normais, com potencial familiar reduzido ou atraso constitucional do crescimento; ao passo que crianças que apresentam velocidade de crescimento atenuada devem ser investigadas. A idade óssea está mais ligada ao prognóstico do que ao diagnóstico. É realizada pela radiografia de mão e de punho esquerdos. Quando atrasada, geralmente se associa a melhor prognóstico de estatura final. Gabarito = C Questão 142. Diante de um adolescente do sexo masculino, de 14 anos, com queixa de baixa estatura, que ainda não apresentou puberdade (Tanner G1P1), e com idade óssea atrasada em relação à idade cronológica, sem outras patologias evidentes, devemos considerar provável a hipótese de atraso constitucional do crescimento e desenvolvimento. Gabarito = B Questão 143. O acompanhamento de crescimento e desenvolvimento, do nascimento até os 5 anos, é fundamental para a promoção à saúde da criança e a prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências. Ações aparentemente simples, como pesar, medir, avaliar aquisição de novas habilidades e utilizar o cartão da criança nem sempre são realizadas de forma correta e sistemática pelas equipes de saúde. Para que estas ações contribuam para a melhoria da saúde infantil, há a necessidade de capacitação técnica e segui-

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2º ano de vida

Atividades

5 dias

Consulta enfermagem (teste “do pezinho”)

1 mês

Consulta pediátrica

2 meses

Grupo educativo

3 meses

Consulta enfermagem

4 meses

Consulta pediátrica

5 meses

Grupo educativo

6 meses

Consulta pediátrica

7 meses

Grupo educativo

9 meses

Consulta enfermagem

12 meses

Consulta pediátrica

15 meses

Consulta pediátrica

3º ao 5º ano de vida

1 consulta pediátrica anual

A criança de 3 anos de tem imaginação fértil. A de 4 anos é divertida e geralmente egocêntrica. A de 5 é muito falante e expressiva e gosta de demonstrar suas habilidades. Dirija as questões primeiramente para a criança e solicite aos pais mais informações. Observe o comportamento da criança e dos pais durante toda a história e o exame físico. Confira o peso e o comprimento no gráfico de crescimento, anote o percentil na ficha e a caderneta de saúde, mostre-a e comente com os pais. Mensure a pressão arterial e anote-a na ficha da criança. A medida rotineira da pressão arterial está indicada a partir dos 3 anos, embora a periodicidade ideal não tenha sido estabelecida. A fim de evitar um grande número de falsos positivos e exames desnecessários, uma recomendação conservadora é que a pressão arterial seja aferida aos 3 anos, no início da idade escolar, e pelo menos 2 vezes ao longo da adolescência. Gabarito = A Questão 144. A adolescente tem, segundo critérios de Tanner, M3P3, e seu primo, P4. O estirão tem variação entre 24 e 36 meses, e a velocidade de crescimento pode chegar a 10cm por ano no sexo masculino e de 8 a 9cm por ano no feminino. Após o pico de velocidade máxima, ocorre a fase de desaceleração, que termina com a parada de crescimento, aproximadamente aos 18 anos no sexo masculino e aos 15 ou 16 anos no sexo feminino. Critérios de Tanner quanto ao desenvolvimento mamário M1

Estadio de mamas pré-adolescente. Há somente elevação da papila.

M2

Estadio de broto mamário, com pequena elevação da mama e da papila e aumento do diâmetro da aréola. O tecido mamário aumentado tem localização subareolar.

M3

Crescimento de mama e aréola semelhante a uma pequena mama adulta. Não há separação dos contornos das mamas e da aréola; o tecido mamário extrapola os limites desta.

M4

Há crescimento e projeção da aréola e da papila, formando uma elevação acima do corpo da mama.

M5

Estadio adulto com projeção apenas da papila, pois a aréola retorna para o contorno geral da mama.


EPIDEMIOLOGIA QUESTÕES


EPIDEMIOLOGIA

Epidemiologia: conceitos básicos e definições 2014 - FHEMIG 1. Ainda hoje, o ensino das profissões na área de saúde é in-

fluenciado pelas propostas que Abraham Flexner fez para normalizar as bases do ensino médico fundamentadas no método científico. Constituem elementos da proposta de Flexner, exceto:

a) expansão do estudo clínico realizado em unidades básicas de saúde b) ênfase na pesquisa biológica c) estímulo à especialização médica d) introdução do ensino laboratorial  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2014 - HAC 2. As alternativas a seguir indicam formas fundamentais de ma-

nutenção de boa saúde, exceto:

a) b) c) d) e)

nutrição adequada ausência de doenças genéticas assistência e acompanhamento médicos controle da segurança ambiental rejeição ao tabagismo e alcoolismo como estilo saudável de vida  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2013 - SANTA CASA BH 3. Constituem objetivos da investigação epidemiológica, exceto: a) b) c) d)

identificar a fonte de infecção e o modo de transmissão confirmar o diagnóstico prover tratamento e reabilitação física identificar os grupos expostos a maior risco e os fatores de risco  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2013 - SANTA CASA-BH 4. Com relação à Epidemiologia, assinale a afirmativa incorreta: a) não se preocupa com a história natural da doença nos grupos populacionais

b) está interessada em descrever o estado de saúde da população c) preocupa-se com as causas das doenças, levando à identificação de métodos preventivos d) pode ser utilizada para avaliar intervenções em saúde  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2013 - UFSC 5. Sobre a relação entre cuidado médico, sociedade e ambiente, assinale a alternativa correta:

a) o desenvolvimento da ciência moderna e da biomedicina afastou as concepções de saúde e doença diferentes da científica dominante nos diferentes países e unificou no mundo a cultura contemporânea sobre o tema b) as discussões recentes sobre os determinantes sociais da saúde enfraqueceram as teses sobre a influência do modo de viver e da organização social do movimento de medicina social europeu do século XIX c) a proeminência de doenças crônicas desestimulou a busca simultânea de tratamentos oriundos de diversos setores de cuidado, como curadores populares, medicinas complementares (homeopatia, acupuntura etc.), terapias espirituais e grupos de autoajuda d) a diminuição das desigualdades sociais, notadamente a distribuição da riqueza social e a promoção de ambientes saudáveis e de condições sanitárias básicas de vida, pode ter um forte impacto na saúde e) os estudos científicos recentes têm apontado uma visão otimista sobre as mudanças climáticas globais abruptas, enfraquecendo a hipótese de que a ação humana derivada do modelo de desenvolvimento industrial tenha relevante papel nessas mudanças  Tenho domínio do assunto  Reler o comentário

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2013 - SUS-BA 6. A Epidemiologia, em sua abordagem mais imediata e des-

critiva, busca responder a algumas questões relacionadas ao fenômeno de investigação e, a partir daí, conhecer a sua magnitude na população. Os aspectos a que, nessa 1ª aproximação, a Epidemiologia se dedica são:

a) pessoa, tempo e lugar de ocorrência de uma doença

SIC QUESTÕES COMENTADAS 669


EPIDEMIOLOGIA COMENTÁRIOS


EPIDEMIOLOGIA

Questão 66. Os surtos e as epidemias de fonte comum têm uma peculiaridade: todos os indivíduos se expõem em um intervalo de tempo muito curto, assim um dos fatores primordiais é o período de incubação do patógeno; basta imaginar que, se os indivíduos se infectaram ao mesmo tempo, a depender do período de incubação, a manifestação clínica ocorrerá também no mesmo tempo, demarcando o auge da ocorrência irregular da doença em um determinado espaço e tempo, por isso a alternativa “b” está correta; a capacidade de disseminação apenas “espalharia” o patógeno no espaço, o que é importante a um surto, mas não responde à questão, estando incorreta a alternativa “a”; a capacidade de resposta do hospedeiro pode estar relacionada com o período de incubação, mas como um fator secundário, estando a alternativa “c” incorreta; e a alternativa “d” está incorreta porque o tempo de início do tratamento não está relacionado com o auge ou clímax do surto – geralmente o tratamento se dá depois dos sintomas, o que demarca que o indivíduo já está doente quando procura por ele; por fim, a via de entrada do agente é outro fator importante, contudo está mais relacionada ao tempo de incubação. Alguns patógenos têm períodos de incubação diferentes, dependendo da via de infecção. Gabarito = B Questão 67. A alternativa correta é a “a”, em que o limiar endêmico é definido como os valores das curvas superior e inferior, entre os quais a incidência varia dentro da normalidade (observar que a Figura mostra o diagrama de controle e incidência de doença meningocócica para o ano de 1989, que teve comportamento epidêmico, com incidência que ultrapassou os limites da variação normal). A alternativa “b” está incorreta, pois o limitar endêmico não fica abaixo do limite inferior. A alternativa “c” está incorreta, pois o mesmo limiar não é definido pela incidência e sim pelos valores entre as curvas superior e inferior. E a alternativa “d” também está incorreta, pois o limiar endêmico não é obtido em tempo real; informação em tempo real é indispensável para a epidemia. A seguir, doença meningocócica – diagrama de controle 1977-86 e incidência de 1989. Grande São Paulo:

Vigilância em saúde com ênfase em vigilância epidemiológica Questão 68. Em 26 de janeiro de 2011, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância Sanitária aprovaram, pela Portaria nº 104, a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional, estabelecendo fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Existem 3 listas de notificação imediata: casos suspeitos ou confirmados, surto ou agregação de casos ou óbitos e doença, morte ou evidência de animais com agentes etiológicos que podem ocasionar a doença em humanos. Estão na lista de notificação compulsória imediata (casos suspeitos ou confirmados) as doenças elencadas na alternativa “c” – botulismo, sarampo e paralisia flácida (poliomielite). Esquistossomose, tuberculose, hanseníase, leishmaniose tegumentar americana e leptospirose não estão contempladas em nenhuma lista imediata, estando incorretas as alternativas “a”, “b” e “d”. Gabarito = C Questão 69. Em 26 de janeiro de 2011, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde aprovaram, pela Portaria nº 104, a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional, estabelecendo fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde; existem 3 listas de notificação imediata: casos suspeitos ou confirmados, surto ou agregação de casos ou óbitos e doença, morte ou evidência de animais com agentes etiológicos que podem ocasionar a doença em humanos. Faz parte da 1ª lista botulismo – alternativa “d” correta. A influenza humana, somente por subtipo desconhecido; a toxoplasmose adquirida na gestação e congênita, apenas pelas unidades sentinelas; o trabalho infantil é irregular no Brasil; e para um evento ser notificado, deve haver critérios de caso (suspeito ou confirmado), por isso estão incorretas “a”, “b”, “c” e “e”. Gabarito = D Questão 70. A notificação imediata, em até 24 horas, deve ser feita por telefone a todas as doenças, agravos e eventos constantes do anexo II da Portaria – assertiva I correta, pois o anexo contém 3 tabelas de agravos de notificação imediata: lista de notificação compulsória imediata, surto ou agregação de casos ou óbitos e doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar doenças em humanos, com destaque entre outras classes de animais. O Sistema de Vigilância Sentinela de Influenza trabalha com fluxo próprio, atualmente, com uma rede de 59 unidades localizadas, em sua maioria, nas capitais brasileiras – as unidades de SG coletam 5 amostras de secreção de nasofaringe por semana e as encaminham para o laboratório central de saúde pública de cada estado para processamento pela técnica de imunofluorescência indireta, incluindo a pesquisa para os vírus influenza A e B, parainfluenzas 1, 2 e 3, adenovírus e vírus sincicial respiratório, assim a assertiva II é incorreta. O sistema de informação para o registro das notificações é o SINAN, assim a assertiva III é incorreta. Segundo o fluxograma do Manual de Vigilância Epidemiológica, os casos suspeitos clinicamente de dengue com sinais e sintomas sugestivos e história epidemiológica positiva (período de epidemia) devem ser notificados, estando correta a assertiva IV. A alternativa correta é a “c”. Gabarito = C

Gabarito = A

Questão 71. A taxa de mortalidade infantil é a frequência com que ocorrem os óbitos infantis (menores de 1 ano) em uma população,

SIC QUESTÕES COMENTADAS 717

COMENTÁRIOS EPIDEMIOLOGIA

Questão 65. Segundo o caderno de nutrição infantil do Ministério da Saúde, a anemia, por deficiência de ferro, em termos de magnitude, é, na atualidade, o principal problema em escala de saúde pública do mundo. Estima-se que a prevalência global de anemia em crianças menores de 5 anos é de 47,4%. Assim, a questão se refere ao problema de saúde pública mais prevalente em crianças menores de 5 anos no mundo e à anemia ferropriva (alternativa “c”). As demais opções estão relacionadas a situações comuns entre crianças ligadas também a nutrição, como o excesso de peso e a desnutrição, e a doenças infecciosas, como a parasitose e a infecção respiratória. Gabarito = C


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