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Campinas - Março de 2015 - Edição nº 26 - ano 4 LAZER

SEGURANÇA

Praça Guido Segalho (Cascata) é reurbanizada na Vila Industrial

MARCOS CARLOS

Penitenciária feminina de Campinas aguarda projeto de expansão

ARQUIVO

Distribuição gratuita - venda proibida

Jornal da Vila

A penitenciária feminina de Campinas, que tem capacidade para 556 mulheres abriga hoje 944. Segundo a Diretora Técnica Daniele de Freitas Melo, a secretaria tem um plano de expansão, além da inauguração de duas

unidades, uma em Mogi Guaçu e outra em Votorantim, o que ajudará a desafogar a unidade, que recebe muitas reeducandas de outras cidades. De acordo com Daniele, as novas unidades terão estrutura necessária,

com berçário, tudo pensado e voltado para o público feminino. Confira a entrevista que o JV fez com duas reeducandas que cumprem pena em regime semiaberto. PÁG. 17

SEGURANÇA

No dia 28 de fevereiro, ás 10h, os moradores da Vila Industrial comemoraram mais uma conquista para o bairro com a revitalização da Praça Guido Segalho, conhecida como Cascata. Agora, os habitantes da Vila sentem-se mais seguros e confortáveis, pois para eles a reforma é uma

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SOCIAL

ONG Ateac – esperança para crianças, adultos e idosos ARQUIVO

Campinas segue com uma Delegacia da Mulher TODO DIA

maneira de acabar com o vandalismo na região. De acordo com o prefeito Jonas Donizete, a Praça da Cascata não recebia serviços de manutenção desde sua inauguração, em 1978. Desde 2013, 120 praças foram reurbanizadas pela administração municipal.

Confira informações e dicas do Delegado Kleber Altale, Delegado de Polícia e Diretor do Deinter 2. Para ele, a mulher, vítima de qualquer tipo de violência, especialmente a violência doméstica, deve fazer valer o seu direito, principalmente o direito de ser respeitada, de ter sua integridade física e moral preservada. “A Polícia Civil está preparada para atendê-la, e aplicar os dispositivos previstos na Lei Maria da Penha”, afirma. PÁG. 16

O Ateac - Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas é uma ONG, que realiza terapia, atividades e educação assistida por animais. “Trabalhamos com instituições, hos-

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pitais e centros de saúde da região, auxiliando no tratamento de crianças e adultos por meio de atividades semanais com Cães Terapeutas”, explica o Presidente Sérgio Ramos. PÁG. 08


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EDITORIAL

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m todo o mundo no dia 8 de março é comemorado o Dia da Mulher. Isso porque, um fato histórico mudaria o seu papel de submissa para independente. Foi nesta data, no ano de 1857, que operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque fizeram uma grande greve, onde reivindicavam melhores condições de trabalho, como redução na carga diária, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho. A manifestação foi recebida com violência extrema. As mulheres foram trancadas na fábrica, que foi incendiada e aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas de forma desumana. No ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram incendiadas na fábrica em 1857. Mas somente

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Dia Internacional da Mulher em 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). A data foi criada não apenas para ser comemorada, mas para tentar diminuir e, quem sabe um dia acabar de vez, com o preconceito e desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, ano a ano, elas ainda sofrem, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva detrabalho e desvantagens na carreira profissional. No Brasil, o dia 24 de fevereiro de 1932 foi marcante na história, pois, as mulheres conquistaram o direito de votar e a possibilidade de serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. E hoje, o País tem uma representante feminina na Presidência da República e tantas outras à frente da política. Ainda há muitas injustiças contra a mulher, como o salário, que ainda é abaixo do homem que ocupa o mesmo cargo, agressões e mortes pelos seus próprios

companheiros, estupros, assédio moral e sexual principalmente no âmbito profissional. Outra grandiosa conquista foi a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 e visa aumentar o rigor das punições aos homens que agridem física ou psicologicamente uma mulher ou esposa, o que é mais recorrente. Ou seja, hoje as mulheres não são mais submissas aos homens, não são obrigadas a fazer nada contra a sua vontade, nem sofrerem caladas contra crimes e abusos. Assim é a mulher, que com seu jeito doce, de uma forma ou de outra consegue tudo o que quer. “Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda! Eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas”, já dizia Erasmo Carlos em sua canção. E não é à toa. A mulher é realmente muito forte e guerreira. Frágeis podem ser seus sentimentos e estes são muitos, sempre à flor da pele.

SEÇÕES

Diferente do homem que é todo racional, a mulher é sensível ao olhar, ao toque, ao choro, enfim, a todo e qualquer detalhe, que jamais passa despercebido por sua intuição feminina. E por mais machista que o homem possa ser, ele não é capaz de viver sem uma. E nem mesmo existiria sem ela, afinal é a mulher quem dá a luz, quem perde noites de sono por um filho, é quem aconselha, conforta e corrige quando é pre-

Festa em louvor a

ARTIGO

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PERSONAGEM

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HISTÓRIA DE SUCESSO

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MÚSICA

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SOCIAL

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SAÚDE

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LAZER

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SUA RUA

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MELHOR IDADE

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PERFIL

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SEGURANÇA

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MODA

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AGENDA CULTURAL

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PASSATEMPO

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São José De 10 a 19 de março de 2015

Programação da Novena 10/03 (3ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 11/03 (4ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 12/03 (5ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 13/03 (6ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 14/03 (sábado) - 17h00: Missa e Novena

Nos dias da novena teremos uma bênção para cada necessidade de sua família

15/03 (domingo) - 19h00: Missa e Novena 16/03 (2ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 17/03 (3ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena 18/03 (4ª feira) - 18h30: Terço | 19h30: Missa e Novena

Bolo de São José

14/03 (sábado) - 18h30 | Benção e distribuição

Quermesse e Bingo 14 e 15/03 (Sábado e domingo) - a partir das 18h00

19/03 • DIA DA FESTA! Missas: 7h30 | 10h00 | 12h00 | 15h00 18h30 - Procissão | 19h00 - Missa e Consagração

Haverá barracas o dia todo com: lanches, pizza, pastel, cachorro quente, doces e bebidas. Bazar Madre Rosa e bazar de artigos religiosos. Rua 24 de maio, 477 - Vila Industrial - Fone: 3272-5353 Informações na Secretaria da Paróquia ou no site www.saojoseonline.com

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Vila Industrial - Vila Teixeira - São Bernardo - Bonfim - Botafogo - Pq. Industrial

ciso. É ela quem trabalha duro diariamente para unir sua família, organizar sua casa, ajudar no sustento do lar. É ela quem muitas vezes deixa de comprar algo para si para não ver o seu filho chorar. É ela quem consegue fazer vários papéis ao mesmo tempo. É capaz de trabalhar fora, ser mãe, esposa e filha. E tudo isso de salto alto, sem perder a sua beleza natural feminina e inesquecível. Parabéns mulher!

EXPEDIENTE Diretor Executivo: MÁRCIO CARVALHO Editora: DÁLETE MINICHIELLO MTB: 70.763 Colunistas: MÁRCIA TREVISAN CORRÊA SIMONE CASTRO AIR JOSÉ MENDONÇA Colaboração: LEILA DE OLIVEIRA Logística: MARCOS CARLOS Secretária administrativa: BRUNA FARIA Criação e Diagramação: RENATO MUNIZ Comunicação Visual: RAQUEL CARVALHO Depto Financeiro: ANTÔNIO MEDEIROS Redação e Publicação: MCJ EDITORA E DISTRIBUIDORA LTDA.

Contato Comercial: comercial@folhadecampinas.com.br Site: www.jornaldavilacampinas.com.br O JORNAL DA VILA É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL COM TIRAGEM DE 10 MIL EXEMPLARES



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ARTIGO

Vida amorosa: uma reflexão sobre como estamos construindo a nossa velhice

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ada vez mais as pessoas estão valorizando os relacionamentos amorosos como um dos aspectos indispensáveis para sua satisfação pessoal ao longo da vida. Pelo menos é o que afirma a maior parte das pessoas, quando perguntamos. O romance, o carinho, a cumplicidade e o sexo seriam os principais elementos para a estruturação de um relacionamento amoroso duradouro e satisfatório. A palavra “duradouro” nos remete ao tempo. A questão é, quando idealizamos um relacionamento afetivo-sexual para o resto da vida, será que fazemos, em algum momento, uma reflexão sobre a qualidade desse relacionamento na velhice? Nossa cultura reforça cada vez mais o culto à eterna juventude. Envelhecer é quase proibido. E como não temos uma cultura

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que é a vida sem memória? É um vazio incalculável, esquecido. Memória é sentido pronto para ressuscitar quando necessário. É história escrita, experimentada, viva e latente. Não se pode imaginar alguém que não se lembre de fatos, acontecimentos, mesmo em meio à nostalgia ou sofrimentos, dos tempos idos. É bem certo que há uma linha tênue entre a saudade do passado e a angústia do que não foi bom. Em certos casos é preciso um processo de reconciliação com o passado para que os fantasmas dos erros não nos persigam eternamente. É salutar buscar viver integrado – entre o ontem e o hoje - para que se esteja sempre inteiro nos relacionamentos interpes04 - Jornal da Vila

que estimula a manifestação das relações amorosas na idade avançada, não nos preparamos para desfrutar, da melhor maneira possível, essa fase da vida. Hoje em dia é muito comum os jovens levarem as namoradas ou namorados para dormir em suas casas. Mas, raramente, se vê um vovô ou vovó fazendo o mesmo. Essa atitude, no mínimo, seria considerada “uma pouca vergonha”, um “desrespeito com a família” ou no mínimo inadequado. Ou seja, o nosso desejo de ter uma vida amorosa longa e satisfatória, acaba tendo um prazo de validade que nós mesmos determinamos pela cultura. As pessoas reclamam que o carinho, o beijo na boca, os elogios, a sedução e o sexo, com o passar do tempo, vão ficando distantes na relação do casal. Mas, se paramos de praticar es-

sas manifestações da sexualidade, enquanto ainda somos, relativamente, jovens, como será o nosso relacionamento amoroso na velhice? A paixão tem prazo para acabar, mas o amor depende da nossa vontade. O ser humano precisa de afago durante a vida toda. Os velhos sentem muita falta de amor e manifestações de afeto. Nas culturas orientais os idosos são integrados à vida social e a sabedoria dos mais velhos é valorizada. Ao contrário do que acontece em nosso país e em outras culturas ocidentais, onde a pessoa de idade avançada, muitas vezes, é segregada das relações familiares. E isso se faz de diversas maneiras, o velho não entra na maioria das conversas, as pessoas não se interessam por seus conselhos, não olham em seus olhos, não

têm paciência para acompanhar o seu ritmo e muito menos o incentivam a sair, a fazer amizades e até a namorar. Com raras exceções, não existe um interesse da família em promover condições para que essas atividades aconteçam. Por outro lado, em muitos casos é o próprio idoso que se exclui das atividades sociais, usando a idade como pretexto. O mesmo acontece com a sexualidade que ele poderia expressar e desfrutar, respeitando o seu ritmo. Mas, como já incorporou os estereótipos culturais, escolhe fechar-se. Um vizinho meu que tinha setenta anos, namorava uma pessoa de cinquenta e cinco. Os familiares dele até o incentivavam e ficavam felizes por ele ter uma companheira, mas não raro se ouvia comentários e brincadeiras, por parte dos parentes, “o velho é safado”.

Ora, até que idade as pessoas podem namorar sem serem tachadas de safadas pela a sociedade? Os tabus e os preconceitos cegam a visão das pessoas sobre a totalidade da vida. O corpo se sobrepõe à essência. E assim, vamos ensinando os nossos filhos e construindo a nossa própria velhice.

Carmen Janssen Psicanalista, sexóloga, escritora e conferencista internacional. www.carmenjanssen.com.br

Reinventar-se: um projeto de vida soais ou comunitários. Nada mais desolador do que conviver com quem carece de uma integração pessoal, porque haverá sempre dependência e dependências nem sempre acabam bem. As dores e angústias sempre rondarão por ali. Se vivo integrado com o meu passado consigo empreender, hoje, relacionamentos saudáveis. E, obviamente, não posso ter medo de enfrentar o passado porque ele faz parte da memória, de realidades com as quais preciso lidar a todo instante. Se recorro constantemente a elas, como posso tê-las dilaceradas, desintegradas? É um processo fácil? Absolutamente, não. Mas necessário. A quaresma, esse tempo que a Igreja vive agora, nos inse-

re nesta proposta de viver um processo de imersão em nossa história. Ela consiste em perscrutar, sondar os lugares vazios de nossa vida ou deixados assim por nossa vontade e tratá-los com dignidade. É uma proposta de reconciliação de amor e compaixão para com os nossos medos e fracassos. Neste tempo em que meditamos de maneira afetiva sobre a história de Jesus Cristo preparando-nos para a Páscoa, somos convidados a entregar a ele, passada e repassada a nossa história, mas sem medo. É, na verdade, um reencontro conosco mesmos onde marcamos o território e definimos quem dá as ordens. O que precisa ser reconciliado deve ser tratado com misericórdia porque não podemos ser

julgados como se os erros fossem o nosso fim. Onde há misericórdia há um coração aberto e tolerante. Onde ela não existe, há vazio e sofrimento. E o nosso pior algoz somos nós mesmos porque somos impiedosos com as nossas faltas. Assumimos um julgamento tão ferrenho sobre os nossos erros que o próprio Deus desconhece existir. Memória, portanto, não é fato acabado, relegado ao tempo, mas é um misto entre o que eu estou vivendo e o que vivi. Nosso cérebro não pode ser considerado um museu onde nossa vida fotografada, enumerada ou classificada ficasse ali, inerte entre figuras e textos dos fatos que fizeram parte dela. Ali ela está latente, pronta para vir à tona.

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Ninguém melhor do que nós para lidar com os nossos fatos. Sabemos o tamanho de cada dor e a intensidade de cada alegria. É que cada coisa ou pessoa que você tenha amado tem importância na sua história. Uma carta, um pedaço de papel amassado, uma pétala de rosa ou um livro trazem em si, potencializados, os amores, desamores, vidas e lidas. Reconciliar-se é assumir tudo isso na perspectiva do amor de Deus que é compassivo e dar a cada coisa o seu real significado sem fugir ou esconder-se. Reviver a história é dar pleno significado àquilo que fez de mim o melhor que posso ser. Reinvente-se. Pe. Air José de Mendonça, MSC


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ARTIGO

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o Colégio em que trabalho, o mês de março é destinado à reflexão da Família. Reflexão para pais, alunos e educadores, como meta de aprimoramento no caminhar da educação dos filhos, ainda mais neste mundo em que vivemos, no qual as regras parecem não serem mais as mesmas. Acreditamos que se proporcionarmos um espaço para tirarmos dúvidas e até mesmo socializarmos as nossas angústias, teremos resultados benéficos, principalmente, para os filhos. Os pais desejam e sonham educar seus filhos com responsabilidade familiar e social, para que sejam tolerantes e que tenham boa autoestima. E este sonho é um verdadeiro desafio! Desafio diário para todos os pais, sem exceção. Assim, é possível pensarmos em colunas na construção deste caminho para a educação, como forma de especificarmos os temas que mais preocupam os pais e que, ao mesmo tempo, mais afetam a família e, consequentemente, a sociedade. Desafio para impor os limites para os filhos, compondo as regras e deveres. Para este item, é importante os pais pensarem em dizer o NÃO, para que a criança aprenda limites e outras regras sociais de convivência. Para muitos

Família: convivência e desafios pais, dizer o "não" tem sido sofrido, até por acreditarem que deixarão de ser amados. Assim, para ajudar, pense sempre desta forma: um simples "não", se dito de forma vacilante, não será obedecido, pois fica clara a ausência de seriedade. Já diante de um "não" categórico, ninguém discute: ele é rapidamente assimilado. Promover a autonomia do filho de forma que ele aprenda que, ao fazer suas próprias escolhas, se tornará responsável pelas consequências, é algo que exige dos pais sabedoria, afinal, em que situação é cabível este item? Desta forma, é preciso que o bom senso dos pais entre em ação, analisando o tipo de escolha que é cabível para cada idade, além de calcular se a consequência desta será suportada pelo filho e também pela família. Os pais que elogiam as qualidades e utilizam-se do diálogo para falar sobre os defeitos, fortalecem a autoestima nos seus filhos e estreitam os laços afetivos. Muitos pais, atualmente, criam seus filhos como “príncipes e princesas”, não permitindo que estes passem pelas frustações naturais da vida. Mas é através também das frustrações que, naturalmente, crescemos. A vida não é apenas felicidade e

alegria. Assim, educar para lidar com conflitos, frustrações e tristezas faz parte do crescimento e da educação familiar. DESAFIO DE CRIAR A PARCERIA ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA Esta parceria firma-se no momento em que o filho entra na escola e isto independe da sua idade escolar. Afinal, a educação recebida em casa será o reflexo na escola. E isto me faz recordar de um velho ditado popular: “Quer ter certeza se a educação que deu ao seu filho é certa? Avalie como ele se comporta longe dos teus olhos, na vida.” Alguns pais mantêm a expectativa de que o professor possa ser o segundo pai dos seus filhos. Mas isto não é saudável, pois o profissional da educação desempenha outro papel, embora seja a pessoa mais indicada para compor informações sobre o desenvolvimento escolar do aluno e relatar as atitudes e comportamentos que, com toda certeza, auxiliarão os pais na retomada de posturas envolvendo ética e cidadania. Desta forma, o primeiro passo na construção da parceria com a escola é, portanto, conhecer seu projeto pedagógico e avaliar se corresponde às expectativas da família.

A família, por sua vez, deve usar o diálogo para resolver qualquer questão na escola, seja de conflito ou de possíveis dúvidas. Além disso, é importante compreender que a escola é uma aliada na educação do filho e que, a partir do respeito mútuo, as duas instituições caminham juntas e seguras nos objetivos da Educação. Ora, não existe fórmula mágica, caminho das pedras preciosas, manual ou receita para nada na vida, muito menos para se educar filhos. Existe apenas um caminho de responsabilidade a ser trilhado pelos pais. Se desejamos uma educação eficaz e que faça a diferença, é preciso de pais e educadores que, com suas palavras, atitudes e, sobretudo, exemplo, ensinem estes pequenos a aprender a reproduzir a sociedade e transformá-la, a aprender a viver cultivando sonhos, respeitando o próximo e projetando construir a felicidade. Sonho e felicidade lembram o amor. O mesmo amor que move os pais na busca de soluções, para que seus filhos cresçam de forma que, no futuro, quando adultos, tragam aos seus pais orgulho. Amor este que é bem descrito por Martha Medeiros neste trecho do poema: “(...) É uma tecla insistentemente batida, mas pouco escu-

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tada: criança precisa ser amada. Não precisa de um iPhone aos nove anos, não precisa ir à Disney antes de ser alfabetizada, não precisa de um guarda-roupa de estrela de cinema. Precisa ser amada. Sai de graça. Só custa caro quando é educada por duas criaturas mais infantis do que ela”. PAIS, SEJAM PAIS! Eduquem, orientem, reflitam, amem com palavras, gestos e exemplos, porque o tesouro maior deixado pelos pais aos seus filhos é a herança do amor que cuida, que previne, que diz não, que ampara, que conversa, que agrega conhecimento. Amor que no futuro, salva.

Márcia Trevisan Corrêa Pedagoga, Pós Graduada em Ensino Superior, Especialista em Educação Infantil e Coordenadora do Colégio Renovatus

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PERSONAGEM

“A minha família está em 1º lugar, em 2º o Grêmio”

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DÁLETE MINICHEILLO

lugar, em 2º está o Grêmio”, revela Carlito, que se orgulha dos filhos, pois o ajuda muito. “Eu trabalhava dia e noite para dar estudo para eles, coisa que eu não pude ter. Eles são a minha alegria. Se eu pudesse voltar no tempo eu faria tudo de novo. Quando Carlito e Diorene completaram 50 anos de casados, em vez de uma festa de bodas de ouro, escolheram fazer uma viagem para Águas de Lindóia SP, onde ficaram passeando por oito dias, comendo, bebendo e com piscina aquecida. “Foi uma viagem maravilhosa e inesquecível. Temos vontade de voltar lá. Minha esposa é a minha amante e às vezes chega a ser minha mãe, porque faz tudo pra mim, até a minha roupa para vestir é ela quem escolhe”. Nas horas vagas gosta de fazer maquetes, onde se distrai por completo. O seu esporte preferido é o futebol. Torcedor da Ponte Preta, Carlito também admite também torcer pelo Palmeiras, time que herdou do falecido pai. Tentou jogar como goleiro no clube Grêmio, mas logo desistiu da posição. “Eu era muito frangueiro, não levava jeito”. Morou na Vila Industrial de 1937 até 1992. De religião católica, seo Carlito respeita todas as religiões e diz que o importante mesmo é ter fé em Deus. São José é o seu santo protetor e usa sua medalha diariamente. “O importante é seguir o ensinamento do pai. É Ele quem nos dá a vida e a saúde”, acredita. Uma das maiores recordações que tem do clube foi em 1975, quando conseguiu derrubar o então presidente Cláudio Novaes, que para ele, não visava a melhoria do clube, o que ele não admite. “De brejo nós fizemos esse patrimônio de hoje.” Já um fato triste que não esquece foi quando um sócio, o Humberto Zumbordi teve um acidente grave no campo de

Carlito no Clube Grêmio

ARQUIVO

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arlos José Smaniotto, mais conhecido como Carlito, nasceu no sítio da família em 18/03/1937 em Dois Córregos – SP. Veio para Campinas com apenas três meses de idade com a família, que perdeu a propriedade na época do governo de Getúlio Vargas. Filho de Carlos Smaniotto, que era motorista do ex-curtume Cantuzio e de Albertina Belutti Smaniotto, que era costureira. Trabalhou como torneiro mecânico na ferrovia campineira durante trinta anos e se aposentou em 1981. Já foi garçom, trabalhou nos cinemas Casablanca e Santa Maria, mas onde mais gostou de trabalhar foi no clube Grêmio, em que acompanhou e participou da sua construção há 49 anos. Entrou no grêmio em 1º de setembro de 1965, onde trabalhava na administração, mas na verdade fazia um pouco de tudo. Dentre as atividades que exercia o que mais gostava de fazer era a limpeza e manutenção da água da piscina, graças a um curso de operador de piscina que fez em 1981, do qual se orgulha. “A minha historia de vida se confunde com a história do clube. Minha primeira filha nasceu no mesmo ano que o clube foi inaugurado. O Grêmio é a extensão da minha casa”, conta. Carlito é casado com Diorene Gilda Pavani Smaniotto. Conheceu a sua esposa quando ela ainda tinha 17 anos. Namoraram por dois anos e se casaram em maio de 1959. “Foi amor a primeira vista”, lembra o aposentado, que faz questão de se declarar. “Minha esposa é a minha companheira, ela significa tudo pra mim. É muito dedicada e de bom coração, gosta de ajudar a todos. É ótima avó. Ela é o meu tesouro.” O casal teve dois filhos: Elaine, de 49 anos e Ricardo, de 45. E mais dois netos: Guilherme e Vinicius. “A minha família está em 1º

Carlito trabalha no clube desde o dia 1º de setembro de 1965

Carlito e sua mulher Diorene

futebol. “Ficamos todos assustados, ele teve fratura exposta. Na época ele era jovem e solteiro, ainda fazia faculdade. Hoje é um bom engenheiro”, recorda. Segundo Carlito, muitas pessoas foram importantes na história do clube, como a família Gouveia: Eduardo, Celsinho, Carlinhos e Pedrinho. “Eles vinham no clube cantar, tocar e fazer mágica. Animavam o clube a faziam a diversão da garotada.” Além de Vladimir Truzzi, já falecido, que ele diz ter ajudado bastante na construção do clube. “Foi um guerreiro.” E também Milton Martins, mais co-

nhecido por Milton Xereta, que foi o primeiro diretor de esporte do clube. “Ele fazia jogos de sábado e domingo. Ele sempre soube comandar, até as roupas sujas ele levava para casa lavar. Ele ajudou muito”. Hoje, Carlito diz estar satisfeito com a presidência, mas para ele, a administração deixa a desejar. “O Cid Ferreira é muito bom, ele reformou o clube inteiro e fez a academia. Se não fosse ele, o clube estaria fechado”, ressalta Carlito, que aproveita para agradecer aos associados antigos que ajudaram na construção do clube e foram fieis no pagamento e

Vila Industrial - Vila Teixeira - São Bernardo - Bonfim - Botafogo - Pq. Industrial

aos novos sócios por ajudar a manter. Para Carlito, o seu dever no Grêmio foi cumprido, principalmente por conseguir cuidar das crianças para os pais na época da “boatinha”. Quando via algum casal se beijando corria separar e quando via bebida alcoólica também não permitia. “Os pais agradecem até hoje de eu ter contribuído com a educação deles. Não deixava pular ‘piruleta’ na piscina nem correr. Eu tenho consciência que fui muito enérgico, duro e exigente, mas eu mantinha o respeito e a ordem. Eu fazia tudo por amor ao grêmio e não por dinheiro.” Segundo Carlito, a melhor coisa que tem na vida é ser honesto e não mexer no que é dos outros. Foi isso o que aprendeu com seus pais e o que passou para os seus filhos. “Somos todos irmãos, a cor da pele pode ser diferente, mas o sangue é o mesmo, somos iguais. Deus nos dá o anzol para a gente pescar, temos de lutar”, ensina. Antigamente, o limpador de piscina entrava ás 6 da manhã e só saia quando todos os sócios iam embora, que as vezes apontava a madrugada. “Na época, minha mulher reclamava, queria que eu ficasse mais tempo com ela, mas era o meu dever cuidar e preservar o clube.” Hoje, mesmo com a saúde fragilizada, devido a uma hérnia no estomago, problema no joelho, e sem uma vista, o aposentado não abre mão de trabalhar no clube, onde cumpre a sua jornada de segunda a sábado, das 8h ás 10h30 e vive do seu salário e mais a aposentadoria. “Quero que quem assuma o meu lugar continue levando o clube com amor, porque é uma herança da Vila Industrial. A minha vontade é ficar no clube até quando eu agüentar, mas isso depende da diretoria e da minha saúde. Daqui pra frente é esperar a chamada de Deus”, fala.


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HISTÓRIA DE SUCESSO

Café São Joaquim: mais de um século de tradição

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m julho de 1898, o negociante português Joaquim Duarte Barbosa inicia uma torrefação de café, chamada São Joaquim. O comerciante tinha uma das casas mais tradicionais de Campinas, chamada Casa Mondego, localizada na rua Conceição, nº 50, no centro da cidade, com venda de secos e molhados. Utilizou-se de três moinhos e um torrador a ar quente com 7,5 cavalos de força, considerados equipamentos modernos para a época, e contava com 10 operários. Desde o início das suas atividades, o Café São Joaquim já oferecia produtos de qualidade e talvez tenha sido isso que a tornou independente. Em 1922, a empresa foi premiada com a medalha de ouro na grande Exposição Internacional de Paris, portando a razão social de “Duarte Barbosa & Cia. No dia 27/01/1933 a sua marca foi registrada com o número 35033 e após isso, a torrefação foi adquirida por “J. Simões e Cia”. Em 1936, a torrefação foi adquirida pelo proprietários dos cafés Cruz e Bourbon. Em 31/12/1941 foi vendida ao Sr. Marinho Ferreira Jorge, já com 43 anos de história, quando mudou sua razão social para “Torrefação e Moagem de Café São Joaquim Ltda.”. Em 10/04/1943 passou a se chamar “M. Ferreira Jorge & Cia. Ltda.” (Sociedade Anônima), mais tarde mudou para “M. Ferreira Jorge S. A. Comércio e Indústria”, a qual permaneceu até 2010, quando a razão social foi novamente alterada de Sociedade por Ações em Sociedade Limitada , desta vez para “Café São Joaquim Ltda.”, mas sempre sustentando a marca “Café São Joaquim”. Também houve mudanças de endereço ao longo dos anos. Em 1936 a torrefação era na Av. Andrade Neves, nº 134, próximo da estação ferroviária. Mais tarde

mudou-se para a mesma avenida, entre as ruas General Osório e Bernardino de Campos, num imóvel mais amplo e moderno, seguindo o crescimento vertiginoso da torrefação. Torrefação esta que produziu outras marcas, como a “Café Cruz” e “Café Bourbon”, inclusive fornecendo matéria prima a todas as outras torrefações da cidade e região.Devido ao sucesso das marcas de Café, principalmente o “Café São Joaquim”, a “M. Ferreira Jorge & Cia. Ltda.” notou a necessidade de ampliar suas instalações, sendo obrigada a deixar o centro da cidade, pois lá já não comportava mais uma empresa de grande porte. Pensando nisso, a empresa se mudou para a Vila Industrial, na Rua Francisco Theodoro, nº 138, próximo à ferrovia, facilitando a descarga de café cru, permaneceu neste endereço até o final de 2010. Atualmente está localizada na Rua Sete de Setembro, 270, também na Vila Industrial. O proprietário é João Cláudio Tadeu Pignatta, que também é dono do Café Caiçara, de Jundiaí-SP. Seo Tadeu, como é conhecido, tem 59 anos, é casado e tem duas filhas. O jundiaiense conta que no início, a dificuldade maior era fazer a logística de vendas e entregas. “[Naquela época] não existiam automóveis, somente charretes e carroças”, lembra Pignatta, que cita a Vila Industrial como o lugar ideal para a distribuição do café naquele tempo, pois “sua localização facilitava em muito a logística do café”, que era feito pelas ferrovias e o café São Joaquim já havia adquirido o seu prédio na década de 1930, próximo a estação ferroviária. Hoje, o Café São Joaquim conta com 15 funcionários e o Caiçara Alimentos, com 70 e conta com a filha de seo Tadeu, Carolina, na área administrativa e financeira. Para o empresário, todos da família

ARQUIVO

A empresa era instalada na Vila Industrial até o ano de 2010

Sede do Café São Joaquim na Vila Industrial

tem o DNA do café. “Meu pai fundou o Café Caiçara em 1950, sempre nos levou a torrefação e esse meu amor pela empresa vem desde pequeno. Para nós é um negócio enraizado na família, que decidiu transferir a gestão para mim, para dar continuidade a empresa”, explica. Com mais de um século de tradição e experiência, o Café São Joaquim traz consigo um passado marcante, repleto de conquistas e sucessos. Uma história única em torrefação de café, sustentada pelo título da mais antiga torrefação do Brasil e talvez uma das mais antigas do mundo. Hoje, a marca representa a tradição, o sabor e a família brasileira, com estrutura moderna e completa, equipamentos totalmente automatizados, produzindo diversos tipos de cafécomo: café torrado e moído em almofada ou a vácuo, Café em grãos, café solúvel, cappuccino e filtro de papel. Para seo Tadeu, o São Joaquim é referência por ser o café mais antigo do Brasil em atividade. “Em 1898, estava na quinta geração de uma família tradicional de Campinas quando se decidiu vender o negócio para o café Caiçara de Jundiaí, para darmos continuidade a empresa. Muito nos honra essa missão. Quem nasceu em Campinas tem na memória o Café São Joaquim. É o café que as

avós e mães consumiam, muito presente na lembrança do campineiro”, garante. HISTÓRIA DO CAFÉ Em meados de 1870, Campinas era o grande centro produtor e exportador de café no estado de São Paulo. O mercado teve crescimento maior devido a abolição da escravatura e chegada de imigrantes da Europa. O Brasil se tornou o maior produtor e exportador de café do mundo, além de ser o segundo maior consumidor. Atualmente tem um parque cafeeiro estimado em 2,256 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores, distribuídos em 15 Estados.Em 2014, a safra brasileira alcançou 45,34 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado, com destaque para Minas Gerais, que respondeu por 49,93% da produção nacional, seguido do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e Paraná. O País possui variedade de climas, que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés.O café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. Os principais destinos de café verde são: Alemanha, Estados Unidos, Itália, Bélgica e Japão; de café solúvel: Estados Unidos, Rússia, Japão, Ucrânia e Canadá; e de café torrado e moído: Estados Unidos,

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Argentina, Japão, Itália e França.A cadeia produtiva de café é responsável pela geração de mais de oito milhões de empregos no País. Conta uma lenda que, por volta do ano 800, um pastor da Etiópia levou até um monge o fruto de uma planta que, segundo ele, deixava o rebanho alegre e bem disposto quando a ingeria. O monge experimentou uma infusão daqueles frutos amarelo-avermelhados e percebeu que realmente o ajudava a ficar mais tempo acordado. O conhecimento do efeito do café entrou no mundo árabe em meados do século XV.Apesar de os árabes terem tomado medidas para manter o monopólio da produção de café, os holandeses conseguiram contrabandear os frutos frescos para as suas colônias. Na Europa, inicialmente, era consumido como remédio para combater vários males. Só a partir do século XVII começou a ser adotado como bebida.O café é sinônimo de progresso e ocupa uma parte muito importante na história do Brasil. E foi no século XVIII, em 1727, que entrou no País, por Belém doPará e adaptou-se facilmente ao seu clima e espalhou-se rapidamenteno Brasil. Em 1830, o café já era o principal produto brasileiro de exportação.O Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas em café, com 45 instituições de ensino. Jornal da Vila - 07


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SOCIAL

Ateac – esperança para crianças, adultos e idosos ARQUIVO

Ateac - Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas é uma Organização Não Governamental, sem fins lucrativos, que realiza terapia, atividades e educação assistida por animais (TAA/AAA/EAA). “Trabalhamos junto com instituições, hospitais e centros de saúde da região de Campinas, auxiliando no tratamento de crianças e adultos por meio de atividades semanais com Cães Terapeutas”, explica o Presidente Sérgio Ramos. Segundo ele, a ideia da ONG surgiu em 2004, pela bióloga Silvia Ribeiro Jansen Ferreira. “O seu filho Daniel, portador da Síndrome de Asperger (autismo), teve melhora significativa na capacidade motora e social após o convívio com Luana, sua cadela da raça Labrador”. Segundo o Presidente, aos poucos, o Daniel percebeu que a cachorra gostava dele, diferente de muita gente que o evitava. “Esse afeto trouxe melhoras na autoestima, comunicação e atividades motoras do rapaz. Foi então que Silvia decidiu buscar informações no Brasil e no exterior e contou com a ajuda de um adestrador para treinar Luana. Ramos conta que Luana se aproximava de Daniel a cada dia, a ponto de controlar desde as crises que ele tinha com lambidas e brincadeiras até estudar com a cadela. De acordo com o Presidente, foi graças à Luana que Daniel voltou a estudar e foi com a sua companheira fiel que ele treinou a apresentação da tese de mestrado em 2008,

Equipe e voluntários Ateac

para enfrentar o público, se tornando assim, o primeiro portador da síndrome a defender uma tese de mestrado no Brasil. Segundo Ramos, até hoje uma única menina mostrou-se resistente à assistência por animais, em que o voluntário acabou desistindo do trabalho e a paciente retrocedeu. Para ele, os autistas não são os únicos a obterem melhoras com a interação com animais. Crianças e jovens com dificuldades motoras também conseguem grandes progressos. “Sem falar no prazer da interação e do afeto que o animal transmite, que muitas vezes pode ajudar a esquecer ou amenizar dores”, acredita. De acordo com especialistas, os cães fazem as crianças introvertidas se soltarem e, com isso, passam a querer levá-los para passear e fazer carinho. “Nos casos de pacientes crônicos, há

alterações clínicas, como elevação visível oxigenação, aumento dos batimentos cardíacos e presença de movimentos, que antes não existiam.” A ONG foi oficializada em 2007, mas, para Ramos, ainda tem grandes desafios pela frente, um deles é o reconhecimento de cães de trabalho no Brasil e as dificuldades para a manutenção, que é feita por meio de doações. “Hoje, os cães-guias já são aceitos em todos os lugares, mas esse tipo de benefício poderia ser estendido para outros tipos de trabalho, como dos animais que acompanham epiléticos, pessoas com depressão ou problemas de mobilidade, seguindo exemplo de outros países, como Estados Unidos e Canadá”. Para ele, os próprios profissionais de saúde e de educação poderiam contar, ainda em sua formação, com mais informações a respeito do uso

Jornal da Vila 08 - Jornal da Vila

de animais para o aprendizado de crianças com necessidades especiais ou não. Atualmente, a ONG faz por volta de mil atendimentos por mês, reunindo 70 cães-terapeutas e 65 voluntários, que contam com a assistência de uma psicóloga e uma terapeuta ocupacional. “Todas as visitas são acompanhadas pelos psicólogos, que orientam como proceder com cada atendimento de forma individual”. A Ateac promove o bem-estar, em seus mais diferentes aspectos, a partir da interação entre pessoas e cães. Para Ramos, a história, que começou na casa da Silvia, transformou-se em esperança para crianças, adultos e idosos, com necessidades especiais. HOSPITAIS O trabalho da ONG é realizado com pacientes da Adacamp, Centro Corsini, Hospital das Clí-

ARQUIVO

O

A ONG auxilia no tratamento por meio de atividades com cães terapeutas

Daniel e Luana

nicas da Unicamp (pediatria e psiquiatria), Mario Gatti, Ouro Verde, Nova Odessa, Clínica Gênesis, Pestalozzi e Cevi.O calendário 2015 da Ateacestá à venda e tem toda a sua renda revertida para a manutenção da ONG. Os interessados podem pedir seus calendários pelo e-mail: ateac@ateac.org.br

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SOCIAL

C

om o objetivo de reunir todas as mulheres que tem interesse em conhecer ou se aprofundar na luta feminista, o coletivo Juntas de Campinas realiza de 8 de março a 11 de abril de forma gratuita o primeiro curso de formação feminista no Museu da Imagem e do Som (MIS). “Para nós, é essencial que cada vez mais mulheres se informem, se organizem e ocupem o espaço da política”, acredita Giovanna Henrique Marcelino, que faz parte da organização do coletivo, “tendo em vista a necessidade de união e organização das mulheres para enfrentarmos o machismo e conquistarmos direitos. Não à toa, nosso mote é ‘Juntas! A luta das mulheres muda o mundo’, cita. Segundo Giovanna, o primeiro curso em Campinas será um espaço dinâmico de discussão, aberto para todas as mulheres, tendo como foco a formação política, o resgate sobre a importância do movimento feminista, a troca de experiências e,

sobretudo, o empoderamento das mulheres para a armação das lutas do cotidiano. Diversos temas serão abordados, como: sáude, violência, trabalho, educação na escola e universidade, mídia, todos vistos pelo parâmetro da questão de gênero. “Estamos muito felizes pela repercussão que o evento tem tido na internet. Para nós é a demonstração que cada vez mais mulheres, principalmente as mais jovens, estão interessadas em discutir o assunto e pensar em saídas”, conta. HISTÓRIA O Juntas! é um coletivo de mulheres, ligado ao movimento nacional de juventude chamado Juntos. “Em Campinas, somos em torno de 20 meninas”. Segundo Giovanna, os dois movimentos surgiram em 2011, inspirados no novo protagonismo que a juventude adquiriu na cena política, a partir das mobilizações dos indignados por democracia real em diversos países da Europa

e do mundo árabe. Em muitas dessas mobilizações, as mulheres foram linha de frente. No Brasil, não foi diferente: na mesma época, começaram a pipocar atos em relação à precariedade do transporte público, à crise urbana nas grandes cidades, ao direito das mulheres com a repercussão da marcha das vadias, fenômenos que culminaram nas mobilizações de junho de 2013. “Foi a vez da juventude brasileira e da luta feminista entrar em cena no País inteiro e mostrar que ir pra rua era a saída coletiva para conquistarmos direitos. O Juntos! e o Juntas! são fruto desses processos, reunindo jovens de escolas, cursinhos, universidades, bairros, locais de trabalho pela luta por outro futuro”, explica. De acordo com Giovanna, o contexto de instabilidade política no Brasil é muito forte, o que tem atingido significantemente também a pauta das mulheres. Mais recentemente, pronunciamentos como o de

SAYURI KUBO

Coletivo Juntas promove o primeiro curso feminista de Campinas

Passeata do dia da mulher

Bolsonaro e de Eduardo Cunha tem demonstrado a necessidade das mulheres estarem juntas para garantir seus direitos e ter avanços nas nossas conquistas. “O Brasil é um dos campeões em violência contra a mulher, em mortes por abortos clandestinos, há portanto muito que se avançar. O Juntas! é um espaço de organização das mulheres para o combate ao machismo

e pela luta por mais direitos das mulheres”, revela. Segundo Giovanna, o curso tem abarcado a participação de meninas que estão cursando o ensino médio a mulheres universitárias e trabalhadoras. “Achamos essencial que essa discussão ocorra para todas as idades.” A estimativa é que haja participação de 60 a 100 mulheres durante o curso. Informaçãoes: 3233-3319 (MIS)

MÚSICA

udo começou em 2004, quando um grupo de amigos se reunia no quintal da casa da vó de um deles, a dona Sebastiana. Foi lá, na vila Teixeira que passavam noites e mais noites fazendo samba e batendo papo. “Logo, começamos a nos reunir também em botecos aqui da região”, lembrou o músico e produtor cultural de 32 anos, Alex Freitas, mais conhecido como mortão. Até que um dia, a polícia chegou em um boteco e mandou o samba parar e revistou todos os sambistas que estavam na roda tocando. “Que constrangedor, o bar lotado e a gente que estava tocando levou

a dura da polícia”. Após isso, os amigos Mortão, Carlinhos Chocolate e Leandrinho Conceição resolveram locar um espaço para continuar a tocar, receber quem realmente gosta de roda de samba e evitar problemas. “O pagode da vó Tiana recebeu esse nome para homenagear a minha avó dona Sebastiana que faleceu em 2003”, explicou. A partir daí, o grupo começou a se reunir mensalmente em um espaço na Vila Industrial. “Tempo depois conseguimos um local aqui na Vila Teixeira, onde estamos até hoje.” Segundo o músico, nesses 10 anos de história o movimento teve a honra de receber

grandes nomes do samba como: Monarco, Mauro Dinis, Almir Guineto, Dudu Nobre, Jorginho do Imperio, Leci Brandão, Luís Carlos da vila, Wanderley Monteiro, entre outros. O público que frequenta a vó Tiana é variado quanto a idade e região. “Sempre temos aqui pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro, Sorocaba, Mogi Mirim e por aí vai”, citou. Para Mortão, o pagode ficou conhecido pela sua autenticidade, respeito ao samba e por manter viva a tradição da roda de samba na cidade. “Começamos numa época que o povo do samba de Campinas sentia falta de um projeto de samba com essas característi-

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T

Pagode da vó Tiana: 10 anos de samba e sucesso

Integrantes do Grupo Vó Tiana (Junior Fortaleza, in memoriam)

cas, por esse motivo o movimento inspirou inúmeros projetos que acontecem hoje na região. A música do pagode da vó Tiana foi representado pelo

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bloco Nem sangue Nem areia com o samba enredo vencedor “Abram alas que o boi vai passar”, dos músicos: Alex Mortão, Cirão e Gustavo Spinelli. Jornal da Vila - 09


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SAÚDE

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21 de março: Dia Internacional da Síndrome de Down

o próximo dia 21 é comemorado em todo o mundo o Dia da Síndrome de Down (SD), data escolhida porque se escreve 21/3 (ou 3-21), que faz alusão à trissomia do cromossomo 21, pois as pessoas que possuem a Síndrome de Down carregam três cromossomos número 21. A data é comemorada desde 2006 e sua importância se deve no fato de reconhecer que o indivíduo com Down merece respeito, garantia de direitos e oportunidades de inclusão social.No Brasil, segundo informações da Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social – ABADS estima-se que 300 mil pessoas têm a SD e que destes, 30 mil estejam em São Paulo. Para a psicóloga e coordenadora geral da Fundação Síndrome de Down (FSD) de Campinas, Carolina Freire de Carvalho, “infelizmente” ainda há preconceito e falta de informação da família e sociedade quanto à singularidade e potencialidades de cada um. Segundo ela, a Fundação oferece apoio às pessoas com deficiência intelectual e suas famílias de acordo com as necessidades específicas, realizando mediações nos contextos da educação, saúde, lazer e mercado de trabalho, organizada em cinco serviços: atenção terapêutica, apoio a etapa escolar, apoio a vida adulta, formação e inserção no mercado de trabalho e atenção a família. “Todas as nossas ações têm como centro o próprio usuário, atuamos no modelo social de atenção à pessoa com deficiência”, explica. A FSD atende 180 usuários, de 0 a 50 anos e conta com uma equipe profissional especializada. “Temos fonoaudiólogas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pedagogos, atelierista e administrativo e manutenção.Temos cerca de 15 voluntários na digitação de nota fiscal, bazar e eventos”. 10 - Jornal da Vila

No próximo dia 22, a FSD junto com a instituição CEESD terão uma apresentação de capoeira e uma caminhada no Parque Taquaral, “unindo esforços na luta pela inclusão e redução do preconceito”, revela. A Síndrome de Down é um distúrbio genético causado pela presença de um cromossomo 21 extra, que pode ser total ou parcial. Estima-se que a incidência da SD seja de um em cada 660 nascimentos, o que a torna uma das mais comuns de nível genético. A idade avançada da mãe influencia bastante o risco de concepção de bebê com a síndrome, que é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal e aparência facial, como: achatamento da parte de trás da cabeça, inclinação das fendas palpebrais, pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos, lín-

gua proeminente, ponte nasal achatada, orelhas ligeiramente menores, boca, mãos e pés pequenos, tônus muscular diminuído (ficam mais molinhos) e apresentam pele na nuca em excesso. Além das características físicas, há tendência em demonstrar a afetividade na interação com as famílias e as pessoas com quem convivem. São mais atuantes na sociedade, estão inseridos em escolas, no âmbito do mercado de trabalho, possuem vida social ativa e menos reclusa. A conscientização dos pais sobre a estimulação e o papel de facilitadores são fatores ímpares para o desenvolvimento adequado. É importante frisar que um ambiente amoroso e estimulante, intervenção precoce e esforços integrados de educação e saúde serão sempre aspectos que influenciarão de modo positivo o

desenvolvimento e qualidade de vida da pessoa com Síndrome de Down. Por isso, a missão da FSD é: “promover o desenvolvimento integral da pessoa com SD nos aspectos físico, intelectual, afetivo e ético, mediante a integração de pesquisas interdisciplinares e prática educacional inovadora.” Nos últimos cinco anos a Fundação vem promovendo mudanças importantes no seu modo de conceber, pensar e agir em relação à vida das pessoas com Síndrome de Down. A partir destas intersecções a Fundação passou a estruturar seus serviços e destaca as contribuições de Carlo Lepri, psicólogo de Gênova, integrante do Serviço Público de Saúde italiano, que trouxe um novo olhar sobre as capacidades da pessoa com deficiência, abrindo novas perspectivas e, o mais importante, mudando paradigmas na forma de ver e pensar a

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pessoa com síndrome de Down; e da Fundação Catalana Síndrome de Down que auxiliou a Instituição na estruturação de seus serviços atuais. Podem ajudar a Fundação Síndrome de Down, pessoas físicas e jurídicas por meio de destinação de Imposto de Renda, arrecadação e digitação de Nota Fiscal Paulista, além de doação de roupas e calçados para o bazar. Mais informações pelo fone: (19) 3289-2818 ou pelo site:www.fsdown.org.br Confira abaixo a tabela de vacinação:


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LAZER

Praça da Cascata (Guido Segalho) é reurbanizada na Vila DÁLETE MINICHIELLO

MARCOS CARLOS

N

Placa de reurbanização da praça

para as famílias, a arborização presente na Praça da Cascata é uma questão necessária para a saúde dos moradores. “O meio ambiente não é nosso futuro é o nosso presente, se nós não cuidarmos agora, o que será dos nossos filhos, dos nossos netos? Temos de cuidar e muito bem, para que haja oxigênio puro para respirarmos, isso vem através das árvores”, acredita. Segundo Schneider, o seu objetivo é dar qualidade de vida para Campinas. “Com o pouco dinheiro disponível chegamos a conclusão que temos que recuperar aquilo que já temos e não construir coisas novas. Preservar e remodelar”, ressalta Schneider, que cita a participação do vereador Cid Ferreira (PMDB), que está em seu quinto mandato, na idealização do projeto. “Eu prefiro falar Praça da Cascata porque aqui antigamente tinha um rio, foi onde eu aprendi a nadar.” De acordo com Cid Ferreira, há muito tempo os moradores pediam a recuperação da Praça, mas não

foi possível nas administrações anteriores, somente agora com o prefeito Jonas Donizete. “Os moradores da Vila merecem esse presente”, afirma. O espaço da Praça Guido Segalho foi completamente repaginado, com novo gramado, plantas ornamentais, iluminação, academia para terceira idade, brinquedos para as crianças e campo de futebol. De acordo com o prefeito Jonas Donizete, a Praça da Cascata não recebia serviços de manutenção desde sua inauguração, em 1978. “Além de deixar os bairros mais bonitos, essas praças trazem mais saúde para a população que tem um local para se exercitar, ter contato com a natureza e com os vizinhos. Isso diminui as doenças e melhora a qualidade de vida”, fala. Desde 2013, 120 praças foram reurbanizadas pela administração municipal. A previsão é reformar outras 50 até o final deste ano com investimentos na ordem de R$ 40 milhões. A reformada Praça Guido Segalho custou R$ 271 mil.

DÁLETE MINICHIELLO

Moradores da Vila aguardam a chegada do prefeito

Prefeito Jonas em discurso a moradores da Vila DÁLETE MINICHIELLO

o dia 28 de fevereiro, ás 10h, os moradores da Vila Industrial comemoraram mais uma conquista para o bairro com a revitalização da Praça Guido Segalho, conhecida como Cascata. Agora, os habitantes da Vila sentem-se mais seguros e confortáveis, pois para eles a reforma é uma maneira de acabar com o vandalismo na região. Para o aposentado de 85 anos, Walter Rodolpho Blümer, que mora na Vila há 47 anos, a reurbanização veio na hora certa. “Boa parte dos vândalos já foram embora. Agora tem mais conforto e mais respeito. Achei ótimo, muito bom, mas poderia ter caprichado mais no acabamento”, brinca. Maria Aparecida, de quase 80 anos, sempre morou na Vila e aprovou o resultado da obra. “Eu adorei, a gente pedia há tanto tempo que fizessem isso, mas respondiam que não era assim, que demorava, tinha que fazer pedido. Aqui era uma escuridão total, dava medo de passar. Agora eu estou muito feliz. Ficou muito bom, vou usar todos os aparelhos da terceira idade”, conta animada. O vereador Jorge Schneider (PTB), que está em seu terceiro mandato, é um dos idealizadores do projeto. “Eu acredito no respeito com a população, com as famílias, isso aqui era uma degradação, quem mora do lado não tinha coragem de sair de casa pela insegurança que trazia. Agora o objetivo é que as famílias ocupem e frequentem esse espaço, que façam uso dos aparelhos, parquinho e campo de futebol. Não queremos bandidos aqui”, diz. Para Schneider, a Vila é um bairro muito especial em sua vida e respeitado em Campinas. “Eu cresci e devo a minha vida a Vila Industrial, as minhas raízes são fincadas aqui.” Para ele, além da segurança e lazer

O aposentado Walter Rodolpho Blümer na academia da 3o idade

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SUA RUA

Joá Penteado: empresário campineiro é nome de Complexo Viário

J

oaquim Gabriel Penteado, mais conhecido como “Seo Joá” nasceu em Campinas, era casado com Maria Antonieta e pai de quatro filhos, um deles é Fábio Penteado, que foi presidente do IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil e diretor da Fundação Bienal de Arquitetura. Formado pela Mackenzie, Fábio contribuiu para a arquitetura do País com obras como fórum criminal da Barra Funda e sede da Sociedade Harmonia de Tênis, edifício tombado como patrimônio da cidade de São Paulo, entre outras obras importantes. Em Campinas, o arquiteto idealizou o Centro de Convivência Cultural e faleceu em 2011. Ao longo dos anos, seo Joá se tornou um dos maiores empresários da cidade, mesmo sem qualquer formação acadêmica ou

diploma. Com a sociedade com o Sr. Adalberto Maia, em 1926, fundou a primeira fábrica de lápis do Brasil. O investimento foi grandioso e o maquinário foi trazido da Alemanha. Os sócios abriram uma indústria na Rua Major Sólon. Anos mais tarde, a companhia iniciou a fabricação tendo a marca John Faber, hoje conhecida nacionalmente como o suce o Faber-Castell. No ano de 1935, seo Joá adquiriu a fábrica de fogões Dako, de São Paulo, que nessa época estava quase sem atividade. Na década de 40, a indústria foi transferida para Campinas, onde encontrou o lugar ideal para o seu desenvolvimento. Um dos hobbies de Joaquim Penteado era pilotar aviões e nos finais de semana pegava o seu teco-teco e visitava os pontos de revenda de suas indústrias.

O campineiro recebeu homenagem em sua cidade natal dando o nome ao túnel de ligação entre o centro e a Vila Industrial. O Complexo Viário Túnel Joá Penteado é formado por dois túneis, de 370 e 450 metros de comprimento, que ligam o Centro à Vila Industrial em Campinas. É uma das principais ligações entre a Região Central e os bairros próximos à Rodovia Anhanguera. Os dois túneis foram idealizados na primeira gestão do prefeito Magalhães Teixeira, entre os anos de 1983 e 1988 e deveriam ter sido gastos R$128 000 000,00 para a conclusão. As obras se iniciaram em 1987, entretanto, apenas um dos túneis foi concluído e o outro ficou sem terminar, ao custo de R$111 300 000,002 . De janeiro de 1992 (conclusão do Túnel 1) até novembro de 2009,

apenas um dos túneis funcionou, com sentido duplo de circulação. Em 2007, a Prefeitura fez um acordo judicial com a Odebrecht, empresa sucessora da CBPO, que vencera a licitação original e que foi remunerada com recursos municipais e federais. Após algumas paralisações e retomadas, o Túnel 2 foi entregue à circulação em 28 de novembro de 2009, passando a funcionar no sentido Centro-Bairro e o Túnel 1 passou a funcionar apenas no sentido Bairro-Centro.

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MELHOR IDADE

A equipe da diretoria da associação Cid Ferreira

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MÚSICA E BOA SAÚDE: Escutar as suas músicas preferidas, aquelas que lhe deixam animado, garantem também uma boa saúde cardiovascular. Segundo estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland (EUA), o resultado onde os vasos sanguíneos aumentaram 26% foi com a melodia escolhida pelo próprio individuo. Já com a estressante teve-se o pior índice - 6%.

Praça Guido Segalho da Vila Industrial

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INFORME PUBLICITÁRIO

CAMPINAS É A PRIMEIRA CIDADE DO INTERIOR PAULISTA A RECEBER ACADEMIA EXCLUSIVA O PÚBLICO ACIMA DOS 60 A B-Active tem o conceito de ser um ambiente mais “médico” do que “fitness”: 80% da equipe de profissionais é formada por fisioterapeutas “Mas a questão estética também entra em cena, pois muitos clientes querem ter um corpo mais magro e saudável diz Benjamin Apter, médico ortopedista fundador da B-Active. A previsão é que a unidade seja inaugurada no início do 2° semestre, no bairro Cambuí.

Na piscina do Grêmio as aulas de hidroginástica são sucesso

NA TELINHA: TERCEIRA IDADE TERÁ VIÉS POSITIVO EM SÉRIE DA GLOBO A série: Os Experientes” mostrará um retrato positivo dessa fase da vida. A média de idade dos protagonistas é superior a 79. Estão no elenco nomes como Beatriz Segall, Juca de Oliveira, Lima Duarte, Othon Bastos e Joana Fomm. Em quatro episódios, “Os Experientes estreia dia 10 de Abril.

Por: Leila de Oliveira

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visão é um dos sentidos mais importantes do corpo humano. Se não tratadas, as doenças que afetam os olhos podem levar a graves consequências, entre elas, a cegueira, Presente no globo ocular, o cristalino é a lente natural responsável pela focalização da visão para longe e para perto. Fatores como a idade podem desencadear a opacificação dessa lente, o que leva a diminuição progressiva da visão. A esse processo, dá se o nome de catarata, que tem como principal sintoma a visão nublada, que torna mais difíceis tarefas como ler, dirigir um carro ou interpretar a expressão das pessoas. O tratamento da catarata é sempre a cirurgia, feita com anestesia local.As técnicas mais utilizadas são a Extra Capsular, que consiste em incisão no globo ocular de aproximadamente 10mm, retirando a catarata por completo, e o méto-

do da Facoemulsificação, uma cirurgia com incisões menores de 3,5mm, que consiste na introdução de uma espécie de cânula no globo ocular, ligada a um equipamento ultrassônico, que aspira e dilui a catarata, permitindo uma recuperação mais rápida. Segundo o médico oftalmologista e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) e presidente do Instituto Penido Burnier (IPB), Dr. Leôncio Queiroz Neto, o momento mais indicado para operar a catarata é quando o problema começa a prejudicar o desempenho das atividades diárias, como a leitura e a dirigibilidade. O médico informa que neste estágio, é comum que o paciente tente contornar o problema, fazendo uso de óculos e adotando iluminação mais forte. Ele alerta que nesta etapa, é provável que pelo menos 50% da qualidade de visão já esteja comprometida. O tipo mais comum de catarata é a senil, que costuma aparecer em pessoas a partir dos 55 anos.

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Catarata: quem viver terá

Dr. Leôncio Queiroz Neto

Mas há quem apresente o problema aos 40 anos. A família, segundo o médico, deve estar atenta aos primeiros sintomas da doença e estimular o ente a procurar ajuda médica. Isso porque para alguns, ainda persiste o ponto de vista segundo o qual é parte do processo natural de envelhecimento a perda gradativa da visão, bem como a adaptação do idoso à essa condição. Segundo Queiroz Neto, a Idade, é a causa mais frequente da doença, entretanto, ela pode ter seus sintomas antecipados pelos fatores hereditariedade, exposição siste-

mática e sem proteção à luz solar, ao longo da vida, bem como a incidência de diabetes e glaucoma e disfunções da tireoide e uso de certos medicamentos, como corticoides. Vale ressaltar que nenhuma das patologias relatadas impede a realização da cirurgia de catarata. Sobre a questão, o médico explica ainda que a correção da catarata possibilita resgatar o bem estar e a vitalidade em pessoas da terceira idade. “Enxergar melhor e retomar as atividades aumentam a autoconfiança, o que leva a uma melhora nos quadros de de-

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pressão, por exemplo, e no estado geral da saúde do idoso. Além disso – continua - pessoas com catarata têm muitas mais chances de queda, o que pode levar a sérios agravamentos, nesta etapa da vida” explica. A observação do médico encontra respaldo em dados da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia), que indicam que a quantidade de cirurgias do tipo realizadas no Brasil – cerca de 350 mil por ano -, está abaixo do número ideal, estimado em 500 mil procedimentos. Principal causa de cegueira tratável, no mundo, a catarata tornou-se mais comum com o envelhecimento da população e aumento da expectativa de vida. Por outro lado, as cirurgias, inclusive a do método à laser, são aplicáveis em qualquer tipo de catarata, independente do seu grau de comprometimento da visão. “Quem procura ajuda médica também contribui com a perspectiva de uma velhice mais saudável e independente” pontua o Dr. Queiroz Neto. Jornal da Vila - 13


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PERFIL

ormado em Filosofia, no Rio de Janeiro e em Teologia, em São Paulo, o padre Air José de Mendonça já passou pela capital e por várias cidades do interior paulista, e no dia 5 de janeiro foi transferido para Campinas. “Eu sou apaixonado por Campinas”, revela o padre, dizendo que a cidade tem muito que oferecer ás pessoas, e a igreja São José é muito atuante na sociedade. “Aqui é um lugar muito bom para trabalhar e seguir minha missão. A paróquia São José não poderia ser diferente, eu tenho um carinho muito grande”, fala. Air José é padre há 20 anos. “Com a graça de Deus, em dezembro deste ano eu completo 21 anos de sacerdócio”. “Não temais”, esse é um dos conselhos do padre aos fiéis. Para ele, as pessoas não podem ter medo de tudo. “É fundamental, porque quando não tem medo enfrenta a vida. Ninguém tem o direito de interferir e tirar os seus valores, nem dizer o que você tem de ser, somente Deus”, ensina. A intenção do padre é fazer um bom trabalho na paróquia, o que para elenão significa trazer uma quantidade grande de pessoas, mas sim dar uma nova visão sobre muitas coisas, dentro da própria igreja. “Eu gostaria muito que os jovens viessem, como no domingo à noite, que tem participação maior. Espero ser fiel àquilo que Deus espera de mim”, profetiza. Natural de Vieira, interior de Minas Gerais, o padre Air nasceu em 08/04/1968 e descobriu muito cedo a sua vocação para o sacerdócio, ainda criança. “Na adolescência eu tive um breve momento de dúvida, mas logo eu percebi que era isso mesmo o que eu queria e me sinto muito feliz por isso”, conta o padre, que acredita ter outras aptidões, como escrever 14 - Jornal da Vila

e trabalhar na televisão, o que para ele, é apenas uma atividade na qual tem talento, mas não considera vocação. “Quando pensei em ser padre, não vi outra realização. Eu trocaria tudo para ser padre”, revela. Air tem quatro irmãos: Lúcia, Chico, Zira e Nilda. É filho de Enoque Belinato de Mendonça, que era lavrador, falecido em maio do ano passado, “Um homem maravilhoso. No seu silêncio soube educar muito bem.”Sua mãe é a dona de casa Agda Lopes de Faria. “É uma criatura extremamente bondosa e caridosa”. Para Air, a sua essência é uma mistura dos valores de seu pai e sua mãe. “Do meu pai eu tenho a coisa de observar, de tentar falar na hora certa e não falar tudo o que vem na cabeça, porque às vezes mesmo estando correto não é o momento correto para falar. Já da minha mãe eu tenho a parte da bondade, do acolhimento”, se inspira. “Quando eu disse que ia para o seminário o meu pai disse: ‘ótimo vamos’. A minha mãe foi mais resistente. Mãe é um universo paralelo, não temos a capacidade de entender o seu coração.”Para o padre, inicialmente os pais nunca entendem isso, porque imaginam o filho construindo a sua família, casando e tendo filhos. “Eles acham que a realização está no matrimônio, mas nem sempre é assim. Há muitas pessoas que não são casados, que são ótimos profissionais e são muito felizes”. Para o padre, o matrimônio é muito bonito, mas se vê apenas como padre. “O que eu posso fazer é ajudar as famílias no seu matrimônio”, fala. CARREIRA: Trabalhou em várias paróquias do interior de São Paulo. Em 2001, foi enviado à Roma, na Itália, onde desenvolveu

DÁLETE MINICHIELLO

F

Conheça o novo padre da igreja São José: Air José Idade: 46 AN OS Animal de estimação: CACHORRO Livro: LITE RATURA Filme: O CAMINHO PARA CASA Hobbie: LER E ASSITIR FILMES

Padre Air na igreja São José

trabalhos na área de comunicação para a Congregação do Sagrado Coração, a qual pertence. É editor da revista de Nossa Senhora do Sagrado Coração, uma publicação da sua província. Publicou o livro “Pequenas doses de oração” e “O poder da oração no sofrimento” e atualmente apresenta o programa “Você pode ser feliz”, na rede Século 21. O último livro foi escrito após a experiência da morte do seu pai. “Ele teve um AVC, então o acompanhamos de janeiro até maio. Não tenho dúvida de que a oração tem poder fundamental em nossas vidas. Foi a oração de todos que ajudou a minha família a superar. Porque diante do meu pai eu não era padre, eu era filho”, desabafa. DIFICULDADES: O padre conta que quando ingressou no seminário, ainda muito jovem, teve dificuldades com a questão da convivência, por lidar com pessoas extremamente diferentes, o que nem sempre era agradável. “Mas eu me adaptei a isso. Naquela época éramos em muitos jovens, hoje já não é mais assim.” Após esse período, o problema foi a solidão, porque para ele, vai um tempo

até se acostumar, “não como uma questão depressiva, de ficar sozinho, num canto chorando, não, mas de entender que após a missa eu sei que vou estar sozinho na minha casa”. Mas para o padre isso também foi superado. “Não é fácil entender isso. Muita gente acha que só é feliz quem vive com outra pessoa, mas há quem escolhe a felicidade de outra maneira. Como explicar isso? Não tem explicação. Você tem que trabalhar dentro do seu coração senão fica louco, afinal, somos seres humanos, né?Me sinto feliz nas coisas que eu realizei”, afirma. Para o padre, Deus está em primeiro lugar sempre, mas acredita na capacidade dos profissionais, como terapeutas e psicólogos, no trabalhode ajudar a entender o que se passa dentro de cada pessoa. “O padre é um ser humano como outro qualquer, tem as suas dificuldades, suas alegrias e suas tristezas. Eu fiz terapia por 6 meses e foi ótimo. Me ajudou profundamente. Eu recomendo”. Para ele, existe ótimos profissionais que ajudam as pessoas perceberem a força que têm e achavam que não tinha, além de aprender coisas que levam para a vida toda,

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como conhecer suas próprias qualidades. “É óbvio que para mim Deus está acima de tudo, mas Deus é quem nos dá bons profissionais”, destaca. FORA DO SACERDÓCIO Fora da igreja, o padre tem uma vida normal, como qualquer outra pessoa. Gosta de ir ao cinema, restaurantes, pizzarias, shoppings, principalmente livrarias, pois é fascinado por livros. Mas desde que sejam compatíveis com a sua agenda e que não atrapalhem as missas aos finais de semana. “Tem pessoas que me olham, acham diferente, mas nunca me falaram nada contra. Eu tenho uma vida de uma pessoa normal, que vive e respira e tenho compulsão por livros”, se entrega. Por falar em livros, obviamente o padre acompanha livros religiosos, como os de seus colegas de sacerdócio Fábio de Melo, Marcelo Rossi e Juarez, mas não se limita a isso, já que a sua preferência são obras de literatura, como as do autor Gabriel Garcia Marques. Quando se trata de cinema, o padre gosta de uma boa comedia romântica. O filme que mais o marcou foi “O caminho para casa”. “É perfeito. Não po-


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demos deixar de ser humanos, eu não me vejo no pedestal”, garante. No cenário musical, novamente o padre não se prende a músicas religiosas, pois para elequanto mais a pessoa tenta se criar numa bolha, mais será uma péssima pessoa para conviver com as demais. E diz gostar de vários tipos, principalmente internacional, como Laura Pausini e nacional como a Banda do mar, de Marcelo Camelo. “Nós temos muitos cantores que contribuem para que sejamos pessoas melhores, como alguns da MPB. Eles não são voltados a Deus, mas para a construção de valores”. Já os cantores que louvam a Deus têm um lugar especial para o padre, como Rosas de Saron, Lírio do Vale, banda Dom e Milton Junior. “Vale a pena ouvir, eles fazem o trabalho de louvar a Deus. Ajudam-me a rezar. São cantores católicos que fazem um trabalho belíssimo”, indica. Mesmo tendo conhecido a culinária de vários países, a comida mineira é a sua preferida, sempre. Mas também é fã de massas. Para o padre todos os fiéis poderiam ter a oportunidade de conhecer a basílica de São Francisco de Assis, na Itália, que diz ser um lugar extraordinário, mas prefere o Brasil, não conhece todos os estados e tem a curiosidade de conhecer a Bahia.

HOMOSSEXUALIDADE No que diz respeito a homossexualidade, para o padre a pessoa nasce assim e a igreja tem preocupação muito grande com isso, mas não na questão de condenar. “Não podemos dizer que a pessoa está em pecado, não é um erro, em hipótese alguma, porque eu nasci como padre, eu me sinto assim. Uns nascem héteros, outros não. Ninguém pode condenar ninguém por conta da sua orientação sexual ou cor. As pessoas têm de respeitar o pensamento de cada um, não precisa concordar, apenas respeitar”, aconselha. CASAMENTO DE PADRE Outra questão polêmica que Air José responde é o casamento de padres. “Eu respeito muito a opinião dos que concordam, mas não é para mim. Não conseguiria conjugar as duas coisas. Eu sou muito intenso naquilo que eu faço. Não consigo me ver intensamente dentro do sacerdócio com uma família, casado e com filhos. Eu seria uma pessoa dividida e para mim quando se divide não é correto. Eu respeito quem consegue viver assim, mas eu não consigo assimilar as duas coisas na minha vida. Ainda que houvesse uma concessão, uma ‘liberação’, eu não faria. É apenas uma questão pessoal”, defende.

PROGRAMAS DE TV Para o padre, atualmente vive-se uma cultura muito imediatista, onde querem resolver as coisas para ontem. Não têm paciência de esperar. Para ele, alguns programas de TV que estão sempre lotados têm a ver com isso, na ilusão de “eu vou te procurar de acordo com o que você tem a me oferecer, o grande fluxo de pessoas pode ser isso”. Para Air, quando se trata de fé, não acredita em coisas imediatistas. “Por exemplo: vem aqui que eu te curo, não é bem assim que funciona. A gente não faz mais milagres que Jesus, é Ele quem faz.” Mas deixa claro que respeita todas as denominações religiosas, afinal é o seu papel como ministro de religião. “Eu estaria sendo muito leviano se eu falasse que ali não se encontra

a Deus. O padre ou pastor que não conduzir bem o seu pastoreio, é ele quem vai prestar contas a Deus”, ensina. CASAMENTO NA IGREJA Para o padre, o casamento não saiu de moda, mas tem percebido que tem diminuído, como sacramento dentro da igreja. Para ele, falta maturidade em relação ao compromisso. “Quando duas pessoas se amam, confiam plenamente, se respeitam, precisam assumir a outra pessoa como um compromisso de vida, não deve haver espaço para traição, porque aí não há matrimônio.Para ele, é necessário ter um propósito de vida com a pessoa escolhida, como a opinião de passar o resto da vida juntos. “Talvez seja isso que não tenha dado certo, essa é uma das leituras

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que podemos fazer”, aponta. PADRES FAMOSOS “Não sei como eles conseguem.” A preocupação do padre é que ao tornarem-se muito conhecidos acabem deixando alguma coisa de lado. Ele ensina que, em relação a eucaristia, o principal é a celebração de uma missa. “Eu tenho medo quando essas coisas de fazer show, de cumprir agenda, afetar isso. E isso como padre não funciona. O medo é de o sacerdócio ficar em segundo plano. Será que as pessoas mais simples teriam acesso a esses padres? Eu não consigo atender a todos, imagine eles. Para mim o primordial é o meu sacerdócio, minha consagração. Se um trabalho à parte me tomar mais tempo que o meu sacerdócio, eu largo, porque a minha prioridade é ser padre”, finaliza.

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SEGURANÇA

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Campinas segue com uma Delegacia da Mulher

om 1.154.617 habitantes, segundo dados de 1º de julho de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo a terceira maior cidade do Estado de São Paulo, a cidade de Campinas segue suas ocorrências diárias com apenas uma Delegacia da Mulher. Segundo Kleber Altale, Delegado de Polícia e Diretor do Deinter 2 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), atualmente, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) conta com um quadro de servidores policiais capaz de atender a demanda. “A considerar a chegada de novos policiais, após a finalização de concursos públicos em andamento, é prioridade da atual administração a implantação de uma nova unidade da DDM na área da 2ª Delegacia Seccional de Polícia ou, ao menos, um setor especializado para o atendimento à mulher”. De acordo com o Delegado, “toda Delegacia de Polícia é apta para atender ocorrências relativas à violência doméstica, registrar boletins de ocorrência e adotar as medidas cabíveis determinadas em lei”, ressalta. Para Altale, não há diferença entre a Delegacia de Defesa da Mulher e as demais delegacias, em sua essência, “pois ambas registram ocorrências, lavram

autos de prisão, orientam os cidadãos, investigam crimes, são dirigidas por delegados de polícia.”Porém, ele explica que em razão da matéria, qual seja a violência doméstica, a DDM possui especialização, se concentrando na apuração desse tipo de ocorrência e busca dar atendimento diferenciado às vítimas mulheres. “Além disso, a DDM também é responsável pelo atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência física, moral e sexual”, explica. Diariamente, são registrados quase 30 boletins de ocorrência na DDM, “além dos atendimentos que não resultam na elaboração de B.O.” Hoje, a DDM conta com um quadro de 26 policiais civis, dentre Delegadas de Polícia, investigadores, escrivães, agentes policiais e carcereiros. Segundo o Delegado, a Polícia Civil está atenta às necessidades da população e aos avanços da moderna vida social. “A Academia de Polícia disponibiliza regularmente cursos de aprimoramento de atendimento, especialmente para policiais que exercem suas atividades nas Delegacias de Defesa da Mulher, ou que querem se preparar tecnicamente para trabalhar nessas especializadas”, porém, a DDM não possui em seu quadro de servidores psicólogos ou assis-

tentes sociais. “Em Campinas há parceria com o Centro de Apoio à Mulher Operosa (CEAMO), que possui profissionais competentes e especializados que prestam atendimento mulheres vítimas de violência doméstica que comparecem a DDM”, comenta. O delegado explica que o primeiro passo para a mulher, vítima de violência doméstica, para que possa ter a proteção do Estado é registrar um boletim de ocorrência, que pode ser feito em toda delegacia de polícia. Após comunicado o crime, o Delegado de Polícia, observando a lei 11340/2006 (Lei Maria da Penha), cientifica a vítima mulher das medidas protetivas e pergunta se ela precisa de proteção para si e seus familiares. Quando a vítima opta por tais medidas, a documentação feita na delegacia é encaminhada ao Poder Judiciário, que tem o prazo de 48 horas para decidir oque será feito. “Uma vez deferida a medida pelo Juiz, o autor deve cumpri-las sob pena de desobediência. Ademais, conforme a gravidade do fato, o juiz também poderá, a qualquer momento, decretar a prisão do agressor”. Altale informa que o policial civil tem a competência e obrigação de investigar qualquer tipo de crime, porém, há aqueles que acabam se aprimorando em investigar

determinados crimes, como tráfico de drogas, sonegação fiscal ou estelionato. “Não é diferente com os policiais que trabalham nas DDMs e acabam se especializando na investigação dos crimes de violência contra a mulher”, alerta. Mesmo com índices altos de violência contra a mulher e, comumente, mortes causadas pelos seus próprios companheiros, o Delegado afirma que não é simples responder essa questão, pois as facilidades e comodidades do mundo moderno também se fazem acompanhar de condutas desviantes, desagregação, má formação de caráter, ausência de moral, desvalorização da vida, entre outros. “A mulher, merecidamente, busca seu espaço, entra no mercado de trabalho, sem deixar de ser mãe, esposa. Cabe ao homem (marido, pai, compa-

nheiro, filho) entender esse novo tempo, essas novas necessidades e respeitar essa nova mulher. À Polícia Civil, muito mais do que entender as motivações do crime, cabe investigá-lo e submeter os criminosos à apreciação do Poder Judiciário”, assegura. Para o Delegado, a mulher vítima de qualquer tipo de violência, especialmente a violência doméstica, deve fazer valer o seu direito, principalmente o direito de ser respeitada, de ter sua integridade física e moral preservada. “Assim, ao menor indício de que sua vida e sua saúde ou de seus familiares corre algum tipo de risco, deve imediatamente buscar auxílio dos órgãos competentes. Dentre esses, a Polícia Civil, que estará preparada para atendê-la, e aplicar os dispositivos previstos na Lei Maria da Penha”, indica.

SAÚDE

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Hospital da mulher ainda não tem data para ser inaugurado

esde 2007, Campinas tem o projeto do Centro de Referência em especialidades da saúde da mulher, mas até hoje nunca saiu do papel. A ideia é ter o primeiro centro de referência em tratamento de vários tipos de cânceres não só de Campinas, mas abranger toda a região. O projeto é vinculado ao Hospital de Clínicas (HC) da Univer16 - Jornal da Vila

sidade Estadual de Campinas (Unicamp). Segundo Juliana Cristina Guidolin Perrenou, assessora de comunicação da Secretaria de Saúde e Prefeitura de Campinas, o projetoainda não foi executado porque teve de ser reelaborado pela Secretaria de Infraestrutura eainda está em fase de análise de custos, para que, em seguida, possa ser aberto o processo de

licitação. “A obra tem previsão de execução de dois anos após o início”, acredita. Segundo a assessora, a área destinada ao Centro de Referência em especialidades da saúde da mulher é de 10 mil metros quadrados e a área construída tem cerca de 3 mil metros quadrados.“ Serão oferecidos serviços de especialidades ligados à mulher”. Na área ambulatorial:

mastologia, reprodução humana, uroginecologia, cirurgia ginecológica, planejamento familiar, patologia cervical. Na área de imagens: mamografia, ultrassonografia, raio-x, densitometria óssea. “Também será oferecido o Day Hospital, para cirurgias de até médio porte, como laparoscopia, estereoscopia, laqueaduras, biópsia de mamas, entre outras”, explica.

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A estimativa é que no total serão gastos R$5,6 milhões e contará com cerca de 300 profissionais da área da saúde da mulher. “Estima-se que sejam feitos 500 atendimentos por dia”. O terreno do Centro de Referência está localizado em frente ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, na Avenida Faria Lima, no Parque Itália.


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SEGURANÇA

REGRAS Na unidade de Campinas, as reeducandas ficam todas juntas, independente do crime e são separadas apenas por tipos de regime (aberto, semiaberto e fechado). Segundo a diretora, elas têm regras internas e seguem corretamente os horários, e quando há algum problema grave que dificulta a convivência, a pessoa é transferida. “Elas sabem do dever de se tratarem bem, ter humanidade e respeitar os funcionários. No geral, temos uma convivência tranquila”. As visitas ocorrem todos os domingos, das 8h ás 16h, e não tem visita íntima, devido a sua estrutura interna, que não tem espaço no momento. Não

tem idade mínima para visita, desde que esteja devidamente autorizada de forma documental e relacionada pela reeducanda, com cadastro prévio. E por falar em bebês, a reeducanda Sabrina Aparecida Ferreira, de 28 anos está ansiosa para ver o seu. Isso porque, quando ela foi recolhida, por crime de estelionato, a sua filha tinha apenas 23 dias de idade. “Foi um choque, um susto para todo mundo. O meu marido é um homem muito bom, vem com pouca frequência porque mora longe, mas não deixa de estar do meu lado.” E é o marido quem cuida da filha, que hoje está com quatro anos e meio. Sabrina pôde vê-la na última “saidinha” e ficou surpresa com sua reação. “Eu achava que ela ia me estranhar, que não ia me querer, mas Deus foi tão bom, parece que a gente nunca tinha se separado, ela me chama o tempo todo de mãe”, conta emocionada. LIBERDADE Sabrina está ansiosa, porque para ela, a sua vida parou por um tempo.“Nesse lugar, todos os dias são iguais, mas tem dias que são piores. Nessa hora que uma amiga aqui dentro faz a diferença”. Segundo a reeducanda, ela dorme e acorda pensando:“nossa, eu estou nesse lugar ainda. Será que é hoje que eu vou embora? A gente já pagou o que a gente deve, agora a gente quer ir”. Sabrina pensa em começar do zero, junto do marido e da filha. E sonha em fazer um curso técnico em radiologia. Para ela, a palavra liberdade é tudo o que mais deseja na vida. “Esses dias uma amiga falou que queria ganhar na mega sena, eu disse que só a liberdade estava bom, porque a gente aprende nesse lugar a dar valor às mínimas coisas, como um prato de comida diferente, uma folha caindo da árvore, porque não vimos nada disso aqui”, lamenta.

Penitenciária feminina de Campinas

FAMÍLIA Para Rozelaine de Souza Vieira, de 28 anos, reclusa por tráfico de drogas, viver na prisão é um grande aprendizado, que no começo não entendia, apenas se revoltava, mas depois pensou que foi obra de Deus. “Se eu não estivesse aqui, poderia estar pior ou até mesmo morta, porque eu era viciada em cocaína e aqui fui libertada do vício.”Toda semana Rozelaine recebe a visita da família e se não fosse isso, não haveria nenhum outro tipo de apoio. “Percebemos que os amigos nessa hora não existem. Só a família mesmo. O meu marido nunca me abandonou. Voltar no tempo não tem como, mas agora tudo vai ser diferente. Vou cuidar dele e dos meus pais”, promete. Além do apoio da família, o que ajuda a passar os dias confinada é a ajuda dos funcionários. “Eles conversam, se preocupam com a nossa saúde, são bem humanos.”E também, segundo ela, é possível fazer amizade na penitenciária. “A gente divide tudo o que ganha, uma ajuda a outra. Temos uma parceria”. Rozelaine acredita que o preconceito já foi superado, pois, em dezembro, na sua última “saidinha”, não teve problema, mas teme na hora de arrumar um emprego. “Essa é a minha maior preocupação”.Rozelaine pensa em trabalhar com crochê, que aprendeu a fazer na

prisão. “Eu faço e meu marido leva para a rua e está vendendo bem, mas também desejo trabalhar com outras coisas”, lembra do seu último trabalho em uma operadora de celular. ARREPENDIMENTO As reeducandas que cumprem pena em regime semiaberto, dizem se arrepender muito dos crimes cometidos. “A gente não quer isso nunca mais, não compensa. A gente perdeu muita coisa”. Para elas, quando estiverem passando por alguma dificuldade lá fora, vão lembrar-se de tudo o que sofreram na prisão. “De todas as noites de saudade, aí vamos ser fortes para dizer: não é isso o que queremos, somos fortes, não vamos cair em tentação, não vale à pena”, reforçam as reeducandas. TRABALHO As colegas dizem que uma forma de passar o tempo mais rápido é o trabalho a que se dedicam. “Ajudamos na parte administrativa, alimentação e limpeza. Temos aulas de informática e crochê, nunca estivemos envolvidas em brigas. Agora estamos na contagem regressiva para ir embora.”Além disso, as duas não perdem a vaidade feminina e fazem questão de arrumar os cabelos e usar maquiagem.

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O diretor técnico de trabalho e educação Fernando Arruda, que convive diariamente com as reeducandas, acredita que dentro de alguns meses, as duas estarão em liberdade. Isto é, do regime semiaberto passarão a viver no regime aberto. Após a documentação pronta, é protocolada no fórum, que fará os trâmites legais para o regime aberto (RA). “Elas poderão cumprir o resto da pena na própria casa, receberão uma carteirinha e vão apresentar ao Juiz, uma vez por mês, na qual será assinada, para que assim, possam viver uma vida normal, inseridas na sociedade e no mercado de trabalho. Demora um pouco, porque tem muitos processos”, conta Arruda. O diretor aconselha de todas as formas as reeducandas, para que possam voltar à vida fora do presídio de forma natural. “A gente sabe que existe um receio da sociedade, eu converso muito com elas sobre isso, para não perderem a esperança de encontrar uma coisa melhor, porque elas estão pagando pelo que fizeram e esse tempo que estão confinadas, serviu para reflexão. Elas devem acreditar nelas e em um emprego bom sempre”, finaliza.

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penitenciária feminina de Campinas tem capacidade para 556 mulheres e abriga hoje 944. Segundo a Diretora Técnica Daniele de Freitas Melo, a secretaria tem um plano de expansão, além da inauguração de duas unidades, uma em Mogi Guaçu e outra em Votorantim, o que ajudará a desafogar a unidade, já que recebe muitas reeducandas de outras cidades. De acordo com Daniele, as novas unidades terão estrutura necessária, com berçário, tudo pensado e voltado para o público feminino. “Nós teremos melhor atendimento a elas. Oficialmente não há divulgação de data, mas sabemos que é em breve, pois já está em fase de acabamento”, revela. Atualmente, quando as reeducandas são mães, são transferidas para a penitenciária feminina de São Paulo, que conta com berçário e elas podem usufruir do seu direito de amamentar, por no mínimo seis meses. Após esse período, elas entregam o bebê as suas famílias e retornam para a unidade. “Lá mesmo na capital, a justiça faz o monitoramento com a família, se não houver interesse, o bebê fica sob proteção da justiça”, explica.

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Penitenciária feminina aguarda projeto de expansão

Reeducandas do regime semiaberto Jornal da Vila - 17


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MODA

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Principais tendências do Outono Inverno 2015

o próximo dia 20, entraremos no Outono, período de temperaturas mais amenas, apesar de atualmente as estações não estarem mais tão bem definidas. Listamos então as principais tendências da moda. FRANJAS As roupas e acessórios com franjas continuarão em alta no Outono/Inverno, então podemos abusar destes looks com franjas nas botas, vestidos, coletes, camisas, bolsas, saias. COURO Sim, ele continua muito em alta. Atualmente encontramos muitas opções usando este tecido e como sempre, na hora de optar por uma dessas peças devemos pensar nas possíveis combinações com as que já temos em nosso armário e também em sua versatilidade. Um vestido tubinho sem mangas ou com mangas curtas, por exemplo, poderá ser usado nos dias mais frios com meia calça, botas e casaco, como também poderá ser usado no verão. O mesmo vale para as t-shirts e shorts. COMPRIMENTO MIDI As saias e vestidos de comprimento midi, ou seja, abaixo do joelho dão muita feminilidade aos looks, e nos dias frios

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podem ser usados com jaquetas mais curtas, casacos longos, tricôs, moletons, camisas, afinal dá para fazer várias combinações. As pessoas com menor estatura também podem usar, a dica é que o comprimento seja logo abaixo do joelho e que o peito do pé fique descoberto, ou optar por meia calça e sapato da mesma cor, para alongar as pernas. VESTIDO CASACO Vale a pena investir num bom casaco, com um bom caimento, pois ele também serve para ser usado como vestido, além de muitas outras combinações. BOTAS NA ALTURA DO JOELHO Elas são a cara do outono / inverno e prometem mais uma vez fazer sucesso, combinam com vestidos, saias, shorts, calça skinny. CORES As cores de inverno são mais apagadas, e os tons terrosos estão em alta. Mas é sempre bom ter uma cor mais vibrante para alegrar o look. Esta cor pode aparecer nos sapatos, na bolsa, num colar, echarpe ou lenço. A cor do ano eleita pela Pantone (autoridade em cores) é o Marsala, um vermelho/vinho puxado para o marrom. É uma cor muito elegante.

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Espero que tenham gostado das dicas para as próximas estações. Atente-se na moda, mas não perca seu estilo. Até a próxima edição.

Simone Castro Consultora de Imagem e Estilo


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AGENDA CULTURAL

Audiohack

Neste mês, as oficinas de Circuit Bending dão início a uma série de encontros que promovem uma reflexão sobre a relação entre música e cultura digital. O objetivo é criar, experimentar e até mesmo modificar sons a partir de dispositivos eletrônicos, como brinquedos, aparelhos de som, instrumentos musicais, entre outros. Com vagas limitadas, as inscrições já podem ser realizadas na Central de Atendimento. Há três opções de oficinas para os interessados: Circuit Bending: criação de instrumentos eletrônicos. Circuit Bending: eletrônica antiteórica e Audiohack: construção de sintetizadores. OFICINA CIRCUIT BENDING: criaçãodeinstrumentoseletrônicos Classificação indicativa: 14 anos. Inscrições abertas na Central de Atendimento. Não é necessária experiência prévia no assunto. Data: Dias 14, 21 e 28, sábados, das 14h às 17h30. Local: Sala de Internet Livre. Valores: GRÁTIS [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes (Credencial Plena)], R$ 5,00 [usuário, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 10,00 [público geral].

OFICINA AUDIOHACK: construção de sintetizadores Classificação indicativa: 14 anos. Inscrições abertas na Central de Atendimento. Não é necessária experiência prévia no assunto. Data: Dias 19 e 20, 26 e 27, quintas e sextas, das 19h às 21h30. Local: Sala de Internet Livre. Valores: GRÁTIS [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes (Credencial Plena)], R$ 5,00 [usuário, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 10,00 [público em geral]. OFICINA CIRCUIT BENDING: eletrônica antiteórica Classificação indicativa: livre. Não é necessário inscrição nem experiência prévia no assunto. Basta trazer sucata eletrônica, chegar e participar. A atividade testa criatividade, improvisação e ensina eletrônica com experimentos simples e práticos no processo da criação de instrumentos eletrônicos. Data: Dias 18 e 25, quartas, das 19h às 21h30. Local: Sala de Internet Livre. GRÁTIS

DIA 15/03 DOMINGO OFICINAS, RECREAÇÕES E MÚSICA PARA AS CRIANÇAS: 11h30 Ciranda Música Difácil – canções para crianças serelepes. Cantora, instrumentista e compositora, Tais Reganelli, apresenta o álbum Difácil – canções para crianças serelepes, que marca seus 15 anos de carreira. O repertório é voltado para canções populares de grandes cancioneiros que marcaram o século XX. Ingressos à venda nas bilheterias das Unidades do Sesc no Estado de São Paulo. Classificação indicativa: livre. Local: Teatro do Sesc Campinas. Valores: R$ 5,00 [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes (Credencial Plena)], R$ 8,50 [aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 17,00 [público em geral]. 14h Baú de histórias :: Estórias de bichos. Serão contadas três narrativas recolhidas por Silvio Romero, cujos personagens são animais como o jabuti, o veado, a raposa, a onça e o macaco. Cada uma das estórias traz provas de esperteza e astúcia em paisagens que evidenciam a fauna e a flora brasileira. Classificação indicativa: livre. Local: Biblioteca. Valores: GRÁTIS. 15h Baú de ideias Bichos em Massinhas (Contos de bichos). Com participação do grupo Giralua Companhia de Artes de Bauru (SP), bichos de várias espécies que vivem nas

matas brasileiras e também bichos de estimação serão modelados com massinha. Oportunidade para as crianças produzirem um trabalho artesanal criativo a partir das histórias que escutam, por meio de atividade de interação e produção. Vagas limitadas. Retirada de senhas na Ilha de Atendimento a partir das 14h. Classificação indicativa: livre. Local: Biblioteca. Valores: GRÁTIS. Das 14h às 18h Vivência o Ator-criador. A vivência O Ator-criador é parte integrante do projeto Fazendo Cena, que promove regularmente oficinas, workshops, cursos, vivências e demonstrações nas diversas linguagens cênicas. Vagas limitadas.Inscrições abertas na Central de Atendimento. Classificação indicativa: 16 anos. 14h Oficina Alimentação saudável na primeira infância dos 2 aos 6 anos. Com Cléo Martins, chef em Alimentação Natural e Viva. Oficina prática e teórica fala sobre a formação de bons hábitos alimentares. Ao final, a chef prepara um delicioso cardápio vegetariano. Vagas limitadas. Inscrições na Central de Atendimento. Classificação indicativa: livre. Local: Sala de Atividades 4. Valores: GRÁTIS [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes (Credencial Plena)], R$ 5,00 [usuário, aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 10,00 [público em geral].

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Valores: R$ 5,00 [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes (Credencial Plena)], R$ 8,50 [aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 17,00 [público em geral]. 16h Show de música Pó de Café. Com participação especial do trompetista Rubinho Antunes, o quarteto apresenta um espetáculo de música contemporânea instrumental, com respeito às tradições dos gêneros, mas cheia de sabor e energia. A acolhida calorosa reflete o jeito como o grupo encara o jazz e suas misturas, com diferentes ritmos brasileiros, como samba, baião e gafieira. Classificação indicativa: livre. Local: Área de convivência. Valores: GRÁTIS.

DIVULGAÇÃO

VANESSA FERREIRA

Confira a programação cultural do SESC:

Chef Cléo Martins Alimentação para bebês na primeira infância Jornal da Vila - 19


Jornal da Vila

Campinas - Março 2015 - Edição nº 26, ano 4 www.jornaldavilacampinas.com.br

HORÓSCOPO - MARÇO

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

Três programas brasileiros que Liquefaz facilitam o acesso à "Suporte" Inexistem "Agrade- univer- de churras- na conexão quinhos "wireless" cemos a sidade (?)", frase de sacos de pão

Membrana A Rainha colorida do Rock do olho n’Roll Embarcadouro

Deus egípcio do além (Mit.) Admitir

Dar palpite (pop.) Propriedades rurais

Restos do processo de formação de planetas rochosos como Terra e Marte

O maior organizador de eventos de MMA do mundo Ciência que estuda as funções orgânicas do ser humano "A (?) Adormecida", conto de fadas

TOURO: Março irá favorecer suas finanças e seus amores, pelo viés de circunstâncias favoráveis e em relação a seus ideais. As coisas evoluem com lentidão, mais com cada vez mais facilidades.

Garupa de animais Andar de um edifício

GEMEOS: As instâncias planetárias deste mês irão satisfazer sua necessidade de mudança. As coisas estão avançando com rapidez, mas você terá alguma dificuldade em evitar uma dose de confusão, especialmente no plano das relações.

"Unidas", em ONU Radiano (símbolo)

Aqui está!

Membro da equipe cirúrgica

(?)bandeira, peixe ornamental

Certa; exata

Nascidas no país cuja capital é Viena

Depois de Assa quase queimando

Local de apresentação de palhaços Igor Cavalera, baterista brasileiro

VIRGEM: Este mês trará mais tolerância e abertura aos acontecimentos externos. Nem sempre você poderá controlar as situações. Isso é perfeito se você puder fazer um retiro para recarregar suas baterias. Caso contrário, será necessário organizar suas bases e encontrar uma maneira de relaxar.

São feitas por modelos em ensaios "Casa de ferreiro, espeto de (?)" (dito)

Neto de Esaú (Bíblia)

Pistola, gás de pimenta e faca Fileira

LIBRA: Neste mês as circunstâncias externas vão dominar. Sua capacidade de adaptação será sua maior força para evoluir junto com esse movimento. Seus arredores irão se impor ainda mais, mas você saberá encontrar satisfações pessoais em meio a tudo isso.

Vitamina (?): o ácido ascórbico

ESPORPIÃO: Este mês trará muita sorte. Essa boa onda virá de maior objetividade mental diante das situações que você está vivendo. A diminuição das influências externas permitirá que você retome a concentração em si e nos seus desejos.

Mama-(?), planta medicinal de folha dura As comidas do festival gastronômico

3/ufc. 6/cadela — osíris. 10/tina turner. 15/prouni sisu e fies.

BANCO

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Solução O S U A N I S I A S U E F I B E S P

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D E F E S I R P O R E S TE T E O P R E T E R F C I C I S I A R A C A B O

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20 - Jornal da Vila

CANCER: Este mês será, de modo geral, agradável, você terá facilidade para obter ganho de causa em questões jurídicas ou oficiais. Sua receptividade será um trunfo importante para conseguir transmitir suas ideias e partilhar seus desejos no plano social, mas também no sentimental. LEÃO: Março colocará você diante de situações que serão muitas vezes perturbadoras. Será necessário fazer escolhas claras, mas você não poderá colocar todas em prática imediatamente. Será necessário mobilizar todo o seu senso estratégico.

Ave de bico forte (bras.) Nivelado

(?) Momo, atração carnavalesca

ÁRIES: Este mês se mostrará extremamente energizante para você, como um reforço para reativar seus projetos e o impulsionar rumo a situações que ajudarão no lançamento de alguns de seus planos. Não fique preso ao passado!

Vila Industrial - Vila Teixeira - São Bernardo - Bonfim - Botafogo - Pq. Industrial

SAGITÁRIO: Março colocará você em situações que favorecem sua força rumo a novos horizontes. Você não vai ficar parado, tanto física quanto mentalmente, e isso pode resultar num risco de dispersão em relação aos projetos de futuro. O segredo é planejar tudo de antemão. CAPRICÓRNIO: As influências planetárias deste mês irão instigar você a fazer um balanço sério do que houve nos últimos seis meses. Uma necessidade de ficar sozinho se impõe, mas você não terá muitas ocasiões para isso. AQUÁRIO: Você terá disposição para encarar os acontecimentos e muita coisa para pensar e planejar, sem dificuldades para manter o senso de prioridade. Muito absolutismo pode fazer você passar por intransigente. PEIXES: Março permitirá concretizar alguns projetos e encontrar satisfação nas suas relações. A evolução de sua vida continuará com fôlego, vale a pena não se organizar demais e aproveitar essas correntes de sorte para realizar seus desejos, sem hesitar em vão.


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