Revista Tutti Condomínios 13ª edição

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Nostalgia

Ai, que saudade me dá!

Por Ronaldo Victoria Fotos: Alessandro Maschio

Da usina, do clube, da Teixeirada, da igreja, da praça... Quem morou no Monte Alegre, ou ainda está lá, sabe muito bem o que é saudade. O bairro, um dos mais tradicionais da cidade, passa por muitas transformações, mas ainda conserva aquele jeito do passado, com as casas antigas e as ruas de paralelepípedo. Para os moradores, não importa o tamanho da saudade, há também a certeza de estar num lugar especial.

Letícia Bianca Morgado, 19, estudante: “Eu gostava do meu

Rose Odete da Silva, 43, cozinheira: “Eu tenho saudade do

tempo em que a igreja ficava aberta e a gente podia também ficar naquela praça bonita. Apesar de eu não poder ir muito à missa, porque de domingo eu fico sempre ocupada. Trabalho há 17 anos no restaurante Paulino e, no fim de semana o movimento é muito grande. Adoro o que faço e o bairro onde moro. Estou aqui há três anos, antes eu morava no Santa Rita e não me arrependo da mudança.”

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tempo de infância quando eu vinha para cá e a gente ia à pracinha dar comida para os patos do lago. Era muito gostoso. Agora moro aqui, gosto bastante, mas sinto falta de mais coisas para pessoas da minha idade. Por isso, geralmente eu vou à casa de uma amiga na Vila Sônia.”

Marcos Souza, 40 anos, comerciante: “Praticamente nasci

aqui, pois vim com meus pais da Fazenda Varginha, em Rio das Pedras, quando eu tinha só dez meses de idade. A minha maior saudade é do Clube Monte Alegre. Era um tempo em que a gente tinha muita atividade: truco, bocha e baile no sábado. Tinha a cada 15 dias e a maioria dos casamentos daquela época começou durante o bailinho. Havia também baile de Carnaval, mas o último aconteceu há quase 20 anos. E o clube acabou fechando as portas por volta de 2005. Foi uma tristeza.”


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