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3.7 ACÚSTICA

3.7 ACÚSTICA

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Moser (2005) destaca que um dos grandes problemas de alguns escritórios é o desconforto devido aos ruídos. Estes são definidos como sons desagradáveis, que perturbam as pessoas. O ruído pode ocasionar a mudança do estado de alerta, além da perturbação dos indivíduos (KROEMER e GRANDIEAN, 2007).

Os tipos de trabalho que demandam maior dedicação mental ou em que o entendimento da linguagem é primordial são “sensíveis ao ruído”, sendo que qualquer ruído, mesmo que de baixa intensidade, pode ser prejudicial ao pleno exercício dos mesmos. Além disso, esses sons desagradáveis podem dificultar o aprendizado de certos tipos de técnicas, além de atrapalhar a performance mental quando são altos e variáveis (KROEMER e GRANDIEAN, 2007).

Para resolver o problema da crescente poluição sonora causada pelos ruídos nos meios urbanos, é essencial preparar as edificações de modo a melhorar as condições sonoras dos espaços internos. Para ambientes de escritório, a NBR 10152 (1987 apud BÓSCHI; MOISÉS; GHISI, 2019) recomenda a intensidade sonora de 30-40 dB (decibéis) em salas destinadas a realização de reuniões, enquanto salas de projetos, administração e gerência devem apresentar de 35-45 dB. Os ambientes de trabalho que possuem melhor qualidade acústica fomentam a concentração, atenção e motivação de seus colaboradores. (SCOPEL, 2015 apud BÓSCHI; MOISÉS; GHISI, 2019).

O tratamento acústico é feito a partir da aplicação de elementos com propriedades absorventes, podendo captar de 30 a 100% da energia sonora incidente. Como exemplos de materiais, pode-se citar as chapas de gesso, lãs de rocha e vidro, feltro, entre outros (GREVEN; FAGUNDES; EINSFELDT, 2006 apud BÓSCHI; MOISÉS; GHISI, 2019).

Outra maneira de se implementar o tratamento acústico é a partir dos chamados isolamentos, que bloqueiam a passagem de som pelas paredes. Esse sistema é formado por massa-mola-massa, sendo a massa um material como gesso, por exemplo, e mola o ar ou um elemento absorvente, quando se deseja melhor performance, como indicado na Figura 33 (GREVEN; FAGUNDES; EINSFELDT, 2006 apud BÓSCHI; MOISÉS; GHISI, 2019).