2 minute read
2.1 PSICOLOGIA AMBIENTAL
26
adiante, chega-se à complementaridade de ideias de alguns dos elementos que tornam o ambiente de trabalho mais confortável e agradável.
Para Haynes (2008, apud BOSA, 2017, p.11), existem duas abordagens que relacionam as sensações humanas com a arquitetura: o conforto, envolvendo aspectos como ventilação, ergonomia e temperatura, ligadas com a percepção física e aspectos subjetivos, psicológicos, como limpeza, decoração e segurança.
Ayoko e Härtel (2003, apud BOSA, 2017, p.11) consideram que, para estimular a interação entre os trabalhadores, o ambiente de trabalho deve proporcionar visibilidade, compartimentação, proximidade e disponibilidade de outros ambientes destinados a convivência. Mayer (1995, apud BOSA, 2017, p.11) pontua que os projetos dos ambientes corporativos podem ser concebidos de maneira que estimulem a troca de ideias, discussão e interação entre os colaboradores.
Bosa (2017) conclui que, da mesma forma que os fatores psicológicos, o ambiente físico de trabalho influencia na percepção de conforto e bem-estar, por meio de aspectos como ergonomia, iluminação, layout, acústica, temperatura, cor e tantos outros elementos que compõem o espaço. Para adentrar mais especificamente na relação entre a psicologia e o ambiente, surgiu a Psicologia Ambiental, que será abordada a seguir.
2.1 PSICOLOGIA AMBIENTAL
Primeiramente, é necessário estabelecer a relação entre o comportamento e o meio, que, segundo o psicólogo Kurt Lewin (1892-1947) (apud GONÇALVES e PAIVA, 2018), pode ser demonstrado pela expressão da Figura 7.
Figura 7 - Expressão de Kurt Lewin
Fonte: GONÇALVES e PAIVA (2018)
A disciplina que busca entender o vínculo demonstrado acima é a Psicologia ambiental. Ela tem como objeto de estudo o indivíduo em seu contexto, sendo o cerne desta as relações e inter-relações entre a pessoa e o ambiente, tanto físico quanto
27
social. Faz-se a investigação acerca da avaliação e percepção do ambiente pelo ser humano, assim como as influências que este ambiente causa no indivíduo que o utiliza. Moser (1998) afirma que é reconhecido que certas características espaciais influenciam notoriamente na adoção de determinados comportamentos e na inibição de outros. A psicologia ambiental procura responder qual é a relação entre as características espaciais e o impacto causado nos usuários.
No Brasil, a área de estudos surgiu no início dos anos 1970, com base na tradução e publicação de livros do exterior. Porém, apenas na década de 1990 os estudos da psicologia ambiental se difundiram nas universidades brasileiras, em grupos de estudos ou laboratórios. Na atualidade, a disciplina está presente na grade curricular de diversos cursos brasileiros, a nível de graduação e pós-graduação, em cursos como psicologia, geografia, engenharia ambiental e arquitetura e urbanismo. (CAVALCANTE e ELALI, 2011).
Moser (2005 apud CAVALCANTE e ELALI, 2011), define quatro níveis de interrelação entre pessoa e ambiente:
“1) microambiente, abarcando os espaços privados (moradia etc.); 2) ambientes de proximidade, incluindo os espaços compartilhados semipúblicos (bairro, local de trabalho, praças, parques etc.); 3) ambientes coletivos públicos (cidade, vilarejo etc.); 4) ambiente global, abrangendo o ambiente em sua totalidade, construído ou não, e seus recursos, naturais ou referentes à sociedade.” (CAVALCANTE e ELALI, 2011)
Figura 8 - Os espaços da interação entre pessoa e ambiente
Fonte: MOSER (2018)
More articles from this publication:
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 121
APÊNDICE B – Observações dos t...
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 114
REFERÊNCIAS
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 104
Figura 81 - Perspectiva Sala d...
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 85
5.2.4 Conclusão
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 112
6. CONCLUSÃO
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 82
5.2.3 Análise do gabarito, zon...
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 83
Figura 63 - Mapa de gabarito, ...
from TCC arqurbuvv A ARQUITETURA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O BEM-ESTAR NO ESPAÇO CORPORATIVO
, page 63