Da prática para a teoria do gerenciamento de crises na comunicação

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INTRODUÇÃO A escolha do tema Gerenciamento de Crises para discorrer neste artigo partiu ao

relembrar as situações que vivenciei em diversas ocasiões quando atuava como Jornalista na Assessoria de Imprensa na Secretaria Municipal de Educação da Cidade de São Paulo. Nos três anos em que que fiz atuei na A.I, percebi que as crises podem acabar com todo trabalho de construção de imagem e consolidação de projetos sérios que envolviam muitos profissionais sérios e comprometidos. Dentro do serviço público, uma crise desencadeada pode, além de acabar com a imagem institucional, também esmorecer um profissional responsável e comprometido e, acabar com relacionamentos estabelecidos em várias esferas. Atuar com prestação de serviço público não é tarefa fácil. É estar a todo tempo no foco da mídia, seja ela ética ou não. Foram muitas as situações criadas equivocadamente, por pressões política, jogo de interesse, que só com o tempo adquire-se a expertise necessária para lidar com a situação. A prática para derrubar pautas negativas criadas intencionalmente, responder responsavelmente ou mesmo se aproveitar de uma má intensão para emplacar uma matéria, só veio com o tempo. Diversas foram as situações também, em que a crise era real. Para administrá-la era preciso muito cuidado e estudo de estratégias diferentes a cada momento, sempre de acordo com o perfil do jornalista e ou veículo o qual representará. Essas estratégias eram definidas no momento da crise, sem ter um plano estabelecido para seguir. Qual hora era melhor falar e para quem falar? Qual era o momento em que cabia a Prefeita, no topo da hierarquia, ou a Secretária de Educação, se pronunciar oficialmente ou passar a vez para um (a) porta voz, minimizando a crise ou mesmo piorando-a, já que se tratava de interesse público e chegava as capas de jornais e aos telejornais rapidamente e em grande quantidade. A quem confiar às informações e entrevistas? Fico imaginando como seria se em meados de 2003, quase há dez anos, tivemos que lidar também com as redes sociais. As situações se propagariam muito mais, óbvio. Na mensuração qualitativa dos resultados percebi que tivemos êxitos e identifiquei em várias ações daquela época, definidas de maneira intuitiva, foram na sua maioria, assertivas. Neste artigo, pretendo refletir sobre as ações praticadas, embasá-las e compará-las com as teorias existentes.

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