CURRÍCULO ILUSTRADO
CURRÍCULO


SUMÁRIO
1 - HabitaçAo Coletiva Corifeu de Azevedo Marques


circulação vertical
circulação vertical circulação vertical
rua aérea para moradores un. habitacionais acessos un. comerciais
praça aberta para a cidade



2 - Travessia em Três Planos - Infraestrututra urbana



É uma ideia de transposição, desígnio de uma cidade de São Paulo com um outro olhar diante de seus corpos d’água,que penetra intensamente em um de seus maiores patrimônios: a Universidade de São Paulo. Conectando o bairro de Alto de Pinheiros com a Raia Olímpica, o projeto proposto estrutura-se a partir de três grandes coberturas suspensas treliçadas metálicas. Sob essas gran des sombras são desenvolvidos programas que não limitam a função do espaço, abraçando usos imprevistos e tendo como premissa a apropriação da cidade em seu dinamismo mais puro. A pro posta aqui é conectar os modais de transporte: a rodovia, a ferrovia, e o porto se entrelaçam na paisagem e criam passeios que envolvem o pedestre.





As coberturas, os programas e corpos d’água constituem os planos, sintetizando essa arquitetura. Pretende-se um caminhar sob marquises, possibilitado por passarelas de 4 metros de altura e 12 metros de largura dispostas transversalmente ao Rio Pinheiros e a Raia Olímpica e que se encerram para anunciar a chegada em cada uma das grande coberturas.
É um projeto na escala do pedestre, que leva a demanda metropolitana do hoje, mas que acima de tudo almeja a cidade menos rodoviária e acelerada, o desejo do passeio de amanhã.
A Estação Raia Olímpica da Linha Esmeralda da CPTM, foi pensada para facilitar o acesso dos discentes da Universidade de São Paulo (USP) e comunidade geral diretamente ao campus, ativando assim o seu parque urbano, intelectual e cultural. Nessa, dispõe-se o programa em 3 blocos modulares (24 x 9 metros) e dissociados, em alvenaria estrutural, assentados sobre uma grande laje de concreto armado. Seriam eles: o bloco de atendimento ao público, o bloco técnico-operacional e o bloco que abrigaria as necessidades dos funcionários da estação. Ainda, optou-se por espaçar o programa de tal forma, a fim de criar vazios para contemplação da paisagem natural e construída, trabalhando com vedações translúcidas nesses espaços.






Fechando a transposição proposta, optou-se por implantar o Centro Esportivo de Remo, voltado ao esporte universitário praticado pelos discentes dos diversos institutos educacionais da USP. Desde 1973, ano da fundação da Raia Olímpica que abriga tal esporte, consolidando o campus como um oásis hídrico na cidade de São Paulo. Nesse eixo, os blocos foram construídos sobre a mesma linguagem arquitetônica da Estação e do Porto, embora aqui deixem de atuar como protagonistas no espaço, dando lugar a um “vazio” coberto por uma expressiva marquise, a qual abriga também a infraestrutura voltada à prática esportiva do remo. Ainda, escolheu-se cobrir tal vazio, de forma que esse constitui-se um “espaço sem nome”, permitindo assim diversas apropriações por parte dos usuários.


O Porto, mesmo que destinado apenas ao turismo, também completa o eixo de transporte proposto. Nesse, o projeto visa criar um novo vínculo da população com os rios da cidade, transformando-os em agentes ativos na preservação e manutenção dos corpos d’água. Quanto ao programa, no Porto segue-se também a linguagem arquitetónica da Estação: são 3 blocos dissociados que abrigam o vestiário público, o atendimento ao público e o setor operacional e a área dos funcionários, respectivamente. Implantado na Orla do Rio Pinheiros, acompanha o programa do Porto, salas comerciais que atraem a permanência e completam a experiência do usuário.


3 - Cobertura Desmontável para Ocupaçoes em SP

CAUÇÃO DEMARCAÇÃO DO ESPAÇO NA OCUPAÇÃO
Presente na periferia autoconstruída da metrópole de São Paulo, o barracão é uma tipologia de suma importância para a consolidação da ocupação da terra na terra, contradição inerente ao capitalismo periférico brasileiro, em que o solo urbano muitas vezes é inutilizado de sua função social. Essa simples cobertura é decorrente da demanda por espaços de discussão e pela demarcação de uso no espaço, uma caução para a luta pela titulação da terra e é em torno desse ato singelo de cobrir e discutir que se dá a ocupação.






A atitude projetual aqui proposta é um incentivo a discussão e ao convívio no espaço do conflito, contestação a inventividade despolitizada da arquitetura que despreza questões como a segurança de posse do morador, perpetuando desigualdades e um modo individualista de estar na cidade. O barracão busca quebrar essa tendência em nossa cultura urbana com um ato simples e simbólico, é a vital proteção para a pretensão de um território.

O projeto é uma releitura do barracão, proposta de uma estrutura montável cujos materiais sejam de fácil apropriação e presentes na cultura construtiva desses espaços na qual ela se faz fundamental. Por esse motivo a estrutura é composta de madeira de dimensões comerciais padrão e a composição de vigas permite que essa vença o vão necessário de 10 metros, para a discussão ocorrer sem impeditivos sob esse pórtico. O anexo é de blocos de concreto, técnica também já incorporada a cultura construtiva popular brasileira, sendo de fácil replicação. A forma desse conjunto, portanto, se mistura diante do espaço em que se instala.
Como estudo de caso, analisou-se três ocupações com graus distintos de consolidação e escala, para entendendimento da demanda de escala: Jardim União e Anchieta, ambas no Grajaú e com contextos distintos, sendo a primeira mais adensada (1000 famílias), enquanto a segunda (664 famílias) conquistou a regularização e está ladeado a dois equipamentos urbanos. O terceiro estudo de caso é de ocupação mais recente cuja ocupação se deu em torno de uma cobertura já existente, a Ocupação Antonio Conselheiro, em Mauá.




Jardim União
Anchieta

EDIFÍCIO EM PROCESSO
EDIFÍCIO EM PROCESSO
ínicio da ocupação
ínicio da ocupação
consolidação da ocupação
consolidação da ocupação
O projeto teve como partido a simplicidade e a utilização de técnicas construtivas bastante difundidas, o objetivo é que a estrutura tenha materiais a disposição para a construção em qualquer localidade. A edificação também priorizou a versatilidade de implantação, e a possibilidade de adequação a diferentes terrenos, o edifício anexo também teve os mesmo parâmetros na sua concepção, a técnica empregada foi o bloco de alvenaria estrutural, pela sua economia e a alta disponibilidade. O projeto foi construído para que possa ser executado em diversos locais e contextos.





O projeto teve como partido a simplicidade e a utilização de técnicas construtivas bastante difundidas, tivo é que a estrutura tenha materiais a disposição para a construção em qualquer localidade. A edificação também priorizou a versatilidade de implantação, e a possibilidade de adequação a diferentes terrenos, edifício anexo também teve os mesmo parâmetros na sua concepção, a técnica empregada foi o bloco alvenaria estrutural, pela sua economia e a alta disponibilidade. O projeto foi construído para que possa executado em diversos locais e contextos.








PROCESSO DE MONTAGEM
1° ETAPA: fundação sapata direta dimensão e tipo de fundação variando com o solo. pilar de madeira: composição de 3 ripas de 6 x 12 cm contraventamento dos pilares.
3° ETAPA: fixação das terças, que também servem de reforço ao contraventamento entre os pórticos. instalação das telhas metálicas trapezoidais com 0,5 mm de espessura.
2° ETAPA: trave horizontal do pórtico. todas as barras da estrutura são de madeira: composição de 3 ripas de 6 x 12 cm contraventamento das traves. todas as barras são fixadas com chapas metálicas e aparafusadas.
4° ETAPA: com o aumento da ocupação surge a demanda por espaço anexo ao barracão que disponha de serviços básicos. programa do anexo: banheiro cozinha
armazém