Currículo Ilustrado | Marco Stoppe, 2023

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CURRÍCULO ILUSTRADO

CURRÍCULO ILUSTRADO

CURRÍCULO

SUMÁRIO

1 - HabitaçAo Coletiva Corifeu de Azevedo Marques

circulação vertical

circulação vertical circulação vertical

rua aérea para moradores un. habitacionais acessos un. comerciais

praça aberta para a cidade

av.corifeudeazevedomarques 0 5 20 50 m planta praça aberta planta térreo - av. corifeu av.corifeudeazevedomarques 0 5 20 50 m planta térreo - comércio av.corifeudeazevedomarques 0 5 20 50 m planta planta mezanino - comércio av.corifeudeazevedomarques 0 5 20 50 m
corte DD corte CC 0 5 20 m 0 5 20 m corte CC 0 5 20 m 8%i. 8% i.8% 8% 8% 8% i.8% 8% 8% 8% i.8% 8% i.8% +748,00 B A A B C D C D linhas de
implantação 0 5 20 50 m corte DD corte CC 0 5 20 m 0 5 20 m corte CC 0 5 20 m
corte
0 5 20 50 m habitação 1° pav. av.corifeudeazevedomarques planta 0 5 20 50 m planta habitação 2° ao 6° pav. av.corifeudeazevedomarques
1 dormitório 32 m² 2 dormitórios 60 m² 3 dormitórios 80 m²

2 - Travessia em Três Planos - Infraestrututra urbana

É uma ideia de transposição, desígnio de uma cidade de São Paulo com um outro olhar diante de seus corpos d’água,que penetra intensamente em um de seus maiores patrimônios: a Universidade de São Paulo. Conectando o bairro de Alto de Pinheiros com a Raia Olímpica, o projeto proposto estrutura-se a partir de três grandes coberturas suspensas treliçadas metálicas. Sob essas gran des sombras são desenvolvidos programas que não limitam a função do espaço, abraçando usos imprevistos e tendo como premissa a apropriação da cidade em seu dinamismo mais puro. A pro posta aqui é conectar os modais de transporte: a rodovia, a ferrovia, e o porto se entrelaçam na paisagem e criam passeios que envolvem o pedestre.

As coberturas, os programas e corpos d’água constituem os planos, sintetizando essa arquitetura. Pretende-se um caminhar sob marquises, possibilitado por passarelas de 4 metros de altura e 12 metros de largura dispostas transversalmente ao Rio Pinheiros e a Raia Olímpica e que se encerram para anunciar a chegada em cada uma das grande coberturas.

É um projeto na escala do pedestre, que leva a demanda metropolitana do hoje, mas que acima de tudo almeja a cidade menos rodoviária e acelerada, o desejo do passeio de amanhã.

barreiras físicas A A B B A1 A2 A3 A4 S1 B1 B2 B4 B5 B6 B7 B8 B9 S3 S4 B10 B11 B12 B13 C1 C2 C3 C4 C5 C6 PLANTA ESTAÇÃO CPTM
LEITURA URBANA

A Estação Raia Olímpica da Linha Esmeralda da CPTM, foi pensada para facilitar o acesso dos discentes da Universidade de São Paulo (USP) e comunidade geral diretamente ao campus, ativando assim o seu parque urbano, intelectual e cultural. Nessa, dispõe-se o programa em 3 blocos modulares (24 x 9 metros) e dissociados, em alvenaria estrutural, assentados sobre uma grande laje de concreto armado. Seriam eles: o bloco de atendimento ao público, o bloco técnico-operacional e o bloco que abrigaria as necessidades dos funcionários da estação. Ainda, optou-se por espaçar o programa de tal forma, a fim de criar vazios para contemplação da paisagem natural e construída, trabalhando com vedações translúcidas nesses espaços.

Raia Olímpica Rio Pinheiros Estação CPTM Porto Raia Olímpica

Fechando a transposição proposta, optou-se por implantar o Centro Esportivo de Remo, voltado ao esporte universitário praticado pelos discentes dos diversos institutos educacionais da USP. Desde 1973, ano da fundação da Raia Olímpica que abriga tal esporte, consolidando o campus como um oásis hídrico na cidade de São Paulo. Nesse eixo, os blocos foram construídos sobre a mesma linguagem arquitetônica da Estação e do Porto, embora aqui deixem de atuar como protagonistas no espaço, dando lugar a um “vazio” coberto por uma expressiva marquise, a qual abriga também a infraestrutura voltada à prática esportiva do remo. Ainda, escolheu-se cobrir tal vazio, de forma que esse constitui-se um “espaço sem nome”, permitindo assim diversas apropriações por parte dos usuários.

A A S5 E1 S6 E2 F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 G1 G2 G3 G4 G5 G6 E3
PLANTA
PLANTA PORTO

O Porto, mesmo que destinado apenas ao turismo, também completa o eixo de transporte proposto. Nesse, o projeto visa criar um novo vínculo da população com os rios da cidade, transformando-os em agentes ativos na preservação e manutenção dos corpos d’água. Quanto ao programa, no Porto segue-se também a linguagem arquitetónica da Estação: são 3 blocos dissociados que abrigam o vestiário público, o atendimento ao público e o setor operacional e a área dos funcionários, respectivamente. Implantado na Orla do Rio Pinheiros, acompanha o programa do Porto, salas comerciais que atraem a permanência e completam a experiência do usuário.

A A H2 H3 H4 H5 H7 PLANTA EDIFÍCIO DE APOIO A RAIA OLÍMPICA

3 - Cobertura Desmontável para Ocupaçoes em SP

CAUÇÃO DEMARCAÇÃO DO ESPAÇO NA OCUPAÇÃO

Presente na periferia autoconstruída da metrópole de São Paulo, o barracão é uma tipologia de suma importância para a consolidação da ocupação da terra na terra, contradição inerente ao capitalismo periférico brasileiro, em que o solo urbano muitas vezes é inutilizado de sua função social. Essa simples cobertura é decorrente da demanda por espaços de discussão e pela demarcação de uso no espaço, uma caução para a luta pela titulação da terra e é em torno desse ato singelo de cobrir e discutir que se dá a ocupação.

A atitude projetual aqui proposta é um incentivo a discussão e ao convívio no espaço do conflito, contestação a inventividade despolitizada da arquitetura que despreza questões como a segurança de posse do morador, perpetuando desigualdades e um modo individualista de estar na cidade. O barracão busca quebrar essa tendência em nossa cultura urbana com um ato simples e simbólico, é a vital proteção para a pretensão de um território.

O projeto é uma releitura do barracão, proposta de uma estrutura montável cujos materiais sejam de fácil apropriação e presentes na cultura construtiva desses espaços na qual ela se faz fundamental. Por esse motivo a estrutura é composta de madeira de dimensões comerciais padrão e a composição de vigas permite que essa vença o vão necessário de 10 metros, para a discussão ocorrer sem impeditivos sob esse pórtico. O anexo é de blocos de concreto, técnica também já incorporada a cultura construtiva popular brasileira, sendo de fácil replicação. A forma desse conjunto, portanto, se mistura diante do espaço em que se instala.

Como estudo de caso, analisou-se três ocupações com graus distintos de consolidação e escala, para entendendimento da demanda de escala: Jardim União e Anchieta, ambas no Grajaú e com contextos distintos, sendo a primeira mais adensada (1000 famílias), enquanto a segunda (664 famílias) conquistou a regularização e está ladeado a dois equipamentos urbanos. O terceiro estudo de caso é de ocupação mais recente cuja ocupação se deu em torno de uma cobertura já existente, a Ocupação Antonio Conselheiro, em Mauá.

Jardim União

Anchieta

1 UNIVERSITÁRIA NOME DO PRO ETO CAUÇÃO

EDIFÍCIO EM PROCESSO

EDIFÍCIO EM PROCESSO

ínicio da ocupação

ínicio da ocupação

consolidação da ocupação

consolidação da ocupação

O projeto teve como partido a simplicidade e a utilização de técnicas construtivas bastante difundidas, o objetivo é que a estrutura tenha materiais a disposição para a construção em qualquer localidade. A edificação também priorizou a versatilidade de implantação, e a possibilidade de adequação a diferentes terrenos, o edifício anexo também teve os mesmo parâmetros na sua concepção, a técnica empregada foi o bloco de alvenaria estrutural, pela sua economia e a alta disponibilidade. O projeto foi construído para que possa ser executado em diversos locais e contextos.

O projeto teve como partido a simplicidade e a utilização de técnicas construtivas bastante difundidas, tivo é que a estrutura tenha materiais a disposição para a construção em qualquer localidade. A edificação também priorizou a versatilidade de implantação, e a possibilidade de adequação a diferentes terrenos, edifício anexo também teve os mesmo parâmetros na sua concepção, a técnica empregada foi o bloco alvenaria estrutural, pela sua economia e a alta disponibilidade. O projeto foi construído para que possa executado em diversos locais e contextos.

2022 2014 2009 2022 2014 2004 2022 2014 2007 Antônio Conselheiro Anchieta Jardim União
Conselheiro Anchieta Jardim União
Antônio
2022 2014 2009 2022 2014 2004 2022 2014 2007 Antônio Conselheiro Anchieta Jardim União Antônio Conselheiro Anchieta Jardim
União
0 2 4 m difundidas,
terrenos, o
de possa ser 0 2 4 m
o objeedificação
bloco

PROCESSO DE MONTAGEM

1° ETAPA: fundação sapata direta dimensão e tipo de fundação variando com o solo. pilar de madeira: composição de 3 ripas de 6 x 12 cm contraventamento dos pilares.

3° ETAPA: fixação das terças, que também servem de reforço ao contraventamento entre os pórticos. instalação das telhas metálicas trapezoidais com 0,5 mm de espessura.

2° ETAPA: trave horizontal do pórtico. todas as barras da estrutura são de madeira: composição de 3 ripas de 6 x 12 cm contraventamento das traves. todas as barras são fixadas com chapas metálicas e aparafusadas.

4° ETAPA: com o aumento da ocupação surge a demanda por espaço anexo ao barracão que disponha de serviços básicos. programa do anexo: banheiro cozinha

armazém

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