Desfiles das Escolas de Samba e políticas públicas no Rio de Janeiro

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DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA E POLÍTICAS PÚBLICAS NO RIO DE JANEIRO* Ricardo Alves de Moraes1 Fernanda Delvalhas Piccolo2 Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar as políticas públicas culturais voltadas para os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e o desenvolvimento dessas políticas para este segmento que é, senão o maior, um dos mais importantes do carnaval carioca. Com um olhar da produção cultural e das ciências sociais utilizamos a noção de campo político de Bourdieu, onde há um lugar, não físico, no qual diversos agentes disputam poder como o Estado, as escolas, os organizadores, o público e o mercado, entre outros. Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica buscando fomentar a reflexão sobre o tema. Nesse contexto nos referiremos também ao alcance das políticas públicas, ao que e a quem elas dão ênfase, além da inserção do produtor cultural nesse mercado. Palavras-chave: Políticas Públicas Culturais, Escolas de Samba, desfiles. Introdução O presente artigo visa analisar o desenvolvimento das políticas públicas culturais para os desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro. Essas políticas se ligam a outras ações do Estado, mais especificamente, às reformas urbanísticas no centro da cidade. As transformações urbanas na cidade do Rio de Janeiro, ao longo dos séculos XIX e XX, provocaram um grande impacto nos hábitos e costumes da população. Foi assim com a chegada da família real, no início do século XIX, quando a cidade assistiu a mudanças impactantes no espaço urbano, fruto da invasão ou desapropriação de casas no centro da cidade para que fossem ocupadas pelos nobres, comerciantes e todos que desembarcavam vindos de Portugal. Impacto semelhante ocorreu no início do século *

Este artigo é fruto da monografia de conclusão de curso em Produção Cultural do IFRJ, defendida em abril de 2013, intitulada “POLÍTICAS PÚBLICAS PARA OS DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA DO GRUPO ESPECIAL DO RIO DE JANEIRO”. 1 Produtor Cultural. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. E mail: ricardodemoraes@gmail.com 2 Dra. Antropologia Social. Profa. e coordenadora do Curso de Bacharelado em Produção Cultural do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Campus Nilópolis. Tutora do grupo PET/Conexões de Saberes em Produção Cultural do IFRJ. Email: fernanda.piccolo@ifrj.edu.br


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