Estratéégia como Prática P na P Produção do d Desfile de d uma Esccola de Sam mba Autoria: A Ana Carolina Júlio, J César Tureta T
RES SUMO As eescolas de samba são o organizaç ões tipicam mente brasileiras, cujoo objetivo principal é desfiilar no carnnaval. Em um sentido aamplo, o caarnaval não significa ap apenas um festejo, f mass toda sua preparaação, que en nvolve um conjunto orrganizado de d práticas eestratégicass para que a escolla consiga realizar r sua apresentaçãão na avenid da. Nesse seentido, nossso objetivo é analisar a organnização da prática do o estrategizzar na prod dução do desfile d de uuma escolaa de sambaa capixxaba, mais especificam mente no prrocesso de produção dos d carros aalegóricos. Para tanto,, utilizzamos a peerspectiva da d estratégiia como prática sociall, tendo coomo base as ideias dee organnização dass práticas de d Theodoree Schatzki. Realizamos um estuddo de caso qualitativoq descrritivo, entree janeiro e fevereiro de 2015, por meio de observaação não participante, p , entreevistas expploratórias, análise doocumental e fotografiias. Para a análise dos d dados,, utilizzamos o prrocedimento o de análi se de contteúdo temáático à possteriori. Os resultadoss indiccam que a agremiação a ma série de problemas, p teve que liddar com um à escassez de recursoss princcipalmente, o que dem mandou dos ppraticantes criatividade no desenvvolver da produção doo carnaaval. Conclluímos que os entenddimentos a respeito dee como a pprática do estrategizar e r aconntece no caarnaval atu ual foi funndamental para p sua organização o o. Tendo em e vista a valorrização dos elementos visuais v e esstéticos, ter sensibilidad de na escolhha de cores, formatos e tamaanhos se appresentou co omo um coomponente importante do estrateggizar na pro odução dass alegoorias. Palaavras-chavee: Estratégiaa Como Práática. Práticaas Organizaativas. Theoodore Schatzzki. Escola De S Samba. Carnnaval. 1. IINTRODUÇ ÇÃO As escollas de samb ba são assocciações recreativas e musicais, m tippicamente brasileiras, b cujo objetivo prrincipal é deesfilar no caarnaval (GO OLDWASSE ER, 1975). A Apesar da imagem i de da a essas agremiaçõe a es por partee do senso festaa e falta dee ordem serr comumennte associad comuum, é intereessante notaar que uma escola de samba s é cap paz de produuzir (durantte todo um ano) e executaar (por aproximadam mente uma hora) um desfile orrganizado. O desfile carnaavalesco é desenvolvid do a partir da apresen ntação de allasi e carross alegóricossii em uma sequêência lógica, de modo o que seja ppossível con ntar uma hiistória, o ennredo da ag gremiação. Assim m, em um sentido s mais amplo, o carnaval nãão significa apenas um m grande fesstejo, e sim “[...] toda a sua preparação, ao longo dda qual um novo enred do transform mar-se-á graadualmente em samba-enreddo, em alegorias e em ffantasias [....]” (CAVA ALCANTI, 11994, p. 15)). Para que o dessfile aconteça é necesssário que muuitas pessoaas trabalhem m intensameente ao longo do ano, fazenndo com que q a produ ução do deesfile se deefina a partir de um conjunto de d práticas organnizativas (T TURETA; ARAÚJO, 2013) qu ue ganha fo orma na aavenida (VE ERGARA; MOR RAES; PAL LMEIRA, 1997). Várias attividades sãão realizadaas tendo em m vista os ob bjetivos da aagremiação: disputar o títuloo de campeãã ou fazer uma u apresenntação que a mantenhaa no grupo eespecial, po or exemplo. Muittas dessas atividades a têm t caráterr estratégico e, por seerem compoonentes do campo daa práticca (SCHAT TZKI, 2001 1), só podeem ser enteendidas a partir do cottidiano organizacionall (JAR RZABKOW WSKI, 2005)). Nesse senntido, este trabalho se alinha ao movimento o da práticaa que gganhou forçça nas décad das de 19700 e 1980, qu uando o deb bate entre tteoria e práttica tornou-se ceentral nas ciências so ociais e ocoorreu uma “virada” em e direção ao estudo da práticaa 1