Marketing político e mídias sociais: avanços e retrocessos

Page 1

Marketing político e mídias sociais: avanços e retrocessos Por Adolpho Queiroz

Neste relato, pretendemos discutir com maior ênfase as contribuições sobre o debate acadêmico neste campo. Para isso, ao lado dos pesquisadores bolsistas que me auxiliaram neste projeto, buscamos identificar nas sociedades científicas brasileiras ligadas ao campo dos estudos sobre marketing político e propaganda política, as interfaces de ações e pesquisas sobre a temática “marketing político e internet”, realizados nos congressos dos últimos três anos das principais entidades científicas da comunicação e política no Brasil, a saber: a COMPÓS, Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação em Comunicação no Brasil – que representa 43 programas de mestrado e doutorado no Brasil http://www.compos.org.br/gt de comunicação e política; a COMPOLITICA, Associação Nacional dos Pesquisadores em Comunicação e Política, entidade que reúne dezenas de pesquisadores das áreas de comunicação e ciências sociais, nos seus congressos bianuais e na sua revista eletrônica, intitulada Revista Compolítica e publicada

sob

o

endereço

eletrônico

http://compolitica.org/revista/index.

php/revista/index.; da POLITICOM, Sociedade Brasileira dos Pesquisadores e Profissionais de Comunicação e Marketing Político, http://politicom.com.br/ que se reúne anualmente em seus congressos, publica uma revista impressa e promove outras atividades no campo e a ABCOP, Associação Brasileira dos Consultores de Marketing Político, entidade profissional que reúne cerca de 400 associados em todo o país que participam com suas “expertises” de campanhas eleitorais. Há ainda a se destacar neste conjunto, as contribuições de outras entidades similares, cujas contribuições ao debate sobre comunicação e política tem sido fundamentais no Brasil contemporâneo, a saber: a INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; o CESOP, Centro de Estudos sobre Opinião Pública, da UNICAMP, a ANPOCS, Associação Nacional dos Pesquisadores de Ciências Sociais, a ANPUH, Associação Nacional dos Pesquisadores de História e a ALCAR, Associação Nacional dos Pesquisadores de História da Mídia, os institutos de pesquisa de opinião pública, as bibliotecas especializadas, entre outros.


Cada uma delas, ao seu modo, com maior longevidade e periodicidade, tem feito com que as discussões sobre comunicação e política e seus impactos pela internet sejam avaliados com rigor metodológico e científico. O objetivo principal deste relato é o de discutir de que forma, nos últimos três anos 2011, 2010 e 2009, as quatro principais entidades científicas e profissionais do campo, trabalharam em seus congressos, a temática da comunicação política e suas interfaces com a internet. Foi possível observar, nos congressos da Compós, Compolitica, Politicom e Abcop, quais os realces, destaques e perspectivas que foram apontados por pesquisadores da área sobre esta temática. Esse objetivo consolidou-se a partir da leitura de 23 artigos difundidos nos últimos três congressos das entidades avaliadas, cujos resumos e impressões são colocados no escopo de avaliação deste artigo.

Origens das Associações Científicas de Comunicação e Política A experiência brasileira no campo da comunicação surgiu com a imprensa (HOHLFELDT, 2010, p.39); e ao longo de nossa história republicana (BAREL, 2007, p.202) diversos políticos brasileiros perceberam a necessidade de utilizar meios de comunicação para fazer suas mensagens tornarem-se conhecidas perante os eleitores; e a maior parte dessas atitudes deu-se de modo não especializado. A abertura política da década de 1980 trouxe consigo uma vida pluripartidária, liberdade de imprensa e expressão em todos os veículos, bem como a necessidade de profissionalização neste campo de atuação, fazendo surgir uma série de espaços para a pesquisa, para o desenvolvimento profissional de jornalistas, publicitários, relações públicas, cineastas, escritores e planejadores, que trouxeram para a interface comunicação e política um nível de interesse acentuado. (QUEIROZ, 2010, p.225). O Brasil só despertou para o marketing eleitoral/político profissional em 1989, na eleição presidencial daquele ano. (BAREL, 2007, p.208). E à medida que os políticos começaram a trabalhar melhor a comunicação, surge então o marketing eleitoral/político e com ele nascem os grupos de trabalhos – formados por profissionais capacitados que desde então contribuem intensamente para a área com estudos e publicações que servem de base tanto para outros profissionais como para os alunos de cursos especializados. Em 1991 profissionais de diversas áreas, unidos pelos trabalhos políticoeleitorais, deram um passo definitivo para tentar profissionalizar e, dar maior visibilidade e qualidade aos trabalhos de comunicação político-eleitoral desenvolvidos no país. E foi


na cidade de São Paulo, na sede da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP) onde “militantes” criaram a Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), que “surgiu com o intuito maior de coibir os aventureiros que normalmente surgem em época de campanhas eleitorais e no mercado político, dizendo-se experts em marketing político/eleitoral, e desmoralizando o mercado”. (BAREL, 2007, p.208).

ABCOP Idealizada e composta por vários profissionais da área de Marketing Político Eleitoral, a Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop) surgiu em novembro de 1991, com o intuito de coibir os aventureiros que surgem em época de campanhas eleitorais desmoralizando o mercado político com a aplicação de serviços sem a mínima qualidade. Seu primeiro presidente foi Carlos Augusto Manhanelli. A Abcop nasceu numa época em que falar de marketing político era muito perigoso. Estávamos saindo do Regime Militar. Nestes anos, temos nos moldado aos formatos do mercado. Estamos voltados a ele. Nossa visão é extremamente mercadológica. A principal evolução foi nos tornarmos uma entidade reconhecida internacionalmente, capaz de expandir seus trabalhos. (BAREL, 2007, p. 209)

Os

profissionais

da

Associação

ensinam

a

fazer

campanhas

políticas/marketing político a partir de análise do desempenho de candidatos, assim como suas atitudes e aparência. Conta com centenas de profissionais que colaboram com o andamento da associação através de palestras, seminários, treinamentos, pesquisas e cursos; viabilizam atividades realizadas em épocas eleitorais, de modo organizado e planejado, para captar o maior número possível de votos para um determinado político. Todos os nossos profissionais (BAREL, 2007, p.209) possuem experiência e conhecimento técnico para fazer trabalhos de boa qualidade. Realiza periodicamente o Congresso Brasileiro de Estratégias Eleitorais e Marketing Político e incentiva a publicação de livros, boletins eletrônicos e informações visando à troca de experiências sobre resultados obtidos a partir das técnicas tradicionais e contemporâneas de comunicação política. A Abcop é filiada às congêneres latino-americana e internacional, que são, respectivamente, a Asociación Latinoamericana de Consultores Políticos (Alacop) e a Internacional Association of Political Consultants (IAPC). (QUEIROZ, 2011, p.57). Houve um aumento de credibilidade na realização dos trabalhos de modo geral. Nosso marketing político hoje está credenciado internacionalmente e mais


avançado que o praticado nos EUA e na Europa. Nos EUA, há 200 anos a lei eleitoral é praticamente a mesma. No Brasil a lei eleitoral é fascicular; a cada eleição, existem regras diferentes e estas alterações precisam ser respeitadas pelos consultores políticos. (BAREL, 2007, p.210) Uma das principais contribuições da Abcop é o lançamento da uma coleção de livros sobre marketing eleitoral/político, com ênfase em eleições municipais. A página online da Abcop (www.abcop.com.br) oferece a oportunidade de conhecer assuntos gerais sobre marketing político eleitoral. Para os consultores políticos há oportunidade de se credenciar perante uma associação que prima pela qualidade de seus trabalhos e traz oportunidades de aprimoramento de suas técnicas no Brasil e no exterior. Sob a coordenação de Adolpho Queiroz e Carlos Manhanelli, dois dos principais desbravadores do universo da comunicação política nacional, realizaram publicações de representativo gabarito e notória respeitabilidade perante seus pares. Nesse contexto, o X Congresso Brasileiro de Marketing Político, realizado em agosto de 2011, serviu como palco para a contemplação dessa aliança estratégica, que objetiva, em segundo, promover maior amplitude de ações com novas visões e perspectivas, sob coordenação da nova diretoria do Politicom. (verde p.221 e 222).

COMPÓS A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) foi fundada em 16 de junho de 1991, em Belo Horizonte, com o apoio da Capes e do CNPq, a partir da iniciativa de alguns pesquisadores e representantes de cursos de Pós-Graduação. Em 2012, a instituição completou 21 anos. É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, congregando como associados os Programas de Pós-Graduação em Comunicação em nível de Mestrado e/ou Doutorado de instituições de ensino superior (públicas e privadas) no Brasil. Tem como objetivos principais o fortalecimento e qualificação crescentes da Pós-Graduação em Comunicação no país; a integração e intercâmbio entre os programas existentes, bem como o apoio à implantação de novos programas; o diálogo com instituições afins nacionais e internacionais; o estímulo à participação da comunidade acadêmica em Comunicação nas políticas do país para a área, defendendo o aperfeiçoamento profissional e o desenvolvimento teórico, cultural, científico e tecnológico no campo da Comunicação.


O contexto acadêmico da área, no início dos anos 90, era favorável a iniciativas de aproximação e intercambio. Ocorria então em diversos estados, para além daqueles em que se concentrava a área, o planejamento de novos programas, decorrente do desejo de pesquisadores e universidades de participar do ambiente reflexivo então restrito a poucos programas de Pós Graduação. Os programas estabelecidos também buscavam, em sua maioria, rever processos e construir novos contatos. A Compós foi resultante direta dessa movimentação – e se implantou no momento eficaz para representar e articular os esforços, estimulando sua convergência e ampliação. (p.54 azul). O GT de Comunicação e Política da Compós, tradicional espaço científico de discussão de pesquisas sobre a interface entre comunicação, política e democracia – funcionam através dos encontros anuais propostos pela instituição os pesquisadores da área, bem como os membros da Compós e estudantes interessados se reúnem e debatem temas referentes ao processo comunicacional levando ao intercambio de informações, o principal objetivo, onde ao final do congresso publica-se um livro que aborda todos os temas apresentados através dos GTs, relacionados à área da comunicação. O GT de Comunicação e Política tem-se mostrado, nos últimos anos, um dos mais ativos e produtivos, com uma contribuição enriquecedora aos estudos sobre comunicação e política. É possível encontrá-los agrupados no site da entidade. (QUEIROZ, 2020, p.227).

POLITICOM A história da Sociedade Brasileira dos Profissionais e Pesquisadores de Comunicação e Marketing Político (Politicom) se inicia em 2002 quando a Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, por intermédio da Cátedra UNESCO de Comunicação para o desenvolvimento regional, promoveu o I Seminário Brasileiro de Marketing Político. O principal objetivo era fomentar e garantir maior visibilidade a uma temática bastante contemporânea na sociedade democrática Brasil ira. Os principais objetivos da entidade são ampliar nacionalmente e internacionalmente o debate da temática de comunicação política e estimular novas redes de contato com demais grupos de pesquisadores e profissionais de áreas correlatas; promover discussão sobre a importância da comunicação política e do marketing eleitoral; sistematizar os conhecimentos da área; promover a convergência entre acadêmicos e profissionais da área. A entidade foi constituída tendo como objetivos promover a difusão do conhecimento no campo do marketing político, realizar seminários, congressos, cursos, publicar revistas, livros, integrar-se como rede científica de pesquisadores


e profissionais e contribuir para o aperfeiçoamento do processo democrático no país. (QUEIROZ, 2010, p.240).

O ano de 2011 foi marcado por acontecimentos históricos no cenário de pesquisa e mercado da comunicação política e do marketing eleitoral no Brasil, pois celebrou, em um único evento, dez anos de formação do Politicom. (p.221). É uma entidade que nos últimos cinco anos uniu esforços para inserir, na área acadêmica da comunicação nacional e internacional, a temática da comunicação com foco nos ambientes político e eleitoral, aliando pesquisas bibliográficas, amparadas nas mais diversas correntes da comunicação mundial, com o pragmatismo e o empirismo das ações de consultoria política nas campanhas eleitorais e de comunicação pós-eleitoral. (p.221). Além do objetivo de fortalecimento nacional, a Politicom promove integração com países latino-americanos e com suas respectivas entidades pesquisadores de temas correlacionados ao marketing político e à comunicação política. Essa integração e cooperação cientifica objetiva fortalecer um senso de investigação da área, nos mais diversos tipos de interação democrática e eleitoral característica do bloco regional. (p. 225 verde).

Congressos O X Congresso Brasileiro de Marketing Político, realizado em 2011, também foi interlocutor de duas vertentes da entidade: o Prêmio Sérgio Arapuã de Andrade, cujo objetivo é interagir com discentes de graduação em Comunicação, na apresentação de trabalhos relacionados a campanhas políticas, que simulam candidaturas locais reais. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 225). Sérgio Arapuã Andrade foi o primeiro profissional de marketing político da capital paulista. Atualmente empresta seu nome ao prêmio - que consagra trabalhos de acadêmicos e profissionais da área. É uma forma de estimular o desenvolvimento de campanhas eleitorais no formato de projeto acadêmico em cursos da área de comunicação. Anualmente a premiação acompanha o calendário do Congresso Brasileiro de Marketing Político, sendo permitida a participação de grupos universitários de todo o país. O Festival de Jingles Eleitorais – um exemplo de parceria entre Abcop, Politicom e Intercom – estimula profissionais e pesquisadores a compreender as técnicas de desenvolvimento de jingles eleitorais e a promover uma competitividade saudável entre duas categorias distintas – estudantes e profissionais -, demonstrando a ludicidade e a pertinência estratégica dos jingles em campanhas. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 225).


Outra contribuição salutar ao congresso foi o desenvolvimento de uma mesa de debate que versou sobre os oitenta anos de vida do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com a temática “80 anos do intelectual que virou político”. Além das discussões apresentadas no formato de mesa de debates e painéis, o Politicom considera fundamental promover o espaço para a discussão de autores da área de comunicação política e eleitoral através da interação dos grupos de trabalho. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 224). No congresso de 2011, houve oito GTs: Propaganda política no rádio; Propaganda política na televisão; Propaganda política na internet; Propaganda política no jornalismo impresso; Projetos experimentais em Comunicação; Temas livres; Pesquisas eleitorais e opinião pública; Marketing político governamental e pós-eleitoral. Eles agruparam 57 trabalhos, distribuídos de acordo com a aderência temática e a pertinência científica, permitindo, via coordenadores, um debate de qualidade e bom nível de interlocução dos autores envolvidos. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 224). Todos os grupos apresentaram uma diversidade de estudos, desde regionais – com especificidades municipais – até análises macropolíticas, envolvendo veículos

de

comunicação

nacionais

e

internacionais

ou

campanhas

eleitorais

proporcionais e majoritárias, além de análises específicas de eleitores e da construção de imagem e identidade pública.

Além dos debates presenciais, a equipe editorial da Politicom busca, periodicamente, disponibilizar publicações editoriais envolvendo os artigos apresentados, por intermédio de livros eletrônicos (e-books), visando a promover maior visibilidade do conteúdo perante demais interessados em outras regiões brasileiras e em outros países de base democrática. O congresso é importante como ambiente aglutinador de pesquisadores e sintetiza novas redes de contatos, promovendo outros tipos de publicações. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 224).

No triênio 2011-2014, a presidência será exercida pelo professor Dr. Roberto Gondo Macedo, juntamente com uma equipe de filiados ao Politicom e à Abcop, criando um laço maior de cooperação científica e profissional, com intensa troca de experiências, por meio dos eventos realizados durante o ano. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 225).

COMPOLÍTICA


A Associação Nacional dos Pesquisadores de comunicação e Política (Compolítica) foi criada em dezembro de 2006 em evento realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) - um dos grandes centros de pesquisa sobre esta temática no País. Trata-se de reunião de um grupo seleto integrado pelos mais experientes pesquisadores instalados nas principais universidades públicas e privadas do Brasil, que também passou a realizar congressos anuais com o objetivo de discutir as várias dimensões da comunicação política no rádio, televisão, jornais e revistas, Internet entre outras temáticas. (QUEIROZ, 2010, p.228). Bastante consolidada no Brasil e no mundo, a associação reúne pesquisadores não apenas dos campos de comunicação e ciência política, mas, também, de sociologia, psicologia, filosofia e antropologia. O foco da área se volta, principalmente, para a interface entre a política e os fenômenos comunicativos, sobretudo os media, suas linguagens e seus agentes. O principal objetivo da Compolítica é institucionalizar a especialidade por meio de congressos bienais de pesquisadores nacionais e estrangeiros e projetos de cooperação entre grupos de pesquisa. A ideia é promover a interlocução entre os pesquisadores das mais diferentes orientações e fortalecer a divulgação de conhecimentos teórico-metodológicos e empíricos da área de Comunicação e Política.

Dezenas de grupos de pesquisa, distribuídos pelos diversos estados da federação, já produzem materiais relacionados à área política, tanto no contexto comunicacional quanto no das Ciências Políticas. Um exemplo de representatividade concomitante com o trabalho do grupo são as ações estabelecidas, em território nacional pela Compolítica, cuja produção é digna das maiores considerações acadêmico-científicas, com congressos bianuais itinerantes por universidades federais. (Gondo e Queiroz, 2012, p. 222 verde).

Congressos Em 2007, foi realizado o II Congresso, na UFMG, em Belo Horizonte, reunindo mais de 200 pesquisadores de 45 instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil, com apresentação de 116 trabalhos. Em 2009 foi realizada a terceira edição do Congresso Compolítica, na PUC/SP, que contou com a participação de renomados pesquisadores internacionais em comunicação política - o que proporcionou aos participantes uma ampla visão dos estudos em desenvolvimento em diferentes partes do mundo.

Publicações


A Revista Compolítica divulga chamada de artigos para seu segundo número. Iniciativa da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política, a Revista pretende oferecer aos pesquisadores um fórum permanente para o debate na área da Comunicação Política, com o objetivo de promover a ampla circulação de resultados de pesquisa, além de reflexões teóricas e metodológicas relevantes para o desenvolvimento da especialidade. Recebem propostas de publicação em fluxo contínuo, nas modalidades “artigo”, “resenha” e “extra”, que inclui a transcrição de conferências, entrevistas e outros formatos menos convencionais. Atua como espaço de circulação da pesquisa e do pensamento acadêmico, estando aberta à participação de pesquisadores, nacionais e internacionais, vinculados às áreas afins. As temáticas abordadas na revista estão conectadas com o debate desenvolvido no campo acadêmico de maneira geral e de interesse público, com ênfase nas linhas que compõem os grupos de trabalho da Compolítica (Comunicação e Democracia; Mídia e Eleições; Comunicação Institucional e Imagem Pública; Internet e Política; Comunicação e Sociedade Civil; Cultura Política, Comportamento e Opinião Pública; Políticas de Comunicação; Jornalismo Político; Propaganda e Marketing Político). A Compós, portanto, no seu congresso de 2008, discutiu os artigos cujos resumos se seguem “Práticas políticas e cidadania no site de relacionamento Orkut”, de Márcia Vidal/André Gurjã mostrando que o principal objetivo deste trabalho é identificar como se dão as Práticas políticas e o exercício da cidadania no site de relacionamento Orkut através da construção e da permanente reconstrução da identidade dos sujeitos através da participação em comunidades virtuais de caráter político. No congresso seguinte, em 2009, foram discutidos os seguintes artigos cujos resumos e autores se seguem:

O PALANQUE VIRTUAL: Relações entre os blogs

de política e a imprensa na eleição de 2008 de Marcelo Chimento este artigo analisa a relação entre os blogs de política e a imprensa na eleição para a prefeitura de São Paulo, em 2008. Para isso, foram avaliados os textos sobre o pleito em sete blogs, de políticos, jornalistas e candidatos, durante o período oficial de campanha. A pesquisa mostrou que os jornais ainda são fontes essenciais para os blogs, mas estes se tornam cada vez mais importantes para os jornalistas ao realizar uma poderosa seleção de notícias, anteciparem fatos e apresentar opiniões. Com isso, as páginas eletrônicas se mostraram capazes de influenciar uma espécie de elite jornalística e política. Desta forma, propõe-se uma relação


entre blogs e mídias tradicionais que pode ser definida como “interdependência assimétrica”. Também são feitas considerações sobre a relevância da autoridade nos blogs para interferir no debate e o potencial da Internet para gerar uma “esfera pública virtual".

Além deste, A CAMPANHA ONLINE DE BARACK OBAMA EM 2008 de Wilson Gomes, Breno Fernandes, Lucas Reis e Tarcizio Silva. Este artigo tem como propósito examinar o estágio mais recente do padrão das campanhas políticas online em eleições presidenciais, do ponto de vista dos recursos e instrumentos empregados como parte das operações de comunicação política em redes digitais. Como as eleições americanas de 2008, em geral, e a campanha online de Barack Obama, em particular, representam a face mais recente e, até o momento, a mais exitosa deste tipo de operação política, os recursos e instrumentos empregados na campanha de Obama serão tomados como um estudo de caso. Trata-se, portanto, de uma prospecção sobre uma experiência de emprego de recursos digitais e online em campanhas políticas com o objetivo de reconhecer o patamar a que foram levadas as campanhas online e de estabelecer generalizações sobre tendências e possibilidades deste tipo de campanhas políticas. O artigo, da Compós em 2010, tratou do tema Ubiquidade na rede: Os blogs pessoais para a intervenção de sujeitos políticos no espaço público de Sandra Eliane Oliveira Bitencourt de Barreto teve como objetivo deste artigo é esboçar alguns lineamentos para a indagação de como estão sendo construídas e repercutidas novas modalidades para a intervenção de sujeitos políticos no espaço público a partir da exibição de perfis pessoais nas redes sociais da internet. É realmente possível discursar como autoridade pública e ao mesmo tempo como cidadão? Este estudo busca demonstrar a partir de que realidades estes questionamentos são formulados e percorre noções de teoria política e Cibercultura para propor o debate em torno da idéia de ubiqüidade na rede, estar ao mesmo tempo cumprindo dois papéis e ocupando a uma só vez diferentes espaços. A construção da reputação na internet, as relações de intimidade não recíprocas, a incorporação da dimensão afetiva e pessoal na oferta de informações governamentais e administrativas pelos próprios agentes políticos serão abordados neste trabalho, com o ânimo de lançar luz sobre um dos importantes fenômenos da cena política contemporânea. No congresso da Compolitica em 2009 sob o tema "INTERNET E NOVOS PADRÕES DE FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS: UM ESTUDO DO PLEITO PRESIDENCIAL NORTEAMERICANA EM 2008" de Sylvia Iasulaitis, mostrou que este artigo tem por objetivo avaliar o uso da Internet focando no aspecto do


financiamento de campanha com base nos dados financeiros referentes ao pleito presidencial norte-americano de 2008. Serão testadas as hipóteses de equalização, conforme a qual a angariação de fundos on-line aumenta o pluralismo e gera padrões mais igualitários de competição eleitoral, bem como a de normalização, de acordo com a qual a Internet não apresenta diferencial para o pluralismo; ao contrário, reproduz condições desiguais de competição em um novo meio. “Buscaremos compreender as mudanças recentes do sistema de financiamento norte americano e o que representam para a natureza das campanhas presidenciais e o perfil dos candidatos nomeados, bem como suas implicações para a competição eleitoral.” No Congresso da Compolitica 2011 As campanhas políticas no Twitter: Uma análise do padrão de comunicação política dos três principais candidatos à presidência do Brasil em 2010 de Camilo Aggio ,mostrou como a utilização da internet por partidos e candidatos em disputas eleitorais já deixaram, a muito, de se restringir à composição e manutenção de websites. Com o advento e popularização dos sites de redes sociais, as chamadas campanhas online se depararam com novos ambientes digitais para se comunicar com os eleitores e, em linha de princípio, novas regras e modos de uso inerentes à sociabilidade construída pelos usuários desses canais. Embora o Brasil tenha conhecido, efetivamente, sua primeira experiência com campanhas na internet nas eleições de 2010 - uma vez que a legislação eleitoral vetava até então a utilização de quaisquer recursos que não os websites dos candidatos - a utilização dos sites de redes sociais pelos candidatos à presidente gerou grande repercussão pública e lançou luz para novos modos possíveis de comunicação política. Com este artigo, pretende-se discutir os potenciais das campanhas políticas empreendidas na internet e as questões que complexificam a interface das campanhas online, principalmente no que se refere ao Twitter. Noutro artigo intitulado A internet como meio de comunicação política e construção de imagem no Brasil democrático de Suzana de Andrade Ferreira teve como propósito discutir e fundamentar o uso da internet como meio de disseminar, democraticamente, informações entre governo, políticos e cidadãos. A presente pesquisa relata seu atual uso em gestões governamentais e campanhas eleitorais brasileiras, com o objetivo de disponibilizar serviços, orientações e informações aos usuários, além de atuar, principalmente, na construção da imagem de representantes públicos. Nessa realidade, o conceito de democracia representativa o qual se faz parte a política brasileira, em tese, começou a se materializar através da comunicação digital nos diversos governos. Nesta perspectiva, a internet tornou-se lugar essencial para disponibilidade de informações.


Esse meio tornou-se uma esfera constituinte do fazer política entre governos e cidadãos. Em campanhas eleitorais, a internet, também, tem tido um destaque na disseminação da informação, sendo que ela, geralmente, não tem uma força de mudar o voto dos que já têm uma posição política definida, mas tem um efeito representativo sobre os indecisos e uma influência sobre os militantes. A CIBERPOLÍTICA NO CAMINHO DA REDE: O BLOG COMO ESPAÇO SEMIOSFÉRICO de Denize Levy / Jonária França da Silva mostrou como a utilização de blogs por políticos é recente e está no campo emergencial. Motivados pelos benefícios que esse sistema de comunicação possibilita entre os quais, a visibilidade das atuações, os políticos passaram a ingressar na rede mundial de computadores por meio desta ferramenta.

O trabalho faz um estudo sobre a cultura da utilização de blog como

mecanismo de divulgação de quatro políticos do Amazonas a partir de uma visão sistêmica comunicacional, que tem como base os espaços semiosféricos provocados pelas ações dentro dos blogs pesquisados. Os novos sistemas ou ferramentas comunicacionais disponíveis na rede mundial de computadores, principalmente com o uso das redes sociais, apresentam características complexas, já que tudo ainda é considerado novidade na internet. No meio político, onde o público passou a ingressar na rede das redes recentemente, essa complexidade influencia na formação de uma nova cultura dentro desses espaços disponíveis, a cultura da utilização dos blogs como ferramenta de divulgação de candidatos ou detentores de cargo eletivo. Dentro dessa cultura, a semiose acontece com o uso de recursos aplicados pela publicidade. Acostumados com as ferramentas de divulgação das chamadas peças publicitárias, os políticos aplicam os mesmos formatos em seus blogs. A característica das ferramentas da publicidade, como os outdoors é, portanto, preservada nos blogs, isso implica dizer que o diário pessoal serve de espaço semiosférico, pois apresenta um novo contexto para a propaganda eleitoral. Em a Internet e mobilização política – os movimentos sociais na era digital, Marcus Abílio Pereira discutiu como muitos dos acontecimentos e práticas políticas ocorridos no último século e que continuam ocorrendo neste início de novo milênio estão relacionados ao desenvolvimento de novas tecnologias. A apropriação de tecnologias de informação e comunicação (TICs) pelos movimentos sociais tem favorecido o surgimento de novas formas de ativismo, perpassadas por infra-estruturas tecnológicas que determinam e são determinadas pelas próprias práticas. No presente trabalho procurarei analisar como a internet pode favorecer a criação e o aperfeiçoamento de novos repertórios de ação dos movimentos sociais contemporâneos, através do desenvolvimento


de novos processos constitutivos, organizativos e de mobilização. Irei analisar as relações dos movimentos sociais com os meios de comunicação de massa tradicionais através das novas tecnologias, assim como as formas de mobilização digital dos militantes internautas ocasionais, das bases dos movimentos e entre as entidades da sociedade civil. Em outro, Opinião pública, enxames e contornos visíveis da esfera, Anderson de Almeida Cano Ortiz apresentou artigo que aborda as novas possibilidades de análise do comportamento de grupos e indivíduos presentes na internet. A partir do conceito de ‘enxames’, são apresentados elementos para o monitoramento do espaço de comunicação, debate e deliberação da Web, considerando a opinião e a esfera públicas emergentes, ambas conectadas em rede, mais visíveis graças às informações armazenadas e disponíveis nos bancos de dados do ciberespaço. O objetivo é pensar como esta estrutura pode ser utilizada também para monitorar o espaço da comunicação política.

Contribuições da ABCOP O livro Internet e Eleições: Bicho de Sete Cabeças? De Gil Castillo e Carlos Manhanelli foi lançado no congresso da entidade realizado em fortaleza em 2012. A inserção da maior das evoluções dos meios de comunicação nas eleições é destrinchada na obra de Gil Castillo e Carlos Manhanelli. A primeira, uma das maiores estudiosas das mídias digitais no contexto político, já o segundo, é o responsável pela inserção do conceito de marketing político no Brasil, o que faz desse livro uma obra prima da comunicação A ferramenta do século XXI. Assim pode ser definida a internet que, embora criada em meados dos anos 90, tem seu ‘boom’ registrado nos últimos anos e com uma proporção tão avassaladora, que ‘invade’ todos os territórios com múltiplas funções e campos de interesse.

Talvez um dos últimos a aderir massivamente ao mundo

cibernético tenha sido a política que, nos mais recentes processos eleitorais, têm visto na web um território pouco explorado e promissor para a atuação das campanhas. O livro ‘Internet e Eleições: Bicho de Sete Cabeças?’ escrito pela publicitária e consultora política Gil Castillo com participação do presidente da Associação Brasileira dos Consultores Políticos (ABCOP), Carlos Manhanelli, aborda esse assunto com propriedade e ancorado nas diversas campanhas eleitorais realizadas no Brasil e fora dele. Nos sete capítulos escritos por Gil, o leitor viaja pela história da internet no campo político, percebendo a evolução, no início tímido, e depois exponencial, do uso da internet mundo afora.


A campanha de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos em 2008 é o maior exemplo de utilização constante da web em processos eleitorais. Em diversos momentos o livro explica os fenômenos e as ferramentas utilizadas pelos democratas na campanha que elegeu o atual presidente norte americano. No epílogo escrito por Carlos Manhanelli, o mestre aborda de uma maneira prática como a internet auxilia nos processos eleitorais, a forma como as ferramentas devem ser utilizadas com os olhos na legislação e exemplifica com casos próximos de campanhas em que a internet mostrou-se bastante útil. ‘Internet e Eleições: Bicho de Sete Cabeças?’ é uma ótima leitura para os interessados nos processos eleitorais, profissionais da comunicação e também da informática, pois essa é a chance de analisar o terreno político da internet para poder atuar de uma forma mais adequada e com resultados. Além da contribuição formal deste livro para o campo, a ABCOP reúne-se anualmente para oferecer aos seus associados, seminários, cursos, palestras e atividades de aperfeiçoamento sobre o campo do marketing político.

POLITICOM

Com a realização de congressos anuais, a POLITICOM, Sociedade Brasileira dos Pesquisadores e Profissionais de Comunicação e Marketing Político tem sido a de maior produção nas discussões sobre a temática da comunicação política na internet, como se verá nas descrições e comentários que se seguem. A Sociedade Politicom em 2008 discutiu o artigo Política e tecnologia: duas realidades na campanha de Barack Obama de Denis Porto Reno, onde o autor discute, de uma maneira geral, como a Internet se consolidou como a ágora virtual da política americana, durante o primeiro semestre da campanha presidencial. Além de dispor de uma textura múltipla de estratégias comunicacionais (por meio de text-messages via celulares, e-mails, robo-calls, conferências e debates transmitidos online), a longa campanha que precede à indicação dos partidos na corrida à Casa Branca redimensionou a interação entre os pré-candidatos e o ele9itorado. Candidatos, em especial Barack Obama, conseguiram recorde de arrecadação de doações para a campanha pela web e esgotaram ferramentas disponíveis em sites de relacionamento e compartilhamento de mídia, ao mesmo tempo em que perderam o controle sobre seus discursos – do passado e do presente.


Noutro, intitulado, Imprensa e internet: a miopia do TSE de Mauricio Guindani Romanini o artigo visa ampliar o debate sobre as temáticas do marketing político e internet e sobre imprensa e legislação. Particularmente, pela falta de lei eleitoral específica, no tocante a questão da rede mundial de computadores. De outro lado, pela confusão interpretativa, por parte de juízes, sobre a legislação da propaganda política. No Politicom de 2009 foi discutida A INTERNET NA POLÍTICA BRASILEIRA: SITES DE DEPUTADOS FEDERAIS PAULISTAS de André de M. Quitério mostrando que a Internet completa mais uma etapa do desenvolvimento histórico tecnológico dos meios de comunicação eletrônicos, e traz em si outros meios de comunicação, criando uma nova ambientação, modificando o ambiente humano, inserindo novas formas de relacionamento, tanto subjetivas quanto sociais. É a tecnologia da comunicação que melhor aproxima a humanidade de um ― campo único de experiência, nas palavras de Herbert Marshall McLuhan. Na política brasileira, as mudanças provocadas por meio e em função da comunicação total e instantânea podem ser evidenciadas pelos sites de deputados federais paulistas. Foram estudados sites de deputados em exercício de mandato, analisando três deputados eleitos com as maiores votações nas Eleições 2006, pertencentes a partidos diferentes e com site atualizado periodicamente. O conceito de meio de comunicação foi compreendido sob os paradigmas de McLuhan, enquanto as relações dos sites com outros sistemas abertos foram determinadas pelas hipóteses de agendamento. Buscou-se verificar se as propriedades da Internet estão promovendo alterações nas ações parlamentares dos deputados e criando espaços para maior participação social nos processos políticos. Noutro, A INTERNET NO PERÍODO PRÉ-ELEITORAL: O TWITTER DO GOVERNADOR

JOSÉ

SERRA

de

Alexandre

Campbell

de

Mendonça/Daniel Barreto de Carvalho/Thiago Vazques Molina faz uma analise da utilização das redes sociais, mais especificamente o microblog Twitter, como instrumento de propaganda ideológica e política em período pré-eleitoral. Para isso, selecionou-se o twitter do pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2010, o governador de São Paulo José Serra, por ser o político brasileiro que tem mais seguidores. O estudo contou com pesquisa bibliográfica e análise qualitativa das mensagens assinadas pelo précandidato. Dentre os resultados, destacasse a preferência de José Serra em abordar temas sobre a sua vida pessoal ou sobre assuntos alheios à Política, o que pode ser entendido como uma estratégia de humanizar a sua imagem perante os eleitores. Em TRIBUNA VIRTUAL: O USO DO TWITTER POR POLÍTICOS DURANTE A CRISE NO SENADO BRASILEIRO, Priscila Nespolo Vanti apresentou


como objetivo o retratação do uso do serviço de microblog Twitter por senadores brasileiros durante o período de crise do Senado Federal, que teve início em junho de 2009, quando a imprensa noticiou a nomeação ou exoneração de cerca de 300 pessoas por meio de boletins não publicados, os chamados atos secretos. E ainda o artigo ELEIÇÕES DE 2010: A INTERNET ENGESSADA de Mauricio Guindani Romanini com um artigo que visa ampliar o debate sobre a importância da internet para a comunicação e o marketing político nas eleições de 2010. No entanto, novamente, a internet estará engessada, ou seja, não cumprirá seu papel que é o de ampliar o debate público. Políticos, mídia e marqueteiros estarão limitados na utilizar dessa ferramenta para intermediar o jogo político. Já no Politicom de 2010 O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS PELOS CANDIDATOS NAS ELEIÇÕES 2010 NO BRASIL: BREVE ANÁLISE de Diego Cavalcante Pudo mostrou artigo é baseado na dissertação de mesmo autor, intitulada Aproximação do poder público à população por meio de novas tecnologias de comunicação, apresentado e aprovado em banca do Departamento de Comunicação e Artes da Universidade da Beira Interior, para a qualificação de Mestre em Comunicação Estratégica: Publicidade e Relações Públicas, em novembro de 2010. Busca-se aqui enaltecer os resultados obtidos em relação às pesquisas empíricas acerca dos usos das redes sociais, em especial o Twitter, pelos candidatos (para presidente, deputados, senadores e governadores) nas eleições de 2010 no Brasil. Por meio de questionários, foi possível reunir dados capazes de servirem de amostra para análise quanto à atuação dos políticos e cidadãos nos novos canais de interação. Faz-se ainda uma breve referência à presença política brasileira nas redes sociais relacionadas à onda gerada pelo atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerado por muitos o maior exemplo a ser seguido. Noutro, intitulado Blogs jornalísticos e simultaneamente políticos: Uma imbricação de campos Maria Stella Galvão mostrou a proliferação de blogs como fontes de informação tem resultado em uma série de mudanças que extrapolam o universo jornalístico e avançam em direção aos processos de produção e difusão informativa. Este artigo discorre sobre o impacto da internet na cobertura jornalística do universo político, à luz de autores que têm debatido as imbricações entre os campos do Jornalismo e da Política, buscando compreender algumas influências das tecnologias de comunicação em rede sobre a produção jornalística, tendo os blogs de opinião política como objeto de análise.


E ainda em Eleições 2012: redes sociais enquanto colégio eleitoral na Internet de Ricardo Costa e Wesley Moreira Pinheiro mostrou que o novo milênio trouxe consigo o avanço das tecnologias digitais, proporcionando a ligação entre pessoas por meio de computadores, aparelhos celulares e televisores, graças às conexões digitais. É possível realizar tarefas do mundo físico pelo virtual, pesquisar, estudar, comprar e vender, entreter e relacionar, criando uma sociedade pela rede. Analisando esse cenário apresentamos a proposição do contexto virtual enquanto sociedade, onde as pessoas cultivam os seus hábitos, comportamentos e valores, criando um espaço de discussão, conhecimento e política. Neste contexto pelos sites pessoais, de relacionamentos, blogs e fóruns, os cidadãos se encontram no universo digital para vivenciar suas experiências, criando um colégio eleitoral em cada rede social, possibilitando a inserção do marketing digital e marketing político. Em As Redes Sociais Digitais e a Eleição Presidencial no Chile em 2009 A Política na era do E - Marketing 2.0, Orlando Mancini discutiu a eleição presidencial no Chile em 2009 é um dos primeiros pleitos na América Latina após a eleição de Barack Obama, marco na comunicação eleitoral por ter explorado de forma criativa as novas mídias digitais como parte integrante de um planejamento estratégico global das ações de campanha, sem lançar mão de instrumentos de controle e cerceamento das opiniões dos eleitores. Fruto desta visão arejada, logo as redes formadas em torno da candidatura tornaram-se

poderosos

instrumentos

de

mobilização

e

captação

de

recursos,

desembocando na inevitável vitória nas urnas. Esta investigação procura entender como a campanha eleitoral chilena de 2009 leu e aplicou as lições apontadas pela campanha vitoriosa de Obama, uma vez que, para trilhar o caminho das pedras, seria necessário desvencilhar-se de ranços profundamente arraigados da prática político-eleitoral.

Em Follow or Unfollow? As mídias sociais como estratégia de marketing político nas eleições presidenciais de 2010 de Rodrigo Marçolla Tappi estudou as mídias sociais como estratégia de marketing das campanhas presidenciais brasileiras de 2010 de Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva é o objetivo deste trabalho, que vai utilizar como ferramenta metodológica o estudo de caso e, mais precisamente, os estudos comparativos de casos. A pesquisa visa mostrar se houve eficácia dessa estratégia para os resultados obtidos nas urnas. A importância das mídias sociais como mais uma ferramenta de campanha política começou a ser percebida nas eleições para a presidência dos Estados Unidos, em 2008, em que o então candidato Barack Obama se tornou um exemplo a ser seguido por profissionais responsáveis pelo marketing político de candidatos que buscam atingir um grande número de pessoas de


forma gratuita e eficaz, e assim buscar uma discussão política na internet e, principalmente, garantir votos para a sua eleição. Em A utilização pós-campanha eleitoral do Twitter por políticos do Piauí. O caso dos deputados estaduais Fábio Novo e Firmino Filh, Orlando Maurício de Carvalho Berti fez uma reflexão teórico-crítica de como a rede social virtual Twitter (www.twitter.com) é utilizada após o período de campanha eleitoral por candidatos eleitos no pleito de 2010 ao cargo de deputado estadual no Piauí. Compreende-se a utilização dessa ferramenta, bem como se reflete sobre as conseqüências dessa nova atividade política em rede. Mostra-se como o Twitter pode ajudar a compartilhar idéias políticas. Faz-se uma pesquisa exploratória, com perspectiva qualitativa, de estudo do caso dos dois mais polêmicos deputados estaduais do Piauí: Fábio Novo (PT) e Firmino Filho (PSDB) que são atualmente no estado os dois políticos mais hábeis utilizadores das mídias sociais em prol de seus mandatos. Ambos, através de sua interação em redes sociais virtuais, têm amplos louros políticos, sociais e midiológicos com o Twitter. Em Marketing político online de Mauricio Guindani Romanini mostrou que objetivo deste artigo é discutir o marketing político online. Apontar algumas características que norteiam o pensamento em torno dessa temática. A sociedade observa a transformação da comunicação midiática de massa para a comunicação em rede, que se torna não-linear, ou seja, a tônica da campanha eleitoral tende a ser de mão-dupla, com menos importância para um pólo fixo, que é o candidato e mais fontes de interação, que são os eleitores, através das redes sociais.

Em A Retórica nas conversações dos presidenciáveis 2010 no Twitter, Gabriela da Fonseca mostrou que a retórica clássica foi reconfigurada com o surgimento dos meios de comunicação de massa, este artigo faz uma análise de uma das redes sociais mais populares do momento, o Twitter, a partir do entendimento de que o discurso persuasivo depende da relação entre o ethos, pathos e o logos. Por se tratar de uma ferramenta centrada no suporte lingüístico, na palavra escrita, foram examinadas mensagens, mais especificamente, conversações estabelecidas entre quatro candidatos à presidência nas eleições 2010 e os seus seguidores na rede: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda (PSOL). O objetivo deste trabalho é, a partir dos elementos da retórica, examinar os tipos de mensagens persuasivas produzidas pelos candidatos para compreender as diferenças na apropriação que cada um deles fez da ferramenta.


Considerações Finais A chegada da internet nas eleições brasileiras e do mundo todo, tem tido altos e baixos. Da explosão conceitual e aplicativa ocorrida na campanha da primeira eleição do democrata Barack Obama nos estados unidos em 2008, passando por ações esporádicas de destaque na América Latina, até chegar ao Brasil contemporâneo, as redes sociais, o twitter, o Orkut e mais recentemente o facebook, tem disputado com a televisão, os jornais e revistas, o rádio e os métodos tradicionais de marketing boca-a-boca, o prestígio de um novo jeito de se comunicar com o eleitorado, com a sociedade, com os grupos sociais organizados e até mesmo com o poder público. Embora o campo da internet seja o mais ágil, rápido e barato para fazer comunicação política, o que se percebe – especialmente em períodos eleitorais – é a continua força hegemônica da televisão sobre os processos decisórios, tendo os jornais – com sua força analítica e opinativa um papel secundário, seguido do rádio, com seus jingles, músicas, vinhetas e apelos musicais para conquistar o eleitorado. Com pelo menos quatro sociedades científicas e profissionais atuando no campo, produzindo congressos e encontros anuais, revistas impressas e eletrônicas, dando guarida aos programas de pós-graduação em comunicação que produzem sem cessar suas dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre estes temas, ainda estamos distantes de um engajamento mais definitivo da internet e das redes sociais nos processos eleitorais que se pareçam profissionais. Enquanto o amadorismo e o voluntarismo imperam, provocando o que se denominou em 2012 com o “facevoto” – voto declarado por inúmeras pessoas antes da votação nominal colhida pelas urnas, sem que partidos políticos pensem qualitativamente na ocupação mais adequada deste tipo de mídia e de comunicação política, o espaço virtual perde em capacidade de estimulo e difusão para os meios tradicionais. Presente no cenário cultural do mundo desde os anos 1990, a internet através dos seus inúmeros espaços digitais, com a sua velocidade para apresentar fotos, relatos, vídeos, sons, opiniões, jingles, depoimentos, continua sendo relegada pelos partidos políticos e pelos candidatos a um plano secundário Embora no Brasil tenhamos inúmeros relatos através dos congressos científicos, das publicações especializadas e de uma literatura que se começa a produzir e analisar estas ações, ainda não entrou – a nosso juízo – no “ano zero” da comunicação


virtual. Tem vencido infelizmente o improviso sobre o planejamento; o amadorismo sobre as ações profissionais; o humor sobre o rigor. Do levantamento que fizemos, foi possível perceber alguns níveis distintos de preocupação dentre as Sociedades Científicas avaliadas. A saber: A COMPÓS, com as regras estabelecidas para a apresentação dos seus Grupos de Trabalho, ao aceitar anualmente apenas dez trabalhos, tem uma dinâmica interessante, que privilegia, além dos estudos de comunicação, um diálogo mais forte com grupos ligados às ciências sociais, daí como decorrência ocorrem análises mais densas, de cunho sociológico e antropológico entre política, sociedade e as novas tecnologias. Além disso, o portal a Compós abriga de forma competente os resultados de todos os seus congressos anuais – inclusive os trabalhos apresentados no GT de Comunicação e Política, formando um repertório importante e dando noção da historicidade de temas sobre comunicação e política em torno das discussões promovidas no âmbito daquela entidade A COMPOLÍTICA, com seus congressos bi-anuais surgiu justamente em decorrência da falta de espaço para apresentação de trabalhos e comunicações científicas na Compós e da grande produção verificada nos programas de pós graduação em comunicação a respeito do tema comunicação e política.A criação de uma revista científica eletrônica por esta Sociedade, deu ainda mais visibilidade a temática. O importante é que além dos temas mais árduos, a Compolítica abriu-se também para a discussão das questões ligadas ao marketing político, incorporando um número mais expressivo de pesquisadores em seus congressos. A ABCOP, além de promover congressos anuais aos seus associados, tem cumprido um papel importante na formação de quadros técnicos para trabalharem em campanhas eleitorais, promovendo cursos de capacitação para candidatos, assessores, partidos políticos, numa linha mais pragmática, tendo no planejamento estratégico das campanhas o seu alvo prioritário. Mais recentemente a entidade está abrindo um curso intitulado “Marketing pós-eleitoral”, justamente para oferecer aos prefeitos e vereadores recém-eleitos, informações e orientações necessárias para que possam promover a comunicação política ao longo dos quatro anos das gestões futuras. A POLITICOM tem sido igualmente ativa ao ocupar um novo alinhamento estratégico entre todas s demais sociedades afins. É que historicamente já a uma década, a entidade tem procurado estabelecer e fomentar o diálogo entre academia e mercado.Nos seus congressos e demais ações, sempre acadêmicos e profissionais estão lado a lado, discutindo posições, com o objetivo de promove um saudável intercâmbio entre as reflexões acadêmicas e as necessidades mais pragmáticas do mercado de trabalho. A


edição de uma revista semestral também denominada POLITICOM, que é feita em parceria com a ABCOP, a criação do seu portal – que contém as discussões dos últimos congressos anuais e a aproximação com pesquisadores latino-americanos a partir do seu ultimo congresso realizado em Curitiba em outubro de 2012, conferem novos desafios à entidade. Que, além disso, interage com estudantes de graduação, que disputam anualmente o prêmio “Sérgio Arapuã”, onde são avaliadas por profissionais e acadêmicos, planejamento e execução de campanhas fictícias. De outro lado a entidade também promove o seu festival de jingles eleitorais dando destaque a uma área importante numa campanha, a música. Do ponto de vista metodológico, os artigos acima elencados passam por olhares multidisciplinares, que vão de observações de caráter marxista, passando por estudos de caso a partir do resultado eleitoral em veículos como o rádio, a televisão, os jornais e revistas impressos, passando por questionamentos de natureza antropológica, retórica ou mesmo novas percepções sobre a utilização da internet a serviço da comunicação política. Desde 1952,quando surgiu nos EUA um profissional chamado de “consultor de mídia”, incumbido de negociar espaço nas emissoras e assessorar os candidatos desde o visual até os textos dos comerciais. Nesse mesmo ano a agencia BBD&O apresentou a série “Eisenhower responde a América”, programa criado para o candidato republicano, o general Eisenhower. No programa os cidadãos americanos faziam perguntas ao general, um programa bem simples, mas que fez com o general ganhasse uma enorme popularidade. Os ditos “marqueteiros” ganham seu lugar dentro da política. Depois dessa época, surge uma era de publicidade direcionada aos partidos e público eleitoral, que vai se desenvolvendo aos poucos. Nas últimas eleições nos Estados Unidos, as mídias sociais tem sido alvo das campanhas políticas, com foco voltado para um eleitorado bem informado e participativo, cada vez mais os partidos de lá aperfeiçoam o meio de interação com seu público alvo. Diferente do que acontece nos Estados Unidos, no Brasil, a interação é feita por vias de manipulação de imagens e apelos de toda sorte. No Brasil, assistimos a evolução do conceito acompanhando a evolução da tecnologia. Já na primeira eleição republicana vencida por um civil, Prudente de Morais em 1897, tivemos a chegada do telégrafo e a impressão dos primeiros desenhos a bico de pena nos jornais de época, identificando artisticamente as figuras dos candidatos, que até não apareciam na imprensa com seus nomes e funções. A segunda revolução na comunicação política deu-se com a chegada do rádio no Brasil em 1922 e com ele vieram as músicas eleitorais – os jingles,tendo sido pioneiro o jingle “Seu Julinho vem”, dedicado


ao candidato Julio Prestes em 1929. O terceiro movimento de mudança, o mais ousado acontece com a chegada da televisão ao Brasil, em setembro de 1950 e como decorrência começam a acontecer os debates eleitorais e os programas eleitorais a partir da instituição, em 1965, do Horário Propaganda Eleitoral Gratuita, estimulando a criação de programas bem editados e super produzidos. O quarto ciclo, iniciado nos anos 90, somente agora começa a tangenciar a propaganda política e eleitoral, com a chegada da internet nos partidos, eleições, blogs, no facebook, twitter e outras ações, de custos muito baixos. As redes sociais são ferramentas de comunicação com alto poder de influência junto a um público diversificado, impactando decisivamente na forma de relacionamento das pessoas com outras pessoas, marcas, empresas, instituições e especialmente influenciando o campo político. Elas têm um caráter de divulgação boca a boca, à medida que os usuários compartilham suas experiências e acabam sendo multiplicadores da ideologia do partido político e/ou do candidato. As pessoas, portanto, não acreditam mais em propagandas. Elas acreditam em outras pessoas. Por todos esses motivos, esses canais podem proporcionar boas oportunidades para a comunicação dos partidos e instituições públicas ligadas ao campo político (prefeituras, governos) com seus diversos públicos. Eleitores, admiradores ou potenciais eleitores, investidores, fornecedores e parceiros são alguns exemplos de públicos que podem ser impactados com a agilidade que o mundo moderno exige e a Internet permite. Por meio das redes sociais os partidos podem estabelecer uma comunicação e estreitar o relacionamento com seus públicos, fidelizá-los ou conquistar novos, fazer pesquisas para entender seus interesses e preferências e divulgar suas plataformas e ações, de forma ágil, abrangente, visto o alcance global desses canais e o alto poder de compartilhamento de informações, e geralmente com menor custo que as mídias tradicionais. Tudo isso pode gerar visibilidade e relevância, o que contribui para o fortalecimento da imagem pública do candidato e para a imagem e reputação do partido a que ele pertence. Atualmente, esses canais têm conquistado cada vez mais espaço nos planos de comunicação e marketing dos planejadores do marketing político, que estão reconhecendo sua importância e criando seus perfis em redes sociais como o Facebook e o Twitter, especialmente. Embora o número de partidos políticos que utilizam as redes sociais esteja em constante crescimento, ainda existem aqueles que não reconhecem a sua real


importância ou não sabem utilizá-las de maneira estratégica, muitas vezes por falta de entendimento ou orientação de profissionais capacitados na área. Isso traz um grande risco, pois, da mesma forma que as redes sociais auxiliam no fortalecimento da marca partidária, podem acabar com uma reputação construída ao longo de anos em apenas alguns segundos. É preciso entender que as redes sociais têm suas características específicas, o que exige uma linguagem diferenciada para cada uma; que elas não devem ser utilizadas isoladamente, sem alinhamento com outros meios de comunicação; que é preciso conhecer o perfil do público a ser atingido para direcionar a mensagem da forma ideal; que elas não irão resolver todos os problemas de comunicação de um partido ou candidatura; que nem sempre trazem resultados imediatos ou até mesmo tangíveis e mensuráveis e que o planejamento para a comunicação em redes sociais não é algo simples, mas sim tão ou mais importante que a comunicação off-line. Diante

dessa

situação

atual,

as

redes

sociais

não

podem

ser

desconsideradas pelos partidos políticos em suas estratégias de comunicação. Não basta que eles estabeleçam comunicação com seus públicos. Eles devem estar prontos para um contato em tempo real, além de ser muito importante que fiquem sempre atentos às rápidas mudanças nesse cenário para conseguirem estabelecer uma relação valiosa. Que as contribuições científicas que ora enumeramos e elencamos neste artigo, possam seguir adiante, chegar especialmente aos atores políticos que cuidam das definições sobre candidaturas e estratégias; que ajudem os profissionais incorporados a este campo de ação e alertem a sociedade brasileira sobre estes caminhos tão mais seguros, insinuantes, objetivos oferecidos para a comunicação política através das redes sociais e dos instrumentos de comunicação digital. Além das sociedades científicas citadas neste artigo, cabe ainda uma última observação, sobre a contribuição histórica e definitiva dada ao campo da pesquisa acadêmica sobre comunicação e política pela INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, a mais antiga de todas as sociedades científicas do campo, com 35 anos de existência. Durante vários anos, no Grupo de Trabalho – GT, hoje denominado Núcleo de Pesquisa de Publicidade e Propaganda, a INTERCOM abrigou inúmeros pesquisadores do campo da comunicação e política. Um inventário sobre estas contribuições, certamente aperfeiçoaria ainda mais esta pesquisa. Assim como históricas tem sido as contribuições do CESOP, Centro de Estudos de Opinião Pública, ligado a UNICAMP; a Biblioteca Nacional, com seus acervos de jornais desde o século XIX; as bibliotecas do Senado e Câmara dos Deputados em Brasília; a


biblioteca do exército no Rio de Janeiro; a Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, com os depoimentos que tem coletado para o nosso campo de estudos; os institutos de pesquisa de opinião pública, como o IBOPE, Datafolha; Vox Populi, Marplan, entre outros; e a outras sociedades científicas do campo da história, como a Rede Alfredo de Carvalho – ALCAR, a ANPUH, Associação Nacional dos Pesquisadores de História ou da ANPOCS, Associação Nacional dos Pesquisadores de Ciências Sociais. Sem estas contribuições, o campo seria muito menos rico do que tem se apresentado nos últimos anos.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.