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#3

o problema é ser tratado diferente Ano I | Formato A4 | internet livre |

Outubro - Janeiro/Fevereiro - 2022

Entrevista Cid Torquato

CEO do ICOM Libras, ex secretário municipal da Pessoa com Deficiência em São Paulo Páginas 9 a 12

A PRESENTE REVISTA TEM COMO FINALIDADE PASSAR INFORMAÇÕES, SEM CONFLITOS DE INTERESSES E SEM FINS LUCRATIVOS.


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Fechamento desta Edição Jornalista Responsável

GENTIL GIGANTE j o r n a l i s m o

Desde 1993

8/02/2022

Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP

Distribuição Gratuíta pela Internet

Periodicidade bimestral CONTATO - contihq@hotmail.com | cel. (11) 9.88906403 *Todas as colunas são de inteira responsabilidade daqueles que a assinam


Editorial

seja bem-vindo Manoel Carlos Conti Jornalista

João Paulo II disse: “a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano”. A mídia nacional e internacional já falou tanto do caso que aconteceu no Rio de Janeiro com o assassinato covarde de um cidadão congolês que trabalhava como atendente em um quiosque de praia, mas esse é um assunto que foi um caso tão grave que não podemos deixar de citar novamente. Quando conversei com os colunistas sobre a criação dessa revista eu disse a todos que trataríamos de acessibilidade, o caso do Índio, de todo tipo de preconceito e todos aqueles que sofrem violência de alguma forma. Uma coisa que nem cogitamos é o tipo do caso ocorrido com o jovem Moise Mugenyi, de 24 anos, que nasceu na República do Congo e cedo veio fugido da violência de seu país para tentar uma vida digna aqui no Brasil. Vamos falar mais e mais desse assunto até que seja totalmente resolvido pela justiça. Outro caso que vem acontecendo e juntamente com o acima mencionado, parecem ambos retirados de páginas antigas dos livros da História do Brasil são as invasões a terras indígenas que aumentaram 137% em 2 anos de governo do atual Presidente e assim, imaginamos só os números dos dias de hoje. Além disso, o número de assassinatos de indígenas teve alta de 61% de 2019 a 2020 (estamos em 2022). Esses dados fazem parte do relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – 2020, elaborado pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e divulgado em fim de 2021. Enfim, são assuntos entre tantos que temos de lutar para combatê-los pois não podemos esquecer que estamos na era da informática, do progresso das máquinas, robôs, telefonia e tanta coisa boa em crescimento. Às vezes fico pensando se vale a pena lermos coisas como “Governo revoga proteção e permite construção de empreendimentos em cavernas”. Me pergunto: qual é a busca nesses lugares que podem trazer muito mais valores que os de turismo, de empregos e conhecimento do passado local e de toda a formação do nosso Planeta? Esperamos desvendar esses casos junto com você nosso leitor. Tenham uma boa leitura, contamos com matérias bem mais amenas e interessantes em nossas páginas.

foto: www.icmbio.gov.br

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Nosso time de Colunistas

Fundação Selma - Miguel Angelo

4e5

Entrevista Cid Torquato 9 a 12 CAPA Sandra Shevinsky 13 a 16 Thais Bento - Supera 17 a 19 Ricardo Mesquita 20 a 23 Malu Navarro Gomes 24 a 26 Bruno Agá 29 a 31 Armando Fantini 32 a 34 Bengala Verdo - Site 35 e 36 Conajuda - Fernanda H. Jabbour

38

Noticias do Whatsapp 41 a 49

AVISO LEGAL: Não há intenção de infringir direitos de autoria. Este Revista é apenas para fins educacionais e de entretenimento. Os direitos das fotos e textos pertencem àqueles citados nas reportagens, aos quais agradecemos imensamente

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FUNDAÇÃO SELMA

A equoterapia como auxiliar no tratamento da TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) Miguel Ângelo Rodeguero

Fotos enviados e autorizadas postagem pelo colunista

Diretor Geral

O Ministério da Saúde define TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) como um distúrbio do desenvolvimento neurológico de características atípicas no que se refere as manifestações corporais, aos déficits na comunicação e na interação social, assim como nos padrões de comportamento repetitivos e estereotipados. As abordagens terapêuticas destinadas ao tratamento e acompanhamento deste público são inúmeras. A Equoterapia destaca-se por ser um método terapêutico interdisciplinar, reconhecido desde 1997 pelo Conselho Federal de Medicina, que engloba saúde, educação e equitação. Seu objetivo é o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências física, mental e/ou sensorial, inclusive os portadores de TEA. Associado a uma equipe multiprofissional, o cavalo é o agente promotor de ganhos físicos e psicológicos a pessoa com deficiência. Seu passo transmite ao paciente diversos estímulos, que deslocam o corpo no espaço, exercitam o equilíbrio, treinam a coordenação e melhoram o esquema corporal. Psicologicamente, há aumento da autoestima e au-

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toconfiança. O cavalo torna-se um “amigo” que contribui com suas pernas e seu corpo forte para a melhora do paciente. Para os portadores de TEA, um dos benefícios que a equoterapia proporciona é a melhora nas habilidades sociais, cognitivas e comportamentais. Vários estudos demonstram e comprovam que a prática da equoterapia é um excelente recurso na busca da autopercepção, da melhora do comportamento e da interação social. Não apenas o cavalo, mas o próprio ambiente em que se desenvolve a equoterapia, normalmente um ambiente aberto, com a participação de outras pessoas (terapeuta, acompanhante...) transformam a terapia em algo lúdico, agradável, o que contribui para melhorar a receptividade e a predisposição do paciente em participar nos eventos terapêuticos. A Fundação Selma é pioneira em equoterapia dentro da cidade de São Paulo e desde 2005 é filiada à Ande-Brasil (Associação Nacional de Equoterapia) e dispõe de profissionais especializados, cavalos especialmente treinados e material adaptado às diversas necessidades, como rampa de acesso para cadeiras de rodas, plataformas de apoio lateral, alças, mantas e materiais lúdicos, tudo em um ambiente agradável que favorece o aprendizado e estimula o processo de reabilitação. free Pixabay

Dra. Adnamare Tikasawa, Coordenadora Técnica da Fundação Selma, Terapeuta Ocupacional, mestranda em Gestão da Saúde.

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Fundação Selma

Reabilitação Física e Social FISIOTERAPIA – EQUOTERAPIA – HIDROTERAPIA TERAPIA OCUPACIONAL SOLO E AQUÁTICA – PILATES CLÍNICO ACUPUNTURA – FONOAUDIOLOGIA – PSICOLOGIA PSICOPEDAGOGIA - MÉDICO FISIATRA E ANTROPOSÓFICO 28 ANOS REABILITANDO PCDs TRATAMENTO DE COLUNA - ERGONOMIA

CUIDANDO DA SAÚDE DO TRABALHADOR

Visite nosso site: www.fundacaoselma.org.br Aceitamos doações, veja no site ou telefone: (11) 5034 1566 (11) 98957 3055

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Entrevista Cid Torquato

CEO do ICOM Libras, ex secretário municipal da Pessoa com Deficiência em São Paulo No final de Janeiro fizemos uma entrevista com Cid Torquato.Ele foi Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo. Advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi executivo da Lowe & Partners América Latina e da StarMedia Networks, assessor em Governo Eletrônico do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no Governo FHC, fundador da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e conselheiro do CONADE – Conselho Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Escreveu o livro “Empreendedorismo sem Fronteiras – Um Excelente Caminho para Pessoas com Deficiência”, após ficar tetraplégico em 2007. Hoje, preside o ICOM Libras um serviço online de comunicação entre pessoas ouvintes e surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais. 1 - Gostaríamos que você nos contasse como foi seu trabalho na gestão passada (2017 – 2020) como secretário municipal da Pessoa com Deficiência em São Paulo. Como as pessoas podem ter acesso aos serviços e informações oferecidos pela Secretaria? Foram quatro anos de trabalho intenso, atuando com os temas acessibilidade e inclusão da pessoa com deficiência na cidade de São Paulo, de forma transversal e em articulação com todas as Secretarias, empresas e Subprefeituras da gestão pública municipal. O propósito foi promover o protagonismo da pessoa com deficiência e sua efetiva participação na sociedade. Sem dúvidas obtemos êxito! Para acompanhar os trabalhos da nova gestão basta acessar o site da prefeitura www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia 2 – Durante sua gestão quais os projetos mais significativos destinados àqueles que necessitam de mais acessibilidade numa cidade como SP? Foram vários projetos inspiradores em todas as áreas de direito. Saúde, educação, cultura, esporte, transporte, vou

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Essa entrevista foi viabi Shewinsky, nossa colun mos a colaboração


citar alguns. A criação da Paraoficina Móvel, em parceria com a AACD. Uma van adaptada com equipamentos, insumos e técnicos especializados que rodam a cidade de São Paulo para oferecer manutenção gratuita em cadeiras de rodas, órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção. Programa de Tecnologias Assistivas para Estudantes e Servidores com Deficiência. Também pioneiro, o programa forneceu itens de tecnologia assistiva para os dois segmentos, no sentido de minimizar suas limitações e potencializar suas habilidades, proporcionando mais produtividade e qualidade de vida na escola e no trabalho. Investimos em tecnologias também na área de saúde comprando robôs, aparelhos utilizados para maximizar a função residual de pacientes submetidos a cirurgia ou lesão em membro superior, como pacientes que sofreram AVC, mesas ginecológicas elétricas, cavalos simuladores de galopes, todos para ajudar no atendimento e reabilitação. Na cultura, criamos o “Sem Barreiras, Festival de Acessibilidade e Artistas com Deficiência”, promovido junto à Secretaria Municipal da Cultura (SMC), com apoios de instituições culturais da cidade. Seu objetivo foi promover o trabalho de artistas com deficiência, trazendo reconhecimento e visibilidade em todas as linguagens culturais. Somadas com outras ações realizadas no período 2017 – 2020, em minha gestão como secretário, a SMPED mostrou, de forma pioneira, como os cidadãos com deficiência devem ser tratados. Este modelo inovador, embora fosse uma antiga demanda das pessoas com deficiência, valorizou o indivíduo, ao respeitar a diversidade humana e propor novos paradigmas para a inclusão deste, que ainda é o segmento mais vulnerável da sociedade.

ilizada pela Dra. Sandra nista, à qual agradece-

3 – Há políticas públicas concretas para a acessibilidade? Elas são novas ou já veem ocorrendo há tempos?

Foto: arquivo pessoal

O propósito de todo trabalho durante a gestão foi justamente promover o respeito às normas de acessibilidade física, comunicacional, digital e atitudinal como fator fundamental para garantir o acesso de todos à sociedade, por isso o trabalho era interseccional, levando o tema para todas as áreas de direito. Esses princípios são centrais na Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada, em 2009, no ordenamento jurídico brasileiro com status constitucional. Na sequência, em 2015, a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, representou grande vitória para o segmento, consolidando a legislação existente e transformando em lei antigas demandas sociais. Mais importante, a LBI reafirmou a obrigação estratégica de priorizar os pleitos de acessibilidade e inclusão nas políticas públicas de nosso país. 4 - Complementando a pergunta 3, você ainda acha que há

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muito a fazer? Existem novos projetos em relação a acessibilidade? Com certeza ainda há muita coisa a ser feita. Acessibilidade precisa ser entendida de forma estrutural, seja ela física, comunicacional ou atitudinal, entre outras, é fundamental para a estruturação de sociedades realmente sustentáveis. Como disse Ban Ki-moon, ex-Secretário Geral da ONU, em 2012, “Acessibilidade é crítica para que seja conseguido o futuro que queremos”. Nesse sentido, acessibilidade, inclusão, diversidade e sustentabilidade são conceitos essencialmente interligados, interconectados e interdependentes, sem os quais não venceremos os desafios humanos e ambientais que, hoje, colocam em xeque o futuro do planeta. Por isso, me uni a uma grande amiga nessa jornada, a jornalista Ciça Cordeiro, que também trabalhou em minha gestão e hoje atua como coordenadora de comunicação na Talento Incluir, e criamos recentemente uma Campanha, um abaixo-assinado para inserir “Acessibilidade para todos, como o 18º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável”, da ONU. Defendemos, então, que acessibilidade conste explicitamente como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e não esteja apenas subliminarmente inserida em outras metas. É preciso promover acesso e acessibilidade à informação, à comunicação, ao lazer, ao trabalho, à saúde, à educação, à cultura, com segurança e autonomia, possibilitando o uso de todos os produtos e serviços disponíveis, o que beneficiaria estruturalmente as pessoas com deficiência e toda a sociedade, sem exceção, garantindo liberdade, igualdade e dignidade, direitos estabelecidos no primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Cid Torquato, quando secretário m nicipal da Pessoa com Deficiência d São Paulo, discursa junto ao ex-pr feito Bruno Covas e à coordenador de comunicação da SMPED, Ciça Co deiro. Crédito: Divulgação / SMPED

Contamos com a Livre Acesso para divulgação e apoio – O link para assinar a petição é esse aqui: chng.it/5STPm8ZGXV 5 – Fale um pouco sobre o livro que escreveu - “EMPREENDORISMO SEM FRONTEIRAS, um Excelente caminho para pessoas com deficiência”, escrito junto com Fernando Dolabela. Escrevi o livro após me tornar tetraplégico. Eu que vinha do mundo corporativo, vivi momentos de incertezas e minhas experiências nesse sentido me levaram a escrever sobre o tema. O Brasil tem um enorme contingente de pessoas com deficiência fora do mercado formal de trabalho

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mude rera orD.

e o empreendedorismo tem sido o caminho para pessoas com e sem deficiência. Ao contrário do emprego, representa a forma ideal de inserção no mundo do trabalho. Isso porque, além de significar inovação, ele oferece espaço psicológico para a pessoa - sobretudo para a pessoa com deficiência. Por sua natureza, o empreendedorismo não exige potencialidades além daquelas de que dispõe o empreendedor. Pelo contrário, ele leva em conta a forma de ser e o perfil da pessoa que empreende. O negócio é criado a partir das potencialidades presentes, da forma de ser e das particularidades de cada empreendedor. Assim sendo, o empreendedorismo acolhe e oferece oportunidades a todos, já que as ações requeridas não são pré-formatadas em uma descrição de cargo, como ocorre nas empresas. 7 - Para finalizar gostaríamos muito de saber da história de Cid Torquato, sua vida e seus desafios. Tenho 58 anos, sou formado em Direito pela Universidade São Francisco (USP), me tornei tetraplégico em 2007, após um acidente num fatídico mergulho no mar da Croácia, mais especificamente em Brujini, quando participava do último dia do júri internacional do WSA – World Summit Award, maior premiação global de conteúdo digital, do qual continuo embaixador no Brasil. Atualmente sou CEO do ICOM Libras, a principal plataforma de tradução simultânea Português - Libras por videochamada. A ferramenta permite a empresas e governos atenderem e se comunicarem com a pessoa surda em seu idioma. Trabalhei como executivo da Lowe & Partners América Latina e da StarMedia Networks, fui assessor em Governo Eletrônico do Ministério do Planejamento, no Governo FHC, fundador da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Secretário Adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, conselheiro do CONADE – Conselho Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo. No início de 2020 recebi o Prêmio Estado de São Paulo para as Artes 2019, na categoria Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura, pela criação do Festival Sem Barreiras. No Brasil, não dá para ter uma deficiência e não ser ativista da causa, tendo em vista tudo o que precisamos fazer para garantir os direitos das pessoas com deficiência. Ou seja, sou militante em tempo integral.

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Divã

Eficiência Cognitiva Enfoque na memória e na higiene do sono Sandra Regina Schewinsky

Psicóloga - Neuropsicóloga

A lei de cotas para PESSOA COM DEFICIÊNCIA foi promulgada em 1991 para garantir a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, entretanto nos deparamos com a falta de estudo e qualificação que dificultam a inserção em bons cargos. Muitas pessoas resolvem estudar, mas encontram dificuldades. O mundo do mercado de trabalho atual exige cada vez mais qualificação dos profissionais, entretanto com a vida atribulada de todos, as horas dedicadas para estudar as matérias dadas nos cursos são escassas. Para se ter um bom desempenho de aprendizado é importante compreender questões básicas sobre as atividades mentais e formas de adequação da rotina e dos estudos, para assim ter boa eficiência cognitiva. Primeiramente, nosso cérebro funciona de forma integral e ele precisa de energia. Sem ela, não há força suficiente para que as funções mentais funcionem de acordo. Temos algumas situações em que a energia do cérebro pode estar em baixa, por exemplo, doenças, anemias, alguns tipos de remédios e alterações do sono. Portanto, dormir bem é essencial para o aprendizado. Mas, como lidar com as dificuldades de sono????? Existem situações em que uma consulta médica é fundamental, pois a pessoa pode sofrer de apneia ou outros transtornos e não entra no sono REM e assim não descansa o suficiente. Mas, dificuldades de rotina são comuns e atrapalham o sono, então seguem algumas dicas práticas: 1Horas de sono: muitas pessoas dormem pouco porque se desorganizam com os horários, perdem tempo nas mídias e quando percebem já é tarde, assim, do mesmo modo que se coloca o alarme para acordar, deve-se colocar o alarme para

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avisar que chegou a hora de dormir. 2A casa precisa dormir antes: deve-se desacelerar, apagar as luzes aos poucos, parar com barulhos e atividades estimulantes, como computador e celular. 3Muito importante ficar no escuro. Luzes acessas, luz do celular, computador, estimulam o cérebro e atrapalham no descanso cerebral, como ainda, dificultam a produção de melatonina, hormônio que regula o sono. 4Desta feita, deve-se manter a rotina para horários de sono e vigília, para manter o ritmo do ciclo cicardiano: 5Deve-se evitar bebidas alcoólicas ou com cafeínas de 4 a 6 horas antes de dormir. 6-

Não fumar próximo ao horário de dormir.

7-

Fazer refeições leves, sem comidas pesadas.

8Realizar atividades físicas ao menos 20 minutos por dia, mas não perto da hora de dormir, ao menos 4 a 5 horas antes. 9Deite na cama para dormir, não fique lendo, ou vendo TV ou celular. 10Aprenda fazer relaxamento e remédio só com orientações médicas.

divulgação

Depois de uma boa noite de sono, temos um dia inteiro para enfrentar e deve ser saudável também. Algumas doenças podem interferir na cognição como o Acidente Vascular Encefálico, Traumatismo Crânio Encefálico ou demências. Assim, deve-se evitar uso abusivo de sal, açucares, gorduras, álcool e fumo. Temos alimentos que comprovadamente ajudam a turbinar o cérebro e melhorar a memória, que são: ovo, chocolate amargo, frutas vermelhas, salmão ou sardinha, castanhas, azeite de oliva, verduras verdes e geleia real. Para bom aprendizado é necessária boa memória, que depende de algumas coisas: A fase inicial do processo de memorização é a recepção da informação, que depende de: 1Órgãos dos sentidos, certifique-se que está ouvindo, enxergando bem, integridade do olfato, paladar e tato. 2Estabilidade de humor. Se estiver deprimido, desinteressado, desmotivado, doente ou sem dormir, não há energia suficiente para o cérebro receber as informações. Se estiver ansioso, agitado, em pânico, eufórico, não há calma adequada para se focalizar nas informações. 3Tristezas e isolamentos, também interferem na qualidade de recepção da informação. 4Problemas de atenção. A atenção é o filtro para as outras atividades mentais, caso tenha dificuldades, procure opinião médica.

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A segunda fase do processo de memorização é de armazenamento, que pode ser melhor se: 1Interesse, quanto mais relevante, interessante e com forte colorido afetivo, mais fácil reter. 2Repetição, para aprender alguma coisa com expertise é preciso rever várias vezes. 3Estude com interação motora: leia em voz alta andando de um lado para o outro e escreva. 4Reflita sobre o conteúdo: leia em voz alta, grife as partes importantes do texto e depois reescreva cada parágrafo com suas próprias palavras, faça resumos. 5-

Faça associações, com rimas, imagens ou experiências pessoais.

6-

Organize as informações.

7Iniba as distrações, por exemplo, não deixe o celular por perto, pois cada vez que ele indica uma mensagem, seu cérebro se desorganiza e precisa de muita energia para voltar a se concentrar. 8-

Tenha certeza que entendeu o conteúdo para evitar distorções

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Tenha uma rotina de estudo, descanso e principalmente lazer.

10Matéria dada, matéria estudada. Reveja o conteúdo no próprio dia em que teve a aula, para melhor memorização. A última fase do processo de memorização é o da evocação, assim crie atividades para chamar mentalmente as informações. 1Faça para si mesmo um questionário. 2Dê aulas sobre o assunto na frente do espelho. 3Troque opiniões com outras pessoas. 4Não se isole 5Participe de atividades em grupo. 6Exponha suas opiniões e conhecimentos 7Escreva o máximo que puder. Segundo o famoso neurologista Luria, aprendizado é igual a felicidade neuronal, assim estude muito e tenha seus NEURONIOS EM FESTA!!!!!

Sandra Regina Schewinsky Psicóloga Especialista em Psicologia Hospitalar pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Mestre em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade São Marcos, Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Psicóloga do Instituto de Medicina Física de Reabilitação do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMREA HC FM USP), Neuropsicologa do Centro de Reabilitação Do Hospital Sírio Libanês. Docente do NEPPHO – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psicologia Hospitalar. Docente UNISAU – Curso de Especialização e Psicologia Hospitalar.

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Benefícios

Perda de memória pós COVID-19

dicas de como amenizar esta sequela Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Você já ouviu falar da Síndrome pós Covid? Trata-se de sequelas de médio a longo prazo em que uma pessoa - após contrair o vírus SARS-CoV-2 - pode manifestar-se em seu organismo. Entre os sintomas mais comuns já relatados e identificados por especialistas, temos a perda de olfato, paladar, dores musculares e nas articulações, fadiga, taquicardia e os sintomas neurológicos, tais como: disfunção cognitiva, perda de memória entre outros. Os primeiros relatos surgiram sobre as consequências infecciosas pós-agudas do COVID-19, com estudos nos Estados Unidos, Europa e China (Nalbandian, 2021). O comprometimento cognitivo pode se manifestar como dificuldades de concentração, memória, linguagem receptiva e/ou função executiva. No estudo de Heneka (2020), foi descrito que cerca de 36% dos indivíduos que contraíram a fase aguda da COVID-19 desenvolveram comprometimento no sistema neurológico, que em consequência pode acelerar ou agravar déficits cognitivos pré-existentes ou induzir o desenvolvimento de doença neurodegenerativas. Com isso, o autor sugere que as sequelas podem surgir pelas alterações

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sistêmicas e pelos altos níveis de citocinas pró-inflamatórias no sistema nervoso central (Heneka, 2020). Em uma pesquisa realizada pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) revela que a COVID-19 pode prejudicar as funções cognitivas básicas como a linguagem, a memória e até o equilíbrio. As consequências das sequelas cognitivas estão relacionadas a dessaturação do oxigênio na corrente sanguínea, que automaticamente, compromete as funções cognitivas no cérebro. Além disso, a neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin relata que os primeiros sintomas perceptíveis na perda de memória é quando o sujeito começa a identificar alterações na linguagem e na memória de curto prazo, na qual apresentam esquecimentos, dificuldade na pronúncia das palavras e até na memória implícita, onde os indivíduos têm dificuldades nas funções motoras, tais como dirigir, andar de bicicleta, tocar um instrumento musical e entre outras tarefas do cotidiano.

Foto: Método Supera

A neuropsicóloga também destaca a necessidade de realizar atividades físicas, tais como: caminhadas, exercícios aeróbicos, Yoga, Pilates - para melhorar a oxigenação do cérebro. Além disso, outras dicas dada pela pesquisadora, foram realizar exercícios de treino e estimulação cognitiva, tais como: jogos online, quebra-cabeça, dominó, baralho, palavras-cruzadas, caça-palavras e entre outras atividades que exercitem o cérebro e ajudem na reabilitação dos indivíduos. Por outro lado, é indispensável a consulta com um médico especialista que irá avaliar cada caso com suas individualidades e necessidades para uma boa recuperação e reversão nos casos de sequelas mais graves após a Covid-19. Referências bibliográficas Nalbandian, A., Sehgal, K., Gupta, A., Madhavan, M. V., McGroder, C., Stevens, J. S., ... & Wan, E. Y. (2021). Post-acute

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COVID-19 syndrome. Nature medicine, 27(4), 601-615. Heneka, M. T., Golenbock, D., Latz, E., Morgan, D., & Brown, R. (2020). Immediate and long-term consequences of COVID-19 infections for the development of neurological disease. Alzheimer’s research & therapy, 12(1), 69. https://doi.org/10.1186/ s13195-020-00640-3 InCor - HCFMUSP. (2021). Estudo inédito no mundo realizado no InCor mostra que pacientes que tiveram Covid-19 podem sofrer disfunções cognitivas. Recuperado em: https://www.incor.usp.br/sites/incor2013/docs/2021_Fevereiro_Estudo_Mental_Plus.pdf. Acesso em: 26 jan. 2022. Assina esse artigo Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva Gerontóloga formada pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretora científica da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira de AlzheimerRegional São Paulo. É assessora científica e consultora do Método Supera.

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Arquitetura e Urbanismo A natureza jurídica das calçadas urbanas e a responsabilidade primária dos Municípios quanto à sua feitura, manutenção e adaptação para fins de acessibilidade Ricardo Tempel Mesquita Arquiteto e Urbanista

Luíza Cavalcanti Bezerra Publicado em 08/2012. Elaborado em 07/2012. As calçadas urbanas figuram como bens públicos municipais. São inconstitucionais as leis que imputam a responsabilidade precípua pela sua feitura, manutenção e adaptação aos particulares proprietários de imóveis urbanos. 1. INTRODUÇÃO Nas vias públicas, existem, em regra, três segmentos de concreto apostos em paralelo, a saber, um caminho apropriado para o trânsito de veículos e dois passeios a ele adjacentes, destinados à circulação de pedestres. Estes últimos consistem nas calçadas, caminhos de uso público que têm, por objetivo fundamental, propiciar às pessoas de diferentes idades e condições físicas um translado seguro pelas ruas da cidade. Inobstante sua relevância social, as calçadas não têm sido construídas de maneira acessível, tampouco mantidas de forma adequada, situação que compromete o direito constitucional de ir e vir dos pedestres, especialmente no que concerne a idosos, crianças e pessoas com deficiência. Trata-se, pois, de situação que precisa ser remediada incontinenti, sob pena de afronta direta e contínua à liberdade fundamental de locomoção dos cidadãos. Tomando por base esse contexto, o presente artigo pretende analisar, de maneira sucinta, a natureza jurídica das calçadas urbanas e aferir de quem é a responsabilidade precípua pela sua feitura e manutenção. Far-se-á, com base nisso, uma ponderação acerca da constitucionalidade das leis municipais que impõem essa obrigação aos proprietários dos imóveis, tomando-se por parâmetro as normas da lavra do Município de Natal/RN. 2. NATUREZA JURÍDICA DAS CALÇADAS URBANAS O Código de Trânsito Brasileiro, em seu Anexo I, traz o conceito normativo de calçada, definindo-a como “parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”. Constata-se, desde logo, que o legislador pátrio consagrou a calçada como parte integrante da via pública, esclarecendo a sua independência dos lotes em frente aos quais se instala, o que leva à inevitável conclusão de que figura a

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calçada como bem público por excelência. Nesse contexto, vale relembrar que, nos termos do artigo 98 do Código Civil, bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, id est, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, além dos respectivos entes integrantes da Administração Indireta[1]. Sob essa perspectiva, o professor José dos Santos Carvalho Filho ensina que “como regra, as ruas, praças, jardins públicos, os logradouros públicos pertencem ao Município”[2]. Levando-se em consideração que as ruas e logradouros consistem justamente nas chamadas vias públicas, bem como que as calçadas, por definição legal, são partes integrantes dessas vias, não há outra conclusão possível senão a de que são as calçadas bens públicos municipais[3]. Reconhecendo essa característica, o Município de Natal, em consonância com o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, editou a Lei nº 275, de 12 de março de 2009, cujo artigo 2º dispõe que a calçada consiste na “parte da via pública não destinada à circulação de veículos, normalmente segregada e em nível diferente, destinada à circulação de pessoas, bem como à implantação de mobiliário urbano, equipamentos de infra-estrutura, vegetação, sinalização e outros fins quando possível”[4]. Nesse mesmo sentido, o artigo 3º, inciso XII, da Lei Complementar nº 55/2004 – Código de Obras e Edificações no Município de Natal – definiu a calçada como “o espaço existente entre o lote e o meio fio”. Inobstante haja, na referida legislação municipal, o reconhecimento de que são as calçadas bens públicos municipais, o artigo 11 da própria Lei Municipal nº 275/2009 atribui ao particular que detenha imóvel contíguo à calçada a responsabilidade precípua pela sua execução e manutenção, preceito cuja (in)constitucionalidade será analisada no próximo tópico. 3. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL QUE IMPUTE AOS PARTICULARES ARESPONSABILIDADE PRIMÁRIA QUANTO À FEITURA, MANUTENÇÃO E ADAPTAÇÃO DAS CALÇADASURBANAS Conforme elucidado no tópico anterior, as calçadas integram o rol de bens públicos municipais e, nessa condição, devem ser construídas e mantidas pelo Poder Público municipal. Ocorre, todavia, que as legislações municipais, em sua maioria, têm atribuído aos particulares proprietários dos imóveis que se alinham à calçada pública a responsabilidade primária pela execução e manutenção dessa parte da via. Traz-se, como exemplo nesse sentido, o disposto no artigo 11 da Lei nº 275/2009, referente ao Município de Natal/RN, in litteris: Art. 11. os responsáveis por imóveis nos termos do art. XX desta Lei, edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos dotados de calçamento ou guias e sarjetas são obrigados a construir as respectivas calçadasna extensão correspondente a sua testada e mantê-las em perfeito estado de conservação. (grifos acrescentados). É de se questionar, pois, qual seria o fundamento jurídico dessa obrigação imputada ao cidadão. Já podem ser excluídas, desde logo, as hipóteses de intervenção do Estado na propriedade privada, porquanto, conforme elucidado no decorrer deste texto, a titularidade das calçadas, assim como de toda a via pública, é do próprio Município. Não subsiste, também, o argumento de que se estaria falando em exercício do poder de polícia administrativa. Com efeito, o poder de polícia consiste numa prerrogativa da Administração para interferir nas relações jurídicas privadas. Consoante os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, o poder de polícia pode ser compreendido em sentido amplo ou estrito. Na visão ampla, refere-se ao “complexo de medidas do Estado que delineia a esfera juridicamente tutelada da liberdade e da propriedade dos cidadãos” (destaques acrescidos). Em acepção mais estrita e específica, o poder de polícia consiste nas intervenções abstratas (normas) ou concretas (autorizações,

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licenças, injunções) do Poder Executivo na esfera particular, com o fito de prevenir e obstar o desenvolvimento de atividades colidentes com os interesses sociais[5]. Note-se, pois, que a esfera de atuação do poder de polícia administrativa delineia-se essencialmente pela possibilidade de se impor condutas ou restrições com o objetivo de impedir que os particulares, no âmbito de sua esfera privada – liberdades e propriedades –, atuem de modo nocivo aos interesses da coletividade. No caso específico de bens públicos de uso comum, como as calçadas, o poder de polícia pode servir de fundamento para a vedação do avanço da propriedade do lote para a área correspondente à calçada a ele contígua, como, também, pode proibir o particular de colocar obstáculos no local, como árvores, cadeiras ou mesas. Não legitima, entretanto, a exigência normativa para que o particular seja incumbido da obrigação primária de construção e manutenção dessas calçadas, porquanto, aqui, o Poder Público não está apenas restringindo o exercício prejudicial de uma liberdade pelo cidadão, mas, sim, está estabelecendo uma obrigação de fazer sem qualquer relação jurídica que a fundamente. É de se concluir, por conseguinte, que invocar o poder de polícia como embasamento para a exigência de que os particulares assumam o ônus originário pela execução e manutenção de um bem público, sem que lhes seja conferida retribuição específica, figura como abuso de poder por parte do Poder Público. Saliente-se, ainda, que essas normas abusivas afrontam diretamente o disposto no artigo 23, inciso I, da Constituição Federal de 1988, o qual, ao tratar da competência administrativa – também chamada material ou de execução –, atribui aos entes federados, de maneira expressa, a competência quanto à conservação do patrimônio público, in litteris: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; Nesse quadrante, constata-se que lei municipal que disponha ser do particular a obrigação quanto à construção e manutenção de calçadas que porventura sejam

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contíguas aos seus imóveis, como é o caso da legislação do Município de Natal, padece de inarredável inconstitucionalidade, uma vez que a Constituição Federal de 1988 é expressa ao atribuir a competência do ente público, em cada uma das esferas federativas, para conservar o patrimônio público respectivo. Resta claro, portanto, que normas com esse conteúdo, por serem materialmente inconstitucionais, precisam ser afastadas do ordenamento jurídico, para que se possa exigir do Poder Público municipal, titular legítimo das obrigações pertinentes aos bens públicos municipais, a obrigação de construir e manter as calçadas urbanas de sua alçada. ________________________________________ 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme analisado no decorrer deste artigo, as calçadas figuram como bens públicos municipais e, sob essa perspectiva, mostra-se patente a inconstitucionalidade das leis que imputam a responsabilidade precípua pela sua feitura, manutenção e adaptação aos particulares proprietários de imóveis urbanos. Ressalte-se, ainda, que a atribuição de obrigações aos cidadãos quanto às calçadas que se situam em frente aos seus imóveis, além de ter como consequência jurídica uma afronta à Constituição, tem, como resultado prático, a absoluta ausência de padronização legal dessa parte da via pública, circunstância que inviabiliza a concretização da acessibilidade plena nas cidades. Repise-se, no ponto, que a ausência de acessibilidade acarreta, ainda, outra ofensa à Constituição, uma vez que impede o exercício da liberdade individual de ir e vir das pessoas com deficiência ou com dificuldade locomoção. Constata-se, portanto, que os Municípios precisam ser formalmente incumbidos da responsabilidade pelas suas calçadas urbanas, de modo a se permitir que a sociedade e os órgãos de defesa dos interesses coletivos possam deles exigir tanto a construção das calçadas, quanto a sua manutenção e adaptação para fins de acessibilidade. ________________________________________ NOTAS [1]Código Civil, art 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. [2]CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 23 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 1243. [3] De acordo com o inciso I do artigo 99 do Código Civil, os rios, mares, estradas, ruas e praças consistem em bens de uso comum do povo, de modo que essa também deve ser a classificação adotada quanto às calçadas urbanas no que se refere à destinação dos bens públicos. [4]Destaque-se, ainda, que o inciso XXXIX do artigo 3º da Lei Municipal nº 275/2009 conceitua “via pública” como a “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a calçada, a pista, o acostamento, a ilha, o canteiro central e similares, situada em áreas urbanas e caracterizadas principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão” - grifos acrescentados. [5] MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 20 ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 772. Arquiteto e Urbanista Ricardo Tempel Mesquita CAU A78906-2 (41)3277-5299 / 98536-6059 (WhatsApp) arqmesquita@gmail.com

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Aprendizagens

Entender a paralisia cerebral Malu Navarro Gomes Pedagoga Psicopedagoga Educadora no projeto Feliz Idade

Conviver com crianças, jovens e adultos que apresentam paralisia cerebral tem sido uma experiência única, que me sensibiliza e me enriquece com as lições que essas pessoas e suas famílias me ensinam. Trabalhei durante dezesseis anos como Coordenadora Pedagógica em instituições voltadas a alunos com paralisia cerebral. Eu, uma pedagoga que até então havia atuado somente com alunos ditos “normais”, de repente me vi frente àquele desafio. Havia respondido a um anúncio de jornal em que uma escola procurava uma coordenadora pedagógica, sem especificar qualquer detalhe. Durante a entrevista, fui informada da condição dos alunos: eles tinham paralisia cerebral; tais crianças e jovens usavam cadeira de rodas. — Este fato a aflige? questionou quem me entrevistava. — Não, por certo, não, respondi. A entrevista então se estendeu. Comentei sobre as possibilidades pedagógicas, sobre como percebia o processo de alfabetização naquelas circunstâncias. Assim começou minha jornada neste mundo fascinante, desafiador e gratificante. Senhoras e senhores apertem o cinto, vamos juntos aprender com a minha viagem que lá começou. Embora para convidá-los a me acompanhar nessa viagem tenha consultado livros técnicos, as referências maiores dizem respeito à prática adquirida naqueles anos em que me aventurei a conhecer essa realidade. Tecnicamente falando, os termos Paralisia Cerebral (PC) e Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância possuem o mesmo significado e são usados para denominar “Um grupo de transtornos específicos decorrentes de um dano ou lesão no cérebro, de ordem não evolutiva e que, devido à área afetada, resulta na inabilidade, dificuldade ou descontrole do movimento voluntário e da postura, portanto, na perda do controle motor.” Tal lesão ocorre até o terceiro ano de vida, em um momento bastante delicado, quando o sistema nervoso central (SNC) da criança se encontra em processo de desenvolvimento. Por isso, tais distúrbios se apresentam como definitivos embora seja possível, como decorrência do amadurecimento encefálico, observar mudanças em suas expressões clínicas. Não se constituem como doença, portanto não são transmissíveis, tampouco têm cura. São muitas e variadas as causas da paralisia cerebral. Há estudos que afirmam que em 47% dos casos de paralisia cerebral, a causa deveu-se a mais de um fator. Parece, no entanto, existir em comum uma deficiente maturação do sistema nervoso central da criança. Fatores pré-natais quando a lesão ocorre durante a gravidez. Cerca de 35%

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dos casos de PC são determinados dessa forma. Fatores perinatais – que ocorrem durante o parto, sendo a prematuridade e a anoxia (ausência ou redução da oxigenação do cérebro) neonatal as causas mais citadas e conhecidas nesta categoria. Fatores pós-natais, situações surgidas depois do nascimento. Vencer os desafios da comunicação A fim de me inteirar da realidade dos alunos, organizei-me de modo a conhecer mais profundamente quem eram aquelas pessoas e assim perceber como poderia auxiliá-las em seu percurso escolar. A opção foi simples e direta: iniciei conversando com as crianças e jovens pedindo que me falassem além do seu nome e idade. Os horários de entrada, intervalo e de saída se mostraram perfeitos para aqueles bate papos informais. Em pouco tempo já conhecia a maioria dos alunos – e melhor – eles a mim. Um jovem rapaz que teria dezessete anos foi uma das primeiras pessoas com quem conversei nos intervalos. Notei como era importante para ele ser um dos primeiros a falar comigo, uma vez que era um dos alunos mais antigos daquela instituição. Do jeito dele, me deu as boas-vindas e passou a me informar sobre sua classe, as dinâmicas que mais motivavam aqueles jovens alunos e fez considerações sobre seu presente e seu futuro. Para nos comunicar utilizávamos uma prancha acoplada à sua cadeira de rodas onde havia o Sistema Bliss de Comunicação – trabalho sob a responsabilidade da fonoaudióloga daquela escola – onde se encontravam dispostas as letras do alfabeto grafadas em maiúsculas, os numerais, desenhos representando uma pessoa em ação, bebendo água, bocejando, comendo, dormindo, caminhando... Havia também pronomes, substantivos, adjetivos, tudo isso disposto em quadrantes que o jovem identificava e com seu dedo indicador apontava para que eu lesse e, juntamente com ele, fôssemos construindo frases completas. Não foi fácil para ambos utilizar esse modo novo de comunicação. Resolvi confessar para ele: — Nunca participei de uma conversa como esta. Então, preciso que você entenda que se há alguém aqui com dificuldade de comunicação, essa pessoa sou eu. Preciso que você tenha paciência comigo e, aos poucos, você perceberá que conseguiremos conversar sem nenhum problema. É só uma questão de tempo para que eu me acostume. Tudo bem? Sua reação de aprovação e incentivo foi tão extraordinária, que quase caiu da cadeira de rodas em que estava sentado e que servia de apoio para a prancha de comunicação. Vencer os limites da paralisia cerebral A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar desde uma leve dificuldade ao caminhar, até a impossibilidade de fazê-lo sozinho. Pode não conseguir firmar a cabeça, assim como pode virar o rosto e parte do corpo para o lado ao dirigir-se à pessoa que se encontra à sua frente, como se para ela não estivesse atentando. Pode apresentar grande dificuldade em pronunciar palavras, falar enrolado, falar normalmente ou não conseguir articular palavras. Pode de-

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monstrar impossibilidade de relaxar a musculatura ou, ao inverso, apresentar tônus muscular tão flácido que necessitará ajuda para realizar qualquer movimento. Pode se comportar de um modo desajeitado em tudo o que vier a fazer ou depender integralmente da ajuda de terceiros. Pode controlar a saliva e engoli-la ou pode babar. Tudo dependerá da extensão da lesão e da área ou áreas cerebrais por ela afetadas. Surgem problemas para a execução das atividades da vida diária, que podem ir desde as mais simples às mais complexas. Como alimentação, higiene, locomover-se, alterações de equilíbrio, da fala, da visão, da audição e de outras tantas condições limitadoras. Passei muitos dias entrando nas salas de aula para observar como atuavam os professores e como se dava a participação dos alunos durante as aulas. Assim, fui colhendo informações relevantes para organizar as reuniões que logo mais teria com a equipe de professores. Aqui continua minha viagem de aprendizado que tratarei nos próximos artigos. Conhecer as causas, aprender a se comunicar e lidar com os limites físicos e comportamentais das pessoas, sempre de forma respeitosa, se abrir para outras realidades. Estes aprendizados podem ser estímulos a lidar com outras pessoas com limites, por exemplo, os limites apresentados por diversas pessoas com deficência – PcD – ou aqueles que vêm junto com a idade – como os dos idosos e suas dificuldades cognitivas, comunicação, socialização e mesmo, com quem se encontra adoentado. Todos têm em comum que são humanos e para ajudá-los, aliam-se técnica e competência, mas principalmente amor.

Malu Navarro Gomes

Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso. blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com O BLOG DA FELIZ IDADE FOI CRIADO PARA AJUDAR, PRINCIPALMENTE OS 60+. COM ISSO, VEM RECEBENDO EMAILS E PEDIDOS DE CONSELHO OS QUAIS A EDIÇÃO DO MAGAZINE 60+ ACHA IMPORTANTE QUE TODOS LEIAM. PODE SER QUE UM DESSES CASOS ESTEJA ACONTECENDO COM VOCÊ!

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Conversa de Amigo

Quero trabalhar Mercado Digital Parte 2

Bruno Henrique dos Santos

Oi, queridos amigos leitores. Acho que vocês leram o meu artigo passado. Resolvi dar uma continuação ao mesmo assunto, garantindo uma sequência de pensamentos para auxiliar vocês a terem um conhecimento real de outras áreas de trabalho para pessoas com deficiência em um campo novo e que chegou para abrir uma porta de oportunidades. Sim, posso dizer que é o mercado digital. De acordo com o site Agência Brasil, quase 24% dos brasileiros, ou seja 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como Diones, empreendedor brasileiro com deficiência, muitos enfrentam dificuldades de inserção social e exercer uma função profissional pode ajudar a ultrapassar essas dificuldades. Apesar da importância e da obrigatoriedade legal, a inclusão de pessoas com deficiência (PcD) no mercado de trabalho formal ainda é pequena. Apenas 403.255 dessas pessoas estão empregadas, o que corresponde a menos de 1% das 45 milhões de pessoas com deficiência no país. A participação de pessoas com deficiência intelectual vem crescendo no mercado de trabalho formal. De 25.332 trabalhadores em 2013 passou para 32.144 em 2015, último período de dados disponíveis da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Vou mais longe com vocês para explicar a importância do universo online para nós, pessoas com deficiências, porque com a chegada das redes sociais e principalmente do Facebook e Instagram a galera com deficiência viu uma porta de oportunidades se abrir na tela de seus celulares, notebooks e computadores. Um universo sem limites e com acessibilidade para todos. Se você parar para pensar, verdadeiramente é apenas o universo online que

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Dani Ban


atende a uma gama muito grande de pessoas com deficiências trabalhando ao mesmo tempo. Algumas empresas estão dando oportunidade de atendimento online, incentivando essas pessoas a se tornarem empreendedores ou empresários. É o caso da Honda, Natura, Jeunesse, Parceiro Magazine Luiza e Amazon Prime. E, falo mais para vocês: a Amazon Prime, hoje no Brasil, no momento atual, é a empresa que mais dá oportunidade para as pessoas com deficiência nas redes sociais, tenho certeza disso. Até quero deixar ao Sr. Jeffrey Preston, “Jeff “ Bezos, Presidente da Amazon Prime, os meus parabéns por realizar o sonho de muitas pessoas com deficiência: poder colocar o pão na mesa de suas famílias. Agora, uma entrevista feita em 05/12/2021 especialmente para a Revista Livre Acesso, com uma empresária de marketing digital, Dani Bandeira. 01 - Você é uma mulher negra que viveu uma história de superação, mas eu quero saber como você conseguiu chegar a ser uma empreendedora digital? Tudo começou com uma grande mudança na minha vida quando sai do Rio de Janeiro para São Paulo, com 2 crianças e meu esposo com apenas 1 mala de roupa, e acabei ficando de vez. Aqui em São Paulo eu me vi forçada a começar a trabalhar, coisa que não fazia no Rio pois era dona de casa, porque chegamos aqui absolutamente sem nada e precisávamos construir uma vida. Mas não tinha com quem deixar os meus filhos, então tive que buscar uma opção de trabalhar e cuidar deles e o empreendedorismo digital foi a porta de escape para mim. 02 - Dani, como você vê o atual momento do mercado de trabalho digital? O mercado digital vem crescendo há uns anos e a grande onda do mercado digital nos atingiu no início da pandemia, mas ao contrário do que muitos pensam essa onda ainda não passou. Na verdade, o momento atual está muito propício para quem está querendo começar, porque o digital não é o mercado do futuro é o mercado do presente. Quem estiver na grande vitrine do digital vai ser visto.

ndeira - Foto enviada pelo colunista

03 - Você acredita que o mercado de marketing digital pode ser uma porta de oportunidades para pessoas com deficiência? Com toda certeza eu digo que sim. O mercado convencional ainda é bem preconceituoso com pessoas com deficiência e negros, é claro que tem exceções. Mas pensando nesse preconceito, o digital pode ser a porta de acessibilidade que todos esperavam.

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04 - Como nasceu a sua agência de marketing digital, Tu Socializas? A Tu Socializas nasceu de um sonho. Ajudar pessoas a vencerem seus medos e começar a empreender, era como se fosse uma missão pra mim. Na época eu não falava necessariamente de empreendedorismo digital. Mas já trabalhava com o marketing digital, pois usava as redes sociais para alcançar mais pessoas que precisavam da minha ajuda. Algumas pessoas, vendo o trabalho, me incentivaram a criar o meu curso e ajudar pessoas a fazerem como eu fazia, trabalhar de dentro da minha casa e poder cuidar da minha família enquanto eu realizava o meu sonho. Uma dessas pessoas foi o meu irmão Bruno que é formado em marketing, que é o meu socio hoje. Foi criando o meu curso com o apoio dele, da Bruna (que era a minha social mídia, na época), da Natália (minha designer), da Larissa (minha gestora de tráfego) que a Tu Socializas nasceu. Hoje as meninas não trabalham mais comigo mas foram, com toda certeza, o apoio que eu precisava para tornar esse sonho real. Agora a minha missão é fazer com que a Tu Socializas ajude muitas outras pessoas a viverem os seus sonhos utilizando o mundo digital e cumpram a sua missão. 05 - Você acredita que uma pessoa com deficiência física, paralisia cerebral, pode ser empreendedor digital como você é e também influencer digital? É claro que pode. As limitações do corpo de uma pessoa com deficiência não pode ser uma limitação para realizar os seus sonhos. Uma pessoa com deficiência não só pode como deve fazer tudo que quiser. O mercado digital trouxe a todas as pessoas a acessibilidade ao mercado de trabalho, facilitando assim a vida de quem tem qualquer tipo de limitação que o impede de sair de casa para trabalhar. A minha limitação, por exemplo, era não ter com quem deixar os meus filhos. A maior limitação de uma pessoa não está nas dificuldades que ela tem, nem nas suas deficiências e muito menos no seu corpo ou cor de pele. A maior limitação está na mente daqueles que não fazem nada para ir atrás dos seus sonhos. O famoso bloqueio mental. 06 - Você já sofreu preconceito por ser mulher negra e empreendedora? Na história de todo preto tem um episódio de preconceito. Na vida de todo empreendedor também. Eu como mulher, preta e empreendedora também já passei por isso, mas eu não deixo que isso seja um impedimento para mim. O preconceito das pessoas é mais sobre dos preconceituosos do que sobre mim. 07 - O que falta para que o mercado de trabalho venha a empregar mais pessoas com deficiência? Entenderem que são as nossas diferenças que nos fazem ser tão humanos. E que uma pessoa com deficiência é tão capaz quanto qualquer outra. 08 - Agora, abra seu coração para a gente e deixe uma mensagem para outras mulheres negras, guerreiras, que têm o sonho de ser empreendedoras. Empreender não é para os fracos. Porque tudo vai te dizer que não. As pessoas vão te dizer não, as dificuldades do início vão te dizer não, a falta de apoio vai te dizer não e principalmente a sua própria mente vai te dizer não. Mas só acredite que você vai conseguir. E se estiver com medo, vai com medo mesmo.

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Talassoterapia

A cura pelo Mar III Fotos enviados pelo colunista Armando Fantini

A água do mar contém componentes básicos na percentagem exata para manter a integridade e o equilíbrio das células, o que a torna num excelente mineralizador. O cálcio, o zinco, o silício e o magnésio, são usados para tratar de doenças como a artrite, a osteoporose e o reumatismo. Estes elementos e outros como potássio, ferro, brometo, iodo e cloreto de sódio, entram nas camadas profundas dos nossos capilares e espalham- se por todo o corpo, eliminando toxinas e melhorando o nosso sistema de defesa. Já o sal marinho possui propriedades cicatrizantes e anti-sépticas. Além disso, as ondas do mar são verdadeiras sessões de massagem, pois estimulam a circulação sanguínea e, por consequência, provocam um aumento de oxigenação das células. Boiar alivia a compressão das articulações e coluna. Nadar, além de exercício completo(físico e respiratório), é massagem no corpo inteiro. O peso de uma pessoa, quando imersa em água do mar, é bastante inferior à imersão em água doce, o que facilita a reeducação motora, uma vez que os membros ficam mais leves. Permanecendo em imersão durante 15 minutos, dá-se a transferência de ÍONS da água para o nosso corpo por meio da pele, fomentando a drenagem linfática, processo que coadjuva a libertação de toxinas, gordura e radicais livres, assim como de impurezas que estão na base do inchaço e da celulite.

arquivo

Em acréscimo, atua de forma enérgica na prisão de ventre, na cárie dentária e nas patologias alérgicas, mormente no eczema, na urticária, na sinusite e na asma. A água do

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mar leva à regeneração do sangue, dos ossos e dos nervos, à redução do acne, furúnculos e vários problemas de pele, incremento da permeabilidade cutânea, à ativação do metabolismo, à mitigação de padecimentos reumáticos, dentre outros inúmeros benefícios. A água marinha, pode ainda ser considerada energizante aliviando as tensões musculares. Os elementos aí presentes são similares aos nosso plasma sanguíneo, sendo facilmente absorvidos por osmose e, uma vez no nosso corpo, vão facilitar a libertação de impurezas responsáveis pelo edema e celulite MAR: Fascínio & Cura Quando sentamos à beira mar e observamos o movimento, nós sentimos em paz e relax Um banho de mar renova nossas energias e nos prepara para terminarmos ou começarmos bem um novo dia. No entanto, os benefícios do mar vão muito além. A água pode nos ajudar a curar muitas doenças através de sua salinidade, iodo e ar saloio dico. Além disso, a água salgada libera o trato respiratório e reduz as formas alérgicas. horar

Água do mar pode nos ajudar a mel-

§ Alergias respiratórias, Sinusite, Resfriados e outras doenças respiratórias, § Problemas de asma, Intoxicação por agentes químicos § Problemas causados pelo tabagismo Dores que são amenizadas § Doenças reumáticas, Deslocamentos das Articulações, Fraturas, Osteoporose Alergias reduzidas

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§ Eczema, Psoríase, Acne seborreica, Dermatite O mar também ajuda na luta contra estados depressivos e melhora complicações ginecológicas e ligadas ao hipotireoidismo e linfatismo. “Talassoterapia” Benefícios do tratamento através das propriedades curativas do mar Melhora da respiração O ar, perto da costa, possui mais sais normais do que minerais, que melhoram nossos pulmões desde o início do tratamento. Além disso, também melhora o nosso metabolismo, circulação sanguínea e sistema imunológico. Redução da retenção de água O calor é um grande vilão para muitas pessoas, que sofrem de retenção de água nesse período. A boa concentração de sais minerais na água do mar nos ajuda, pela osmose, a eliminar líquidos acumulados nos tecidos através da pele. Com grandes vantagens para a circulação das pernas. Combate os “quilinhos” a mais O sal estimula as terminações nervosas da nossa epiderme, o que acelera o metabolismo, ajudando-nos a queimar gorduras com mais rapidez. Isso nos ajuda a perder os quilos a mais com maior facilidade. Você sabia que a água do mar possui todos esses benefícios? Realmente impressionante! Valorizar mais o tempo no mar, nossa saúde agradece!

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Queremos que você nos veja

Criação do Bengala Verde Rodrigo Bueno advogado e Vice Presidente da Bengala Verde Brasil

Criada em 1996 pela professora argentina Perla Mayo, a Bengala Verde nasceu com o objetivo de identificar as pessoas com Baixa Visão. Não é fácil perceber uma pessoa com Baixa Visão ao seu redor. São pessoas não cegas, mas que possuem uma visão reduzida. Existem várias causas que levam a Baixa Visão, desde acidentes à diversas doenças, incluindo doenças degenerativas da retina. Os problemas da Baixa Visão não podem ser solucionados com o uso de óculos ou cirurgias. Uma pessoa com Baixa Visão tem dificuldade para reconhecer rostos, ler placas de sinalização, letreiros de ônibus, atravessar ruas, caminhar sozinho, entre outras. Em alguns casos, a claridade ou a falta dela, afetam a visão. Mas por não serem cegas, as pessoas com Baixa Visão têm dificuldades para usar a bengala branca, pois acabam sendo identificadas como pessoas cegas e, muitas vezes, são submetidas a diversas situações constrangedoras na sua rotina diária. Esse é o duro dia-a-dia de aproximadamente 6 milhões de brasileiros com Baixa Visão, uma realidade que infelizmente ainda é praticamente desconhecida da sociedade brasileira! E foi exatamente para ajudar essas pessoas que o Grupo Retina São Paulo trouxe o projeto Bengala Verde para o Brasil. Desde 2014, o Grupo Retina São Paulo promove a Bengala Verde no território nacional. A cor verde foi escolhida como verde de esperança, de ver-de-novo, ver-de-outra-forma. A Bengala Verde é, portanto, instrumento de suma importância para orientação, mobilidade, identificação e inclusão social das pessoas com Baixa Visão, bem como para a conscientização da sociedade sobre a existência e as consequências da Baixa Visão. A repercussão e aceitação da Bengala Verde no Brasil está sendo muito positiva. Além do Brasil e da Argentina, o projeto também existe em outros países, como a Nicarágua, Colômbia, Paraguai, México, Equador, Bolívia, Costa Rica, Venezuela e Uruguai. Venha você também fazer parte do movimento Bengala Verde, ajudando a divulgar a existência e as consequências da Baixa Visão, e fortalecendo a inclusão social dessas pessoas. Bengala Verde no facebook https://www.facebook.com/bengalaverde/

Revista Livre Acesso #3 - Janeiro - Fevereiro/2022 - pág.35


Tiago Leifert e Daiana Garbin postagem no site Bengala Verde

Foto: Instagran

Ao lado da esposa, Daiana Garbin, o apresentador Tiago Leifert anunciou nas redes sociais que sua filha Lua, de um ano e quatro meses, foi diagnosticada em outubro do ano passado com um câncer nos olhos, considerado “muito raro”, chamado retinoblastoma. O tumor afeta as células da retina, parte do olho responsável pela visão. No caso de Lua, o câncer atingiu ambos os olhos. Em um vídeo publicado no Instagram, o casal explicou como descobriu a doença e como tem sido o tratamento. — É muito difícil descobrir esse câncer e é por isso que a gente está gravando esse vídeo para vocês. Normalmente, é um câncer que acontece em crianças muito pequenas, antes dos três ou dois anos de vida, quando a criança ainda não fala. Então, ela não consegue expressar que não está conseguindo enxergar e os pais também não percebem — iniciou Daiana. Segundo ela, o casal teve “muita sorte” de descobrir o câncer, já que Lua, aparentemente, sempre enxergou tudo. Quem percebeu que havia algo incomum nos olhos da criança foi Leifert. Após Daiana também notar uma mudança nos olhos de Lua, o casal procurou um oftalmologista e recebeu o diagnóstico. — Nós estamos tratando há quatro meses. A gente pensou longa e duramente se a gente ia falar alguma coisa e o consenso entre a família e os amigos é que não, nós não deveríamos falar nada, deveríamos focar “aqui” no tratamento. E vocês que acompanham o casal sabem que nós somos extremamente discretos com a nossa vida pessoal, raramente nós postamos algo sobre o nosso dia a dia — afirmou o apresentador. Em seguida, Leifert explicou que o casal decidiu falar sobre a situação porque depois da última sessão de quimioterapia de Lua mudaram de opinião e optaram por compartilhar o diagnóstico para alertar outros pais ou responsáveis: — Eu falei para a Dai, meu sonho, o que eu mais gostaria, é que em maio, julho ou agosto do ano passado, eu tivesse navegando pelo Instagram ou no Whatsapp e tivesse acesso ao vídeo de um casal dizendo o que está acontecendo com a filha deles sobre retinoblastoma. Então, estou fazendo esse vídeo junto com a Dai, não porque a gente tá pedindo energia positiva, mas é porque se conseguirmos fazer com que algum casal leve uma criança (no oftalmologista) a gente conseguiu, missão cumprida e a Lua vai ficar muito feliz também. Segundo o casal, o câncer foi descoberto no grau E (o mais grave), por isso, reforçaram a importância de levar os bebês a uma consulta preventiva com um oftalmologista. — Não tem sido fácil, a gente tem tido sorte. A Lua está enxergando bem do olho esquerdo, o olho direito ainda está precisando de mais cuidados, que é o que nos preocupa agora nesse momento. A gente ainda não sabe se está no começo, no meio ou no fim do tratamento. É uma luta dia a dia que estamos levando. Nós estamos bem mas a gente quer que vocês fiquem melhor do que a gente —reforça Leifert.

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acesse: guia_atencao_saude_bucal_pessoa_deficiencia.pdf

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Atendimento Psicológico

Fernanda Hannun Jabbour Psicóloga Especialista em Dependência Química

Implementação, desenvolvimento e gestão do PPSP (Programa de Prevenção do Risco Associado ao Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil) em conformidade com o RBAC 120 – ANAC. O Programa de Prevenção do Risco Associado ao Uso Indevido de Substâncias Psicoativas na Aviação Civil (PPSP) tem como objetivo melhorar a saúde, a qualidade de vida e a segurança de todos, empregados e clientes. A Consultoria realiza a implementação e a gestão permanente do PPSP cumprindo todas as etapas exigidas pela legislação: Elaboração da documentação Política interna do PPSP Declaração de Conformidade para envio à ANAC Elaboração de material para divulgação do PPSP como folderes, cartazes, fundo de tela, etc Subprograma de Educação informações exigidas pelo Regulamento como riscos do uso indevido de substâncias psicoativas, RBAC 120 e Política da empresa Subprograma de Exames Toxicológicos de Substâncias Psicoativas (ETSP) Sorteio aleatório para a realização de Exames Toxicológicos: ferramenta fundamental para identificação de usuários e também para inibição do uso de álcool e outras drogas; Parcerias com laboratórios para realização de ETSP; Gestão de todos os subtipos de ETSP (Prévio, Sorteio Aleatório, Pós-acidente, Suspeita Justificada, Retorno ao Trabalho e Acompanhamento). Subprograma de Resposta a Evento Impeditivo Médico Revisor ESP (Especialista em Dependência Química) para realização de avaliação abrangente, encaminhamento ao tratamento mais adequado e acompanhamento dos empregados que tenham obtido resultado positivo no exame toxicológico ou que procuram ajuda espontaneamente. A gestão do PPSP é realizada por equipe com qualificação e experiência em Dependência Química e Consultoria Empresarial. Os acompanhamentos aos empregados são realizados com ética e sigilo profissional. Telefone 11 99390-5999

Email fernanda@conajuda.com.br

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N o t í c i a s divulgação

O QUE ROLA NO WHATSAPP

Cadastro de trabalho Oportunidades Especiais no Shop. Ibirapuera De 05 a 19 de fevereiro, teremos um espaço exclusivo e totalmente adaptado no Shopping Ibirapuera para atender pessoas com todos os tipos de deficiência e que estejam em busca de uma vaga de emprego. Esta é a proposta do Projeto Oportunidades Especiais que vai acontecer gratuitamente no piso Moema. ♿ A iniciativa disponibilizará monitores especializados para o cadastramento de currículos e assim facilitar o acesso às ofertas de emprego que possibilitem uma futura inclusão no mercado de trabalho. O espaço funcionará de segunda a sábado, das 10h às 22h incluindo domingos e feriados das 14h às 20h. O projeto conta ainda com página na internet www. oportunidadesespeciais.com.br para o cadastramento e acompanhamento de processo de seleção.

O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção.

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Governo de SP suspende pagamento de IPVA-PCD 2022 para quem já possuía isenção em 2020 ou 2021 Governo de São Paulo suspendeu até o dia 31/7 o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2022 para proprietários de veículos PCD com transtorno do espectro autista ou com deficiência física, sensorial, intelectual ou mental que já que possuíam isenção reconhecida em 2020 ou 2021 e disciplinou as condições para que esse público possa ter o benefício reconhecido neste ano. As regras foram estabelecidas por meio do Decreto nº 66.470/2022 e da Resolução SFP nº 5/2022, publicados no Diário Oficial do Estado. Para garantir a isenção do IPVA-PCD 2022, é necessário que até 31/7 o proprietário protocole o pedido no Sistema de Veículos (SIVEI) da Secretaria da Fazenda e Planejamento. Deverá ser juntada toda a documentação exigida pela legislação. Enquanto não estiver regulamentado o laudo de avaliação biopsicossocial, uma das condições primordiais para a isenção, será exigido o laudo pericial emitido pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC), da Secretaria da Justiça e Cidadania. Será anunciado em breve como os interessados poderão solicitar o documento no órgão estadual. O laudo é necessário para comprovar o grau moderado, grave ou gravíssimo de deficiência ou de transtorno do espectro do autismo, que levará em consideração a Classificação Internacional de Doenças (CID) e a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), da Organização Mundial da Saúde. O pedido será analisado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento e, caso seja deferido, será garantida a isenção do IPVA-2022. Caso contrário, o imposto será lançado e o proprietário terá 30 dias para pagamento, sem multa ou juros. Comissão Intersecretarial O Decreto nº 66.470/2022 prevê, também, a instituição de Comissão Intersecretarial, composta por representantes das Secretarias da Fazenda e Planejamento, da Justiça e Cidadania, e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, bem como a constituição de Grupo de Trabalho com a atribuição de propor a regulamentação da avaliação biopsicossocial no Estado de São Paulo. Entre as funções da Comissão Intersecretarial estão a decisão sobre os pedidos de realização de nova perícia para fins de concessão de isenção do IPVA, e comunicar às autoridades competentes para a adoção das providências administrativas, civis e criminais cabíveis, caso constate indícios de fraude no processo de concessão do benefício. Transferência Simplificada O decreto também garantiu a compra e venda de veículos com parcelas do IPVA a vencer, simplificando o processo de compra e venda. Com a norma, a comercialização e transferência de documentos de veículos com parcelas a vencer do IPVA do ano corrente passa a ser permitida. O adquirente, no entanto, será informado pela Sefaz caso exista alguma parcela do IPVA a vencer.

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DEA divulga calendário com cursos de formação continuada O Departamento de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE), por meio da Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento (DEA), divulgou a lista de cursos de formação continuada no formato presencial, remoto e híbrido. A programação inclui quase 20 cursos, a serem ministrados a partir de março. A programação, no entanto, poderá sofrer alterações durante o ano, inclusive com a oferta de novos cursos. Por isso, é importante regularmente verificar a página eletrônica do IBC. E atenção: antes de fazer a inscrição, é importante ler atentamente o documento contendo as orientações gerais dos cursos presenciais e híbridos e remotos. Em caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe da Divisão de Extensão e Aperfeiçoamento (DEA) pelo e-mail dea@ibc.gov.br ou pelo telefone (21) 34784455.

Mais informações

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UNICEF lança campanha de vacinação com Mauricio de Sousa e Facebook Brasília, 18 de dezembro de 2020 – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lança neste final de semana uma campanha em suas redes sociais para conscientizar mães, pais e demais responsáveis sobre a eficácia e a segurança das vacinas de rotina, como as contra sarampo e pólio, para crianças menores de 5 anos. Os materiais contam com personagens da Turma da Mônica, juntamente com seus pais e mães, que passam várias mensagens sobre essas vacinas, como elas agem e por que são importantes para a saúde das crianças. Para elaborar a campanha, o UNICEF usou como base um vasto material produzido pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e o amplo conhecimento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que também assinam a campanha. Um guia sobre Campanhas de Vacinação, encomendado pelo UNICEF à Universidade de Yale, também foi usado na elaboração de todos os textos da campanha. Todos os cards da campanha podem ser encontrados aqui. Essa campanha faz parte de uma parceria global do Facebook e do UNICEF,

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chamada Insights for Impact, que usa dados agregados e anonimizados de conteúdos no Facebook, para gerar análises de tendências e que são usadas para subsidiar tanto a parte criativa da campanha, como a parte estratégica, indicando potenciais públicos-alvo, temas, linguagem, entre outros. Isso permite a elaboração de uma campanha mais assertiva, focada em gerar mudanças de percepção e de comportamento. Além da análise prévia de dados, será feita uma pesquisa posterior de brand lift, que medirá a lembrança dos usuários e também a sua percepção quanto à eficácia e à segurança das vacinas. “A vacinação de rotina para crianças menores de 5 anos vem sofrendo constantes quedas desde 2015. Mesmo sem os dados consolidados das coberturas vacinais em 2020, a pandemia certamente contribuiu ainda mais para o agravamento desse cenário. Poder contar com a credibilidade e a expertise da SBIm, da SBP, com os dados agregados do Facebook e a simpatia dos personagens da Turma da Mônica é extremamente importante para o trabalho de conscientização da importância da vacinação de rotina”, afirma Cristina Albuquerque, chefe da área de Saúde e HIV do UNICEF no Brasil. “A campanha faz parte do nosso compromisso com os direitos das crianças dentro da parceria com o UNICEF. Já estivemos juntos em outras ocasiões levando informações sobre a importância de vacinar nossas crianças e entendemos que, neste momento, era preciso voltar a alertar os pais e responsáveis sobre esse cuidado. Nada melhor que o carisma dos personagens para chamar a atenção para informações trazidas por instituições com toda a credibilidade”, afirma o desenhista Mauricio de Sousa, criador da Turma da Mônica. A personagem Mônica é embaixadora do UNICEF desde 2007. Em 2018, Mônica emprestou sua força para alertar pais, mães e responsáveis de que a vacinação é um direito da criança e um dever da família, da sociedade e do Estado, participando da Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo e pólio. ### Sobre a Mauricio de Sousa Produções A Mauricio de Sousa Produções é uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil, responsável por uma das marcas mais admiradas do país, a Turma da Mônica. A MSP investe em inovação e produz conteúdos em todas as plataformas com a mais alta tecnologia, alinhando educação, cultura e entretenimento. A empresa é signatária dos princípios de empoderamento das mulheres, plataforma da ONU Mulheres e Pacto Global. No licenciamento, trabalha com 150 empresas que utilizam seus personagens em mais de 4 mil itens. A presença da marca na plataforma YouTube já passou de 13 bilhões de views, sendo a maior audiência para Mônica Toy, conteúdo desenvolvido exclusivamente para essa plataforma; além do engajamento e interações orgânicos com os fãs em mídias sociais. Na área editorial, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo, com 400 títulos de livros e mais de um bilhão de revistas vendidas, ambos responsáveis pela alfabetização informal de milhões de brasileiros. Contatos para a imprensa Mauricio de Sousa Produções Máquina Cohn & Wolfe | Mauricio de Sousa Produções Gabriel Furlan – gabriel.furlan@maquinacohnwolfe.com – (11) 3147 7253 | 98496 6575 Denise Carvalho – denise.carvalho@maquinacohnwolfe.com – (11) 99218 0181 JAL Comunicação – Mauricio de Sousa

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José Alberto Lovetro – jal.comunicacao@gmail.com – (11) 3851 5221 | (11) 99614 1623 Contatos para a imprensa Camilo Leon Especialista em Comunicação UNICEF Brasil Telefone: (61) 98118 6948 E-mail: cleon@unicef.org Sobre o UNICEF O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Acompanhe nossas ações no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, LinkedIn e TikTok. Você também pode ajudar o UNICEF em suas ações. Faça uma doação agora.

FONTE UNICEF

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Revista Livre Acesso #3 - Janeiro - Fevereiro/2022 - segunda capa


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