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S.Paulo, Dezembro/2019 - #6
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Ano I
#6
Arteterapia e Humanização em Saúde Um olhar sensivel para transformação e promoção da qualidade de vida. páginas 28 e 29
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ESSA REVISTA TEM COMO PARCEIROS
magazine 60+ #6 - Dezembro/2019
Editorial
Manoel Carlos Conti Jornalista
Dia desses, acho que no feriado de 15 de novembro, eu e minha esposa assistíamos pela ‘enésima’ vez o filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, estrelado por Robin Williams, no papel de John Keating, um dos professores de uma escola tradicional americana. Revendo o filme, refleti que essa tal escola tem como base os 4 grandes princípios norte americanos: tradição, honra, disciplina e excelência e é aqui que, de forma muito inteligente, escritor, roteirista e diretor desse clássico fazem a diferença e tornam a história, os diálogos e a filmagem merecedoras de um Oscar e de mais outros 5 prêmios impor-
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30/11/2019 Periodicidade mensal
Distribuição Gratuíta pela Internet Jornalista Responsável
Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP Revisão geral
Marisa da Camara *Todas as colunas são de inteira responsabilidade daqueles que a assinam
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tantes. Num certo ponto, a história passa a confrontar os conceitos conservadores da escola e o Professor passa a dar mais valor para as expressões artísticas. Ele chega a dar rédeas para que os alunos passem a seguir suas paixões, assumindo os ‘mandamentos’ da vida de cada um deles. Um dos trechos antagônicos do filme é quando o professor se aproxima de fotos de antigos alunos e diz: “aproximem-se, vejam os rostos desses meninos... são iguais aos de vocês... mostram alegria de viver, virilidade e hoje eles não passam de fertilizante... aproximem-se e ouçam o que eles dizem.” Os alunos se aproximam das fotos e quase que com a boca fechada o professor diz: “Carpe Diem... Carpe Diem” que, traduzindo ao pé da letra (do latin), significa “curtam o dia”. Mais tarde, olhando as fotos de nossos colunistas, bem como um filme de encerramento do curso Criativa Idade, do qual fiz parte, na ESPM, me deparei com rostos de gente que pratica o Carpe Diem, de amigos felizes que escrevem e falam de seus tempos, de sua gente e de seus costumes. A ideia do Magazine 60+ não deixa de ser aquela almejada por todos que participam, ou seja, ter algum ganho financeiro, mesmo que seja revelando seu contato para, quem sabe, surgirem futuros trabalhos com aqueles que leem a revista e se identificam com um ou outro colunista. Quem sabe muitos não pensam assim e só querem mostrar a quem quer que seja suas palavras de apoio, de ensinamentos, de revelações e até de questionamentos sobre a nossa vida e os nossos tempos. De alguma forma, somos todos poetas... Tenham certeza que muita, mas muita gente mesmo, lê e se impressiona com a qualidade do conteúdo dessa revista. Acho e tenho esperança que um dia conseguiremos uma verba para poder gratificar todos que trabalham aqui, mas enquanto isso não acontece, saibam que de uma forma ou de outra estamos seguindo aquele mestre do filme e assim nos tornamos uma Sociedade de Poetas que mostram, a cada exemplar, estarem mais vivos do que nunca. Boa leitura e Carpe Diem. contato: contihq@hotmail.com cel. (11) 9.88906403
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Interesse Público
Crônicas do Brasil
Heródoto Barbeiro é âncora e editor-chefe do Jornal da Record News, em multiplataforma
A ideia é aperfeiçoar mecanismos de monitorar pessoas especialmente ligadas ao governo e ao poder judiciário. Uma reafirmação que o papel da mídia é de fiscalizar o poder ou manter a postura de Watch dog. Todos que servem o Estado devem ter consciência que podem ter suas conversas gravadas e se tiverem interesse público, divulgadas para todos. Uma facilidade com o advento das redes sociais e um tempo onde não se consegue mais segurar informação. Assim, juízes, procuradores, políticos, ministros e governantes de qualquer nível podem ser monitorados e seus diálogos divulgados. É claro que ninguém é ingênuo ao acreditar que a cada publicação há geração de crise política, com ameaças de um lado e outro e envolvimento da população, mui-
to mais emocional do que racional. A primeira questão a ser avaliada é : a quem beneficia o processo de vazamento de conversas confidenciais? À democracia dizem uns, à oposição totalitária, dizem outros. Os debates e embates nas redes sociais ganham cada vez mais velocidade e ferocidade. O editor do site que divulga informações confidenciais, obtidas de maneira ilegal, através de escutas clandestinas ou acesso a documentos considerados secretos pelo Estado, mas a justificativa é que o jornalista tem compromisso com o que está escrito na constituição e não com o governo, que está no poder, ou a algum grupo de pressão. Os constitucionalistas reafirmam que privacidade é um direito do cidadão. Ela pode ser violada tanto pelo Estado como por grupos interessados em enfraquecer o governo. O perigo é a facilidade de acesso para hackers, de toda espécie, movidos pelos mais diferentes objetivos. Graças ao aperfeiçoamento dos invasores é possível um monte de desvios, entre eles casos de rapazes que vigiam namoradas, vídeos de nudez ou descobertas de infidelidade conjugal, que podem render chantagens de toda espécie. Uma vez obtida a informação ilegal nada mais pode impedir que ela circule nas mais diversas plataformas e pode, mesmo, chegar a assassinar re-
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Heródoto Barbeiro Jornalista/Historiador
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Arquivo
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putações. Em geral, primeiro o internauta forma opinião sobre os personagens citados, depois, se houver possibilidade, vai investigar se o que teve acesso é ou não uma fake News. As pessoas mentem, na web, até a quem amam, nas conversas particulares. Imaginam que nunca nada vai ser divulgado, especialmente depois de apagadas nos aplicativos, supostamente seguros da espionagem dos hackers. O que importa mesmo são os chamados metadados, ou seja, registros perfeitos de atividades da vida privada, como fotos postadas, para quem o espionado liga, que site acessa e o que compra através do e-commerce. Autoridades e cidadãos comuns esque-
4 cem que com o celular ligado podem facilmente ser hackeados e ter o conteúdo nas mãos de estranhos. Não existe uma maneira cem por cento segura de fugir do monitoramento de grandes corporações e governos, diz Edward Snowden em entrevista a Veja. Para ele, o vazamento da Lava Jato é útil – e pouco importa de onde veio a informação. Enquanto alguns países desativam programas de vigilância, como nos Estados Unidos, a Alemanha autorizou formas de vigilância em massa e a China está começando a usar o reconhecimento facial indiscriminado. Essa prática se espalha, rapidamente, ao redor do mundo e ninguém sabe se a criptografia vai ser capaz de enfrentá-la.
Férias internacionais, Apps, traduzem e fazem contas por você Empreendedor/Tecnologia
O número de aplicativos que temos em nosso celulares aumentam de forma assustadora. Com frequência, baixo aplicativos e os deleto pós viagens. Algumas empresas aéreas retiraram as telas de vídeos dos encostos das poltronas, mas o passageiro baixa o app e acessa os filmes no seu próprio celular ou p.c. Já há questionamentos se o celular virou uma extensão do ser humano... Dois perrengues comuns ao se fazer compras, em viagens internacionais, são: conversão da moeda local para o valor em reais e a tradução do que está escrito na embalagem, assim como em documentos e outros. Tudo isso pode ser resolvido com aplicativos: Quanto vale alguma coisa em Reais? Em geral, saímos do País com dólares ou euros comprados, mas e quando compramos algo na Turquia, em Lira Turca ou no Japão, em Yens, como transformar essas e outras moedas em Reais? Baixe o aplicativo Currency e coloque o valor a ser convertido, na moeda desejada, e
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Marcelo Thalenberg Empreendedor escreve artigos sobre tecnologia
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obtenha o resultado desejado de forma rápida e prática, sem gastar seu cérebro e seu tempo em contas. Certa vez, em Shangai, o vendedor de frutas, tão logo apontávamos para uma fruta, ele já digitava o valor e a quantidade em uma calculadora e fazia a conversão. Em casos de viagens para países cuja língua você não conheça ou não tenha total domínio, seja chinês, tailandês, turco, grego, árabe, hebraico ou outro, utilize o app google tradutor. Aponte para a imagem ou produto, ele fotografa, escaneia e traduz, até a caixa de alimento no supermercado, facilitando sua vida, sem precisar buscar a ajuda de terceiros. A imagem a seguir mostra uma tradução em japonês e outra em chinês. Aproveitou os apps nas férias? Após o retorno, delete os apps e baixe-os novamente na próxima viagem. Boas férias! www.durmoatualizado.com.br
Jararaca: o Cangaceiro que virou Santo ‘Causos’ do Nordeste
Tony de Souza Cineasta
Depois de Jesuino Brilhante, considerado um Robin Hood do nordeste brasileiro, e Antonio Silvino, protetor das moças “desonradas”, começou a surgir um novo tipo de cangaço. Bandoleiros que ameaçavam a todos, provocando terror com suas crueldades. Eram mercenários. Se um fazendeiro lhes desse dinheiro, armas, munição e os deixassem se esconder em suas fazendas, não os importunavam. Dentre esses cangaceiros, um ficou famoso por seus atos de crueldade. Virou uma lenda. Chamava-se Jararaca. O apelido já diz tudo. Jararaca é uma cobra venenosa, de cor marrom com amarelo escuro, com rajas pretas. Perigosa, ela prepara o bote ao ver se aproximar qual-
quer ser. O nome verdadeiro do cangaceiro Jararaca é José Leite de Santana. Para se ter uma ideia do seu grau de crueldade, contava-se que ele havia matado um bebê de colo, com um punhal. Esse cangaceiro era íntimo de Lampião e juntou-se a ele no chamado “Assalto a Mossoró”. Nesse assalto, houve a junção de três bandos: o bando de Sabino, o bando de Massilon e o bando de Lampião. Jararaca costumava liderar um grupo e era homem de confiança de Lampião, mas nesse dia encheu a cara de cachaça e Lampião o destituiu do cargo de chefe de grupo e ele passou a fazer parte do bando de Massilon. Lampião fora convencido, a assaltar Mossoró, por Massilon, que era natural do Rio Grande do Norte, mas tinha grande desconfiança se o assalto iria dar certo. Muito esperto, combinou que o grupo de Massilon e o grupo de Sabino iriam na frente e ele, com seu grupo, na retaguarda. A informação que Lampião tinha, e da qual desconfiava, era de que todo povo de Mossoró havia fugido e a cidade estava abandonada. Deixaram os cavalos num lugar chamado Saco e foram caminhando pela linha do trem. Assim que chegaram perto
magazine 60+ #6 - Dezembro/2019 da igreja do Alto da Conceição, moradores postados na torre da igreja deram o alarme tocando o sino. As outras igrejas repicaram. Foi a primeira surpresa que os bandidos tiveram. A segunda foi a chuva de bala, vinda dos fardos de algodão espalhados em volta da cidade. Nessa chuva de bala, um cangaceiro muito afoito, chamado Colchete, avançou em direção a um fardo de algodão e levou um tiro certeiro na cabeça. Jararaca, que estava próximo, tentou ajuda-lo. Nesse momento, recebeu um tiro no peito. Recuou, saiu correndo e levou outro tiro na coxa. Manteve-se um tempo quieto e, como já estava escurecendo, conseguiu pegar Colchete e sair se arrastando até a linha férrea. Dormiu nuns matos ali perto e, no dia seguinte, viu um pequeno grupo de trabalhadores da ferrovia. Con-
6 seguiu se arrastar até lá e pediu ajuda a eles. Deu uma boa quantidade de dinheiro para eles não avisarem a polícia e para conseguirem materiais de primeiros socorros para seu curativo. Um dos homens que foi até o centro da cidade, supostamente para comprar gaze, água oxigenada e mercúrio para o curativo, voltou com um grupo de policiais, que prenderam o cangaceiro. Na cadeia de Mossoró, Jararaca virou atração da população. Recebeu tratamento médico e com a promessa de que seria transferido para Natal. onde seria julgado. Deixou a cadeia e, no caminho, que supostamente o levaria a Natal, passaram pelo cemitério São Sebastião, ali mesmo em Mossoró, e lá o mataram e o enterraram. Existem várias versões de como foi essa morte e esse enterro. O fato é que seu nome virou uma lenda e, atualmente, todo dia de finados, sua sepultura passou a ser a mais visitada daquele cemitério. Além de muitas velas acendidas, são colocados muitos vasos de flores e pedidos dos mais diversos. Um dos mais curiosos é o que pede que ele interceda para ajudar no desempenho sexual do cidadão. Jararaca é o cangaceiro que virou santo.
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(Para quem quiser aprofundar-se no assunto, recomendo a reportagem da revista Piaui, edição 130 de julho de 2017).
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O ‘pequeno operário’ de Oscar Schindler Nosso Mundo, Nossa Cultura
Reuven Faingold Historiador
Leon Leyson (1929-2013) tinha 10 anos quando a Alemanha invadiu a Polônia, em 1939. Seis meses depois, toda sua família foi deportada para um gueto em Cracóvia. Perdeu dois irmãos, durante o Holocausto, e foi protegido por Schindler, enquanto trabalhava na sua fábrica. Um dos irmãos fugiu para a vila da família, morrendo em um massacre de 500 habitantes. O outro, com 16 anos, também foi deportado do gueto e morto em um campo. Leyson estava fraco de fome, Schindler dobrou sua alimentação, e colocou a sua mãe e os demais irmãos sobreviventes em sua lista. Apelidado de “pequeno Leyson”, ele era tão miúdo que precisava subir em cima de uma caixa de madeira para operar o maquinário. O jovem judeu se mudou para os EUA, em 1949, dando aulas na escola Huntington Park, por 39 anos. O sobrevivente raramente falava de suas experiências de guerra. Ele costumava dizer: “A verdade é que eu não vivo minha vida na
sombra do Holocausto. Eu não dou aos meus filhos um legado de medo. Eu dou a eles um legado de liberdade”. Em 1993, no entanto, foi lançado o filme “A Lista de Schindler” de Steven Spielberg. Após o sucesso da produção, vencedora de sete estatuetas Oscar, dentre eles de melhor filme e melhor diretor, Leon Leyson começou a contar sua história nos EUA e no Canadá. Toda vez que contava sua história, nunca usava resumos, nunca falava as coisas duas vezes. “Sempre vem da cabeça e do coração”, disse Marilyn Harran, amiga e professora da Universidade Chapman. “Ele fez as pessoas desejarem ser melhores, para relembrar não só do Holocausto, mas que elas nunca podem ser indiferentes”, afirmou o professor. Leon Leyson encontrou Schindler pela última vez em 1974, em visita a cidade de Los Angeles, pouco antes de morrer. Ele estava com um grupo de judeus, que foram até o aeroporto recebê-lo. Antes de apresentar-se, Leyson ouviu: “Eu sei quem você é. Você é o pequeno Leyson” - disse Schindler. Logo, ambos se abraçaram. Para uma versão completa, ver: Faingold, Reuven, Leon Leyson, o operário mais jovem da Lista de Schindler. WEBMOSAICA, VOL. 7, No. 1, (janeiro-junho) 2015, págs. 103-113
Foto: globo.com
Leon Leyson (1929 - 2013)
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Muro de Berlim Contos
Malu Alencar Historiadora e Produtora cultural
Foto: leouve.com.br
Em junho de 1974 atravessei a Alemanha Oriental de carro. Saí de Munique com destino à Berlim Ocidental, uma ilha dentro da RDA (República Democrática Alemã), dominada pela Russia, na fronteira entre as duas Alemanhas. Foi muito estressante, pois eu não tinha autorização para entrar na Alemanha Oriental, mas graças ao passaporte brasileiro, e por “bondade” do guarda eu fui liberada. Nessa espera de ser liberada ou não, pensei como era difícil viver num país dividido por ideologias tão diferentes. Afinal o que era LIBERDADE? DEMOCRACIA? Até hoje me lembro da sensação que tomou conta de mim no trajeto ao atravessar a RDA, Alemanha Oriental. As estradas cercadas com arame farpado, as casas cinzas, volta e meia uma guarita com guardas armados com fuzil, não conseguia falar, estava muda, ninguém falava no carro.
A construção do Muro de Berlim
8 Como um povo podia viver livre, alegre e o outro parecia estar num mundo cinzento, sem cor... Chegamos em Berlim Ocidental, uma cidade linda, plana, largas avenidas repletas de praças, colorida. À primeira noite dormimos numa casa antiga, cujas paredes ainda mostravam os sinais de balas de canhão. A proprietária nos disse que não queria tirar as marcas de balas, para não se esquecer da guerra. Foi em Berlim Ocidental que conheci uma atriz, que tinha como referencia o nordeste de meu pai: Vanja Orico, atriz de vários filmes sobre Lampião, ela sempre como Maria Bonita. Falamos pouco, eu não conseguia perguntar ou travar um dialogo: - Como veio para a Alemanha? O que te fez abandonar o nosso país? Estava encantada, encantada no verdadeiro sentido da palavra. Ela era minha musa de criança. Também reencontrei Irenio Maia, um dos sócios de Cyro Del Nero no Estúdio 13, uma empresa que foi uma referência de criatividade, responsável por vários stands do Brasil, em feiras mundiais, uma delas no Japão, nos idos da década de 70. Irenio Maia dirigia um teatro em Berlim Oriental e sua esposa era chefe de cozinha, num restaurante na Berlim Ocidental, cujo prato entre os mais procu-
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9 rados do cardápio era a nossa feijoada, acompanhada da famosa caipirinha. Não me lembro como consegui participar de uma excursão de jornalistas sul americanos para um tour em Berlim Oriental. Eu não era jornalista. Foi inesquecível! Atravessamos o Muro de Berlim e a guia descrevia os monumentos colocados nas praças. Hoje já não me recordo mais sobre quem eram aquelas figuras... Nas largas avenidas, os poucos carros que rodavam pela cidade eram muito antigos. Apesar de ser primavera, fazia frio, as mulheres com casacos que pareciam ser pesados, talvez pela cor cinza forte, lenços cobrindo a cabeça, sacolas enormes nas mãos. Parecia que eu estava numa cidade medieval, num cenário totalmente diferente da alegre Berlim Ocidental. Não conseguia fala, ou comentar. A volta para Berlim Ocidental foi silenciosa e eu não via a hora de pisar em solo amigo. Berlim tem muitos lagos. Em uma tarde, fiz um passeio de barco num dos lagos da cidade e me assustei quando vi uma enorme cerca de arame farpado cortando as águas e, novamente guaritas espaçadas com guardas sisudos armados com fuzis. A impressão que dava era que a qualquer momento poderiam acionar o gatilho. Não conseguia olhar, tinha medo
que atirassem, não via a hora de voltar para o píer de onde eu havia saído. Foi em Berlim Ocidental que aprendi que a arte, a música deveriam ser livres, ir para as ruas e praças, para as igrejas... Hoje, 9 de novembro de 2019, faz 30 anos que o Muro de Berlim caiu. Que a liberdade e a democracia sejam sempre a bandeira de todos os países, de todos os governos. Nunca mais voltei a Berlim, mas ainda tenho saudades das largas avenidas, dos cafés com mesas nas calçadas, das pessoas que conheci, de Leo um italiano, estudante de música, que por anos mantivemos correspondência, pois queria conhecer o Brasil. Nunca mais soube de Irenio Maia, de Vanja Orico e se voltaram para o Brasil, ou não. Hoje, ao ver as fotos do Muro de Berlim, me lembro de quantas vezes andei sob sua sombra, imaginando se do outro lado, também teriam pessoas caminhando como eu. Observações: - Foi em Campos do Jordão que consegui realizar meu sonho de promover arte e música nas ruas e praças e dai nasceu o projeto Outono & Arte, uma homenagem aos artistas berlinenses, que conheci em 1974. - Alemanha Oriental: RDA - Republica Democrática Alemã - Alemanha Ocidental: RFA - República Federal da Alemanha Foto: spiceuptheroad.com
A queda do Muro de Berlim - 1989
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Ana Luna Cabelo Branco Crônicas do Cotidiano
Ana Luna Graduada em Letras
Foto: arquivo
Olá, pessoal! Sou Ana Luna e tenho muito bem vividos 67 anos! Minha família é da cidade de Bom Conselho, Pernambuco, mas nasci e me criei em São Paulo. Sou mesmo do planeta terra! Meu CEP é minha idade bem vivida. Meu endereço? Cada ano passado entre tudo o que uma pessoa vive: alegrias e tristezas: VIDA . Amo muitos lugares, porque adoro viajar e sou filha adotiva da cidade dos meus pais e, com muito orgulho, sou colunista do único jornal da cidade: “ A Gazeta “. Agora, também, na revista eletrônica: “Magazine 60+“ Descobri, logo, que começamos a envelhecer bem jovens e que temos, sim, que nos preparar para a velhice. Quando você se prepara, a sua idade não pesa. Não admito piadinhas bobas com a idade, com envelhecer, com a clara intenção de rebaixar o ser humano. Não tenho medo da idade. Não escondo minha idade. Agora, me cuido muito! E nada com produtos caríssimos! Vou colecionando aqui e ali receitinhas caseiras, conselhos médicos, produtos que são bons e não são caros, comidinhas com dicas de nutricionistas e, quando quero
10 comprar um produto caro, compro e pronto! Faço o que quero hoje. Sem desculpas e sem viver a vida do outro. Não gosto do termo melhor idade. Não uso e não acho próprio. A melhor idade é aquela lá atrás, em nossa juventude, no vigor da nossa disposição . Podemos, sim, fazer da nossa idade, um período cheio de prazeres e realizações. Podemos tudo!!! Quer saltar de paraquedas? Salte! Quer namorar alguém mais jovem? Se encontrar, namore! Quer aprender a dançar? Está esperando o quê? Quer viajar? Vai embora! Eu por exemplo, estou programando uma viagem para a Europa, com mochila nas costas, maneira de dizer, não dá mais para levar mochilão nas costas... Vamos de rodinhas, mesmo, mas assim, de trem, ônibus, bicicleta, dormindo em Hostels, sentindo as pessoas e suas vidas. Desse jeitinho. Vamos??!? Podemos tudo, sim. Temos limites? Claro! Ninguém é tolo de se achar o jovenzinho... A única coisa é FAÇA ! Não espere nada de ninguém. Aja! Vá atrás! Supere seus medos! Realize fantasias: quer fazer aquele ensaio fotográfico sensual? Agora!!! Eu já fiz o meu e achei lindoooo !! E quando ficar triste, coloque uma música bem animada, pode ser até funk e mexa o corpo.....sorria!!! A vida está pulsando em nós... Envelhecer não dói !!!!! Beijos
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Marshall McLuan (1911 - 1980) O profeta da internet Contos II
João F Aranha
Cidadão e Repórter
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Os anos 60 fervilhavam de novidades culturais. O telefone, o rádio, o cinema e, principalmente, a televisão estavam criando um novo paradigma, que substituiria a cultura do texto. A tecnologia elétrica avançava sobre a galáxia de Gutenberg, criando uma nova dimensão visual. As pessoas se maravilhavam com a velocidade com que as informações eram recebidas e pelas possibilidades que novos conteúdos abriam para um maior número de pessoas. Eis que em 1964, saindo da obscuridade do meio acadêmico, o canadense Marshall McLuhan publicava o livro “Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem”. MCLuhan dizia que os meios de comunicação eram extensões ou prolongamentos normais do homem, caso das ferramentas - como pinças ou chaves de
fenda – e da vestimenta vista como extensão da pele, acarretando novas formas de pensar e agir. As novas tecnologias, os meios de que se servem e os seus prolongamentos, nos transformariam assim como transformariam a sociedade, a família e o trabalho. A Televisão, nessa linha de raciocínio, seria uma extensão dos nossos olhos, ouvidos e vozes. “Um novo meio nunca é uma adição a um antigo”, dizia o canadense e é o modo como são usados que determina o seu valor. Dessa forma algumas perguntas precisavam ser respondidas: O que essa tecnologia aperfeiçoa? O que essa tecnologia torna obsoleto? O que essa tecnologia pode recuperar? Como essa ferramenta vai se reverter quando levada ao limite? O Professor acrescentou, ainda, o conceito de meio quente e meio frio, válido tanto para a tecnologia quanto para a sociedade. Meio quente seria aquele em que haveria pouca participação do usuário ou espectador com uso intenso de um só sentido. No meio frio a participação seria maior, com menos imersão no usuário, estimulando a criatividade, a imaginação e o pensamento abstrato. Uma sociedade fria seria aquela que sofreria quase como um choque os impactos das tecnologias elétricas, e a quente se referia a uma sociedade letrada, linear e lógica. Enquanto as discussões dos intelectuais se restringiam a analisar a influência do conteúdo das novas tecnologias, McLuhan dizia que “o meio é a mensagem”, ou seja, com o passar do tempo, o conteúdo do meio teria menos importância do que o meio em si. Em outras palavras, ao mudar a forma de um meio de comunicação ocorrerá também uma mudança de seu conteúdo. Esta afirmativa, revolucionária para a época, seria confirmada nos tempos atuais quando os estudos de neuroimagem cerebral mostrariam que “cada meio cria uma experiência sensorial e semântica diferente, desenvolvendo diferentes
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circuitos no cérebro”. Em resumo McLuhan estava acabando com o conceito unânime de que o uso que fazemos da tecnologia era muito mais importante que a tecnologia em si. Ele diria, ainda: “Hoje, depois de mais de um século de tecnologia elétrica, estendemos nosso sistema nervoso central em um abraço global, abolindo espaço e tempo, no que diz respeito ao nosso planeta”, profetizando ao chamar de “aldeia global”, uma antevisão extraordinária do surgimento da Internet, quase 30 anos depois. O filósofo previa que, algo ainda não imaginado - uma nova espécie de sistema nervoso eletrônico – permitiria conexões simultâneas, sem barreiras e extremamente velozes, de tal forma que se poderia acompanhar um acontecimento de um só lugar, independentemente de onde ele estivesse realmente ocorrendo. À época poucos leram os escritos de McLuhan e os que o fizeram muitas vezes não compreenderam o alcance de suas ideias. Esta situação é apresentada, de forma jocosa, no filme de Woody Allen, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall – 1977 – disponível no You Tube) que levou o Oscar de melhor filme em 1978. Na cena, que se passa na fila de um cinema, há um professor que tenta impressionar sua acompanhante e todos os demais, descrevendo erroneamente, em alto e bom tom, as teorias de McLuhan. O personagem de Allen, que é um questionador e que costuma analisar demais as coisas, irritado diz que o pedante não faz ideia das besteiras que está falando. Na altura, o professor se identifica como responsável pela cadeira de TV, Mídia e Cultura na universidade local e que acha que suas ideias sobre a teoria de McLuhan têm grande validade. “Você acha? Engraçado pois eu tenho o prof. McLuhan bem aqui”, replica Allen, que então faz aparecer o filósofo em pessoa, que estava escondido atrás de um cartaz. McLuhan desbanca então o pedante, dizendo que ele não sabe nada sobre o seu trabalho e diz que é incrível alguém deixar um sujeito desses dar aulas numa
12 universidade. Satisfeito por ganhar a disputa, Allen então vira-se para a câmera, como se estivesse falando para a plateia e diz; “Se a vida fosse fácil assim...” Outros homens como Marshall McLuhan, adiantados em relação ao tempo em que viveram, também existiram, como é o caso do físico, inventor e engenheiro NIkola Tesla que, em 1926, já previa a existência futura dos smartphones. Herbert Marshall McLuhan nasceu em 1911, no Canadá. Formado pela Universidade de Manitoba, lecionou em diversas faculdades de seu país, até conseguir o Ph.D. em Cambridge, em 1942. Tornouse professor titular de literatura na Universidade de Toronto, em 1952, cargo que exerceu durante toda a sua vida. Autor de inúmeros artigos para revistas científicas, tornou-se mundialmente famo-
so, em 1964, ao publicar Understanding Media, onde expunha suas teses sobre a tecnologia e o conhecimento. Acumulando prêmios, defensores e inimigos, McLuhan publicou outros livros divulgando suas idéias, mantendo sempre a linha polêmica, até sua morte, em 1980. O profeta da eletrônica deixou muitos livros e artigos; a maioria esgotados no Brasil, alguns facilmente encontrados em sebos. Os meios de comunicação como extensões do homem (Cultrix), A Galáxia de Gutemberg (Cultrix), Revolução na Comunicação, (Jorge Zahar), O meio é a mensagem, (Record) Fonte: Fonte: Revista Educação (nº 46, 10/2001) Maria Isabel Moura Nascimento. GT: Campos Gerais-PR-Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG
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Oportunidades tributárias para maiores de 60 anos Direitos
Vanessa Bulara
Advogada tributarista Consultora
Em um país como o Brasil, no qual a legislação muda muito, e rápido, é sempre interessante ressaltar e destacar as oportunidades tributárias existentes. Abaixo, serão destacados pontos importantes apresentados em recente reunião da associação Colmeia*. Na legislação federal é prevista a isenção para os rendimentos pagos pelas previdências públicas e privadas. São isentos os rendimentos recebidos de previdência, aposentadoria, pensão a partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade, até o valor de R$ 1.903,98 por mês (R$ 24.751,74 de isenção ao ano), sem prejuízo da parcela isenta prevista na tabela de incidência mensal do imposto de até R$ 1.903,98 ao mês (valores estes para 2019). Há isenção também aos proventos de aposentadoria ou reforma motivadas por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional. A lista de doenças que contemplam a isenção está destacada em lei federal específica (Regulamento de IR em seu artigo 35, inciso II, alínea b), no qual sua comprovação depende sempre de laudo de conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou da reforma. Destaca-se também a isenção de valores recebidos a título de pensão, quando o beneficiário desse rendimento for portador das doenças relacionadas anteriormente. A isenção aplica-se aos rendimentos recebidos a partir: a) do mês da concessão da aposentadoria, da reforma ou da pensão, quando a doença for preexistente; b) do mês da emissão do laudo pericial, emitido por serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, que reconhecer a moléstia, se esta for contraída após a concessão da aposentadoria, da reforma ou da pensão; ou c) da data em que a doença foi contraída, quando identi-
ficada no laudo pericial. A isenção também se aplica aos rendimentos recebidos acumuladamente por portador de moléstia grave, atestada por laudo médico oficial, desde que correspondam a proventos de aposentadoria, reforma ou pensão, ainda que se refiram a período anterior à data em que foi contraída a moléstia grave; e à complementação de aposentadoria, reforma ou pensão. Há ainda outros casos de isenção como os rendimentos de pensões e os proventos concedidos em decorrência de reforma ou de falecimento de ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira; as importâncias recebidas por pessoa com deficiência mental exclusivamente a título de pensão, pecúlio, montepio e auxílio, quando decorrentes de prestações do regime de previdência social ou de entidades de previdência privada. Há também isenção para a pensão especial recebida em decorrência da deficiência física conhecida como Síndrome da Talidomida, quando paga a 2 seu portador (de caráter especial, mensal, vitalícia e intransferível). Além disso, há casos de isenção para os rendimentos percebidos pelas pessoas físicas decorrentes de seguro-desemprego, auxílio-natalidade, auxílio-doença, auxílio-funeral e auxílio-acidente, pagos pela previdência oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades de previdência privada e para os seguros recebidos de entidades de previdência privada decorrentes de morte ou de invalidez permanente do participante. Além disso, a legislação federal sobre IPI e IOF, estabelecem a isenção desses tributos para a aquisição de veículos por pessoas com deficiência física, visual e/ou mental severa ou profunda, ou autistas, estendendo este direito a idosos com sequelas físicas ou motoras provocadas pela idade ou por doenças, desde que comprovadas por laudo médico e avaliação do Departamento Estadual de Trânsito - Detran. Na legislação estadual, aqui especificamente, para o Estado de São Paulo, há destaque para a isenção de ICMS, aos portadores de deficiência física para a aquisição de cadeiras de rodas, peças e partes para implantes, veículos automotivos, ressaltando que sua concessão depende de requerimento prévio
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Foto: santospolidoadvogados.adv.br
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à Secretaria da Fazenda de São Paulo. Há ainda previsão de isenção de ITCMD – imposto de transmissão causa mortis e doação na transmissão “causa mortis” (por herança) de depósitos bancários e aplicações financeiras, cujo valor total não ultrapassar 1.000 UFESPs (como em 2019, cada UFESP refere-se a R$ 26,53, a isenção total se limita a R$ 26.530). A isenção se aplica também à extinção do usufruto, quando o nu-proprietário tiver sido o instituidor, à transmissão por doação quando o valor total transmitido pelo mesmo doador ao mesmo donatário em um ano civil não ultrapassar 2.500 UFESPs. Tais casos também dependem de prévio requerimento do contribuinte ao Estado. Por fim, em relação à legislação municipal de São Paulo, há um destaque especial para o IPTU desde que sejam atendidos todos os critérios seguintes: o contribuinte seja aposentado, pensionista ou beneficiário de renda mensal vitalícia; não possua outro imóvel no município; utilize o seu único imóvel como residência; tenha rendimento mensal que não ultrapasse 3 (três) salários mínimos no exercício a que se refere o pedido, para isenção total; tenha rendimento mensal entre 3 (três) e 5 (cinco) salários mínimos
no exercício a que se refere o pedido, para isenção parcial; o imóvel deve fazer parte do patrimônio do solicitante. Para o ano de 2019, a prefeitura de São Paulo estabelece que, para o aproveitamento do benefício, o valor venal do imóvel deve ser até R$ 1.256.424,00. Para o aproveitamento da isenção, o contribuinte deve apresentar requerimento eletrônico prévio, no site da prefeitura, podendo ser apresentado até o último dia útil do exercício em que ocorreu o fato gerador à prefeitura. Durante a análise do benefício, a prefeitura cruzará os dados declarados pelo contribuinte com o banco de dados do INSS. Por fim, a norma municipal também possibilita isenção de IPTU para móveis de ex-combatentes da 2ª guerra ou da respectiva viúva. * Associação Colméia é onde todas as terças feiras se reunem os integrantes do Grupo de Trabalho 60+. Ali ocorrem oficinas, palestras, aulas e mais uma infinidade de ações para 3ª idade. R. Marina Cintra, 97 · Jd. Europa (11) 3881-1545 vanessabulara@gmail.com
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Sydney, um lugar para curtir a passagem do ano Dicas de Viagem
Anete Z. Faingold Engª. da Computação
Foto: Wikipédia
Venha para Sydney passar o ano novo e reserve pelo menos cinco dias para conhecer o resto da cidade. Existem muitas praias, museus, parques e lugares para passear. Uma cidade cheia de atrações, com pubs e shows ao vivo. A passagem do ano é uma das mais conhecidas, reserve bem antes um local para visualizar a beleza dos fogos de artifício, pode-se reservar pela internet com facilidade. São várias as possibilidades das mais caras às mais baratas inclusive de graça, tudo depende da sua disposição em achar um lugarzinho, dentre elas: 1. Luna Park - um parque de diversões completo. Na hora dos fogos todos rumam para um píer em frente ao “Harbour Bridge” local onde acontece a queima dos fogos de artifício. 2. Taronga Zoo - um zoológico em que fazem uma festa e do local também se veem os fogos. 3. Parques - existem muitos parques em que as famílias se reúnem fazem piquenique, mas nem todos os lugares tem visão dos fogos. Um parque é o “North Sydney Oval”. Neste parque todos levam protetores para se sentar e fazem
um belo piquenique. 4. Barquinhos - alugar um barco ou comprar ingressos dentro de um barco. O barco fica passeando em volta da ponta até o início dos fogos, depois ele para em um lugar estratégico até o final dos fogos. 5. Restaurantes – existem vários restaurantes com vista para a ponte. 6. Hotéis – tem hotéis com quartos com vista para a ponte. Pode-se comemorar dentro do quarto. 7. Aluguel de apartamentos – pelo airbnb se pode alugar um apartamento com vista para o “Harbour” e ver os fogos. 8. Jardim Botânico – Um parque enorme e lindo e vários lugares para observar os fogos. O custo é alto, servem bebidas e em alguns lugares tem show ao vivo. Os preços variam de AU$350 – AU$ 595. 8. Opera House – conhecido ponto turístico tem também vários eventos com preço de AU$199 – AU$734. Todos os eventos podem ver na internet e fazer a reserva (https://www. finder.com.au/new-years-eve-sydney). No dia 31/12 em muitos locais não se pode entrar com o carro. Averiguar os horários e funcionamento do transporte público é essencial. (https://www.sydneynewyearseve.com/public-transport/). Depois da passagem do ano no centro da cidade a prefeitura disponibiliza ônibus de graça para os transeuntes. Vestimenta não existe uma regra nem cor como no Brasil. Os lugares para caminhar e passear são muito seguros e bem estruturados. A cidade recebe ao redor de um milhão de visitantes nesta época do ano. Acontecem comemorações com fogos de artifício em vários lugares, o mais famoso é no centro olhando a “Harbour Bridge”.
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Mandalas de mosaico Reutilizando materiais
João Alberto J. Neto Analista de sistemas
Mosaico, mosaico, mosaico, mandalas, mandalas, mandalas. Como um desenho perfeitamente circular pode sair de peças irregulares? Isso é próprio da sua definição. A mandala, cujo termo sânscrito significa “círculo” ou “completude”, é um yantra circular que simboliza o Universo. A mandala é considerada um fractal. O fractal é uma estrutura geométrica ou física, e geralmente são muito similares em diferentes níveis de escala. A utilização dessa técnica no mosaico
é algo que requer muita paciência, paz de espírito e dedicação, qualidades que, teoricamente, um bom mosaicista deve ter, considerando a proporcionalidade das peças dentro de um todo. Essa proporcionalidade está ligada à proporção áurea, que simboliza as formas encontradas na natureza (vide referências). Muito bonito, mas difícil de explicar em poucas
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palavras, pois envolve formulas matemáticas, conceitos espirituais, transcendentais e tudo que é “ais”. No Brasil, muito conhecido pelos trabalhos que confecciona em mosaico, podemos destacar o artista paulistano Gabriel Güyrá, 38, com obras expostas e permanentes na Argentina, Chile, Itália, Holanda, Estados Unidos, Colômbia, Espanha, Austrália e Brasil. Güyrá explica que começou a se interessar por mandalas como se fosse uma brincadeira de criança. Primeiro, aprendeu a cortar uma tessela redonda e depois começou a compor um projeto em uma mesa redonda, que resultou em uma mandala. Fácil. Percebeu também que, mantida as proporções e divisão de cores, as formas praticamente ajudavam na composição do trabalho. Instintivamente ele aplicou todas as “regras” que vimos acima, tornando um trabalho interessante e perfeito. Explicações posteriores vieram de um cliente matemático.
Com toda a gama de obras diversificadas, as mandalas que confecciona são conhecidas como uma assinatura de competência e perfeição, com muita procura por seus alunos. Diz ele: “Tive de aprender a explicar aquilo que eu fazia com naturalidade”. Com seu atelier “Vizinho de Deus”, em Caraíva, Bahia, atualmente está divi-
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dindo seu tempo entre Bahia e São Paulo. Muralista competente e apaixonado, acaba de realizar um projeto para a Produtora 12, intitulado “Oxente, pense diferente” em Arraial D’ajuda, BA. Profissional experiente, empreendedor e com ideias inovadoras, adepto a intervenções urbanas, ajudou a formar, junto com Simone Berton e Regina Shahini, um grupo chamado Mosaico Paulista. Esses três artistas, valendo-se da ideia sugerida por Gabriel e das redes sociais, convocou os mosaicistas a fazerem uma primeira intervenção urbana denominada SP Maps Project, utilizando mapas do Estado de São Paulo com vários temas, compondo um grande mural na Praça Edgard Tomaz de Carvalho, esquina da Av.
Brasil com a Rua Gabriel Monteiro da Silva, instalado em novembro de 2014, mas sobre isso falaremos outro dia. Penso sempre que os artistas são iluminados por algo superior que os sopra pelos ouvidos, o que os faz traduzir com as mãos. Até mais... Referências: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/2015/07/31/voce-sabe-o-que-e-a-proporcao-aurea/ https://teoriadacomplexidade.com.br/ geometria-fractal/ https://www.infoescola.com/matematica/geometria-fractal/ https://www.dicionariodesimbolos.com. br/mandala/ https://caraiva.com.br/gabriel-guyra/ https://www.facebook.com/ gabriel.guyra
ANUNCIE COM A GENTE PREÇO BAIXO E UM GRANDE ALCANCE
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Ihhhhhh, acabou de novo! Divã
Sandra Regina Schewinsky
Psicóloga - Neuropsicóloga
arquivo
Querido leitor, você não imagina: O ano acabou e eu não emagreci, não enriqueci e continuo sem namorado... Será que só eu que não consegui atingir todos os meus objetivos? Existe um fenômeno de tristeza de final de ano. Muitas pessoas sentemse estressadas com os afazeres para as festas, ficam pensando nas perdas que sofreram e carregam o pesado fardo da sensação de fracasso de seus planos. Temos uma tendência natural a valorizar e ruminar o que deu errado em detrimento de tudo o que deu certo. Isso acontece porque nosso psiquismo se estrutura para o equilíbrio das coisas, manter a sobrevivência e a qualidade de vida, assim, quando ocorre qualquer situação interpretada como ameaça para a homeostase, as feridas e cicatrizes aparecem. Amado leitor, eu poderia tecer um rosário de conselhos: pense apenas no positivo, não leve os problemas tão a sério, agradeça a Deus tudo o que você tem , mais mil e um bordões de final de ano, mas não estou com vontade de fazer isto. Vamos pensar em nossa vida como o exame do ENEM, ou seja, você passou dois finais de semana fazendo provas e qual foi o resultado? Caso tenha tirado uma boa nota e entrado na Universidade de seus sonhos, foi sucesso total. O ano de 2019 também teve momentos de sucesso, alegrias, conquistas e realizações, mas digamos que você não conseguiu passar no ENEM... De nada adiantará se enganar com falas: você é bom, foi azar, Deus vai colocar a mão e ano que vem você entra na faculdade, ou seja, se valer de eufemismos, para fugir da realidade, não funcionam.
Sentir tristeza, frustração, raiva, faz parte do nosso caminho, entretanto ao invés de desistir ou carregar o sentimento de que foi injustiçado, que tal fazer uma severa reflexão? Primeiramente, faz-se necessário compreender o motivo de não conseguir o resultado almejado. Metamorfoseando com o ENEM, maus resultados podem advir de problemas de aprendizado, quer seja por falta de esforço e estudo, defasagem do sistema escolar, problemas de saúde como de atenção, por exemplo, ou lidar mal com as emoções. É exatamente o que fazemos com nossas vidas! Não é raro responsabilizar os outros, desistir de tentar, arranjar desculpas e o pior, carregar mágoas. Alguns insucessos decorrem de nossa falta de disciplina, empenho e engajamento. Outros, pela tendência a minimizar os problemas, achar que não precisa tomar o remédio, menosprezar as dores emocionais e fingir não enxergar a dura verdade que se impõe. Deleto leitor, assim encerro o ano de 2019, desejando de todo o meu coração que VOCÊ e EU fechemos esse ciclo com muita CONSCIÊNCIA. Quem sabe, em 2020, eu emagreço!
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Vida, Sabedoria e Espiritualidade Aprendizagem na 3ª idade
Malu Navarro Gomes Pedagoga Psicopedagoga
Foto: http://actinstitute.org
Falar sobre espiritualidade não é nada simples. Em minhas postagens enfrento, com certa frequência, este desafio. Atrelo sabedoria à espiritualidade e as remeto, juntas, como possibilidade ideal de serem apropriáveis para os idosos. Quando digo apropriação, entendo que sabedoria e espiritualidade fazem parte de um único processo, que perdura a vida inteira e que culmina, verdadeiramente, na velhice, após se percorrer um caminho repleto de dúvidas, ilusões, alegrias, medos, certezas, tristezas, acertos e erros. Um caminho que começa a ser percorrido no primeiro momento de vida e termina com a morte, juntamente com o último suspiro. O homem torna-se humano graças ao que aprende nas interações sociais, nas relações que estabelece com as pessoas que o cercam. Relações que têm início na família e que se estendem ao longo da vida. Pela aprendizagem informal e formal, o homem se ajusta aos grupos que frequenta e se torna um único ele-
mento. A aprendizagem, em todas as suas esferas, então, é fundamental para a constituição do humano nas pessoas. Ela resulta, falando de forma simplificada, de duas ações: conhecer e saber. Para se conhecer algo é necessária a existência de uma informação, vinda de uma fonte externa à pessoa que busca aprender. Ela possui um conteúdo objetivo, chega completa, fechada, mesmo sendo apenas um recorte da realidade maior. Por isso ela é parcial. Exemplo de informações são as notícias publicadas no jornal. Já o saber depende de conteúdos subjetivos, construídos pela pessoa, aos quais chamamos de experiência de vida. Por sua condição subjetiva, o saber é sempre de cunho pessoal, intransferível em sua essência – quando muito, conseguimos expressá-lo em metáforas, paradigmas, mas sempre de forma incompleta – e se encontra em contínua formação. A integração destas duas condições, conhecer e saber, resulta na aprendizagem. Sempre é única, individual porque a subjetividade possui um peso grande nessa junção e é ela que confere sentido às informações recebidas. Aprendemos porque damos sentido a algo. A morte, todos sabemos, há de ocorrer para cada um de nós. No mundo ocidental, esta é uma realidade da qual desejamos manter-nos distanciados, mas, como diziam meus avós, ela “é a única certeza que temos nesta vida; todo o restante são possibilidades”. Quem não morreu na infância, na juventude ou na idade adulta, ao che-
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caminhos, garantindo energia e vitalidade para cada um de nós. Sem ela não há vida. Essa chama possui algo de misterioso, de sagrado. Podemos chamá-la de nossa essência maior, nossa verdade incontestável. Faz parte da espiritualidade senti-la como uma presença que nos confere calma e paz de espírito, assim como senti-la como a força motriz que nos preenche de energia para vivermos tudo o que temos direito, tudo o que nos cabe. Meditação, oração, silêncio interno, contato com a natureza, são algumas das práticas que favorecem a conexão espiritual com a nossa essência, com o eu divino: é a espiritualidade. Graças à espiritualidade, aprendemos a perdoar e a sermos gratos. Aprendemos, definitivamente, a valorizar cada experiência vivida e, enfim, nos sentimos preparados e seguros para caminhar rumo ao infinito. Contato: malu.ngomes@gmail.com Blog da Feliz Idade: https://blogdafelizidade.blogspot.com
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gar à velhice sabe estar mais próximo de morrer a cada minuto que vive. Creio ser esta uma situação que pela sua presença, mesmo que indeterminada em relação ao tempo que resta, nos conduz, à medida que envelhecemos – leia-se, dela nos aproximamos – a sermos mais humildes, menos arrogantes frente aos outros, à vida e, principalmente, frente a nós mesmos. Nada mais coerente então, do que lançarmos um olhar ao nosso passado, valorizando todos os momentos que vivemos até o presente. Um olhar terno, afinal foram esses momentos que conferiram um sentido único à nossa existência. Um sentido que ninguém mais vivenciou, vivencia ou vivenciará. Assim adquirimos sabedoria e, por mais difíceis, sofridos ou insanos que tenham sido tais momentos, foram eles os alicerces de nossa constituição. Precisamos ser gratos a eles e à nossa essência. Desta forma, chegamos à espiritualidade. Cada ser humano carrega dentro de si uma chama. Ela ilumina nossos
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Acordo Obsoleto, Durmo atualizado! www.durmoatualizado.com.br
Seniors ativos, curiosos, empreendedores e eternos aprendizes Um blog com dicas fáceis e diversas desde cortar custo de aquisição de remédios, como tirar uma ideia da cabeça e tornar-se um projeto a aplicativos que facilitem o seu dia a dia. Desenvolvido por Marcelo Thalenberg colunista do Magazine 60+
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Velhos e novos significados Longevidade
Juliana Acquarone especialista no mercado da longevidade
Desde que comecei a me aprofundar nos estudos dos modos contemporaneos de envelhecer, durante meu curso de Mestrado em Comunicação e Consumo, tenho me deparado com inúmeras denominações para o processo de envelhecimento e para a velhice. O termo Terceira Idade, criado na década de 1970, parece já não ser suficientemente sexy para nomear uma fase da vida que ganha protagonismo nas diversas esferas sociais, em especial na mídia e no mercado de consumo. Assim, seniores, longevos, maduros, maturis, melhor idade, maior idade, greypower, prateados, 60+, entre diversos outros termos, surgem na tentativa
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de evitar a qualquer custo o uso da palavra velho. É natural que, tendo vivido o fortalecimento da cultura de consumo sobretudo na segunda metade do século XX, tenhamos sido habituados ao fato de que o novo é sempre a melhor opção. Essa lógica é fundamental para que possamos nos sentir impelidos a trocar um aparelho celular após poucos meses de uso ou um televisor após poucos anos, ainda que funcionem perfeitamente bem: afinal, os novos modelos são “infinitamente” melhores que os velhos. É claro que a velocidade da evolucão tecnológica também se multiplicou verdadeiramente, mas podemos observar a mesma lógica em outros tipos de bens e mercadorias, e também em esferas mais abstratas como a estética, a moda e os costumes, por exemplo. A própria ideia da juventude como valor social é uma construção relativamente recente da nossa cultura, muito associada ao desenvolvimento da indústria cinematográfica norteamericana, também em meados do século XX. Nesse contexto, o que é velho pasFoto: Arquivo
22 sou a ser, de forma geral, menos valorizado. Valores anteriormente atrelados aos conceitos de experiência, sabedoria, qualidade (um produto que dura muitos anos certamente tem alta qualidade, por exemplo) foram perdendo significado cultural. Atualmente, quando falamos em envelhecimento nas diversas esferas culturais, o uso de eufemismos é quase um imperativo. Recentemente fiz uma apresentação para cerca de 200 empresários, todos empreendendo no chamado mercado da longevidade, ou seja, em torno das necessidades que surgem pelo rápido envelhecimento da população brasileira. O denominador comum, o que unia os empresários daquele grupo, era a percepção de que estamos envelhecendo rapidamente e que essa transformação se desdobra, entre outras coisas, em oportunidades para desenvolver novos negócios. Eu discorria sobre a necessidade de se entender este processo de maneira aprofundada, evitando reproduzir estereótipos, ou tentar padronizar o comportamento das pessoas a partir da sua idade, pois estes erros certamente reduzem a chance de sucesso de qualquer ideia de negócios e, além disso, podem ser nocivos justamente por reforçarem uma percepção rasa e equivocada sobre as inúmeras formas de vivenciar a velhice.
magazine 60+ #6 - Dezembro/2019 Durante minha fala, usei com recorrência a palavra “velhos” para me referir aos potenciais consumidores dos produtos e serviços que aqueles empresarios oferecem ao mercado. Em um determinado momento, o organizador do evento me interrompeu. Gentilmente me pediu licença e, para minha surpresa, me fez um pedido: “você poderia evitar usar a palavra velho?” Fiquei estupefata por alguns milisegundos, e prontamente respondi. “Eu entendo que a palavra velho tenha assumido um significado relativamente negativo recentemente, disse. Prossegui na apresentação, buscando retomar minha narrativa mas, claro, evitando o termo tão temido. Refletindo sobre esse episódio, fiquei bastante intrigada. Se é na cultura que as palavras ganham significado, e na cultura da juventude que cultivamos o significado negativo da palavra velho, será que o melhor caminho é simplesmente deixar de usá-la? Acredito que essa não seja a melhor estratégia. Ao evitar usar a palavra velho, acredito que reforçamos seu aspecto negativo. Se é na cultura que as palavras ganham significado, que tal usarmos e abusarmos da palavra velho resgatando seus aspectos positivos? juliana.acquarone@mercadosenior.com.br
+55 11 94131-5055
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São Martinho do Porto Destino Portugal
Marisa da Camara Consultora Imobiliária Brasil - Portugal
São Martinho do Porto está entre as mais belas praias de Portugal. Pertence ao Concelho de Alcobaça, no Distrito de Leiria, na região Central, a Oeste do país. A Baía já pertenceu a Caldas da Rainha, que fica a 20 km dali. Ao término da estrada, de repente, você se depara com uma linda praia... Lá está ela... São Martinho do Porto. De imediato, seu coração se rende à cidadezinha mais graciosa daquela região. Você já sente vontade de se instalar e de ali viver. Para quem vai apenas para passar o dia, na alta temporada (entre junho e agosto),
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o conselho é ir cedo para lá, com o intuito de encontrar um lugar para parar o carro e circular, antes da chegada dos turistas. São Martinho (ou San Martin) é muito requisitada. Lá chegando, você pode caminhar por entre as lojinhas ou buscar um dos gostosos barzinhos que ficam no canto da praia - bem onde “o mar faz uma curva”...e apreciar um café com pastel de nata, um suco ou, quem sabe, uma cerveja bem gelada. O lindo desenho da baía, arredondado, é algo encantador. Se quiser apreciar bem essa vista, há um mirante, fácil de ser encontrado, ladeira acima. Vale aproveitar a subida e entrar no Mercado da cidade, que preserva aquele “ar” da tradicionalidade portuguesa. Entre o trajeto de ida e volta ao mirante, você se depara e se encanta com antigas e lindas casinhas, além de belíssimas floreiras, típicas de Portugal. Ao descer, vale uma caminhada pelo calçadão, fazer uma parada para apreciar
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os barquinhos ancorados, com aquele balanço constante e o som das ondas em seus cascos, que nos hipnotizam, como o fogo a queimar na lareira. A cena é linda! Vale cada minuto. É uma praia pequena, de água tranquila, boa para família com crianças e para a prática de vela, canoagem e windsurf. Se houver tempo, vale conhecer as dunas da praia Salir do Porto (no canto oposto) e as ruínas da Capela de Santana (parte por estrada de terra e parte a pé), com o privilégio da mais bela vista da baía. Agora, São Martinho do Porto reserva uma pérola para seus turistas, porém poucos a conhecem. Do canto desta praia, perto do ancoradouro, há um túnel para pedestres. Uma passagem, que dá acesso a um lado rochoso e agitado do Atlântico, mas com uma vista imperdível e inesquecível. Uma experiência única. Na próxima edição falarei sobre Peniche - uma cidade de lindas praias. marisa.camara11@gmail.com +5511 99947 7622
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Baía de São M. do Porto
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Terapia artística da linha antroposófica Pintura terapêutica
Lais Herrera Terapeuta Artística
“Duas graças há no respirar: Inspirar o ar e dele se livrar. Inspirar constrange, expirar liberta. Tão linda é feita da vida uma mescla. Agradece a Deus quando ele te aperta e agradece novamente quando ele te liberta” Goethe Quando falamos em pintura terapêutica, a mais usual técnica é a da aquarela. As tintas guache, acrílica e óleo são tintas de cobertura e são mais “duras”, já a aquarela tem transparência e a presença da água, junto ao pigmento, traz leveza, fluidez e uma sensação de respiração. Trabalha-se com as cores primárias em dois tons cada uma ( vermelhos, azuis e amarelos) e, a partir delas, as cores secundárias e terciárias podem surgir no trabalho terapêutico. Esses são os fatores que o terapeuta observa para fazer o diagnóstico e futuros exercícios, assim como percebe o surgimento, ou não, dessas cores secundarias e terciárias, como as cores se encontram, quais cores são escolhidas, pelo paciente, se as cores são diluídas ou muito fortes, qual o posicionamento delas no papel, o jeito de pegar no pincel, o tipo de pincelada (se longa ou curta), etc. Geralmente, às primeiras sessões, o paciente faz pinturas livres, onde são vistos esses aspectos citados acima. Logo após, o terapeuta indica exercícios que ajudarão no processo do paciente, como por exemplo, uma maior respiração entre as pinceladas; com o pincel mais deitado; como fazer a passagem de uma cor para
Imagem enviada pela Colunista
Terapia Artística
outra, com suavidade e ritmo, etc. Como a pintura em aquarela é indicada para situações onde o sistema rítmico está precisando ser visto e tratado, ela é usada onde temos um SENTIR mais endurecido, no aspecto psicológico e/ou uma doença física no coração/pulmão (órgãos onde há um pulsar e um ritmo de inspiração e expiração), como cardiopatias, bronquite e asma. É importante que o fazer seja alternado com o contemplar, para que haja um ritmo também ai. Ao se observar a pintura não devemos criticá-la e, sim, compreender as forças que lá atuam. O pintar com aquarela vitaliza e movimenta o coração e a respiração, fazendo fluir o que estava endurecido ou até parado e, assim, fazendo a troca do mundo interno com o mundo externo. Há pacientes onde não é indicado fazer a aquarela, por ser muito aquosa. Por exemplo, casos de doenças hemorrágicas, como colite ulcerosa. Nesses casos, trabalhamos com outros materiais coloridos e mais secos, como o giz pastel seco e o lápis de cor. No processo do fazer artístico o paciente se torna o agente da sua própria transformação. Na ação ele experimenta, ousa, lida com a simpatia/antipatia que as cores e as formas provocam e, com isso, ele pode adquirir mais consciência dele mesmo e dos fatores que causam o desequilíbrio. Lais Herrera - Terapeuta Artistica herrera.lais@gmail.com www.espacoclaraluz.com.br Cel/Whatsapp: (19) 99648-7720
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do Algarve ao Porto (atuamos em qualquer cidade) * Nosso foco é a solução da necessidade do cliente - tanto em São Paulo, como em Portugal. Cuidamos de encontrar o que precisa, para viver ou para investir, assim como para vender seu patrimônio. * Damos assessoria completa para aqueles que querem residir em Portugal, obter cidadania, tirar documentos, oficializar moradia, viver como aposentado, com estudos sobre a assertividade dessa decisão
Marisa da Camara - CRECI: 200.001 Cel./Whatsapp_ +5511 99947 7622 camara.consultoriaimobiliaria@gmail.com marisa.camara11@gmail.com
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Veganos e as proteínas Vida Saudável
Cida Tammaro Adm. de Empresas
Foto: www.infoescola.com
O consumo de proteínas vegetais corresponde a 65% do total de proteínas ingeridas pelas pessoas do mundo todo. As recomendações atuais sugerem que indivíduos saudáveis tenham uma ingestão entre 10% a 15%, com o máximo de 20%, da ingestão calórica, como proteínas. As proteínas são os grandes mitos do veganismo. Elas são compostas por aminoácidos, que são necessários ao seres humanos e são encontrados no reino vegetal. Se a pessoa atinge suas necessidades calóricas com alimentos baseados em grãos, espontaneamente, sua cota proteica com aminoácidos, são atingidas. Estudos mostram que a dieta vegana e vegetariana excede a necessidade de aminoácidos essenciais. Foi realizado um estudo de revisão sobre o assunto (metanálise), e foi demostrado que não há
27 diferença entre a incorporação da proteína no organismo, quando ela é proveniente do reino animal ou vegetal. Existem exames de sangue que podem marcar o estado proteico da pessoa. A albumina sanguínea é um deles. Veganos tem índices mais altos que não vegetarianos, mostrando um alto perfil de nutrição proteica. Isso demonstra que não precisamos de proteínas animais, como muitas pessoas pensam. Vamos aderir ao vegetarianismo e, aos poucos, ao veganismo. Nosso corpo e, nossos amigos animais, agradecem. Fontes -Rand WM, Pellett PL, Young VR. Meta-analysis of nitrogen balance studies for estimating protein requirements in healthy adults. Am J Clin Nutr. 2003;77:109-127. -Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: Vegetarian diets. J Am Diet Assoc. 2003;103:748765.(www.svb.org.br/artigos/artigos. htm). *Dr. Eric Slywitch Médico, coordenador do departamento científico da Sociedade Vegetariana Brasileira. Especialista em nutrologia (ABRAN) e nutrição enteral e parenteral (SBNPE). Pós-graduado em nutrição clínica (GANEP). Especialista em nutrição vegetariana.
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Arteterapia e Humanização em Saúde CriativA Idade
Geralmente, o termo humanização em saúde é empregado como se houvesse um único e claro significado. Refletindo sobre os contextos em que se aplicam, é possível traduzi-lo a uma expressão polissêmica, posto que o seu conteúdo admite múltiplas interpretações, dando sustentação a diferentes práticas em saúde. Independente da conotação que se atribua, a expressão se opõe à lógica cartesiana que admite a possibilidade do indivíduo ser dividido entre “humano” e “não-humano”, pressupondo uma nova abordagem do “ser humano”. O novo paradigma preconiza relações mais sensíveis no ambiente da promoção do cuidado e saúde, como em consultórios e hospitais, onde a valorização da subjetividade do paciente, contato afetivo entre profissionais e enfermos e a utilização de métodos e técnicas, permitem a ambos dar um novo significado à vida - ao adoecer e ao processo de aproximação da experiência de morte - bem como priorizar o saudável em todo o contexto desses processos. Trata-se de uma abordagem que privilegia a ética entre profissionais da saúde e pessoas enfermas com idade de 60 anos ou mais, a partir do estabelecimento do contato, da abertura e do acolhimento as especificidades da faixa etária desse outro. Uma ética ancorada no princípio da linguagem e da ação comunicativa . Esse contato estreito entre o médico - cuidador e o enfermo - paciente, implica no acolhimento, na ação do saber escutar. Um ato que vai além do ouvir. Já ouviram falar em oratória? então, seria o oposto, silenciar e mergulhar na prática da escu-
Foto: http://art-therapie-tours.net
Jane Barreto Psicopedagoga e Arteterapeuta
tatória, ela pressupõe saber compartilhar emoções subjacentes ao que está sendo dito. Inclui a compreensão, não apenas das frases, mas da entonação e velocidade das palavras; da mímica; dos gestos e do olhar. Inclui a compreensão do não verbal e dos silêncios presentes no processo de comunicação. Sob essa perspectiva, a arteterapia se articula aos princípios de humanização em saúde, ao considerar que a sua proposição maior é a promoção da saúde mediante o resgate do diálogo intersubjetivo e da interlocução entre profissional e o adoentado, revelados por meio de expressões artísticas. É importante destacar que esse diálogo não se limita ao levantamento situacional, que constitui o primeiro e importante passo na relação entre ambos. Trata-se de um diálogo que não se reduz à fala ou conversação, mas em uma atitude para com o outro, a empatia. Um diálogo que exige, sobretudo, atitudes de abertura e receptividade do profissional da saúde em relação ao seu paciente, que deve ser considerado diferente, heterogêneo, singular . A viabilização dessa proximidade, entre profissional e paciente, supõe a democratização das relações sociais que envolvem o atendimento, a melhoria do processo de comunicação e o reconhe-
magazine 60+ #6 - Dezembro/2019 cimento das expectativas de ambos, ou seja, princípios essenciais às políticas e práticas relacionadas à humanização em saúde no Brasil. Independente de seu histórico de vida, da idade, situação econômica, credo e etnia, as pessoas precisam ser acolhidas, eles não são como números em um prontuário, são seres humanos, portanto, devem ser tratados como seres únicos, dotados de anseios, necessidades, sonhos, histórias e experiências de vida diferenciadas, revelando a sabedoria de vida em longo tempo de estrada. Nesse sentido, as práticas de arteterapia, sob a égide das diretrizes da humanização em saúde, envolvem atitudes de acolhimento, respeito, envolvimento, ética e sensibilidade no trabalho de apoio social as pessoas de mais idade. A participação em oficinas de arteterapia permite aos profissionais estarem sensíveis e abertos para acolhê-los como indivíduos que possuem voz, fragilidades e vulnerabilidades manifestadas por meio dos trabalhos que desenvolvem nos momentos de tratamentos e reabilitação. A arteterapia, somada as demais práticas clínicas, de avaliação e de reabilitação concorre para ampliar o diagnóstico do paciente e para a adoção de medidas mais adequadas de intervenção. Constitui uma possibilidade desses pacientes entrarem em contato com inúmeras linguagens artísticas, presentes em experiências e técnicas corporais, plásticas , musicais, teatrais que, ao descobrí-las e experimentá-las, poderão identificar formas criativas de conviver com a sua condição biopsíquica e social necessária para saúde ao longo da vida. Além disso, poderão elevar a autoestima, desenvolver relações interpessoais e, em decorrência, sentirem-se motivados para busca da melhoria significativa. Assim, a proposta de utilização da arteterapia, como um recurso para a viabilização dos princípios da humanização em saúde, propicia aos sêniors condições de expressarem o seu “acervo interno” o qual, muitas vezes, não se manifesta pela linguagem verbal. Em decorrência, permite-lhes vivenciar novas formas de ser e de estar diante de situações com que
29 se deparam no cotidiano, ampliando o seu autoconhecimento e as possibilidades de lidar com as limitações impostas por sua condição de paciente. Permite-lhes, ainda, assumir uma atitude proativa em relação à busca de um novo padrão de saúde, de bem estar e de qualidade de vida. Referências Carvalho MMMJ (Org.). A Arte Cura? Recursos artísticos em psicoterapia. São Paulo: Editorial Psy II. 1995; 23-26. Barreto E, Cunha M. Criatividade não tem idade, arteterapia reinventando o envelhecimento no NATIEX. Rev IGT na Rede - Instituto de Gestalt - Terapia e Atendimento Familiar. 2009; 6(10): 21-28. Disponível em:<http://www.igt.psc.br/ ojs/>. Acesso em: 15 fev 2012. Melo AJ. A terapêutica artística promovendo saúde na administração hospitalar. Rev Interdisciplinar de estudos ibéricos e ibero -americanos. 2007; 1(3):159-189. Benevides R, Passos E. Humanização na saúde: um novo modismo? Interface (Botucatu). 2004/2005; 9 (17): 389-94. ] Campos GWS. Humanização em saúde: um projeto em defesa da vida? Interface (Botucatu). 2015; 9(17): 398-400. Riley S. Arteterapia para famílias: abordagens integradas. São Paulo: Summus. 1998; 280p Andrade J, et al. A arte cura? São Paulo: Livro Pleno. 2004; 212p. Kneller G. Arte e ciência da criatividade. Reis J. tradutor. 14 ed. São Paulo: Ibrasa. 1978;106p. Tommasi SMB. Arte-terapia e loucura. Disponível em:<http://: www.casajungearte.com.br>. Acesso em: 15 fev 2012. Silveira N. Imagens do inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra. 1982.346p. Bosi MLM, Uchimura, KY. Avaliação da qualidade ou avaliação qualitativa do cuidado em saúde? Rev. Saúde Pública. 2007;41(1): 150-3. Benevides R, Passos E. Humanização na saúde: um novo modismo? Interface (Botucatu). 2004/2005; 9(17):389-94. Condrade TVL, Aprile MR, Paulino CA, Karsch UM, Bataglia PUR. Humanização da saúde na formação de profissionais da fisioterapia. Rev Equilíbrio Corporal e Saúde - RECES. 2010; 2(1): 25-35.
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Web Summit 2019 - O futuro em tecnologia e empreendedorismo para todo o planeta Mudança de Hábito
Silvia Triboni Viajante Sênior e Repórter 60+
Aguardada por empreendedores, fundadores e CEOs de empresas de tecnologia, startups em rápido crescimento, formuladores de políticas públicas e chefes de estado, nos dias 4 a 7/11/19, foi realizada a Web Summit 2019, em Lisboa, Portugal. Para quem não sabe, a Web Summit é a maior conferência de tecnologia do mundo. Nesta última edição, reuniu mais de 70.000 participantes, 1.200 palestrantes, mais de 2.000 jornalistas e mais de 11.000 CEOs. Não é para menos que a revista Forbes afirmou ser, a Web Summit, “a melhor conferência de tecnologia do planeta”. Por sua vez, o jornal The New York Times afirmou que este evento é “um grande conclave dos sumos sacerdotes da indústria de tecnologia”. Afinal, em um momento de grande incerteza para a indústria, sobre a indústria e sobre o próprio mundo, a Web Summit tem agrupado os fundadores e o seleto público presente, para fazer uma pergunta simples (e conjecturar sobre a resposta): “Para onde vamos?” Temas como: O futuro da tecnologia; A revolução dos robôs; Sociedade sem dinheiro; Carros e táxis voadores; Smarts Homes etc, sem falar nos debates a respeito da proteção de dados, e escândalos que envolveram grandes companhias e governos, foram somente alguns dos inúmeros painéis realizados nos quatro dias do congresso. Alguns destaques das apresentações que mais aguçaram a curiosidade
de participantes e jornalistas de todo o mundo foram: “Não são os dados que estão sendo explorados, são as pessoas” – Edward Snowden Em transmissão direta da Rússia, onde se encontra exilado, Edward Snowden, respondeu os questionamentos de James Ball, do Bureau of Investigative Journalism, e recordou as motivações que o levaram a denunciar a CIA e a NSA (Agência Nacional de Segurança USA), em 2013. Disse aos presentes no Altice Arena, de Lisboa: “Imagine, que trabalha na CIA, que sempre segue as regras, que era um chato. A minha família tinha trabalhado para o governo e eu ia fazer o mesmo”. Até o dia em que Snowden precisou contar a “verdade ao mundo”. Fotos:Silvia Triboni
Entrevista Edward Joseph Snowden é um analista de sistemas, ex -administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA que tornou públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA americana “Imaginem que descobriam que tudo o que a sua agência fazia, que o que seus colegas faziam ia contra aquilo que estava no juramento que antes fizera”. “Para mim, a resposta era clara. Acredito que o público tem direito a saber a verdade”. “Vigiavam as pessoas num sentido de prospecção, o que chamei de vigilância permanente. Faziam isto de qualquer forma, mesmo que as pessoas não tives-
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sem feito nada de errado, porque podia ser proveitoso.” Questionado sobre o presente momento em que o mundo tecnológico atravessa, com as chamadas big techs sendo pressionadas pelo mau uso de nossos dados, Snowden foi direto: “O modelo de negócio é o abuso”, se referindo a Google, Amazon ou Facebook (Big Techs). Concluindo sua entrevista para a Web Summit, Edward Snowden foi claro na mensagem: “A lei não é a única coisa que consegue nos proteger, a tecnologia também não é a única coisa que pode nos proteger – nós podemos nos proteger.” “Dados são o novo petróleo”, nas palavras de Brittany Kaiser Em 2018, Brittany Kaiser denunciou as práticas da empresa Cambridge Analytica, cujo modelo de negócio ajudou a desenvolver. A Cambridge Analytica utilizou 87 milhões de perfis do Facebook para influenciar eleições. Após sua denúncia, Brittany deu várias entrevistas, protagonizou um documentário da Netflix sobre o tema – The Great Hack, além de escrever o livro Targeted. Em sua atual “campanha” de vida, Kaiser repete a frase que tem pautado as suas intervenções nos últimos meses. “Os dados são o novo petróleo, o melhor patrimônio da atualidade. “Somos produtores desse bem e não temos acesso a este mercado de bilhões de dólares”. A famosa Wistleblower – toda pessoa que espontaneamente leva ao conhecimento de uma autoridade informações relevantes sobre um ilícito civil ou criminal, não deixou de acusar Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, acusando-o de ajudar nas práticas de influência política, quando decide não agir com exames minuciosos das mensagens veiculadas nos anúncios políticos. Carros voadores da Uber? “Em 2023 serão feitos” No palco central da Altice Arena, Manik Gupta, Chief Product Officer da Uber, fez questão de destacar em seu pronunciamento o fato de a Uber, nos últimos anos, ter desenvolvido várias opções de mobilidade, como as bicicletas JUMP e agora os patinetes. “Quando pensamos
31 onde queremos ir nos próximos 10 anos, queremos que a Uber seja a solução para a vida do dia a dia”, explicou. Carros voadores da Uber? “Em 2023 serão feitos” E a ambição da visionária companhia vai mais além. Carros voadores da Uber? Sim!: “A Uber vai ter carros voadores. No próximo ano vamos ter um teste e em 2023 estará feito”, terminou o diretor de produto da Uber. O Brexit “não é a resposta para nada”. Reunidos para tratar deste assunto que mobiliza não só cidadãos do Reino Unido, mas o mundo todo, Michael Barnier, responsável da União Europeia pe-
las negociações do Brexit, e Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico (foto abaixo), falaram na Web Summit. A opinião foi unânime: o Brexit “não é a resposta para nada”. Tony Blair foi claro: ”O problema do Brexit é que não é resposta para nada” e um segundo referendo “ainda é possível”. Para o ex-primeiro-ministro britânico, os problemas do Reino Unido não se resolverão com a saída da União Europeia: “Em vez de nos concentrarmos nos problemas reais, ficamos a discutir apenas o Brexit. Quando terminarmos esta saga inacabável, vai estar tudo na mesma”, justificou. Juan Branco, o advogado e conselheiro de Julian Assange (responsável pelo Wikileaks) se destacou pelos comentários árduos a Tony Blair, a Emmanuel Macron e à própria Web Summit. “É preciso pagar 1.500 euros para estar aqui. Conseguimos entender o quanto isto é absurdo… Num país em que o salário médio é quase metade desse preço. E isso, claro, é provocado por esta
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ideologia de globalização”, disse Juan Branco, o advogado e conselheiro de Julian Assange (responsável pelo Wikileaks) arrancando forte aplauso da plateia do Altice Arena. Juan Branco veio a Lisboa, em nome do site Wikileaks, lembrar que Assange está preso e que muito teria a dizer na Web Summit, marcou presença no painel sobre a guerra nas trocas comerciais, sem deixar de clamar pela liberdade de Assange, dizendo que ele teria muito a dizer na Web Summit. “Não há razão para estar preso.”, disse Juan. Hoje, Assange encontra-se preso na Grã-Bretanha e luta contra uma tentativa dos EUA de extraditá-lo por acusações apresentadas sob a Lei de Espionagem, que podem lhe render uma sentença de até 175 anos. Ao lado de Michael Paul Pillsbury, diretor americano do Centro de Estratégia Chinesa, o Instituto Hudson, dos EUA, Branco também foi duro quanto à prática do Presidente da França em comercializar porcos com a China.
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Por outro lado, Michael Paul Pillsbury afirmou: “Um dos maiores problemas é o roubo da propriedade intelectual pela China. E não o meio ambiente e o trabalho. Os chineses estão roubando ideias de startups, jogos, à medida que são lançados, o que justifica o crescimento vertiginoso da sua economia. A China tem a sociedade mais desigual do mundo. Quando um líder da China disse que “enriquecer é glorioso”, todos os valores do comunismo foram abandonados.” Em sua quarta edição, a Web Summit será realizada em Lisboa até o ano de 2028, para a alegria de empresários, cidadãos e governo de Portugal. Cientes da necessidade de estarmos “antenados” aos temas relacionados à tecnologia, empreendedorismo, e polêmicas relacionadas, participamos da Web Summit 2019, em nome do Magazine 60+, e ora apresentamos este breve relato. Até a próxima! Silvia Triboni- Repórter 60+ e Editora da Across Seven Seas
Juan Branco
O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção.
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A saúde bucal e o desempenho das habilidades mentais Benefícios
Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro
Foto: metodosupera.com.br
Sabe-se também que boa parte da população brasileira, independente da presença do comprometimento cognitivo, possui uma precariedade no acesso a serviços de saúde bucal, devido à escassez de programas preventivos e dificuldades na adesão às prescrições odontológicas. Isso contribui para uma saúde bucal precária, com elevado número de dentes perdidos, doença periodontal, necessidades de próteses e ao maior índice de infecções dentárias e gengivais. A precariedade da saúde bucal pode afetar a qualidade de vida dos indivíduos de inúmeras maneiras: comprometendo a sua função mastigatória e de comunicação, aparência facial e nas relações pessoais. Além disso, representam um risco à saúde geral, uma vez que o estado nutricional e o peso corporal também podem sofrer influência. Assim como em relação à saúde mental, aonde se pode ter uma maior prevalência de quadros de depressão, ansiedade, baixa autoestima, isolamento social e falta de estímulos e aprendizagens, existem maiores fatores de risco para o desenvolvimento de quadros demenciais e/ ou prejuízo nas habilidades cognitivas. Por isso, esclarecendo possíveis dúvidas relacionadas a este assunto, a saúde bucal pode interferir no desempenho das habilidades mentais, assim como indivíduos com diagnóstico de comprometimento cognitivo leve ou portadores de demência apresentam uma pior condição de saúde bucal. Dicas para preservar a saúde bucal:
Busque materiais informativos como cartilhas, manuais e folders fornecidos pela Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência ou do seu plano de saúde, para obter mais dicas em relação às técnicas de escovação e ações preventivas, para evitar placas e gengivites e tenha o hábito de ir ao dentista rotineiramente. Não procure o profissional apenas quando um problema estiver presente, pois muitos problemas poderão ser evitados e você poderá adquirir o conhecimento sobre a condição de sua saúde bucal. Realize rotineiramente exames preventivos para detecção, precoce, de problemas de saúde bucal; Relate ao profissional se apresenta algum diagnóstico relacionado à sua saúde, se possui uma doença autoimune, se você ou o seu familiar apresentam um diagnóstico de doença neurodegenerativa. Isso influenciará nos procedimentos adotados pelo especialista e na necessidade de atuação de uma interface entre o dentista e outros profissionais. É importante entender que há um risco para a perda dos dentes, por isso os cuidados com a higienização bucal devem ser constantes e diários. Busque o consumo de água filtrada ou de água devidamente tratada, mineral e fluoretada; Tenha disciplina e uma rotina estabelecida na higienização bucal. Em caso de dúvidas, procure um profissional especializado.
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“A natureza dos homens é a mesma, seus hábitos que os mantém separados” – Confúcio
Osvaldo B. de Moraes Historiador
Diferente do conceito tradicional em que a cultura está embasada em erudição, sob a visão antropológica, cultura abrange costumes e os modos de relacionamento entre humanos, o conjunto de crenças, hábitos, formas de vestir, agir e falar. Neste conceito, a sociedade se constitui em agrupamentos humanos, como uma nação, uma comunidade, uma empresa, uma família, etc., possuindo regras próprias que definem seus comportamentos e costumes, diferenciados de outros grupos. Durante o século passado, surgiram várias escolas tentando definir o estudo da antropologia cultura. A primeira chamada de evolucionista, propunha que todos os povos e culturas deveriam passar por um processo evolutivo na direção de sociedades modernas. Tal raciocínio embasava-se no etnocentrismo, visão em que nossa sociedade é o centro de tudo e as outras devem ser pensadas através de nossos valores. Esses conceitos foram rejeitados pela maioria dos antropólogos que respeitava a diversidade de valores de sociedades diferenciadas. Seja qual for o grau do chamado marco civilizatório de uma sociedade, seus valores e costumes devem ser respeitados, por mais diferenciados que sejam de nossos valores. Exemplos: entre os hindus a vaca é sagrada e não pode ser consumida; entre os muçulmanos é a carne de porco interditada. Para nós, entretanto, é estranho que, simbolizando crença religiosa entre os esquimós, o ancião, com seu consentimento, é deixado numa geleira para que um urso o devore; já entre certas tribos
indígenas, a mulher que tiver três partos, deve eliminar o terceiro. Esta sequência de exemplos poderia se estender ao infinito, mas são práticas culturais, que embora possam se chocar com nossos valores, devem ser levadas em consideração. Outras escolas surgiram, ainda no século passado, a funcionalista, que focava nas peculiaridades de critérios usados em sociedades, como o plantio, casamento, conceitos de família, organização política, relacionamentos conjugais, etc. O difusionismo, em que traços culturais são difundidos para outras regiões e sociedades, através de diversos grupos sociais, interagindo e colaborando entre si, sejam em aspectos positivos ou negativos. O estudo da cultura pela antropologia induz estabelecer respeito pelo outro, qualquer que seja sua diferença em termos de costumes e hábitos e até mesmo sobre ideologias díspares. No caso brasileiro, assimilação cultural é visível, nas contribuições de elementos étnicos, como o dos imigrantes, dos afros, assim como pela globalização, outros costumes influenciando a música, a culinária, o sincretismo religioso e até mesmo atualizando valores e eliminando certos tabus do passado. É com a prática da alteridade que o ser humano expressa interatividade com o outro. Foto: trover.com
Antropologia
O Corvo e os primeiros homens - Bill Reid Museu de Antropologia - Canadá
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Tecnologia
David Brandes Engenheiro pós graduado em TI
Outro dia estava refletindo sobre a quantidade de coisas existentes, no mundo atual, que ajudam a geração 60+ a ter sua vida facilitada, e que não existiam há poucos anos, talvez 20, 30 anos ou um pouco mais. Verdade seja dita, eu vivi no mundo tecnológico por mais de 3 décadas e talvez seja meio suspeito dizer a vocês que a tecnologia existente hoje só traz ganhos nas nossas atividades diárias. É inegável, algumas coisas estão tanto a nossa frente, que a frase “Como pude viver sem isso até hoje?” aparece a toda atividade que estamos realizando, algumas corriqueiras, como uma ligação telefônica, conversas com amigos e parentes, tirar fotografias todo o tempo, compras, etc. Os idosos, por vezes, tendem ao isolamento, que foi constatado como o combustível para os maus pensamentos, tendo a doença como consequência. Os especialistas afirmam que a chegada das redes sociais mudou o convívio com amigos e familiares, trazendo uma nova interação do idoso com o mundo. Ele consegue perceber que mesmo sem ter o contato físico das pessoas, elas estão bem mais próximas. Vejam vocês a diferença. Antes as pessoas que estavam a uma grande distância física, agora estão a um clique, um like, uma mensagem de voz, uma curtida de uma foto, enfim, bserva-se um ganho. Hoje, com o Instagram, Facebook, WhatsApp as distâncias encurtaram. Para quem não teve contato com esta tecnologia, pode ser difícil. Ainda há resistências a serem quebradas. O costume de estar com as pessoas faz parte de uma cultura de uma vida toda e é necessário paciência e tempo para esta adap-
Foto: arquivo do colunista
A tecnologia e as atividades diárias
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tação, mas também quando as barreiras são quebradas, o idoso se encanta e daí por diante a curiosidade e a vontade de conhecer e aprender faz o resto. O idoso precisa compreender que ele não está ultrapassado, pelo contrário, com o crescimento da população 60+, o mercado enxerga oportunidades de negócios que atendam suas necessidades diárias, pois além dos aplicativos básicos que já existem em qualquer celular (calculadora, telefone, câmera fotográfica, calendário, agenda, etc.) tem sido criado muitos aplicativos especificamente para a faixa dos 60+. Finalizando, gostaria de encorajar a todos que ainda não conhecem, que vejam as facilidades atuais já disponíveis para nosso uso e que estão mudando a visão que tínhamos sobre muitas de nossas tarefas diárias. Vão desde transações bancárias (pagamento de contas, aposentadoria), compras, utilização de taxi (Uber, 99), agendamento médico (consulta, exames), alimentação (supermercado, refeições, bebidas), leituras (jornal, re-vistas), compra de ingressos (cinema, teatro, show) a assistir filmes, programas de TV entre outros. No próximo artigo, vamos conversar, com mais detalhes, como as redes sociais diminuíram as distâncias entre as pessoas e o quanto elas podem acabar com nosso isolamento. Até lá! Contato com Colunista dbrandessss@gmail.com
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A Arte Egípsia
A História da Arte
Manoel Carlos Conti Artista Plástico Jornalista
Divulgação
É comum entre os pesquisadores dizerem que a História principiou com a invenção da escrita, há 5 mil aC. Muita coisa, porém, aconteceu antes desse período. Um dos mais importantes foi a passagem da caça para a agricultura, como vimos em números anteriores. Muito se obteve com as guerras tribais travadas e não se sabe ainda se pelo domínio do solo arável ou pelo simples fato de escravizarem mais trabalhadores, aumentando assim a produção de alimentos. Assim nasceu o Império do Egito. A prova maior que esse povo sempre foi muito forte é que, ao logo de 10.000 anos, sua arte nunca mudara (Platão). A história antiga do Egito foi dividida em dinastias, onde a 1ª foi fundada em 3.000 aC. Devemos ignorar a pretensão de divindade dos Faraós, porém a determinação de todos eles conseguiram a célebre realização de um só Estado do vale do Nilo, desde a 1ª catarata no Assuão até o Delta do grande Rio e, com isso, o trabalho de melhoria das suas margens pela regularidade de cheias, mediante a construção de barragens e canais. Quando se fala em Egito a 1ª coisa que lembramos são as Pirâmides e quando lembramos delas as de Gizé vêm
logo à nossa memória. Elas surgiram na 4ª dinastia e todas eram, então, revestidas com placas de pedra, cuidadosamente polidas (hoje, só restam as placas do vértice da Pirâmide de Quefren). Junto ao pé dessa Pirâmide (Quefren) foi erguida a Grande Esfinge, talhada na rocha viva. Não se sabe ao certo o que representava, mas os estudiosos dizem que, talvez, fosse a personificação mais impressionante da realeza divina do que as próprias Pirâmides. Ao contrário do que dizem muitos historiadores, os milhares e milhares de trabalhadores dessas construções, em sua maioria, não eram escravos e há provas de que recebiam salários (baixos porém frequentes) e isso dava a eles uma segurança de emprego. Além da arquitetura, a glória principal da arte Egípsia são as estátuas retratos, deixadas no sepulcro dos templos funerários. Uma das mais perfeitas é a de Quefren, esculpida em diorite (rochas formadas de magma, que quanto mais velhas mais duras ficam) e mostra o Rei no Trono com o Falcão do Deus Hórus envolvendo sua nuca. Fonte: História da Arte H.W.Janson
As Pirâmides de Gizé
Detalhe da Estátua de Quefren onde ele está sentado no trono e um Falcão envolve sua nuca Museu do Cairo - Egito
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Receitas para o Natal, feitas com café
Cida Castilho Barista
Receitas geladas de café Na edição passada, prometi receitas geladas de café. Selecionei, com carinho, 3 receitas testadas, aprovadas e fáceis de fazer. Espero que vocês gostem! MERENGUE DE CAFÉ Ingredientes: 250g de margarina ou manteiga sem sal (temperatura ambiente) 200g de açúcar 4 gemas 4 colheres de café, preparado, bem forte 1 pacote de suspirinhos (150 a 200grs) Chantilly Modo de preparo: Bater a manteiga, o açúcar, os ovos e o café, até que formem um creme liso. Montagem: Pode forrar a forma com papel manteiga ou papel alumínio, para facilitar desenformar. Agora, vamos colocar uma camada fina do creme no fundo do recipiente, Sobre o creme, coloque os suspiros e, depois, creme por cima do suspiro e outra camada de suspiros. Assim, vamos intercalando entre o creme e os suspiros. Levar ao freezer por 4 horas Desenformar e cobrir com chantilly. Rende 8 porções Tempo de preparo: 40 minutos Veja, também no link: https://www.youtube.com/watch?v=4LrIf7HrIoI
AFFOGATO DE CAFÉ Ingredientes: 2 bolas de sorvete 1 espresso ou café coado Chantilly Modo de preparo: Colocar calda de caramelo na taça, em seguida 2 bolas de sorvete, em seguida colocar o café sobre o sorvete, finalizando com o chantilly. Veja, também, no link: https://www. youtube.com/watch?v=aZrAR6CSBTU&t=145s
SHAKE DE CAFÉ Ingredientes: 3 bolas de sorvete 1 espresso 50 ml de leite integral 1 colher de creme de avelã
Fotos ilustrativas
Nosso cafézinho
Modo preparo Coloque o sorvete, o espresso e o leite integral no liquidificador Pulse para misturar os elementos. Enfeite a taça com o creme de avelã e sirva.
Me acompanhem nas redes sociais. Facebook: https://www.facebook.com/ cidabaristasenior Instagram: @cidabaristasenior
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DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA
Receitas Fáceis
Ebe Fabra Chef de Gastronomia
Chegamos ao último mês do ano: dezembro….Natal….Ano Novo! Mês das festas…. e como não pensar no que preparar pra nossas famílias e amigos... Noite de paz, noite de amor, e noite de muita comilança. Delícias com todos os sabores…. Preparei para vocês um Bacalhau, arroz com amêndoas e maçãs verdes gratinadas. Pode ser a ceia ou almoço de Natal Então vamos lá: BACALHAU À DONA LUSA: Bacalhau em postas. Dessalgue o bacalhau até que sinta que está no ponto (trocando a água quantas vezes precisar). Coloque o bacalhau pra escorrer e seque em toalha de papel. Pegue uma frigideira funda e coloque azeite pra que cubra as postas, e ponha pra esquentar. Passe as postas de bacalhau na farinha de trigo de todos os lados e frite-as no azeite. Coloque na frigideira 2 folhas de louro e
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alguns grãos de alho (vá tirando os alhos pra não queimarem). Deixe as postas até ficarem douradas, não precisa secá-las. Vá acomodando-as num pirex alto refratário. Depois de todas as postas prontas, salpique cheiro-verde, azeitonas sem caroço, cebolas cortadas em 4, alcaparras e bouquet de brócolis previamente aferventados. Coloque um pouco de sal e azeite nos brócolis. Ponha papel-alumínio sobre o refratário e coloque-o no forno. Arroz com amêndoas em lascas Faça uma receita de arroz e em vez de água coloque “Sidra”. Numa panela coloque 1 colher de manteiga bem cheia, derreta e coloque 150g de lascas de amêndoas, deixe dourar e coloque em cima do arroz. Maçãs verdes gratinadas Pra cada convidado vai 1 maçã. Lave-as bem e seque-as. Corte a tampa e retire parte da polpa da maçã. Unte toda a maçã por fora com manteiga, inclusive a tampa. Faça 1 creme de milho e recheie as maçãs, colocando no fundo um pouco de catupiry e em cima salpique um pouco de queijo ralado. Coloque uma ao lado da outra num refratário untado com manteiga e coloque no forno, quando gratinar tirar e servir. A todos um saboroso Natal e um Ano Novo repleto de coisas gostosas! Foto ilustrativa
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