UMA PUBLICAÇÃO PRINCIPALMENTE DEDICADA PARA ÀQUELES COM MAIS DE 60 ANOS
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Formato A4 | internet livre
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S.Paulo, Setembro/2019 - #3
Foto: www.giveacare.com.au
Ano I
#3
Ela fica se fazendo de vítima... Algumas reações da família, quando um ente querido vive uma situação desfavorável, de saúde. páginas 9 e 10
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VEJA TODAS AS ATIVIDADES PARA OS 60+ NESSE SEMESTRE
magazine 60+ #3 - setembro/2019
Editorial
Manoel Carlos Conti Jornalista
Dia desses, li na revista Valor uma matéria que dizia: “Software de inteligência artificial ganha Nobel de Física”. “Carros autônomos protestam contra empresas de teletransporte”. “Inaugurada uma nova colônia em Marte”. “China concede novo empréstimo aos EUA”. Todos esses títulos são um exercício de ficção, mas que tal imaginarmos quais serão as manchetes reais em 2050, quando chegarmos à metade desse intrincado século XXI? Pessoalmente, acho a coisa mais
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GENTIL GIGANTE j o r n a l i s m o
USAMOS SOFTWARE L IV R E Fechamento desta Edição
30/08/2019 Periodicidade mensal
Distribuição Gratuíta pela Internet Jornalista Responsável
Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP
2 difícil do mundo fazer previsões, mas imagino um impacto brutal. Considero-me a pessoa mais otimista dentre o universo de amigos que tenho e, mesmo assim, posso afirmar que devemos começar, se é que já não começamos, a apertar o cinto. Fatos historicamente positivos têm acontecido na ciência, na tecnologia, na medicina, mas esses fatos encobrem todo o resto de iniciativas autodestrutivas que temos acionado, nesses tempos difíceis. Enquanto, na Universidade de Tel Aviv, os cientistas imprimiram um coração em 3D,em tantos outros cantos do mundo crianças, idosos e outros, da nossa espécie, não sabem o que vem a ser um curativo e padecem de tanto sangrar. Por outro lado, ainda, podemos afirmar que boa parte dos bebês nascidos no ano passado estarão vivos no século XXII. Isso porque a expectativa de vida dos humanos já alcança, em vários pontos do planeta, a marca dos 100 anos. A outra parte desses nascidos, que a meu ver não será nada pequena, irá morrer antes de completar os 5 ou 6 anos de idade. Serão mortes por guerras, desnutrição, abandonos e por outras formas trágicas, mas muitos cientistas já afirmam que isso ocorrerá, de fato. Enquanto isso não ocorre, bem à nossa frente, vamos dedicando nossos textos aos fatos presentes, e que num passado muito recente jamais poderíamos imaginá-los reais e palpáveis. A Nasa (Agencia Americana de Pesquisas Espaciais) planeja levar humanos para Marte já em 2033. Quem sabe aqueles cientistas já imaginam que, com essa colonização, salvarão aqueles poucos que poderão desembolsar parte de suas fortunas, para formarem um mundo melhor do que esse que estamos vivendo... Nessa edição do Magazine 60+ trazemos assuntos diversificados, com nossos colunistas focados em orientar, ilustrar e expandir o conhecimento e a percepção de nosso público alvo, os idosos.
Revisão geral
Marisa da Camara *Todas as colunas são de inteira responsabilidade daqueles que a assinam
contato: contihq@hotmail.com cel. (11) 9.88906403
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Perdi meu celular, hello Google, iClound ache para mim Empreendedor/Tecnologia
Marcelo Thalenberg Empreendedor escreve artigos sobre tecnologia
Todo mundo se distrai e pode se esquecer onde deixou o seu celular. Utilizo uma capa de cor “berrante”, para que ele não se perca por entre as mesas escuras ou que eu não o esqueça. Já esqueci meu celular em um táxi e ativei o alarme remoto, vi onde o motorista estava e obtive meu aparelho de volta. Se você não se lembrar onde deixou seu celular, em período de Telegram, e seus dados vazarem, poderá ser um desastre. O que fazer? Tanto aparelhos Androids como Iphones podem ser localizados, alarmados e até ter seus dados apagados, remotamente, para sua segurança e os fabricantes fornecem tutoriais para auxiliar seus clientes, conforme: Encontrar, bloquear ou limpar um dispositivo Android perdido: Se você perder seu smartphone ou tablet Android ou o relógio Wear OS, poderá encontrá-lo, bloqueá-lo ou limpá-lo. Se você adicionou uma Conta do Google ao seu dispositivo, o app Encontre Meu Dispositivo é ativado, automaticamente. Para usar o Encontre Meu Dispositivo, o dispositivo perdido precisa estar: · ligado; conectado a uma Conta do Google; · conectado aos dados móveis ou ao Wi-Fi; · visível no Google Play; · com a opção “Local” ativada; com o “Encontre Meu Dispositivo” ativado. Saiba como garantir que seu dispositivo possa ser encontrado caso você o perca. Se você vinculou seu smartphone ao Google, é possível encontrá-lo ou fazê-lo tocar, pesquisando por “encontrar meu smartphone” em google.com.br iCloud: Localizar seu dispositivo com o Buscar iPhone
Encontre a localização aproximada de seu dispositivo iOS, Apple Watch, AirPods ou Mac usando Buscar iPhone no iCloud. com. Você pode localizar seu dispositivo caso: O Buscar iPhone esteja configurado no dispositivo iOS ou Mac que você deseja localizar O Apple Watch esteja emparelhado com um iPhone O dispositivo iOS, Apple Watch ou Mac está on-line Os AirPods estejam fora do estojo e perto de um de seus dispositivos iOS. Qualquer um de seus dispositivos iOS pode localizar os AirPods, mas eles devem estar emparelhados com pelo menos um dispositivo. Se o Compartilhamento familiar estiver configurado, você também poderá localizar o dispositivo de um membro da família. Para obter mais informações, consulte o artigo do Suporte da Apple: Compartilhar sua localização com familiares. 1. Clique em Todos os dispositivos. Na lista, o ponto próximo ao dispositivo indica seu status: § Um ponto verde significa que ele está On-line. Se o dispositivo puder ser localizado, você também verá o horário em que ele foi localizado pela última vez. § Um ponto cinza significa que ele está Off-line. Se o dispositivo tiver ficado on-line recentemente, você verá o horário em que foi localizado pela última vez. Se o dispositivo estiver off-line por mais de 24 horas, você verá Off-line. 2. Selecione o dispositivo que deseja localizar. O nome do dispositivo aparece no centro da barra de ferramentas. Se o dispositivo estiver on-line e puder ser localizado, sua localização aproximada será exibida no mapa. Nota: se seus AirPods estiverem separados um do outro, você verá somente uma localização por vez no mapa. Primeiro, localize o que é exibido no mapa e coloque-o no estojo. Em seguida, atualize o mapa e encontre o outro.
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afrika-junior.de
ANUNCIE COM A GENTE - PREÇO BAIXO E UM GRANDE ALCANCE
“.... Imagine todas as pessoas Vivendo o presente Imagine que não houvesse nenhum país... Nenhum motivo para matar ou morrer...” John Lennon ESSA REVISTA TEM COMO PARCEIROS
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A charmosa Nova Jersey a 80 kms de Nova Iorque Dicas de Viagem
Anete Z. Faingold Engª. da Computação
Foto: Anete Faingold
Chegamos a Newark no dia 28 de junho, em pleno verão. Para nossa surpresa, precisamos fazer todo o processo alfandegário, pois ficamos mais de 5 horas no local. Fazia bastante calor e nos dirigimos do aeroporto de Newark para um jardim, com esculturas espalhadas no “Ground For Sculptures”, chamado de um Oasis Impressionista, na cidade de Hamilton, entre Filadélfia e Nova Iorque. O parque possui 42 acres, com esculturas, uma bela vegetação e foi fundado por Seward Johnson, em 1992. A coleção possui mais de 270 esculturas feitas por artistas americanos e por Seward Johnson. Pode-se contemplar a exposição ao ar livre, assim como nas galerias fechadas, com exposições temporárias. É um grande parque e um grande museu. Caminhamos e encontramos esculturas contemporâneas casando com a paisagem e, de repente, vimos esculturas de obras conhecidas, como: “Olympia”, de Edouard Monet; “O grito”, de Munch; “O almoço dos barqueiros”, por Renoir, dentre outras. O tamanho das esculturas é de, no mínimo, o de uma pessoa normal. Cada local, uma escultura nova e uma surpresa. O passeio demora ao redor de quatro horas. A entrada custa US$20 por pessoa, cuja visita vale cada centavo de dólar. Numa das galerias, havia uma exposição sobre cubos de plástico gigantes. O público interagia com um ipad, colocado sob um pedestal móvel, que ao focar em certo ponto do cubo, apareciam animais, em movimento, na tela do ipad. Uma grata surpresa ver estes cubos transparen-
tes, de plástico, receberem movimento e vida, através da tecnologia. Depois de conhecer este belo parque, fomos conhecer a universidade de Princeton, a quarta universidade mais antiga do país, no estado de Nova Jérsei. Tem muita tradição e chegou a ter Albert Einstein fazendo parte do corpo docente, na década de 50. Também teve alunos notáveis como: o presidente da Google, o fundador da Amazon, Michele Obama e dois presidentes dos EUA, além de muitos governadores. Um campus com diversos edifícios e um belo teatro para concertos. O tráfego da Nassau serve como limite entre a cidade e a universidade. Para conhecer o campus, dirija-se à entrada oficial o Portal FitzRandolph. O portão de ferro forjado é ladeado por duas colunas, com águias de pedra de asas e bicos abertos, que se entreolham acima das cabeças de quem passa pelo local. O prédio Nassau Hall encontra-se no centro do gramado e é a construção mais antiga do campus, concluída em 1756. (site_ https://www. visiteosusa.com.br)
Na cidade de Princeton visitamos a casa em que Albert Einstein viveu, de 1935 até sua morte, enquanto trabalhava no Instituto de Física. A cidade de Princeton é uma cidade pequena, charmosa, com casas lindas e restaurantes com ótima comida. Comemos em um restaurante italiano, de comida e ambiente deliciosos. Depois, fomos tomar um sorvete e voltamos ao aeroporto, para continuarmos nossa viagem.
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Mudança de Hábito
Divulgação
Embalagem plástica já era! Veja como os Australianos embalam seus produtos
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Silvia Triboni Viajante Sênior e Repórter 60+
Se você já é uma pessoa atenta à preservação do meio ambiente e evita, a todo custo, deixar uma pegada ambiental muito pesada para os futuros habitantes da Terra, certamente já está familiarizado com as embalagens feitas a partir de cera de abelha - as “Bees Wax Wrap” (Envoltório da Cêra de Abelha). No meu caso, confesso que, até pouco tempo, nunca tinha ouvido falar deste material “eco-friendly” (amigável ao meio ambiente). Para me redimir de minha ignorância, busquei saber tudo o que podia sobre este material fantástico, afinal uma das grandes conquistas que adquirimos em nossas viagens é justamente o conhecimento, quando estamos atentos à vida cultural e cotidiana dos povos que visitamos. Não é? Pois bem! Conheci as embalagens feitas com cera de abelha em Sydney, Austrália, pois ganhei de minha filha, que mora lá, um conjunto com vários tamanhos de folhas feitas de cera de abelha. Até fiz um vídeo, em meu canal do Youtube, “Across Seven Seas” (Através dos Sete Mares), demonstrando como usá -las. Elas são utilizadas para embrulhar, armazenar e guardar quase tudo, de pão fresco a frutas e também são usadas para guardanapos e canudinhos. Outrora relegados aos círculos de pessoas hiper ambientalmente responsáveis, os envoltórios de cera de abelha na Austrália se tornaram uma maneira chique de embrulhar as sobras e armazenar alimentos; e com suas propriedades de preservação e economia ambiental, passaram a ser imprescindíveis no dia-a-dia
australiano. Feita com todos os ingredientes naturais, incluindo 100% algodão, cera de abelha, resina de árvore e óleo de jojoba, os envoltórios são naturalmente antibacterianos e permitem a sua comida respirar, ao contrário de plástico. Além do mais, as Bees Wax Wrap são naturais, reutilizáveis e compostáveis, ao final de sua vida útil. As folhas são respiráveis, à prova d’água e podem ser limpas com uma esponja quente após o uso. Duram muitas vezes mais do que uma folha de plástico descartável. Se você optar por fazê-los em casa ou comprá-los, não há dúvidas que estará fazendo notável avanço em sua postura ecológica. Há tutoriais no Youtube que ensinam como fazer essas “folhas”. E então? Pronto para substituir seus plásticos com embalagem de cera de abelha? Boa notícia: posteriormente, descobri que no Brasil também há fabricantes dessas embalagens. Com mais este aprendizado, adquirido em terras australianas, pude comprovar, mais uma vez, que viajar nos traz especiais oportunidades de cuidarmos de nossas funções cognitivas e culturais em prol de nossa boa longevidade.
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Minimosaico - Uma pequena grande obra Reutilizando materiais
conforme o projeto. Não posso dizer que essa técnica seja a mais indicada para um mosaicista iniciante, pois requer muita habilidade, mas também não posso afirmar que um artista iniciante não possa aprendê-la com um professor competente. Comparativamente, o micro mosaico difere, em muitos aspectos, do mosaico convencional. Apesar de se João Alberto J. Neto tratar de uma técnica com pequenas Analista de sistemas peças, todo o resto a que nos referimos A variação de cores e tonalidades nesse campo é maior do que um monos mostram uma realidade que chega saico “convencional” - Maior cuidado, a surpreender. É apaixonante perceber maior concentração, maior habilidade, os detalhes e como o artista conseguiu encontrar alternativas para uma determinada tonalidade. Vários materiais misturados que proporcionam um grande espetáculo. Um projeto em micro mosaico pode constituir na confecção de joias, como pingentes, broches, brincos ou qualquer artefato de adorno, assim como ou na reprodução de grandes obras de arte, fotos, paisagens e outras variedades de aplicações, pois grande é a imaginação humana. Segundo Simone Berton, 37, sócia do Foto Arte em Harmonia 1 acima atelier Arte em Harmonia, a grande ree 2 abaixo- cedidas por ferência no Brasil é Celita Alberti, uma Arte em Harmonia Mosaicos mosaicista de Curitiba, super especialista nessa arte. O que vejo de mais interessante, nessa técnica, é o fato de poder reproduzir o mais fielmente possível os detalhes de uma figura. Em um quadro, quanto menor as peças, mais os detalhes são aperfeiçoados, como uma pintura, onde os componentes se sobressaem, dando a impressão de profundidade e relevo. Um efeito tridimensional que podese conseguir mesmo em uma pequena joia, onde é utilizado freqüentemente o filatti. Como nos explica Berton, “O filati, que vem do esmalte, é o principal material, mas também se usam pedras, vidros e outros materiais”. Para se obter o filati é necessário derreter uma pedri- maior critério na aplicação das cores, nha de “smalti” com maçarico, para de- maior critério na escolha dos materiais pois cortar e moldar os micro pedaços, e, teoricamente, maior custo.
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Como sempre digo, existem cursos ótimos, administrados por professores que se dedicam, quase que com exclusividade a determinadas técnicas. A arte de fazer joias requer grande habilidade e cuidado. Uma pesquisa nas redes sociais pode lhes dar várias opções de cursos, obras, materiais e outras informações adicionais. Referências utilizadas na matéria: celitaalberti.wordpress.com
Ana Luna Cabelo Branco Crônicas do Cotidiano
Ana Luna Graduada em Letras
Gente
Arrumo minha cama com um carinho, como se uma rainha fosse dormir nela. E vai. Cozinho para mim. Eu não como “qualquer coisinha” ou digo : “é só para mim, então está bom”. Não, não estou dizendo que sou o foco do mundo ou melhor que todos. Apenas trato bem o corpo, para a alma ter luz. É assim, de bem comigo , que consigo ver o outro. Não gosto somente de olhar, e sim de ver, sentir, saber, procurar. Gosto de animais , os trato bem, dou carinho, mas amo gente. Choro com filmes, me emociono com vídeos de pessoas especiais. Gente. Pessoas. Povo. Companheiros. Amigos, para sempre. Uma amizade de verdade. Alguém a confiar. Sim, há gente falsa, chata, folgada, invejosa, que faz parte desse mundo que vive-
Trabalho de Celita Alberti
mos, mas hoje falo sobre gente que é gente. Não dá para ser gente boa com todo mundo. Muitas vezes não se consegue isso, mas não devemos desistir do outro, de sermos prestativos, pois quando se é assim, boa gente, topamos com gente igual a nós. Quando algo assim acontece, devemos agarrar a oportunidade e não deixá-la ir embora , porque o bem atrai o bem. Eu acho que gente e bichos combinam muito. Os vídeos de amor entre os pets e seus donos exprimem, bem, o que quero dizer. Tem um que o dono é um soldado voltando da guerra e encontra seu cão. Impossível não chorar. Sentimento... Sentimento de gente. Emoção à flor da pele. Gente. Ente.
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Ela fica se fazendo de vítima Divã
Foto: Arquivo
Caro leitor, ao ler os exemplos, acima, você pode rir ou ficar indignado com as famílias, mas lamento informar que, em maior ou menor grau, todos somos assim. As casas se organizam para receber um bebê, tiram-se os tapetes, protegemse as quinas dos móveis, protetores de tomadas são colocados, grades nas escadas Sandra Regina e tudo demonstra que naquela moradia há Schewinsky uma criança. Uma nova vida que reprePsicóloga - Neuropsicóloga senta promessas de futuro, realizações de Nesta 3a edição, dividirei com o lei- expectativas, concretizações de sonhos. tor algumas reações da família quando al- Sabe-se que o infante é vitalmente depenguém querido vive uma situação de saúde dente de um adulto e seu bem estar depende dele. desfavorável: Então o leitor pergunta: “Por que é “ Já cansei de perguntar pra minha irmã, tão difícil mudar, quando quem fica doente por que ela se fez esse câncer?” “ Este problema, de Alzheimer, é porque ou deficiente é um adulto? Ele também depende de cuidados?” ele é teimoso, não gosta de fazer camiEm verdade, não há uma explicação nhada e não faz palavras cruzadas como correta, ou apenas uma resposta. Vou coeu” “Depressão?! Nada! Ela sempre foi a mi- locar alguns motivos que acompanhei em mada da família, não sabe lidar com difi- minha prática profissional. Quando a pessoa com quem se conviculdades, por causa da superproteção do veu, muitos anos ou até toda a vida, muda meu pai” “Minha mãe reclama de dor o tempo todo, sua forma de estar no mundo, pode ser por causa da fibromialgia, só que reclama uma vivência muito cruel para a família. e faz tudo. Se reclama, mas faz, é porque Aquela irmã prestativa, que fazia tudo para todos, de repente está de cama, gemendo não dói!” “Levei a vida toda para montar a casa do de dor. O grande empresário, admirado por sua competência, agora não lembra como jeito que eu queria, agora..., só porque ele teve um derrame e não anda direito, escreve o seu próprio nome. A pessoa que quer que eu tire a mesinha com os enfei- seria a cuidadora, agora, chora e implora tes do centro da sala e, pior ainda, quer tirar meus tapetes.” “Ele não se ajuda, fica só na cama. Não aguento mais! Tenho mais o que fazer, do que ser babá de marmanjo.” “Ela fica só chorando, não percebe que não é a única do mundo que ficou doente. Já avisei que, se continuar chorando, não vai sarar.” “Sempre foi ativo. Agora está se entregando e usa o Parkinson como desculpa, que está cansado. Que nada! É preguiça! Ainda por cima, é a maior moleza quando peço para fazer alguma coisa.” “Só porque o médico falou que ela tem uma doença neuroevolutiva, fica aí se fazendo de vítima. Já falei pra ela, é só enfiar a cabeça no trabalho, que nem lembrará que está doente.”
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por cuidados. Todo esse transtorno pode vir acompanhado de um prognóstico fatalístico. Alguns familiares desenvolvem a cegueira emocional, ou seja, uma defesa, que os impedem de perceber a dura realidade de necessidades do doente. Não só negam o que está acontecendo, como de fato, não enxergam o sofrimento do outro. O que acarreta cobranças inatingíveis e a frustração generalizada. Alguns fogem totalmente do contato, afastam-se, não visitam, agem como se a pessoa adoentada já não mais exista, ou não lhes diga respeito. Outros são egocentrados, pensam tanto em suas vidas, que não conseguem desenvolver a empatia e a solidariedade. A pessoa adoentada sofre, então, a dor real, acrescida da maior dor emocional que existe: A DOR DA REJEIÇÃO! Sentimentos de raiva, também são aflorados constantemente. Raiva pelo trabalho, raiva pelo declínio financeiro, que pode acontecer, raiva pela diminuição do padrão e status, raiva pela sobrecarga, raiva pelo fato da pessoa querida ter se transformado em alguém diferente e carente. Raiva pelo ser amado me fazer sofrer ao lhe ver debilitado. Não é rara a sensação que o chão se abriu e a família caiu num buraco sem fundo. A vida, que parecia estar no rumo, se desgoverna. Na tentativa de voltar ao normal, vem a crença de um poder que o doente não tem: Acredita-se que se ele tiver só bons pensamentos, enfrentar sem chorar e reclamar, tentar fazer tudo sozinho, o adoecimento se esvai. Então começam as cobranças para não chorar, não pedir ajuda, para que reaja e, de preferência, que sare logo. Impossível não pensar que a pessoa fica se fazendo de vítima... De acordo com a Wikipédia: Vitima, no sentido geral, é a pessoa que sofre os resultados infelizes dos próprios atos, dos de outrem ou do acaso. Caro leitor, pense comigo: Alguém fica doente de propósito? Posso até concordar que alguns tiveram maus hábitos ou não cuidaram da saúde, corretamente, mas não merecem que o castigo sejam cobranças inatingíveis.
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Um bom exercício, para saber o que falar, é pensar: “Se fosse comigo o que eu gostaria de ouvir? Como eu gostaria de ser tratado?” Assim sendo, perguntar para a pessoa como ela está e do que ela precisa, respeitando sua dignidade, é o caminho. Quando houver conflito entre superproteção ou probabilidades de riscos perigosos, procure por ajuda profissional. Infelizmente uma queda, por exemplo, pode ser fatal, em muitos casos. O adoecimento não é fácil para ninguém, mas faz parte da vida de todos, por isso que passar por tal percurso, acompanhado de amor, pode mudar o sentido da dor. Um grande abraço e caso tenham perguntas ou sugestões, para as próximas edições, é só entrar em contato. Contato: srschewinsky@hotmail.com Facebook:Neuropsicologia Sandra Schewinsky
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Uma breve visão histórica da velhice Contos II
João F Aranha
Cidadão e Repórter
Convidado para dar uma palestra na universidade de Harvard - em 1936, por ocasião das comemorações dos seus 300 anos – o psiquiatra e pensador suíço Carl Gustav Jung propôs que haveria cinco fatores que determinam o comportamento humano. Seriam eles: a fome, a sexualidade, a predisposição à atividade, a reflexão e a criatividade. Posteriormente Konrad Lorenz – austríaco, ganhador do prêmio Nobel, graças aos seus estudos sobre o comportamento dos animais, seguindo o mesmo raciocínio de Jung, chamou estes fatores de: nutrição, procriação, agressão a um inimigo vencível e fuga face ao perigo. Como se observa, Jung e Lorenz são da mesma opinião – embora usem nomenclaturas diferentes – concordando que tanto os humanos como os animais, compartilham de quatro desses fatores relativos aos instintos básicos de sobrevivência, crescimento, perpetuação da espécie e reflexão. A criatividade, portanto, seria o que caracteriza o ser humano. Instintivamente, levado por um sentimento que dele se apodera, o homem
descobre, cria e modifica tanto a si mesmo quanto ao mundo que o cerca. Surgem então processos criativos, exprimindo e realizando novas ideias, tanto no campo das artes quanto no das ciências e espiritualidade. Trata-se de olhar para o que todo mundo vê e pensar algo diferente; romper bloqueios; desafiar regras e ter persistência, intensidade e dedicação. Segundo Freud, as ideias criativas fazem parte de um processo primário de nossa psique, relativo à nossa parte inconsciente, acessada através de sonhos ou algumas psicoses e estados alterados da consciência. No entanto, ideias criativas necessitam ser viabilizadas e aí entra o que Freud chamou de processo secundário, ou seja, aquele em que a mente está desperta, consciente e apta a fazer uso da lógica comum. A junção dos processos primários e secundários – do emotivo, que leva à imaginação ao racional, que leva à concretude – é que permitem que o processo criativo aconteça e realize novas ideias. Hoje o mundo não depende mais da existência de gênios isolados. Pesquisas, persistência e intensidade da dedicação ao trabalho, caracterizam os grupos criativos, que inovam nas artes e na ciência. Verdadeiros gênios são aqueles que promovem e favorecem a troca de informações e descobertas, num processo de cooperação, compartilhando seus conhecimentos com toda humanidade. Pois, como dizia o escritor francês Victor Hugo: “Pode-se resistir a exércitos, mas não a uma ideia cuja hora chegou”.
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Perdidos no espaço Crônicas do Brasil
Heródoto Barbeiro Jornalista/Historiador
Heródoto Barbeiro é âncora e editor-chefe do Jornal da Record News, em multiplataforma
Foto: Arquivo
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Este é o impacto que as mídias sociais estão provocando no jornalismo mundial, e também no brasileiro. Quem pensou que as mudanças iriam se restringir do papel e tinta para o digital, se enganou. Isto foi apenas o início das profundas transformações que a comunicação vive no século 21. Os meios de comunicação tradicionais ou se aliam com os poderosos Google, Facebook, Twitter, ou correm os riscos de perecer. Nem mesmo criar os próprios aplicativos é suficiente nessa competição global. De roldão as mídias regionais ou locais ganharam status mundial, uma vez que podem ser acessadas em Timphu, Yangon, ou Taiaçupeba. Do outro lado as gigantes se capilarizam e divulgam notícias locais, paroquiais ou do quarteirão. No atacado ou no varejo elas levam vantagens evidentes. Confira aí no seu celular. As grande empresas de tecnologia não se conformam mais de apenas transportar notícias, mas de produzi-las. É como se o motor do carro ganhasse autonomia e controlasse o veículo. Nunca na história da humanidade existiu tantos pontos de emissão de informações e notícias. Uma das consequências é que a censura, explicita ou não, sofreu um duro golpe. Ficou difícil esconder fatos. Alguém publica em algum lugar e em alguma plataforma. Muitas chegam via Whatsapp. A facilidade de publicar, seja lá o que for, deu chance para que um conteúdo de baixa qualidade jornalística ganhasse amplo espaço e se misturou com o jornalismo que persegue a isenção e o interesse público. Com isso cabe ao público separar o joio do trigo e prestigiar o trigo, parafraseando Mark Twain. É verdade que com a grande quantidade de informações circulando, cópias idênticas e falsas de fotos, desenhos, infográficos,
logotipos, brasões, símbolos, a possibilidade de se acreditar em uma fake News aumenta. Hoje elas são produzidas em escala industrial. Nos bastidores dos bits e bytes atuam os algoritmos que buscam selecionar e entregar aos consumidores os assuntos e notícias que mais gostam. Tentam identificar suas preferências de roupas, partido político, local de passar férias ou ideologia. A inteligência artificial veio para tomar o lugar de muitas atividades, inclusive nas redações. As organizações de notícias tradicionais no futuro podem perder a autonomia a não ser que haja uma reversão de tendências de consumo de informações. E isto parece que não está acontecendo. O mesmo se dá com o mercado publicitário, responsável pela sobrevivência das empresas como tais. As empresas jornalísticas contribuem para a sua própria falta de sustentabilidade econômica. Para que um conteúdo ganhe um grande público, é preciso que ele viralize. E para tanto é necessário o trânsito pelas plataformas sociais. Assim é fortalecer o concorrente, uma vez que as plataformas ainda não produzem conteúdo suficiente para substituir as empresas tradicionais. Mas estão a ca-
minho. Assim como os filmes em streaming estão solapando a indústria de cinema tradicional de Hollywood e congêneres. Já batem à porte do Oscar. A internet, aparentemente, tirou o controle da produção de noticias de poucos e o transferiu para muitos. Isto até foi verdade no início da era da internet, mas com o agigantamento das empresas de tecnologia, o desenvolvimento da inteligência artificial e a facilidade de acesso às redes através dos equipamentos móveis, tudo mudou. Há a ameaça do domínio do ecossistema jornalístico por um pequeno número de plataformas que exercem uma grande influência no público. Há a ameaça de se ter migrado de um cartel de empresas jornalísticas analógicas para um cartel de empresas digitais. Se correr...
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D.Pedro II no Monastério de Saint Sabbas - 1876 Nosso Mundo, Nossa Cultura
Reuven Faingold Historiador
Desencavar, transcrever e comentar o Diário de Viagem à Terra Santa (Diários 18-19, maço 37, doc. 1057) redigido por D. Pedro II, nos permitiu revelar a curiosidade intelectual, a sensibilidade artística e o empenho do monarca em desvendar a humanidade, em toda sua extensão. Escrito em 1876 o Diário retrata um homem despojado de mordomias que, apesar de rei, dormiu em barracas, hospedou-se em hotéis de 5ª categoria, cavalgou 7 horas diárias, arriscou-se a enfrentar beduínos, frequentou banhos turcos e colecionou souvenirs. O Diário -guardado no Museu Imperial de Petrópolis- faz parte da 2ª grande viagem internacional, na qual D. Pedro II visita, em 18 meses, mais de 100 cidades em quatro continentes. Na ocasião, anotou impressões dos 24 dias no Líbano, Síria e Palestina otomana, percorrendo quase 500 quilômetros; marca significativa para uma comitiva com mais de 200 pessoas. Providenciar água, comida, hospedagem e segurança, para tanta gente, era uma operação de guerra. Na época, D. Pedro não era jovem, já tinha 50 anos. Mesmo assim, não reclamou do cansaço, aproveitando cada minuto de sua peregrinação. Em 29 de novembro de 1876, a comitiva brasileira passou por uma experiência única: o grupo visitou o imponente monastério de Saint Sabbas (456 d.C), localizado nas montanhas de Moab, próximo de Jerusalém. Para chegar, caminha-se ao longo das ribanceiras secas do rio Cedron. O convento é um labirinto de cavernas, câmaras e galerias no meio do deserto. O padre Samuel Manning (18221881), que o visitou em 1873, afirmou: ‘only an inmate of the convent can find his way from one part to another’ [somente um morador do convento pode
achar o caminho de um lugar a outro]. Para fazer o tour por Saint Sabbas, a comitiva dividiu-se temporariamente, pois o percurso seria difícil e o regimento do lugar proibia a entrada de mulheres. A imperatriz Teresa Cristina e as suas aias ficariam fora do passeio. Mais um obstáculo: Ninguém seria recebido ali sem a permissão oficial do Patriarca de Jerusalém. O Diário de Viagem à Palestina relata a solene entrada da comitiva brasileira no recinto, recebida com repiques e duas tochas acesas. O encontro de D. Pedro II com os monges foi tranquilo. O cheiro de incenso impregnava os corredores e, ali, 60 frades gregos esperavam-no com impaciência. O soberano apreciou bandos de melros, cujos ninhos ocupavam os buracos das ribanceiras e comiam nas mãos de monges gregos. Rezavam numa capela, minuciosamente examinada pelo monarca, e aproveitavam espaços do rochedo para construir suas casas de madeira e plantar flores e arbustos. Num outro canto do convento, D. Pedro II distinguiu um dos símbolos do monastério: a histórica palmeira de Saint Sabbas, que segundo o imperador ‘é uma palmeira bastante alta que se curva para trás como que precisando do encosto da parede’. Já dentro do convento, D. Pedro II pediu para conhecer a biblioteca. Sob um silêncio constrangedor, por parte dos monges que nada explicavam; ele analisou textos dos Evangelhos, Sermões e outros tantos livros sagrados, guardados numa pequena sala. Sua Majestade desejava mais informações sobre os manuscritos, porém nada obteve dos anfitriões. Depois de muita insistência, o único frade que falava o francês, permitiu que Karl Henning, 3º mestre de hebraico de Pedro II, examinasse outra coleção de livros. Garimpou manuscritos que o frade afirmou existirem só impressos. Segundo o Diário ‘tal repugnância poder-se-á explicar pela vergonha que eles tenham de não haverem aproveitado, por ignorância, as riquezas literárias que possuam’. As palavras do monarca ecoavam com força e indignação. Embora o Orien-
te Médio fosse francófono, apenas um dos 60 monges falava o francês, serviu de intérprete e se convenceu que ele, como os demais, não conheciam as valiosas coleções de manuscritos, passando por momentos de constrangimento intelectual. Através de Samuel Manning, um religioso inglês que visitou Saint Sabba s, três anos antes da comitiva brasileira, sabemos que os frades eram pouco hospitaleiros. Sobre o acervo, Manning, na obra The Holy Fields: Palestine, disse: ‘Apesar de existir uma valiosa biblioteca, ela me parece completamente inútil, pois a maioria dos ascetas é incapaz de ler; e o seu único passatempo consiste em beber raki e alimentar pássaros (melros) e chacais, que são muito numerosos’. A escritora britânica Harriet Martineau (1802-1876), fez também entre 1846 e 1847 uma viagem ao Oriente Médio. Estudiosa do antigo Egito e dos lugares bíblicos, ela foi das poucas mulheres a burlar o regulamento e visitar o convento, expressando desapontamento com seus moradores. Num trecho da obra Eastern Life (1848) chegou a dizer: ‘the monks are too holy to be hospitable’ [os monges são muito sagrados para serem hospitaleiros]. Nota de falecimento Dudu Balochini Faleceu nesse sábado (31/8) aos 58 anos deixando um enorme vazio em nossas vidas Matemático, começou como programador. Engajado no movimento de software livre e em Linux desde o final dos anos 90. Um dos primeiros empreendedores de serviços na internet por volta de 1997, quando criou a WEBrazil. Participou da criação dos projetos OLPC (One Laptop per Child) e Techsoup Brasil, engajadas na inclusão digital. Criador do site Totalidade e por fim o SeniorGeek.
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Após a visita a Saint Sabbas, a comitiva brasileira rumou até Jerusalém para dar continuidade à viagem de peregrinação. Concluindo, observamos que as opiniões de D. Pedro II, Harriet Martineau e Samuel Manning, coincidiam: a ignorância e o despreparo cultural dos monges de Saint Sabbas eram gritantes.
Foto: Divulgação
magazine 60+ #3 - setembro/2019
Não deixe que as pessoas te façam desistir daquilo que você mais quer na vida. Acredite. Lute. Conquiste. E acima de tudo, seja feliz.
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As vantagens de uma alimentação vegana Vida Saudável
Cida Tammaro Adm. de Empresas
Ser vegano não é de todo estranho. A dieta sendo balanceada, correspondendo aos níveis exigidos pelo corpo, de calorias e proteínas, não existe problema algum em considerar essa opção de alteração alimentar, sem carne. Essa troca, pode facilitar vários aspectos de sua vida, desde que você forneça ao seu organismo quantidades balanceadas de proteínas, carboidratos e lipídios. Deixar de ser consumidor de carnes para uma dieta vegana, parece radical, mas está longe de ser perigosa. Tanto na dieta carnívora ou vegana, os alimentos devem ser contrabalanceados pois, nas duas, podemos ter deficiência de nutrientes. É difícil se tornar vegano, de uma hora para outra, mas podemos começar de uma forma lenta, nada drástica, tirando a princípio produto de origem animal, uma vez por semana, progressivamente, até chegarmos aos sete dias da semana, com o organismo já habituado. Nesse período, penso que devemos procurar receitas de pratos veganos, começar a frequentar restaurantes que também tenham opções
veganas e ampliar nossa visão de mundo, procurando informações sobre cuidados diversos com nosso organismo, com os animais e com o planeta. É conveniente o acompanhamento com um profissional capacitado, que poderá orientá-lo nas escolhas, dentro do seu gosto e necessidade de seu organismo. A nutróloga Laura Ohana, destaca alguns benefícios dessa dieta: - redução do risco de diabetes tipo 2. - facilidade de atingir o peso adequado. - melhora no controle da pressão arterial. - maior controle do colesterol. - redução dos riscos de doenças cardiovasculares. - redução do risco de alguns tipos de câncer. - maior consciência na alimentação. Quando mudamos, o mundo ao nosso redor também muda. Toda mudança consciente, com olhar para o futuro, é muito bem vinda. Somos o conjunto de nossas escolhas.
Longevidade, hormônios, estudos, saúde, revolução... e mídias
Novas ideias Beneh Mendes
O novo objeto de estudos, pesquisas, avaliações e propostas das mais diversas chama-se Geração Baby Boomers. São pessoas nascidas entre 1940 e 1960, e que estiveram inseridos em todos acontecimentos que tocaram essa geração, entre elas a Guerra do Vietnã, o advento da televisão, A Guerra fria, o movimento Hippie, as drogas num momento romântico, a pílula e a liberdade sexual, que nasceram impulsionados pelo Rock´n´roll. Essa geração contestadora e ao mes-
mo tempo ameaçadora, por não seguir padrões comportamentais vigentes e ter um olhar diferente do mundo, em busca do direito individual de liberdade e manifestação livre do pensamento, gerou em todo mundo uma nova e ameaçadora cultura. A mídia e a propaganda, entretanto, transformaram essa rebeldia em “produtos” e venderam muito no mercado mundial. Ainda assim, não mataram o germe plantado em nossas consciências, nosso físico e nossos sonhos. A geração Baby Boomer arejou comportamentos, instituiu novas formas de ver e lidar com a vida e buscou realizar seu sonhos, se debatendo entre as obrigações do trabalho, família
magazine 60+ #3 - setembro/2019 e um estado latente de rebeldia que beirava a inconsequência, para escândalo de pais, mestres e establishment, que assistia horrorizada a degradação dos costumes e os novos tempos. Pois bem, hoje essa geração com 60, 70 ou mais anos, volta a colocar as manguinhas de fora, já que mesmo tendo família, profissão, status e muitos quilômetros rodados, se negam a ser “velhinhos”, como foram seus pais, familiares e a sociedade de antigamente. É a “New Old Age Revolution”, uma nova revolução, feita pelos Baby Boommers, dos costumes e dos padrões esperados para esses sexagenários. E isso criará um atalho referencial para as novas gerações, pois os guerrilheiros estão em ação com apoio da longevidade e busca de ser e manifestar seu poder e sua contribuição para os novos velhos de amanhã. É uma “Geração Resistência” que traz à tona, graças, claro, à melhoria geral da alimentação, saúde e por que não dizer consciência de seu estar no mundo, uma nova bandeira: “Só é velho se quiser”, ou melhor, enfrente essas definições com o coração aberto e o desejo de serem desbravadores de uma nova e poderosa mentalidade que está sacudindo o mundo. Até as definições, as sinalizações de locais, os mais diversos foram chacoalhados, obrigando-os a se reinventarem na forma de representarem os 60+ e terem, com essa geração, mais admiração e até um início de respeito. Bengala representa dificuldades de locomoção, mas não para um jovem de 60 ou 70 anos, neste momento. A ideia da longevidade trouxe, em si, estudos e mais estudos, buscando entender, criar padrões, estruturar cuidados e acima de tudo implantar consciência de que só longevidade não basta, é preciso ter saúde, interesses, amigos, projetos e, por que não dizer, ousadia de viver um novo tempo, como se fosse um eterno jovem: sonhando... É claro que o “olho voluptuoso do mercado”, por onde escorre sangue, envolve tudo, inclusive a contracultura ou os novos velhos, transformando-os em produtos que alimentam a cobiça nesse novo “nicho”, que há 10 anos não era notado. Envolvem, usam o marketing e engolem a revolução que se inicia. Viramos produto de interesse da mídia, das empresas e das agências, e isso se não matam sonhos, domesticam atitudes e transformam a ousadia em normalidades a serem digeridas. As palavras são muitas para, cientificamente ou por outros critérios, expor o fenômeno da longevidade. Não vou discorrer aqui, porque existe o dicionário online e você poderá aproveitar para fazer pesquisa sobre isso, o que será muito bom para seu cérebro, já que ler e aprender novos conteúdos também nos auxiliam numa longevidade saudável. Dentro das pesqui-
16 sas foram definidos 4 Pilares da Longevidade Saudável. Coloco-os aqui, com alguns adendos meus, já que concordo com eles, mas acrescento outras atitudes e hábitos que vão enriquecer ainda mais seu amanhã. Os 4 Pilares da Longevidade Saudável, de acordo com pesquisas feitas no mundo todo, são: Alimentação (Comida pode curar, além de alimentar): Exercícios (Sem dúvida, oxigena, abre espaços, auxilia coração, circulação e outros); Dançar (As pesquisas indicam dançar, que também é exercício. Concordo, mas e a “Música?”, sem ela não se dança e ela pode ajudar a curar e gerar muita felicidade); Meditação (Sem dúvida, uma ferramenta de felicidade, equilíbrio e que foi negada por milhares de anos pela “ciência” e que agora ganha seu merecido lugar de destaque e até para auxiliar na mudança do mundo e das consciências). Além disso, a meditação é apoio em processos de doenças já instaladas, é preventiva para que doenças não se manifestem ou são anteparos, para que elas ocorram de forma menos devastadoras. Enfim, é a bola da vez, também. Para mim faltam dois hábitos importantes e transformadores, que geram mudanças profundas e são coadjuvantes de uma Longevidade Saudável, que são: “Água”. É fonte de vida. Somos mais água que outra coisa. Estados de demência, parecidos com Alzheimer, podem vir da falta de água. Seus intestinos e sua circulação precisam da água. Crie o hábito e beba; Outro hábito transformador, que todo organismo necessita e sem ele também não há vida é a “Respiração” (Respiramos muito mal, estados de angústia, falta de energia, má circulação podem estar ligados à respiração. Respire e não pire). Bom se você adotar os hábitos acima vai gerar os hormônios como Dopamina, Oxitocina, Serotonina e Endorfinas. Não sabe o que são? Boa oportunidade para pesquisar e auxiliar sua mente e seu corpo, na busca do que você merece, ou seja: Felicidade e uma Longevidade Saudável. Você pode, também, obter os 4 Pilares e melhorar tudo isso através da Arte Terapia do Bambu Sagrado, ganhando consciência, disciplina, controle dos pensamentos e da ansiedade, flexibilidade (física, mental e emocional), postura e alongamento. Existem outros métodos, mas essas Práticas Físicas, a Filosofia e a Meditação do Guerreiro são transformadoras e espero, ainda, que auxiliem muitos jovens a chegarem lá: longevos e saudáveis. Como dizia meu Mestre do Bambu Sagrado: “Não existe saúde, sem saúde emocional”
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O teatro no Brasil Teatro
Alice Denesacz Tec. Cabeleireira
Durante muito tempo, o teatro brasileiro limitou-se a ser uma imitação do teatro europeu. No período colonial, iniciou-se com o teatro didático, dos jesuítas, destacando-se o grande autor, professor e catequizador, Padre José de Anchieta (1534-1597), até o Século XVI. Após esse período, surgem então alguns autores de origem espanhola e, posteriormente, já no Século XVIII aparece um teatro regular, popular, com o estabelecimento das primeiras casas de espetáculos, com empresas e elencos estáveis e com acentuada influência dos teatros francês e italiano. Antônio José da Silva (1705-1739), de Judeu, foi a figura mais notável da época com relevante papel na formação do teatro brasileiro, com suas Comédias e Tragédias. No Século XIX Martins Pena foi um grande representante da comédia de costumes brasileira e, a seguir, Artur de Azevedo, que conduziu ao auge a estética brasileira, através do teatro de revista, a partir de O Mandarim, em 1884, quando passou a conquistar um público mais popular. De 1900 a 1930 lideravam as comédias de costumes, para um teatro denominado de teatro ligeiro, formal e sem muita definição de estilo, o que levava a crítica a deduzir e a falar de decadência. Nos idos de 1920, o teatro brasileiro seguia isolado, tanto da modernização que ocorria na europa, como dos movimentos políticos do País, exceto por alguns movimentos individuais, com temas marxistas, de sexo ou de divórcio e até teses Freudianas. Vale salientar a peça de Flávio de Carvalho, em 1933, O Baile do Deus Morto, que criticava o poder e sua influência sobre a moral e a religião, que motivou o fechamento do teatro, pela polícia, em sua terceira apresen-
magazine 60+ #3 - setembro/2019 tação. Essa peça, entretanto, foi o mote principal para a criação de A Morta e o Rei da Vela, de Oswald de Andrade, em 1937. A partir das décadas de 1940 e 1950 temos maior número de bons autores, como Joracy Camargo, Nélson Rodrigues, Jorge Andrade, Ariano Suassuna, Dias Gomes,Oduvaldo Viana Filho (o Vianinha), Millôr Fernandes, Plínio Marcos, Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. 1948 – TBC Teatro Brasileiro de Comédia , fundado por Franco Zampari (1898-1966), de origem italiana, que era também proprietário da CIA Cinematográfica Vera Cruz. Inicioucom um grupo amador, depois profissionalizado em 1949, como Sociedade Brasileira de Comédia com ênfase dirigida a encenação de grupo, com montagens e produções grandiosas. A crise na CIA Cinematográfica , derrubada pela concorrência norte americana , afetou também o TBC. Atores e diretores desvincularam-se e formaram suas próprias Companhias. 1957 –Teatro Experimental TBC tenta obter lucro com peças nacionais, dirigidas por Walmor Chagas Matar de Paulo Hecher Filho e Do outro lado da Rua de Augusto Boal, dirigida por Flávio Rangel. 1958 – TBC em crise, completa 10 anos, Franco Zampari se afasta por motivos de saúde e, após fracassos, assume como diretor artístico Flávio Rangel, propondo e realizando reformas. Inicia nova fase com “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes (1922-1999). Após altos e baixos, o TBC é obrigado a encerrar suas atividades e a Companhia se dissolve. Os atores e diretores que passaram pelo TBC modificaram o cenário do teatro, no Brasil, seguindo com suas carreiras, obtendo sucesso inclusive na televisão. Cacilda Becker, Paulo Autran, Clóvis Garcia, Renato Consorte, Cleyde Yáconis, Sérgio Cardoso, Célia Biar, Nydia Licia, Maria Della Costa,Tonia Carrero, Raul Cortêz, Fernando Torres que já não estão entre nós deixaram lembranças memoráveis tornando e eternos através do legado de sua Arte e citando os uma forma singela de homenageá-los. Fernanda Montenegro segue brilhando, nos brindando com seu talento, exemplo de longevidade, produtiva e saudável, com ativi-
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Foto: arquivo
dades constantes e reverenciada, pelo público brasileiro, merecidamente, por seu trabalho no cinema e no teatro. Teatro de Revista - Procópio Ferreira (1898-1979) oriundo do circo, fundou uma importante Companhia e, como diretor de teatro, ator e dramaturgo, personalista ,era o grande astro, encenando temáticas nacionais, com estilo hollywoodiano, com vedetes emplumadas, descendo escadarias no meio de grandes conjuntos de músicos, bailarinos e figurantes. Seu maior sucesso Deus lhe Pague, a história do mendigo milionário. Encenava também clássicos, como Ö Avarento, de Moliére (1622-1673). Bibi Ferreira (1922 - 2019), filha de Procópio, uma artista completa, sendo atriz de cinema e de teatro, cantora, apresentadora, diretora e compositora, colecionou vários prêmios e troféus, de 1952 a 2014 e é reconhecida como a Grande Dama do Teatro Brasileiro. Estreou no teatro em 1941, aos 19 anos de idade e atuou, também no teatro Maria Vitória, de Portugal, de 1957 a 1960. Na década de 70, Bibi alternou entre atuação e direção de diversas peças. Sua atuação em PIAF lhe rendeu os prêmios Mambembe e Molière, em 1984. Na década de 90, encenou e dirigiu vários espetáculos, inclusive dirigiu sua primeira Ópera, Carmen, de Georges Bizet. Em 2007, Bibi Ferreira, afastada do teatro de comédia, há 50 anos, volta ao palco, dirigida por Jô Soares, com Às Favas com os Escrúpulos (texto de Juca de Oliveira). A partir de 2010, com 88 anos, Bibi passa a focar sua carreira em apenas um personagem, como Edith Piaf, Amália Rodrigues e Frank Sinatra e em 2015 foi reconhecida, na lista das 10 Grandes Mulheres que marcaram a história do Rio de Janeiro. Exemplo de longevidade e atuação, aos 95 anos de idade fez sua última turnê “Bibi- Por Toda Minha Vida” e faleceu em fevereiro de 2019, aos 96 anos de idade. Teatro de Arena – 1953 fundado por José Renato (1926-2011) constituiu forte oposição ao TBC. Seu teatro era dirigido à classe média, com produções econômicas , tendo surgido da união de Alfredo Mesquita na área pedagógica com Franco Zampari na área empresarial. 1956- Fase realista peças modernas de autores estrangeiros, utilizavam o Método Stanislavsky. 1960- Fase nacionalista objetivo de criar
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Bibi Ferreira encenando Edith Piaf uma dramaturgia nacional. Nesse momento nascia a Bossa Nova e o Cinema Novo Nacional. Depois vieram os clássicos como A Mandrágora (Maquiavel), Ö Tartufo (Moliére), O Inspetor Geral (Gogol), todos adaptados à realidade brasileira. Em seguida vieram os musicais como Ärena conta Zumbi (Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal) com música de Edu Lobo. Todas as etapas do ARENA foram ligadas ao desenvolvimento social e intenção de tornar viável, novamente, o teatro no Brasil. Criou o sistema Coringa, onde o ator não tem papel definido, vai mudando de personagem conforme a necessidade da cena. Destacaram se Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho, Flávio Migliaccio, Milton Gonçalves e Nelson Xavier. O Teatro de Arena exibiu Musicais, Opinião, com o Grupo Opinião do Rio de Janeiro, com Nara Leão, Maria Bethânia, Zé Kéti e João do Vale, o famoso Arena Canta Bahia com Gilberto Gil,Caetano Veloso,Gal Costa,Tom Zè e Pitti, depois, Tempo de Guerra - com Maria Bethânia, e a seguir, ainda no sistema Coringa, Ärena Conta Tiradentes. O Teatro de Arena de São Paulo existiu até o ano de 1972 . Sua última experiência foi o Teatro Jornal. Hoje, o Teatro Experimental de Arena Eugênio Kusnet, com cerca de 90 lugares, tem programação estabelecida por seleção pública de projeto, tem espetáculos gratuitos ou a preços populares, com acesso por ordem de chegada e não aceita reservas.
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Os cafés mais caros do Mundo Nosso cafézinho
Cida Castilho Barista
Quem diria que teríamos cafés considerados especial e exótico, de muita qualidade, vindo das fezes de animais!!! Pois é, nesta edição eu vou informar-lhes sobre o charme crescente no setor cafeeiro mundial. Vamos lá! Antes, vale salientar que, de acordo com a BSCA (Associação de Cafés Especiais do Brasil), café especial é aquele que cumpre uma série de critérios para obter uma certificação. Alguns desses critérios, para as fazendas cafeeiras, são: responsabilidade social, sustentabilidade e rastreabilidade, conhecimento sobre os cuidados com reflorestamento, pesticidas orgânicos, enfim, ter uma lavoura muito bem cuidada, para fornecer qualidade ao consumidor, além da existência de escolas e creches e ausência de trabalho infantil. Pode-se, também, obter o selo de qualidade da BSCA, a partir da bebida aprovada e com notas acima de 80 pontos, cuja qualidade diferenciada já lhe garante o selo, ou seja, podese certificar o café, sem certificar a fazenda e vice-versa. Agora, vamos falar de alguns cafés exóticos. Hoje, um dos cafés mais caros do mundo é o chamado Kopi Luwak. Sua produção é no arquipélago da Indonésia e ilhas de Sumatra, Java , Bali. O curioso sobre esse café é que ele é produzido a partir das fezes de um animal chamado Civeta. É um mamífero que se alimenta das cerejas do café e, em seu processo digestivo, absorve a polpa, eliminando a semente (grão do café), reaproveitada no processo da produção, deixando a bebida com notas de frutas, zero de acidez e pouco amargor, tornando-o único e especial. A baixa e trabalhosa produção, de apenas 230 quilos ao ano, é o que faz elevar seu preço. Baseado no sucesso da Indonésia, o Brasil também produz um café derivado das fezes de uma ave, chamada Jacu. O café, de nome Jacu Bird, é derivado de um processo digestivo semelhante, desta ave, que ao ingerir as sementes da fruta (grãos do café), ab-
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sorve ácidos e enzimas, garantindo-lhe baixa acidez, pouco amargor e doçura à bebida, rica em notas de jasmim. Esses grãos de café, expelidos pelo animal, estão super protegidos pela película chamada de pergaminho. A maior produção é realizada em Camocim, no Espírito Santo, com o orgulho de os animais não viverem em criadouros. Também devido ao alto custo de produção, um quilo deste café tem o preço bem elevado. O Jacu Bird está, hoje, cotado entre os mais famosos e mais caros. Continuemos, agora, com o café com o preço mais alto do mundo, o qual é produzido através das fezes de elefante. Na Tailândia, o café das fezes de elefante, o Black Ivory Coffee (marfim preto) ou Café Mármore Negro, chegou para ser o mais caro do mundo, pois as enzimas do elefante conseguem quebrar a proteína do café, deixando-o menos amargo. Antes de surgirem os cafés exóticos, tínhamos como o café mais caro do mundo o Blue Mountain Coffee. Ele é produzido na maior cordilheira da Jamaica, com 45 km de extensão, em uma altitude que varia entre 1.800 a 2.200 m, na cordilheira de Blue Mountain. Ele é considerado um dos cafés gourmet mais populares do mundo, pelas características sensoriais interessantes, com notas de frutas cítricas, corpo leve e baixo amargor, acidez extremamente controlada ao longo do processo, com preço mais acessível que os demais. O preço do quilo desses cafés variam entre US$ 200 e US$ 2.900 (de R$ 800 a R$ 11.600). Uma xícara desta exótica bebida custa em torno de R$ 30,00. Assim, fica aqui o resumo de alguns dos cafés mais exóticos do mundo. Quem gosta de café pode, hoje, encontrar esses e outros cafés gourmet e exóticos, em vários pontos de venda de cafés especiais, no País. Beba sem moderação.
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O que sabemos do “outro”? Dia a Dia
Nuria Torrents Artista visual, Escultora e Psicóloga Junguiana Aposentada como Advogada
Divulgação
Em tempos de internet e do crescimento dos app sobre relacionamento aparecem as discussões sobre segurança e as preocupações de que o “outro”, que aparece no app, é verdadeiro, real e não vai ser “perigoso”. No caso famoso de Ted Bundy, nos idos dos anos 60/70, sem internet, “face to face” ele enganou dezenas de mulheres e algumas chegaram a defendê-lo quando de seu processo, não querendo acreditar nas denúncias que apareciam contra ele. A pergunta que não quer calar é: o quanto sabemos do outro, não importa de que maneira foi o primeiro contato. Esse outro será totalmente revelado um dia? Um dos significados de “revelar”, no dicionário, é: Fazer aparecer a imagem no negativo ou numa cópia fotográfica. O negativo é a nossa “sombra” (lado sombrio de nossa personalidade, nem sempre perigosa, como o caso do serial killer) e que, muitas vezes, passamos quase a vida toda para termos consciência dela e a “revelarmos” a nós mesmos. Este caso, do filme, é algo muito grave ligado a aspectos psicóticos, de uma personalidade extremamente narcisista e psicopata. É o caso extremo, mas ele tem o aspecto sedutor, que fez com que muitas mulheres o defendessem, com todas as evidências cristalinas apresentadas. Deixaram-se levar pelo discurso enganador, que vem combinado com a personalidade psicopata. Pensemos em pessoas comuns e como devemos tomar certos cuidados, com os sinais que os comportamentos e as reações a situações adversas que esse outro revela. E esses cuidados devem ser físicos e psíquicos. O que me fez lembrar de outro filme, muito elucidativo de aspectos
sombrios do “outro” que vão se revelando de maneira muito sutil, induzindo a protagonista a duvidar de si mesma ( “À meia luz/ Gaslight,”de 1944). O termo “gaslight”, hoje, é usado em psiquiatria e psicologia para situações de abuso psicológico. Em tempos sombrios, todo cuidado é pouco. “Ted Bundy: a irresistível face do mal”( 2019) (nos cinemas) sinopse: Cinebiografia de Ted Bundy (Zac Efron), serial killer que matou, pelo menos, 30 mulheres em sete estados norte-americanos durante a década de 1970. Bundy se tornou famoso em todo o país, em parte por causa da fama de sedutor, que levou a conquistar várias fãs, e em parte por ter efetuado sua própria defesa nos tribunais. A trajetória do psicopata é contada pelo ponto das mulheres que amou: Liz Kendall (Lily Collins), com quem se casou, e Carole Ann Boone (Kaya Scodelario), amante que o apoiou durante o longo julgamento nos tribunais. seriado/documentario: “Conversando com um serial killer: Ted Bundy (netflix) À meia luz/ Gaslight (1944):A bela e ingênua Paula Alquist (Ingrid Bergman) conhece o vivido Gregory Anton (Charles Boyer) e, após um curto namoro, se casam e passam duas semanas de lua-de-mel na Itália, onde Paula estudou ópera. Voltando a Londres, o casal se muda para a casa de uma tia de Paula, que foi uma famosa estrela de ópera e que também foi morta.
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A terapia artística na linha antroposófica O olhar do Terapeuta
Lais Herrera Terapeuta Artística
“No pensar, lucidez No sentir, afeição No querer, ponderação Se eu aspirar estas três, então poderei esperar saber orientar-me corretamente, nas trilhas da vida, frente a corações humanos, no âmbito do dever. Pois lucidez, provém da alma, afeição mantém o calor do espírito, ponderação revigora a força vital. E tudo isto, aspirado na confiança em Deus, conduz nos caminhos humanos, a bons e seguros passos na vida. ” Rudolf Steiner A Terapia Artística é um caminho de autotransformação e cura, através dos elementos das artes plásticas (desenho, pintura e modelagem). Pelo fazer artístico, orientado, caso a caso, é possível entrar em contato com os benefícios das cores, através da pintura; ou das forças primordiais da criação, através da modelagem em argila, enfim, lidando com os elementos das artes plásticas, num processo ativo, onde o paciente é o agente do seu desenvolvimento. Ele toma decisões o tempo todo, tanto ao escolher a cor que vai usar ou aonde colocar essa cor no papel, além da forma, como usar mais ou menos água, em caso da aquarela. Nada passa sem a observação atenta do terapeuta, que nota, por exemplo, a maneira de pegar
Foto: enviada pela colunista
Terapia Artística
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no pincel, a quantidade de água utilizada, a quantidade de pigmentos usados, tornando o trabalho mais intenso, até bem diluído, além do estilo da pincelada (longa, curta, rápida, reta ou curva, etc.). No caso de modelagem em argila, a quantidade do material, a facilidade ou dificuldade em dar forma ao barro, se as formas são baixas ou altas, se tem base ou não, se são firmes ou tem pouca estrutura. Tudo isso sem entrar no julgamento do certo/errado, bonito/feio, o terapeuta artístico observa o processo e fundamenta com os estudos que têm sobre a Antroposofia para, a partir dai, auxiliar o paciente a dar novos passos, em direção ao equilíbrio. Um exemplo seria onde há um excesso de rigidez, levar aos poucos o paciente a experimentar a fluidez, até chegar numa maior flexibilidade, sempre através do fazer artístico, onde ele se permita vivenciar algo novo. No nosso próximo número falarei dos fundamentos da Antroposofia, para podermos entender um pouco mais sobre a constituição humana, segundo Rudolf Steiner e como tudo isso amplia o olhar do terapeuta. Bibliografia: Site da Associação Brasileira dos Terapeutas Artísticos Antroposóficos-AURORA Site da Sociedade Antroposófica no Brasil Lais Herrera - Terapeuta Artistica herrera.lais@gmail.com www.espacoclaraluz.com.br Cel/Whatsapp: (19) 99648-7720
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Muitos tons de cinza Longevidade
Juliana Acquarone especialista no mercado da longevidade
vistamos centenas de pessoas nas faixas etárias mais avançadas para diversos projetos de pesquisa. Homens e mulheres na casa dos 50, 60, 70 e 80 anos, de diferentes classes econômicas, regiões e bagagem cultural, vêm nos ensinando que o processo de envelhecimento é extremamente diverso. Muito além da idade cronológica, as experiências de vida na maturidade e na velhice são marcadas pela história individual, que tem impacto determinante nas escolhas, preferências e comportamentos de cada um. Enquanto muitos sexagenários têm sua experiência fortemente associada ao exercício da “avosidade” – que quase unanimemente é um mar de delícias e encantamento – outros exercem com grande apreensão o papel de filhos de pais em velhice avançada, muitas vezes associada a quadros de perda funcional e cognitiva – uma vivência sem muitos precedentes, pois viver além dos 80 era, até pouco tempo, uma raridade. Da mesma forma, muitos dos nostherapiezentrum-waldheim.de
Com o acelerado envelhecimento da população brasileira, surgem diversas mudanças na estrutura da nossa sociedade. Além de corresponderem a uma grande parcela da população – atualmente ¼ dos brasileiros têm mais de 50 anos, somando um contingente de mais de 50 milhões de pessoas – a população mais velha começa a ocupar novos espaços e subverter algumas premissas sobre as formas de vivenciar as diversas fases da vida. Há apenas algumas décadas, a população idosa era, além de minoria numérica, pouco representativa no espaço público. A aposentadoria era um grande marcador, a partir do qual a vida seguia um curso mais ou menos preestabelecido, de redução das atividades e do exercício de papéis sociais. O curso da vida obedecia a uma lógica linear, em que a infância e adolescência eram dedicados à formação e capacitação profissional, a juventude e vida adulta dedicadas à formação da família e ao trabalho, e a velhice, após a aposentadoria, era dedicada ao descanso e lazer. Neste contexto, as atividades exercidas pelos aposentados eram mais circunscritas à vida privada das famílias, com pouco impacto e representatividade na esfera social mais ampla. Nos últimos anos, porém, ganhamos o bônus da longevidade. Desde 1960, a expectativa de vida, ao nascer, no Brasil, aumentou de 54 para 76 anos! Ou seja, ganhamos 22 anos, em um período de pouco mais de meio século. É curioso observarmos como estamos vivenciando esse bônus, diante deste fenômeno, sem precedentes. Durante os últimos 3 anos, entre-
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sos entrevistados, na casa dos 70 anos, exercem um papel econômico importante em seu núcleo familiar, mantendo-se como provedores financeiros de filhos e netos; já outros, dependem da ajuda dos mais jovens para suas despesas regulares. Diferente do que se possa pensar, tais arranjos são encontrados em todas as classes sociais: muitas vezes em famílias de menor renda, os mais velhos
magazine 60+ #3 - setembro/2019 que contam com benefícios sociais, como pensão ou aposentadoria, são a segurança do orçamento do domicílio, onde os mais jovens não têm renda fixa. Outra característica muito determinante na forma de viver a velhice é a condição de saúde. Na mesma classe social e faixa etária encontram-se diferentes graus de autonomia e independência, que interferem de maneira muito direta nas possibilidades de vivência e nível de satisfação com a vida. Além disso, as características de personalidade e plasticidade também variam muito, e os mecanismos de resiliência, enfrentamento das adversidades, compensação das perdas e determinação de metas e objetivos são muito diferentes, mesmo entre pessoas com idades, condição de saúde e papel econômico similares.
23 Sendo assim, temos aprendido que a temática do envelhecimento exige um olhar amplo e diverso. Se queremos construir uma estrutura social inclusiva dos mais velhos, nossa primeira tarefa é questionar as receitas prontas, que tentam encaixar essa grande diversidade de experiências em regras do “envelhecer bem” ou, ainda, agrupar pessoas com potencialidades e experiências totalmente diferentes em rótulos como “maior idade” ou “melhor idade”. A longevidade é uma grande conquista do século XX e um dos maiores desafios globais do século XXI. Precisamos estar abertos às diversas formas de viver essa nova fase da vida e nos prepararmos para acolher as muitas velhices e os muitos tons de cinza! juliana.acquarone@mercadosenior.com.br
+55 11 94131-5055
Cascais, Cabo da Roca e Sintra
Fotos: Marisa da Camara
Destino Portugal
Marisa da Camara Consultora Imobiliária Brasil - Portugal
300 dias de sol por ano e premiada como uma das zonas costeiras mais sustentáveis da Europa, a Vila de Cascais, distrito de Lisboa, conhecida como a Riviera Portuguesa, não pode ficar fora de seu roteiro. Águas cristalinas, ondas que atraem surfistas de todas as regiões do mundo, belas paisagens, boa gastronomia e pontos turísticos como A Boca do Inferno (foto), Palácio Real da Cidadela de Cascais, Praia e Farol de Santa Marta e Largo de Camões, entre tantos outros, são os atrativos turísticos de Cascais. Alugando um carro é possível se conhecer as lindas praias do Guincho, da Cresmina, do Albano, da Conceição, da Poça, da Bafureira, de São Pedro e de Carcavelos e aproveitar para circular por entre as freguesias (bairros) de Cascais, Estoril, Parede, Carcavelos e Oeiras.
A Boca do Inferno Uma beleza singular, arquitetada pela natureza, através do forte impacto das ondas sobre as rochas, é palco de um lindo pôr-de-sol e para maravilhosas fotos. A poucos minutos do aeroporto internacional e do centro de Lisboa, Cascais exibe glamour, charme, diversos espaços ao ar livre, pistas de caminhadas e conta com a costumeira hospitalidade portuguesa. Tudo isso aliado a estar no topo das cidades a serem a visitadas, em Portugal, atribuem um custo mais alto a Cascais e, como toda cidade turística, ela tem seus custos majorados, na alta tem-
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24 porada, quando está repleta de turistas, de todas as regiões do mundo. No verão, tanto os hotéis, como quartos ou apartamentos do Airbnb, em Cascais, chegam a ser de 30 a 100% mais caros que qualquer outra região de Portugal, com exceção a Lisboa, por estadias
anterior ao ano de 1700, e que por ali fazia-se a defesa de Lisboa. Por sua localização, o Cabo da Roca era importante para o controle das embarcações de saída e de chegada e, ainda hoje, é uma coordenada importante por quem navega pela costa.
No mirante a ventania do local é forte e constante
de perfil semelhante. Não é diferente sob o ponto de vista imobiliário, com grande demanda, nos últimos anos. As moradias em Cascais estão entre as mais caras de Portugal, mas a qualidade de vida, à beira-mar e próximo de Lisboa, é algo que tem seu grande valor. Outra alternativa é viver no entorno de Cascais, como em Oeiras, Parede ou Carcavelos, por preços mais acessíveis. Em visita a Cascais, não deixe de tomar um café da manhã, ou da tarde, na tradicional “Sacolinha” (várias franquias na região) e apreciar a famosa Bola de Berlim (sonho), os deliciosos pães e croissants e, como não poderia deixar de ser, os famosos pastéis de nata. Pela proximidade de Lisboa, Cascais pode ser visitada, em apenas um dia, por trem ou táxi ou com um carro alugado, que lhe permite estender o passeio até Sintra, passando, antes, por Cabo da Roca, de vista imperdível. Vale reservar meia hora para conhecer o Cabo da Roca, que é o ponto mais ocidental da Europa Continental, situado em Colares, a aproximadamente 16km de Cascais e de Sintra. Sabe-se que havia um Forte no local, em período
O Cabo da Roca A 140m de altitude, você avista lindas falésias, a Vila de Sintra e, dependendo do horário, um maravilhoso e inesquecível pôr-de-sol. Vale saber que Sintra é um Concelho (município), pertencente ao Distrito de Lisboa e fica numa área de 319 km2. Com 382,mil habitantes, que representam 20% do total da Grande Lisboa, Sintra é um município bem representativo para o Distrito e para o país e é conhecida como Vila de Sintra. Escolha o que visitar em Sintra, a partir de sua disponibilidade de tempo. Podendo, visite o Palácio Nacional da Pena, o Castelo dos Mouros, a Quinta da Regaleira, o Palácio de Queluz e a Vila de Sintra. Nesse passeio, não deixe de conhecer e comer o famoso travesseiro, na Periquita e, se der, tomar um licor de Ginja, servido no copinho de chocolate. Na próxima edição falaremos sobre a linda Óbidos, na região de Leiria, em Portugal. Não perca! marisa.camara11@gmail.com +5511 99947 7622
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O medo e os florais Terapia Floral
Ione Almeida Terapeuta Floral
Na edição anterior, no artigo “Maturidade e como os Florais podem ajudar”, discorremos sobre o surgimento dos florais, no século passado, e sua relação com os diversos tipos de personalidade e emoções. Hoje, abordaremos uma emoção especifica, que inclusive foi usada como exemplo no primeiro artigo: o medo. O medo permeia todo o nosso cotidiano, principalmente para os que vivem nas grandes metrópoles: o medo de ser roubado, dos sequestros relâmpagos, ou seja, da violência que nos rodeia. Além de outros tipos de medo, como por exemplo o da sobrevivência financeira: o dinheiro vai dar até o final do mês? Serei demitido do emprego? São muitas as espécies de medo e o Dr. Bach os considerou, quando estudou as flores e definiu as essências para o grupo de pessoas que eram tomadas por esse sentimento. Quais são estes tipos? Segundo ele, as pessoas que sentem medo podem ser classificadas em cinco classes: Os que sentem medo de perder o controle das coisas, da vida; Os que têm medo e preocupação de origem desconhecida: quando sentem medo e não sabem do quê, não conseguem explicar, ou medo do sobrenatural; Os que possuem o medo de que aconteça algo com os entes queridos e As pessoas que têm medo de coisas conhecidas: como escuro, ser despedido do trabalho, ser roubado, falar em público, de animais, etc. E é desse último tipo de medo que trataremos nesse artigo. Ou seja, o medo que nos acompanha no dia a dia. É importante esclarecer que o
25 medo é algo inerente, útil e necessário à sobrevivência do ser humano. Quando se fala do medo como um problema sintomático, trata-se ele como um fator de desequilíbrio, o temor excessivo de algo, por exemplo, de viajar de avião. Sentimento este que impede, muitas vezes, as pessoas de fazerem um roteiro de lazer que gostariam muito, ou executivos de grandes empresas de viajarem a negócios. É algo muito sério, que acaba atrapalhando a vida das pessoas. Afinal, o pavor chega a paralisar o indivíduo. Nesse sentido, gostaria de compartilhar um caso real: determinado dia, chega um cliente angustiado no consultório, que tinha uma viagem de negócio, a qual envolvia muitas horas de voo, para Tóquio, no mês seguinte. Paulo (nome fictício) estava sofrendo muito, em função do sua paúra de viajar de avião, pois já tinha tido crises de pânico em voos de curta duração. O tempo era escasso para o tratamento, havia apena um mês para ele viajar, pouco dias para quem teve aversão de altura a vida toda. Mas Paulo, diante do que lhe aguardava, o pânico da viagem, resolveu que valeria a pena experimentar o tratamento. Estudando o caso com a ajuda do cliente, foram definidos os florais. Importante dizer que entender esse medo, que difere em cada cliente, uma vez que está diretamente relacionado a sua história de vida e sua personalidade, é determinante. E aproxima-se o momento da viagem... Conversamos no dia anterior e ele estava bastante calmo e confiante. Resumindo: ele viajou para Tóquio, em dois voos, com escala em Dubay e tudo transcorreu muito bem, tanto os voos de ida, como os de volta. Isto não quer dizer que as essências florais sejam milagrosas, mas é um exemplo de como podem contribuir, conjuntamente com um trabalho terapêutico, para que o indivíduo consiga lidar com seus problemas. A essência floral não acaba com o medo. Ele viajou inseguro, mas o que ela fez foi dar a ele equilíbrio e coragem para enfrentá
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Foto: www.ibrate.edu.br
-lo. São vários os casos em que se é possível testemunhar a eficácia dos florais: com crianças que têm medo de escuro, de dormir sozinhas, que têm pesadelos ou pessoas com receio de falar em público, entre outros. Assim, recomendamos, caso conheçam alguém que sofra com algum desses sintomas, o oriente a consultar um terapeuta floral de sua confiança, o qual, com certeza, poderá ajudá -lo a solucionar o problema. IONE ALMEIDA Terapeuta Floral 11 99639 3383 - almeida.ione@terra.com.br
Caminhando pela vida Contos
Malu Alencar Historiadora e Produtora cultural
Nunca pensei na velhice, na minha velhice... Achava que era uma etapa da vida que não me pertencia, mas ela era evidente em meus pais, tios, pais de amigos e alguns conhecidos. Velhice nunca foi uma preocupação, pois a idade aumentava, a cada aniversário, mas não me pesava. Gostava de aumentar minha idade, como o fazem muitos adolescentes e jovens. E quando duvidavam, eu dizia: - “Minha juventude se deve ao creme que uso, uma mistura de sementes, ervas, tudo natural....”. Eu me divertia com aquilo. Ainda que envelhecendo, não pensava em aposentadoria, pois gostava de trabalhar, de novos projetos e tinha certeza que a vida sempre me seria pródiga, que era protegida por anjos, pelos antepassados, pela certeza de que nada de mal me aconteceria. Sempre tive um carinho especial pelas pessoas idosas. Gostava, e gosto, de ouvir suas histórias, a trajetória de vida de cada um, os amores, as decepções, as alegrias, as tristezas.
Em 1992, tive a honra de implantar o Museu de História, Imagem e Som de C.Jordão. Propus a gravação de depoimentos de antigos moradores, que tinham participado da construção e desenvolvimento da estância de cura e de turismo, no estado de São Paulo. Conheci figuras incríveis e, entre elas, uma especial, o velho amigo João Aguiar, um carioca que truncou sua vida por causa da tuberculose, que o agarrou nos idos de 1930, no início de sua vida profissional. Curado voltou para sua cidade natal, mas rejeitado pela família e sociedade, retornou para a montanha, de onde não deveria ter saído. Conseguiu emprego, como recepcionista do Hotel Toriba, profissão que se orgulhava, apesar de ter se preparado para uma carreira em empresa multinacional. Por muito tempo acompanhava João Aguiar na sua caminhada, pela longa avenida que corta a cidade, ao lado dos trilhos da EFCJ. Contava detalhes de cada esquina, da plantação dos plátanos, que marcam religiosamente as estações do outono, inverno e primavera. Da luta dos partidários da Coluna Prestes, do padre que espantou a todos, graças a bendita chegada do “ruço”, que baixou e espantou a todos numa correria atropelada. Histórias que me faziam rir ou chorar, todas ainda muito vivas em minha memória. João Aguiar partiu, mas deixou um
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legado enorme sobre a história de Campos do Jordão, todas registradas em depoimento, em vídeo, outras em escritos que me mandava, de vez em quando. O que me encanta nas pessoas que conseguiram vencer décadas, é o humor, as histórias e causos, além da experiência adquirida. Na cronologia uma década não é nada, mas cinco, seis, sete, oito décadas.... pesam, .... pesam no corpo, não na alma.
27 Temos que diferenciar o que é velhice, rabugice de longevidade, do saber viver. Nada a ver com auto-ajuda. São tantas as regras para o “viver bem”, mas eu penso que a simplicidade, a cordialidade, a amizade, o carinho, o respeito, o sonhar, uma boa conversa, umas risadas, o encontro para o preparo de uma comida gostosa é o que de fato têm valor. Faz a vida mais leve. E, assim, caminho pela vida.....
Foto:secretaria de cultura de Campos do Jordão
Antigo Prédio do MIS - Campos do Jordão
Lampião em Mossoró ‘Causos’ do Nordeste
Tony de Souza Cineasta
“Lampião diz que não corre, mas correu de Mossoró, deixando Colchete morto e jararaca no cipó”. (cantiga de cordel)
Juazeiro do Norte. 1926. O deputado federal pelo Ceará, Floro Bartolomeu, vai falar com Padre Cícero. Fora designado pelo Presidente Artur Bernardes para comandar a campanha de combate a “Coluna Prestes”, que seguia em direção ao Nordeste. Havia pedido a vinda do cangaceiro Lampião, ao Ceará. Sua estratégia seria fornecer armas e munição do Exército ao bandido, para que ele e seu bando perseguisse a “Coluna Prestes”. Acometido de séria doença, Floro Bartolomeu precisou ir tratar-se no Rio de Janeiro, tendo que ficar lá por algum tempo. Padre Cícero, que tinha ligações antigas com a família de Lampião, aceita a tarefa de conversar com o cangaceiro e
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Confrontado com valores como coragem e macheza Lampião acaba cedendo. E os quatro bandos fazem o assalto a Mossoró. Um desastre total. Querendo pegar a população de surpresa, deixam os cavalos longe, num sítio, e veem caminhando a pé pela linha do trem. Acontece que havia pessoas postadas com binóculos nas torres das igrejas observando o movimento dos bandidos. Haviam combinado que quando eles estivessem próximo tocariam os sinos para alertar quem estivesse nas trincheiras. E foi o que aconteceu. Os cangaceiros foram surpreendidos com o repicar dos sinos e uma chuva de balas das trincheiras. Como a cidade é plana, com pouca vegetação, não tinham onde se protegerem. Fugiram correndo a pé. Um cangaceiro chamado Colchete morreu e Jararaca, um dos chefes de bando foi baleado, e depois de preso a polícia o matou Há quem diga que Lampião não deu um único tiro. Ficou muito bravo quando soube que a padroeira de Mosso-
Foto: tokdehistoria.com.br
explicar a ausência do Deputado. Lampião chega ao Ceará e vai procurar Padre Cícero. Diz que o deputado Floro havia prometido a ele uma patente de Capitão do Exército caso aceitasse a empreitada de combater os revoltosos. Padre Cícero diz que não sabia nada da promessa da patente. E Lampião fica muito contrariado. O padre tenta arrumar as coisas, consegue armas, munição e dinheiro para o cangaceiro, mas diz que a patente do Exército era algo que estava totalmente fora da sua competência. Lampião bate o pé. Diz que sem a patente não vai fazer nada. Fica com as armas, a munição e o dinheiro e não vai combater coisa nenhuma. Três chefes de cangaceiros o procuraram. Sabino, Massilon e Jararaca. Propõem fazer um assalto a cidade de Mossoró e dividir o resultado do saque. Lampião meio cismado, resiste um pouco. Massilon, que era do Rio Grande do Norte, lhe garante que o assalto será fácil. Quando a população da cidade soubesse que ele seria comandado por Lampião iria fugir toda e não haveria resistência. Lampião diz que precisa de um tempo para pensar. E decide usar uma estratégia. Manda um bilhete ao prefeito de Mossoró pedindo para ele arrecadar um dinheiro junto aos comerciantes e a população em geral e enviar para ele. Assim evitaria que ele tivesse que fazer isso na marra causando muito estrago a cidade. O prefeito se reúne com a população e seus assessores e decidem que não irão ceder à chantagem do cangaceiro. Parte da população da cidade, principalmente crianças e idosos é conduzida para o litoral e o resto prepara para resistir ao assalto. Fazem barricadas em volta da cidade, com fardos de algodão distribuem armas e munição aos que irão ficar nas trincheiras. Com a negativa do prefeito Lampião fica na dúvida. Já tem arma munição e dinheiro, além da proteção do padre Cícero no Ceará. Para que se meter numa aventura daquelas. Mas os demais chefes de cangaço o instigam. Dizem que o povo de Mossoró é frouxo. Que pensavam que ele fosse um cabra de coragem? E de palavra.
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ró era Santa Luzia, sua santa de devoção e não tinham avisado para ele. Também não se conformava de não terem avisado que Mossoró tinha três igrejas. Ele costumava dizer: “Em cidade de mais de uma igreja eu não entro”. E mesmo sem ter recebido oficialmente a patente de capitão se autoproclamou capitão. Capitão Virgulino Ferreira.
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O que os 60+ podem fazer com a tecnologia
David Brandes Engenheiro pós graduado em TI
Quando se fala em tecnologia, muitas pessoas 60+, que não podem ser consideradas velhas, colocam a mão na cabeça, fingem que não é com elas, acham que é um “bicho de sete cabeças”, enfim, se a tecnologia vem vindo deste lado eu vou para o outro. Dá para ser diferente e eu vou clarear um pouco este conceito e mostrar quantas coisas boas e úteis a tecnologia pode trazer para nossas atividades diárias. É importante ressaltar que o surgimento de novidades, palavras em inglês e siglas de todas as espécies assustam, no começo, mas todos se lembram que nós já ultrapassamos outras mudanças, ao longo do tempo: rádio, relógio, televisão, transporte, comunicação, só para citar algumas, e agora estamos ultrapassando pela transformação tecnológica: internet, computador, smartphone, “SmartTV”, tablet, controle remoto, entre outros. Seria muito fácil ficar falando e teorizando sobre as vantagens que podem ser usufruídas, atualmente, além de muitas outras que estão aí para serem descobertas. Estamos falando de um mundo tecnológico, extremamente dinâmico e que a cada dia tem novidades, então para que possam ter uma visão melhor da atual realidade, citarei algumas coisas úteis que a tecnologia já dispõe para serem usadas no nosso dia a dia. 1. Conversar com as pessoas em qualquer lugar do mundo, podendo ser através de texto, imagem, áudio e vídeo, em tempo real; 2. Ler jornais, revistas, livros de sua preferência e saber das notícias, do mundo, no mesmo instante em que os fatos ocorrem; 3. Tirar fotografias de outras pessoas e de si mesmo (self) e compartilhá-las com quem quer que seja; 4. Administrar e controlar movimentação financeira, pagar contas, cuidar da aposentadoria, FGTS, etc.; 5. Fazer compras, sem sair de casa, de
diversos bens e serviços, como: supermercado, remédios, eletrodomésticos, roupas, viagens, ingressos, livros; 6. Solicitar entrega de refeição: pizza, lanches, bebidas, comidas em geral; 7. Encontrar pessoas que não se tem contato, há muito tempo (talvez um dos maiores ganhos, pois quem de nós já não perdeu contato com tanta gente que passou por nossa vida e o prazer de reencontrar é indescritível e muito gratificante); 8. Escutar músicas, rádios ou então assistir vídeos, filmes e até televisão, em um smartphone /computador; 9. Controlar seus compromissos médicos: marcar consultas e/ou exames, agenda de remédios, consultarem resultados de exames; 10. Utilizar serviços de transporte por aplicativos (que traz um ganho enorme de autonomia e independência); 11. Procurar, realizar e publicar receitas culinárias; 12. Procurar “como fazer, onde é, qual o significado?”, é o popular Google, que a maioria conhece e que é de uma praticidade e utilidade sem tamanho. Eu citei, acima, apenas algumas das mais relevantes, mas eu poderia escrever muito mais, se fosse citar algumas particularidades, pois são muitas as atividades possíveis. E para finalizar, vou repetir uma frase de uma pessoa “60+”, ao conhecer o Google e encontrar um antigo colega de escola: “Não sei como pude viver sem isso até agora!” Agradeço pela atenção e no próximo artigo mostrarei as dificuldades e receios que os 60+ têm para aceitar a tecnologia. Aguardem! Contato com Colunista dbrandessss@gmail.com Foto: www.avovo.com.br
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DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA
Receitas Fáceis
Ebe Fabra Chef de Gastronomia
Cozinhar é afeto. Não dá pra separar. Por isso, todos os pratos que faço são com muito amor. Todo dia penso em alguém quando estou cozinhando, fazendo um bolo, preparando uma salada: um cliente, um amigo ou alguém da família. Esta semana, uma amiga me convidou pra tomar o café da manhã em sua casa. Quando cheguei, a mesa estava pronta, com vasinho de flores (astromélias, as que mais gosto), e um capricho impecável, a começar pelo prato de porcelana árabe, com uma salada de frutas incrível: muita coisa boa, como manga em cubos, lascas de morango, pedaços de mamão papaya, banana em rodelas, uvas, semente de girassol,
gergelim, lascas de castanha-do-pará, mel e coalhada. Façam, pois além do lindo colorido, ela fica maravilhosa. Tinham outras coisas…. Uma omelete, com lascas de champignon e café árabe. Meu Deus, quanta coisa boa! O capricho me fez constatar que, além de mim, tem muita gente que faz tudo com muito carinho e amor. Abra sua geladeira, sua despensa…, veja o que você tem e vamos lá. Cozinhar é uma arte! Tudo precisa ser muito limpo, o corte todo igual (legumes, frutas, carnes etc). Cozinhar toma tempo…, mas coloque uma música e se embale para preparar os quitutes mais gostosos que você pode fazer. Hoje, é tudo muito mais fácil, pois você coloca no YouTube e tem todas as receitas, de um jeito fácil de prepará-las. Tenha ideias, crie, faça pratos coloridos, eles encantam nossos olhos, abrem o apetite e tudo pode ser muito saudável. Cada dia é único e podemos fazer uma comida, um bolo, uma torta diferente. Hoje vou dar a receita de bolo de cenoura, recém resgatado pela culinária brasileira e que acho uma delícia. Bora lá fazer...
Bolo de cenoura Ingredientes 3 cenouras médias limpas e picadas - 4 ovos - 2 xíc. chá de farinha de trigo - 1e1/2 xíc. chá de açúcar - 1 xíc. chá de óleo - 1 colher de sopa de pó Royal Modo de fazer: bata no liquidificador os ovos, a cenoura (vá pondo aos poucos) e o óleo. Transfira para um bowl grande e vá colocando a farinha peneirada aos poucos misturando com o fouet, o açúcar e por último o pó Royal. Pegue uma forma de aro 30, unte com manteiga e polvilhe com farinha e despeje toda a massa. Coloque no forno preaquecido a 180o C por 40 a 60 minutos dependendo do forno. Coloque o palito até sair limpo. Deixe o bolo esfriar. Enquanto isso faça um brigadeiro: 2 latas de leite condensado (ou caixa) 2 colheres sopa de manteiga sem sal 6 colheres de cacau em pó 100%
1 lata de creme de leite Misture bem todos os ingredientes com o fouet e derreta a manteiga antes. Tire do fogo e acrescente todos os ingredientes. Com uma espátula de silicone vá mexendo sem parar em fogo médio. Quando começar a desgrudar da panela vá mexendo sempre até aparecer o fundo da panela e engrossar, desligue e deixe esfriar. Corte o bolo ao meio e coloque o brigadeiro. Cobertura: derreta em banho maria 200g de chocolate meio amargo com 1 lata de creme de leite. Misture até ficar bem homogênea. Esfrie um pouco e cubra todo o bolo espalhando a ganache com uma espátula. Bolo pronto! Bora comer!
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A descoberta do fogo
A História da Arte
Manoel Carlos Conti Artista Plástico Jornalista
Os historiadores afirmam que, olhando as faíscas que eram liberadas no atrito de pedras, os homens do Paleolítico dominaram o fogo. Isso data de 200.000 aC. Da mesma forma, o homem também descobriu fogo gerado por intermédio dos relâmpagos ou das lavas que desciam dos vulcões. Uma das principais atividades com o fogo foi preparar os terrenos para um plantio maior do que aquele encontrado, naturalmente, em clareiras e bosques. A partir do fogo, o homem estendeu seus domínios com maiores campos de agricultura, melhores formas de gerenciar seus campos, com a iluminação de tochas, as quais afugentavam predadores, além das maiores facilidades de caça noturna. A arte culinária foi bastante afetada com o fogo. Cozinhar e assar alimentos os deixavam mais fortes e mais dispostos, para o trabalho do dia a dia. Com o tempo, o homem começou a perceber que quando a argila era aquecida ela se tornava muito mais resistente e servia bem aos seus propósiDivulgação
31 tos de estoque, principalmente pela sua propriedade de ser praticamente impermeável. Existem algumas contradições sobre os estudos do princípio do domínio do fogo, pelo homem, mas a versão mais provável é que isso tenha ocorrido no período Paleolítico, pois com o teste de carbono, foram descobertas agulhas para costura, pentes de cabelo, pontas de lanças endurecidas no fogo, além de uma enormidade de materiais como jarros, copos, cachimbos e até paredes feitas com cerâmica assada. No final do Período Pré Histórico os homens que habitavam o planeta passaram a dominar o fogo de forma mais plena, assim eles conseguiram queimar troncos para a fabricação de barcos, fato esse que alterou de forma significativa a história do mundo, uma vez que as comunidades conseguiam se locomover de um local a outro com maior rapidez. Os barcos também ajudaram grandiosamente a mudança de alimentação, uma vez que o homem passou a pescar em águas mais profundas e, assim, os pescados passam a ser uma opção mais fácil de alimentação. Essa mudança é verificada através das arcadas dentárias encontradas, antes e depois do domínio do fogo, pois os alimentos assados se tornaram mais macios e, com isso, eles não necessitavam mais rasgá-los ou cortá-los com os dentes. Uma das principais (a meu ver a mais importante) mudança social que o fogo trouxe, foi a comunicação. Ao redor de fogueiras acesas, dentro das cavernas, os homens descobriram a comunicação labial e assim, com os mais velhos contando aos mais novos como se fazia para caçar, para pescar, construir equipamentos e lidar com o fogo, surgiu no mundo antigo a primeira forma de comunicação entre os homens: a comunicação verbal. Na próxima edição iremos aos anos 5.000 aC e falaremos sobre o domínio dos metais. Até lá!