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Ricardo Mesquita 29 a

tico da origem das dores, já era o quarto exame clínico. A médica que iria nos atender era muito bem-conceituada e havia sido indicada por um amigo que soubera de um caso semelhante com o filho de um amigo. Por isso que sempre que estou com um problema sério, falo dele aos quatro cantos, pois de algum lugar virá um socorro, principalmente de cima! Após a anamnese e uma série de exames clínicos e biométricos, ela diagnostica em uma palavra o que afligia o Rafael, tratava-se de uma Sacroileíte! Mas afinal o que era aquilo? Segundo ela explicou, ainda não se podia saber se um vírus ou bactéria haviam causado aquela infecção no olho e depois se alojado na junta do sacro com o ilíaco, causando uma infecção e que ele teria que ser internado para observação e tratamento.

Segue na próxima edição

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Conversando sobre economia Qual inflação é maior, a minha ou a sua

Edson Covic Economista

Podemos morar na mesma cidade e sofrermos taxas de inflação diferentes? Sim, podemos e a causa é que somos diferentes em rendimento, ou em hábitos de consumo ou em ambos. Inflação é a alta generalizada dos preços, mas isto não significa que todos os bens e serviços apresentem a mesma variação de preço. Alguns produtos podem aumentar muito, outros manter os preços, e ainda outros sofrer aumentos razoáveis. O impacto desses aumentos no rendimento das pessoas depende do que e de quanto cada pessoa consome ou está propensa a consumir ou a poupar. Vamos imaginar dois indivíduos distintos, o Sr. “A” e o Sr. “B”. O Sr. “A” tem um rendimento mensal de R$ 15.000,00, reside em casa própria, trabalha perto de casa, paga escola particular para seu filho; não economiza em alimentação, seus hábitos com vestuário e viagens são moderados, e costuma poupar parte de seus rendimentos. O Sr. “B” tem rendimento mensal de R$ 3.000,00, reside de aluguel, trabalha distante de casa e seu filho estuda em escola pública. Gasta na medida de seu rendimento para não fazer dívidas e poupa sempre que possível. Abaixo um quadro comparativo simulando os efeitos de uma inflação hipotética para cada um dos indivíduos. A ponderação apresentada corresponde a taxas de gastos sobre o rendimento de 1 a 40 salários-mínimos, critério que o IBGE adota sobre a apuração da variação de preços entre períodos de 30 dias para o cálculo da inflação. O IPCA corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo e é utilizado como o indicador da Inflação Oficial do Brasil. No exemplo ao lado foi inferido por hipótese uma variação de preços qualquer para que a ponderação resultasse em uma inflação de 10% no período e a distribuição de gastos aleatória para o Sr. “A” e para o Sr. “B” que fossem compatíveis ao rendimento de cada um conforme apresentado na coluna Gastos do Período I. Para o Período II, os rendimentos cresceram pela taxa da inflação determinada pela Variação ponderada dos preços (10%); e os gastos cresceram pela variação de preço de cada Grupo de Gastos. O resultado deste exemplo apresentou uma inflação menor para o Sr. “A” (8,9%) que para o Sr. “B” (10,5%), cujo perfil de gastos superou a inflação calculada de 10%. Para que o Sr. “B” mantivesse o padrão de consumo do período anterior ele precisou contrair dívida em R$ 15. Isto acontece em função da distribuição de gastos entre indivíduos ser diferente da média de pesos calculada pelo IBGE.

magazine 60+ #39 - Outubro/2022 - pág.33

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