1. Introdução
A realização do trabalho pressupõe o esclarecimento de conceitos, análise do problema sobre a temática: “Os Desafios das Sociedades Multiculturais”,cuja discussão da existência de cenários de desacordo valorativo, tem como finalidade a sequente apresentação, discussão de posições e revisões, constituem formas enriquecedoras de abordar e aprofundar um tema filosófico em discussão no grupo
1.1. Finalidade dos trabalhos de investigação
O trabalho constitui uma modalidade de aprendizagem plural porque permite integrar a pesquisa pessoal e grupal, a construção de argumentos, o treino da transmissão de conhecimento, a exposição dos contributos aprofundados sobre o objeto de estudo tratado no trabalho. A sua realização depende das opções e do empenho do grupo no aprofundamento do tema sorteado
1.2. O que é um trabalho de investigação
O trabalho no âmbito do Projeto Weiwe ( R ) BE, constitui uma possibilidade de aprofundamento prático, técnico e teórico, do tema alocado ao grupo. A sua realização pressupõe o esclarecimento concetual, a definição / adocão de uma metodologia de trabalho, a recolha e consulta infornaçãpde e exposição pessoal e grupal, o confronto de picçoe onde exercício do espírito crítico seja evidente. Será apresentado sob a forma escolhida pelo grupo.
1.3. Objetivos
. A filosofia enquanto forma de expressão de pensamento, pretende que os trabalhos permitam adquirir e desenvolver competências/capacidades de ao :
de trabalho prático (pesquisa,.)leitura, consulta, compilação….)
,de trabalho técnico (, conceptualização, problematização, argumentação síntese, redação, .)
de trabalho teórico (reflexão, questionamento, fundamentação, eventualmente uma abordagem crítica, inovadora e atual dos problemas).
· Confrontar as três perspetivas – subjetivismo, relativismo e objetivismo morais – quanto à possibilidade de definir e justificar conhecimentos no âmbito da moral. ·
Avaliar criticamente as perspetivas abordadas e aplicadas à situação trabalhada
Identificar problemas inerentes às sociedades multiculturais atuais.
Debater alguns temas/problemas das sociedades multiculturais atuais. ·
Aplicar as perspetivas teóricas abordadas na análise e discussão de problemas das sociedades multiculturais na atualidade
1.4. A investigação: trabalho colaborativo e problematizador
Este trabalho desenvolver-se à na forma que o grupo escolher Deverá assentar num trabalho colaborativo, de investigação e de reflexão e deverá, por isso, contribuir para a aquisição de conhecimentos filosóficos e culturais da atualidade geopolítica e da ética permitindo simultaneamente a estruturação de atitudes questionadoras e de afirmação de posições fundamentadas por parte dos grupos
1.5. Extensão e tipos de trabalho de investigação~A sua extensão poderá ser variável, a definir consoante o tema selecionado e a sua finalidade.
o trabalho de grupo deve versar o estudo do tema filosófico delimitado, aplicação ou de investigação / reflexão sobre os mais variados problemas filosóficos em alguns temas fraturantes da atualidade nos domínios, da ética social e das instituióes ,.) num período histórico contemporâneo , comparando culturas em conflito.
1.5. Acompanhamento partilhado pelos elementos grupo ao longo da pesquisa
De modo a potenciar a qualidade da investigação, os trabalhos serão potencialmente enriquecidos, sempre que discutidos no seio do grupo e em resultado do conhecimento sobre o seu conteúdo. Aconselha-se que o trabalho possa ser partilhado entre os colegas de forma a repensar e a redefinir as etapas e ir melhorando o estilo adotado, a solidez dos argumentos, a coerência das partes que o constituem
1.6. Estilo e escrita
O estilo adotado na escrita do trabalho é uma opção das partes. Pode ser mais analítico ou mais descritivo, mais adjetivado ou mais sóbrio. O texto deve ser escrito para uma audiência geral, devendo ser claro e explícito na exposição e na argumentação, sem rebuscados inúteis ou exposições sem sentido. Devem ser evitados os subentendidos, as alusões sem concretização, porque tornam o texto incompreensível ou fútil.
Uma primeira decisão a tomar é sobre qual a pessoa verbal a usar. Há autores que preferem usar o plural majestático ou de modéstia (ex: "Pretendemos discutir neste Os desafios das Sociedades Multiculturais Pensamos que a questão deve ser colocada de um outro modo
2.0. Como começar é a grande pergunta que serve mais para bloquear do que para arrancar com o trabalho. É necessário sair dela rapidamente fazendo algumas opções que depois podem ir sendo modificadas com a evolução da pesquisa. Algumas tarefas simples ajudam a começar, a mais importante das quais é a elaboração de um plano de trabalho.
2.1. A realização de um trabalho de investigação deverá ser antecedida por um plano de trabalho que servirá para orientar a pesquisa [
a) título,
b) identificação da questão principal a estudar (, problema e respetivos conceitos c etc.),
c) tema do trabalho (curta descrição do conteúdo previsto e da área temática),
e) curta bibliografia de referência para o início da pesquisa
O plano organiza-se em torno de um tema ou de um problema a discutir, que devem ser claramente delimitados e enunciados. Temas muito vagos ou demasiado amplos são de mais difícil concretização e devem ser evitados.. Por isso, devem escolhidos temas/problemas a cuja pesquisa e exposição corresponda uma efetiva aquisição de conhecimento para quem o realiza e para quem o possa ler.
2.3. Calendário:
Os trabalhos estão associados um calendário de realização ( data de entrega 2 de maio), que ajuda a dosear o esforço de leitura e de escrita, tendo em conta as datas limite fixadas pela avaliação a que se destina (do projeto WeiWe ( R)BE).
. A cada etapa o trabalho deve ser cuidadosamente revisto,de forma a ajudar a estruturar …..e em quê, ou se está concluído por terem sido alcançados todos os objetivos previstos.
3. Investigação e Método
Não há um método de investigação filosófica, para além do que cada um pode ou consegue fazer com a leitura, o estudo e a reflexão sobre os textos, os problemas, o que existe, os factos. A pesquisa filosófica pode e deve ser sempre aperfeiçoada, mesmo quando reveste formas ousadas, ou até sobretudo nestes casos, para que as novas propostas não sejam debilitadas por organização ou exposição inadequadas.
4. Desenvolvimento e apresentação da investigação
4.1. Sem aniquilar a criatividade literária e formal dos respetivos autores, cada trabalho deverá ter pelo menos as seguintes partes (ou pelo menos o conteúdo que lhes corresponde):
a) Título
b) Introdução : como a sua função é essencialmente metodológica, deverá conter a indicação do tema do trabalho formulação dos problemas filosóficos a estudar descrição das partes do trabalho breve antecipação das principais conclusões
A Introdução é uma parte fulcral em qualquer trabalho de investigação. Apesar de ser o texto que o abre é, geralmente, o último a ser redigido/ultimado. Desde logo serve para dar razão e realçar a importância do tema escolhido. Indicar a metodologia de trabalho usada também poderá ser útil para o leitor. Uma boa introdução mostra desde logo o perfeito domínio sobre os problemas e a forma de os tratar. Contudo, a introdução não é apenas uma peça retórica. Ao proporcionar uma ocasião para o autor olhar para o seu próprio trabalho obriga a uma maior atenção metodológica, função que a introdução desempenhará melhor se não for deixada para o fim, mas se for sendo escrita e revista ao longo do trabalho de investigação. Nesse caso poderá até ser um bom instrumento de auto-controle.
c) Desenvolvimento : deverá ter um organização clara, em capítulos, parágrafos, etc. o tema deverá ser subdividido ou, pelo menos, a sua exposição deve obedecer a uma progressão coerente, o corpo central do trabalho de investigação carateriza-se por oferecer uma exposição fundamentad(or)a, em sequência progressiva, do tema que se pretende expor ou da tese a defender, cada capítulo ou parágrafo deverá ser convenientemente enunciado no seu início, a citação de autores ou do texto estudado é um elemento fulcral da narração académica. Deverá ser evitado o uso de textos em segunda mão. As citações e referências bibliográficas completas são indispensável para a fundamentação de um trabalho e são, desde logo, um testemunho da honestidade intelectual do autor. Por isso convém dominar com rigor os modos de citação de fontes e de literatura secundária. Este aspeto tem uma relação direta com a bibliografia final (ver a alínea e).
d) Conclusão sucinta descrição das principais aquisições (pode ser recapitulativa ou de resposta às questões suscitadas a longo do trabalho), apreciação crítico-filosófica sobre assunto estudados,
balanço da investigação realizada, aí podem ser também indicados alguns campos pelos quais a investigação se deveria prolongar.
Muitas obras não possuem conclusão, nem isso é necessário. A conclusão é sobretudo requerida quando a investigação seguiu múltiplas pistas (tratando problemas diferentes ou parcelares em cada parte) que é preciso reunir e realçar. A conclusão é supérflua, por exemplo, nos casos em que a introdução já é por si explicitadora e em que as aquisições da investigação foram sendo evidenciadas de modo a que o leitor se aperceba que são o resultado da própria investigação.
e) Bibliografia
deverá incluir separadamente: a) fontes; b) bibliografia utilizada; c) outra bibliografia. aí devem ser dadas indicações precisas sobre todas as obras consultadas, mesmo que não tenham sido citadas. Quando se incluem obras que não puderam ser usadas convém explicitálo, colocando-as, por exemplo, num parágrafo à parte (como “outra bibliografia”), pois o leitor ao encontrar uma obra referida na bibliografia pressupõe que o autor do trabalho a usou
: 1) coerente com o modo de citação usado ao longo do trabalho;
2) rigorosa quanto aos materiais efetivamente citados e usados;
3) sistemática, dando todas as referências de cada obra e de todas as obras
4.2. Citações, notas e referências bibliográficas
Existem diversos modelos de citação das fontes ou dos estudos usados numa investigação. O modelo a usar é o Modelo APA 7 segui-lo de modo rigoroso, para dar consistência ao vosso trabalho..
É indispensável que as referências sejam bem explícitas (sem a sua existência qualquer citação é um plágio). As citações textuais devem estar entre aspas, em alguns casos justifica-se que estejam até destacadas no texto, sobretudo se tiverem alguma extensão, ou se forem objeto de discussão detalhada, ou se tiverem importância muito relevante para o que está a ser discutido.
As referência bibliográficas podem ser dadas ou no corpo do texto ou em nota. Adotando ou um ou outro modelo, ele deve ser seguido de modo sistemático. Quando as referências são dadas de modo abreviado no corpo do texto, é indispensável terminar com uma bibliografia onde as referências bibliográficas sejam dadas de modo completo. As notas também podem dar as referências de modo completo, o que pode não dispensar a bibliografia final.
5. Honestidade e rigor intelectual
A honestidade e o rigor são duas das mais estimáveis caraterísticas do trabalho académico. O plágio ou qualquer outra forma de desonestidade intelectual são totalmente inaceitáveis.
Indicar de forma rigorosa as fontes usadas é uma das responsabilidades do investigador, que deve apresentar de modo claro os resultados das suas pesquisas, sem fraudes ou falsificações. Isto é válido para qualquer domínio do saber. Creditar e indicar a fonte não desvaloriza um trabalho, torna-o mais sólido e obriga o autor a um prática de rigor evitando a descrição dissimulada ou vaga de ideias.
Convém ter presente que um trabalho de pesquisa não é uma colagem de citações que basta serem identificadas para nos podermos apropriar delas. Um trabalho de pesquisa deve ter uma importante componente de trabalho pessoal de investigação e de escrita.
Sobre "plágio" e como evitá-lo podem ser lidos estes conselhos para estudantes da University of Notre Dame. E da Notre Dame Australia: Plagiarism and Copyright
6. O uso da internet
O mais acessível dos meios de busca de informação e conhecimento é hoje a internet, que acumula de modo enganador as funções de biblioteca, de consultor, de parceiro de diálogo, de silencioso e passivo fornecedor de “coisas”, mesmo de confidente. Contudo, a maior parte da informação disponível não é fiável. Um trabalho realizado com informação recolhida da internet é totalmente inútil ou redundante, pelo menos é repetição do mesmo. As fontes do trabalho académico são outras e exigem um contributo pessoal. O objetivo de um trabalho de pesquisa não é acumular “informação”, é procurar, criar, organizar e apresentar conhecimento. A internet, sendo hoje um instrumento incontornável, não é o melhor meio para o fazer.
A internet não deve ser totalmente desprezada, mesmo para o trabalho filosófico. Hoje encontramos lá repositórios de trabalhos académicos (Google books, internet archive, JSTOR, Bon, etc.) com obras e revistas de que por vezes não dispomos nas nossas bibliotecas. Há mesmo recursos de grande especialização filosófica preparados para a internet (por exemplo a Stanford Encyclopedia of Philosophy). Mas, essa é uma ínfima parte do que se encontra na internet. Por isso, a pesquisa em biblioteca, o trabalho direto com os livros, revistas e enciclopédias, a reflexão individual, continuam a ser o melhor treino que um investigador ou um filósofo podem ter. Os livros e as bibliotecas, apesar de tudo o que de inútil e repetitivo nelas também existe, são os verdadeiros instrumentos laboratoriais do filósofo
. Metodologia do trabalho filosófico, na WWW
• http://criticanarede.com/estudarfilosofia.html Desidério Murcho, Estudar filosofia: uma abordagem
• http://www.jimpryor.net/teaching/guidelines/writing.html Jim Pryor, Guidelines on Writing a Philosophy Paper
• http://www.philosophypages.com/sy.htm Garth Kemerling, Guide to the Study of Philosophy