As Missões Jesuítas

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Camila Aragão

MISSÕES JESUÍTAS Retratos de uma História



MISSÕES JESUÍTAS Retratos de uma História

Fotografias e textos de Camila Aragão


Autora: Camila Aragão Editora: Camila Aragão Concepção da capa: Camila Aragão Projeto Gráfico: Camila Aragão Textos: Camila Aragão Fotografias: Camila Aragão Diagramação: Alta Digital

As fotos foram feitas com câmera Canon EXS


“Y al final unos sueñan com soñar, Y otros con no soñar tanto” Ricardo Arjona



ÍNDICE As missões jesuítas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Missão Jesus de Tavarangue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Missão Jesuíta de Santíssima Trinidad Del Paraná. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 História. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Fotografias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Pedreira Ita Cajon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29



As Missões Jesuítas Cultura, história, espiritualidade, natureza e tradição

Espero que com essa publicação se cumpra a máxima “Uma Fotografia vale mais do que mil palavras”. Sendo que as fotografias reúnem a cosmo visão que tinham os índios guaranis. Caracterizados por sua mansidão, solidariedade, capacidade e obediência. Sobretudo por sua aptidão de assimilar tanto a catequese ministrada pelos jesuítas, assim como, técnicas avançada de imprensa e fabricação de instrumento. Todas essas habilidades fizeram dos índios guaranis exímios luthiers, fabricando instrumentos musicais que são típicos até hoje no Paraguai. As histórias das reduções guaranis nos deixam a mensagem de um grande espírito de fé, de cultura e caridade. Uma mensagem de fé que quando vivida autenticamente cria uma civilização baseada em valores reais da pessoa humana e de sua liberdade, educando assim o homem artífice de sua própria historia pessoal e social. Partindo do principio que tudo que tem raiz na fé, é uma obra de comunhão. Criando uma consciência viva da própria identidade cultural, traduzindo essa identidade em uma continua capacidade de atuar com base no ímpeto da fé, da caridade e da missão. Está experiência de caráter histórico e cultural nos leva ao encontro de um mundo que se faz eterno. “La Tierra sin mal”, como denominava Voltaire e Mostesquieu.



MISSテグ JESUITA Jesus de Tavarangue







MISSテグ JESUITA De Santテュssima Trinidad Del Paranテ。





História Fundada no ano de 1540 em Roma, a Companhia de Jesus alcançou o Rio de La Plata em 1585. A pedido do bispo de Tucuman, o dominicano Reginaldo De Lizaraga, três missionários foram destacados para atuar em Asunción: Manoel Ortega, Juan Saloni e Thomas Fiels de nacionalidade, respectivamente, portuguesa, espanhola e irlandesa. Nesse empenho, os três jesuítas estavam em contato com os colonos e a comunidade pela qual haviam sido chamados a trabalhar, mas contemporaneamente, avançavam em uma região litigiosa, ao leste de Asunciòn mais precisamente em Guayrá; em contato com os indígenas dali, aprenderam a falar o guarani e esta oportunidade de comunicação foi, seguramente, um dos motivos do sucesso da empreitada dos religiosos. A relação com os colonizadores espanhóis, inversamente, começava a fragilizar-se. O motivo era bastante simples: os jesuítas não admitiam que os nativos fossem escravizados por aqueles, e exigiam o respeito integral das leis proteção emanadas pela coroa espanhola. Mas o atrito agrava-se a tal ponto que a Companhia de Jesus admitiu por oportuno retirar seus missionários da região paraguaia. Aquilo que inicialmente pareceu um gesto de renúncia foi, na verdade, uma estratégia para melhor e mais diplomaticamente preparar o ingresso dos jesuítas no Paraguai. O primeiro desafio dos missionários era induzir os índios Guaranis a abandonar o modo de vida nômade e tudo aquilo que isso implicava. Viviam em malocas. Em cada uma delas viviam todos os descendentes de um ancestral em comum, suas esposas e filhos, podendo chegar até 200 pessoas em uma única cabana. Eles eram liderados por um líder, o cacique. Viviam da caça, pesca, e da colheita daquilo que a selva tinha a oferecer. Também praticavam uma agricultura primitiva, cultivavam a mandioca e outras raízes. O líder religioso, o pajé era este quem atribuía um nome aos bebês e curava os doentes com as suas práticas de feitiçaria. Hierarquicamente acima destes grupos, havia outra autoridade, o Caravié, o grande xamã. Errante e solitário às vezes apareciam para lembrar a todos a grande verdade: que viviam na terra do mal, e que era preciso reencontrar a terra-sem-o-mal, onde os homens viviam junto aos Deuses. Todas as Reduções erguidas previam a construção de uma praça espaçosa em torno a qual deveriam conter os edifícios públicos, a igreja e o alojamento dos missionários, a escola, as lojas de venda de grãos e instrumentos de lavoro, um asilo para idosos e viúvas e uma enfermaria. As habitações particulares deveriam alinhar-se em direção à periferia. No começo, o material de construção era constituído de argila compactada com ramos de árvore e folhagens para a cobertura. Aos poucos, este material foi sendo substituído por pedras, tijolos e telhas para a cobertura das edificações. Das oficinas, laboratórios, igrejas e casas existentes nas Reduções, hoje não restam senão que ruínas, testemunhos de uma época histórica tão relevante. Aqui retratamos as ruínas das missões jesuítas guaranis de Santíssima Trinidad Del Paraná e Jesus de Taravangué e a pedreira de Ita Cajon localizada na cidade de Itapua. Onde se destaca o trabalho do jesuíta Roque Gonzáles de Santa Cruz, santo paraguaio. Estás missões foram declaradas patrimônio cultural da humanidade, pelo UNESCO em 1993.







PEDREIRA ITA CAJON


A AUTORA Camila Luiza Cunha Bernardo Aragão, 22 anos, Formada em Design de Moda e Graduanda do curso de Jornalismo da Universidade do Vale do Itajaí, atua como Assessora de Imprensa. Começou a fotografar em 2009 e está sempre em busca de aperfeiçoamento.


AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que me apoiaram nesse projeto. Em especial a minha mãe Rita Merce, pela garra e por acreditar desde o começo. A minha Vó Ada pela força e seus grandes ensinamentos. Aos meus tios Glaucia e Ricardo pela dedicação, carinho em me levarem até as ruínas para que eu realiza-se este meu trabalho . E ao meu melhor amigo Márcio que sempre com muito amor auxilia nos meus projetos e na realização dos meus sonhos.


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