XOK Magazine 58

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Pode aceder ao XOK MAGAZINE BLOG, o blogue deste magazine através, também, do seu smartphone. Todos os dias informação, comentários e críticas sobre a actualidade em: https://xokmagazineblog.wix site.com/xokmagazine Edição nº 58 (Ano VI) 31 de Dezembro de 2018

Director Interino - Fernando Skinrey

Pode colaborar e participar nele.

ESTA É A PENÚLTIMA EDIÇÃO REGULAR DO XOK MAGAZINE Esta edição do magazine XOK é a penúltima edição mensal a ser editada. A partir de Janeiro de 2019., o magazine sairá de com periodicidade irregular, provavelmente trimestral, e com conteúdos mais abrangentes e abrasivos, com jornalismo à séria. O leitor, e os amigos das permutas em nada serão prejudicados, pois, diariamente disporá da edição do BLOG XOK MAGAZINE, que herdou a agressividade e a frontalidade do formato, agora alterado. Estratégias mercado e de readaptação ao cada vez mais complicado mundo cibernético, com alterações absurdas relacionadas com o RGPD, imposições abjectas na divulgação da informação on line, o surgimento do artigo 13, etc.. Até Janeiro. Fernando Skinrey

Boas festas


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DUAS COIMAS CANINAS AO BIG BROTHER, AO ELTON JOHN, AO VOCABULÁRIO ERÓTICO DE GUTERRES E À ‘CHOLDRA DO ‘DIVINO EÇA’. A Câmara de Sintra decretou há pouco tempo coimas de 30 contos para os donos dos caninos e felinos que façam as necessidades nos espaços públicos. Mas tal decreto mantém a impunidade da satisfação pública das necessidades sexuais de cão e cadela que por aí proliferam. Mais graves preocupações do cidadão centram-se na imitação caninamente assumida de muitos jovens, que parecem andar a treinar-se para as douradas perfomances que vêem nas têvês, a render tanta massa que metem a ridículo o ordenado de qualquer licenciado. Só para falar à comunicação social, o panasca contratado para ‘preparar’ o Elton John para se sentar ao piano, obteve muito dinheiro. A Mesma TV ganha dinheiro e audiência mostrando meia dúzia de galifões e galifonas a engalfinharem-se, imitando os cães e as cadelas, no Big Brother, que, pelos vistos, é presenciado pelas mesmas donas de casa originariamente propensas a corar pudicamente na rua com o sexo canino, que é genuíno, natural e grátis. Quando não havia têvês, nem livros e revista eróticas, nem mesmo escolas daquelas de aprender a, escrever e contar, os nossos antepassados, com os genes completamente programados para a propagação da espécie, não tinham de aprender a naturalidade da transmissão da vida. Nesta linha de raciocínio, hoje, é grosseiramente redundante (e um atestado) de ‘incompetência’) obrigar os nossos putos a

terem aulas (?) de educação sexual. Ensinar isso a machos latinos, e respectivas, e belas fêmeas !!... Tal inserção curricular só se compreende como eco freudiano de um patrão, que no 1º mandato tivesse encarado a Educação como “paixão, no 2º mandato a Saúde também como “paixão” e agorinha mesmo, fale de “quase-obsessão” referindo-se à Pré-escolar. Mandem o “Tonico” para o Big Brother e arranjem-lhe lá uma fêmea, senão ainda começa para aí a fazer um amor felino, polígamo e promíscuo nalgum relvado de Príncipe Real com a Dona Educação e a Dona Saúde. Se esta crónica, afável e risonha, tivesse o poder de trovoar um daqueles solenes editoriais, soltaríamos o grito catilinário: O tempora! O mores! E pediríamos uma adaptação das posturas anti-caninas, a redigir nestes termos: “os cães e os gatos que forem apanhados a fazer cocó nos espaços públicos, são coimados, os donos, em 30 contos. A mesma coima de 30 contos se aplica aos/às litle portugas que andem por aí a fazer amor em locais públicos, tais como bancos de jardim, relvados e programas de têvê. Esta postura estende-se a todos os financiadores e voyeurs, por cumplicidade no acto”. Está a usar-se a magia massificadora dos audiovisuais não para elevar o homem em dignidade, mas para lhe exacerbar os instintos rafeiros da rua. Isto não é humana magia, cultura e arte, mas caprichos de bruxa má. Trabalhar com dignidade é comunicar tudo, mesmo tudo, o que diga respeito ao homem, mas sem a exploração directa e mer-

cenária do reles que há na carne humana. Estudem-se os verdadeiros comunicadores. Projecte-se como modelo, difícil de igualar e por isso ideal, o divino Eça – que trazemos aqui por, mais uma vez, querermos lembrá-lo neste Centenário. Nas cenas ais ousadas da fase naturalista (em que, na ‘choldra’, valia tudo para farpear “o porco”, que era a Pátria, a agradar ao burguês que comprava as “ricas cenas de “deboche”) o escritor não feria a dignidade do seu receptor. Em vez das cronometradas rações de pornografia dos nossos actuais comunicadores de massas, deitava ‘pérolas a porcos’: sabia distinguir os limites do ‘bom senso e bom gosto’, civilizados e discreto, dos desbragamentos da choldra que passa horas a ver quando a gaja, ou o gajo, se despem e vão para a cama fazer sexo ao vivo como cães em coimas. E já que Os Maias são bem conhecidos pela generalidade dos nossos leitores vamos falar dessa formidável história de Amor. Amor incestuoso, protagonizado por um médico que, pela fortuna familiar, nunca passa de um inútil bon vivant e uma mulher vítima de circunstâcias de miserável prostituição. A narração de Eça dá-nos uma lição de sábia e delicada desaprovação do acto sexual, logo desde a caracterização, pesadamente simbólica, do espaço: Carlos leva a amante-irmã para a recém-baptizada Toca, a casinha recatada dos Olivais, comprada a Craft que a usava como arrecadação de bric-à-brac, que desde logo, faz oposição à nobreza do sangue da Família de ambos. Maria Eduarda ‘fez-se muito vermelha’, com a evocação bíblica das ‘bodas de Caná’ naquela união de bichos na toca. As bodas de Caná marcam o 1º milagre de Jesus


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(transformação do vinho em exactamente num casamento.

água),

Depois, no corredor, ela demorou-se diante da ‘cabeça negra de um touro’ (que pode simbolizar só pelo prazer do jogo). Ela também assimila a simbologia do quarto: “ da porta de comunicação (para a alcova), arredondada em arco de capela, pendia uma pequena lâmpada da Renascença (…) batida por uma longa faixa de sol”… O narrador sabe’ iluminar’ (lâmpada’) os perigos religiosos (’capela’) do acesso a esse amor, adúltero e ainda incestuoso, que eles apesar da cegueira própria da tragédia, sabem proibida (‘pesada’) sem margem para dúvidas. Depois, é a quase sagrada descrição da alcova, ‘o sacrário’ (o santo dos santos de qualquer igreja, que será sacrilégio profanar), imponente de ‘ouros’ e elementos trágicos e proibitivos, como, logo a seguir, a ‘cabeça degolada de S. João Baptista’ (Afonso da Maia), que é morto por denunciar o incesto com a sua presença. Estes apontamentos, de uma série queirosaina que iremos continuar, ligam-se ao nosso comentário sobre a falta de elevação, de nível e de simples bom senso que vigora em sectores essenciais da formação e educação da cidadania portuguesa, desde a comunicação social de grandes massas, as televisões, à permissividade do poder partidário, que apenas pensa em conservar-se, de cedência em cedência, com relevo para a falta de decência na educação que, sem tentar erradicar o indescritível atraso dos nossos alunos e o mal-estar de tantos professores infelizes, vai prolongar o veneno televisivo e alimentar egos adolescentes, como quem ‘ensina o padre-nosso ao vigário’.

Setembro/2000 In:Memórias de Jornalista (Editoriais, Trovas Humorísticas, arquivos secretos (referência) - Editora Amadora-Sintra. Depósito legal 269878/08 - ISBN 978-98920-1036-6

Texto: Altino Moreira Cardoso. Professor; Escritor e jornalista Imagem: Google©


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MULHERES VS ROBOTS

Seria excelente substituir-se as mulheres por robots. Tal conclusão surgiu após as minhas cogitações sobre o papel prático, útil e necessário da mulher na sociedade ocidental moderna.

Pelos modelos mais recentes de bonecas sexuais, a coisa está realmente muito perto de se poder colocar robots nos lugares das mulheres, em todo o lado. Existe alguma coisa mais bela, que nos deslocarmos a uma repartição pública ou de parceria pública-privada e sermos recebidos por um sorriso aberto e sincero, com a voz sensual, mesmo depois de ter sido pontapeada e humilhada por algum utilizador dos serviços? Claro que não! Existe alguma coisa mais aliciante que falar para o boneco e dizermos as maiores alarvices e os piropos mais abjectos e a dama continuar impávida e serena a trabalhar com afinco e eficácia? Claro que não! Existe alguma coisa mais calma que refilarmos com as bonecas robôticas e deixarmos o carinho do aconchego genital para a mulher que nos aguarda ansiosamente em casa? Claro que não!

Nem sequer na natureza da fêmea elas são mais úteis que outrora, porque os Millenials, são uns atrofiados no que toca à utilização das funções básicas da reprodução. Assim, cheguei à conclusão que devemos substituir o mulherio por robots ou Inteligência Artificial, porque a que elas têm nem sequer chega a ser superficial. As robots não faltam, não falam, sabem manter segredos, não reclamam, não exigem, não têm período, não engravidam, não têm ciúmes, fazem tudo o que lhes mandam sem contrapartidas, não têm filhos, não exploram o homem, não trocam de sexo, não exigem indeminizações, e são tão ou mais bonitas que as mastronças que por aí circulam. E, se formos mais exigentes, não se transformam em fufas, não desobedecem, não são contra as touradas, não defendem a escumalha importada, e não mandam. Sobretudo isto.

É que isso dos pais pagarem a pensão de alimentos e não conviverem com os filhos (da mãe de certo são, do pai sim ou não!) é o mesmo que comprar bilhetes para o futebol e não entrar no estádio. Por outro lado, se não pagarem e preferirem ficar o tempo previsto na lei com os filhos, enteados ou o que seja, as mulheres, impedem-nos porque sempre é um rendimento a menos… Cada vez mais a Inteligência Artificial se sobrepõe, com largas vantagens à Inteligência Atrasada do mulherio. Tivemos umas mães excelentes, mas foram a última geração de mulheres. O que existe agora, são umas coisas tetudas, amorfas, com um vinco prazenteiro, e esse também está disponível nas caixas, em qualquer sex-shop. Não são mulheres, são um género e resolveram não chamar os animais pelos nomes, sendo que não são nem masculinos, nem femininos… são coisas!

Cheguei à conclusão de que estamos a regredir por causa dos mandamentos femininos. Para cúmulo, na SIC telespectei (no dia 16) uma reportagem sobre a regulação parental e fiquei estupefacto com um chorrilho de disparates proferido por uma bonéca, acéfala, que acho que manda nas mulheres juristas portuguesesas. Mas, voltando ao raciocínio da apregoada igualdade entre géneros que as malucas bloquistas defendem (assim como defendem tudo o que não presta, é aberrante e animalesco) constatei que as mulheres só são relativamente úteis para servir o homem. Na telenovela “Gabriela, Cravo e Canela”, em reposição um dos personagens mulherengo, como convém a um homem macho, não a essa porcaria de metrossexual, aquando dos apetites pela coisa boa, apenas diz “…vou-te usar”. Lindo.

damente que os filhos são propriedade exclusiva das mães, dado que o robot decide de acordo com as instruções algorítmicas específicas. A justiça era mais justa, os pais escusavam de se aborrecer a tentar usufruir dum direito constitucional, e as mulheres teriam de aceitar, sem delongas, a sua única missão nesta vida terrena: Cumprirem o papel de mãe e parideira. Apenas.

Ademais, não podemos ignorar o facto de que se elas não fizerem de conta que trabalham (esqueçamos a pintura de unhas na Assembleia) os homens podem ganhar mais e melhorar a qualidade de vida da família, e a prole, ou ninhada, no caso da malta dos rendimentos sociais, ficam muito mais educados com as progenitoras a tomar conta da canalha, poupando o estado, desta forma, milhões com os subsídios excessivos que dá sem necessidade nenhuma. Também quanto ao PIB a coisa fica mais barata, porque os robots (podem trabalhar sem ser com a electricidade chinesa) sendo regularmente recarregados, não pagam impostos mas, também não recebem subsídios de férias e de natal, de aleitamento, de parimento; não pedem reembolso de IRS nem de despesas médicas, entre outras coisas que as mulheres pedem, só porque são mulheres, e deste modo, deitam pelo cano a apregoada igualdade de sexos. Só não são iguais na hora de facturar. Por último, sendo robots, a tal boneca nortenha, da APMJ, não pode decidir estupi-

Eu sou homem, do género masculino. E isto está na classificação biológica dos animais, dos seres vivos. Além do género e espécie, existem outros graus de classificação, em crescendo: Família - Ordem - Classe - Filo – Reino. Lyneu e Darwin, desperdiçaram as suas vidas a tentar explicar isto, para estas gajas agora arrasarem tudo com ideias trogloditas. Assim sendo, prefiro as robots às mulheres. Para as mulheres, miúdas, gajas, esposas, mães, filhas, amantes e fufas saberem mais consultem estes links abaixo anexados: https://www.sobiologia.com.br/conteudos /Seresvivos/Ciencias/classifiseresvivos2.ph p https://nationalgeographic.sapo.pt/naturez a/actualidade/1577-especies-com-nomescelebres https://www.sobiologia.com.br/conteudos /Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatural2.ph p

Texto: Fernando de Sucena (Investigador de informação; Jornalista; Escritor e Formador). 2018©/Produtores Reunidos© Imagem: Google©


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XOK 58 E nós a pagarmos substanciais vencimentos a deputados e políticos e tantos outros para que se preocupem conosco e eles preocupados apenas com as ditas “faltas cirúrgicas”.

E NÓS A VER Por mais que nos queiram iludir, os números falam por si: Portugal é o 4º País da Europa com mais baixo poder de compra. E como se isto não bastasse é o 3º onde se paga mais pela eletricidade, pela gasolina, pelas portagens, pelos transportes públicos etc, etc. É onde os trabalhadores pobres, menos ganham, com o mínimo salarial, em que ao fim deste ano, com muitos sacrifícios se sobe 10 Euros, se faz uma festa e onde, ao mesmo tempo, se desviam milhões e ninguém nota, ou nota e os responsáveis assobiam para o lado. E o dia-a-dia do português médio até poderia ser divertido se não fosse trágico. ...liga a Tv e vê um deputado, um político e ou uma figura grada a discutir dias a fio acaloradamente se a falta no jogo de futebol da véspera foi falta cirúrgica ou não, enquanto no Hospital de S. José, em Lisboa um homem com um ferimento grave na mão é transportado para Gaia numa viagem de 13 horas para ser operado porque não havia um microscópio em condições.

E crescem os casos de corrupção como uma epidemia de sarna num rebanho que só pode ser tratada na cerca ou na cadeia. Uma vergonha à espera de limpeza e... uma cirurgia. Como é isto possível? Esta é uma constatação que diz mais que todos os discursos e conversa de “empata” que ouvimos e lemos diariamente. A próxima década será assim um passo vertiginoso e determinante para o futuro não só da humanidade, mas, sobretudo, dos que lá chegarem. Por mais estranho que pareça continuamos mergulhados na neblina pré-fabricada que se esconde na realidade latente e indefinida que quando desaparecer será a razão de profundas alterações sociais com influência vital em cada um de nós, ricos ou pobres, esclarecidos ou ignorantes. O mundo transforma-se tecnológica, científica e politicamente sem que a maior dos povos se apeceba dos novos contornos que emergem já, em sobrelevações sociais de milhões de pessoas em todo o mundo injustamente espoliados e abandonadas a destinos quantas vezes trágicos e cruéis. Como temos visto até aqui tão evidente, ao lado, nesta Europa que sempre cavalgou à

frente da civilização dita ocidental nascem diariamente movimentos de contestação a lembrar que cada vez mais, apesar de tudo, as pessoas exigem os seus direitos. Direitos que os políticos e os sacerdotes apregoam como quem anuncia castanhas que uns compram e outros não. Com efeito, à pala da “democracia”, esta tanto é apregoada por comunistas, como por socialistas, como por neo-liberais capitalistas e agora pelas novas configurações pouco claras na sua definição, perseguindo o status e o modo de distribuição da riqueza que vai sendo vendida ao estrangeiro mais astuto e ágil. Mesmo assim, com a web livre nas redes É por demais evidente que o mercantilismo é um instrumento e um truque habilmente cultivado pela alta finança e pelos rentáveis negócios, pela corrupção que penetra a todos os níveis da sociedade, mudando a fórmula educacional, os preceitos da comunicação e os hábitos das populações incautas e distraídas intencionalmente. sociais, também já corrompidas pelos esquemas técnicos e psicológicos, encaminha multidões que não obedecem aos princípios até aqui por poucos programados e defendidos. Bem poderão os lideres exigir responsabilidades aos aproveitadores da opinião pública em clara explosão colectiva que nada conseguirão porque apenas uma camada diminuta, mas altamente especializada as conduz em benefício próprio e encaminha para desideratos até agora não prognosticáveis no tempo, na localização e nos resultados.

Texto: Luís Pereira de Sousa. Apresentador de Televisão; Locutor, Jornalista e Escritor. Imagens: Google©

http://pedeleke.blogspot.com/

pedeleke


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DA NECESSIDADE EXTREMA DE LER

pa. Este país é uma tristeza”. Encolhi os ombros, uma parte solidária, outra parte de mim a querer argumentar, mas sem tempo para o fazer. Fiquei a matutar naquilo, eu que trouxe meia dúzia de livros infantis debaixo do braço para oferecer aos meus miúdos do coração e que teria gasto o dinheiro que me resta este mês em meia dúzia de livros que quero mesmo ler.

A propósito da Conferência Anual do Plano Nacional de Leitura, a comissária, Teresa Calçada, disse: “Como não é tribal entre nós ler, mesmo os miúdos que lêem têm tendência a ler menos, ou a dizerem que não lêem, ou a acomodarem-se nisso, porque não é uma prática bem-vista. Nenhum miúdo se esconde de dizer os seus gostos musicais, mas livros, dizerem uns para os outros de livre e espontânea vontade, é muito difícil. E isto é cultural”. Dizem que a tristeza também é cultural, talvez seja.

Sou uma leitora compulsiva, sou assim desde que entendi que ler é viajar sem sair do sítio, posso dizer que já estive na Patagónia, no espaço, no fundo do oceano e em lugares nos quais habitam pessoas gigantes e pessoas minúsculas. Já fui, por causa dos livros, pirata, maléfica, ingénua, romântica, misteriosa, polícia e assassino. Já retive a leitura das últimas páginas de um livro, a ver se durava mais e, na impossibilidade prática de não chegar ao fim, fechar o livro para o abrir de novo e recomeçar a leitura. Invejo a primeira vez que alguém lê certos livros que me tiraram noites de sono, que me incomodaram, que me fizeram chorar.

A senhora da livraria conhece-me, trata-me pelo nome, eu devolvo a gentileza e assim é há alguns anos. Hoje desabafava à porta da livraria, a ver o trânsito passar, enquanto fumava o seu segundo cigarro: “Só me perguntam pelo livro do Cavaco ou então uma porcaria qualquer que diz bestseller na ca-

Queria ter esse momento inaugural outra vez e mais outra. Quase que me comovo sempre que encontro alguém que leu A Fundação de Isaac Asimov ou A Quinta Essência de Agustina Bessa-Luís. Não tenho qualquer atitude elitista no que toca à leitura, leio com igual prazer poesia, policiais,

romances, ensaios, biografias, ficção científica, banda desenhada. Ursula K. Le Guinn explicou-me há muito esta realidade: nem todas as civilizações usam a roda, mas todas contam histórias. Tenho necessidade de descobrir novas histórias, de imaginar o que o(a) autor(a) quis dizer, qual é a mensagem, que impacto é que pode ter em mim e nos outros. Dito isto, não creio que o país seja triste por ter quem queira ler a biografia de um político, creio que o país é triste por ter índices de leitura baixos, pelo consumo cada vez menor de livros, pelo tempo que dedica à leitura.

Texto: Patrícia Reis Imagem: Google©


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MICROCHIP NO CORPO DE TRABALHADORES

Este método radical tem alarmado sindicatos e outras organizações de defesa dos direitos humanos, visto poder condicionar a privacidade dos trabalhadores. Importa ponderar o seu impacto real. Não é ficção científica. A tecnologia que em Portugal já é utilizada para identificar animais (pets domésticos), começa a servir para fins de controlo humano nas empresas. A instalação de chips subcutâneos (do tamanho de um grão de arroz) no corpo dos trabalhadores permite abrir portas, fazer login nos computadores e servir de interface com outras máquinas nas empresas, estimando-se que o volume cresça no decorrer dos próximos anos e que a tecnologia se torne padrão para utilização como “passaporte, cartão de identificação ou bilhete de transporte público”. De acordo com a “Three Square Market” (empresa tecnológica do Wisconsin, nos EUA) pioneira na instalação de chips – avaliada em cerca de 300 euros e que está nas mãos de 50 trabalhadores (voluntários) – os dispositivos usam a tecnologia de NFC (Near Field Communication, ou Comunicação por Campo de Aproximação) já utilizada em cartões de crédito e smartphones. Na Europa, a Suécia é pioneira, muito devido à flexível regulamentação laboral, à fraca resistência à mudança e aos fatores culturais que distinguem os nórdicos pela natural partilha da informação dos cidadãos com as autoridades governamentais. Na Bélgica, a Newfusion, uma empresa de marketing digital, implantou chips subcutâneos em oito trabalhadores, com o propósito de servir como “chave” de identificação para abrir portas, ligar a ignição de automóveis, aceder aos computadores da em-

presa e até dar informações pessoais (biométricas). Por isso, a implantação de chips subcutâneos para acesso ao sistema interno está a causar polémica. Este método radical tem alarmado sindicatos e outras organizações de defesa dos direitos humanos, como é o caso do Reino Unido, onde se perspetiva que as empresas britânicas possam implantar microchips nos seus trabalhadores, com a justificação de melhorarem a segurança no trabalho, apesar de levantar questões relacionadas com a vida privada, a saúde e o risco de vigilância permanente dos trabalhadores. Quem garante que o microchip não possibilita a incorporação de qualquer dispositivo GPS e, consequentemente, o condicionamento da privacidade dos trabalhadores?

Qual o impacto real (legal, ético e psicossocial) desta inovação tecnológica na saúde e bem-estar dos trabalhadores, designadamente devido às reações adversas que os microchips possam causar ao organismo humano e também pelos inerentes riscos psicossociais (como o assédio moral), possibilitando que as empresas obriguem os trabalhadores a serem controlados, submetendo-os à instalação de chips no seu corpo?

Texto: Alberto Ribeiro Neves (Psicólogo do Trabalho) Imagens: Google©


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A ASAE ANDA A DORMIR?

de rios extremamente poluídos por excrementos, dejectos e toda a sorte de poluição biológica, física e química devido, entre factores diversos, à maciça ocupação de barcos que servem de vias e moradias que coonstituem aglomerados populacionais de pessoas carentes de serviços sanitários e salutares.

mais do que assemelhar-se ao método de alimentação das vacas loucas (vacas que foram alimentadas com vacas, lembra-se?). A alimentação dos pangas está completamente desregulada.

Esse ambiente condiciona, por si só, o desenvolvimento e procriação de víveres adaptados a esse habitat degenerativo. O nível de poluição dessas águas é de tamanha magnitude e as próprias pessoas que, por lá vivem, têm nojo e repugnância dos víveres dessa água. Essas condições associadas viabilizam a proliferação exacerbada de peixes que ressalta aos olhos dos especuladores inescrupulosos que conseguem com tremenda facilidade realizar farta e rentável "pescaria" para a venda dos seus produtos no terceiro mundo.

Além disso os pangas são injectados com PEE (alguns cientistas descobriram que se injectassem as fêmeas pangas com hormonas femininos derivados de desidratado de urina de mulheres grávidas, a fêmea Panga produziria os seus ovos muito rapidamente e em grande quantidade, o que não aconteceria no ambiente natural (uma Panga passa a produzir assim aproximadamente 500.000 ovos de uma vez).

O panga cresce 4 vezes mais rápido do que na natureza.

Peixe baratinho! Apesar de o texto ser originalmente escrito no Brasil (comprovámos isto), existem embalagens destes peixe por cá...

Há pouco tempo descobri um novo peixe, aparentemente perfeito: filetes muito bran quinhos, frescos ou congelados, sem espinhas e a bom preço no supermercado. Claro que decidi experimentar. A minha primeira impressão do sabor do peixe não foi a melhor (embora fosse a única pessoa a encontrar algo estranho, pois é um sabor muito ténue...). Depois,voltei a comer, e tal como da primeira vez que provei este peixe, a impressão acerca do sabor não melhorou ... Acabei de almoçar e pesquisei. Encontrei o texto que envio abaixo. Achei por bem enviar, porque muitos de vocês já terão provado e gostado... O Peixe Panga: a nova aberração da globalização.

Peixe Panga – perigo para a saúde pública. O que os nossos Supermecados, estão importando, da Ásia, graças à globalização? É caso de polícia... Leiam e tirem suas conclusões! Está à venda em todo as cadeias de supermercados. Procurei informar-me sobre a origem do peixe e fui informado que se tratava de peixe asiático. Após análise da porção amostrada, tirei minhas conclusões que são coincidentes com as informações prestadas: - peixe asiático de água doce, proveniente

O panga é um peixe de cultura intensiva/industrial no Vietnam, mais exactamente no delta do rio Mekong e está a invadir o mercado devido ao seu preço.

Eis o que deve saber sobre o Panga. Os Pangas estão infestados com elevados níveis de venenos e bactérias. Arsénio dos afluentes industriais e tóxicos e perigosos subprodutos do crescente sector industrial, metais pesados, bifenilos policlorados (PCB), o DDT e seus (DDTs), cloratos e compostos relacionados (CHLs), hexaclorocicloexano isómeros (HCHs), e hexaclorobenzeno (HCB)). O rio Mekong é um dos rios mais poluídos do planeta. Na guerra do Vietname o último recurso americano foi lançar o "agente laranja"-desfolhante e cancerígeno. Não há nada de natural nos Pangas. Eles são alimentados com restos de peixes mortos, ossos e solo seco, transformados numa farinha, com mandioca e resíduos de soja e grãos. Obviamente, este tipo de alimentação não tem nada a ver com a alimentação num ambiente natural. Ela não faz

Basicamente, são peixes com hormonas injectáveis (produzidos por uma empresa farmacêutica na China) para acelerar o processo de crescimento e reprodução. Isso não pode ser bom. Ao comprar pangas estamos colaborando com empresas gigantes sem escrúpulos e gananciosas que não se preocupam com a saúde e o bem-estar dos seres humanos. Este comércio está sendo aceite por países que os vendem ao público em geral, sabendo que estão vendendo produtos contaminados. Devido à prodigiosa quantidade e disponibilidade de Pangas, este irá acabar em outros alimentos: surimi (alimentos com pasta de peixe tipo "delícias do mar"), terrinas de peixe e, provavelmente, em alguns alimentos para animais, cães e gatos. Diz-se que comer peixe é bom para a saúde, mas isso era dantes. Reforçamos que o texto foi adaptado, por termos provas deste mesmo consumo por terras lusas, em especial nos restaurantes chineses, os famosos filetes, que estão sempre ao pé dos peixinhos da horte…

Texto: DR© e Facebook© (adaptação para XOK Magazine Fernando Skinrey). Imagens: Facebook©


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XOK 58 mais sobre como o cérebro humano funciona num nível mais profundo.

CIENTISTAS LIGARAM CÉREBROS DE 3 PESSOAS PERMITINDO QUE PARTILHASSEM PENSAMENTOS Estamos a atravessar uma época interessante no campo da tecnologia dedicada à saúde e à ciência. De tal forma que neurocientistas conseguiram com sucesso uma ligação cerebral de três vias para permitir que três pessoas partilhem os seus pensamentos – e, neste caso, conseguissem jogar um jogo do estilo Tetris. Com estes resultados, os cientistas entendem que esta experiência pode servir de exemplo para se conseguir ligar uma rede de pessoas. Sim, é estranho, mas será que está a pensar o mesmo que eu?

BrainNet – Ou a forma de ligar o cérebro de 3 pessoas

Apresentamos a BrainNet que, até onde sabemos, é a primeira interface directa entre cérebro multi-pessoa não invasiva para a re solução colaborativa de problemas.

A interface permite que três seres humanos colaborem e resolvam uma tarefa usando comunicação direta de cérebro a cérebro. Como é referido pelos investigadores. Na experiência montada pelos cientistas, dois “remetentes” foram ligados a electrodos de EEG e solicitado que jogassem um jogo ao estilo de Tetris envolvendo blocos em queda. Eles tinham que decidir se cada bloco precisava ser rodado ou não. Para isso, foram convidados a olhar para um dos dois LEDs que piscavam em ambos os lados do ecrã – um piscava a 15 Hz e outro a 17 Hz – que produzia diferentes sinais no cérebro que o EEG poderia captar.

Em cinco grupos diferentes de três pessoas, os investigadores atingiram um nível médio de precisão de 81,25%, o que é bastante razoável para uma primeira tentativa. Para adicionar uma camada extra de complexidade ao jogo, os remetentes poderiam

adicionar uma segunda rodada de feedback indicando se o receptor tinha feito a chamada certa. Os receptores puderam detectar qual dos remetentes, era mais confiável com base apenas nas comunicações cerebrais, o que, segundo os investigadores, é promissor para o desenvolvimento de sistemas que lidam com mais cenários do mundo real em que a falta de fiabilidade humana seria um factor. Embora o sistema actual possa transmitir apenas um “bit” (ou flash) de dados de cada vez, a equipa da Universidade de Washington e da Universidade Carnegie Mellon acredita que a configuração pode ser expandida no futuro. O mesmo grupo de investigadores já conse-

A técnica consiste na combinação de electroencefalogramas (EEGs), para registar os impulsos elétricos. Estes impulsos indicam a actividade cerebral e a estimulação magnética transcraniana (EMT), onde os neurónios são estimulados usando campos magnéticos. Os investigadores por trás do novo sistema apelidaram esta experiência de BrainNet. Com os resultados alcançados, os responsáveis referem que esta técnica pode, eventualmente, ser usada para ligar muitas mentes diferentes, mesmo através da web.

Estaremos a pensar o mesmo? Sim, é estranho, contudo além de abrir bizarros novos métodos de comunicação, a BrainNet poderia realmente ensinar-nos

Cada escolha foi posteriormente enviada a um único “receptor” através de um EMTr. O receptor não podia ver toda a área do jogo, mas tinha que rodar o bloco à medida que este ia caindo, se fosse enviado um sinal de luz.

guiu ligar dois cérebros com sucesso, fazendo com que os participantes jogassem um jogo de 20 perguntas um contra o outro. Mais uma vez, flashes de fosfeno fantasma foram usados para transmitir informações, neste caso “sim” ou “não”.


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Passo a passo até ao resultado final… útil! Por enquanto, é muito lento e não totalmente confiável o processo, e este trabalho ainda precisa ser revisto por parceiros da comunidade neurocientífica, mas é um vislumbre de algumas formas fantasiosas que poderíamos estar a levar os nossos pensamentos para o futuro – talvez até mesmo reunindo recursos mentais para tentar resolver os principais problemas.

Enquanto o fundador da SpaceX, Elon Musk, quer colonizar Marte e empresários bilionários, como Richard Branson, da Virgin, e Jeff Bezos da Amazon, estão a tentar avançar com a indústria do turismo espacial, a SpaceLife Origin quer realizar o parto do primeiro bebé espacial. E acredita que isso será possível já em 2024.

para serem inseminados artificialmente.

Para se tornar a primeira empresa a tornar possível a reprodução humana no espaço, a organização holandesa diz que está a construir uma incubadora de embriões espacial que será enviada para o Espaço em 2021, levando óvulos humanos e espermatozóides.

ma mulher dará à luz a 402 quilómetros de distância da Terra, acompanhada por uma equipa médica treinada e de nível mundial. Um processo cuidadosamente preparado e monitorizado reduzirá todos os riscos possíveis, semelhantes aos padrões ocidentais existentes na Terra para mãe e filho”, explicou um representante da SpaceLife Origin.

Numa segunda fase do processo e três anos depois, as mulheres grávidas serão enviadas para o Espaço para que possam dar à luz o primeiro ser humano...extraterrestre. “Durante uma missão de 24 a 36 horas, u-

O nossos resultados levantam a possibilidade de futuras interfaces cérebro-a-cérebro que permitam a solução cooperativa de problemas por humanos usando uma ‘rede social’ de cérebros ligados. Refere a equipa de investigadores. Esta investigação poderá ser o início de algo estranho mas possível, uma “rede mundial cerebral” com super capacidade de intervenção..

PRIMEIRA CRIANÇA EXTRATERRESTRE PODE NASCER EM 2024 Uma empresa holandesa pretende fazer o primeiro parto no Espaço numa missão que será realizada em duas fases diferentes. Só em 2022 é que vai andar à procura de “pais espaciais” voluntários.

Uma vez fora da Terra, acontecerá a fertilização até que se forme o embrião e, quatro dias depois, a incubadora regressará ao nosso planeta com os óvulos já fertilizados

A organização defende que este é o próximo passo na evolução humana, necessário se a “Humanidade se quiser tornar uma espécie multiplanetária”.

Texto e imagens: Google©


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Sem legendas. Também não é preciso.

PERSPECTIVAS DE VIDA


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As aves na imagem abaixo são gaivotas ou cagarras.

Com final do ano é chegada a hora dos balanços e prémios de destaque. O XOK MAGAZINE não é imune a esta febre provinciana e também démos alguns prémios…

PRÉMIOS ASKEROZOS XOK 2018 PRÉMIO TALCO JOHNSON & JOHNSON

DÓI-DÓI 2018

PRÉMIO SELFIE DO ANO Olha para eu a cair…


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PRÉMIO ORDINÁRIO DO ANO CUZINHO PARA O POVO 2018

PRÉMIO DÚVIDA DO ANO Qual dos 3 homens é o ministro da cultura?

Por: GURUPU KOMIKUS Acesso facebook: https://www.facebook.com/gurupu.komikus?fref=ts

Imagens: Pejnya©; Facebook©; P.H.M.– PortuguiesischHaus Mafia© e Google©.


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TEM VIZINHOS BARULHENTOS? SAIBA ONDE APRESENTAR QUEIXA

entre outros, festas ou obras de construção são interditas entre as 20 e as 8 horas e aos sábados, domingos e feriados, excepto em situações pontuais de licença especial. As obras de recuperação, remodelação ou conservação, ou seja obras realizadas dentro de edifícios de habitação, comércio ou serviços que produzam barulho em dias úteis, entre as 8 e as 20 horas, não precisam de uma licença especial de ruído. No entanto, o responsável deve afixar um aviso a informar os vizinhos até que horas e em que dias estão previstas as obras.

A relação entre vizinhança pode ser um desafio e ter sossego no prédio pode ser mais difícil do que parece, mesmo depois de algumas queixas. Saiba como e onde apresentar queixa.

Compete à GNR, PSP ou SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente) receber as reclamações relacionadas com o ruído da vizinhança. Independentemente do tipo de ruído provocado pela vizinhança, pode (e deve) contactar as entidades referidas.

Quer seja pelo ladrar insistente do cão (ou cães), o arrastar de cadeiras, o andar com sapatos ruidosos ou pela celebração do aniversário de alguém, ter sossego no prédio pode ser mais difícil do que parece, e mesmo depois de algumas queixas e pedidos de silêncio, o ruído persiste.

Se o ruído tiver origem noutro tipo de actividades, como funcionamento de estabelecimentos de restauração e bebidas, ginásios, supermercados, recintos desportivos, espectáculos e festividades ao ar livre, deverá contactar a respetiva câmara municipal.

Enquanto o dia de sossego não chega, eis o se recomenda que faça.

Para o barulho de tráfego rodoviário em estradas nacionais, itinerários principais, complementares e auto-estradas, exponha

Em zonas com casas, escolas e hospitais,

a queixa às Estradas de Portugal, S.A. ou à concessionária da via.

ILEGALIDADES QUE (PROVAVELMENTE) COMETE TODOS OS DIAS NA INTERNET A internet é um mundo de possibilidades quase infinitas e a fácil acessibilidade pode, por vezes, tornar difícil distinguir o que estamos a fazer certo do que estamos a fazer de errado. Posso partilhar fotografias de alguém na internet sem o seu consentimento? Posso usar fotografias tiradas da internet? Mostramos-lhe algumas coisas que provavelmente já fez ou que faz todos os dias online sem saber que são ilegais.


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Publicar fotografias sem consentimento. Certamente que já lhe aconteceu fotografar os seus amigos e partilhar a imagem nas redes sociais sem pedir consentimento aos intervenientes nas fotografias. Será que isso é ilegal? De acordo com o artigo 79º do Código Civil, sim. Segundo a lei, a cara das pessoas não pode ser exposta publicamente sem o seu consentimento. Trocando por outras palavras, a fotografia só poderá ser partilhada se as pessoas assim o consentirem. Se estiver num evento público e decidir fotografar um grupo de pessoas e partilhá-la, poderá fazê-lo desde que os intervenientes não estejam propriamente focados.

Fazer DownLoad de ficheiros Não é fantástico que consigamos encontrar praticamente tudo na internet e que fácilmente consigamos fazer download dos ficheiros que nos interessam apenas recorrendo a uns cliques? Por mais conveniente e prático que isso seja, como, por exemplo, conseguir aceder a filmes de forma gratuita ou a outro tipo de ficheiros, isso é completamente ilegal. Não sabia que é ilegal ver um filme na internet sem pagar por ele? Isto porque os ficheiros têm direitos de autor e ao fazer download de forma gratuita está a violar esses direitos. Agora que já sabe, pense duas vezes antes de clicar no botão de download.

Ligar-se a uma rede pública de WiFi De certeza que todos nós já utilizamos uma rede pública de Wi-Fi. A maior parte das vezes quando vamos a algum sítio o primeiro instinto é ligarmo-nos à rede de internet. É tão fácil encontrar estas redes e é por isso que é difícil de acreditar que é ilegal, em alguns casos. Por exemplo, se for um sítio público, para se conseguir ligar ao Wi-Fi é necessário ter a permissão dos proprietários que fornecem a rede, usando de acordo com os termos e condições impostas pelo dono. Já para redes pessoais abertas, como por exemplo a rede do seu vizinho (se não estiver protegida), é completamente ilegal aceder ao Wi-Fi sem permissão, porque isso significa que está a usar de forma gratuita um serviço que alguém está a pagar.

Vender coisas online sem declarar rendimentos Tem uma peça que já não usa mas está em bom estado e decide vendê-la? Qual é a

forma mais rápida e conveniente? Usar a internet. É comum vender coisas online, mas quantos de nós já declaram os lucros? Na realidade estes ganhos deviam de fazer parte dos seus rendimentos, senão a venda que está a fazer é ilegal. Se vende coisas no site Ebay, mas não declara os ganhos, o site faz isso por si. Quando a venda é lucrativa passa a ser categorizada como um negócio, daí ter de ser declarada nos impostos.

óbvia, vai à internet e tira algumas imagens para usar. O que tem de errado? A maior parte das imagens tem direitos de autor e é ilegal usá-las onde quer que seja. Quanto se trata de conteúdo com direitos de autor precisa de conhecer algumas regras de como as pode usar legalmente. O melhor é verificar primeiro o que pode fazer com a imagem antes de usar o conteúdo de alguém sem o seu consentimento.

Usar um nome falso online

Partilhar Palavras passe de contas subscritas

Às vezes é bem mais fácil escreve o nome do seu actor favorito quando está a criar uma conta online, mas o fácil não é sinónimo de legal. Quem cria um perfil falso ou usa um nome falso está totalmente contra a lei. A maioria das pessoas não está ciente de que usar um nome falso pode levá-lo à prisão. Mas porquê? Porque usar uma falsa identidade pode ser considerado como uma forma da hackear. Criar uma conta totalmente falsa, em nome de outra pessoa também é ilegal. Por isso, da próxima vez que decidir criar uma conta online apenas seja honesto e use o seu nome.

Ver televisão em programas Streaming Se gosta de passar o seu tempo livre deitado no sofá, com os seus petiscos favoritos a ver os seus programas de televisão favoritos de certeza que já viu alguns programas em streaming online. Para saber se está a ver o programa de forma legal só tem de estar atento à publicidade que passa entre o programa. Se não exisitir é porque o que está a fazer é ilegal. Mas há boas notícias: pode ver os seus programas favoritos em plataformas online que são legais, como a Hulu, ABC, Fox ou Netflix. Só tem de procurar o que é legal ou não para se certificar de que não está a quebrar nenhuma lei.

Usar conteúdo com direitos de autor Vamos pensar neste cenário hipotético: tem de fazer uma apresentação e para isso precisa de imagens. O que faz? A resposta é

É bastante comum as pessoas partilharem as suas palavras passe com os amigos e família mais chegados. Mas sabia que isto é totalmente ilegal? Se a palavra passe pertencer a uma subscrição paga, essa conta pertence apenas a uma pessoa. Partilhar passwords entre utilizadores da Netflix e da HBO é comum, no entanto, não está prevista na lei. Isto porque para que a conta seja partilhada não basta uma permissão por parte do utilizador é também necessária a autorização do serviço de subscrição. Embora alguns estudos demonstrem que esta é uma boa forma de as plataformas ganharem utilizadores, continua a ser ilegal.

Texto: Jéssica Sousa e Tatiana Costa Imagens: Google©


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XOK 58 Temos vindo a acompanhar este polémico programa, mas subtil sociologicamente. O quer isto dizer o que leva as pessoas a atraírem-se? Neste programa podemos ver que não é o sexo per si, apenas.

"NAKED ATTRACTION": O REALITY SHOW POLÉMICO DA SIC RADICAL QUE PÕE TUDO A NU (LITERALMENTE)

Tudo muda e os conteúdos de televisão, não são excepção.

Vendo-o de uma forma insuspeita podemos até achar alguma piada. Par nós, XOK MAGAZINE e XOK BLOG, este tipo de programa é deveras provocador como gostamos… O programa do canal britânico Channel 4, que está a ser exibido na SIC Radical, está a dar que falar. Em "Naked Attraction", os concorrentes estão completamente despidos. "Naked Attraction" foi a grande aposta do Channel 4 em 2016 e prometia levar os programas de namoro para um novo nível, onde as roupas estão sempre a mais. O reality show do canal britânico começou a exibido em Portugal, na SIC Radical, em Fevereiro e regressou este mês, com a terceira série, depois uma versão alemã muito insípida e algo desconectada do pressuposto original. Esta última permitiu-nos perceber que cada vez mais o mundo está cheio de pessoal estranho, e pancado…. No programa os concorrentes são desafiados a escolher "às cegas" uma companhia para um encontro. Mas, ao contrário do habitual nos reality shows, os participantes têm de selecionar o par depois de o verem totalmente despido e sem nunca falarem com ele.

No estúdio, o concorrente tem de escolher entre seis pessoas de ambos os sexos que estão fechadas em cabines, já despidas. Aina, uma mulher de 32 anos, foi a primeira a participar no programa, há dois anos. Ao lado da apresentadora Anna Richardson, a concorrente ficou perante seis homens totalmente nus, que não mostram a cara nates da terceira ronda do encontro. "Quando os homens estão vestidos, podem esconder algo", disse Aina ao jornal The Sun. "Estou interessada em vê-los tal como vieram ao mundo, exactamente da forma que são", acrescentou a concorrente. Nas redes sociais, o programa tem dado que falar. Ideal para ver em casal. Com a sua visualização acabam-se as ‘peneiras’ sobre o quão bons, perfeitos e inflamados podemos ser. Mánada!´ Para saber mais aceda ao link abaixo: https://www.youtube.com/watch?v=1p_Li DJAaww PROGRAMA COM BOLINHA

Texto:SIC RADICAL© (adaptado por Fernando Skinrey) Imagem_SIC RADICAL©


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Director Interino: Fernando Skinrey Coordenação de Edição: Carlos Vivo Colaborador Emérito: Mário Teixeira Colunistas: Luís Pereira de Sousa; Altino Moreira Cardoso; Carlos Vivo e Fernando de Sucena. © © Colaboração: GURUPU KOMIKUS; Fernando de Sucena; Fernando Skinrey ; N.E.E. – Núcleo de Estudos Elitistas ; Patrícia Reis; Alberto Ribeiro Neves; © © Jéssica Sousa; Tatiana Costa; DR (Direitos Reservados); SIC RADICAL ; © Paginação, Gestão, Contabilidade e Recursos Humanos: AGEFM ; © Design, Marketing, Publicidade e RGPD *: MAFE ; © Produção e Distribuição Digital e Papel: Produtores Reunidos ; © © © © © © © Imagens: Google ; Sapo ; Carlos Vivo ; iStock ; Pejnya ; P.H.M. - Portuguiesisch Haus Mafia; Facebook e SIC RADICAL . Contactos: e_mail: lusorecursos@gmail.com; produtoresreunidos@sapo.pt; LusoRecursos (on line) – Google - na linha de endereço escrever LusoRecursos; - Facebook - endereço de link -https://www.facebook.com/pages/LusoRecursos/470530819634499?fref=ts.; Tiragem: (Distribuição por e_mail deste número, nossa responsabilidade) 8835 exemplares. (Edição limitada em policópia para publicidade e marketing) 22 exemplares. ISSUU: acesso e leitura a todas as edições, on line: https://issuu.com/lusorecursos/docs. Todo o material recebido pela XOK - a news letter - dos Produtores Reunidos e associados não passa a ser de sua propriedade. As colaborações são livres de optar pela versão do Acordo Ortográfico que mais lhes convier. Todo o material escrito adaptado tem Direitos Reservados e de copyright ‘on line’®. É permitida a reprodução total ou parcial sem citação da origem ou, com esta, mesmo sem consentimento escrito. A equipa da XOK e, a - news-letter - dos Produtores Reunidos, aceitam toda e qualquer colaboração mesmo omitindo a procedência e aconselhamos os serviços e produtos divulgados de nossa responsabilidade. Todo o material publicado exprime as opiniões livres e pessoais dos autores do mesmo, não vinculando estas à XOK, nem aos Produtores Reunidos. A liberdade de expressão, o direito à opinião contrária e à oposição de valores estão consagrados na Constituição Portuguesa e são um direito inalienável dos colaboradores. O título XOK não se encontra registado oficialmente. A usuária do mesmo PRODUTORES REUNIDOS encontra-se registada no actual IGAC, desde 1991. o aroma "agarra-se" mais facilmente. Porfaça - é o melhor que pode fazer para fazer tanto, em vez de esperar por sair de casa o perfume durar todo o dia. para o fazer, faça-o logo depois deste passo ou depois de aplicar o creme hidratante que, seguindo a mesma filosofia, serve quase como um primário para o perfume.

6 TRUQUES PARA FAZER O PERFUME DURAR (REALMENTE) MAIS TEMPO

Não precisa borrifar-se dos pés à cabeça. Mostramos-lhe uma série de hábitos que fazem toda a diferença para prolongar a duração da sua fragrância preferida.

Dar preferência à Eau de Parfum Na dúvida entre escolher entre Eau de Parfum e Eau de Toilette (ou até Eau de Cologne), prefira sempre a primeira. Porquê? Porque contém uma maior concentração da essência e dos óleos aromáticos. O resultado, é uma fragrância mais forte, mais concentrada, e que dura muito mais tempo na pele.

Aplicar perfume depois do banho De acordo com os especialistas, esta é a melhor altura para colocar perfume na pele. Como a pele está húmida e hidratada,

Combinar com o creme/gel de banho igual ao perfume É óbvio, mas de facto faz a diferença. Não raras vezes a sua fragrância favorita também existe na versão de creme de corpo e até gel de banho. Quando assim for, experimente combiná-las. A sobreposição das duas (ou das três), não só reforça o aroma como fá-lo durar mais tempo.

Optar por pontos estratégicos

Aplicar no cabelo e na roupa

Não é novidade que os perfumes se devem aplicar em pontos estratégicos do corpo. Falamos de zonas como o pescoço, os pulsos e atrás das orelhas, mas também na parte interior dos cotovelos. Para potenciar ainda mais a libertação de fragrância experimente aplicar um bocadinho de vaselina antes de borrifar o perfume - é a base perfeita para garantir a durabilidade.

Claro que o perfume foi formulado para ser aplicado na pele, mas não subestime o poder da roupa e do cabelo. Ambos são óptimos condutores de fragrância. Faça o teste e aplique perfume directamente no cabelo, num lenço ou camisa (certifique-se apenas que está relativamente longe do tecido para evitar manchas desnecessárias). Depois veja as reacções.

Não esfregar o perfume É possível que já tenha ouvido falar sobre isto, mas, efectivamente, o hábito de esfregar os pulsos depois de aplicar a fragrância é terrível. Em vez disso, pressione apenas ligeiramente os pulsos ou, se preferir, nem o

Texto: DR© (Direitos Reservados) Imagem: iStock©


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XOK 58 Esperamos que esta nova frente democrática que alvitamos de sucesso, e por tal aqui disponibilizamos um pequeno espaço e cosendere-se este a nossa colboração ao movimento.

PROIBIR CASAMENTO GAY E CASTRAR PEDÓFILOS. AS PROPOSTAS DE ANDRÉ VENTURA PARA NOVO PARTIDO

Depois de uma acesa discussão entre os elementos da redacção, e optando por irmos contra os estatutos editoriais do magazine, venceu a troika direitista da XOK e, assim sendo, não podemos deixar de divulgar este panfleto inicial, embrionário, mas atractivo de um novo partido, de quem se espera no mínimo, representatividade parlamentar. “Chega”, em princípio será este o seu nome, e num aportuguesamento do Basta espa-nhol, mas apenas isso. É que essa coisa de partido com nome de partido na desig-nação já não se usa. É passado. O vereador da Câmara de Loures sentir-seá "apunhalado" pelo PSD e irá criar um novo partido político, o "Chega". A proibição dos casamentos homossexuais é uma das pro-postas políticas que apresenta. André Ventura confirmou à TSF que no final do mês de Outubro renunciou ao mandato de vereador na Câmara Municipal de Loures para criar um novo partido político. O político avançou com um comunicado a oficializar a iniciativa e começar de imediato a recolha de assinaturas e os convites individuais para integrar a nova estrutura que prepara.

A notícia conta que o novo partido se chamará "Chega" - o mesmo nome que deu ao movimento de recolha de assinaturas para a convocação de um congresso extraordinário do PSD, com o intuito de depor o presidente social-democrata, Rui Rio.

também uma reforma total do sistema fiscal - para que, efectivamente, "todos contribuam" para este - e ainda uma "redução drástica" dos mandatos políticos e da sua limitação, propondo a diminuição do número de deputados da Assembleia da República dos actuais 230 para apenas 100 deputados. De acordo com o i, André Ventura pensa poder já participar no próximo acto eleitoral, as eleições europeias de 2019.

André Ventura abandona o PSD em ruptura com a liderança de Rio e isolado no PSD de Loures e na distrital de Lisboa, que se demarcaram da iniciativa de recolha de assinaturas para a destituição do presidente do partido. O jornal i, que revelou inicialmente a notícia, relata que o até então vereador da Câmara de Loures, eleito pelas listas do PSD, se terá sentido "traído e apunhalado".

Estamos ansiosos pela possibilidade de, finalmente, alguém com ‘tomates’ e frontalidade, assuma um projecto ambicioso e necessário, numa altura em que cerca de 27 % dos portugueses estão dispostos a ir muito mais longe e a votar (se a Constituição castradora e esquerdista) permitisse o voto em organizções políticas de extremadireita.

O "Chega" pretende apresentar-se como uma alternativa para os sociais-democratas, demarcando-se da posição de Rui Rio, que se tem mostrado disponível para dialogar com o Governo socialista em várias matérias. André Ventura quererá, antes de mais, "evitar uma nova maioria de esquerda" nas próximas eleições legislativas, em 2019.

Mesmo assim, isto é muto bom e necessário. Cada vez seremos mais e mais ambiciosos.

Mas quais são mesmo as orientações políticas que estão por trás do "Chega"? Segundo fontes próximas de André Ventura, o novo partido irá defender medidas como o regresso da "prisão perpétua para homicidas e violadores", a "castração química para pedófilos", a "proibição constitucional da eutanásia" e a "proibição do casamento homossexual". André Ventura defenderá

Para saber mais, leia a entrevista ao SOL em: https://sol.sapo.pt/especiais/andreventura-sou-contra-o-aborto-mas-nuncacondenaria-uma-mulher-que-aborta/

Texto: Fernando Skinrey© (com adaptação de informações Jornal i) para N.E.E. - Núcleo de Estudos Elitistas©/2018 Imagens: Sapo©


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XOK 58 Se perdeu alguma edição anterior, não se preocupe, aceda ao issuu. No Issuu, pode ler toda a colecçaõ do XOK MAGAZINE.

Excreva na linha de endereço https://issuu.com/lusorecursos/docs.

O BLOGUE XOK MAGAZINE Agora, também nos pode acompanhar pelo smartphone e aceder diariamente ao nosso blogue em: https//xokmagazineblog.wixsite.com/xokm agazine Através dele, dispõe de informações seleccionadas pela redacção (nós temos sensura política), críticas, opiniões mordazes divertidas e actuais do burlesco que é a sociedade actual. Aceda e informe-se, divirta-se, cultive-se actualize-se.

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Encerramento da actividade da proprietária promove extinção de edição regular do jornal …

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Empressa editorial online com actividade na cobertura de modalidades amadoras e desportos radicias, vende título (nome registado no IGAC, desde 1991). Edição média de 5 000 exemplares, exclusivamente para assinantes.


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Texto e Imagens: Carlos VivoŠ


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